jirau e santo antÔnio
Post on 01-Jan-2016
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INTRODUÇÃO
As usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio são 2 grandes obras do PAC no setor de energia;
Localizam-se na capital de Rondônia, Porto Velho, e usam como matriz hídrica o Rio Madeira;
O objetivo da construção é suprir a demanda por energia elétrica do Sudeste.;
Atualmente, 20% dos trabalhos estão concluídos.
JIRAU é administrada pela concessionária ESBR – Energia Sustentável do Brasil, que por sua vez tem consórcio com as empresas GDF Suez, Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul;
A usina de SANTO ANTÔNIO é administrada pela Santo Antônio Energia, em consórcio com Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Furnas Centrais Elétricas, além de sócios quotistas como o Banco Santander;
Empresas menores prestam serviços aos consórcios.
A USINA DE JIRAU
2ª maior hidrelétrica do Brasil em construção;
46 turbinas previstas, com projeto para mais 6, que quando terminadas, somarão 3750 MW de potência instalada;
Orçamento de R$ 10 bilhões; Previsão de início do funcionamento
antecipada para dezembro de 2012; Capacidade para abastecer cerca de 10
milhões de casas; Geração de 12000 empregos diretos; Fornecimento de energia barata para o país
(R$ 71,37/MWh), sem detrimento do desenvolvimento regional e ambiental.
A USINA DE SANTO ANTÔNIO
Orçamento inicial de R$ 13,5 bilhões, com previsão de investimentos extras;
44 turbinas do tipo bulbo, que fazem dela a 2ª maior do mundo com esse tipo de turbina;
Potência instalada de 3150,4 MW; Capacidade para abastecer 44 milhões
de pessoas no país; Início de geração antecipado pela ANEEL
para dezembro de 2011; 10800 postos de trabalho diretos.
O início das obras em Jirau e Santo Antônio implicou maiores investimentos em Rondônia, na área de transportes, infra-estrutura, saneamento, empreendimentos, etc;
Muitos problemas, porém, acometeram o decorrer das obras.
PROBLEMAS AMBIENTAIS
Em 2009, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia cancelou a autorização das obras porque as usinas invadiriam áreas de proteção ambiental;
Multas e embargo por parte do IBAMA, que alegava transposição das áreas demarcadas, desmatamento acentuado e extração ilegal de madeira;
Após negociações, as concessionárias conseguem licença ambiental definitiva por parte do IBAMA, gerando polêmica;
Protestos por parte da Bolívia, por impactos ambientais na hidrologia do Rio e aumento de doenças como malária;
Problemas com extinção de peixes e áreas indígenas.
PROBLEMAS TRABALHISTAS
Trabalhadores iludidos com promessas de salário alto;
Atrasos nos pagamentos e baixos salários; Casos de regime de trabalho escravo e
retenção da Carteira de Trabalho e Previdência Social por até 120 dias;
Falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e coletivo (EPC’s);
Insalubridade, más condições sanitárias e superlotação nos alojamentos dos trabalhadores;
Comida de baixa qualidade; Prostituição e alcoolismo nos arredores da
obra.
REAÇÃO DOS TRABALHADORES
Greve dos funcionários, tentativa de linchamento dos chefes, queima de ônibus e prisões;
Movimento organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (STICCERO) e Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Rondônia (SINICON);
Reunião promovida pelo Ministério Público do Trabalho com as Empresas Construtoras das Usinas do Madeira;
Acertado reajuste salarial de 11,14%, trabalho aos sábados opcional, visitas à família com dias abonados e condições salubres no alojamento, além de boa alimentação e plano médico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Condições de exploração da mão-de-obra são freqüentes em regiões menos urbanizadas e fronteiriças;
Causas: Falta de informação do operário, a fragilidade das instituições de apoio ao trabalhador e a coibição da denúncia por parte dos empregadores;
A organização desses empreendimentos é classificada, segundo Etzioni, como organização coercitiva, cujo controle do poder é baseado na aplicação de ameaças físicas e motivação negativa de punições;
Liderança imposta autoritariamente pelos contratantes e a falta de acesso e comunicação entre funcionário e chefia favoreceu esse poder coercitivo;
Claramente há uma adequação às idéias defendidas pela teoria clássica de Taylor, como o aumento da produtividade sem aumento dos custos de produção e organização racional do trabalho;
A “mecanização” do homem se deu de forma abusiva da capacidade produtiva individual, em detrimento dos incentivos salariais e materiais;
O lado social e psicológico de cada um foi ignorado;
Organização em grupos informais resultou na geração de revolta e greves;
Questionamento: Qual a importância dos Sindicatos no apoio ao trabalhador? Qual a efetividade das ações tomadas pelos Sindicatos? Hoje os sindicatos possuem credibilidade e espaço no cenário nacional?
BIBLIOGRAFIA
http://www.energiasustentaveldobrasil.com.br/;
http://www.santoantonioenergia.com.br; http://agenciabrasil.ebc.com.br/arquivo/
node/349125; http://www.rondoniaovivo.com/news.php?
news=64725; http://portalexame.abril.com.br/ae/
economia/trabalhadores-jirau-santo-antonio-aprovam-proposta-541128.shtml;
Todos os sites foram acessados em 06/09/10.
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