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IMUNIZAÇÃO
Enf. ANA CRISTINA DOS SANTOS
Imunização
• É a capacidade do organismo É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando meio da vacinação, ficando protegido temporária e protegido temporária e permanentemente.permanentemente.
Imunização
- 1959 – OMS - campanha mundial para erradicação da Varíola, já extinta na Europa e AN – deficiências na produção, qualidade, conservação e distribuição da vacina
- 1965 – reorganização do programa – produção de imunizantes em países endêmicos
- 1967 – Campanha Mundial para Erradicação da Varíola – intensificada – focos no Brasil e Argentina
Um pouco de História
Imunização
-1970 – Brasil – único país do continente a registrar casos
- 1972 – após intensa vigilância, a OMS declara a Varíola erradicada do continente americano- Índia – criatividade das equipes de saúde – vaca sagrada
Um pouco de História
- 1978 – vírus apenas em laboratórios da OMS - 1980 – OMS declara a a Varíola erradicada no mundo
Imunização
- Início do século XX – necessidade de políticas de saúde pública no Brasil- Transformar a imagem de um país inculto, atrasado e pestilento
Um pouco de História
- Epidemias (Varíola, Peste Bubônica e Febre Amarela) – dificultava investimentos estrangeiros – crise do país
Imunização
- Plano do governo com três frentes – Reforma do Porto do RJ, Reforma Urbana e Reforma Sanitária
- 1903 – Presidente Rodrigues Alves entrega aos cuidados de Osvaldo Cruz a Diretoria Geral de Saúde Pública
Um pouco de História
- Logo em seguida – bacteriologista do Instituto Soroterápico de Manguinhos – futura Fundação Oswaldo Cruz
Imunização
- Oswaldo Cruz – 1896 – Instituto Pasteur de Paris – bacteriologista- Ao regressar – combate a Febre Amarela – discussões por causa do mosquito – brigadas mata-mosquitos
Um pouco de História
- Estruturação da Saúde Pública no Brasil
Imunização
- Plano de saneamento – Prefeito Pereira Passos – medidas impopulares – metodos revolucionários
Um pouco de História
- 1904 – epidemia de Varíola – vacina obrigatória
- Início do século XX – Revolta das Vacinas
- Desinfetar casas, caçar ratos, matar mosquitos, vacina obrigatória
Imunização
-Campanha em moldes militares- Repulsa do povo – líquidos desconhecidos no corpo
Um pouco de História
- Revolta – 23 mortos, 67 feridos, 945 pessoas presas
Imunização1973 – PNI1975 - 5ª Conferência Nacional de Saúde recomenda a criação do Sistema Nacional de Vigilância EpidemiológicaLei 6.259, de 30 de outubro de 1975, dispõe sobre as ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças.Decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976, regulamenta a LeiLei 8080, de 19 de Setembro de 1990 que instituiu o SUS e desdobramentos importantes na VE
1973: 6 vacinas existentesPoliomieliteSarampoVaríolaBCG (oral e intradérmico)DTP (Difteria, tétano e coqueluche)TT (toxóide tetânico)
Imunização
- Campo crescente do conhecimento científico
- Repensar constante do calendário “ideal” de vacinação - condições epidemiológicas e sócio-econômicas
- Estar imune significa estar protegido contra uma determinada doença
- Há memória imunológica - proteção após uma re-exposição.
ImunizaçãoImunidade Ativa
- Sistema imune do indivíduo produz proteção através de anticorpos e células imunes (linfócitos T),
- Se adquire contraindo uma doença infecciosa ou através de vacinação,
Imunização
-Pode resultar de infecção natural ou secundária a vacinação,
- Geralmente, dura anos.
- Produzida em animal ou no homem, oferece anticorpos já formados, proteção efetiva e imediata, tem duração limitada a semanas ou meses (vida média das imunoglobulinas).
Imunidade Passiva
Imunização
- A imunidade passiva natural é o tipo mais comum – passagem de anticorpos da mãe para o feto.
ImunizaçãoImunobiológicos
Substâncias utilizadas para imunizar- Funcionam como antígenos que interagem com o sistema imune que é responsável pela defesa do organismo (resposta imune), - Produção de anticorpos (imunoglobulinas) e células específicas com memória.
- Presença de anticorpos maternos,
Imunização
Fatores que influenciam a resposta imune do indivíduo aos imunobiológicos:
- Composição e dose do imunobiológico, - Via de Administração, - Presença de adjuvantes,
- Idade,
Imunização
Fatores que influenciam a resposta imune do indivíduo aos imunobiológicos:
- Imunossupressão, - Conservação adequada dos imunobiológicos, * ponto críticos dos serviços - importância para a qualidade e manutenção da “rede de frios”.
Imunização
Vacinas
As vacinas podem ser classificadas em:
- Vacinas vivas atenuadas
- Vacinas Inativadas
Imunização
Vacinas vivas atenuadas:- modificação de vírus selvagem ou bactéria em laboratório,- resposta imune similar a da infecção natural – multiplicam-se no organismo e estimulam resposta imune.- menor número de doses para imunizar, - imunidade duradoura,
Imunização
Vacinas vivas atenuadas:
- interferência do calor e da luz, da presença de anticorpos circulantes e do estado imunológico do indivíduo,
- Exemplos: sarampo, caxumba, rubéola, pólio - sabin, febre amarela, varicela, BCG, febre tifóide oral.
Imunização
Vacinas inativadas:- Inativadas em laboratório através do calor ou de processos químicos (formalina) - microorganismos incapazes de multiplicarem-se,- Necessitam de múltiplas doses para imunizar,
- Não causam doença mesmo na situação de imunossupressão, pois não podem se replicar,
Imunização
Vacinas inativadas:
- Menos efetivas que as vacinas vivas, interferência mínima dos anticorpos circulantes,
- Exemplos: pólio - salk, raiva, hepatite A, hepatite B, influenza haemophilus do tipo-b.
Imunização
Utilização de Vacinas
- Orientação (calendário vacinal): pode variar não apenas em função de diferenças epidemiológicas resultantes do controle das doenças, como tbém em função de questões sócio-político-culturais. - Brasil - Programa Nacional de Imunizações (PNI), ligado ao MS, tem disponibilizado um número crescente de imunobiológicos no calendário básico de vacinação.
ImunizaçãoIntervalo entre as doses de uma mesma vacina
- Não existe intervalo máximo, apesar de exitir intervalo de tempo recomendável, se for ultrapassado, não há indicação de reiniciar o esquema,
- A não obediência do intervalo mínimo permitido entre as doses pode implicar na redução da eficácia.
Imunização
Aplicação simultânea e não simultânea
-Administração simultânea - não existe contra-indicação , exceto Febre Amarela e pneumo 10. O intervalo deve ser de 30 dias exceto nas campanhas.- Administração não simultânea - duas vacinas vivas atenuadas = 4 semanas, febre amarela e cólera = 3 semanas, todas as outras = sem restrições.
Imunização
Reações adversas das vacinas
- Reações locais – mais frequentes – dor e eritema,
- Sistêmicas – febre, mal estar, cefaléia, anorexia – 1 a 2 semanas após a vacinação.
Imunização
Recomendações gerais na área de imunização:- Avaliar o calendário vacinal do paciente rotineiramente;- Triagem adequada através da anamnese (história de alergia,doenças anteriores, uso atual de medicações);
- Seguir o calendário vacinal básico recomendado pelo MS considerando a disponibilidade de outras vacinas nos CRIE e o estado imunitário de base do indivíduo;
Imunização
Recomendações gerais na área de imunização:
- Sempre que possível obedecer os intervalos recomendados no calendário oficial;- Nunca se deve perder dose de vacina, o esquema vacinal deve ser completado e não refeito, exceto se o indivíduo não tiver comprovação e/ou não se lembrar das vacinas que já foi administrada.
Imunização
Recomendações gerais na área de imunização:
- Portador de HIV/AIDS pode e deve se beneficiar com várias vacinas;- Regra geral - na maioria das vezes não se administra vacinas atenuadas durante a gravidez;- Notificar os eventos adversos pós vacinais (local, sistêmico, alérgico);
“Uma profissão que não conhece suas próprias correntes de pensamento se
empobrece e dá a impressão que somente sabe fazer o seu trabalho pelo treinamento de
fórmulas, rotinas e procedimentos padronizados…”
(LEOPARDI, 1999)
ReferênciasBECHARA, M. L., SOUZA, L. E., MOREIRA, N. P. Núcleo de vigilância epidemiológica. Brasília – DF, 2007.
www.saude.gov.br
http://pni.datasus.gov.br
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