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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio
Código: 00174
Endereço : Rua Marechal Deodoro, 865 – zona 07
Telefone/ fax: 44-3227-3314
Município: Maringá - Código: 1530
Dependência Administrativa: _______________________Código: __________
NRE: Maringá - Código: 019
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de autorização do Colégio:
Resolução nº 1379/75 de30/12/1975
Ato de reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 2846/81 de 30/12/1981
Ato da renovação do reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 1574/03 de 23/06/03
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº ___de
___/____/___
Distância do Colégio do NRE: ____________________________________
Localização do Colégio:
( X ) Urbana
( ) Rural – Ilhéus ( )
- Indígena ( )
- Itinerante ( )
- Quilombolas ( )
- Do Campo ( )
Site do Colégio: ______________________________________________________
5
e-mail : vitalbrasil@turbopro.com.br cevitalbrasil@netescola.pr.gov.br
APRESENTAÇÃO
Na escola pública brasileira, ou pelo menos na maioria dos estados, é
constate a implantação de propostas pedagógicas que demonstrem
preocupação com a efetiva aprendizagem dos alunos essa é, portanto, a
intenção do Projeto Político Pedagógico das escolas públicas do Estado de
Paraná.
Neste projeto o que se pretende é uma educação crítica que proporcione
a transformação social, com ênfase no trabalho coletivo de toda a
comunidade educativa, através de uma postura reflexiva e de respeito à
diversidade.
É importante ressaltar que o fundamental nesta proposta é que ela
realmente se efetive na prática cotidiana de todos os envolvidos com a
escola e que não se torne apenas um documento para atender a
orientação de ordem burocrática.
Ao conceber um a prática de construção coletiva e construída de forma
democrática, o que se pretende com este Projeto Político Pedagógica é
defender a idéia de sucesso escolar de todos os alunos, estimulando a
colaboração e não a competição na busca da qualidade, por meio de
valores éticos e humanistas distanciando-se das concepções neoliberais.
Entende-se a escola pública como a instituição social cuja função básica é
veicular e transformar o saber historicamente produzido nas relações
sociais e portanto, com o dever de considerar e valorizar as variedades, as
práticas culturais e os valores da comunidade do seu entorno. Conforme
Ilma Veiga:
A escola pública ao empreender essa tarefa, precisa perceber-se também
como local de manifestações das contradições sociais e para realmente
6
legitimar-se como pública aperfeiçoar seus mecanismos de atuação,
democratizando suas práticas e abrindo-se de efetiva para todos aqueles
que a procuram (1998).
E essa é a meta de toda comunidade do Colégio Estadual Vital Brasil.
1.ORGANOGRAMA
7
CONSELHO
ESCOLAR
DIREÇÃO
Conselhode
A.P.M.F.
Secretaria
Técnico Administrati
vo
PROFESSORES
Auxiliar de Serviços Gerais
Auxiliares de Biblioteca
PAISSOCIEDADE
ProfessorPedagogo
Grêmio
N.R.E.
S.E.E.D.
2.ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Atualmente esta instituição de ensino oferta:
5ª a 8ª - noturno:
- Fundamental – Fase II
- Ensino médio
Segue quadro de turmas e turnos
Manhã 5ª série – 03 turmas
6ª série –02 turmas
7ª série – 02 turmas
8ª série – 4 turmasTarde 5ª série –03 turmas
6ª série – 03 turmas
7ª série - 03 turmas
8ª série – 02 turmasNoite – Educação de Jovens e
Adultos
4ª etapa – 01 turma (em cessação)
e
Matrícula por disciplinas,
abrangendo todas que compõem a
matriz curricular
Total de turmas: 23
Total de alunos: 1000
Diretora: 01
Direção Auxiliar: 01
Secretária: 01
Total de funcionários:19
Total de Pedagogos: 07
Total de Professores:
- lotados neste estabelecimento: 48
- aulas extraordinárias: 11
- aulas de REPR: 03
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Professores com lotação:
Língua Portuguesa:
- Eliane Marina Tirapelle Brasil
- Julcemara Zanineli
- Luciane Aparecida Justini
- Maria Rosvaine Barco Catto
Matemática
- Adriana Martins Schmitt
- Anderson Leandro Zulin
- Fabíola Martins da Silva
- Geni Tulske Herberlin
- Rozangela Lopes de lima
- Vildi Eloiza Piovezani Silva
Ciências
- Ana Gomes de Brito Silva
- Luiz Antonio Fantussi
- Maria Anunciata Albanez
- Roseli Ana Venturini
Geografia
- Cristina Afonso Vieira de Assis
- Maria de Fátima Pereira
- Raquel Pereira Dias
- Valkiria Trindade de Almeida
História
- Cleuza Tavares
- Jocilio Nunes de Albuquerque
- Maria Ângela Garcia
- Mauricio Antonio Dal Molin Filho
9
- Neusa Junko Izaki
- Sandra Regina Franch
Educação Física
- Anderson Leandro Zulin
- Luciane Aparecida Lopes Justini
- Márcia Shiratsu
- Mª Alice Farinazzo Medeiros Araújo
- Simone Borges Machado
Educação Artística / Arte
- Antonio Carlos da Silva Lopes
- Eliane Marina Tirapelle Brasil
- Luciane Aparecida Lopes Justini
- Kimie Kanno Ywazaki
- Mara Silvia Ubeda de Castro
- Mirian Lago Silva Neves
Inglês
- Ivan Luiz de Oliveira
- Maria das Graças Gonzáles
- Valter Luiz Mesti
Ensino Religioso
Professores já relacionados
Química
- Eva Rodrigues Xavier
Física
- Professor já relacionado
Biologia
- Araci Rui
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Equipe pedagógica
- Adalgisa silva Rodrigues
- Elza Pereira dos Santos
- Isa Edna Santana
- Nilce Duenhas Sanches
- Selma Maria Garcia Sabaini
- Sueli Regina Lanaro
- Vânia Cristina de Rossi Garcia
Direção geral: - Sandra Lucia Prudencio Santana Garutti
Direção auxiliar: Jocílio Nunes de Albuquerque
3.AMBIENTES PEDAGÓGICOS
- Salas de aula: 11
- Sala de multi-uso: 01
- Sala para Laboratório de Informática: 01
- Biblioteca: 01
- Sala de professor: 01
- Sala para equipe pedagógica: 02
- Refeitório: 01
- Cantina: 01
- Depósito para merenda: 01
-Almoxarifado: 01
-Quadra esportiva descoberta: 03
-Sanitários:
02 masculino (01) e feminino (01) para alunos
02 Direção, professores e funcionários
Recursos tecnológicos para atendimento administrativo/pedagógico:
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- 07 computadores com acesso à internet
- 05 impressoras
- 02 retro –projetores
- 02 mimeógrafos a álcool
- 01 mimeógrafo elétrico à tinta
- 07 televisores
- 07 vídeos cassetes
- 03 micro systems
- 02 microfones
- 02 aparelhos de som
- 02 scanners
- 01 aparelho de fax
- 01 D.V.D
- 01 Xerox
4. DADOS HISTÓRICOS
O Colégio Estadual Vital Brasil localiza-se à rua Marechal Deodoro, 865 –
zona 07, foi criada em fevereiro de 1960, com a nomenclatura de Escola
Normal Regional Noturna para atender os alunos maiores de18 anos no
período noturno. Nesta época funcionava como extensão da Escola
Normal Regional “Eduardo Claparéd”, mas sem um local determinado
para seu funcionamento teve início no Grupo Escolar “Dr. Osvaldo
Cruz”,cedida pela direção 03 sala de aula à noite.
Em 15 de junho de 1960 foi indicada para Direção da Escolar Normal
Regional Noturna a professora France Luz Portaria 8297/90 e como
Secretária a professora Orieta Luz
Em 1961 houve mudança na nomenclatura, passando a denominar-se
Escola Normal Regional Noturna Vital Brasil. A escolha do nome Vital Brasil
12
foi determinado por Curitiba passando a funcionar no Grupo Escolar
Visconde de Nácar.
No ano de 1962, a Escola Normal Regional Vital Brasil passou a funcionar
nas salas recém construídas pelo Instituto Filadélfia mudando assim sua
denominação Escola Normal Ginasial Vital Brasil.
No ano de 1963 a escola perdeu o espaço físico tendo que procurar outro
estabelecimento oficial para o funcionamento da escola. Após muita
insistência e empenho a diretora France Luz conseguiu o espaço físico
definitivamente a rua Marechal Deodoro, zona 07, no prédio do Grupo
Escolar Neo Alves Martins, onde funcionava a Escola Normal Secundária
Amaral Fontoura no período diurno.
Neste mesmo ano a escola contava com 10 turmas a mais no período
noturno havendo uma grande procura de vagas assim foi autorizado o
funcionamento de uma extensão no Grupo Escolar Ayrton Plaisant. Ainda
em 1963 formou-se a primeira turma da Escola Normal Ginasial Vital
Brasil.
A partir de 1967 com a saída da Escola Normal Secundária Amaral
Fontoura, a escola passou a funcionar nos 03 períodos: manhã, tarde e
noite. No final deste ano formava-se a quinta e última turma de Regentes
de Ensino, num total de 70 professores regionalistas. Com a extinção da
Escola Normal Secundária Amaral Fontoura, a Escola Normal Ginasial
passou a denominar-se Ginásio Estadual Vital Brasil.
Com a implantação da reforma do ensino de 1º grau lei 5692/71, em 1975
a escola passou a denominar-se Escola Estadual Vital Brasil – Ensino de 1º
grau pois atendia alunos de 5ª a 8ª série.
No final do ano de 1984 através da Resolução 8495 foi autorizado o
funcionamento do Ensino Supletivo Fase II, assim a escola passou a
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denominar-se Escola Estadual Vital Brasil Ensino de 1º grau Regular e
Supletivo o reconhecimento do Curso Supletivo foi no ano de 1986,
através Resolução 4969.
Com aprovação da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB)
– 9394/96, a Escola passou a denominar-se Escola Estadual Vital Brasil –
Ensino Fundamental.
Em 1999 através da Resolução 765/99 foi autorizado o funcionamento do
Ensino Médio Supletivo, no período noturno, mudando novamente de
nomenclatura passando a denominar-se Colégio Estadual Vital Brasil –
Ensino Fundamental e Médio. O Reconhecimento do Curso aconteceu em
2000 através da Resolução 3434, e em 2001 a terminologia Ensino
Supletivo é substituída por Educação de Jovens e Adultos, atual
denominação.
5. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO
ESTADO,
DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.
O Brasil no final do século XX e início do século XXI ainda apresenta
muitos problemas de raízes históricas. Convivemos ainda com muitos
conflitos: a questão da terra, a péssima distribuição de renda, a fome, a
modernização e a globalização da economia, a cidadania e a questão da
educação, pois entramos no século XXI ainda com milhões de analfabetos.
Mas tudo isso vem mudando a cada dia. A educação no Brasil começa a
avançar de forma satisfatória através das políticas e do esforço da
comunidade em geral, este avanço tem repercutido num salto no número
de matrículas no ensino fundamental que repercute também no ensino
médio. O problema que se mantêm em nosso país ainda é a qualidade e a
conquista da aprendizagem para todos. Conseguimos universalizar o
acesso, e agora a escola assume o papel de ensinar as ferramentas para
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que o aluno possa acessar e processar informação e conhecimento,
assumindo também o compromisso com o aprendizado dessas crianças e
ainda, com a redução das desigualdades sociais.
O nosso Estado contribui muito para isso, pois estamos em quinto lugar
em importância econômica entre todos os estados brasileiros. As
diferentes características físicas e climáticas do Paraná propiciam a
existência de atividades agrícolas diversificadas em seu grau de
desenvolvimento econômico, permitindo a utilização de avançadas
técnicas agrícolas, que se traduzem nos mais altos índices de
produtividades do país.
Diante disso, o município de Maringá se consolida como um importante
pólo regional com pouco mais de 50 anos, possui uma população de
288.465(IBGE 2000). Atualmente é a terceira maior cidade do Paraná e o
66º município mais populoso do país, cidade constituída de diversas etnias
que forma um meio cultural múltiplo. Destacamos aqui também a
educação como uma responsabilidade de cada cidadão maringaense. Tem-
se como princípio que a educação é dever do Estado, mas isso não faz
com que a sociedade civil maringaense caia no imobilismo. Há uma
grande conscientização de que ela é dever de todos os envolvidos na
comunidade escolar.
Surge uma sociedade civil emergente, sobretudo em nível municipal, que
se realiza através de parcerias com empresas, pessoas físicas,
despontando como pólo educacional. O município de Maringá já conta com
cerca de dez Instituições de Ensino Superior, além de uma Universidade
Estadual e inúmeros cursos preparatórios para Magistratura, Ministério
Público e vestibulares.
O Colégio Estadual Vital Brasil situa-se na zona sete de Maringá em um
dos bairros mais populosos da cidade em cujo entorno encontram-se
shoppings, Universidades, centros educacionais, diversos
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estabelecimentos comerciais, Vila Olímpica, entre outros. É, portanto, um
bairro de classe média muito importante na dinâmica municipal. No geral,
a comunidade escolar atendida por este estabelecimento de ensino
provém deste bairro e de outros bairros e municípios.
6. PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DO
COLÉGIO
6.1 DIREÇÃO
A Direção responde pela administração da escola. Sua função principal é
pôr em ação, de forma íntegra e articulada, todos os elementos do
processo organizacional, envolvendo atividades de mobilização, liderança,
motivação, comunicação e coordenação com base em decisões tomadas
coletivamente.
A Direção é exercida pelo Diretor escolhido dentre os ocupantes de cargos
vinculados ao magistério da rede pública estadual, de acordo com a
legislação por meio de processo de eleição democrática.
À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de
ensino definidos na Proposta Pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a
ser desenvolvida pelo Estabelecimento. A Equipe de Direção é composta
por Diretor e Diretor Auxiliar, com designação por ato próprio.
O diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo
participativo, e deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos
assuntos escolares com toda a equipe, criando e estimulando a
participação de todos, o que requer um profissional que possua:
- comunicação;
- ética;
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- capacidade de reunir, analisar e socializar informações;
- acessibilidade;
- capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;
- compromisso;
- capacidade de administração de conflitos;
- capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.
- implementar o Projeto Político Pedagógico da escola
- convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do
Plano Anual de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à
apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
- coordenar a elaboração dos planos de aplicação financeira em conjunto
com os colegiados e posteriormente fazer a prestação de contas;
- elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes
específicas de administração deste estabelecimento, em consonância
com as normas e orientações gerais da Secretaria de Estado da
Educação;
- coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da
Secretaria de Estado da Educação;
- supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do estabelecimento;
- coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
- deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
- abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo
das práticas escolares;
- implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento
das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do
Estabelecimento de Ensino;
- coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos
objetivos propostos para a EJA.
- coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores,
professores pedagogos e professores) para a elaboração e
implementação do plano de trabalho;
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- administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a
estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da
escola;
- negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes,
levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou
indiretamente;
- solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando a legislação
vigente;
- administrar os recursos financeiros;
- velar pela freqüência de professores e funcionários;
6.2 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO
A secretaria é o setor que tem a seu encargo todo registro de escrituração
escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino, sendo
coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado.
O cargo de Secretário(a) será exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício desta função, indicado pelo Diretor do
estabelecimento de acordo com a legislação Vicente.
O Secretário será auxiliado por funcionários do quadro de apoio
administrativo tantos quantos permitidos pela mantenedora.
Cabe ao secretário (a):
- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus
auxiliares;
- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
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- organizar o arquivo e registro de alunos de maneira que possa verificar
em qualquer época sua regularidade e sua autenticidade;
- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;
- participar das reuniões, curso, seminários e outros eventos para seu
aprimoramento;
- elaborar processos e relatórios a serem encaminhados aos órgãos
competentes;
6.3 EQUIPE PEDAGÓGICA
O professor pedagogo é a pessoa responsável pela integração,
articulação, monitoramento e auxílio permanente da prática pedagógica
dos professores, mediante procedimentos de reflexão e investigação que
visem à melhoria da aprendizagem, considerando o perfil dos educandos
jovens e adultos.
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num
processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais
profissionais envolvidos, o desenvolvimento de um trabalho coletivo,
envolvendo toda a equipe pedagógica (pedagogos, coordenadores de
ações pedagógicas), para planejar, implementar e avaliar programa de
Formação Continuada para os docentes, a partir das necessidades
pedagógicas apresentadas.
Deverá proporcionar aos educandos juntamente com os docentes, reflexão
sobre a realidade social na qual estão inseridos, de tal forma que
compreendam os limites e possibilidades existentes, favorecendo-lhes
assim, o pleno desenvolvimento.
Cabe ao Professor Pedagogo:
- discutir com toda equipe pedagógica, alternativas de trabalho, que
motivem os educandos durante o seu processo escolar;
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- planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais
(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);
- subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de
diagnóstico estabelecido;
- acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos
planos de trabalho;
- buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades
oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa
própria;
- coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que
apresentem dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça
todas as alternativas possíveis de atendimento;
- coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento
de estudos e conclusão de cursos;
- participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas
conseqüências no desempenho dos educandos;
- promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades
comunitárias;
- pesquisar e investigar a realidade concreta do educando
historicamente situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do
currículo escolar;
- integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do
Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.
- coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
- subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar,
de acordo com as orientações do NRE;
- analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos
de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;
- participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e
grupos de estudos;
- coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;
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- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e
educandos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e
traçar planos de recuperação;
- organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de
Conteúdos por
Disciplina – na EJA ;
- Participar da Avaliação Institucional conforme orientação da
mantenedora.
6.4 DOCENTES
Discorrer acerca do papel, da função, do professor na sociedade hodierna
requer fazer uma retrospectiva da mesma ao longo dos anos, até para
compreender o porquê de alguns conflitos com que o professor se depara
hoje em sua ação pedagógica.
No século XVII, com o monopólio jesuítico, a Escola Tradicional, permeou a
Educação, fazendo parte da vertente católica até 1759, e de maneira um
pouco mais discreta até 1930. A ação do professor era altamente
autoritária, sendo ele o centro do processo, detentor do poder e do
conhecimento. Ao aluno cabia receber os conteúdos sem questionar
jamais. Tendo como característica a filosofia humanística tradicional,
utilizava-se do inatismo, e o diálogo entre professor e aluno se mantinha
apenas à aplicação do conhecimento científico.
Em decorrência desse processo a Escola Tradicional recebeu algumas
críticas. Segundo Saviani (1991), evidenciou por demasia a classe
dominante visto que apenas esta tinha acesso à escola A classe proletária
não conseguia ingressar nos bancos escolares e os que o faziam não se
ajustavam ao padrão imposto.
Surgiu na década de 1930 outra pedagogia da educação, a Escola Nova,
tentando restaurar os erros cometidos pela Escola Tradicional. Seu
21
principal objetivo era a equalização social, segundo a qual todos deveriam
ter acesso à escola.
O papel do professor nessa escola era o de facilitador da aprendizagem,
onde inversamente à Escola Tradicional, tinha a função de proporcionar ao
aluno a motivação para o processo educacional, estabelecendo o foco
principal no próprio aluno.Tendo como representante teórico Piaget, a
psicologia construtivista permeava tal processo, cabendo ao professor
estabelecer situações que favorecessem a descoberta do conhecimento
pelo aluno. A ênfase no método era a individualização, a liberdade e a
espontaneidade.
Porém, Saviani (op.cit.) nos coloca que a Escola Nova recebeu críticas por
ser uma pedagogia pseudo-científica”, deixando um pouco de lado o
conteúdo científico. O professor, por estar envolvido no método,
proporcionou um afrouxamento da disciplina. Para o mesmo autor, o
marginalizado aqui era o excluído. Mas, a aplicabilidade da Escola Nova foi
muito difícil, pois apesar de uma proposta de incluir todos à educação,
separou ainda mais a elite do proletariado, cabendo o acesso à educação
a população com maior poder aquisitivo, já que as escolas necessitavam
de ricos recursos didáticos e, para freqüentá-la era preciso fazer parte da
elite.
Já em meados da década de 1960 e 1970, o Tecnicismo chegou ao Brasil
com intuito de proporcionar ao aluno condições para ingressar no mercado
de trabalho, para atender às necessidades econômicas da época. O
professor aqui era apenas um elo entre o conhecimento científico e o
aluno. Não prevalecia uma interação de diálogo, o objetivo era
proporcionar conteúdos objetivos para um bom desempenho posterior no
mercado de trabalho, sendo este com produtividade e eficiência.
O aspecto pedagógico desviou-se, segundo o mesmo autor, pois a
preocupação com o sistema fabril, a educação pregada pelo método
tornou-se muito objetiva quanto ao aspecto do condicionamento pregado
22
por Skinner. O aluno era condicionado, cabendo ao professor a exposição
de métodos prontos.
Em meados da década de 1970, surgiu no Brasil as Teorias Crítico
Reprodutivistas que não possuíam pedagogia, pois o aspecto
reprodutivista da escola impediam que ela fosse diferente.
Sforni (2004) coloca que hoje o professor deve ser um mediador dentro
desta perspectiva e acrescenta que os conhecimentos empíricos do aluno
devem ser levados em consideração, sua realidade de vida, seus
conhecimentos valorizados pela escola. Através da narrativa, o professor
deve criar diálogos ao levantar questões pertinentes ao conteúdo proposto
até se chegar a aprendizagem efetiva do conceito.
De acordo com as necessidades de nossa escola, acreditamos que a
tendência Histórico-crítica é a que vai ao encontro da aspiração da nossa
comunidade escolar. Esta tem como objetivo os conhecimentos históricos
e socialmente acumulados por todos os participantes do processo de
ensino, além de proporcionar os conhecimentos científicos universais.
Advogamos a participação de todos os membros da comunidade escolar
para uma educação igualitária, tendo como ideal uma pedagogia
proporcionadora de atividades democráticas, onde raça, cultura e
identidade social não devem fazer a diferença.
Diante do exposto, fica evidenciado o papel do professor, de acordo com o
coletivo deste estabelecimento de ensino, qual seja: contribuir na
formação de um cidadão crítico, pensante, conhecedor dos saberes
universais acumulados historicamente pela sociedade além de:
- definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais, das Diretrizes Curriculares Estaduais
conforme modalidade de atuação e da Proposta Pedagógica deste
Estabelecimento de Ensino;
23
- conhecer o perfil dos educandos (idade, ocupação, nível sócio-
econômico, expectativas, hábitos de estudo);
- utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de
ensino, que respeite o processo de ensino-aprendizagem de cada
jovem, adulto e idoso;
- organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;
- estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos
educandos, tendo como princípio o acompanhamento contínuo da
aprendizagem;
- analisar sistematicamente o resultado do desempenho do educando,
obtido no processo de avaliação, para fins de planejamento;
- realizar a recuperação de conteúdos concomitante ao processo ensino-
aprendizagem;
- utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com educandos, pais e com os diversos segmentos da
comunidade;
- realizar processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, tendo em vista uma avaliação reflexiva sobre o processo ensino
e aprendizagem;
- participar da realização de atividades extracurriculares do
estabelecimento de ensino;
- utilizar técnicas e instrumentos diversificados de avaliação;
- organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de
Conteúdos por Disciplina; (EJA);
- executar a Avaliação Institucional conforme orientação da
mantenedora.
Aos docentes que atuam na EJA cabe também:
24
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme
orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de
EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento Escolar.
- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-
pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar
uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição
do conhecimento de cada educando .
- Organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de
Conteúdos por Disciplina
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da
mantenedora.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede
e nas ações pedagógicas descentralizadas a partir de 2007. Deverá atuar
em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e
individuais.
7. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
Filosofia, conforme a raiz etimológica filosofia (filein= amar / sophia=
sabedoria), significa amor pela sabedoria (Stabel, 2005).
Para Kants, 1974 (In texto seletos p.100)
“… a filosofia é fundamental, uma atitude de posicionamento
frente ao mundo a verdadeira filosofia não é a que se
aprende, mas a que se faz. É aquela que parte do que existe,
critica, coloca em dúvida, faz perguntas inoportunas, abre a
porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e
outros modos de compreender a vida, levanta dúvidas e
exige de cada um posicionamento em relação ao mundo e as
coisas”.
25
O mundo altamente tecnológico em que o homem está inserido leva-o a
uma busca incansável do saber. Para a aquisição desse saber, o pensar e o
indagar devem estar presentes no desejo pelo conhecimento.
7.1 FILOSOFIA DA ESCOLA
O exercício da reflexão e a introspecção fazem do homem um ser mais
cauteloso, mais comedido e menos agressivo. O pensar sobre a natureza
humana, a missão que cada um deve desempenhar e o questionamento
sobre o porquê das coisas, dos acontecimentos moldam um cidadão
melhor. Esta é a essência da filosofia desta escola, ou seja, estimular o
pensamento reflexivo em vista da função que a sociedade incumbiu à
mesma.
A principal função de toda escola é formar cidadãos críticos, participativos
e responsáveis por meio de uma educação de valores de acordo com a
sociedade em que estão inseridos. Desse modo, aprender a ser cidadão é,
entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade,
responsabilidade, justiça e não violência. Utilizar o diálogo nas mais
diferentes situações, saber ouvir e comprometer-se com os
acontecimentos da vida comunitária, da região, do estado e do país,
comprometer-se com a preservação do meio ambiente, com o respeito à
diversidade de etnias, às diferenças individuais, são ações que refletem a
filosofia advogada por este estabelecimento de ensino e que devem ser
exercitadas cotidianamente nesta escola.
8. OBJETIVOS
26
• Garantir aos alunos apropriação do conhecimento produzido
historicamente pela humanidade viabilizando o acesso à produção
cultural (científica, tecnológica, jurídica, ética, estética, econômica e
política) sem relegar as experiências de vida e a realidade social
daqueles a quem deve educar;
• Promover igualdade e oportunidades ao acesso e permanência do
aluno na escola, sendo vedada qualquer forma de discriminação e
segregação, assegurando a qualidade do processo
ensino/aprendizagem.
• Propiciar aos alunos maior compreensão do contexto histórico atual,
possibilitando-lhes elevar o nível de consciência crítica para que
possam refletir e atuar de forma consciente e competente na
sociedade em que vivem.
• Compreender o trabalho escolar como construção coletiva.
• Desenvolver estratégias para efetivação de um ensino democrático
e de qualidade, atendendo a todos os alunos.
• Estabelecer propostas de ações para melhor organizar as atividades
a serem desenvolvidas pelo coletivo escolar.
• Tornar pública as ações de cada colegiado escolar.
• Participar ativamente dos colegiados do colégio propondo ações que
visem à melhoria da qualidade do ensino.
• Promover e efetivar a construção de projetos que se integrem
(articulem ) ao Projeto nuclear que consta neste Projeto Político
Pedagógico.
• Dinamizar a participação construtiva do aluno no processo de
aprendizagem.
• Propiciar aos alunos situações que desenvolvam a cooperação, a
participação, a co-responsabilidade e que se amplie a compreensão
das relações sociais que caracteriza a escola e sociedade.
• Buscar alternativas na tentativa de reduzir a reprovação e a evasão
escolar, sem diminuir o saber acumulado .
27
• Defender a avaliação como verificação e acompanhamento do saber
reelaborado e produzido, privilegiando a criatividade dos alunos e
não como processo classificatório dos resultados de ensino.
• Resgatar o estímulo da família com relação à aprendizagem e à
educação dos filhos.
• Fazer recuperação paralela de conteúdos no decorrer do ano letivo.
• Promover atividades cívicas, culturais e esportivas com a
participação de todos os alunos.
• Formar grupos de estudos entre os professores, promovendo a
formação continuada.
• Organizar com os alunos, gincanas, debates, concursos de poesias,
cantos, paródias e outras atividades culturais
• Avaliar continuamente os alunos, em todas as suas atividades
escolares e extra-escolares, possibilitando aos mesmos acompanhar
seu crescimento.
• Promover encontros com os pais para tratar de diferentes assuntos,
conseguindo assim um maior envolvimento dos mesmos com
relação à educação escolar
• Organizar salas ambientes na escola assegurando espaço
organizado por disciplina, possibilitando o desenvolvimento de
metodologias mais interessantes e diversificadas.
• Utilizar diariamente e sistematicamente a agenda escolar anual do
aluno, como forma de comunicação escola – família, promovendo o
intercâmbio de informação
9. PERFIL DD COMUNIDADE ESCOLAR
9.1 ALUNOS
Devido à diversidade sócio-econômica dos alunos, foi realizada uma
pesquisa (anexo 1) em que se detectou com maior segurança o perfil dos
28
educandos que estudam neste estabelecimento de ensino, conforme
dados abaixo:
• 80% aproximadamente estudam para se tornarem cidadãos
atuantes na sociedade; 15% aproximadamente justificam que
estudam porque gostam; 11% aproximadamente alegam que
estudam para obter certificados; 7% para progressão e 4%
aproximadamente por imposição familiar;
• 99% aproximadamente julgam que a Instituição Escolar é
importante para seu futuro;
• 63% aproximadamente não freqüentam cursos paralelos;
• 60% aproximadamente residem distantes desta Instituição de
Ensino;
• Dos 431 alunos que residem distante da escola,74%
aproximadamente utilizam transporte coletivo; dos 716 alunos, 35%
utilizam-se de transporte particular e 26% não necessitam de meio
de transporte;
76% aproximadamente residem com a família nuclear (pai, mãe e irmãos).
9.2 PAIS
Tendo em vista a necessidade de re-elaboração do Projeto Político
Pedagógico deste estabelecimento de ensino foi realizada uma pesquisa
com os pais (anexo 2) com o objetivo de coletar o grau de satisfação dos
mesmos em relação ao processo de ensino ofertado por este
estabelecimento.
Ficou evidenciado que muitos pais de nossos alunos economicamente
apresentam boa renda mensal. Muitos têm curso superior com pós
graduação, mas a grande maioria tem renda entre 2 e 4 salários mínimos
e até o ensino médio. Estes pais optaram pelo colégio tendo em vista o
bom processo de ensino aqui ofertado.
29
Os pais avaliaram os profissionais e demonstraram grande satisfação
tanto em relação aos professores como também elogiaram a direção,
secretaria e demais s funcionários.
Concordam com a continuidade da inclusão de educando com
necessidades especiais em nosso estabelecimento de ensino, visto que a
educação se faz necessária contemplando a formação humana,
valorizando o educando como pessoa.
O Colégio Estadual Vital Brasil é uma escola que oferta uma educação
dinâmica e criativa, e os pais confiam em toda equipe docente e
administrativa do colégio.
9.3 PROFESSORES
A maioria dos professores que atua neste estabelecimento de ensino
possui pós- graduação lato sensu. Eles são profissionais comprometidos
com a aprendizagem dos alunos, atendem prontamente às solicitações da
equipe diretiva e pedagógica, não medindo esforços para tornar suas
aulas atrativas, cativando, assim, os alunos.
Oitenta por cento (80%) são professores QPMs fixados no colégio, o que
contribui para a manutenção do compromisso com a qualidade do ensino
dispensado aos alunos, servindo de modelo, de incentivo, aos professores
recém chegados . Alguns desses professores moram nas imediações do
colégio, contudo a grande maioria vem ao colégio de carro próprio.
9.4 EQUIPE PEDAGÓGICA
O trabalho do pedagogo neste colégio prima-se pelo pronto atendimento
às solicitações da equipe diretiva. Dá suporte aos professores, conduz
juntamente com a direção as reuniões pedagógicas, conselhos de classe,
propõe alternativas visando à aprendizagem do aluno.
30
É uma equipe que procura auxiliar os professores no tocante à busca de
leitura e reflexão sobre a educação de um modo geral e os problemas que
emergem no cotidiano da escola.
9.5 FUNCIONÁRIOS
Neste estabelecimento de ensino, os profissionais da educação que dão
suporte externo ao bom desempenho do ensino e aprendizagem são
também educadores por contribuírem na formação do alunado que estuda
neste colégio. São pessoas educadas, solícitas e prontas a atender a
comunidade escolar com simpatia e educação.
10. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
10.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÂO
Falar de concepção de sociedade, de homem, de educação, de
conhecimento e de ensino-aprendizagem requer uma reflexão sobre
marcos filosóficos, sobre correntes e teorias pedagógicas, e
principalmente, sobre forças políticas que engendram conflitos sociais. A
noção de sociedade emerge dos acordos, das crenças, dos valores e das
relações sociais que grupos elegem entre si como necessários para a
convivência pacífica entre seus membros. Essa é, a priori, o nascedouro de
uma sociedade.
Hoje, porém, percebe-se que forças exógenas atuam mais fortemente
sobre os alicerces das sociedades fazendo com que seus membros vão aos
poucos perdendo suas identidades nacionais. De uma identidade fixa e
estável, própria do homem do Iluminismo (séc.XVII – XVIII) observa-se hoje
31
uma sociedade moderna, caminhando para a pós-modernidade de cujos
sintomas mais característicos são: consumismo exacerbado, corrupção da
alma, angústia pessoal, insegurança, ausência de valores morais e éticos
entre outros. Essa personalidade individualista, narcisista e materialista
decorrente de tais sintomas está despojando o homem de sua
espiritualidade e de seu humanismo.
O desenvolvimento da alta tecnologia produtiva e utilitarista aliado ao
apelo desenfreado da mídia em prol do consumismo vem gerando no
homem uma busca pela satisfação de suas necessidades físicas e sociais
como fim último de sua existência. Desse modo, o homem do século XXI
vem crescendo tecnologicamente, porém esse crescimento vem
acompanhado de uma regressão de valores éticos e morais. Sobre isto é
importante destacar a fala profética dita no início do século XX, por Moisés
Santiago Bertoni, sábio naturalista humanista de descendência suíço-
paraguaio:
Todo progresso material, que não responda ou não vá
acompanhado de um ideal de vida, é estéril para o verdadeiro
progresso da humanidade, quando não nocivo... A moral é
essencial a uma civilização. Está no altruísmo, todas as
escolas que admitiram o egoísmo fracassaram, bem como, as
nações. Encadeamento fatal: egoísmo – violência - riqueza –
decadência.
Nas discussões e práticas pedagógicas desenvolvidas pelos profissionais
de educação neste estabelecimento de ensino fica evidenciada que a
concepção de educação vai além de uma apropriação crítica e seletiva de
conceitos científicos básicos para fundamentar-se em uma concepção
humanística, de resgate de valores morais, éticos, mas também que
estimule a luta a favor da transformação de condições de dominação e
opressão pela via do conhecimento.
32
10.2 CONCEPÇÃO DE ENSINO –APRENDIZAGEM
Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito
implica desvalorizar o papel determinante da interação no contexto social
e particularmente na escola. Ao contrário, situações comunicativas, nas
quais os alunos e professores atuam como co-responsáveis são decisivas
para o êxito do processo ensino e aprendizagem.
A abordagem sócio-interacionista levanta questões relativas ao
desenvolvimento individual, coletivo e o papel da interação social na
formação de um cidadão. Nesse processo de desenvolvimento, a
aprendizagem de conhecimentos historicamente acumulados pela
sociedade abre possibilidades para a re-elaboração e construção de novos
conhecimentos. Daí a importância das interações desafiadoras entre
alunos e destes com parceiros experientes, professores, pais e outros
agentes educativos.
Uma aprendizagem significativa implica sempre alguma ousadia diante de
um problema para cuja solução o aluno precisa elaborar hipóteses e
colocá-las em prática. Fatores e processos afetivos, motivacionais e
relacionais são importantes nesse momento. Os conhecimentos
absorvidos na história pessoal da família têm um papel determinante na
expectativa que o aluno tem em relação à escola, aos conteúdos
trabalhados pelo professor e de si mesmo, suas motivações, interesses,
auto conceitos e auto-estima. Assim, os significados construídos pelo
aluno estão destinados a serem re-elaborados e mesmo substituídos por
outros no transcurso de sua vida escolar e pessoal também. È
fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie
situações desafiadoras que levem a aprendizagens significativas.
No decorrer da História humana, foram criadas ciências e essas formam,
hoje, um conjunto de saberes seccionados em disciplinas tidas como
indispensáveis para entender o mundo e a sociedade, devendo ser
33
transmitidas aos mais jovens através da linguagem e em local específico.
Assim, a escola aos poucos tornou-se o espaço principal da transmissão de
saberes fundamentais àquela sociedade sendo que toda criança jovem,
adulto e idoso têm o direito garantido pela constituição a esses
conhecimentos enquanto ser humano herdeiro das gerações anteriores.
O que o grupo dos profissionais da educação deste colégio aponta como
possibilidade de trabalho com os alunos tendo o compromisso com uma
maior qualidade é a de fazer com que o aluno se aproprie dos
conhecimentos, consiga construir relações com os diferentes tipos de
linguagens e saberes relacionando-se com o outro e com o mundo. Para
isso é fundamental valorizar todas as formas de saberes que fazem parte
do patrimônio humano. Essa proposta de trabalho será viabilizada por
meio do envolvimento de toda a comunidade escolar.
10.3 CONCEPÇÂO DE CURRÍCULO – DE ENSINO – DE
APRENDIZAGEM
Para que a aprendizagem significativa realmente aconteça o professor
deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar,
afim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a
aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a
partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária
da sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações
de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Em
síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o
ensino que deve potencializar a aprendizagem.
A conquista dos objetivos propostos para o ensino fundamental depende
de uma prática educativa que tenha como eixo a formação de um cidadão
autônomo e participativo. Nessa medida as orientações didáticas são
subsídios à reflexão sobre como ensinar.
34
10.4 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação neste estabelecimento de ensino acontece contínua e
sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento
construído pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou
não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em
determinados momentos da escolaridade em função da intervenção
pedagógica. Portanto, a avaliação das aprendizagens só pode acontecer se
for relacionada com as oportunidades oferecidas, isto é analisando a
adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios
dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a tomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem
individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de
consciência e suas conquista, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola,
possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.
Tomar a avaliação nessa perspectiva e em todas essas dimensões requer
que esta ocorra sistematicamente durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas do trabalho,
como é o habitual isto possibilita ajustes constantes, num mecanismo de
regulação do processo de ensino e aprendizagem, que contribui
efetivamente para que a tarefa educativa tenha sucesso.
A avaliação durante o processo de aprendizagem do aluno - o professor
também contempla a observação dos avanços e da qualidade de
aprendizagem alcançada pelos alunos durante um período de trabalho,
avaliação contínua do processo acaba por subsidiar a avaliação final isto é
35
se o professor acompanha o aluno sistematicamente ao longo do
processo. Já a avaliação final acontece após o desenvolvimento de um
assunto ou de bloco de conteúdo.
Utilizar a avaliação como instrumento para o desenvolvimento das
atividades didáticas requer que ela não seja interpretada como um
momento estático, mas antes como um momento de observação de um
processo dinâmico de construção de conhecimento.
Uma concepção desse tipo pressupõe considerar tanto o processo que o
aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado. Pressupõe
também que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando as
expectativas de aprendizagem, mas às condições oferecidas para que isso
ocorra. Avaliar a aprendizagem, portanto implica avaliar o ensino oferecido
– se, por exemplo, não há a aprendizagem esperada significa que o ensino
não cumpriu com sua finalidade; a de fazer aprender.
Para obter informações em relação aos processos de aprendizagem, é
necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos
e situações, para possibilitar, por um lado, avaliar as diferentes
capacidades e conteúdos curriculares , por outro lado, contrastar os dados
obtidos e observar a transferência das aprendizagens em contextos
diferentes.
Os critérios de avaliação do Colégio Vital Brasil são organizados por
disciplinas, traduzindo em notas bimestrais que são comunicadas aos pais
em reuniões bimestralmente. Inclui três momentos uma avaliação inicial
com o objetivo de diagnosticar os conhecimentos que os alunos já
possuem sobre o assunto a ser trabalhado e ela acontece sempre que o
professor propõe novos conteúdos ou novas seqüências de situações
didáticas. É avaliado também diferentes códigos, como o verbal, o oral, o
escrito, o gráfico, o numérico, o pictórico, de forma a se considerar as
diferentes aptidões dos alunos
36
O critério de avaliação bimestral decidido coletivamente neste colégio
será expresso através de notas, numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez)
sendo que rendimento mínimo exigido no ensino fundamental é a nota 6,0
(seis) por matéria.
A média bimestral é somatória e dividida da seguinte maneira:
6 pontos - provas escritas
4 pontos – atividades diversificadas específicas de cada área , exemplo:
produção textual, lista de exercícios, pesquisa e outros.
Deverão acontecer, no mínimo, duas provas escritas para formar os seis
pontos de cada bimestre. E após cada uma das provas deverá ser feita
recuperação paralela e uma nova avaliação se houver necessidade.
A repetência deve ser evitada para que esteja de fato a serviço da
escolaridade com sucesso. Se decisão for reprovar um aluno com
dificuldades, esta deve sempre ser acompanhada de encaminhamentos de
apoio e ajuda para garantir a qualidade das aprendizagens e o
desenvolvimento das capacidades esperadas.
O Colégio bem como as instituições de ensino regular do país estabelecem
uma série de instrumentos para registro e documentação da avaliação e
cria os atestados oficiais de aproveitamento. Assim, conceitos, ficha
cumulativa do aluno, promoção, retenção, certificados, etc.; fazem parte
das decisões que o professor deve tomar em seu dia-a-dia para responder
às necessidades de um testemunho oficial e social do aproveitamento do
aluno. O professor pode aproveitar os momentos de avaliação bimestral
quando precisa atribuir notas para sistematizar os procedimentos que
selecionou para o processo de avaliação. Este colégio não oferta a
progressão parcial de estudos.
37
Compete aos professores anotar e registrar as notas que correspondem as
avaliações em livro-registro.No entanto, é de competência da secretaria
registrar em documentos apropriados os registro ou informações que os
professores sistematizaram.
10.5 RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação de estudos deve ocorrer durante o período normal de aula,
dentro do horário específico de cada disciplina e não dever acarretar perda
ou prejuízo para os alunos dos dias letivos ou horas de estudos, previsto e
amparado pela LDB.
A proposta de recuperação paralela ao colégio Vital Brasil é contemplada
no decorrer de todo ano letivo sempre que for observado que o aluno não
se apropriou de algum conteúdo. Esta é planejada e realizada no momento
exato em que se perceber a defasagem, com técnicas e instrumentos
diversificados, constituindo-se um conjunto integrado ao processo de
ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação
paralela poderá assumir várias formas.
11. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
De acordo com a visão de sociedade, das forças políticas, dos ideais a
serem perseguidos, dos valores e normas estabelecidos, são elaboradas as
diretrizes educacionais de um país a serem seguidas na educação de seu
povo.
Pode-se dizer que durante cerca de quatrocentos anos, aproximadamente,
os pressupostos para a educação brasileira, conforme o ideal comungado
pela sociedade, repousou na concepção tradicional de educação em que o
professor era o centro do processo educativo. Era ele o maestro a
comandar à frente, sua orquestra. A ele competia a transmissão do saber
38
historicamente acumulado pela humanidade (pela classe dominante),
conteúdos eleitos como necessários pela camada culta para serem
repassados às crianças e aos jovens incultos. Ao aluno era dado o direito
de ouvir passivamente os ensinamentos. Ao término de determinado
período, o professor avaliava o aluno em termos estritamente cognitivos.
Assim, é o professor quem controlava todo o processo pedagógico.
Observa-se que essa concepção nega totalmente o saber prático, extra-
curricular e assistemático que o aluno já possuía. A passividade, a
obediência e a anulação do sujeito-aluno são as marcas profundas da
pedagogia tradicional.
Outra visão não mais aceita hoje que essa concepção da pedagogia
tradicional faz é entre pensamento e ação cujo suporte é a concepção de
homem, na Grécia Antiga, em que às camadas inferiores da população
eram destinados os trabalhos manuais e braçais sendo que a de maior
poder econômico dedicava-se às artes, à filosofia.
Ainda hoje, na educação, busca-se a integração desse jogo dialético entre
pensamento ação, ação-pensamento, caminho este que conduz à
educação integral do homem. Assim, a educação e, conseqüentemente, a
escola constitue peças de uma engrenagem maior que é a sociedade.
O círculo vicioso que ainda hoje persiste e que precisa urgentemente ser
rompido é aquele em que os pobres são marginalizados pela escola do
mesmo jeito que seus pais são explorados no plano das relações de
trabalho e, assim, impedidos de participar de fato da vida política. A
democracia na escola é parcial, visto que a sociedade ainda não é
verdadeiramente democrática. Os donos do poder continuam a ser
também os donos do saber, com raras exceções.
Apesar de tudo e principalmente em razão disto, cabe àqueles que têm
essa consciência e que militam na educação contribuir para melhorar a
escola que aí está. É dever de todos serem sujeitos construtores de uma
39
nova sociedade – via educação escolar pública – fazendo com que as
camadas populares que freqüentam essa escola recebam, de verdade,
uma educação de qualidade que lhes possibilitem alterar o rótulo que a
sociedade ao longo dos anos lhes impingiu, quer seja: filho de pobre,
pobre será, negando-lhes todas as chances de ser um cidadão livre.
Ao longo da história, a escola, a educação, passou por mudanças face aos
avanços das ciências e às pressões político-sociais. Nesse processo,
inúmeros teóricos debruçaram-se sobre a questão ensino-aprendizagem. E
nessa seara a educação escolar brasileira perpassou pelas teorias que
deram suporte às escolas: Tradicional, Nova, Tecniscista
(comportamentalista), Aparelho Ideológico do Estado, Crítico –
Reprodutivista, Crítico Social dos Conteúdos; Histórico- Crítica até
adentrar neste século em que se vê um amálgama de todas essas,
tentando priorizar a dialético e o humanismo nas relações pedagógicas.
Segundo Demerval Saviani :
[...] um sistema educacional e uma escola voltados para os
interesses populações, preocupados com os destinos da
grande massa populacional brasileira, buscarão métodos de
ensino que estimulem a atividade e a iniciativa dos alunos,
sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulado
historicamente e os interesses, os ritmos de aprendizagem e o
desenvolvimento psicológico dos alunos. Nesse processo,
atenção especial deve ser dada à sistematização lógica dos
conteúdos, sua ordenação e gradação para efeito de
assimilação desses conteúdos visando à re-elaboração do
conhecimento pelo aluno.
Feitas tais considerações, esta instituição de ensino se propõe seguir as
orientações contidas nas Políticas Públicas do Estado e as Diretrizes
Curriculares. Há um consenso entre os profissionais de educação deste
estabelecimento de ensino de que todas as ações didático-pedagógicas
40
devem sempre estar voltadas para garantir aos alunos em idade escolar e
àqueles que não tiveram acesso na idade própria à escola, a permanência
nesta e a aprendizagem, valorizando os conhecimentos sistemáticos e os
saberes extra-curriculares, visto ser a educação elemento fundamental
para o enfrentamento das desigualdades sociais.
12. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
A organização do tempo escolar no ensino fundamental regular é feita por
série e por disciplinas. Já no ensino médio (noturno) na modalidade da
Educação de Jovens e Adultos, na organização do trabalho pedagógico o
tempo é seccionado em Etapas (em cessação). A partir do primeiro
semestre de 2006, a matrícula na EJA será por disciplina, no máximo em
até quatro, ficando a critério do aluno optar pelo atendimento coletivo ou
individual. Esta forma de atendimento respeita o tempo disponível do
aluno jovem, adulto e idoso.
A prática educacional é transversalizada e se organiza na prática social,
assim a compreensão das finalidades de educação passa pela análise da
sociedade, pois a educação não se configura como uma parte isolada da
sociedade. Desse modo, não é consciência que determina a realidade mas
a humanidade e o contexto social que, constitui-se uma unidade histórica.
A sociedade comporta dimensões: política, sociológica, econômica,
religiosa, epistemológica, histórica e filosófica. Portanto, é a partir das
mesmas que se fará o entendimento das relações sociais, bem como a
função da escola neste contexto, sem o qual não é possível compreender
os limites dos princípios da liberdade e dos ideais de solidariedade
expressos na lei. Entender assim o significado do preparo para a cidadania
e da qualificação do trabalho, expressos na lei d forma histórica e crítica
exige compreende a sociedade, com suas contradições, pois a realidade
coloca um mercado de trabalho seletivo, competitivo e excludente e
41
também, um conflito de interesses individuais e uma ação solidária e
ética.
Os séculos XX e XXI são marcados por grandes descobertas e progressos
científicos, como a microeletrônica, a microbiologia, a biotecnologia, a
robótica, os avanços de comunicação e na informática, assim grandes
mudanças estão ocorrendo de forma significativa nas relações de trabalho
onde grande parte das tarefas dos trabalhadores passa a ser substituída
por máquinas, contribuindo na interdependência entre as nações, para o
acúmulo de produção e para o livre desenvolvimento de capital em
contradição não propiciou a melhoria na qualidade de vida das pessoas.
Assim a globalização amplia o papel da educação nas capacidades de
pensar, decidir e pelo desenvolvimento humano. A educação por si só não
dá conta de transformar a sociedade, mas cabe a ela refletir sobre as
problemáticas, implica compreender o homem concreto.
Nesta perspectiva, o professor tem papel fundamental com uma educação
democrática, que deve propor “desmascarar os fundamentos neoliberais”
que têm como base a liberdade para competição cada vez mais acirrada e
o desenvolvimento do individualismo exacerbado O professor precisa
perceber que é necessário uma revisão crítica de sua prática, pois muitas
vezes o ele deseja dar mais qualidade a prática escolar, mas continua
reproduzindo o velho como verdade absoluta e não como entendimento da
construção histórica do saber.
O professor deve estar comprometido politicamente com a aprendizagem
do aluno, e planejar seu trabalho com conteúdos significativos. “Toda a
ação deve ser acompanhada de reflexão”. Dessa forma, o professor tem o
papel de extrema relevância, pois é ele que vai mediar o processo de
aprendizagem e organizá-lo de forma que a prática não seja
descontextualizada da realidade social, cabe ao professor levar o aluno a
compreender a realidade social. Por isso é necessário maior
42
embasamento, informação, domínio dos conteúdos a serem trabalhados,
das metodologias e técnicas pertinentes a sua prática, de forma que torne
acessível ao aluno o saber científico produzido pela humanidade,
promovendo a interação entre os alunos e destes como conhecimento da
realidade, isto é, parte-se da realidade do dia-a-dia para o saber
elaborado.
Nesse sentido, a aprendizagem acelera o processo de desenvolvimento,
não é necessário esperar o educando se desenvolver para depois fazê-lo
aprender, o ensino deve vir a frente, pois o aluno necessita da
intervenção, da colaboração de outras pessoas culturalmente mais
experientes para avançar na aprendizagem.
O conhecimento não é algo pronto e acabado, é produto das relações
sociais, construído e apropriado historicamente e contínuo em que
transformações e mudanças são elementos essenciais.
O processo educativo é um compromisso com a socialização do
conhecimento científico, parte-se da realidade vivida pelos alunos
(pesquisando, objetivando, debatendo, analisando refletindo sobre as
questões sociais) e ao mesmo tempo, oferecendo condições de se
tornarem leitores e escritores competentes e autônomos, assim a escola
contribui para que os alunos possam desenvolver e compreender a
sociedade, bem como as relações e contradições nela existente. Dentro
deste parâmetro, o processo pedagógico pressupõe planejamento,
metodologias e avaliações, elementos estes imprescindíveis numa ação
educativa.
13. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Alguns princípios norteadores serão perseguidos neste Projeto Político
Pedagógico e serão definidas por uma Gestão Democrática objetivando,
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no trabalho coletivo, ao acesso, permanência e sucesso do aluno na
escola.
Para construir e consolidar a gestão democrática no colégio, nosso Projeto
Político Pedagógico parte da sua realidade e singularidade, procurando
assegurar a participação de todos, incentivando a criatividade e a
produção dos grupos e tendo como compromisso a qualidade do ensino. É
preciso garantir a participação efetiva e responsável de grupos que
tenham objetivos comuns com numa nova visão da cultura escolar, onde
o aluno obtenha sucesso através da democratização de acesso e da
permanência na escola evitando a evasão e a repetência.
Pretende-se no Colégio Estadual Vital Brasil criar espaços para que a
comunidade discuta o significado de cidadania e que, a partir da reflexão,
se renove a cada dia a cultura do sucesso escolar.
A partir das discussões sobre a prática pedagógica, os profissionais da
educação que atuam no colégio percebem a sua importância e a
valorização de seu trabalho enquanto sujeitos do processo escolar, e
redimensionem a prática pedagógica coletiva.
É necessário que a comunidade escolar não limite sua reflexão aos
problemas do dia-a-dia, mas pense e proponha ações a serem
desenvolvidas a curto, médio e longo prazo, viabilizando, assim, a
construção coletiva do Projeto Político Pedagógico.
14. FORMAÇÃO CONTINUADA
Os avanço científicos nas sociedades pós-modernas vêm exigindo uma
nova postura do profissional de educação frente ao saber historicamente
acumulado pela humanidade A certeza, a solidez, que até o final do século
XX davam suporte aos saberes escolares estão ruindo frente aos avanços
nas pesquisas e a rapidez com que as informações chegam até o público.
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A busca permanente pela atualização do conhecimento é exigência
fundamental a todos os profissionais que atuam na educação.
Para a formação continuada, os docentes de nossa Unidade Escolar, além
de buscarem conhecimentos através de matérias, como livros, vídeos,
revistas (Veja), jornais, Internet, contará também com a própria Equipe
Pedagógica da Escola, com profissionais de outras instituições e outros
profissionais habilitados que disponibilizarão todo material didático e
recursos disponíveis para que se efetive a formação continuada.
A Unidade Escolar oportunizará ao corpo docente condições para
participar dos cursos de capacitação, de acordo com a disponibilidade de
cada um, sendo que na Hora Atividade do professor pretende-se
desenvolver o Projeto de Formação Continuada que consta no item
PROJETOS deste P.P.P.
15. ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA
O envolvimento da família aumenta de forma significativa a efetivação do
processo de aprendizagem para os alunos, assim o Colégio Estadual Vital
Brasil tem a preocupação em envolver os familiares por meio das
seguintes ações que serão desenvolvidas:
• Reunião por série com todos os pais/ou responsáveis no início do
período letivo para conscientizá-los sobre o funcionamento e os
encaminhamentos pedagógicos;
• Reunir bimestralmente os pais/responsáveis com os professores para
acompanhar o rendimento e freqüência escolar de seus filhos;
• Proporcionar aos pais momentos culturais, apresentação de corais,
de teatro, de dança, mostra de talentos, palestras educativas, enfim
momentos formativos e lúdicos;
• Proporcionar grupos de estudos aos pais com temas variados:
sexualidade, drogas, desenvolvimento da aprendizagem, limites,
45
déficit de aprendizagem e outros assuntos sugeridos pelos próprios
pais,
• Promover palestras e encontros com profissionais de diferentes
áreas: pedagogos, psicólogos, psiquiatras, ginecologistas etc;
• Promover gincanas de pais e filhos para promover a integração
escola-família;
• Incentivar os pais/responsáveis a participar dos colegiados da escola
É essencial a busca constante na parceria da família-escola com
responsabilidade compartilhada com todos os envolvidos: pais,
professores, alunos, equipe pedagógica para que os estudantes sintam
parte de uma “família escolar”, onde eles recebam atenção
individualizada propiciando a melhoria na aprendizagem e
“encantamento” em aprender.
16. PROPOSTA DE INCLUSÃO
A visão que se tem das pessoas com necessidades educacionais especiais
tem se modificado ao longo da história e da transformação social e é
muito diferente daquele em que se acreditava que eram pessoas
possuidoras de espíritos ruins, sendo muitas vezes, eliminadas da
sociedade, custando-lhes a vida como acontecia na Idade Média.
A partir do século XIX, com a evolução dos conhecimentos da medicina, o
deficiente passou a ser tratado como “doente”, de natureza incurável.
Geralmente estas pessoas passavam suas vidas em asilo ou hospitais
recebendo medicações e privando-se da educação e da socialização com o
seu grupo comunitário.
As primeiras escolas especiais surgiram por acreditarem que se fossem
“treinados”, poderiam ser produtivos. No Brasil, por exemplo, o
atendimento especializado iniciou por volta de 1860, quando foi fundado
por D.Pedro II, o Instituto dos Meninos Cegos do Rio de Janeiro.
46
Na década de 70 o MEC, reconheceu que havia um grande número de
alunos especiais necessitando de atendimento com profissionais da
educação.
Ao chegar o século XX com outros ideais de educação, a sociedade inicia
uma nova visão sobre as diferenças, hoje tida como diversidade pensando
então, em educação inclusiva onde a escola e aluno mutuamente se
adaptam.
Conforme consta no art .208 da Constituição da República Federal do
Brasil, segundo o qual “o dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de: inciso III – atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de
ensino”, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, art. 4º, o
Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino fundamental e Médio assumiu o
compromisso de fazer cumprir as leis às quais está subordinado,
respeitando, valorizando e acolhendo os portadores de necessidades
especiais que a essa escola vierem buscar o acesso ao conhecimento
científico.
Retomando um pouco fatos históricos: a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo no reconhecimento de que
“todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para os outros
em espírito de fraternidade”.
Baseando nesta declaração, e levando em conta a necessidade de
estabelecermos uma “sociedade igualitária”, torna-se necessário termos
uma visão de uma sociedade inclusiva, o qual passa valorizar diversidade,
antes denominada de diferenças, e que dá a todos o direito de acesso a
oportunidade, independentemente de suas peculiaridades.
47
A constituição Federal também baseia-se no princípio da igualdade: “todos
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se o
acesso aos brasileiros e a estrangeiros, residentes no país, a
inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, à segurança e a
prioridade”. (CF Brasil – 1988).
De acordo com este princípio, a consciência ao direito de construir uma
identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz
no direito da igualdade e no respeito às diferenças, assegurando
oportunidades diferenciadas equidade, tantas quantas forem necessárias
com vista à busca da igualdade”. ( MEC/ SEESP- 2001).
Para Barroco (2004, p.23) a proposta de uma sociedade e de uma
educação inclusiva apresenta-se como fenômeno histórico, o qual
devemos respeitar as diferenças suscitadas pelas etnias nível sócio-
econômico, credo religioso, opção sexual, idade e deficiência ou
necessidades educativas especiais.
Desta forma, a escola ao adotar tal proposta, se faz necessário que se
prepare para o atendimento aos “indivíduos diferenciados”.
Assim, podemos ressaltar a importância de a escola trabalhar com as
diversidades culturais e raciais, possibilitando aos educandos mediante
atitudes reflexivas , a eliminação das feridas provocadas pela diversidade
e as dificuldades em aceitá-las, favorecendo a formação do educando, de
forma que ele consiga transformar a hipocrisia do preconceito na
construção de uma sociedade mais justa.
A partir destes dados, o Colégio Estadual Vital Brasil passa a cumprir o
princípio de promoção da cidadania oferecendo oportunidades a todos, ao
adotar uma educação inclusiva, favorecendo as pessoas com
necessidades educacionais especiais a conquista de “ Dignidade, direito e
cidadania” quando para a inserir as pessoas com necessidades
educacionais em salas regulares.
48
Esta escola, adotando uma educação inclusiva, advoga uma sociedade
para todos, respeitando a diversidade humana, atendendo às
necessidades de todos que a ela recorrem em busca do saber escolar.
17. SALA DE APOIO
Para enfrentarmos o problema da repetência de alunos da 5as séries, o
Colégio Estadual Vital Brasil, pretende ofertar no próximo ano a Sala de
Apoio para alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem em
leitura, escrita e cálculo, a SEED prevê a abertura dessas turmas quando
esse problema existe numa escola conforme a Resolução 208/04.
Em nosso Colégio, uma dificuldade a ser enfrentada é a pouca
disponibilidade de salas, porém pretendemos organizar o horário de forma
que na mesma sala possam funcionar o CELEM e a sala de apoio.
As turmas são compostas por até 20 alunos e seu funcionamento será em
contra-turno, no próprio colégio, contemplando as disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática, com cronograma de atendimento por disciplina
durante 4 horas semanais cada uma.
O professor da sala de apoio à aprendizagem assume o compromisso de
desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que
atendam as diferenças individuais dos alunos, com intuito de contribuir
decisivamente para a superação das dificuldades de aprendizagem.
O encaminhamento dos alunos à Sala de Apoio será feito pelos professores
regentes de sala que são assessorados pela equipe pedagógica.
O planejamento do trabalho a ser realizado na sala de apoio será
elaborado pelo professor responsável pela mesma, pelo professor regente
de sala e equipe pedagógica.
49
Nas salas de apoio, a avaliação será diagnóstica, processual e descritiva,
observando o avanço de cada aluno, para que os professores, em
conjunto, possam decidir sobre a necessidade de o aluno continuar
freqüentando essa sala ou ser dispensado dela.
Acreditamos que esse trabalho contribua bastante na redução das
reprovações nas 5as séries e principalmente no desenvolvimento dos
alunos que a freqüentam.
18. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
18.1- MATRIZ CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª A 8ª SÉRIE
ESTABELECIMENTO:
COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
LOCALIDADE: MARINGÁ NRE:
MARINGÁ
IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA TURNO:MANHÃ
ANO: 2006 MÓDULO:40
BA
SE N
AC
ION
AL C
OM
UM
DISCIPLINAS SÉRIES
5ª 6ª 7ª 8ªCIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 2 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2ENSINO RELIGIOSO * 1 1 -- --GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTÓRIA 3 3 3 4LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL22 22 23 23
50
PA
RTE D
IVER
SIF
ICA
DA
Língua Estrangeira Moderna - Inglês2 2 2 2
SUB-TOTAL2 2 2 2
TOTAL GERAL24 24 25 25
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800
horas
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E MÉDIO
ENSINO FUNDAMENTAL - NOTURNO
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Col.Est.Vital Brasil – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO:Maringá NRE:MaringáANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272EDUCAÇÃO ARTÍSTICA 54 64
LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
51
MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
ENSINO MÉDIO -NOTURNO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COL.EST.Vital Brasil – Ensino Fundamental e MédioENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO:Maringá NRE: MaringáANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal de
Horas
Total de
horas/aula
L. PORTUGUESA E
LITERATURA186 224
LEM – INGLÊS 120 144ARTE 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 186 224
QUÍMICA 120 144FÍSICA 120 144
BIOLOGIA 120 144HISTÓRIA 120 144
GEOGRAFIA 120 144
TOTAL 1200 1440
52
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
19. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO
CALENDÁRIO
ESCOLAR
A elaboração do calendário escolar leva em consideração:
A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 de 20/12/96
artigo 56 da Lei complementar 07 de 23/12/76 do Estatuto do Magistério
do Paraná.
A política de autonomia escolar adotada pelo Governo do Paraná, garante
ao estabelecimento de ensino a elaboração de calendário próprio para
atender as necessidades da comunidade onde a escola está inserida,
desde que cumpridas as exigências da legislação educacional em vigor.
Este estabelecimento de ensino propõe seu calendário com base no que
determina a LDBEN/96 a qual estabelece um mínimo de 800(oitocentas)
horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo
trabalho escolar, entendendo por efetivo trabalho escolar todas as
atividades pedagógicas, programadas pela escola, cuja participação dos
alunos seja obrigatória. Compete a escola, adotar procedimentos que
possibilitem a permanência efetiva dos alunos, ativamente envolvidos em
atividades educacionais.
O calendário deve ser resultado de ampla discussão realizada pelo Diretor,
equipe pedagógica e professores, precisa ser aprovado pelo Conselho
Escolar, que deve levar em consideração as peculiaridades locais da
comunidade escolar, inclusive característica climática, econômica e
53
histórica, em total consonância com o art. 23, parágrafo 2º da LDBEN/96,
beneficiando assim alunos, professores, pais e comunidade em geral.
O calendário deve contemplar:
Início das atividades escolares para os professores;
Início do ano letivo para os alunos;
Planejamento;
formação continuada (capacitação);
período de férias para os alunos;
período de férias para os professores;
encontros para conselho de Classe;
feriados oficiais;
recessos escolares;
término do ano letivo.
Os encontros pedagógicos (planejamento e conselho de classe), são
destinados para avaliar o resultado do trabalho escolar, caracterizando
pelo desempenho dos alunos, e para estabelecer estratégias de melhoria
dos resultados, de acordo com as necessidades educacionais individuais e
coletivas dos alunos.
A deliberação nº 02/02 –CEE, que inclui, no período letivo, dias destinados
a atividades pedagógicas:
“Art. 2º - São consideradas como efetivo trabalho escolar as
reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir
da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no
seu planejamento anual.
Ar. 3º - Pode o estabelecimento considerar, como dias de
efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente
organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento,
conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total
54
de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez(10) dias
no decorrer do ano letivo.
Parágrafo único – O estabelecimento deverá organizar o
ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as
oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas
em lei.”
A observância do calendário proposto por este colégio e homologado pelo
Núcleo Regional de Educação é de competência do Diretor, que responde
legalmente e administrativamente pelo colégio em todos os âmbitos,
zelando principalmente pelo cumprimento do mínimo de 800 horas de
efetivo trabalho escolar por ano letivo.
20. ÓRGÃOS COLEGIADOS
20.1 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, fazendo a
articulação entre os segmentos da comunidade, e os setores da escola,
sendo ele de natureza deliberativa, consultiva e fiscal, com a finalidade de
garantir a eficiência e a qualidade do funcionamento da unidade escolar.
O Conselho Escolar é constituído pelas seguintes categorias, diretor,
representante da equipe pedagógica, representante da equipe
administrativa, representante de professor, representante de aluno que
seja maior de idade, representante de pais, representante do segmento
organizado da sociedade. Essa representação só terá validade se obedecer
ao critério de paridade.
O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação de cada
segmento da escola e da comunidade, pois rompe com as relações
burocráticas e formais, permite a comunicação vertical e também
55
horizontal. O Conselho possibilita a delegação de responsabilidades e o
envolvimento de diversos participantes. É um gerador de
descentralização. E, como órgão máximo de decisão da escola tem por
meta defender uma nova visão de trabalho.
O Conselho assim, é espaço de debate e tomada de decisões, onde
professores, funcionários, pais e alunos, diretor e pedagogos tomem
ciência de todo andamento da escola para melhoria e busca da qualidade
no ensino aprendizagem.
20.2 APMF
A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual
Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio é um órgão representado pelos
pais, mestres, funcionários deste Estabelecimento de Ensino. Não tem
caráter político-partidário, religioso, racial ou fins lucrativos. Em
consonância com o Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento, a
APMF tem como objetivo participar e discutir sobre ações relacionadas a
assistência do aluno no aprimoramento do ensino e na integração família
– escola – comunidade, sugerindo e se envolvendo nas questões
pertinentes.
Dessa forma, a APMF representa os reais interesses da comunidade Vital
Brasil, discutindo a política educacional e contribuindo para a melhoria da
qualidade de ensino. Para que haja integração entre escola e comunidade,
a APMF do Colégio Estadual Vital Brasil promove juntamente com a
Direção e Equipe Pedagógica, atividades tais como: palestras, eventos,
passeios, atividades culturais e desportivas entre outras. Administra
também os recursos financeiros próprios e colabora de forma efetiva com
a manutenção e conservação do prédio escolar, suas instalações e
equipamentos, conscientizando as demais instâncias colegiadas deste
estabelecimento sobre suas necessidades.
56
20.3 GRÊMIO
Uma educação democrática está comprometida com a construção do seu
dia-a-dia mais participativo e saudável, utilizando meios que possam
incentivar a atuação dos educandos na escola. Para que isso ocorra, o
Colégio Estadual Vital Brasil apóia e valoriza o fortalecimento do Grêmio
Estudantil. Mas o que é Grêmio Estudantil?
O Grêmio Estudantil trata-se de um movimento que envolve os educandos
de forma organizada, para representar os interesses dos estudantes da
escola. Dando oportunidade a eles para contribuírem, criarem inúmeras
possibilidades de ações de forma participativa no ambiente escolar.
A atuação dos educandos no Grêmio Estudantil é considerada importante,
por tornar um espaço de aprendizagem, responsabilidade e de luta por
direitos, bem como de consciência dos seus deveres no meio escolar.
A participação dos educandos, neste movimento, é considerada um
exercício de cidadania, por favorecer a valorização da cultura, que envolve
o respeito de valores, diferenças sociais, necessidades e interesses.
O Grêmio contribui com a rede de relações existentes com outros grupos
da comunidade por envolver pessoas comprometidas com o que se
pretende realizar no ambiente escolar. Sabe-se, contudo que com a
participação de mais pessoas envolvidas poderão ser ampliadas as
chances de se atingir metas estabelecidas, facilitando a resolução dos
problemas e oportunizando iniciativas.
A atuação do Grêmio na escola promove duas ações importantíssimas, a
participação e a transformação, em que uma depende da outra para
chegar às conquistas. Se tivermos, por exemplo, alunos insatisfeitos no
57
meio escolar, é através da ação do Grêmio que poderá ser elaborada
propostas e/ou alternativas para a situação ser transformada.
É importante ser observado que com a experiência adquirida pelos
educandos, atuando no Grêmio Escolar, automaticamente a sociedade e
principalmente a comunidade onde vivem poderá ser beneficiada.
Para o fortalecimento do Grêmio, é importante que a escola favoreça aos
alunos a participação em eventos, cursos, seminários, congressos, fóruns,
debates, que envolvem assuntos da comunidade escolar. Contudo, o
próprio grêmio tem a oportunidade de promover seus eventos, tais como
campeonatos, gincanas, debates, etc.
Entretanto, o Grêmio deve ser orientado, pela direção, equipe pedagógica,
professores e até mesmo pelos pais, sobre alguns pontos que auxiliarão no
fortalecimento e credibilidade do movimento, entre eles:
- a necessidade de organização do grupo;
- aprender a negociar.
- estabelecer vínculos com a direção, equipe pedagógica, professores
e pais.
- dar oportunidade para que a equipe escolar possa auxiliá-los na
elaboração de projetos.
- estimular a criação de meios de comunicação para divulgação das
atividades e acontecimentos do meio escolar, bem como das
próprias ações do Grêmio (jornais, panfletos, mural, etc.);
- ser orientados quanto a possibilidade da realização de parcerias com
instituições sociais, esportivas, estabelecimentos comerciais,
promoção de eventos (gincanas, campanhas, ações sociais, culturais
e políticas);
- orientar que as reuniões não devem ser agendadas em horários das
aulas, para não prejudicar o rendimento dos alunos que
representem a turma;
58
- orientar como pode ser angariado recursos financeiros, bem como,
que os mesmos podem ser aplicados;
- cessão de um espaço para a realização das reuniões, caso houver
local disponível;
- fornecer informações legais que apóiam a atuação do Grêmio;
- orientar sobre a necessidade do grupo a prestar contas, à
comunidade escolar e planejamento com o uso e aplicação dos
recursos angariados;
- orientar que os alunos que podem participar da diretoria do Grêmio
devem estar devidamente matriculados;
- orientar que para o seu funcionamento, o Grêmio se faz necessário
a realização de eleição;
- orientar, que para o funcionamento do Grêmio, se faz necessário a
elaboração de um estatuto, o qual deve ser devidamente registrado
em cartório, para estar regulamentado;
- esclarecer onde começa e onde termina a autonomia do Grêmio
dentro da escola;
- orientar sobre a necessidade da elaboração do regimento para o
registro de suas funções e princípios básicos.
20.4 CONSELHO DE CLASSE
Toda comunidade escolar deste estabelecimento de ensino tem uma
preocupação muito grande com a melhoria qualitativa do processo Ensino-
aprendizagem. Esta preocupação vem sendo traduzida por reflexões
constantes e pela adoção de medidas que visam a aperfeiçoar o trabalho
educativo do colégio.
59
Dentre estas medidas, está o Conselho de Classe, instrumento de
transformação da cultura escolar sobre a avaliação e, conseqüentemente,
da prática da avaliação em sala de aula. É o momento e o espaço de uma
avaliação diagnóstica e da ação pedagógica educativa do colégio. Ajuda o
grupo a programar ações coletivas. Cada professor tem oportunidades de
avaliar suas ações face aos resultados da aprendizagem dos alunos,
buscando novas alternativas pedagógicas, novos meios de superação das
dificuldades para que haja crescimento do grupo.
Conforme Veiga (p.117)
[...]. o Conselho de Classe pode ser concebido como
uma instância colegiada que, ao buscar a superação da
organização prescrita e burocrática, se preocupa com
processos avaliativos capazes de re-configurar o
conhecimento, de rever as relações pedagógicas
alternativas e contribuir para alterar a própria
organização do trabalho pedagógico.
Assim, o Conselho de Classe deverá realizar bimestralmente por turma, de
forma participativa e conjunta com a presença dos professores, equipe
pedagógica, diretor, representante de alunos e pais, cumprindo a função
de “articular os diversos segmentos da escola e tem por objetivo de
estudo o processo de ensino que é o eixo central em torno do qual se
desenvolve processo de trabalho escolar”. (Dalben, 1995 p.16) tendo em
vista a aprendizagem do aluno e a formação de sua subjetividade.
Neste estabelecimento de ensino, o Conselho Escolar funciona da seguinte
maneira: a princípio o professor, líder de turma coordena, em sala, a
avaliação da prática escolar, nesse momento os alunos e o professor
coordenador têm oportunidade de se auto-avaliar em vários aspectos e
também opinar sobre os aspectos que compõem o processo ensino-
aprendizagem.
60
No momento do Conselho propriamente dito, com base nos problemas e
necessidades levantadas junto aos alunos, é realizado um diagnóstico da
turma, levantando problemas, sugerindo alternativas para que se possam
propor ações concretas ou atitudes que possam produzir as modificações
desejadas nesse momento estarão presentes representantes de alunos e
pais de cada turma.
Em seguida, apenas o corpo docente do estabelecimento ficará reunido
para analisar individualmente o desenvolvimento da aprendizagem dos
alunos de a cada turma.
O próximo passo é se deter na análise dos casos mais significativos de
cada turma, tentando ver o aluno como um todo, pesquisando o porquê
das atitudes dele e não simplesmente relatando casos ocorridos durante o
bimestre, sabendo distinguir, e propor ações concretas mais adequadas
para os casos mais complexos, sendo que essa tarefa requer reflexão
conjunta de todos os envolvidos no processo educativo. Os
encaminhamentos pós Conselho são assumidos pelo coletivo escolar no
que compete a cada membro.
A cada conselho são analisados os avanços alcançados, os problemas
ainda existentes e as mudanças que deverão ocorrer para a melhoria do
processo educativo.
21. PROJETOS
O desenvolvimento pessoal do aluno e a construção de sua autonomia
intelectual exigem da escola um outro posicionamento acerca da
compreensão de ensino-aprendizagem.
A aprendizagem remete sempre a algo com significado aprende-se aquilo
que fez e que faz sentido. Isso implica uma relação profunda entre quem
61
aprende e o que é aprendido. Sabe-se que o objetivo do processo de
ensino deve sempre transcender a experiência imediata.
É fato que o ponto de partida de qualquer aprendizagem sistemática deve
ser o mundo dos alunos, é necessário pesquisar a respeito de suas
preferências sobre os mais variados temas e manifestações artísticas e
culturais e a partir daí em diálogo com eles são elencados temas que
darão origem aos projetos.
Segundo Luzia, et. all.
[...] Um projeto gera situações de aprendizagem, ao mesmo
tempo reais e diversificadas. Favorece assim a construção da
autonomia e da autodisciplina por meio de situações criadas
em sala de aula reflexão, discussão, tomada de decisão,
observância de combinados e críticas em torno do trabalho
em andamento, proporcionando ao aluno, ainda, a
implementação do seu compromisso com o social, tornando-o
sujeito do seu próprio conhecimento (1997).
Assim, a construção de projetos se dá no coletivo e proporciona reflexão e
incentivo à prática de valores, como respeito às diferenças e à
solidariedade. Ele possibilita a avaliação diferenciada, a auto-avaliação, o
trabalho em parcerias prazeroso e estimulante em que professor e alunos
estreitam os laços de amizade, a interação entre si e demais colegas,
tornando todos pesquisadores.
Diante do exposto, este estabelecimento de ensino, motivado pela prática
já existente de trabalhar com projetos e convicto de que todos os cidadãos
precisam se conscientizar acerca da busca por uma melhor qualidade de
vida em toda sua amplitude propõe um Projeto nuclear, cujo tema será
Qualidade de Vida, e em torno deste aglutinarão projetos menores, a
serem desenvolvidos de maneira interdisciplinar ou por áreas, envolvendo
todas as disciplinas e séries, perpassado de teatro, a jornal, a dança, a
62
mostra cultural, a artesanato, a fóruns, etc, tendo sempre como foco o
Projeto nuclear.
21.1 AGENDA 21
Título: “ A escola que temos & a escola que queremos!”
Introdução:
O desenvolvimento da Agenda 21 em nossa escola esteve mais voltado
para os problemas do cotidiano escolar, tendo em vista que a mesma se
localiza na parte central da cidade, embora trabalhemos as questões
ambientais (nascentes, lixo, clima, etc), notamos que a ânsia geral, se deu
na criação de um ambiente favorável para uma melhor qualidade de vida,
onde todos estejam integrados num objetivo comum.
Objetivo Geral:
Construir através da escola um ambiente propício para o desenvolvimento
da prática escolar, bem como para uma vivência digna, com qualidade de
vida e infra-estrutura adequadas. Respeitando os direitos e deveres de
cada um. Minorando a produção de lixo. Resgatando a solidariedade. E,
criando campanhas de conscientização ambiental, para os pais e a
comunidade escolar.
Objetivos Específicos:
• Construção da quadra coberta;
• Reforma nos banheiros e sala de merenda;
• Reforma no teto (construção de um teto novo, já que no atual chove
dentro);
63
• Palestras constantes para despertar novos conhecimentos e
conscientização nos pais e comunidade;
• Seleção do lixo.
• Implantação da sala de informática;
• Ação conjunta entre direção e alunos nos objetivos a serem
alcançados dentro da escola;
• Aquisição de materiais de apoio (data-show).
Orçamento:
*Quadra –coberta: R$ 100.000,00
• Data –Show: R$ 4.000,00.
• Reformas em geral: R$ 50.000,00.
Observações levantadas sobre o meio ambiente de nossa região:
• Necessita-se de calçadas ecológicas para viabilizar o retorno da
água para o lençol freático;
• Plantio de mata ciliar no Rio Pirapó, já que o mesmo está bastante
poluído;
• Tratamento das árvores que estão doentes na cidade (cupim);
• O número de habitantes está crescendo a cada dia, e infelizmente a
cidade ainda não conseguiu absorver todos, principalmente na
geração de empregos, saúde e habitação.
• Necessita-se de ônibus mais próximo a escola, as crianças vão longe
para pegar o ônibus e atravessam avenidas perigosas, como São
Paulo e Colombo;
• A saúde em nossa cidade está precária, demora nos atendimentos,
consultas proteladas, filas para cirurgia;
• Ampliação da coleta do lixo reciclável, para maior quantidade de
dias.
• Falta de força política em nossa região, porque das estradas do
Paraná, as nossas estão em péssimas condições de conservação;
64
• Deveria existir maior sinalização próxima das escolas;
• Patrulhamento constante;
• Passarela na avenida Colombo (próximo Fiat Sala), facilitando a
travessia dos alunos para outros bairros, pois já ocorreram muitos
atropelamentos nessa área.
21.2 FORMAÇÂO CONTINUADA
Objetivos:
- Incentivar a busca pelo saber;
- Propor leitura e reflexão de textos de autores contemporâneos
sobre educação, qualidade de vida, recreação, auto- estima e
outros;
- Estimular a troca, o diálogo acerca de metodologias,
estratégias e alternativas de recursos didáticos;
Conteúdos:
Textos de autores contemporâneos como:
- Sacristán,J. Gimeno, Gómez, A.J. Pérez. Compreender e
transformar o Ensino. Porto Alegre: Art Méd,1998.
- Stuart, Half. A identidade Cultural na pós-modernidade.Rio de
Janeiro: DP8A,2000.
- Steiner, George. Lições dos Mestres. Rio de Janeiro:
Record,2005.
- Morin, Edgar. Os sete Saberes Necessários à Educação do
Futuro>São Paulo; Cortez. Brasília (DF): UNESCO, 2003.
- Lück, Heloisa. Pedagogia Interdisciplinar: Fundamentos teórico-
metodológicos. Petrópolis: Rio de Janeiro. Vozes.
65
- Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e
terra,2005.
- E outros...
Responsáveis:
- Direção e equipe pedagógica
Cronograma:
• Dentro do possível, seguir-se-á a orientação do Núcleo Regional de
Ensino acerca da distribuição das disciplinas por dia da semana.
SEGUNDA-FEIRA CIÊNCIAS E BIOLOGIATERÇA-FEIRA EDUCAÇÃO FISICA E ED. ARTÍSTICAQUARTA-FEIRA PORTUGUÊS E INGLÊSQUINTA-FEIRA MATEMÁTICASEXTA-FEIRA GEOGRAFIA, ENS.REL. , FILO. E SOCIOLOGIA
21.3 PROJETO DE LEITURA E ESCRITA
JUSTIFICATIVA
A escola é um espaço programado para que o aluno adquira a habilidade
de fazer leituras variadas e com isso oportuniza sua leitura de mundo, a
ler e escrever diferentes tipos de texto com diferentes conteúdos e
perspectivas. Textos que chegam à sala de aula através dos livros
didáticos e de outros livros e publicações impressas, que apóiam e
contribuem para o trabalho dos professores e para a aprendizagem dos
alunos.
66
Quando avaliamos o material didático impresso (livros, revistas, etc.) com
os quais o aluno se defronta durante a vida escolar, verificamos que é
grande o volume de textos informativos com o qual tem que trabalhar.
Assim, aprender a trabalhar com textos informativos é fundamental para a
formação escolar.
Esse trabalho planejado pelo professor, fica mais real e contextualizado
quando incorpora reportagens atuais publicados em jornais, revistas,
periódicos e quando envolve curiosidades sobre os assuntos estudados,
pois os mesmos são instrumento de transmissão de informações e
conhecimentos e devem ser uma presença constante na vida escolar.
A leitura de reportagens e jornais pode ajudar o aluno a perceber
diferentes perspectivas e enfoques sobre um mesmo assunto levando-o
assim a assumir uma postura crítica de leitor maduro atribuindo
significado aos mesmos e possibilitando-o a recontar o texto lido
oralmente e por escrito.
OBJETIVOS
- Formar leitores maduros e críticos;
- Desenvolver o gosto pela leitura de textos informativos;
- Conhecer os assuntos mais urgentes e importantes ocorridos no
mundo;
- Perceber a composição, elementos e estrutura de um texto jornalístico;
- Compreender e interpretar textos jornalísticos;
- Integrar e sintetizar informações expressando-as oralmente ou por
escrito por meio de diferentes tipos de texto demonstrando clareza de
idéias.
METODOLOGIA
67
Os momentos de leitura acontecerão semanalmente em uma aula ou
parte dela, seguindo a um cronograma previamente estabelecido
organizado de tal forma que não coincida na mesma aula ou dia na
mesma série.
Os textos serão atuais, de acontecimentos relevantes ou do
interesse do grupo. No início serão escolhidos textos pelos professores e
reproduzidos pela escola para que todos os alunos tenham o mesmo texto
e posteriormente, pretende-se atingir o aluno de forma que os mesmos
tragam os textos que julgarem interessantes para serem reproduzidos e
lidos por todos.
A leitura acontecerá em toda a escola no mesmo momento e todos os
componentes do estabelecimento de ensino (funcionários, professores,
direção e equipe pedagógica) participarão.
O professor partirá sempre da leitura silenciosa e em seguida fará
diferentes técnicas de leitura. Em seguida será feita interpretação oral e
discussão do assunto.
Após a etapa descrita a turma fará o registro do texto lido de diferentes
maneiras (Cartazes, desenhos, anúncios, reescrita e outras produções)
que serão expostas no pátio seguindo, também um cronograma
previamente organizado.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua observando o interesse e envolvimentos de todo
o grupo neste projeto expressado principalmente através de organização
de materiais e realização das atividades previstas.
68
Em relação especialmente ao aluno observar-se-á se o mesmo:
• Demonstra compreensão de textos e consegue interpretá-los
oralmente.
• Atribuir sentido a textos escritos posicionando-se criticamente.
• Sintetiza as informações contidas no texto.
• Consegue reproduzir textos lidos.
21.4 PROJETO EDUCAÇÃO FISCAL
JUSTIFICATIVA:
No Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio
desenvolverá o Programa de Educação Fiscal do Paraná, cujo objetivo é
estimular a mudança de valores e atitudes, de forma a oportunizar ao
cidadão o pleno exercício da cidadania.
Assim sendo, a comunidade escolar deste estabelecimento tem como
compromisso levar aos cidadãos de nossa sociedade conhecimento sobre
a administração pública, fazê-los tomar conhecimento dos tributos
estabelecidos sobre o preço final dos produtos adquiridos e serviços
contratados e qual a função socioeconômica desses impostos, visando
sensibilizar e incentivar todos a fazer um acompanhamento da aplicação
dos recursos públicos.
Julga-se muito importante que as pessoas saibam o quanto pagam ao
Estado em forma de impostos e exijam a contrapartida em serviços
públicos de qualidade.
DESENVOLVIMENTO:
69
Para a execução do projeto um grupo de alunos fará uma peça teatral
misturando dramatização, dança e canto que num primeiro momento será
apresentada a todos os alunos da escola, cujo objetivo será promover a
reflexão sobre o exercício da cidadania e sobre as questões éticas que
envolvem a correta aplicação dos tributos.
A partir da encenação os alunos criarão frases sobre o tema e em seguida
será realizada uma mostra das melhores frases construídas pelos alunos
que será aberta à comunidade.
Estarão atreladas ao Plano de Ação todas as comunidades escolares:
direção, professores, funcionários, pais e alunos e será proposto a todos
que sempre peçam a nota fiscal.
Para finalizar os alunos farão um concurso de redações nas 7ªs e 8ªs séries.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:
PERÍODO ATIVIDADES EXECUTADAS
2º BimestreApresentação da peça teatral para os alunos
Concurso de frases e exposição de frases.
3º Bimestre Concurso de redações para 7ªs e 8ªs séries
22. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Tendo em vista a avaliação e as inovações propostas neste trabalho, é
importante ressaltar a necessidade de se refletir sobre todos os seus
70
aspectos no decorrer de 2007, verificando as possíveis alterações para os
próximos anos.
Essas necessidades deverão ser levantadas num processo coletivo, assim
como foi realizada a elaboração dessa proposta pedagógica, priorizando
nas discussões de cada segmento os interesses e necessidades da
comunidade escolar.
A qualidade da atuação da escola não pode depender somente da vontade
do diretor, de um ou de outro professor. É preciso a participação conjunta
dos profissionais da educação para a tomada de decisões sobre aspectos
da prática didática, bem como de sua execução.
As metas propostas não se efetivarão em curto prazo. É necessário que a
comunidade escolar esteja comprometida e que disponha de tempo e
recursos. Mesmo em ótimas condições de recursos, dificuldades e
limitações sempre estarão presentes, pois na escola se manifestam os
conflitos existentes na sociedade.
A reflexão no decorrer da execução deste Projeto Político Pedagógico
pretende auxiliar na prática e na reelaboração do projeto educativo da
escola. Não são regras a respeito do que se deve ou não fazer. No entanto,
é necessário estabelecer acordos na escola em relação às estratégias
didáticas mais adequadas. A qualidade da intervenção do professor, os
materiais didáticos, horários, espaço, organização e estrutura das classes,
a seleção dos conteúdos e a proposição de atividades concorrem para que
o caminho seja percorrido com maior sucesso.
Para realizarmos a avaliação do nosso Projeto Político Pedagógico
pretendemos:
- utilizar instrumentos como caixa de sugestões para que todos os
alunos façam sua contribuição;
71
- no final do terceiro bimestre enviaremos um questionário às famílias
para que as mesmas avaliem os itens que foram contemplados
nesta proposta;
- realizar duas reuniões, uma a cada semestre do Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil e APMF para avaliarmos coletivamente o trabalho
desenvolvido e propormos ajustes necessários;
Para que esta proposta de ensino se concretize com êxito é fundamental
que receba o apoio dos órgãos competentes da educação do estado e da
federação, além do total envolvimento da comunidade.
23. PLANO DE AÇÃO
PLANO DE AÇÃO – 2006/2007
ASSUNTO METAS AÇÕES RESPONSÁVEI
S
DURAÇÃ
O
Órgãos
colegiados
Assegurar a
implantação e atuação
política das instâncias
colegiadas da escola
(APMF, Conselho
Escolar, Grêmio
Estudantil, Conselho
de Classe).
Divulgar a toda
comunidade escolar a
função e o regimento de
cada órgão colegiado.
Direção
Equipe
pedagógica
Durante
o ano
•Possibilitar amplo acesso
da comunidade às
informações (cursos,
seminários, prestação de
contas, etc após reunião
dos colegiados).
Direção e
membros do
Conselho
Escolar
Durante
o ano
•Escolha do aluno
representante de turma e
suplentes para atuarem
Professor
Monitor e
alunos
Março
72
rotineiramente e nos
Conselho de Classe.Melhor clareza dos
recursos aplicados
•Descrição mensal
“informativo” –
Divulgação (fundo
rotativo cantina, xerox,
doações – parcerias) em
mural específico.
Direção Constant
e
(mensal)
Melhoria Biblioteca •Melhor visibilidade do
material (forma
disposição) do que a
escola possui;
•Campanha de doação de
livros de literatura pela
comunidade;
•Solicitação a editoras.
Bibliotecárias,
Direção,
Equipe
pedagógica e
professores
Constant
e
Conselho
de Classe
1. Analisar
coletivamente o
aproveitamento dos
alunos, propondo
soluções para sanar as
dificuldades.
1.1Promover o
conselho
participativo.
1. Reunião com alunos,
por turma, para
elencar dados
relacionados a cada
disciplina naquele
bimestre.
1.1.Pré-conselho com
professores da
turma, por
disciplina:
analisando;
comportamento e
aprendizagem e
relatando as
colocações da
turma.
1.2.Realizar conselho
coletivo e
participativo para
propor soluções
Um professor
da turma,
alunos,
equipe
pedagógica e
direção.
Bimestral
73
dos problemas
observados.
Organizaçã
o do
espaço
escolar
Promover a
participação de todos
os profissionais da
escola na construção
das normas de
funcionamento do
colégio e no
cumprimento das
mesmas.
•Conscientizar os
professores novos da
escola sobre a proposta
pedagógica para que se
corresponsabili-zem pela
mesma durante o período
que atuarem neste
estabelecimento;
•Fazer a escolha de
professor representante
de cada turma e eleição
semestral de alunos líder
e vice-líder de turma;
•Organizar coletivamente
o contrato pedagógico do
colégio;
•Utilizar diariamente a
agenda como veículo de
informações e anotações
família, pais e
professores.
Todos os
integrantes
da
comunidade
escolar.
No início
do ano
letivo
Aprendizage
m
Promover apropriação
dos conteúdos básicos
do Ensino
Fundamental e Médio
de forma prazerosa.
Proporcionar o
pensamento reflexivo
através da troca de
experiências, debates,
leituras, argüições,
valorizando a vivência
e a diversidade de
idéias dos alunos.
(EJA)
•Detectar e encaminhar
os alunos com
dificuldades de
aprendizagem;
•Discutir com professores
estratégias de apoio aos
casos detectados que
possam reverter as
dificuldades de
aprendizagem;
•Encaminhamentos para
alunos com maiores
dificuldades:
Professores,
Equipe
Pedagógica e
Direção.
Professores
Durante
o ano
letivo.
74
Valorizar e articular a
experiência social do
aluno com o saber
científico. (EJA)
•Sala de apoio – para a 5ª
série.
•Sala de recursos para
alunos de 6ª a 8ª série
em outros
estabelecimentos de
ensino no contra-turno;
•Buscar parcerias junto a
universidades para
montar oficinas e
monitorias;
•Discussão com os pais.
•Trabalhos de monitoria e
em grupo da própria sala
em horário contrário.
•Manipulação de mapas,
globo, dicionários e
outros.
•Produção de peça teatral
referente aos períodos
literários,às diversas
formas de linguagem e à
diversidade cultural do
povo brasileiro.
•Manuseio de jornais e
revistas como exercício, a
priori, de argumentação
nos debates e textos
escritos;
•Filmes, documentários
visando à análise crítica;
•Trabalho com gráficos,
tabelas, tangran, música,
paródia, declamação de
poemas e outros;
Professores
No início
do ano
Durante
o ano
letivo
75
•Respeito ao meio
ambiente: incentivo à
coleta seletiva de lixo,
adubagem orgânica;
•Perseguir como prática
em sala de aula. O
conhecimento dos alunos
através de questionário e
entrevista no início do
ano. Investigar o que os
alunos sabem de
determinado assunto
quando iniciá-lo.
•Início do ano:
Diversificar, sempre que
possível, as atividades em
sala.
•utilizar os resultados da
avaliação no sentido de
retomar os conteúdos e
ajustar as aprendizagens.
Promover um
ambiente favorável à
permanência do aluno
na escola.
Promover
constantemente o
diálogo para que num
ambiente acolhedor
dos educandos;(EJA)
Firmar laços de
afetividade dando vez
e voz para os
educandos,
valorizando-os como
1) Acompanhamento da
freqüência do aluno
por todos os
professores;
2) Preenchimento das
fichas – FICA;
3) Comunicação aos pais
e Conselho Tutelar pela
Equipe Pedagógica.
4) Abordagem pelos
professores de temas
sociais que vão ao
encontro dos anseios
dos adolescentes
Professores,
Equipe
Pedagógica e
alunos
representante
de turma
Durante
o ano
letivo
76
seres humanos,
trabalhadores,
reconhecendo e
tentando sanar suas
dificuldades de
aprendizagem.(EJA)
Ter paciência para dar
atendimento especial
àqueles que
apresentam
necessidades
especiais.(EJA)
Propiciar aulas
diversificadas com uso
de recursos
audiovisuais: filmes,
documentários,
transparências,
jornais, revistas,
músicas, mapas,
globo, Internet e
outros.(EJA)
(sexualidade, saúde e
qualidade de vida,
cidadania);
5) Utilização pelos
professores de
técnicas e
metodologias
diferenciadas que
promovam a
integração e
participação de todos
(seminários, debates,
teatros);
6) Encontros mais
freqüentes com os pais
para valorizar a escola
e os alunos.
Evasão,
repetência
e
assiduidad
e dos
alunos
Diminuir e se possível
erradicar a evasão e
repetência.
Acolher o aluno em
sala de aula, resgatar
sua auto-estima, fazer
com que o mesmo
retome o gosto pelo
estudo propiciando a
ele um local de estudo
agradável.
•Comunicação entre
família e escola sobre a
vida escolar do aluno.
•Diálogo de
conscientização.
•Que a recuperação
paralela seja eficaz.
•Diariamente, no início do
período/aula, com os
educandos para resgate
da auto-estima.
Professor e
equipe
pedagógica
Durante
o ano
letivo
Avaliação
dos alunos
Submeter a escola
como um todo a um
processo de avaliação
1) Promoção de
processos auto-
avaliativos (com
Direção,
Equipe
Pedagógica e
Durante
o ano
letivo.
77
coletiva com a
finalidade de reverter
o quadro de evasão e
repetência e investir
na qualidade de
ensino.
critérios) envolvendo
os alunos e
professores.
2) Análise dos resultados
no Conselho de Classe.
3) Divulgação dos
resultados por
gráficos.
4) Retomada dos
conteúdos através de
recuperação paralela
rotineiramente.
Professores
Pesquisa
na escola
Que os alunos
aprendam a pesquisar
•Ensinar os alunos em
sala de aula como fazer
uma pesquisa, fazendo
com os mesmos.
Professor Durante
o ano
letivo
Formação
continuada
Proporcionar
atualização dos
conhecimentos e
trocas de experiências
entre os profissionais
da escola, objetivando
a qualidade de ensino.
•Encontros entre os
docentes das áreas
correlatas para leitura e
debates de temas
pertinentes ao trabalho
pedagógico, escolhido
pela própria área.
•Encontros entre
funcionários da escola
para leitura e discussões
sobre assuntos
pertinentes a auto-
estima, relacionamentos
interpessoais, formação e
atendimento ao público,
etc.
- Equipe
Pedagógica
.
- Equipe
Pedagógica
e/ou
professores
e/ou
convidados
.
- Durante
a hora
atividade
, uma
vez por
bimestre.
-
Encontro
bimestral
78
Ambiente
educativo
Resgatar o vínculo
entre a comunidade e
a escola através de
atividades extraclasse
que proporcionem
maior envolvimento
entre os mesmos.
Viabilizar uma vez ao
ano, um momento
cultural
interdisciplinar.
•Realizar um chá-bingo
com apresentação de
talentos de cada série,
envolvendo os turnos.
Comissão
formada por
integrantes
da escola e da
comunidade.
Final do
1º
semestre
– sábado
à tarde e
no final
do ano
outro
evento.
Propiciar momentos de
integração entre
alunos e professores.
Promover atividades
diferenciadas como:
teatro, músicas,
declamação de
poesias de autoria
própria e de outros
autores e outros,
viabilizando uma vez
ao ano um momento
cultural interdisciplinar
(EJA).
•Gincana – Promover a
integração entre
professores e alunos e
funcionários melhorando
o relacionamento entre
todos do colégio.
•Jogos escolares
•Torneio
• Interdisciplinaridade
(uma vez ao ano) como
incentivo à criatividade e
a talentos.
Professor-
monitor com
um professor
auxiliar,
alunos, pais e
funcionários
1 (um)
dia no 2º
bimestre
•Confraternização(ões).
Reuniões entre os
professores e funcionários
(coquetel, jantar,
comemoração dos
aniversariantes).
Direção, uma
pedagoga em
cada evento e
um grupo de
professores e
funcionários.
1 (uma)
por
Bimestre
Filmes e/ou palestras
para professores e
funcionários
•Assistir a filmes ou ouvir
a palestras que sejam do
interesse do grupo.
Direção e
Equipe
Pedagógica,
Professor e
funcionários.
1 (uma)
por
bimestre
•Viagens turísticas - Professor 1 (um)
79
dia•Passeios - Aluno ½ (meio)
período •Comemoração recreativa
do dia do
estudante/aluno.
- Direção
com
participaçã
o de todos
os
professores
e
funcionário
s.
1 (um)
por
período
Avaliação
do Colégio
Verificar o
funcionamento da
qualidade dos diversos
setores da escola,
visando a melhoria
dos serviços
prestados.
•Aplicação de
questionários objetivos,
em todos os segmentos
da escola e tabulação dos
resultados e divulgação
dos mesmos.
Formar uma
equipe
envolvendo
um
representante
de cada
segmento no
2º semestre.
Ao final
do ano
24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, L.R; PLANO, V.M.N. (orgs). O coordenador pedagógico e o
espaço de mudança. São Paulo: Loyola, 2001.
BATALLOSO, Juan Miguel. É possível uma avaliação democrática? Ou
sobre a necessidade de avaliar educativamente. In: BALLESTER,
Margarita; et al. (trad. Valério Campos) Avaliação como apoio à
aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003, p. 47-56. (Coleção Inovação
Pedagógica, n.8)
CHARLOT, Bernard. Disponível em
fmet.terra.com.Br/painéis/Bernard/charlot.pdf
80
ESTIGARRIBIA, Ricardo Velásquez. Éditica, Fundamentos Filosóficos e
Antropológicos, Assunção: Marben, 2004.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-
crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2ª ed., 2003.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós modernidade. Tradução:
Tomaz Tade da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP & a, 2000.
Leis de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9394/96 – de
23/12/96, Brasília, 2004.
Lucia Maria G. (org). Escola do Projeto Político Pedagógico. Campinas,
SP: Papirus, 1998.
LUZ, France. O fenômeno urbano numa zona pioneira: Maringá.
Prefeitura, 1997.
PILLETTI, Claudino. Filosofia da Educação. São Paulo, SP: Editora Ática,
1991.
PIMENTA, Selma Garrida. (in) A organização do trabalho na escola.
PUC/SP: Mimeo.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: teorias da educação
curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 33ª ed.
Revisada. Campinas: autores associados, 2000.
SEVERINO, Antonio Joaquim. O projeto Político Pedagógico: a saída
para a escola. Revista da AEC. Brasília, V. 27, 1998.
Tourane, Alaim. Crítica da modernidade. Trad. Elia Ferreira Edel.
Petrópolis, RG: Vozes, 1994.
81
VASCONCELOS, Celso dos S. Avaliação, concepção didática –
Libertadora do processo de Avaliação Escolar, São Paulo: Libertad,
1994 v.3.
VEIGA, Ilma Passo. Perfectivas para reflexão em torno do Projeto
Pedagógico. Escola: Espaço do Projeto Político. Ilma P. Veiga (org).
Campinas, SP: Papirus, 1998.
VEIGA, Ilma Passos e FONSECA, M (org). As dimensões do Projeto
Político Pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas, SP:
Papirus, 200l.
25. PROPOSTAS CURRICULARES
As Propostas Curriculares foram desenvolvidas em diferentes momentos a
partir do ano 2004 com o objetivo de refletirmos sobre a necessidade de
reafirmação das áreas do conhecimento. As discussões que foram
realizadas oportunizaram a análise de nossa prática pedagógica e a
organização do planejamento curricular. Nesses diferentes momentos os
professores trocaram experiências com seus colegas para reverem suas
concepções e darem continuidade a sua formação em serviço, atualizando
e dando destaque à sua área, o que implicou em conhecer as teorias que
fundamentam as práticas. O professor foi o pesquisador da sua própria
área de conhecimento e estabeleceu relações com o desenvolvimento
científico e tecnológico, buscou conhecer as diferentes linhas de pesquisa
em educação e suas relações com a prática pedagógica e com o conteúdo
universal.
Ressaltou-se a importância do professor ter o pleno domínio do conteúdo,
conhecer e desenvolver a prática pedagógica com diferente metodologia
de ensino para formar um aluno reflexivo e crítico, respeitando a
diversidade cultural e utilizando as diferentes formas de ensinar e avaliar.
82
O professor assim, identifica e trabalha as dificuldades que os alunos
apresentam, assumindo uma postura que permita aos alunos a
investigação, exploração, reflexão, questionamento e a organização ou
suas vivências atendendo as reais necessidades de aprendizagem numa
relação de valorização humana.
As diretrizes curriculares definidas para o estado do Paraná e para o
Colégio Vital Brasil têm como foco a aprendizagem efetiva de todos os
alunos, valorizando os conhecimentos sistematizados e os saberes
escolares a partir da realidade da comunidade a qual a escola pertence
contribuindo assim, para o enfrentamento das desigualdades sociais
visando uma sociedade mais justa.
24.1 PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
PROPOSTAS CURRICULARES DE CIÊNCIAS
EMENTA
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a
fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os
seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio
do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário
possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e negativos da
ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em
seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores
sociais, morais e políticos que sustentam a vida.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
83
• Reconhecer a Ciência como um fazer humano, e, portanto, histórico,
fruto da integração de fatores sociais políticos, culturais, religiosos e
tecnológicos.
• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção da
tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e sua evolução
histórica.
• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano
parte integrante e agente das transformações do mundo, em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente.
CONTEÚDOS
QUINTA SÉRIE
Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia
I – Inter-relação entre os seres vivos e o ambiente
Conhecimento físicoConhecimentos
químicos
Conhecimentos
biológicos• População; fatores
que influenciam a distribuição.
• Ciclos biogeoquímicos
• Ciclagem de energia• Fotossíntese
• Biosfera, ecossistema, comunidade , população, habitat e nicho;
• Teias e cadeias alimentares
II – Água no Ecossistema
Conhecimentos
físicos
Conhecimentos
químicos
Conhecimentos
biológicos
• Estados físicos e mudanças de estado da água
• Pressão e temperatura
• Densidade e empuxo
• Composição da água• Água como solvente
universal• Pureza
• Ciclo da água• Disponibilidade na
natureza• Água e os seres vivos• Preservação e
contaminação da água
84
• Água como fonte de energia.
III – Ar no Ecossistema
Conhecimentos
físicos
Conhecimentos
químicos
Conhecimentos
biológicos
• Existência do ar• Camadas da
atmosfera• Pressão atmosférica• Formação dos ventos• Meteorologia• Energia eólica
• Composição do ar• Átomos e moléculas• Poluição do ar• Gases nobres e suas
aplicações
• O ar e os seres vivos• Pressão atmosférica e
audição• Contaminação do ar e
as doenças• Combate à poluição
IV – Solo no Ecossistema
Conhecimentos
físicos
Conhecimentos
químicos
Conhecimentos
biológicos
• Tecnologia e preparo do solo para o cultivo
• Composição do solo• Tipos do solo• Adubação orgânica e
inorgânica• Queimadas• Poluição
• Combate a erosão• Contaminação do solo e
doenças• Rotação de culturas• Curvas de nível• Culturas associadas
V – Poluição e contaminação da água, ar e solo
Conhecimentos
físicos
Conhecimentos
químicos
Conhecimentos
biológicos
• Poluição térmica• Fontes alternativas
de energia
• Chuva ácida• Efeito estufa• Buraco na camada
de ozônio• Aquecimento do
planeta
• Doenças pela falta de Saneamento básico
• Prevenção e tratamento de doenças
• Saneamento básico (ETA e ETE)
VI – Astronomia e Astronáutica
85
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Instrumentos construídos para estudar os astros (astrolábio, lunetas, telescópios, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio)
• Movimento de rotação e translação
• Sol – composição química
• Efeitos de sua radiação na Terra
• Movimentos da Terra e suas conseqüências (ritmos biológicos, influência sobre a biosfera, marés)
• A lua como satélite natural da Terra
SEXTA SÉRIE
I – Biodiversidade – características básicas dos seres vivos
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Equilíbrio térmico• Transmissão de calor• Isolamento térmico
• Metabolismo – transformação de matéria e energia
• Diferenças entre seres vivos e não-vivos.
• Relação de interdependência
• Adaptação de temperatura
II – Biodiversidade – Características básicas dos seres vivos.
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Capilaridade• Fototropismo• Geotropismo• Locomoção
• Osmose• Absorção fotossíntese• Respiração• Transpiração, gutação• Fermentação
• Classificação dos 5 Reinos
• Vírus• Adaptação dos seres
vivos• Biotecnologia• Organismos
geneticamente modificados
• Partes dos vegetais • Animais (relação com
o ambiente, evolução dos grupos e estudo comparativo dos principais sistemas em ordem evolutiva)
86
• Grupos de interesse médico-veterinário
III – Níveis de organização dos seres vivos
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Microscopia• Descrição de célula
animal e vegetal
• Substâncias orgânicas e inorgânicas
•
• Diferenças entre células animais e vegetais
• Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais
• Níveis de organização – átomo até biosfera
SÉTIMA SÉRIE
I – Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Ação mecânica da digestão
• Transporte de nutrientes
• Pressão arterial• Inspiração e
expiração• Tecnologia de
reprodução in vitro e inseminação artificial
• Tecnologia associada ao diagnóstico
• Instrumentos e aparelhos que substituem para corrigir deficiências físicas (Próteses)
• Tecnologias que causam problemas no sistema nervoso (radiação, metais pesados, armas de fogo, auto medicação e acidentes de
• Nutrição (necessidades nutricionais, hábitos alimentares, alimentos diet e light)
• Ação química da digestão (transformação dos alimentos, aproveitamento dos nutrientes)
• Eliminação de resíduos e hemodiálise
• Sabores, odores e texturas
• Reações que ocorrem no organismo com liberação de hormônios como a adrenalina
• Composição química do álcool e teor alcoólico
• Morfo-fisiologia dos sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor, ósseo, nervoso, endócrino, muscular, reprodutor e sensorial
• Disfunção e prevenção de doenças dos sistemas
• Gravidez na adolescência e métodos anticoncepcionais (ação, causa e conseqüência)
• Doação de sangue e órgãos
• Tecnologia associada ao diagnóstico e tratamento de DSTs, inclusive a AIDS
• Manipulação genética (células tronco,
87
trânsito)• A luz e a visão (o olho
humano como instrumento óptico e o modelo físico do processo da visão)
• O som e a audição
clonagem)• Aspectos éticos sobre
a biotecnologia
II - Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo
Conhecimento físicoConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Diagnóstico e tratamento (radioterapia, intoxicação por agentes físicos, elementos radioativos, pilhas e baterias)
• Imunização artificial (soro e vacina)
• Tratamento quimioterápico
• Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados
• Diagnósticos• Tratamentos (alopatia
e homeopatia), fitoterapia
• Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)
OITAVA SÉRIE
I – Astronomia e Astronáutica
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Sol: fonte de luz e calor
• Medidas de tempo (instrumentos construídos pelo homem, como relógio do sol, relógios digital analógicos, digitais e calendários
• Imunização artificial (soro e vacina)
• Tratamento quimioterápico
• Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados
• Diagnósticos• Tratamentos (alopatia
e homeopatia), fitoterapia
• Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)
88
• Telecomunicações: satélites, internet, ondas, fibras, ópticas
II – Segurança no trânsito
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Movimento, deslocamento, trajetória e referencial
• Velocidade, velocidade média e aceleração
• Distância: tempo• Inércia: resistência do
ar, força de atrito, aerodinâmica equipamentos de segurança dos meios de transporte; A relação entre força, massa aceleração
• Máquinas simples• Magnetismo e
eletricidade
• Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito
• Acidentes de trânsito • Uso de drogas (álcool) • Tempo de reação e
reflexo (efeitos do álcool) comparado entre um organismo que ingeriu drogas e álcool
• Prevenção de acidentes;
III – Transformação da matéria e da energia
89
Conhecimentos físicosConhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
• Energia (condutores, fontes, aplicações e transformações)
• Segurança e prevenção
• Eletricidade (condutores, fontes, aplicações e transformação)
• Magnetismo (imãs e bússola)
• Fotossíntese• Fermentação• Respiração• Combustão
• Energia na célula (produção, transferência, utilização e armazenamento)
• Nutrientes (tipos e funções)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A partir dos objetivos de Ciências e dos elementos do movimento C.T.S.
da descrição dos conteúdos, propõe-se que os conteúdos específicos
sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada,
seguindo uma perspectiva crítica e histórica entre os conhecimentos
físicos, químicos e biológicos.
Para que essa proposta do currículo de Ciências se efetive na escola é
preciso que os participantes do ensino-aprendizagem partilhem da
concepção da Ciência como construção humana, cujos conhecimentos
científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade
e marcado por interesses de poder. A partir dessa compreensão, os
conteúdos de Ciências na escola, exige o conhecimento científico de
outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que
ocorrem no mundo, como a química, a física, a biologia, a geociência e a
astronomia.
Assim, esta proposta de encaminhamento orienta-se por uma abordagem
crítica, que considera a prática social do sujeito histórico, priorizando os
conteúdos estruturais e específicos de 5ª a 8ª séries do ensino
90
fundamental de uma forma articulada, superando o engessamento dos
conteúdos tradicionais no âmbito escolar.
Nesse sentido, os conteúdos específicos elencados, nesta proposta devem
ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, respeitando
o nível cognitivo do aluno, a realidade local, a diversidade cultural, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos por parte dos alunos e
adotando uma linguagem coerente com a faixa etária, aumentando
gradativamente e aprofundando a abordagem desses conteúdos.
Nestas diretrizes pretende-se que os conteúdos de física, química e
biologia, estejam inseridos de modo articulado em todas as séries do
ensino fundamental.
AVALIAÇÃO
A avaliação, como parte dos processos de ensino e de aprendizagem, não
é uma mera classificação de alunos, mas sim um processo de verificação
das dificuldades desses alunos que permite ao professor intervir de modo
a fazer com que possam progredir. A avaliação tem ainda a função de
propiciar ao professor que verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se
necessário, reformula-lo.
Como os alunos possuem ritmos e muitas outras características diferentes
uns dos outros, devemos diversificar os instrumentos de avaliação.
A avaliação deve verificar se os alunos investigam, elaboram e testam
hipóteses; se expõem e debatem diferentes opiniões e conclusões; se
comunicam oralmente e/ou por escrito os produtos dos trabalhos
realizados e se confiam na sua própria capacidade de enfrentar desafios.
Então, o aluno será avaliado por meio de leituras, observações,
experimentações e coleta de dados, pesquisas, esquemas, tabelas,
91
produção de textos, ilustrações e relatórios. Podendo ser oral ou escrita,
individual ou em grupo.
A avaliação das atividades realizadas pelos alunos terá valor 4,0, e as
provas valor 6,0. A média bimestral será a somatória das atividades e das
provas, ou seja, 10,0.
Ao aluno que não conseguir atingir a média, será realizada uma
recuperação paralela de cada avaliação, com revisão dos conteúdos dados
durante o bimestre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade, Coleção Ciência
CRUZ, Daniel. Coleção, Ed. Ática
LEITE, Eduardo Canto do. Ciências Naturais.
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES
EMENTA
O objeto de estudo da disciplina de Artes contempla o conhecimento
estético, o conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado.
Norteado pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do
conhecimento em Arte se efetiva na inter-relação de saberes que se
concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise,
da criação/produção e da contextualização histórica.
OBJETIVOS
• Valorizar a arte como parte da vida do ser humano enquanto ser
social, descobrindo seu próprio potencial de criação artística;
92
• Aprimorar a sensibilidade para apreciação de expressões artísticas
nas diversas linguagens da arte, nas suas mais variadas formas;
• Examinar diversas manifestações artísticas, inferindo o que possuem
de comum e diferenciado como expressões de cultura em diversas
épocas;
• Construir conhecimento quanto à história da arte, centrando
atenção em determinado período artístico (ver conteúdo conforme a
série);
• Análise crítica da imagem e de sua natureza estática e dinâmica;
• Conhecer, reinterpretar diversas formas de produções sonoras de
diferentes épocas;
• Consciência corporal como forma de comunicação e expressão –
Reflexão crítica acerca de conceitos do corpo e da dança;
• Reconhecimento e consciência corporal através da representação –
percepção da ação e do movimento enquanto fator de interação
com o mundo;
• Levar o aluno a compreender a importância do Patrimônio Histórico
e cultural e das manifestações da cultura popular;
• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos para
adquirir e construir conhecimento no campo das artes.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Partindo da constatação que: “Não há povo sem arte, da mesma maneira
que não há arte sem povo”, serão examinados alguns períodos artísticos,
desde as remotas origens pré-históricas até a época contemporânea numa
abordagem ampla de várias expressões da arte, como pintura, escultura,
arquitetura, música, teatro, dança, etc.
Através de aulas expositivas dialogadas, com utilização de recursos de
ensino: material impresso (livros, textos, figuras, telas), áudios-visuais,
será feito a articulação entre a teoria e a prática e as realidades sociais,
93
levando em conta os saberes acumulados (experiência construída
historicamente).
Priorização de atividades pedagógicas que valorizem o pensamento
reflexivo e a articulação entre teoria e prática.
- Debates, pesquisas, discussão de textos, leitura de imagens (fotos,
obras de arte, imagens televisivas, propagandas, moda)
- Estímulo à criatividade com atividades significativas, tendo como base
a investigação e problematização – prática da Arte:
- Estudo do meio, entrevista, álbum temático, trabalho artístico (da
prática imitativa à prática criadora), Exposição – valorização da
produção artística dos alunos, apresentações de grupos de dança,
música, teatro, artes literárias.
AVALIAÇÃO
Pela adoção dos encaminhamentos teórico-metodológico apresentados,
exige-se a superação da forma tradicional, estanque e às vezes arbitrária
de avaliação que se limitam à classificação dos alunos em talentosos ou
incapazes, a partir do resultado de suas produções ou expressões.
Será avaliado o processo de elaboração e análise das manifestações
artístico-culturais dos alunos, identificando na medida em que expressam
a apropriação de noções e conceitos específicos da arte, bem como da
produção, levando em conta que a avaliação é um meio e não um fim em
si mesmo.
O processo será contínuo, diagnóstico, dialético, tratado como parte
integrante das relações de ensino-aprendizagem.
94
A avaliação na disciplina de Artes não será utilizada como mecanismo
para classificar, excluir ou promover o aluno, mas como um parâmetro da
práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos
sinalizadores do replanejamento tendo em vista os objetivos propostos da
disciplina.
Alguns critérios de avaliação em Artes:
• Estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por
seu grupo sem discriminações estéticas, étnicas e de gênero, no
entanto pelos conhecimentos da linguagem, deverá ser levada em
conta a relação entre criador e o que foi criado com fundamentação
e apontamento de caminhos para possíveis redimensionamentos das
práticas pedagógicas, levando o educando a sair do lugar comum,
do gosto pessoal e do espontaneísmo, sendo, portanto uma
avaliação centrada no conhecimento.
• Identificar os elementos da linguagem visual e suas relações em
trabalhos artísticos e na natureza;
• Criar formas artísticas por meio de poéticas pessoais (textos,
poesias, roteiros);
• Conhecer e apreciar trabalhos e objetos de arte por meio das
próprias emoções, reflexões e conhecimento (dança, música, teatro);
• Leitura e interpretação das produções/manisfestações, a elaboração
de trabalhos artísticos e o estabelecimento de relações entre esses
conhecimentos e o dia a dia do educando, evidenciadas tanto no
processo, quanto na produção individual e coletiva.
• Pesquisa, participação em sala de aula, leitura de obras, relatórios.
• Mostrar conhecimento da História da Arte de forma contextualizada.
• Conferência das atividades realizadas em sala de aula.
CONTEÚDOS:
95
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DAS QUATRO SÉRIES:
1 – Elementos básicos das linguagens artísticas
2 – Produções/manifestações artísticas
3 – Elementos contextualizadores
A disciplina de Artes no Ensino Fundamental contempla as linguagens das
artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos
estruturantes selecionados por essa disciplina vem constituir a base para
a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes
compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem
possibilidades de organização dos conteúdos específicos.
Tais conteúdos são basilares na organização da disciplina de Artes e
apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma
correspondência entre as linguagens.
Os elementos básicos das linguagens artísticas estarão presentes em
todas as linguagens artísticas desdobrando-se em conteúdos específicos
em cada uma delas.
1 – Elementos básicos da linguagem:
- Das Artes Visuais - Imagem: forma; superfície; espacialidade; volume;
ponto; linha texturas; movimento; luz; cor.
- Da Dança: Movimento e não movimento: corpo; espaço; ações;
dinâmicas/ritmo; relacionamentos.
- Da Música: Som: sons sucessivos – melodia; ritmo; sons simultâneos –
harmonia; qualidade do som – intensidade; duração; altura; timbre;
estruturas musicais – densidade.
- Do Teatro: Personagem: Expressão corporal; expressão gestual;
expressão vocal; expressão facial; caracterização de personagens.
Espaço cênico: cenografia; iluminação; sonoplastia. Ação Cênica:
enredo; roteiro. Texto dramático.
96
2 – Produções/Manifestações Artísticas:
- Nas Artes Visuais: Imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura,
fotografia, propaganda visual); Imagens tridimensionais (esculturas,
instalações, construções arquitetônicas; Imagens virtuais (cinema,
televisão, computação gráfica, vídeo-arte)).
- Na Dança: Composições coreográficas; improvisações coreográficas;
- Na música: Composições musicais, improvisações musicais,
interpretações musicais.
- Do Teatro: Representação teatral direta e indireta; improvisação cênica:
dramatização.
3 – Elementos contextualizadores:
Contextualização histórica (social, política, econômica e cultural)
autores/artistas; gêneros; estilos; técnicas; correntes artísticas; relações
identitárias locais/regionais/globais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
5ª SÈRIE
História da Arte: Pré-História aos nossos dias. Uma visão geral dos
períodos com ilustração em gráfico, observação de imagens, vídeo.
Ponto, linha e plano;
Arte com pontos e linhas – Classificação de linhas - criatividade com
linhas;
Cor e natureza;
Cor forma e movimento;
Cores: primárias, secundárias, monocromia, policromia.
Pintores primitivos;
Pintura: monocromática, policrômica, com cores primárias, secundárias,
Pintura com as mãos, cores riscos e rabiscos;
Arte Indígena – Pintura indígena, trama.
97
Letras e números - A arte com letras e números;
Simetria na arte
Reta e segmento, semi-reta e ângulos, concorrentes e paralelas;
Ângulos, triângulos, quadriláteros, circunferência e círculos;
Arte com triângulos, decoração com ângulos, os quadriláteros na pintura,
circunferências e círculos na arte.
Op art – Fundamentação e observação de obras
Recortes e colagens – rendados de papel, bonecos de papel recortados,
máscaras de papel, máscaras em nossa arte;
Quadro-colagem, mosaico, Técnicas de colagens-criatividade
Folclore – fonte de origem do folclore brasileiro, manifestações do folclore
brasileiro (festas música, dança, artesanato)
Patrimônio Histórico Cultural-Valorização e preservação
Reconhecimento do Patrimônio Histórico e Cultural do município de
Maringá
Teatro: jogos teatrais
Portinari – Sua vida, sua obra. Portinari e as brincadeiras de criança.
Hinos Pátrios: letra, música e ilustração. Projeto Interdisciplinar
6ª SÉRIE
Arte o que é? Pra que existe? (texto-vídeo)
O artista, a obra artística, o período artístico.
Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)
Artes Plásticas: Definição
Elementos da composição plástica;
Elementos essenciais:
Ponto, Linha, Forma (modificação de formas, composição decorativa,
desenho do natural, estilização), Cor – Cores terciárias,Harmonia análoga e
complementar; Escala cromática.
Elementos racionais da composição plástica – observação de estilos
Composição dos elementos;
Unidade, Harmonia, Equilíbrio – Simétrico e assimétrico Ritmo, Movimento
98
O artista
Luz e sombra – arte em branco e preto
Técnicas de pintura e desenho – a arte de desenhar
Desenho de observação, desenho criativo
Monotipia e Xilografia: histórico e prática
Recortes e colagens – A colagem na escola:
Colagem-inversão,Técnica mista, Papel rasgado, Papel rendado, Colagem
cômica e absurda, colagem vitral, colagens abstratas e figurativas com
figuras geométricas.
Cultura Afro-descendente- aspectos gerais - slides, documentário, filme
Folclore - manifestações da cultura popular (arte de caminhão, tecelagem,
modelagem, mestre Vitalino, artesanato brasileiro, festas, danças e
música)
Histórias em quadrinhos - Leitura das histórias
Ilustrações: textos e músicas
História da Arte: Abstracionismo, Cubismo, Impressionismo, Alfredo Volpi
- sua vida, sua arte.
Elementos geométricos na arte: ângulos na escultura, a linha na
arquitetura, triângulos na pintura, losangos na decoração, arte com
trapézios, circunferências na arte.
Patrimônio Histórico e Cultural: Reconhecimento, valorização e formas
de Preservação.
Teatro: História do teatro – teatro no Brasil
Mímica e expressão corporal
Música – Audição, identificação de estilos, Apresentação cênica
relacionada à música.
Paródia
Dança: Artista que pintaram a Dança
Montagem coreográfica de Dança
Hinos Pátrios – Letra, música. Projeto Interdisciplinar
99
7º SÉRIE
Arte o que é? Pra que existe? A natureza do belo, da percepção e do
prazer estético
O artista, a obra artística, o período artístico.
Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)
A comunicação natural do brasileiro: formas de comunicação
Meios de comunicação; Teatro, circo, cinema, televisão, o rádio, jornais,
revistas, escolas de samba, a propaganda etc..
Propaganda e publicidade: definição, as bases da propaganda,
classificação dos veículos.
A comunicação da cor nos objetos: Teoria das cores, estudo de
harmonia de cores (cor luz, cor pigmento)
Publicidade e propaganda através de:
Cartazes
Slogan
Logotipos
Embalagens
Capas
Música: Geração Coca-Cola – Legião Urbana
Criação de propaganda publicitária
Leitura de imagens publicitárias
História da Arte: Leitura de os grandes mestres - Observação de Obras
de Arte
Dinâmica de grupo – Leitura coletiva e em grupo de obras dos grandes
mestres da pintura.
A cor na Obra de Arte – Estudo das cores de forma contextualizada, cor
e contraste, mutação cromática.
Pop Arte - Arte da propaganda e publicidade
Romero Brito – sua vida, sua obra.
Trabalho prático - pintura Pop arte – inspiração nas obras de Romero Brito(
Explorar: linhas, formas texturas, cores)
Figurativo, Abstrato
100
História da Arte - artistas abstracionistas - Cândido Portinari e Alfredo
Volpi – vida e obras- atividade prática
Leitura de Obras
Releitura - Desenho e pintura
Técnica de desenho e pintura – grafite, lápis de cor, guache, carvão.
Folclore – manifestações da cultura popular (música, dança, festas
populares, artesanato, cerâmica no Brasil...)
Artistas que pintaram brinquedos de crianças
Prática de brinquedos cantados e brincadeiras de crianças
Dísticos de caminhão, provérbios, parlendas...
Colagens: A geometria na arte (composições com formas
geométricas):Figurativo, Abstrato - Exploração de cores
Patrimônio Histórico e Cultural – Reconhecimento, valorização e
Preservação.
Museu – Características e importância .
Visita a Museu e ao Patrimônio Histórico e cultural do município de
Maringá
Teatro: história e evolução - O teatro moderno
Exercícios de expressão corporal
Representação teatral através da observação de obras de arte (estudo das
telas)
A arte da música – Pesquisa MPB
Apresentação cênica relacionada à música
Dança: Apresentação de telas de pintores consagrados e mestres da
pintura relacionados à dança.
Texto – Quem dança é mais feliz
Montagem coreográfica de Dança – seleção de estilos (trabalho em grupo).
Hinos Pátrios – Letra e Música – Projeto Interdisciplinar
8ª Serie
Arte o que é? Pra que existe? Vídeo: A Arte através dos tempos - narração
Douglas Tufano
101
O artista, a obra artística, o período artístico.
Observação de obras de Arte (Referência à História da Arte)
Leitura de obras de Arte - roteiro prévio
Releitura de obras de arte (exploração de linhas, formas cores,
movimento, ritmo, harmonia).
Técnicas de desenho e pintura – gravura, Manga, estilização,
ilustração, comunicação visual, as cores nas artes gráficas(pintura), os
gravadores e a xilografia
Literatura de Cordel
Caricaturas, caricaturistas, cartum, cartunistas – atividade prática
Ampliação, redução
Desenho – Figura humana
Cultura Afro-descendente e Africana – Heitor dos Prazeres, Tarsila do
Amaral, Portinari e outros artistas
Leitura de obra de arte (negros)
Releitura de obras de artistas que retrataram negro
Folclore: manifestações da cultura popular ( máscaras afros, peças de
cerâmica, música, dança, comidas típicas, artesanato..)
História do telejornalismo brasileiro - Texto, seleção de notícias.
Apresentação de notícias selecionadas em grupo através de fantoches.
Criação de notícias e apresentação em linguagem televisiva
O jornal na escola – programação visual
Arte abstrata, tachismo, concretismo. – conceitos, observação de
obras, artistas.
Prática - colagem
As artes plásticas e a semana de Arte moderna - Modernismo no
Brasil
Tarsila do Amaral: slides - biografia, obras, trabalho prático – leitura de
obras e releitura.
Teatro: história e evolução (elementos: Ação, ator, cenário, figurino,
personagem, roteiro, texto)
Representação corporal através da observação de obras de arte
Patrimônio Histórico Cultural – Paraná e Brasil.
102
Teatro – espaço físico – visita a um teatro da cidade de Maringá.
Música: Evolução de estilos – tendências contemporâneas
Apresentações em grupos.
Hinos Pátrios: Letra e música. Projeto Interdisciplinar
BIBLIOGRAFIA:
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. Editora campus, 1989.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática, 1994.
Diretrizes Curriculares de Arte Para o Ensino Fundamental,Versão
Preliminar. SEED-PR.
COSTA,Cristina. Questões de Arte. Editora Moderna,1999.
TELMA, Vasconcelos, LEONARDO, Nogueira. Reviver Nossa Arte. Editora
Scipione, 1991.
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
EMENTA:
A Educação Física direcionada para a formação do homem contemporâneo
com ênfase no desenvolvimento de suas múltiplas dimensões humanas ao
atribuir uma educação crítica com atributos éticos e expressivos.
OBJETIVOS GERAIS:
1. Garantir o acesso dos alunos às práticas da corporalidade;
2. Favorecer a construção de indivíduos críticos e criativos;
3. Contribuir para a formação de indivíduo com uma visão omnilateral,
superando uma perspectiva fragmentada de homem;
4. Propiciar momentos educativos onde haja simbiose entre os saberes
do professor e dos alunos.
CONTEÚDOS
5ª Série
103
• Noções Antropometria (crescimento corporal);
• Qualidade de vida (importância do sono, higiene corporal – conceito,
vestimenta adequada para a prática esportiva, malefícios do cigarro,
importância da postura correta);
• Tênis de mesa (noções básicas de regras e fundamentos);
• Ginástica (alongamento das articulações);
• Noções de ritmo (movimentos rítmicos sem música);
• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol – histórico, origem e evolução;
• Domínio de bola, fundamentos básicos de cada modalidade;
• Xadrez (iniciação – histórico, movimentações básicas das peças).
6ª Série
• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos técnicos, jogos
pré-desportivos);
• Xadrez (histórico e movimentações básicas das peças);
• Primeiros socorros (definição, transporte dos acidentados, hemorragias
e fraturas);
• Qualidade de vida (obesidade e importância do sono, postura correta);
• Tênis de mesa (desenvolvimento do jogo e regras básicas);
• Ginástica (alongamento das articulações).
7ª Série
• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos técnicos, jogos e
principais regras);
• Aprimoramento dos fundamentos técnicos do jogo;
• Primeiros Socorros (hemorragias interna e externa, fraturas, luxação,
entorse e distensão);
• Qualidade de vida (sedentarismo, importância do sono, drogas);
104
• Tênis de mesa (principais regras, desenvolvimento do jogo);
• Ginástica (aquecimento das articulações);
• Xadrez (iniciação às jogadas ensaiadas).
8ª Série
• Handebol, basquetebol, futsal e voleibol (fundamentos táticos, sistema
ofensivo e defensivo, aprimoramento técnico e arbitragem);
• Primeiros socorros (asfixia, método de respiração artificial, desmaio,
queimadura e envenenamento);
• Qualidade de vida (a importância da atividade física, drogas –
conseqüências para a saúde, alimentação e atividade física);
• Tênis de mesa (regras e desenvolvimento do jogo);
• Ginástica (alongamento das articulações);
• Xadrez (jogadas ensaiadas).
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos serão desenvolvidos, através de atividades práticas e
teóricas.
Depois da explicação feita pelo professor, o aluno deverá executar do
simples para o mais complexo as atividades propostas, seguindo sempre a
observação de trabalhos teóricos em grupo e individual, podendo ser
utilizado os mesmos recursos das aulas teóricas tais como revistas,
jornais, vídeo, DVD e internet.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
O aluno será avaliado através da realização dos conteúdos referentes a
cada bimestre e seu desempenho nas aulas.
O padrão técnico nos desportos não será considerado para formação de
atletas e sim para manutenção da qualidade de vida como uma prática.
Valores: realização das atividades práticas – 60
realização das atividades teóricas – 40
105
BIBLIOGRAFIA
- Teixeira de Oliveira, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de
Educação Física na Escola Básica. Pensar a Prática – Goiânia, 2:1-23,
junho/julho 1998.
- Radespiel, Maria – Alfabetização sem segredos novos tempos Educação
Física – Editora Temar.
PROPOSTAS CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO
EMENTA:
O Ensino Religioso como disciplina escolar do Ensino Fundamental,
abordará durante o ano letivo os seguintes eixos estruturantes: Paisagem
Religiosa, Símbolo e Texto Sagrado.
OBJETIVOS GERAIS:
•Conhecer na evolução da estrutura religiosa a formação da idéia do
transcendente no decorrer dos tempos, analisando as diferentes
mudanças culturais que determinam as ideologias religiosas que
perpassam a redação dos textos sagrados para um determinado grupo;
•Compreender o respeito à diversidade cultural religiosa em suas relações
éticas e sociais diante da sociedade fomentando medidas de repúdio à
toda e qualquer forma de preconceitos e discriminação;
•Reconhecer que todos nós somos portadores de singularidades e
respeitarmo-nos nas nossas diferenças como cidadãos.
CONTEÚDOS
O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do
Sagrado. Esse fenômeno religioso será analisado pelas instâncias
Paisagem Religiosa, Símbolo e Texto Sagrado nas diversas tradições
religiosas (Africana, Oriental, Ocidental, Afro-brasileiras, Ameríndios,
etc.).
106
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◄►
O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA
- Orientações Legais;
- Objetivos;
- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o
Ensino Religioso como disciplina escolar.
I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e
Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e
expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
II LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares
de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade,
principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.
- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas,
cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
III TEXTOS PRAOS E ESCROTPS – SAGRADOS
- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e
escrita pelas diferentes culturas religiosas;
- Leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas,
orações, etc.)
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos
organizados institucionalmente. Serão tratadas como
conteúdos, destacando-se as suas principais características
de organização, compreensão e de relações com o sagrado.
- Fundadores e/ou líderes religiosos;
108
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RELIG
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◄►
I UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e
textos:
- Nos ritos;
- Nos mitos;
- No cotidiano.II RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações
religiosos, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser
compreendidos como a recapitulação de um acontecimento
sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à
preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem
remeter a possibilidades futuras a partir de transformações
presentes.
- Ritos de passagem;
- Mortuários;
- Propiciatórios;
- Outros.
III FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos,
religiosos, com objetivos diversos: confraternização,
rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos,
datas comemorativas.
IV VIDA E MORTE
- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e
escrita pelas diferentes culturas religiosas;
- Leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas,
orações, etc.)
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As respostas elaboradas para vida além da morte nas
110
METODOLOGIA
Com o compromisso de superar toda forma de proselitismo e ou a
discriminação de qualquer expressão do sagrado, o processo educativo da
disciplina de Ensino Religioso fomentará o respeito às diversas
manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos
alunos. Com esse objetivo, as abordagens de manifestações religiosas ou
expressões do sagrado, partirá das menos conhecidas e ou desconhecidas
dos alunos, para posteriormente, inserir os conteúdos que tratam de
manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo
cultural dos mesmos, evitando assim, a redução dos conteúdos da
disciplina às manifestações religiosas hegemônicas.
A abordagem das tradições e manifestações religiosas mais conhecidas e
ou majoritários serão objeto de estudo ao final de cada conteúdo tratado,
de modo que os conhecimentos aprendidos de outras manifestações
religiosas, constituam-se em novas referências para se analisar e
aprofundar os conhecimentos a respeito das manifestações já conhecidas
e ou praticadas pelos alunos e ou na comunidade.
AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado e irá se auto avaliar a partir do seu envolvimento e
participação nas atividades realizadas em sala e em casa.
BIBLIOGRAFIA
Currículo Básico para Escola Pública do Paraná, 1990.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental,
2006.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental Ensino Religioso, 2005.
111
Diversidade religiosa e direitos humanos. Coordenadora Regina Maria da
Rocha Loures Bueno, Círculo de Cooperação da URI Curitiba, Gráfica da
Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, 2005.
GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná D.; SCHOGL, Ermile. Ensino Religioso:
Sugestões Pedagógicas, ASSINTEC. Curitiba/Pr, 2002.
Informativos da ASSINTEC, Associação Interconfessional de Educação,
2004.
Informações sobre Tradições Religiosas, ASSINTEC, 2003.
JORDAK, Dora M. Coleção Religiões do Mundo, Ed. Brasileitura, 2003.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; ALVES, Luiz Alberto Sousa. “O
contexto pluralista para a formação do professor de Ensino Religioso. In:
Revista Diálogo Educacional, Curitiba. V.5, n. 16, p. 229 – 246, set./dez.
2005.
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica, Ed. Nova Geração, 2003.
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
EMENTA:
O ensino da Geografia numa abordagem crítica com ênfase na dimensão
econômica da produção do/no espaço, a dimensão sócio-ambiental, a
dinâmica cultural demográfica e a questão geopolítica, considerando os
conceitos sociedade: natureza, território, região, paisagem e lugar.
Objetivo Geral:
Cabe hoje à geografia e ao ensino de geografia, abordar as relações de
poder que constituem território nas mais variadas escalas.
Objetivos Específicos:
112
• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da geografia
(mapas, gráficos, tabelas etc.), considerando-os como elementos de
representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados.
• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica,
como formas de organizar e conhecer a localização, distribuição e
freqüência dos fenômenos naturais e humanos.
• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação
e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de
cada lugar, paisagem ou território.
• Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a
observação dos processos de formação e transformação dos
territórios, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de
técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.
• Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre
preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o
conhecimento de sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos
culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a
natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.
• Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço
geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos,
construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos,
conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em
profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.
• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da
Geografia.
• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais,
sociais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar no mundo”,
comparando e sintetizando a densidade das relações e
transformações que tornam concreta e vivida a realidade.
• Perceber-se como parte do espaço e como sujeito social.
113
• Conhecer e compreender a organização do lugar em que vive,
reconhecendo o espaço geográfico como resultante das relações
entre os indivíduos e destes com a natureza.
• Perceber que a organização do espaço reflete a dinâmica do modo
de vida dos grupos humanos dando ênfase ao estado do Paraná.
• Conhecer as dinâmicas e interações dos fenômenos geográficos.
• Reconhecer as desigualdades sócio-econômicas, compreender suas
causas e sua inserção no espaço, tendo em vista o desenvolvimento
de ações que objetivam as transformações sociais necessárias a
uma sociedade mais justa.
• Compreender e valorizar a sociodiversidade entre povos e
indivíduos.
• Reconhecer a interação da Geografia com outras áreas do
conhecimento.
• Ler e compreender diversas fontes textuais, documentais e
imagéticas, interpretando, analisando, relacionando e localizando
informações sobre o espaço geográfico.
• Conhecer a linguagem cartográfica e utiliza-la na obtenção de
informações sobre fenômenos espacializados, assim como saber
representa-los espacialmente.
Conteúdos para 5ª Série:
• Espaço e tempo: duas noções importantes.
• Aprendendo a orientar-se.
• Aprendendo a localizar: os paralelos.
• Aprendendo a localizar: os meridianos e as coordenadas geográficas.
• A linguagem cartográfica.
• O movimento de rotação da Terra: a base da divisão do tempo em
dias e horas.
• As fases da lua: a base da divisão do tempo em semanas e meses.
• O movimento de translação da Terra: a base da divisão do tempo em
anos ( as estações do ano).
114
• A natureza é a fonte da vida: portanto não pode ser destruída.
• O trabalho humano.
• A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano.
• A interdependência e a integração do trabalho humano.
• O mercado consumidor.
• Revolução Industrial: impactos nas sociedades e na natureza.
• A agropecuária e as condições ambientais (clima, solo e relevo).
• O extrativismo mineral
Conteúdos para 6ªSérie:
A Produção do Espaço Geográfico Brasileiro
• O Brasil indígena já existia antes do Brasil português e do Brasil
brasileiro.
• A apropriação do espaço indígena e a construção de espaços
geográficos no Brasil, destacando o Paraná.
• A construção de espaços geográficos no Brasil.
• Nordeste: a construção de espaços geográficos.
• A construção dos espaços geográficos do Agreste, do Sertão e do
Meio-Norte.
• Sudeste: a mineração e a cafeicultura como “motores” da
construção dos espaços geográficos.
• Sul e Centro-Oeste: a construção e a reconstrução de espaços
geográficos, dando ênfase ao estado do Paraná.
• Norte ou Amazônia: a construção de espaços geográficos.
Da Sociedade Agrária para a Urbano-Industrial (mudanças na Economia e
no Espaço Geográfico)
• Brasil: país de industrialização tardia ou retardatária.
• As fontes de energia utilizadas na produção e nos transportes.
115
• A urbanização brasileira no século XX e seus problemas.
• Panorama da agropecuária no Brasil.
O Território Brasileiro e as Condições Ambientais
• Domínios morfoclimáticos.
• Domínios morfoclimáticos e o ambientalismo.
• A população brasileira.
• População e cultura do Paraná.
Conteúdos para 7ª Série:
Um Só Mundo e Muitos Cenários Geográficos.
• A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização.
• A formação e a distribuição dos continentes resultam da história da
natureza.
• Os países ou Estados resultam da história das sociedades humanas.
• Na diversidade étnica ou cultural está a unidade da humanidade.
• O cenário paranaense no contexto nacional.
Sociedade, Globalização e Regionalização.
• A Geografia da diversidade socioeconômica espacial
(regionalizações).
• Globalização e regionalização.
• O mercado desenhando novas fronteiras (regionalização em blocos
econômicos).
A Formação do Mundo Desenvolvido e do Mundo Subdesenvolvido
• As bases históricas do subdesenvolvimento.
• Subdesenvolvimento: idéias falsas e fatores internos.
O Mundo Subdesenvolvido
• A América: regionalizações e países de industrialização tardia.
116
• Países americanos com economia baseada na exportação de
produtos primários.
• África: um continente sofrido e explorado.
• África: economia e regionalização.
• A Ásia subdesenvolvida e o estudo de Israel.
• A Ásia subdesenvolvida.
Conteúdos para 8ª Série:
Modernização, Globalização e Sociedade de Consumo
• O desenvolvimento técnico-científico-informacional e as mudanças
na geografia mundial.
• O espaço geográfico e os fluxos da globalização.
• A era do consumo e a globalização dos costumes.
• A Geografia das Cidades Globais.
• Problemas ambientais urbanos.
• Modernização, agropecuária e fome.
• Problemas ambientais nas áreas rurais.
• Os acordos internacionais sobre o meio ambiente e as mudanças
climáticas.
As Potências do Atlântico Norte, A Europa Oriental e a CEI
• O Canadá: espaço integrado ao dos Estados Unidos.
• Os Estados Unidos: a potência mundial.
• A Europa Ocidental: em busca de sua unidade.
• A Europa Oriental e a Comunidade dos Estados Independentes(CEI):
espaços em transição.
• O mercado consumidor.
• Revolução Industrial: impactos nas sociedades e na natureza.
• A agropecuária e as condições ambientais (clima, solo e relevo).
• O extrativismo mineral
117
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Os conteúdos serão trabalhados através de exposição oral; leitura e
interpretação de textos, mapas, gráficos e tabelas; atividades de
aprendizagem; atividades de campo; trabalhos em sala de aula; produções
de texto; trabalhos com mapas/ Atlas em grupo, em duplas e
individualmente partindo sempre do conhecimento que os alunos possuem
sobre cada assunto.
AVALIAÇÃO
Cada vez mais, a avaliação escolar deixa de ser considerada um
instrumento de controle, de vigilância e de punição, concentrada em
períodos determinados, para se tornar um procedimento dinâmico,
intensivo e global. A avaliação deve ser diferenciada e contínua, ou seja,
deve contemplar as especificidades e habilidades prévias dos alunos
durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
Em vez de classificar o aluno e definir se ele será aprovado ou reprovado,
a avaliação é um instrumento que permite ao educando reconhecer suas
conquistas e dificuldades, clareando os desafios a serem vencidos e as
possibilidades de vence-los. Para o professor, ela possibilita repensar sua
prática pedagógica e ajusta-la às necessidades do processo de
aprendizagem de alguns alunos ou de toda a classe. Dessa forma, a
avaliação não só permite verificar se os conteúdos estão sendo
aprendidos, mas também perceber os avanços e as fragilidades do ensino
oferecido e, principalmente, criar condições para que os alunos aprendam
da melhor forma possível.
A avaliação será processual, diagnóstica e somativa. Como função
diagnóstica, pretende-se resgatar a compreensão constitutiva da
avaliação educacional, visto que possibilita uma tomada de decisão sobre
o objeto avaliado e permite repensar a prática e a ela retornar.
118
Como função processual avaliando o desenvolvimento do educando
durante o processo, tais como: participação no decorrer das aulas,
trabalhos, criatividade, provas objetivas e subjetivas, interpretação de
textos, reportagens, gráficos, tabelas e mapas.
A avaliação serve para acompanhamento cotidiano da aprendizagem.
Ajuda o professor a emitir juízos de valor mais adequados sobre o
aproveitamento escolar dos alunos. A avaliação investigativa e diagnostica
vista como acompanhamento de aprendizagem é continua, é uma espécie
de mapeamento que irá identificando as conquistas e os problemas em
seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e
processual.
Vários serão os parâmetros a serem utilizados e considerados no momento
da avaliação:
• Participação dos trabalhos em grupos com atividades escritas e
leitura;
• Capacidade de criar alternativas para a resolução dos problemas;
• Avaliação escrita, avaliações em grupo ou qualquer outra atividade
de caráter avaliativo sempre terá atribuição de índices que
representam o percentual o qual o aluno esteja inserido. Quando o
aluno apresentar dificuldade ou baixo rendimento será realizada
recuperação paralela das avaliações.
BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Para onde vai o ensino de
Geografia?São Paulo: Contexto, 1988. p. 141.
VESENTINI, Vesentini W. O ensino de Geografia no século XXI. In:
Caderno Prudentito de Geografia. N. 17, jul. 1995., Presidente Prudente:
AGB. P. 15.
______. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto,
1997.
119
CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala de aula. São
Paulo: Contexto, 1999.
CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito – chave da
Geografia. In: CASTRO, Iná Elias de et al. (orgs). Geografia, conceitos e
temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
VERNIER, Jacques. O meio ambiente. Campinas: Papirus, 1994.
BRIGADÃO, Clóvis, RODRIGUES, Gilberto. Globalização a olho nu: o
mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998.
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
EMENTA:
O ensino da História como disciplina escolar no Ensino Fundamental
abordará durante o ano letivo o conteúdo estruturante.: Política,
Econômico-social e Cultural Dimensões.
OBJETIVOS GERAIS:
• Formar a consciência histórica do indivíduo, que é sujeito de uma
sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas
(identidade política, cidadã, cultural);
• Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente;
• Propiciar informações, idéias e conceitos históricos aos alunos,
permitindo que estes atribuam sentido ao tempo e à História de forma
mais eficiente e adaptação ao mundo contemporâneo;
• Contribuir para a construção do conhecimento e respeito à diversidade
cultural.
120
CONTEÚDO:
5ª série
O estudo da História:
- Qual a origem do homem e da mulher;
- Como viviam os primeiros homens e mulheres;
- Como aprendemos a plantar e criar animais;
- O que sabemos sobre a Pré-História da América.
- Os povos indígenas no Brasil e no Paraná.
Antiguidade Oriental:
- Como as comunidades agrícolas
- Mesopotâmia
- Egito
- Hebreus
- Fenícios
Antiguidade Oriental:
- Persas
- As primeiras civilizações da África
- Civilizações Clássicas
- O mundo grego
Civilizações Clássicas – O mundo romano
6ª série
A Europa Medieval e o Oriente:
- A Alta Idade Média, século V a X;
- Império Bizantino;
- Império islã;
- A Baixa Idade Média, século XI a XV;
- Arte e Ensino – Idade Média.
A Europa Medieval e o Oriente:
- povos do oriente – séculos X a XVI
121
A Expansão Marítima e Comercial:
- Portugal no fim da Idade Média;
- As grandes navegações;
- Maias, Astecas e Incas;
- O encontro entre europeus e povos do novo mundo.
A Europa Moderna:
- Renascimento;
- Reformas Religiosas;
- O Antigo Regime.
A Colonização do Brasil:
- Por que e como o Brasil foi colonizado;
- Ciclo açucareiro
A Colonização do Brasil:
- Como ficou o Brasil;
- Rebeliões coloniais;
- Ciclo do ouro;
- Tempo dos bandeirantes.
A Colonização do Paraná:
- Os primeiros habitantes;
- As primeiras expedições exploradoras;
- A Colonização espanhola;
- Entradas e Bandeiras;
- Exploração do ouro;
- Tropeirismo.
Sob o domínio da burguesia:
- Período Imperial no Brasil;
- Ascensão da Burguesia Liberal na Europa;
- A segunda Revolução Industrial.
A expansão Imperialista:
- O Imperialismo e o neocolonialismo;
- Escravidão no Brasil;
- Imperialismo no Brasil;
- República do Brasil;
122
- I Guerra Mundial.
Expansão Paranaense:
- Comarca de Paranaguá e Curitiba;
- Província do Paraná;
- Desenvolvimento econômico.
8ª série
A Eclosão dos Movimentos Sociais:
- Primeira República no Brasil;
- Rebeliões no Brasil – República;
- Rebeliões em outros países;
- Revolução Russa;
- Socialismo e Anarquismo;
- Guerra do Contestado;
- Revolução de 1930.
O Poder do Estado (1920/1945):
- Mudanças no mundo na década de 1920;
- Tenentismo;
- A crise de 1929;
- Nazi-fascismo
- Estado Novo;
- II Guerra Mundial.
O mundo bipolarizado (1945/1989):
- A Guerra Fria;
- Período democrático no Brasil;
- - “Os Anos Dourados”;
- Regime Militar;
- A crise nas décadas de 1970 e 1980.
O mundo globalizado:
- Redemocratização no Brasil;
- Fim da Guerra Fria;
- O Brasil atual;
- Globalização e Neoliberalismo;
123
- Paraná: tendências atuais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Quando se compreende que o ensino de História contribua para a
construção da consciência histórica é imprescindível que os alunos
compreendam os limites do livro didático, as diferentes interpretações de
um mesmo acontecimento histórico, a necessidade de ampliar o universo
de consultas. Para tanto, portanto, caberá ao professor problematizar , a
partir do conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento
histórico, considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é
processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado.
O encaminhamento metodológico contemplará as seguintes
habilidades:
• Discussão coletiva e individual da historicidade dos conteúdos
(argumentação);
• Postura investigativa de grandes variedades de fontes: escritas,
iconográficas, orais, objetos (análise);
• Leitura de fontes historiográficas, jornalísticas, literárias, etc.;
• Organização de pesquisas, entrevistas;
• Construção de sínteses interpretativa e narrativa;
• Análises cartográficas;
• Construção de painéis, imagens, história em quadrinhos, cartazes,
charges, maquetes.
• Atividades em grupo e individual.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO:
124
A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço de
formação, uma maneira de favorecer a aprendizagem.
A avaliação não deve priorizar o caráter classificatório e excludente.
A escola pública tem como compromisso diminuir as desigualdades sociais
visando uma sociedade mais justa e humana.
A avaliação diagnóstica permite ao professor e ao aluno verificar a
aprendizagem e suas lacunas possibilitando planejamentos e
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
No ensino da História, os critérios da avaliação seguirão a proposta
contida no Projeto Político Pedagógico, que segue abaixo:
•Duas avaliações escritas;
•Trabalhos em grupos e individuais;
•Tarefas e produção em sala;
•Recuperação paralela.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Versão
Preliminar – julho/2006.
CAMARGO, João Borba de, História do Paraná (1500-1889).
DIVALTE, História Geral.
JÚNIOR, Alfredo Baulos, História Geral – Moderna e Contemporânea.
BARSA.
Almanaque – 2006.
Atlas.
Delta Larousse – Veja – Super Interessante
PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS
EMENTA
A disciplina de Língua Portuguesa tem por finalidade de desenvolver a
oralidade, a leitura, a escrita e a gramática, em diferentes situações.
125
Promovendo através dos vários meios de comunicação (tais como: TV,
rádio, internet, gibi, revistas, jornais, panfletos, livros literários e didáticos)
a interação verbal necessária para que o aluno compreenda o universo
gramatical oral e escrito, para que possa se tornar um cidadão capaz de
escolher suas próprias leituras e caminhos a seguir.
CONTEÚDOS
DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL:
Objetivo Geral: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação da
linguagem ao assunto, ao objetivo e aos interlocutores.
5a 6a 7a 8a Relatos (experiências pessoais, histórias familiares,
Brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos
(literários ou informativos), programas de tv,
filmes, entrevistas, etc.
X X X X
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações
polêmicas contemporâneas, filmes, programas,
etc.)
X X X X
Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas,
adivinhações
X
a) No que se refere às atividades da fala:
- clareza na exposição de idéias;
- seqüência na exposição de idéias;
- objetividade na exposição de idéias;
- consistência argumentativa na exposição de
idéias;
- adequação vocabular.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
b) No que se refere à fala do outro:
- reconhecer as intenções e objetivos;
- julgar a fala do outro na perspectiva da
adequação às circunstâncias, da clareza e
consistência argumentativa.
X
X
X
X
X
X
X
X
c) No que se refere ao domínio da norma
padrão:
- concordância verbal e nominal;
X
X
X
X
X
X
X
X
126
- regência verbal e nominal;
- conjugação verbal;
- emprego de pronomes, advérbios e conjunções.
X
X
X
X
X
X
X
X
CONTEÚDOS:
DOMÍNIO DA LEITURA:
Objetivo Geral: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença
do outro, bem como a sua intenção.
5a 6a 7a 8a Prática da leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos:
a) No que se refere à interpretação: - identificar as idéias básicas apresentadas no
texto;
X X X X
- reconhecer nos textos as suas especificidades
(texto narrativo ou informativo);
X X X X
- identificar o processo e o contexto de produção; X X X- confrontar as idéias contidas no texto e
argumentar com elas;
X X X
- atribuir significados que extrapolem o texto lido; X X X X- proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre
o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens
diferentes; o mesmo tema tratado em épocas
diferentes; o mesmo tema sob perspectivas.
X X
b) No que se refere à análise de textos lidos: - avaliar o nível argumentativo; X X X X- avaliar o texto na perspectiva da unidade
temática;
X X X X
- avaliar o texto na perspectiva da unidade
estrutural (paragrafação e recursos coesivos).
X X X X
c) No que se refere à mecânica da leitura: - ler com fluência entonação e ritmo,
percebendo o valor expressivo do texto e sua
relação com os sinais de pontuação.
X X X X
CONTEÚDOS:
DOMÍNIO DA ESCRITA:
127
Objetivo Geral: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos,
reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias da produção.
5a 6a 7a 8a a) No que se refere à produção de textos:
- produção de textos ficcionais (narrativos); X X X X- produção de textos informativos; X X X X- produção de textos dissertativos. X X X
b) No que se refere ao conteúdo: - clareza; X X X X- coerência; X X X X- argumentação. X X X Xc) No que se refere à estrutura: - processos de coordenação e subordinação na
construção das orações;
X X
- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios,
pronomes, etc.);
X X X
- a organização de parágrafos; X X X X- pontuação. X X X Xd) No que se refere à expressão: - adequação à norma padrão (concordância verbal
e nominal, regência verbal e nominal, conjugação
verbal);
X X X X
e) No que se refere à organização gráfica dos textos: - ortografia; X X X X- acentuação; X X X X- recursos gráficos – visuais (margem, título, etc.); X X X X
CONTEÚDOS:
DOMÍNIO DA GRAMÁTICA:
Objetivo Geral: Capacitar o aluno para o domínio da língua padrão, como
veículo de comunicação no o meio acadêmico e social;
5a 6a 7a 8a a) No que se refere aos aspectos gramaticais:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do X X
128
texto: os recursos coesivos, a conectividade
seqüencial e a estruturação temática; - refletir e reconhecer as funções sintáticas
centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e
predicativo;
X X X
- reconhecer as categorias sintáticas – os
constituintes: sujeito e predicado, núcleo e
especificadores;
X X X X
- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto,
e as possibilidades de inversão;
X X X
- a estrutura da oração com verbos: ser, ter e
haver;
X X X X
- sintagma verbal, nominal e sua flexão; X X- a complementação verbal: verbos transitivos e
intransitivos;
X X X
- as sentenças simples e complexas; X X X X- a coordenação e subordinação. X X
METODOLOGIA:
Trabalhar-se-á o ensino da Língua Portuguesa envolvendo os quatro eixos
fundamentais: a oralidade, a leitura, a escrita e a gramática. Todas essas
modalidades deverão ser desenvolvidas em conjunto, como suporte para o
ensino-aprendizagem.
• Quanto à oralidade incluirá a expressão corporal do aluno, isto é:
exposição de seminários, debates, dramatizações, etc.
• Quanto à leitura deverão ser abordados aspectos referentes: à
dinâmica da pré-leitura, à leitura mecânica, à análise da estrutura
textual, às técnicas de resumo, à interpretação e à análise textual
desenvolvendo a criticidade e experiência de vida do aluno
• Quanto à escrita serão trabalhadas várias tipologias textuais através de
produções e reestruturações textuais envolvendo técnicas de coesão e
coerência, bem como, expressão da norma padrão e da organização
gráfica dos textos.
129
• Quanto à gramática promover-se-á aulas expositivas, pesquisas em
gramáticas, dicionários e livros didáticos com o auxílio do professor,
análises em textos e reestruturações textuais
AVALIAÇÃO:
A avaliação será contínua através de tarefas, atividades em sala, trabalhos
literários e produção textual que somarão 4,0 pontos; duas provas
bimestrais valor 3,0 cada, totalizando 10,0 pontos. Após cada prova será
feita a recuperação paralela. A avaliação levará em conta a sua função
diagnóstica e será usada como subsídio para a revisão do processo ensino-
aprendizagem, como instrumento de análise do trabalho realizado.
BIBLIOGRAFIA:
Bordini & Aguiar. A formação do leitor: alternativas metodológicas.
Porto Alegre: UFRS, 1988.
Currículo Básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: Imprensa
Oficial Paraná, 1992.
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
EMENTA
O ensino da Matemática trata a construção do Conhecimento Matemático,
por meio de uma visão histórica em que os conceitos são apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias
e das tecnologias.
OBJETIVOS:
130
Resolver problemas, estimulando o raciocínio e a construção de
conceitos matemáticos;
Compreender conceitos e procedimentos matemáticos, a partir dos
conhecimentos sociais;
Desenvolver formas de raciocínio matemático;
Desenvolver estratégia para cálculo mental;
Desenvolver capacidades relativas a investigações matemáticas;
Estabelecer relações entre a matemática e sua realidade;
Estabelecer relações entre a matemática e outras áreas do
conhecimento;
Comunicar-se usando linguagem matemática;
Manter uma relação positiva com o aprendizado matemático;
Valorizar o conhecimento matemático;
Desenvolver atitudes de cooperação;
Iniciar uma educação tecnológica.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
5ª série
Formas tridimencionais;
Operações fundamentais;
Formas planas;
Múltiplos e divisores;
Frações e porcentagem;
Construções geométricas;
Medidas e números decimais;
131
Estatística;
Áreas e perímetros;
Simetria.
6ª série
Números;
Construções geométricas;
Padrões numéricos;
Cálculos com números decimais;
Frações;
Medidas;
Números negativos;
Proporcionalidade;
Estatística;
Áreas e volumes;
Equações;
Geometria tridimencional.
7ª série
Números primos;
Operações com frações;
Construções geométricas;
Álgebra;
Ângulos, paralelas e polígonos;
Potencias e raízes;
132
Simetrias;
Estatística e possibilidades;
Figuras espaciais;
Áreas e volumes;
Sistemas de equações.
8ª série
Semelhança;
Potencias e raízes;
Equações e fatoração;
Medidas;
Estatística;
Equações e Sistemas de equações de 2º grau
Geometria dedutiva;
Regra de três simples e composta e juros
Trigonometria;
Construções geométricas;
Circulo e cilindro;
Conjuntos numéricos;
Álgebra.
METODOLOGIA
O trabalho desenvolvido defende a construção do conhecimento, a
autonomia e a formação do cidadão. O ensino centra-se no dialogo, na
133
troca de idéias, no trabalho em dupla ou em grupo, em atividades
cooperativas e interativas, no estudo individual, pesquisas,
experimentações, jogos, leitura, interpretação de texto e na resolução de
problemas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço da formação,
uma maneira de favorecer a aprendizagem.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão
de métodos avaliativos, isto é:
2 avaliações escritas;
trabalhos em grupo e individuais;
observação do trabalho em sala de aula, seguido de reflexão;
testes escritos individuais ou em duplas com ou sem consulta;
tarefas orais que envolvam argumentações;
recuperação paralela.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental
– Versão Preliminar – julho/2006.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: teoria à prática.
POLYA, G. A arte de resolver problemas.
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA -
INGLÊS
EMENTA:
134
O aprendizado de uma Língua Estrangeira concorre para o
desenvolvimento social do educando que se dá através do contato com a
língua e culturas estrangeiras, o que amplia sua visão de cidadania, os
valores culturais de seu país e de sua língua. É através da comparação das
culturas envolvidas que o educando, percebe e eventualmente muda, sua
concepção de mundo, tornando-o um ser mais crítico e reflexivo.
OBJETIVOS GERAIS:
• Ter uma experiência de se expressar e de ver o mundo, ampliando a
compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu país e do
mundo.
• Reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar
bens culturais da humanidade.
• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer.
• Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em
situações diversas.
• Experimentar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação
que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas.
• Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.
• Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural,
constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
• Fazer uso da língua inglesa em situações concretas.
• Compreender aspectos sócio-culturais da língua-inglesa e a sua
influência em nossa cultura.
135
CONTEÚDOS:
Os níveis de organização lingüística (fonético-fonológico, léxico-semântico
e de sintaxe) devem servir ao uso da linguagem na compreensão e na
produção escrita, oral, verbal e não verbal.
Esses níveis serão trabalhados a partir de textos com fins educativos,
apresentando possibilidades de tratamento em sala de aula de assuntos
polêmicos adequados à faixa etária e com diferentes graus de
complexidade da estrutura lingüística.
Os textos devem ser capazes de: possibilitar o trabalho com a língua em
situações de comunicação oral e escrita, possibilitar relações entre ações
individuais e coletivas, abranger significados sociais e historicamente
construídos, abranger o papel das línguas e a diversidade lingüística e
cultural.
Assim, propomos como conteúdos a serem desenvolvidos ao longo das
quatro séries do ensino fundamental:
PRÁTICAS DISCURSIVAS:
- Leitura
- Oralidade
- Escrita
- Gramática contextualizada
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O professor deve tornar o estudo de uma língua estrangeira cada vez mais
real e dinâmico.
Nenhuma metodologia é completa em si mesma. Uma abordagem
metodológica não deve impor limites ao professor.
136
As características próprias de uma região, de uma unidade escolar ou de
uma turma requerem reflexão, estudo e adequação às necessidades, aos
objetivos e aos níveis variados de interesses.
Cabe ainda considerar que:
- É imprescindível sensibilizar o aluno para o estudo de Língua
Estrangeira, valorizando-a no contexto social atual.
- É preciso que os conteúdos se liguem, de forma indissociável, a sua
significação humana e social;
- Não deve a abordagem metodológica se limitar à essa ou àquela
direção, para que não haja visão incompleta da língua proposta.
- Deve-se trabalhar a compreensão e a produção orais, fundamentais
para se vivenciar mais plenamente a Língua Estrangeira.
- Deve-se enfatizar essa ou aquela atividade (leitura, prática oral,
produção escrita etc...) de acordo com a turma, com os objetivos de
ensino, com o nível de interesse dos alunos e grau de profundidade dos
conteúdos.
- É necessário utilizar textos autênticos, mesmo que estejam em
linguagem simplificada.
- O aluno precisa vivenciar o aspecto oral da Língua Estrangeira
compreendendo-o, reconhecendo-o e, sempre que for possível
produzindo-o.
- É fundamental que o professor esteja sempre receptivo às mudanças
propostas pela turma, para adequar-se a elas e buscar novas
estratégias de ação, a fim de melhor atingir seus objetivos.
É importante que o aluno tenha diante de si diferentes textos. É preciso
que o professor tenha um material paralelo, recortes de jornais, revistas,
prospectos, na língua ensinada para propor aos alunos. Poderá utilizar
também imagens, fotos, anúncios publicitários dos países onde se fala o
idioma. As atividades comunicativas devem proporcionar ao aluno
oportunidade para trazer o seu cotidiano para a sala de aula. Mais
137
importante do que o professor tentar transmitir todo o programa é fazer
com que o aluno aprenda a usar o que aprendeu.
O professor também pode propor a elaboração de novos textos a partir de
modelos apresentados. No início um slogan publicitário, uma manchete de
jornal, para depois tentar um parágrafo, uma notícia curta etc. Assim o
aluno estará tentando entrar novamente num sistema complexo,
desconhecido até então para ele.
AVALIAÇÃO
Avaliar não se resume apenas a constatar um certo nível de aprendizagem
do aluno, nem a distribuir conceitos. É um instrumento para orientar a
ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um
retorno de seu desenvolvimento.
No caso de Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão
afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve
vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração
pela não comunicação e a reação emocional pelo estranhamento do novo
idioma.
O ato avaliativo não é um momento isolado, mas faz parte do conjunto de
atividades docentes, que devem ser coerentes entre si, ou seja, a
avaliação deve estar centrada na tendência pedagógica que direciona a
prática escolar e, conseqüentemente, no enfoque curricular coerente com
esta tendência, e que se resume na postura pedagógica que direciona o
planejamento, a execução e a avaliação do processo evidenciado.
Testes que tenham como objetivo apenas verificar, por exemplo, o domínio
de um ponto específico de gramática, são ineficazes para verificar o
conteúdo aprendido.
138
O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o
professor deve verificar se a compreensão e leitura vão se tornando
práticas comuns na vida do estudante: para isso, professor deve sempre
estudar os textos profundamente com os alunos, desde a leitura global até
o estudo de detalhes da estrutura da língua, reforçado com a proposta de
exercícios.
Quanto a produção de textos, deve-se verificar se os mesmos tem unidade
significativa. Os erros de concordância e ortografia devem ser corrigidos.
Em relação a compreensão escrita e oral espera-se que o aluno seja capaz
de demonstrar compreensão geral de textos, fazendo uso de elementos
visuais (fotografias, gráficos, desenhos e outras imagens) e das palavras
conhecidas. Espera-se também que o aluno compreenda que para
entender o texto não é preciso conhecer todas as palavras. É importante
também que o aluno selecione informações do texto.
A avaliação não pode ser uma “tarefa” perdida, sem ligação com o que se
está efetivamente trabalhando com os alunos. Além disso, ela deve ser
contínua e cumulativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• COSTA, D.M. Porque ensinar língua estrangeira na escola de 1º grau.
São Paulo: EPU/EDUC, 1987.
• Revista do Professor. Porto Alegre, 1996.
• Revista Escola. Editora Abril, 1999
• Revista Interação, 1986. “Diversificação da Língua Estrangeira”, Jorge,
Marilei.
• Currículo Básico do Paraná.
• Parâmetros Curriculares Nacionais “Língua Estrangeira”.
• Proposta de Língua Estrangeira.
• EJA Consultoras. Lúcia P. Cherem e Beatriz Maria M. Zétola Bez.
139
• DCE. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental: Língua Estrangeira
Moderna. Língua Inglesa.
24.2 PROPOSTAS CURRICULARES DA EJA
LÍNGUA PORTUGUESA – FUNDAMENTAL E MÉDIO
A) EMENTA
Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação de Jovens e Adultos que propõem o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao
perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da
proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado
na concepção sócio-interacionista, a qual dá ênfase ao uso social
dos diferentes gêneros textuais.
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se
constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não
simplesmente estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças.
Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto oral e escrito
produzido nas diversas situações de interação social.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
a. Considerar a Língua Portuguesa como fonte para manifestar as
diferentes formas de pensar, sentir e agir;
b. Comunicar-se na escrita e na oralidade usando adequadamente a
norma culta da língua;
c. Oportunizar ao educando a reflexão sobre os textos que lê, escreve,
fala, intuindo de forma contextualiza os elementos gramaticais
empregados na organização do discurso.
140
C) CONTEÚDO
Variedades lingüísticas
• Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.
• Funções da linguagem.
• Linguagem verbal e não-verbal.
Gêneros textuais ou discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de
textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse,
etc.).
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo,
ideologia, posição do autor, ideologia, contexto histórico, social,
econômico, político, entre outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos
lógico-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo,
interlocutor, idéia central, seqüência lógica, progressão, retomada dos
elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.
Discurso direto e indireto.
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,
paragrafação, título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.
Ambigüidade como recurso de construção do texto.
Ambigüidade como problema de construção do texto.
Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto.
Elementos Gramaticais na construção do texto
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula,
ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois
pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção,
artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.
141
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na
construção do texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
Literatura – Ensino Médio
Arte literária e as outras artes.
História e literatura.
Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo
brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda européias,
Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.
Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o
cotidiano.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações
pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,
reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-
prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do
saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico
pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que
exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o
objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise
lingüística e produção textual.
142
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na
forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,
charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e
gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.
Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar,
nos diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as
informações explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o
conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações
intertextuais.
Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as
possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas,
tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida
pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico,
entre outros, com destaque para as variedades lingüísticas, os
mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto.
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• Respeito às necessidades individuais e o tempo de cada
educando;
• Respeito à cultura de cada educando;
• Leitura, interpretação e compreensão de forma crítica os diversos
tipos de textos;
• Interesse e participação em sala de aula.
F) REFERÊNCIAS:
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da
linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
143
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do
Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria
lingüística que fundamente o ensino de língua materna (ou de
como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In:
Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS
A) EMENTA
A Língua Estrangeira Moderna - LEM - é um espaço em que se pode
ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a
realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também,
intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também
como um espaço de construções discursivas contextualizadas que
refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Desta maneira, o
trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à
informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e construir significados. (SEED,
2005)
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
144
• Compreender a importância do conhecimento da Língua Inglesa
nas relações sócio-econômicas do mundo atual;
• Conhecer e praticar a estrutura da língua;
• Despertar o interesse pelo conhecimento da língua, visto que a
mesma faz parte do cotidiano do educando.
C) CONTEÚDO
ENSINO FUNDAMENTAL
No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características,
o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que propiciam
a exposição do educando à língua dentro de um contexto, possibilitando a
análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para o
criar a interação entre as habilidades em cada contexto.
1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
- Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de
remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
- Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
- Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
- Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
- Inferência de significados a partir de um contexto.
- Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc
1.1. Foco lingüístico
Substantivos.
Adjetivos.
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples
(regular e irregular de verbos mais comuns) e futuro com will.
Imperativo: afirmativa e negativa
Preposições (in, on, at, from, to…)
145
Advérbios de tempo, lugar e freqüência.
1.2. Vocabulário básico
saudações, apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias
da semana, meses do ano, estações do ano, profissões, roupas,
animais, locais públicos, condições do tempo (rainy, sunny, windy,
cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da casa, refeições, adjetivos,
numerais (cardinal e ordinal).
ENSINO MÉDIO
1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
- Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de
remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc.
- Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
- Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
- Identificação de informações expressas em diferentes formas de
linguagem (verbal e não verbal).
- Inferência de significados a partir de um contexto.
- Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc
- Inferência de significados das palavras a partir de um contexto.
(cognatos, etc...)
1.1. Foco Lingüístico:
- Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa,
interrogativa e negativa.
- Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)
- Verbos Modais: Can, may, could, should, must.
- Substantivos contáveis e incontáveis.
- Some, any, no e derivados.
1.2. Vocabulário
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
146
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a
língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação,
reflexão e construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura,
trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a
realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e
respeitando suas necessidades e características individuais na certeza de
que o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e
responsabilidade quando se vê envolvido no processo ensino-
aprendizagem.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como
algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a
transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar
em contextos diferentes, toda diversidade da LE se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com
as necessidades regionais, que levem o educando a criar significados,
posto que estes não vêm prontos na linguagem.
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• Resgate do conhecimento prévio dos educandos por meio de
leitura, compreensão e produção de pequenos textos
• Exploração de atividades gramaticais visando à elaboração de
texto.
F) REFERÊNCIAS
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism.
London: Routledge. 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares
da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar.
2005.
147
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:
Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ.
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado
do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E ARTE
A) EMENTA
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com
a ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo
principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía
a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes
Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a
posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma
Pombalina - o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por
exemplo, foi associado à Matemática na forma de Desenho Geométrico.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana –
revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão
artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos
do corpo, representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos
sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de leituras da realidade
e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa
proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na
realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em
que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras leituras do
148
mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques1: “Um dos elementos
essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato
de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar,
experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que
façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade
brasileira.”
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Expressar-se oralmente através de formas diversas;
• Estimular a criatividade do educando deixando fluir a leveza de
sua alma e o belo conforme sua visão de mundo e das cores.
A) CONTEÚDOS
ARTES VISUAIS
a) Forma
Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem
visual se articulam?);
Suportes (onde está proposta a idéia imagética?);
Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está
projetada, composta ou representada no espaço?);
Texturas / acabamentos (como se apresenta?);
Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam,
ritmo?).
b) Luz
Decomposição da luz branca;
Cor /pigmento / percepção da cor
Tons
Valores / classificação das cores;
Sombras e luz;
Contraste.
1
149
MÚSICA
a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/
melodia).
b) distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos
harmônicos/ harmonia),
c) qualidades do som e suas variações:
- intensidade (dinâmica)
- duração (pulsação/ ritmo)
- altura (grave/ agudo)
- timbre (fonte sonora/ instrumentação)
d) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da
linguagem musical/ forma musical).
TEATRO
a) Elementos dramáticos:
- a personagem: agente da ação;
- enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos
pela personagem;
- espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.
b) Signos da Representação Teatral:
- da personagem:
- visuais: figurinos, adereços, gestual;
- sonoros: fala (entonação)
- do espaço cênico:
visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;
sonoros: sonoplastia;
c) Gêneros Teatrais:
- Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;
- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;
- Drama e suas características: o conflito.
DANÇA
Elementos do Movimento:
- corpo : articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça.
150
- espaço : kinesfera (amplitudes), progressões espaciais, tensões
espaciais, projeções espaciais, orientação espacial, forma.
- ações : torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair,
expandir, recolher, saltar.
- dinâmicas : peso, espaço, tempo, fluência.
relacionamentos.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do
ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da
rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes
Curriculares Estaduais de EJA, onde estão identificados três eixos
articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que
norteiam o currículo na EJA, elegemos arte e estética, arte e
identidade e arte e sociedade e como eixos específicos da disciplina
de Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos
que serão desenvolvidos em células de aula.
ARTE E ESTÉTICA
ARTE E IDENTIDADE
ARTE E SOCIEDADE
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• Organização,
• Interesse;
• Criatividade
• Propensão à aprendizagem e respeito à diversidade
A) REFERÊNCIAS
CAMPOS, Neide P. A construção do olhar estético crítico do
educador. Florianópolis: UFSC, 2002
CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões
e propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
151
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem.
Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da
arte. São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua
Portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1983.
_____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.
_____________, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.
EDUCAÇÃO FÍSICA
A) EMENTA
Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do
ensino da Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir
desse referencial que se propõe essa disciplina como área de estudo
da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto de
práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao
longo de sua história. Trata-se, portanto, privilegiar nas aulas de
Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a
aprendizagem para e sobre o movimento.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005,
p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a
humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade,
entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das
152
manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento
permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos
professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz
de uma aula, sem no entanto negar o movimento como possibilidade de
manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número
possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já
trazidos pelos educandos e a sua potencialidade formativa.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Compreender a Educação Física não apenas como prática
esportiva mas também como forma de manutenção da
qualidade de vida, saúde.
C) CONTEÚDO
- a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
- a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na
proposição das praticas educativas;
- ensino com base na investigação e na problematização do
conhecimento;
- as diferentes linguagens na medida em que se instituem
como significativas na formação do educando;
- as múltiplas interações entre os diferentes saberes;
- articulação entre teoria, prática e realidade social;
- atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do
trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde,
esportes, jogos, ginástica, dança e lazer.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de
esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para
153
justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como
prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas
resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o
compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com
o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado
aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua re-significação, e sua
adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um
meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar
atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e
confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações
entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a
sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações
lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do
educando com as experiências corporais diversificadas, seu caráter
preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de
conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como
os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta.
A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o
desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se
com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como
manifestação de vida, por meio de um processo continuo de
integração e relacionamento social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso
do tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer,
descontração, alegria, socialização, conscientização clareza das
necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam
para o seu bem estar físico, mental e social.
SAÚDE
(Ensino
Fundamental
)
- Definição de saúde.
- Atividade física na produção de saúde.
- Sedentarismo.
154
- Postura.
- Anabolizantes e suas conseqüências.
- Controle de freqüência cardíaca.
SAÚDE
(Ensino
Médio)
- Definição de saúde.
- Obesidade.
- Stresse.
- Hábitos alimentares.
- LER e DORT.
- Ergonomia.
- Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.
- Controle de freqüência cardíaca.
- Envelhecer com saúde.
ESPORTES
(Ensino
Fundamental
e Médio)
- Definições de esporte.
- História e origem.
- Princípios básicos (fundamentos).
- Táticas e regras.
- Esporte como fenômeno global.
- Atividades práticas.
JOGOS
(Ensino
Fundamental
e Médio)
- Definição de jogo.
- Aspectos históricos sociais.
- Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos/ jogos
lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização e jogos
pré-desportivos.
- Diferentes manifestações culturais.
- Atividades práticas.GINÁSTICA - História e origem.
155
(Ensino
Fundamental
e Médio)
- Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica,
ginástica laboral e ginástica de academia.
- Princípios básicos.
- Atividades práticas.
DANÇA
(Ensino
Fundamental
e Médio)
- História e origem
- Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares,
danças de salão, danças criativas.
- Expressão corporal/atividades rítmicas.
- Danças da cultura local.
- Atividades práticas.LAZER
(Ensino
Fundamental
e Médio)
- Definição de lazer.
- Aproveitamento do tempo livre.
- Lazer e benefícios para saúde.
B) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso
(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas,
populações do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar
continuidade à escolarização mesmo por fatores, normalmente, alheios a
sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de conhecimentos
adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único
espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses
alunos não se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas
a diversidade sócio-cultural dos mesmos.
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se
manifestem na prática pedagógica do educador, expressando idéias
e ações relacionadas a: seqüenciação (organização do conteúdo em
função do tempo escolar), comprometimento na condução do
processo ensino-aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos
conteúdos) e avaliação do trabalho pedagógico (critérios de
acompanhamento das conseqüências do processo ensino-
aprendizagem), conforme representados na figura 1:
156
Cultura
Seqüênciação
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal
de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-conhecimento e
uma análise possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os
objetivos propostos.
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• A avaliação será de forma continua por meio da observação da
participação do educando nas atividades práticas e teóricas, vivências
e interesses;
• Elaboração de trabalhos escritos;
• Apresentação de seminários .
F) REFERÊNCIAS
BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de
diretrizes pedagógicas . Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002
COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à
elaboração do currículo escolar. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
157
Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.
Tempo Comprometiment
o
COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na
reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e
atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not
common roles. JOPERD, Reston, p.79-87, 1993.
FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São
Paulo: Scipione, 2003.
LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995.
NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência:
construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte, 2004.
NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física.
Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares
da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná: Educação Física. Versão Preliminar. 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares
da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar.
2005.
SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In:
I Semana de Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo:
Universidade São Judas Tadeu - Departamento de Educação
Física,1993. v. 1.
158
SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores
Associados, 2002.
MATEMÁTICA
A) EMENTA
A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano.
A sua origem remonta à Antigüidade clássica greco-romana. Os gregos
conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto,
como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua
totalidade..
Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o
conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma
relação dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático
aplicado no processo de produção da base material de existência humana
e as manifestações teórico-metodológicas que estruturam o campo
científico da própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática
deve ser concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais
como: a formação do pensamento dialético, a compreensão do mundo
social e natural, a ciência como obra decorrente do modo de cada
sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Apropriar-se dos conhecimentos da Matemática e aplica-los para
planejar, executar e avaliar ações de intervenção no cotidiano;
• Entender a relação entre a relação das ciências exatas e o
desenvolvimento tecnológico, associando as diferentes tecnologias aos
problemas que de propõe solucionar;
159
• Compreender conceitos e estratégias matemáticas e aplica´-á-lo as
situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das
atividades cotidianas.
D) CONTEÚDO
ENSINO FUNDAMENTAL
Números e Operações
Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e
seriação.
Conjuntos numéricos: abordagem histórica.
Algoritmos e operações.
Raciocínio Proporcional.
Porcentagem.
Grandezas diretas e inversamente proporcionais.
Regra de três.
Juros simples e composto.
Expressar generalizações sobre propriedades das operações
aritméticas.
Potenciação e radiciação.
Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem
algébrica e vice-versa.
Operações com monômios e polinômios.
Equações de 1º e 2º graus.
Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis.
Cálculo Mental e Estimativa.
Geometria
• Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo.
• Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices).
• Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos)
• Conceituação dos poliedros.
160
• Identificar poliedros e polígonos:cubo – quadrado.paralelepípedo –
retângulo.pirâmide – triângulo.
• Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial.
• Noção de planificação (espaço para o plano).
• Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o
espaço).
• Identificar - faces, arestas e vértices.
• Identificar figuras planas.
• Classificação dos polígonos.
Ângulos - construção
Soma dos ângulos internos de um polígono.
Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos.
Ampliação e redução de figuras (percepção e criatividade).
Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de gráficos
de setores).
Relações entre figuras espaciais e planas.
Decomposição e composição de figuras.
Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos.
Simetria (conceitos/aplicações).
Teorema de Tales.
Teorema de Pitágoras.
Medidas de
Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de
numeração decimal
uso das medidas de tempo e conversões de Temperatura
(Corporal e Climática).
Sistema Monetário e sua relação com SND.
conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro,
pesquisa de mercado.
161
Medidas de:
- ângulos.
- comprimento.
- superfície.
- capacidade.
- volume.
Razão entre áreas de figuras semelhantes.
Perímetro e área de figuras planas.
Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos.
Medidas de Massa.
Tratamento de Informação
Probabilidade: experimentos e situações-problema.
Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise
de dados
Medidas de posição.
Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem.
Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa.
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra
Organização dos Campos Numéricos.
Razão e Proporção.
Regra de três simples e composta.
Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações
entre as operações:
números decimais em forma de potência de 10, notação
científica e potências de expoente negativo.
Radicais em forma de potência.
A potenciação e a exponenciação.
Propriedades da potenciação.
162
A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades
matemáticas.
Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º
graus.
Sistema de Equações (com duas variáveis).
Funções
Função afim.
Função quadrática.
Seqüências.
Progressão Aritmética.
Progressão Geométrica.
Noções de:
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares (3x3).
Geometria e Trigonometria
Relações entre formas:
- espaciais e planas;
- planas e espaciais.
Representação geométrica dos números e operações.
Geometria Espacial e Plana:
- Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos,
paralelismo e perpendicularismo.
- Congruência e semelhança das figuras.
- Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.
- Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.
- Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.
- Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.
- Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.
- Cálculo de volumes e capacidades.
Geometria Analítica:
o ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)
a reta (distância entre retas)
163
a circunferência.
Trigonometria:
Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de
triângulos.
As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.
Leis do seno e coseno.
Tangente como a razão entre o seno e o coseno.
Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.
Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.
Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.
Gráfico de funções trigonométricas.
Tratamento de Informação
Estatística:
- Gráficos e tabelas
- Medidas e tendência central
- Polígonos de freqüência
- Aplicações
- Análise de dados
- Sistematização da contagem:
- Princípio multiplicativo;
- Análise Combinatória;
- Probabilidade:
- Probabilidade de um evento;
- União e intersecção de eventos;
- Probabilidade condicional
- Relação entre probabilidade e estatística
Noções de Matemática Financeira:
- Porcentagem;
- Juro composto;
- Tabela Price (aplicação e construção).
164
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para dimensionar o papel da Matemática na formação do jovem,
adulto e idoso é importante que se discuta a natureza desse
conhecimento, suas principais características e seus métodos particulares,
e ainda, é fundamental discutir suas articulações com outras áreas do
conhecimento.
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares,
envolve um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da
Matemática e o seu objeto de estudo; processo de quantificação da
relação do homem com a natureza e do homem com o próprio homem.
Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a
serem ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos. são
eles: números e operações, geometria, medidas e tratamento de
informação, que compreendem os elementos essenciais da organização
curricular.
Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de
forma articulada. esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou
entre os conteúdos.
A) CRITERIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• Leitura e interpretação de problemas;
• Organização no desenvolvimento das atividades;
• Discussão de idéias e produção de argumentos convincentes;
• Raciocínio lógico no desenvolvimento das atividades sem a utilização
de calculadora.
B) BIBLIOGRAFIA
Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação
Zuleika de Felice Murrie. – Brasília: MEC: INEP, 2002
165
Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor:
ensino fundamental e médio/ coordenação Zuleika de Felice Murrie. –
Brasília: MEC: INEP, 2002
BICUDO, M. A. V. e GARNICA, V. M. Filosofia da educação matemática.
Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São
Paulo> Edgard Blucher, 1974
BRASIL, Ministério da Educação. Secretária de Educação Fundamental,
2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos:
segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução.
DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos.
São Paulo: Cortez, 1994.
FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens e
Adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte:
Autêntica, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
CIÊNCIAS NATURAIS E BIOLOGIA
A) EMENTA
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de
acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as
discussões realizadas com os professores da rede pública estadual de
ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos
do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta curricular
desta disciplina.
166
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a
reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção
das relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas,
assim como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos
recursos naturais de maneira sustentável, uma vez que dependemos do
Planeta e a ele pertencemos.
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o
ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e
processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma,
se faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos
e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma
consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a
ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como
ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem,
estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões
do meio social.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Entender os espaços, o tempo, fenômenos naturais, a preservação do
ambiente e as forma de manutenção de vida no Planeta Terra;
• Reelaborar os conceitos científicos historicamente acumulados para
contestar o que pode ser mudado;
• Compreender a natureza como um todo dinâmico sendo o homem
agente transformador do mundo em que vive
• Identificar relações entre o conhecimento cientifico e a produção de
tecnologia e condições no mundo de hoje e sua evolução histórica.
C) CONTEÚDO
Os conteúdos essenciais da disciplina de Ciências, contemplam:
Universo.
Sistema Solar.
167
Planeta Terra.
Matéria e Energia.
Materiais, Átomos e Moléculas.
Ligações, Transformações e Reações Químicas.
Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.
Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.
Água, Ar e Solo.
Desequilíbrios Ambientais.
Biosfera.
Ecossistemas.
Seres Vivos.
Organismo Humano.
Saúde e Qualidade de vida.
Biotecnologia.
Ciência, Tecnologia e Sociedade.
ORGANIZAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO
DOS SERES VIVOS
BIODIVERSIDADE
PROCESSO DE
MODIFICAÇÃO
DOS
SERES VIVOS
IMPLICAÇÕES
DOS AVANÇOS
BIOLÓGICOS NO
CONTEXTO DA
VIDAOrganização
celular
e molecular:
- membrana,
- citoplasma e
núcleo
- divisão celular
- tecidos
Os seres vivos e o
Ambiente
Saúde
Biomas terrestre e
Aquáticos
Ecossistemas
Ciclos
Biogeoquímicos
Desequilíbrio
ambiental urbano
e
rural
Origem e evolução
da Vida
Origem das
espécies
Genética,
Embriologia,
Fisiologia
comparada
Ciência e saúde
Pesquisas
científicas
Biológicas
Bioética
Biotecnologia
168
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos
educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da
aprendizagem, considerando
- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto
de saberes trazidos pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do
educando, ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o
conhecimento científico.
Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam
ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos
com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa
contextualização pode acontecer a partir de uma problematização, ou
seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas
situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo
que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma
dúvida que não pode deixar de ser dissipada" (SAVIANI, 1993, p.26). As
dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser
aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim,
para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização,
sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de
lado o saber acadêmico.
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino
Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já
desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens
169
instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou
indiretamente sua perspectiva de futuro”.
É importante propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos
científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar
sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres
diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe
permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes
adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio
de construção da aprendizagem, considerando
- que o educador é mediador e estimulador do processo,
respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de
saberes trazidos pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando,
o tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem
na sua “formação” científica;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o
processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá
condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo
com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas,
sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de
partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o
processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um
exercício de aprendizagem.
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
170
• Partindo do conhecimento cultural do aluno, leva-lo a criar uma nova
mentalidade ampliando seus horizontes. Nesse contexto a avaliação
servirá para que o conteúdo seja direcionado de forma que ele possa
compreender e interpretar as relações entre os seres vivos e a
interação com o meio.
F) REFERÊNCIAS
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em
Ciências. Porto Alegre: SE/CEC/RS, 1996.
CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990.
_____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
_____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.
CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí:
Editora Unijuí, 1994.
_____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA,
1995.
_____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.
CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na
educação. São Leopoldo: Unisinos, 1998.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de
Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino
Fundamental. São Paulo: Ática, 2003.
GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de
ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez.
171
FÍSICA
A) EMENTA
Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da
disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se
na Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução”
das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”,
da Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas
por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece
haver um certo consenso que "... a preocupação central tem estado na
identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a
questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à
busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação
básica - ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).
Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania, contribuindo
para o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de compreender o
papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de
compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo" (CHAVES &
SHELLARD, 2005, p. 233).
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Promover o reconhecimento da presença de elementos da Física em
ocorrências na vida do cotidiano do educando e em fenômenos
naturais
• Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo
o seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade
humana de transformar o meio.
172
C) CONTEÚDO
INTRODUÇÃO À FÍSICA
Campo de estudo e atuação da Física.
História da Física.
A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.
MECÂNICA
Movimento retilíneos.
Movimentos curvilíneos.
Movimento circular uniforme.
Queda-livre.
Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
Energia. Trabalho. Potência.
Impulso e quantidade de movimento.
A Gravitação Universal.
A Hidrostática.
FÍSICA TÉRMICA
Fenômenos térmicos.
O calor e a temperatura.
O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
As mudanças de estado físico da matéria.
Trocas de calor. Transmissão de calor.
Comportamento térmico dos gases.
As Leis da Termodinâmica.
ONDULATÓRIA
Fenômenos ondulatórios.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Natureza ondulatória e quântica da luz.
ÓPTICA
Fenômenos luminosos.
Princípios da Óptica Geométrica.
Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
Lentes e instrumentos ópticos de observação.
Espelhos.
173
A óptica e o olho humano.
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
Fenômenos elétricos e magnéticos.
Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
A Lei de Coulomb.
O campo elétrico . Potencial elétrico.
A corrente elétrica.
Geradores e circuitos elétricos.
O campo magnético.
Indução magnética.
ENERGIA
Energia e suas transformações.
Fontes e tipos de energia.
Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
A energia elétrica nas residências.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de
Jovens e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o
desenvolvimento metodológico da disciplina de Física, considerando que
essas estratégias metodológicas podem contribuir para o ensino e a
aprendizagem dos educandos. Dessa forma, deve ser levado em conta a
formação do professor, o espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo
de permanência do educando no espaço escolar e as possibilidades de
estudo fora deste, para que as estratégias metodológicas possam ser
efetivadas. Os indicativos discutidos com os professores contemplam:
A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da
Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento
enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento
174
científico, assim como, as relações das descobertas científicas com as
aplicações tecnológicas na contemporaneidade.
O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA,
mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da
utilização de materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou
demonstração dos experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um
imã atrai todos os metais, o professor sugere que ele coloque essa
hipótese à prova com pedaços de diferentes metais. Por mais modesta
que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT, s/d, p.78).
O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física
Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar
e propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do
sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu
potencial didático depende muito da sensibilidade do educador em gerar
desafios e descobrir interesses de seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993,
p.376)
O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e
as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem
ser aproveitadas no processo da aprendizagem.
O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos
conceitos e melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador
administrar este processo no qual os educandos da EJA necessitam de
apoio, principalmente pelo processo diferenciado de estudo e o tempo que
175
permanecem no espaço escolar. É essencial valorizar os acertos e tornar o
erro como algo comum, caracterizando-o como um exercício de
aprendizagem.
O incentivo à pesquisa e a problematização
A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de
respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a
necessidade.(...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade
que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser
dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As dúvidas são ocorrências muito
comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas para as reflexões
sobre o problema a ser analisado.
Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada
vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas
teóricas e à melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização
do educando com o computador se faz necessária dentro da escola, visto
que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que
se vá. É necessário o mínimo de entendimento sobre as tecnologias usuais
e como utilizar-se desta ferramenta para ampliar os conhecimentos.
O uso de textos de divulgação científica em sala de aula
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros
meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao
ensino de Física e serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o
cuidado de estar selecionando textos validados por profissionais da área e
que tenham cunho científico, observando a existência de erros conceituais
ou informações incorretas.
E) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
• Resgate do conhecimento prévio do aluno
176
• Leitura e compreensão de texto relacionada à vida cotidiana e
posterior resolução de problemas.
F) REFERÊNCIAS
ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.;
AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991,
p.18-46.
ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester;
ARROYO, Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem
educa o cidadão? 5 ed. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de
nossa época)
AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de
Ciências. In: MOREIRA,
Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências.
Porto Alegre: Sagra, s/d.
BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro.
São Paulo: Sociedade Brasileira de Física, 2005.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores
Associados, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção
Leitura)
GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck.
Física. In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo
uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo:
Cortez, 2000.
MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica.
Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.
177
DISCIPLINA DE QUÍMICA
EMENTA
A Química como ciência está inserida nas ações e nos recursos utilizados
nas diversas atividades diárias das pessoas e fundamenta-se como uma
ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais,
econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o
seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e modifica,
positiva ou negativamente, o meio em que vive. É uma ciência que
contempla as tradições culturais e as crenças populares e desperta a
curiosidade, estimulando o educando à busca para compreender
fenômenos químicos presentes em seu entorno e em constante
transformação. É importante que o ensino desenvolvido na disciplina de
Química na EJA possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos
prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise,
reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente
frente a fatos que intrigam o saber popular.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Compreender a Química como um recorte da cultura presente no
cotidiano das pessoas;
• Promover a aprendizagem da Química a partir de vivências, fazendo
uso de diferentes recursos tecnológicos;
• Despertar no educando o olhar crítico sobre os fatos do cotidiano por
meio do saber científico.
178
CONTEÚDOS
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados
essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na
modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Matéria e substâncias
Reações Químicas
Funções Orgânicas e Inorgânicas
Ligações Químicas
Ligações entre as moléculas
Tabela periódica e periodicidade
Estrutura atômica
Estequiometria
Estudo dos Gases
Radioatividade
Propriedades coligativas
Eletroquímica
Equilíbrio Químico
Soluções
Termoquímica
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o trabalho metodológico com essa disciplina, deve-se partir da
seqüência:“fenômeno–problematização–representação-explicação”
(MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,
179
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no
processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado
(...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao
maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho
de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,
classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar
conteúdos com os quais o educando venha a apropriar-se dos
conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando
os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o
mesmo perceba a função da Química na sua vida. É importante ressaltar
que, a partir da investigação dos conhecimentos informais que os
educandos têm sobre a Química, o professor sistematiza as estratégias
metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos
conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de
aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os
tópicos de cada um.
A problematização é fundamental como encaminhamento metodológico
cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os temas
são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que
possam refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a
vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que
possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente
nos livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os
conteúdos, bem como, a forma como serão desenvolvidas as atividades
para aprofundamento e avaliação, o educador terá condições de
desenvolver metodologias que visem evitar a fragmentação ou a
desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.
180
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
A avaliação na disciplina de Química vem mediar a práxis pedagógica,
sendo coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos
metodológicos, onde os erros e os acertos devem servir como meio de
reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial
valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que
o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de
construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de
aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta
de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda
avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de
informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos
segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma
avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo,
dependente da valorização de apenas uma parcela das informações
que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas
para que possamos compreender a utilidade e os limites da
avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para
reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo
e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários
caminhos, fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento
metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de
181
torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, voltada para a autonomia do educando jovem, adulto e idoso.
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de
Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de
professores de química. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a
constituição da educação de jovens e adultos como campo
pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas:
UNICAMP, dez, 1999.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica.
Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28
HISTÓRIA
A) EMENTA
182
A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes
tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral,
expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg.
42) “o objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos
processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se
estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de
sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim
aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento
científico, que precisa ser interpretado.
Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a
realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado
uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os
grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado pela
invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é
criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a
identidade nacional.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de
que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa
modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a
formação humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na
sala de aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor
do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às
diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes concepções
de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das
diferenças.
183
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Formar a consciência histórica do individuo, sujeito de uma sociedade
marcada por diferenças e desigualdades múltiplas
• Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente
• Propiciar informações, conceitos históricos permitindo que os
educandos atribuam sentido ao tempo como agente de transformação
• Contribuir na construção do conhecimento em respeito ao próximo
• Favorecer o respeito à diversidade e ao caráter multicultural da
sociedade brasileira
• Dominar o conhecimento histórico escolar a partir da síntese dos
saberes científicos com os saberes cotidianos, oriundos da experiência
familiar, pessoal e religiosa.
A) CONTEUDOS
Ensino Fundamental e Médio
EIXOS
ORIENTA-
DORES
TEMASCONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
184
CU
LTU
RA
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AB
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TID
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AL
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um
sujeito histórico, atuação do sujeito histórico-memória.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO:
conceito de ciência histórica, como o historiador
reconstrói a história?
diferentes temporalidades, fontes históricas,
patrimônio cultural, a origem do homem e o começo
dos tempos.
ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná
no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o
domínio cultural e político europeu, principais etnias,
dominação e resistência, patrimônio cultural
paranaense.
TER
RA
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DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA:
Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista.
CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL:
Capitanias hereditárias, sesmarias, reduções,
engenhos, rendeiros/meeiros
Quilombos, comunidades indígenas, leis de terras,
imigração européia.
TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL
REPÚBLICA:
Plano de metas, reforma de base, ditadura militar,
proposta de Tancredo Neves, a questão da terra nos
governos; Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula
da Silva.
CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL:
Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação
das terras indígenas, luta dos povos da floresta,
movimento dos trabalhadores rurais sem terra.
ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego,
flexibilização dos direitos sociais, neoliberalismo no
Brasil .
185
CU
LTU
RA
TR
AB
ALH
O T
EM
PO
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SID
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E C
ULT
UR
AL
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o
homem/mulher como sujeitos históricos, formação da
identidade e alteridade, História local.
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história
como ciência, natureza e cultura, diferentes
temporalidades, fontes históricas, as primeiras
civilizações, patrimônio cultural.
DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na
formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a
cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos
Brasis.
RELA
ÇÕ
ES D
E P
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E M
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TO
S S
OC
IAIS
A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA:
dominio cultural e político europeu, assimilação e
aculturação.
HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS ESTADOS
UNIDOS: trabalho escravo,
Formas de resistência, movimentos abolicionistas,
guerra de secessão.
LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal
clássico, as idéias iluministas, a partilha do mundo,
Primeira Guerra Mundial.
SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS:
formação dos estados totalitarios, o mundo em guerra,
descolonização afro-asiática, movimentos sociais no
pós-guerra, conflitos culturais na América espanhola.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação
política das colônias americanas, a construção do
estado brasileiro, o período republicano.
LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela
posse da terra no Brasil e na América espanhola,
conflito árabe-israelense.
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania
e trabalho, direitos civis, políticos e sociais.
187
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da
cultura, optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo,
que também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no
Estado do Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se
às temáticas que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o
eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.
Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais no
Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder;
Terra e Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino
Médio: Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais;
Mundo do Trabalho e Cidadania. É importante que na abordagem desses
conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o
perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos
construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua
História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido
ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem
ser trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se
dar de forma abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no
que refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local,
conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e
possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as
permanências e as rupturas do contexto histórico.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
Nas diversas formas de avaliação será avaliada a capacidade de
argumentação, criticidade, interpretação, organização da idéias, seleção
de imagens, de textos etc bem como a contextualização do saber
sistemático com o saber assistemático.
188
F) REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula.
São Paulo: Contexto, 1998.
BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-
América, 1997.
CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente.
São Paulo: Brasiliense, 1986.
DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino
de história. Niterói: Eduff,
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à
prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2003.
GEOGRAFIA
A) EMENTA
Atualmente, a grande velocidade com que vêm ocorrendo as
transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever
conceitos e metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos
fundamentais do ensino da Geografia.
Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais
importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias
hidrográficas, redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o
189
relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as formas da superfície
terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral);
e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados
à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).
Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural,
como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe
suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e
minerais, por exemplo.
Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e
transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas
pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria,
comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e
sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro
único no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma
concepção de geografia que possibilite ao educando desenvolver um
conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo,
privilegiando a sua dimensão sócio espacial. Para MORAES (1998, p.166),
“formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-
lhe não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio
questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático
implica investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença,
considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.
B ) OBJETIVOSGERAIS DA DISCIPLINA
• Compreender que o espaço geográfico é produto de uma
organização sócio-econômica que se transforma a partir de uma
190
história constituída por contradições e conflitos que se resolvem
e se repõem continuamente;
• Compreender as relações homem X natureza
• Compreender que o espaço é modificado pelo trabalho humano
afim de atender as necessidades do ser humano, o seu bem-estar
A) CONTEÚDO
Ensino Fundamental e Médio
Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e para
o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos
níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade
dos textos.
Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local,
regional, nacional e mundial.
Porém é necessário que o educador perceba que o espaço geográfico só
pode ser entendido em sua totalidade, sendo que os recortes de análise
espacial, devem ser apenas procedimentos operacionais para decompor o
espaço, para depois recompô-lo, sobretudo para facilitar a compreensão
do educando.
EIXOS TEMÁTICA CONTEÚDOS
191
ESPA
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RELA
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NIA
DEMOGRAFIA: dinâmica da
população, pirâmide etária, padrão de
vida, movimentos migratórios,.
ATIVIDADES ECONÔMICAS: cadeias
produtivas, redes de distribuição,
transporte e comunicação, espaço
agrícola, fontes de energia, comércio,
indústria, turismo, circuitos
produtivos, Divisão Internacional do
Trabalho, flexibilização do trabalho,
economia solidária.
POLÍTICAS PÚBLICAS: agricultura
familiar, reforma agrária, assistência
social, educação, meio ambiente,
habitação, cultura, saúde.
URBANIZAÇÃO: expansão urbana,
infra-estrutura, plano diretor urbano.
AGRÁRIA: estrutura fundiária,
modernização do campo, conflitos no
campo, agricultura familiar, políticas
agrárias.
GEOPOLÍTICA: organização
socioespacial, fronteira, estado,
nação, território, territorialidade.
REPRESENTAÇÃO SOCIOESPACIAL:
Planeta Terra, localização espacial,
orientação, coordenadas geográficas,
cartografia.
QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS:
degradação ambiental,
desenvolvimento sustentável,
qualidade de vida.
192
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve
tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se
busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão,
categorias essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da
realidade, ou seja, do mundo vivido.
Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a
abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar
questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica
em expor as contradições que estão postas, buscar explicações e relações
e construir conceitos. Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”,
escolher uma indústria local e questionar:
1- Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?
2- Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?
3- Qual a sua importância para o município, estado, país?
4- Qual sua importância para a população?
5- Por que ela se instalou nessa região?
6- Como é seu processo produtivo?
7- Quais impactos vem causando no ambiente?
Urge considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados
a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de
Geografia, em três grandes eixos: Espaço, Relações Sociais e Natureza.
Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão da
totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não
é a soma, mas o conjunto da formação sócio espacial. A compreensão da
migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se
relaciona a estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a
industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de
vida em si.
193
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-
se as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os
conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações,
rompendo-se com a compartimentalização e com a linearidade do
conhecimento geográfico, possibilitando a explicitação do processo de
produção do espaço pelas sociedades.
A) CRITERIO DE AVALIAÇÃO ESPECIFICO DA DISCIPLINA
• organização, seqüência, ordenação
• preenchimento dos quesitos solicitados
• esclarecimento sobre normas, tipos, valores, temas e tempo
• elaboração de pesquisa: fontes, estética e grau de criticidade
F) BIBLIOGRAFIA
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões.
São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula:
Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.
CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos.
Campinas: Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo:
Hucitec, 1993.
194
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