história do brasil

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HISTÓRIA DO BRASIL

De 1500 à Getulio Vargas

1500

O Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa com alta lucratividade.

1500

Quando usamos o termo “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontrá-la. Desta forma, desconsideramos a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos portugueses.

Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os portugueses descobriram o Brasil para os europeus.

1500

A principal fonte histórica sobre o Descobrimento do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os portugueses e os nativos.

A esquadra de Cabral contou com aproximadamente 1400 homens. Eram marinheiros (maioria), técnicos em navegação, escrivão, cozinheiros, padre, ajudantes entre outros.

Pedro Álvares Cabral

Pero Vaz de Caminha

Carta de Pero Vaz de Caminha

Encontro dos índios com os protugueses

A Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro.

No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de industrias fabris em território brasileiro.

A Inconfidência Mineira:

Os Inconfidentes

O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A idéia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).

A Inconfidência Mineira:

Os Inconfidentes

Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data em a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros uma pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado a forca em praça pública.

A Inconfidência Mineira:

Os Inconfidentes

Embora fracassada, podemos considerar a

Inconfidência Mineira como um exemplo

valoroso da luta dos brasileiros pela

independência, pela liberdade e contra um

governo que tratava sua colônia com

violência, autoritarismo, ganância e falta de

respeito.

Tiradentes: Joaquim José da Silva

Xavier

Imagem representando a morte de

Tiradentes

Imagem representando a morte de

Tiradentes

Cláudio Manuel da Costa

Padre Rolim

Inácio de Alvarenga

Tomas Antonio Gonzaga

Joaquim Silvério dos Reis

1808 – A vinda da Família Real

Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.

Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

1808 – A vinda da Família Real

Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.

D. João adotou várias medidas econômicas

que favoreceram o desenvolvimento brasileiro.

Entre as principais, podemos citar: estímulo ao

estabelecimento de indústrias no Brasil,

construção de estradas, cancelamento da lei

que não permitia a criação de fábricas no

Brasil, reformas em portos, criação do Banco

do Brasil e instalação da Junta de Comércio.

1808 – A vinda da Família Real

Do ponto de vista cultural, o Brasil também

saiu ganhando com algumas medidas

tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão

Francesa para o Brasil, estimulando o

desenvolvimento das artes em nosso país.

Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a

Escola Real de Artes e o Observatório

Astronômico. Vários cursos foram criados

(agricultura, cirurgia, química, desenho

técnico, etc) nos estados da Bahia e Rio de

Janeiro.

1808 – A vinda da Família Real

Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.

1808 – A vinda da Família Real

Dom João VI

Brasão da Família Real Lusa

Brasão da Família Real Lusa

Brasão da Família Real LusaPasseio da chegada da família real

Banco do Brasil - 1808

Banco do Brasil - Hoje

Museu Nacional- 1808

Museu Nacional- Hoje

Biblioteca Nacional- 1808

Biblioteca Nacional - Hoje

Escola Real de Artes - 1808

Escola Real de Artes - Hoje

Observatório Astronômico - 1808

Observatório Astronômico – Hoje

Independência do Brasil

A Independência do Brasil é um dos fatos

históricos mais importantes de nosso país,

pois marca o fim do domínio português e a

conquista da autonomia política. Muitas

tentativas anteriores ocorreram e muitas

pessoas morreram na luta por este ideal.

Podemos citar o caso mais

conhecido: Tiradentes. Foi executado pela

coroa portuguesa por defender a liberdade de

nosso país, durante o processo da

Inconfidência Mineira.

Independência do Brasil: Dia do

Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu

uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu

retorno para Portugal. Há tempos os

portugueses insistiam nesta idéia, pois

pretendiam recolonizar o Brasil e a presença

de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D.

Pedro respondeu negativamente aos

chamados de Portugal e proclamou : "Se é

para o bem de todos e felicidade geral da

nação, diga ao povo que fico."

Independência do Brasil

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o “cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

Independência do Brasil

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas

Gerais e a São Paulo para acalmar setores da

sociedade que estavam preocupados com os

últimos acontecimento, pois acreditavam que

tudo isto poderia ocasionar uma

desestabilização social. Durante a viagem, D.

Pedro recebeu uma nova carta de Portugal

que anulava a Assembléia Constituinte e

exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Independência do Brasil

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro

quando este estava em viagem de Santos

para São Paulo. Próximo ao riacho do

Ipiranga, levantou a espada e gritou : "

Independência ou Morte !". Este fato ocorreu

no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a

Independência do Brasil. No mês de

dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado

imperador do Brasil.

Embora tenha sido de grande valor, este fato

histórico não provocou rupturas sociais no

Brasil. O povo mais pobre se quer

acompanhou ou entendeu o significado da

independência. A estrutura agrária continuou a

mesma, a escravidão se manteve e a

distribuição de renda continuou desigual. A

elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a

camada que mais se beneficiou.

Independência do Brasil

Período Regencial

O Período Regencial é uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).

O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial. Assim considerando um período tumultuado.

Período Regencial

A crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto para todas as pessoas).

As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.

Revoltas: Cabanagem (1835 a

1840)

Motivada pelas péssimas condições de vida

em que vivia a grande maioria dos moradores

da província do Grão-Pará.

Revoltas:Balaiada (1838 –

1841)

Ocorreu na província do Maranhão. A causa

principal foi a exploração da população mais

pobre por parte dos grandes produtores rurais.

Revoltas:Sabinada (1837-1838)

Ocorreu na província da Bahia. Motivada pela

insatisfação de militares e camadas médias e

ricas da população com o governo regencial.

Revoltas:

Guerra dos Farrapos (1835 –

1845) Ocorreu no Rio Grande do Sul. Os revoltosos

(farroupilhas) queriam mais liberdade para as

províncias e reformas econômicas.

Revoltas dos Malês

A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente.

Ilustração da Revolta dos Malês

Regentes que governaram o Brasil

no período

Regência Trina Provisória (1831):

Brigadeiro Francisco Lima e

Silva

Senador Vergueiro Marques de Caravelas

Regentes que governaram o Brasil

no período

Regência Trina Permanente (1831 a 1835):

José da Costa Carvalho João Bráulio Muniz Brigadeiro Francisco Lima e

Silva

Regentes que governaram o Brasil

no período

Regência Una de Feijó (1835 a 1837):

Diogo Antonio de Feijó

Regentes que governaram o Brasil

no período

Regência Interina de Araújo Lima (1871):

Pedro de Araújo Lima

Regentes que governaram o Brasil

no período

Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840):

Pedro de Araújo Lima

Período Regencial:

Golpe da Maioridade

Os políticos brasileiros e grande parte da população acreditavam que a grave crise que o país enfrentava era fruto, principalmente, da falta de um imperador forte e com poderes para enfrentar a situação.

Em 23 de julho de 1840, com apoio do Partido Liberal, foi antecipada pelo Senado Federal a maioridade de D. Pedro II (antes de completar 14 anos) e declarado o fim das regências. Esse episódio ficou conhecido como o Golpe da Maioridade. Foi uma forma encontrada pelos políticos brasileiros de dar poder e autoridade ao jovem imperador para que as revoltas pudessem ser debeladas e a ordem restaurada no Brasil.

Dom Pedro II – aos 12 anos

Curiosidades:

Curiosidades:

Pedro de Alcântara

João Carlos Leopoldo

Salvador Bibiano

Francisco Xavier de

Paula Leocádio Miguel

Gabriel Rafael Gonzaga

– Dom Pedro II

2º Reinado

O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil

que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve

início em 23 de julho de 1840, com a mudança na

Constituição que declarou Pedro de Alcântara

maior de idade com 14 anos e, portanto, apto

para assumir o governo. O 2º Reinado terminou

em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação

da República.

O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi

marcado por muitas mudanças sociais, política e

econômicas no Brasil.

2º Reinado

A política no Segundo Reinado foi marcada

pela disputa entre o Partido Liberal e o

Conservador. Estes dois partidos defendiam

quase os mesmos interesses, pois eram

elitistas. Neste período o imperador escolhia o

presidente do Conselho de Ministros entre os

integrantes do partido que possuía maioria na

Assembléia Geral. Nas eleições eram comuns

as fraudes, compras de votos e até atos

violentos para garantir a eleição.

Imagem ilustrando os Liberais e

Conservadores

2º Reinado: suas revoltas

Farroupilha

Quando assumiu o império a Revolução

Farroupilha estava em pleno desenvolvimento.

Havia uma grande possibilidade da região sul

conseguir a independência do restante do país.

Para evitar o sucesso da revolução, D.Pedro II

nomeou o barão de Caxias como chefe do

exército. Caxias utilizou a diplomacia para

negociar o fim da revolta com os líderes. Em

1845, obteve sucesso através do Tratado de

Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na

Revolução Farroupilha.

2º Reinado: suas revoltas

A Revolução Praieira: foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última.

A guerra do Paraguai: um conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.

Revolução Praieira

Guerra do Paraguai

2º Reinado: A Riqueza do Café

Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.

Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil.

Guerra do Paraguai

Trabalhadores nos cafezais

Locomotiva a vapor, essencial para a expansão do

café

Barões do Café

2º Reinado: Imigração

Muitos imigrantes europeus, principalmente

italianos, chegaram para aumentar a mão-de-

obra nos cafezais de São Paulo, a partir de

1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a

mão-de-obra escrava que, devido as pressões

da Inglaterra, começava a entrar em crise.

Além de buscarem trabalho nos cafezais do

interior paulista, também foram para as

grandes cidades do Sudeste que começavam

a abrir muitas indústrias.

Fotos de imigrantes

Imigrantes trabalhando na plantações de cafés

Novela da rede Globo, representando esse momento da história do

Brasil

2º Reinado: Escravidão

Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu

oficialmente o tráfico de escravos no Brasil

Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os

filhos de escravos nascidos após a

promulgação da lei.

Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade

aos escravos ao completarem 65 anos de

idade.

Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa

Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.

Eusébio de Queiroz

Ventre Livre

Sexagenário

Áurea

2º Reinado: A Crise

Interferência de D.Pedro II em questões

religiosas, gerando um descontentamento nas

lideranças da Igreja Católica no país.

Críticas e oposição feitas por integrantes do

Exército Brasileiro, que mostravam-se

descontentes com a corrupção existente na corte.

Além disso, os militares estavam insatisfeitos com

a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os

oficiais do Exército não podiam dar declarações

na imprensa sem uma prévia autorização do

Ministro da Guerra;

2º Reinado: A Crise

A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no país.

Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.

2º Reinado: O Fim

Em 15 de novembro de 1889, o Marechal

Deodoro da Fonseca, com o apoio dos

republicanos, destituiu o Conselho de

Ministros e seu presidente. No final do dia,

Deodoro da Fonseca assinou o manifesto

proclamando a República no Brasil e

instalando um governo provisório.

No dia 18 de novembro, D. Pedro II e a família

imperial brasileira viajaram para a Europa.

A República

O período que vai de 1889 a 1930 é

conhecido como a República Velha. Este

período da História do Brasil é marcado pelo

domínio político das elites agrárias mineiras,

paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como

um país exportador de café, e a indústria deu

um significativo salto. Na área social, várias

revoltas e problemas sociais aconteceram nos

quatro cantos do território brasileiro.

A República da Espada

(1889 a 1894)

Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a

Proclamação da República, liderada pelo

Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos

iniciais, o Brasil foi governado por militares.

Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do

Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem

assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto.

O militar Floriano, em seu governo, intensificou a

repressão aos que ainda davam apoio

à monarquia.

A Constituição de 1891

( Primeira Constituição

Republicana) Após o início da República havia a

necessidade da elaboração de uma

nova Constituição, pois a antiga ainda seguia

os ideais da monarquia. A constituição de

1891, garantiu alguns avanços políticos,

embora apresentasse algumas limitações,

pois representava os interesses das elites

agrárias do pais. A nova constituição

implantou o voto universal para os cidadãos (

mulheres, analfabetos, militares de baixa

patente ficavam de fora ).

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.

Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país.

Política do Café-com-leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

O Coronelismo

A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

Revolta da Vacina

O início do período republica da História do

Brasil foi marcado por vários conflitos e

revoltas populares. O Rio de Janeiro não

escapou desta situação. No ano de 1904,

estourou um movimento de caráter popular na

cidade do Rio de Janeiro. O motivo que

desencadeou a revolta foi a campanha de

vacinação obrigatória, imposta pelo governo

federal, contra a varíola.

Ilustração da Revolta da Vacina

Oswaldo Cruz

A guerra dos Canudos

O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia.

Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenças e injustiças sociais. Era também um crítico do sistema republicano, como ele funcionava no período.

A guerra dos Canudos:

Antonio Conselheiro

A Guerra de canudos significou a luta e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do século XIX. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social que reinava na região.

Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido popularmente como Antônio Conselheiro, foi um beato, líder religioso e social brasileiro. Nasceu em Quixeramobim (Ceará) em 13 de março de 1830 e faleceu em Canudos (Bahia) em 22 de setembro de 1897.

A guerra dos Canudos:

Antonio Conselheiro

Considerado um fora da lei pelas autoridades nordestina, Antônio Conselheiro peregrinava pelo sertão do Nordeste (marcado pela seca, fome miséria), levando mensagens religiosas e conselhos sociais para as populações carentes. Conseguiu uma grande quantidade de seguidores, sendo que muitos o consideravam santo.

Há relatos de seguidores de Conselheiro que afirmaram que o beato tinha a capacidade de fazer milagres e que o mesmo fazia previsões sobre o fim do mundo.

Os sertanejos de Canudos

Os sertanejos de Canudos

Um casa feita de Pau a Pique, em Canudos

Destroços de uma casa, provocado em um conflito entre os povos de Canudos e o

Exército do Brasil.

Gravura de Antonio Conselheiro

Foto do corpo de Antonio Conselheiro, após a cidade de Canudos ser tomada pelo o

Exercito.

A crise da República Velha e o

Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.

Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de

abril de 1930, deixando descontes os políticos

da Aliança Liberal, que alegam fraudes

eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas,

políticos da Aliança Liberal e militares

descontentes, provocam a Revolução de

1930. É o fim da República Velha e início

da Era Vargas.

A crise da República Velha e o

Golpe de 1930

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926)

Galeria dos Presidentes da

República Velha

Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930)

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