geografia do brasil - domínios morfoclimáticos
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Brasil – Domínios Morfoclimáticos
Prof. Wagner
Definição:
A interação e a interdependência entre os diversos elementos da paisagem
(relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna) explicam a existência dos
chamados domínios morfoclimáticos, que podem ser entendidos como uma
combinação ou síntese dos diversos elementos da natureza,
individualizando uma determinada porção do território.
Entre os seis grandes domínios relacionados, inserem-se inúmeras faixas de
transição, que apresentam elementos típicos de dois ou mais deles
(Pantanal, Agreste, mata de Cocais, Restinga e mangues).
Principais Elementos naturais que definem os
Domínios Morfoclimáticos
Hidrografia
Solo Vegetação
Relevo
Clima
DomínioMorfoclimático
CorrenteMarinha
1. Formação do Relevo
O relevo brasileiro é
de formação
geológica antiga ou
pré-cambriana, sendo
erodido e aplainado
com formas
arredondadas e,
portanto, aplainado.
Apresenta o
predomínio de
planaltos, terrenos
sedimentares e
certas áreas com
subsolo rico em
recursos minerais.
(1940)
Aziz Ab´Saber (1958)
2. Rochas e Solo
Principais tipos de rochas:
Rochas Magmáticas: também conhecidas como ígneas, são aquelas
originárias no interior da Terra, produto da solidificação do magma pastoso.
As rochas magmáticas dividem-se em:
Rochas extrusivas ou vulcânicas formam-se a partir da expulsão do
magma devido às erupções vulcânicas, tendo um rápido resfriamento ao
atingir a superfície.
Rochas intrusivas ou plutônicas são resultado de um lento
resfriamento do magma, originárias de regiões profundas no subsolo,
dando origem a cristais.
ouro
Rochas Sedimentares: São rochas formadas pelo longo processo
erosivo que ocorre na superfície terrestre. Pouco a pouco, ao longo de
milhares de anos, até o granito mais sólido se transforma em pequenos
fragmentos. Os fragmentos de rochas são transportados pelos ventos, rios
ou pela água da chuva até porções mais baixas do relevo onde se
depositam em camadas.
Rochas Metamórficas: se originam da transformação de rochas
magmáticas ou sedimentares por processos que alteram a organização
dos átomos de seus minerais. Surge, então, uma nova rocha, com outras
propriedades e, às vezes, com outros minerais.
Muitas rochas metamórficas se formam quando rochas de outro tipo são
submetidas a intensas pressões ou elevadas temperaturas.
Ardósia
Gnaise
Mármore
Agentes erosivos Erosão Marinha
Erosão Nival
Erosão Pluvial Erosão Fluvial
Erosão Eólica
O Brasil apresenta predomínio de
climas quentes devido à sua
localização no globo. A maior
porção de suas terras está na
Zona Intertropical e uma pequena
porção na Zona Temperada do
Sul.
A diversidade climática é positiva
para a agropecuária e é explicada
por vários fatores como a latitude
e a atuação das massas de ar.
3. Clima
Planisfério de Zonas climáticas da Terra
4. Hidrografia
Devido a seu
posicionamento
geográfico e sua
extensão territorial,
o Brasil é um dos
países com maior
disponibilidade
hídrica do mundo.
Essa característica
interfere na
paisagem terrestre.
5. Correntes Marinhas
Domínios Morfoclimáticos Brasileiros(Possuem características próprias de solos, radiação solar, pluviosidade,
clima, relevo, massas de ar ...)
• Domínio Amazônico
• Domínio da Caatinga
• Domínio os Cerrados
• Domínio dos Mares de Morros
• Domínio das Araucárias
• Domínio das Pradarias
Zonas de Transição(Possuem características de dois ou mais biomas, são menos extensos)
• Pantanal
• Agreste
• Restinga
• Mata de Cocais
Floresta Equatorial Amazônica
Localização: É a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de
aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 40% do território nacional
– abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão,
Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso;
Floresta Equatorial Amazônica latifoliada, heterogênea, densa e higrófila;
Domínio de terras baixas (depressões e planícies);
Clima equatorial (quente e úmido);
Extensa rede hidrográfica (bacia Amazônica);
Grande biodiversidade;
A exploração da madeira de forma
ilegal, o avanço da agricultura e
pecuária tem colocado em risco a
floresta amazônica. Estima-se que
aproximadamente 30% desse
ecossistema já foi devastado.
Matas Amazônicas
Mata de Igapó: situa-se nas áreas permanentemente inundadas pelos rios;
Mata de Várzea: situa-se nas áreas inundadas durante as cheias dos rios;
Mata de Terra Firme: situa-se nas áreas que não sofrem inundação.
O relevo é parte importante na distribuição geográfica desse domínio, pois
como a área é formada por planícies, depressões e planaltos, podemos
identificar três diferentes extratos na distribuição da vegetação:
- Igapó – área da floresta permanentemente alagada e onde encontramos
espécies nativas como a vitória-régia, planta adaptada a essas
condições de inundação.
- Mata de Várzea – áreas de inundações periódicas, de acordo com as
cheias dos rios. Nesse extrato podemos destacar a presença de
seringueiras (maniçoba e maçaranduba).
- Mata de Terra Firme – corresponde a áreas de terras mais altas onde
encontramos árvores de grande porte, podendo atingir cerca de 65
metros.
Atualmente, o desmatamento é a grande preocupação em relação a esse
domínio, que vem sendo destruído por várias atividades econômicas, entre
elas: crescimento da atividade agrícola, principalmente pelo cultivo de soja,
aumento do número de pastagens, implantação de projetos de mineração e
a realização de atividade madeireira.
Apesar da exuberância
apresentada pela floresta, os
solos nos quais está fixada
não possuem grande riqueza
em nutrientes.
Os solos amazônicos possuem
uma restrita camada de
matéria-orgânica que se
encontra na superfície,
conhecida como húmus. Essa
fina camada fértil é oriunda da
própria floresta, nela os
organismos (insetos, fungos,
algas e bactérias) vivos
reciclam os nutrientes
dispostos no ambiente.
Nas margens dos rios
podemos encontrar solos mais
férteis, conhecidos como
várzea. Nelas são acumuladas
grandes quantidades de
nutrientes trazidos pelas águas
em períodos de cheias.
1. A chuva penetra no permeável solo florestal
e fica armazenada em sua parte porosa, ou escorre até
os aquíferos subterrâneos gigantescos.
2. A água é absorvida pelas raízes, que podem ter até 20m de profundidade, e
levada pelos xilemas, espécie de artérias que transportam a seiva bruta para
cima.
3. Por fim, passa pelas estruturas evaporadoras das folhas, que funcionam como
painéis solares químicos, capazes de absorver a energia do sol para transpirar.
4. Além de água, as folhas liberam compostos orgânicos, que oxidam e precipitam,
formando uma poeira finíssima. Essa poeira funciona como núcleo para
condensação das nuvens.
Nossa água vem da AmazôniaA chuva em várias regiões do país depende da
preservação da Floresta Amazônica.
Ela é responsável pela produção do
vapor d’água, que em nuvens viaja
por todo o território brasileiro
1. Os ventos úmidos do oceano
entram na Amazônia, atraídos
pela baixa pressão atmosférica,
especialmente no verão. Formam um
imenso reservatório de água no céu,
que dá origem aos rios voadores.
2. Os rios voadores, guiados pelo vento se
chocam contra a Cordilheira dos Andes,
fazem a curva no Acre e rumam para o
Centro-Sul do país, indo até a
Argentina.
3. Essas chuvas de verão impedem que
tenhamos um deserto no Brasil. Nesta
mesma área tropical do mapa, há
desertos em todos os continentes, como
o Saara, o da Namíbia e o da Austrália.
OS RIOS VOADORES
Mata Atlântica
Esse domínio geoecológico localiza-se na porção oriental do país, desde
a região Nordeste até a região Sul. Na região Sudeste, adentra o interior,
abrangendo o centro-sul de Minas Gerais e São Paulo;
Predomínio do Clima tropical de altitude;
Solos férteis, porém muito suscetíveis à erosão;
Planaltos e serras do Atlântico. Morros ondulados (meias-laranjas) e
áreas serranas (Mar, Mantiqueira, Espinhaço, etc.)
Vegetação típica é a Mata Atlântica (muito devastada);
Chuvas orográficas;
Essa paisagem sofreu grande degradação
em consequência da intensa ocupação
humana;
Além do desmatamento, esse domínio
sofre intenso processo erosivo (relevo
acidentado e clima úmido), com
deslizamentos frequentes e formação de
voçorocas.
A vegetação característica desse domínio é a Floresta Tropical Úmida ou
Mata Atlântica, que possui cerca de 20 mil espécies de plantas, das
quais 8 mil são consideradas endêmicas.
Essa foi, com certeza, a vegetação que mais sofreu os efeitos da
devastação ambiental, promovida desde o período colonial até os dias
de hoje.
Deslizamento de terras (Erosão Pluvial)
Embora os deslizamentos e outros movimentos de massa sejam fenômenos
naturais, a ação humana interfere diretamente na sua ocorrência. A ocupação
desordenada de encostas e morros que adicionam carga extra ao peso da massa
sedimentada e o desmatamento deixa o solo ainda mais exposto a ação
do intemperismo físico.
Em períodos de chuva intensa o solo encharcado é mais propenso ao deslizamento.
Resta apenas 4,98% de Mata Atlântica
Os principais fatores responsáveis por essa destruição foram:
a extração de Pau-Brasil, realizada pelos portugueses;
a expansão das atividades agrícolas;
o crescimento urbano-industrial
Cerrado
Denominado Savana do Brasil, é a segunda formação vegetal mais
extensa do país.
Localizado no Planalto Central em área de grande desgaste erosivo.
Caracteriza-se pela presença de pequenas árvores e arbustos bastante
retorcidos (caducifólia, tropófila e com raízes profundas)
Clima tropical típico (estações seca e úmida) com média de 20°C a 28°C;
Nos fundos de vales formam-se as matas ciliares, ao longo dos rios;
O aproveitamento econômico do cerrado vem destruindo a vegetação
natural, sobretudo a expansão agropecuária comercial mecanizada (cultivo
da soja.)
Os solos apresentam-se intemperizados e possuem baixa fertilidade
natural. Predominam solos pobres e ácidos.
A média pluviométrica é de 1.500 mm/ano.
O Cerrado é um dos Hotspots de
biodiversidade do planeta.
O cerrado Brasileiro está localizado no Planalto Central em área de grande desgaste
erosivo.
Essa região é muito explorada pela agricultura comercial, principalmente de soja, em
razão da qualidade dos solos e do relevo plano que possibilita a mecanização da
produção.
Caatinga Nordestina
Formação típica do clima semi-árido (quente e seco com chuvas
irregulares);
É composta por arbustos e plantas xerófitas (cactáceas, com folhas em
espinhos), caducifólias e carnaubeira (cera que evita transpiração).
Rios intermitentes. São Francisco é o único perene;
O solo é relativamente fértil, porém raso, rico em minerais, mas pobre em
matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria é prejudicada pelo
calor e a luminosidade, intensos durante todo o ano.
A região tem como principal atividade econômica a pecuária extensiva e a
agricultura de subsistência.
A pluviosidade anual varia entre 300 e 800 mm.
Fragmentos de rochas são frequentes na
superfície, o que dá ao solo um aspecto
pedregoso e o impede de armazenar a água
que cai no período das chuvas.
Esse ecossistema que vem sendo agredido
ao sofrer o impacto da retirada da vegetação,
irrigação, pisoteio dos animais e da
desertificação.
O planalto da Borborema atua como
uma barreira para as massas de ar que
vem do Oceano Atlântico. Ao encontrar o
planalto essas massa de ar se elevam, a
umidade se condensa, concentrando as
chuvas no litoral e seca no sertão.
Caatinga já perdeu 60% de seu território no semiáridoMais de 60% das áreas do semiárido brasileiro já “estão com processo de
desertificação acentuado”, e cerca de 10 a 15% do território enfrenta uma situação de
desertificação severa. Para se ter uma ideia, a soma das extensões de terras
degradadas no Ceará, na Bahia e em Pernambuco equivale a “63 mil km²” de
desertificação.
Transposição das águas do rio São FranciscoO projeto consiste na captação das águas do rio São Francisco para
perenizar de alguns rios, nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte,
que fazem parte da bacia do Nordeste (eixo norte) e, no eixo leste, para
abastecer vários açudes nos estados de Pernambuco e da Paraíba.
A base do projeto é a construção de canais artificiais, a partir do rio São
Francisco, destacando os eixos norte e leste.
Construção de Açudes para
armazenar as águas das chuvas.
Construção de Cisternas para
captação da água das chuvas.
Araucárias
Domínio das AraucáriasClima Subtropical com atuação da massa Polar Atlântica (mPa), possui
chuvas bem distribuídas durante o ano;
Domínio do Planalto Meridional com depressões;
Mata das Araucárias (Pinheiro do Paraná) ou Pinheirais (aciculifoliada)
Solos diversificados. Alguns com grande fertilidade natural (terra roxa)
outros pobres e ácidos.
Calcula-se que apenas 5% da área original dos Pinheirais esteja
preservada. A retirada da madeira, para a produção de móveis e papel e
a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada.
Domínio de Pradaria (Pampa)
Domínio das Pradarias
O domínio das pradarias, também conhecido como Campanha Gaúcha
ou Pampas, abrange vastas áreas (centro-sul) do Rio Grande do Sul,
constituindo-se em um prolongamento dos campos ou pradarias do
Uruguai e Argentina no território brasileiro;
Clima Subtropical úmido;
Relevo de colinas (coxilhas ou campanha gaúcha);
Domínio de vegetação rasteira (pradarias ou pampas);
Os campos estão diretamente
ligados à agropecuária (cereais e
criação de gado);
As queimadas, a arenização e a
agropecuária são os principais
impactos ambientais que ocorrem
nesse ecossistema.
A arenização na região Sul ocorre pela soma de alguns fatores: a
predisposição dos solos, que são naturalmente arenosos; o uso intensivo
deles na agricultura; a remoção da vegetação e a retirada de nutrientes.
Com o desmatamento das áreas para a agricultura, os solos ficam mais
expostos à ação das chuvas, que auxiliam na sedimentação e
movimentação dos sedimentos, que, por sua vez, dão origem aos areais
que recobrem os solos e tornam a paisagem, em muitos casos, semelhante
a áreas de deserto.
Vale lembrar que a arenização é um processo natural e sua ocorrência no
Rio Grande do Sul possui vários registros históricos. No entanto, a
intensificação da agricultura nessa região ao longo do século XX contribuiu
para uma intensificação sem igual desse problema, que se tornou crônico
em boa parte do espaço geográfico local.
É muito comum que se confunda o processo de arenização com o de
desertificação. No entanto, trata-se de fenômenos basicamente diferentes,
pois a desertificação corresponde à degradação dos solos em regiões de
clima árido e semiárido, que possuem índices de precipitação inferiores a
1400mm anuais
Faixas de transiçãoSão áreas intermediárias entre as regiões
naturais, muitas vezes agrupam
características de dois ou mais
domínios morfoclimáticos.
Manguezais Formada por arbustos de raízes aéreas, caracterizado pelo ambiente
de água salobra existente no estuário dos rios.
Esse ecossistema apresenta características muito especiais; se, por
um lado, não possui grande variedade de vegetais, por outro é
considerado um viveiro de animais, graças à grande quantidade de
matéria orgânica nele existente. Aí vivem peixes, crustáceos, aves e
invertebrados.
É um dos ecossistemas brasileiros mais devastados e
ameaçados pela intensa urbanização e industrialização. Certos
bairros de cidades litorâneas brasileiras foram construídos sobre
áreas de manguezais.
É um ecossistema costeiro, típico de
áreas tropicais.
Está sujeito ao regime das marés.
O solo do manguezal caracteriza-se
por ser úmido, salgado, lodoso, pobre
em oxigênio e muito rico
em nutrientes.
Invasão urbana nas áreas de mangue
Vegetação das dunas e praias (Restinga)
Vegetação herbácea (gramíneas) e arbustiva (poucas árvores e
espaçadas) desenvolve-se em solo salgado e arenoso. O capim-da-
praia, o capim-da-areia são algumas das espécies vegetais desse
ecossistema que também está sendo destruído pelo excessivo
crescimento urbano e pelo turismo desordenado.
Mata dos CocaisAbrange predominantemente os estados do Maranhão , Piauí
Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. Está numa zona de
transição entre os ecossistemas da Amazônia e da caatinga.
Constitui uma formação vegetal secundária, por seu acentuado
desmatamento, Nesse ecossistema predominam dois tipos de
palmeira muito importantes para a economia local:
Babaçu, de cuja amêndoa se extrai o óleo; as folhas são usadas
para a cobertura de casas e o palmito, como alimento, Um rico
artesanato emprega suas fibras para confeccionar esteiras, cestos
e bolsas. Da casca do coco, podem ser retira dos o alcatrão e o
acetato.
Carnaúba, cujo produto mais conhecido e a cera. Como tudo
dessa palmeira pode ser aproveitado (madeira, fruto, folhas,
semente, caule, fibras), o nordestino denominou-a "árvore da
providência".
Babaçu Carnaúba
O pantanal é uma das principais zonas de transição encontrada no
Brasil. Ele é um complexo ambiental de suma importância, pois
compreende uma grande diversidade de fauna e flora.
estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do
Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste). Ao todo são
aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados.
O Pantanal é formado por uma planície e está situado na Bacia
Hidrográfica do Alto Paraguai.
A pecuária e a utilização de enormes monoculturas, fazem o despejo de
uma grande quantidade de agrotóxicos aos rios.
Nesse sentido, a preservação dessas zonas de transição são
consideradas de suma importância para a existência dos domínios
morfoclimáticos brasileiros. Pois eles estabelecem uma relação direta com
a fauna, flora, hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio dos
frágeis sistemas ecológicos.
Pantanal
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