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FACULDADE INGÁ
FERNANDA PRESENDO PASSERO
EXODONTIA MINIMAMENTE TRAUMATICA COM INSTALAÇÃO DE IMPLANTE IMEDIATO E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA
CURITIBA 2016
FERNANDA PRESENDO PASSERO
EXODONTIA MINIMAMENTE TRAUMATICA COM INSTALAÇÃO DE IMPLANTE IMEDIATO E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA
Monografia apresentada à Faculdade Ingá, como parte das exigências do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Implantodontia, para a obtenção do título de Especialista em Implantodontia.
CURITIBA – 2016
FERNANDA PRESENDO PASSERO
EXODONTIA MINIMAMENTE TRAUMATICA COM INSTALAÇÃO DE IMPLANTE IMEDIATO E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA
Monografia apresentada à Faculdade Uninga), como parte das exigências do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Implantodontia, para a obtenção do título de Especialista em Implantodontia.
APROVADA EM: ______________________
CURITIBA 2016
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais
voltará ao seu tamanho original.” Albert Einstein
RESUMO
Após a exodontia ocorre redução das dimensões ósseas, o que pode vir a
comprometer a estética e função. Para minimizar esse problema o implante imediato
tem se tornado um tratamento cada vez mais procurado nos consultórios
odontológicos, por simplificar o tratamento, minimizando o tempo de cicatrização,
reduzindo o custo e trazendo conforto ao paciente. Sua principal indicação é em
situações nas quais os dentes apresentam lesões sem possibilidade de tratamento.
Alguns requisitos são essenciais para o sucesso da técnica de exodontia
minimamente traumática, com o uso de periotomos, que evita ou minimiza possíveis
danos às paredes ósseas remanescentes com implante imediato, a posição
tridimensional ideal do implante, evitando problemas na confecção da prótese e
manutenção dos tecidos , avaliação da necessidade de enxertos, melhorando a
estética dos tecidos moles , estabilidade primaria do implante, e quando possível a
provisionalização imediata que irá manter o contorno dos tecidos devolvendo ao
paciente conforto psicológico e satisfação estética e funcional imediata. Este trabalho
apresenta relato de caso clínico de exodontia de dente comprometido, instalação
imediata de implante, utilização de substituto ósseo e enxerto conjuntivo, com
provisionalização imediata.
Palavras Chaves: implante imediato, carga imediata, exodontia minimamente
traumática, provisionalização imediata
ABSTRACT
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO
Desde o inicio da era da instalação de implantes osseointegraveis, inúmeras
modificações têm sido propostas a fim de se encontrar maneiras mais rápidas, menos
invasivas e mais estéticas para a restauração de dentes perdidos com próteses
implantossuportadas.
A remoção do dente pode trazer como consequência uma rápida reabsorção
do rebordo alveolar nos primeiros meses após a extração, tanto no sentido vertical
como no horizontal (1-2). Em dentes anteriores, a diminuição do tecido promove
mudanças estéticas que dificultam a reabilitação protética. A diminuição da espessura
do rebordo altera o contorno gengival e pode levar à redução da papila dentária. Com
isso pode ocorrer o aparecimento de espaços negros(3) que comprometem a estética
da reabilitação.
A técnica de extrações minimamente traumáticas, com instalação imediata do
implante no alvéolo do dente extraído (4), utilização de biomateriais para conter a
reabsorção alveolar(2-5) e a imediata provisionalização têm sido propostas como
alternativas para manter o volume e contorno de tecido, diminuir custos e tempo de
tratamento.(4)
Neste contexto, esta monografia tem como objetivo realizar uma breve revisão
de literatura referente ao tema, e também relatar um caso clínico, realizado no Curso
de Especialização em Implantodontia da Faculadade Ingá-Curitiba, em que foi
utilizada esta técnica.
2. REVISÃO DE LITERATURA
A técnica convencional de instalação de implantes osseointegrados proposta
por Brånemark respeitava um período de cicatrização de 6 a 8 meses após as
exodontias para instalação dos implantes(1). A extração do dente é um procedimento
traumático, muitas vezes resultando na perda imediata de osso alveolar e tecidos
moles. A complexa cascata de eventos bioquímicos e histológicos que ocorre durante
o processo de cicatrização das feridas faz com que ocorram alterações fisiológicas do
rebordo alveolar(2).
Sabe-se que na região anterior da maxila há perda de 25% de volume ósseo
no primeiro ano e de 40 a 60% de espessura até o terceiro ano pós exodontia. Já na
região posterior, há perda óssea alveolar de 50% do seu volume no mesmo período.
Por esse motivo a realização de instalação imediata de implantes após extrações
dentárias está se tornando cada vez mais um procedimento de rotina nos consultórios
odontológicos. (3)
Atualmente, com o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, evolução dos
tratamentos de superfície e formato dos implantes dentários, a utilização destes
dispositivos como substitutos imediatos de dentes perdidos tornou-se uma ótima
alternativa para reabilitações isoladas. (4) Estudos clínicos têm demonstrado que a
taxa de sucesso dos implantes imediatos é similar a dos implantes instalados após o
reparo ósseo(18).
As indicações para extração e instalação de implante imediato ocorrem quando
temos um prognóstico desfavorável por reabsorção interna e/ou externa (5,6), fraturas
radiculares (7,8,17), dentes com falhas irreversíveis no tratamento endodôntico,
dentes com doença periodontal avançada, e cáries avançadas abaixo da margem
gengival. (9-17,18)
Os fatores que dificultam a instalação imediata de implantes após a extração
dentária são: a morfologia da raiz, a presença de patologia periapical, a ausência de
tecido queratinizado, biótipo tecidual fino e falta de recobrimento dos tecidos moles
completo sobre cavidade de extração. (10)
Como potenciais vantagens podemos citar a redução do número de intervenções
cirúrgicas, um tempo de tratamento mais curto, um posicionamento tridimensional
ideal do implante, a preservação crista óssea alveolar e estética dos tecidos moles (6)
Para alcançar a sucesso nesta técnica é necessária a realização de uma
exodontia minimamente traumática, com o uso de periotomos, que evita ou minimiza
possíveis danos às paredes ósseas remanescentes (2,7,11), sendo capaz de
desinserir as fibras de união entre o tecido ósseo e a raiz, sem levantamento de retalho
mucoperiosteal, pode diminuir o trauma aos tecidos, reduzir o desconforto pós-
operatório do paciente, ajudar a preservar as paredes ósseas alveolares e,
consequentemente, manter o volume ósseo e do tecido mole adjacente. (11)
Outro fator importante para o sucesso desta técnica é a posição do eixo do
implante que deve ter como referência a borda incisal do dente adjacente e
ligeiramente inclinado na direção palatina. A posição palatinizada do implante
favorece o afastamento de sua plataforma da tábua óssea vestibular que normalmente
é fina, uma zona de perigo estético, promovendo um espaço mínimo de 2mm entre o
implante e a cortical vestibular, que será preenchido por coágulo sangüíneo e/ou
enxerto ósseo, posteriormente, por osso neoformado(12), assumindo a futura prótese
um perfil de emergência adequado e resultado estético satisfatório(11)
Melhorias na estética dos tecidos moles podem ser igualmente alcançadas com
enxerto de tecido mole na colocação do implante(11). Em pacientes com tecidos
periodontais finos e / ou um contorno côncavo da mucosa facial, um enxerto de tecido
conjuntivo pode ser usado para melhorar a espessura e o contorno dos tecidos moles.
Estes enxertos são removidos na área pré-molar do palato e pode ser suturado ao
periósteo do mucoperiosteal para evitar o deslocamento do enxerto. (2-12)
No caso de implantes imediatos em áreas estéticas, idealmente deve haver uma
distância mínima de 5 milímetros, no sentido vertical, a partir da crista óssea até o
ponto de contato interproximal para a obtenção de papilas que preencher o espaço
interproximal (13). A plataforma do implante deve ser colocada um mínimo de três
milímetros linha apical cemento-esmalte dos dentes adjacentes apical ao osso
interproximal cristal. Estas manobras irão garantir um perfil de emergência adequada
e facilitar a aquisição de estética (8).
Para provisionalização imediata a estabilidade primaria do implante com um
torque mínimo de 40N é necessária(14). O sucesso de um trabalho estético funcional
depende da alta qualidade das restaurações provisórias. Estas têm as funções de
proporcionar e planejar uma estética favorável ao paciente; manter os tecidos moles
em posição; trabalhar com os tecidos moles, manuseando- os para criar um perfil
emergencial adequado e estético; servir como molde para personalizar os
transferidores; restabelecer os contatos proximais; melhorar a função mastigatória e
manter ou recuperar a dimensão vertical de oclusão. Deve ainda, proporcionar saúde
periodontal e periimplantar, possuir estabilidade de posição, facilidade de limpeza,
margens atraumáticas, resistência e retenção (22)
A provisionalização imediata traz benefícios adicionais reduzindo o tempo de espera
para a finalização protética, eliminação da necessidade do uso de próteses removíveis
ou fixas adesivas, que trazem desconforto ao paciente, além de favorecer o
condicionamento e manutenção do contorno gengival (7,11, 15-16).
Para um bom condicionamento de tecido periimplantar deve-se instalar a prótese
provisória já realizando leve pressão nos tecidos moles. Esse tecido pressionado
forma uma isquemia leve. Remover a prótese após uma semana, e verificar a
anatomia gengival. Caso não esteja como desejado, acrescentar mais resina acrílica,
no maximo 1mm por sessão, fazendo a anatomia da raiz do dente desejado.
Reinstalar na boca. O tecido mole pressionado, mais uma vez ficará levemente
isquêmico. Esperar uma ou duas semanas, e verificar a anatomia obtida. Repetir esse
procedimento até que o tecido gengival tenha o formato desejado. Por exigências
estéticas, pode variar de três meses a um ano (21). Fernanda, confere este parágrafo,
pois acredito que isto seja recomendado para carga tardia, pois vc não vai remover a
prótese uma semana depois em caso de carga imediata. Recomendo retirar estas
informações
.
3.CASO CLINICO
Paciente D.S.C. do sexo feminino, 40 anos, procurou tratamento odontológico na
clínica da Faculdade Ingá - Curitiba relatando que não estava satisfeita com a estética
do elemento 21, que já haviam sido realizados vários tratamentos endodônticos no
mesmo, e que já havia confeccionado várias próteses fixas sem sucesso. Através do
exame radiográfico foi constado a presença de tratamento endodôntico no elemento
dentário e com o auxílio da tomográfica constatou-se extravasamento de material
obturador no elemento 21. O que indicou a remoção do elemento 21.
Figura 1: Fotografia Inicial Frontal
A paciente foi submetida à profilaxia antimicrobiana (2g de amoxicilina, 1h antes
da cirurgia) e uma dose de 2mg de celestone, 1h antes do procedimento. Realizou-se
também assepsia intrabucal com bochecho de solução de digluconato de clorexidina
(0,12%, 15 ml, por 1 minuto) e antissepsia extrabucal com digluconato de clorexidina
(2%). A anestesia utilizada foi cloridrato de articaína 4% com epinefrina 1:100000
(DFL, Brasil) por meio de técnicas anestésicas infiltrativas.
O dente foi extraído com o auxílio de um periotomo flexível (fig A), visando
manter intactos a estrutura óssea e o tecido mole adjacente ao elemento dental. Por
ser uma região estética foi evitado incisões relaxantes. A exodontia foi realizada com
o auxilio de periotomos, sendo menos traumática possível, luxando a raiz no sentido
mésio-distal e evitando luxação no sentido vestíbulo-lingual para prevenir a perda da
cortical óssea vestibular. Em seguida, foi realizado o debridamento do local com o
auxilio de uma cureta de Lucca (fig B). O alvéolo foi inspecionado com o auxilio de
uma sonda milimetrada, e todas as tabuas osseas estavam intactas.
Figura 2: Extração com periótomo
Figura 3:Remoção da Coroa Protética
Figura 4: Alvéolo pós-extração
Figura 5: Curetagem do Alvéolo
Após a extração, com o auxilio de um guia cirúrgico, o alvéolo foi fresado
inicialmente com uma broca de formato lança (Neodent, Brasil). A sequência cirúrgica
das perfurações seguiu o protocolo convencional de diâmetros progressivos. Esta
técnica reduz o trauma para o tecido ósseo e dá ao cirurgião a possibilidade de mudar
a posição do implante e/ou a direção do eixo de implante entre passos de perfuração,
(14) foi instalado um implante 3,5x11,5 (Alvim®, Neodent, Brasil) na parede palatina
do alvéolo, sem elevação de retalho mucoperiostal. A fresagem inicial com broca de
2mm de diâmetro num comprimento de 14,5mm abaixo na margem gengival (a crista
óssea estava situada a 3mm da margem gengival); o preparo seguiu com uma broca
de 3,5mm de diâmetro no mesmo comprimento descrito anteriormente.
Figura 6: Guia Cirúrgico
Figura 7: Fresagem Inicial
Figura 8: Indicador de Posição
Figura 9: Sequencia da fresagem
O eixo do implante teve como referência a borda incisal do dente adjacente e
ligeiramente inclinado para palatina. A posição palatinizada do implante favoreceu o
afastamento de sua plataforma da tábua óssea vestibular (14).
Após o preparo, foi inserido o implante no qual se obteve uma estabilidade
primaria de 60 N/cm. O implante foi posicionado 3mm acima da junção
amelocementária dos dentes vizinhos.
Figura 10: Fresagem na Parede Palatina do alvéolo
Figura 11: Instalação do Implante
Figura 12: Chave de Instalação mostrando submersão do implante de 3mm
Figura 13: Torque final de instalação superior a 45 N.cm
Devido a boa estabilidade foi confeccionada uma coroa provisória. A prótese
provisória foi confeccionada sobre um pilar para próteses cimentadas (Munhão CM,
Neodent, Brasil). (Fig.6),. Aplicou-se torque de 32Ncm no munhão CM, conforme
recomendações do fabricante para instalação, selecionado de acordo com a altura
do espaço interolusal (Figura 9). Na captura da posição do implante para confecção
da prótese provisória utilizou-se um cilindro de acrílico para provisórios (Cilindro
Munhão CM, Neodent, Brasil); um dente de estoque pré-fabricado, previamente
confeccionada foi selecionado conforme os dentes remanescentes. foi reembasada
sobre os pilares com uma pequena quantidade de resina acrílica, apenas com
finalidade de transferir a posição dos implantes (figura 14). Fora da boca, uma réplica
de cada pilar foi inserida em sua respectiva área na PPF provisória e aplicou-se resina
acrílica até a região de término, para um controle mais favorável da adaptação da PPF
ao pilar, Feito isso, procedeu-se à confecção do perfil de emergência adequado, no
caso um perfil côncavo (figuras 15 e 16). A PPF foi provada e ajustada em boca, de
forma que ficasse em alívio oclusal em relação cêntrica, máxima intercuspidação
habitual e movimentos excursivos, ou seja, completamente aliviada de cargas
mastigatórias axiais ou laterais, com objetivo apenas estético. O polimento da peça
foi realizado por meio de pontas siliconizadas para resina acrílica. A peça foi
cimentada utilizando um cimento provisório à base de hidróxido de cálcio utilizando a
técnica de pré-cimentação da peça em análogo, ou seja, removendo todo o excesso
de cimento em uma réplica do pilar antes de ser
efetivamente cimentada em boca, evitando extravasamento de cimento na área
sulcular recém-operada
Figura 14: Medidor CM para escolha do transmucoso do Munhão Universal
Figura 15: Munhão Universal Instalado
Figura 16: Cilindro Acrílico para confecção da coroa provisória
Figura 17: Coroa Provisória
Após a confecção da coroa provisória, foi realizada uma manipulação tecidual
a fim de melhorar o fenótipo gengival da paciente. O tecido conjuntivo foi removido do
palato, com espessura e tamanho mesio-distal adequados para a adaptação na
margem gengival receptora, por meio de suturas fio reabsorvível. O defeito horizontal
(gap) foi preenchido com biomaterial de reabsorção lenta QUAL?? com o intuito de
diminuir a reabsorção da tabua óssea vestibular.(14) A prótese provisória previamente
confeccionada foi adaptada ao implante e ao enxerto.
Figura 18: Acomodação do tecido conjuntivo
Figura 19: Enxerto conjuntivo suturado e preenchimento do gap com biomaterial
Figura 20: Vista Frontal do enxerto conjuntivo e provisório posicionado
Figura 21: Vista oclusal do enxerto conjuntivo e provisório posicionado
Após 4 meses a qualidade e quantidade de mucosa ceratinizada estava
satisfatória. Foi instalada uma coroa metal-free, utilizando o sistema CAD/CAM,
mantendo a arquitetura gengival, privilegiando o requisito estético.
Figura 22: Coroa provisória após 4 meses
Figura 23: Tecido periimplantar após 4 meses
Quero a imagem com a coroa final
4.DISCUSSÃO
Para termos o sucesso da técnica com implantes imediatos na região anterior
de maxila devemos ter um resultado não apenas funcional, mas também estético,
resultando numa relação harmoniosa da restauração implanto-suportada com os
restantes dentes remanescentes.
A atrofia óssea pós-extração dentária é um fenômeno bem conhecido (17), e é
significativamente maior no aspecto vestibular, tendo maior redução na espessura do
que na altura (2-3, 12,). A perda do osso alveolar pode ocorrer antes da extração
causada pela doença periodontal, patologia periapical, ou trauma nos dentes ou osso.
Lesões aos tecidos ósseos durante a exodontia podem também resultar em perda
óssea.(2) A perda máxima do contorno dos tecidos ocorre no primeiro mês pós-
exodontia (3). Visando minimizar esses problemas a técnica de exodontia
minimamente traumática com instalação de implantes imediatos vem sendo aplicada.
A técnica de exodontia minimamente traumática com instalação de implantes
imediatos tem se tornado previsível, estabelecendo a função e a estética dos
dentes.(8) O posicionamento ideal do implante favorece essa previsibilidade. O mau
posicionamento do implante que pode resultar em dificuldade do tratamento
restaurador. Se o implante é colocado próximo da parede vestibular, existe um
significativo risco de recessão da margem da mucosa devido à reabsorção da parede
vestibular. Se estiver em posição muito palatina, pode resultar em um perfil de
emergência pobre. Uma inadequada posição mésio- distal pode afetar o tamanho e a
forma da papila. Pode haver complicações biológicas se o implante é colocado
infraósseo, e complicações estéticas se o metal da plataforma do implante estiver
visível(12). O resultado estético também pode ser afetado pela quantidade de osso
disponível no local da implantação(14).
A colocação imediata de implantes em situações de biótipo fino apresenta um
maior risco de recessão dos tecidos moles, uma maior frequência de recessão maior
que 1 mm e remodelação/reabsorção óssea subjacente podendo haver exposição da
margem de metal do implante Atualmente utiliza-se enxerto de tecido conjuntivo
associado ao tratamento com implantes visando restabelecer um volume de tecido
mole adequado, principalmente em casos de reabilitação de dentes unitários
anteriores que possuam um biótipo gengival fino a fim de prevenir uma possível
recessão gengival e melhorar o perfil estético. Este procedimento pode ser realizado
previamente, durante ou após a colocação do implante, sendo a área doadora
preferencialmente o palato do paciente. (BUSER, 2010).
A indicação do preenchimento do GAP entre o implante e a parede óssea
vestibular é muito discutido na literatura. Segundo Hãmmerle, Chen e Wilson (2004);
Chen e Buser (2009), quando existe um defeito horizontal menor que 2mm é esperado
uma cicatrização óssea espontânea e osseointegração dos implantes. Entretanto em
sítios onde o defeito é maior que 2mm deve se utilizar técnicas de regeneração óssea
guiada. Outros autores sugerem o preenchimento do GAP quando este for menor que
3mm sendo o material utilizado o enxerto ósseo xenógeno mineral bovino liofilizado
(Bio-oss). (BUSER, 2010; LEE et al., 2012). Mais recentemente discute o emprego do
enxerto ósseo em todos os tamanhos d GAP visto que a reabsorção e remodelamento
ósseo ocorrem tanto externa como internamente. (KAN et al., 2010; JOLY et al., 2010;
TSUDA et al., 2011; CHU et al., 2012) queria colocar isso, porem retirei isso de uma
monografia, tem como colocar a ref da mano???? Este é um apud. Vc coloca os
autores e escreve apud e coloca a referência da monografia. Tem como referenciar
apud no manual de monografia da uninga
Restaurações provisórias podem ser utilizadas para delinear, preparar e
estabilizar os tecidos moles periimplantares durante a fase de cicatrização ou também
depois da segunda fase cirúrgica. Além disso, os provisórios permitem a avaliação
dos parâmetros estéticos antes da prótese definitiva e proporcionam uma grande
vantagem: conforto físico e psicológico para o paciente. (7,11, 15-16).
O provisório permite a manipulação da forma dos tecidos moles ao redor do
implante de maneira que se for acrescentado material à coroa nas faces livres
subgengivalmente, o tecido é sutilmente reposicionado para apical, enquanto que se
subtrairmos do contorno do provisório, o reposicionamento se dá no sentido coronal.
Nas regiões proximais, esta manipulação é feita ao contrário, ou seja, acrescentando
desloca no sentido coronal e reduzindo o contorno da coroa, o tecido é deslocado para
apical (20)
Uma vez realizados os contornos ideais do provisórios autores (19)sugerem
que sejam replicados para o laboratório protético de forma precisa, utilizando-se de
um transferente de moldagem adaptado à forma do tecido gengival, o qual se retrai
rapidamente quando o provisório é removido durante o procedimento de moldagem,
transferindo assim o correto contorno gengival conquistado pela coroa provisória.
CONCLUSÃO
A opção pela exodontia minimamente traumática com instalação de implante
imediato e provisionalização imediata, quando respeitadas as suas indicações,
permite manter a arquitetura dos tecidos duros e moles, e em certos casos até
melhorá-la, e diminuir o número de fases cirúrgicas.
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