energia e desenvolvimento sustentÁvel no brasil trajetÓrias recentes e perspectivas aula para a...
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ENERGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASILTRAJETÓRIAS RECENTES E PERSPECTIVAS
A U L A P A R A A D I S C I P L I N A E C O N O M I A E E N E R G I A1 3 D E M A R Ç O D E 2 0 1 5
P R O F . D R . G I O R G I O R O M A N O
AS TRÊS DIMENSÕES DA POLÍTICA ENERGÉTICA1. Garantir crescimento (elasticidade renda/demanda
energia > 1)
2. Segurança energética (dependência de importação)
3. Sustentabilidade ambiental
Harmonia? Conflito? Hierarquia?
PIB Consumo energia elétrica
2010 7,5% 8,2%
2011 2,7% 4,2%
2012 1% 3,5%
2013 2,3% 3,5%
O MUNDO E O BRASIL EM TRANSIÇÃOBrasil vive duas transições (contraditórias) A transição global rumo a uma economia de baixo
carbono
A transição nacional de um matriz menos dependente da hidroelétrica (desde 2001) ÞMix de opções:
expansão térmicas (nuclear, carvão e gás)novas renováveis (eólica, solar, biomassa, lixo urbanoeficiência energética (avanços tecnológicos)
COMPARAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA NO MUNDO E NO BRASIL (DADOS REFERENTES A 2010) Mundo Brasil
Petróleo 32% 37,5%Carvão 28% 5,3%Gás Natural 21% 10,3%Nuclear 6% 1,4%Hidrelétrica 2% 14,1%Derivados de cana
0% 17,5%
Outros 11% 13,9%Fontes: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.
Comparação da matriz de energia elétrica no mundo e no brasil. (Dados referentes a 2010)
Mundo BrasilCarvão 41% 1,3%Gás Natural 22% 5,7Hidrelétrica 16% 74,3%Nuclear 13% 2,7%Petróleo 5% 2,7%Derivados de cana
0 5,1%
Outros 3% 8,2%Fontes: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.
Desenvolvimento etanol no brasil
0
100
200
300
400
500
600
70019
48/4
9
1951
/52
1954
/55
1957
/58
1960
/61
1963
/64
1966
/67
1969
/70
1972
/73
1975
/76
1978
/79
1981
/82
1984
/85
1987
/88
1990
/91
1993
/94
1996
/97
1999
/00
2002
/03
2005
/06
2008
/09
2011
/12
Safra
Prod
ução
de
cana
-de-
açuc
ar, T
on 1
0^6
Primeiro flex
Fim do Proálcool Desabasteciment
Segundo choque do petróleo
Início do Proálcool
Empregos diretos no cultivo de cana
Empregos diretos no processamento de cana
Total Empregos diretos
168.000 469.000 637.000
Geração de emprego etanol 2012
2002 2007 2012
353.000 572.000 637.000
Evolução 2002 - 2012
Consumo mundial de biocombustíveis(etanol e biodiesel) em TJ
2005 2010 2012EUA 337.941 1.012.973 1.070.660Brasil 291.533 588.900 517.495Alemanha
81.259 123.947 120.873
Mundo 777.604 2.377.504 2.498.871
Paradoxo brasileiro: matriz de baixo carbono e grande emissor?
Segundo Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de
Efeito Estufa publicado em dezembro de 2004 se referia ao período
1990-2005 (MCT, 2010):
Participação das emissões da energia:16,48% Desmatamento: 64,1%.
Políticas públicas existem!
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
1
6
11
16
21
26
Fonte: INPE
Qual foi a formula? Políticas coordenadas!
Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento na Amazônia legal (2004)
• monitoramento avançado realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial - (INPE): Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter)/ Ibama criou o Centro de Monitoramento Ambiental (Cemam);
• coordenação entre as esferas federais, estaduais e municipais.• 2005: programa de qualificação dos fiscais ambientais (Ibama)/ esforço integrado
Ibama, Política Federal, Exército Brasileiro e Polícia Rodoviária;• 2006: Conselho Monetário Nacional (CMN) Resolução 3445: proibição empréstimos
a proprietários de terras envolvidos com o desmatamento. O acesso a crédito somente com a comprovação de conformidade em relação à legislação ambiental e fundiária.
• atuação de organizações não-governamentais, nacionais e internacionais, que pressionar as importadoras dos países desenvolvidos.
A redução do desmatamento: quebrou o mito da impotência com relação à
capacidade de controlar o desmatamento; trunfo: serviço global de sequestro de
carbono; grande potencial para recuperar áreas
degradas que foram desmatadas.
Brasil campeão de redução de GEE!Entre 2005 e 2010: -38,7% (inédito no mundo)
Participação das queimadas no total de emissões brasileiras:
2005: 57,5% 2010: 22,4%
2012: emissão de GEE proveniente da queima de energia fóssil > às emissões causadas pelo desmatamento.
Emissões CO2 na trajetória per capita e números totais para 2012
Emissões totais em milhões de t 2012
Emissões per capita em t1990
Emissões per capita em t2000
Emissões per capita em t2010
Emissões per capita em t2012
EUA 5.200 19,6 20,6 17,6 16,4Coreia do Sul
640 5,9 9,8 12,2 13
Alemanha
810 12,7 10,4 9,9 9,7
União Europeia
3.700 9,1 8,4 7,8 7,4
China 9.900 2,1 2,8 6,4 7,1México 490 3,6 3,6 3,9 4Brasil 460 1,5 2 2,2 2,3Índia 1.970 0,8 1 1,5 1,6
1990 2000 2005 2010Energia (incl.transportes)
191.543
301.096 328.808 399.302
Processos industriais (excl. uso de energia)
52.536 71.673 77.943 82.048
Agropecuária
303.776 347.878 415.713 437.226
Florestas 815.965 1.324.371 1.167.917 279.163Resíduos 28.939 38.550 41.880 48.737Total 1.392.756 2.083.570 2.032.260 1.246.477
Evolução da participação de energia no total de GEE no brasil-em GGCO2 equi
Fonte: MCT/UNFCC
1990 2000 2005 2010
13,7% 14,5% 16% 32%
Evolução participação de energia no total de GEE no brasil em %
Fonte: MCT
Comparação do consumo de energia do brasil comparado com seleção de países desenvolvidos – em kg óleo equivalente per capita
País 1980 1990 2000 2008 2011EUA 7942 7672 8057 7488 7032Austrália 4737 5053 5645 5766 5501Coreia do Sul
1081 2171 4003 4636 5260
Países Baixos
4549 4393 4598 4837 4638
Alemanha 4562 4421 4094 4075 3822Japão 2950 3556 4091 3879 3610África do Sul
2371 2584 2483 2961 2741
Itália 2318 2584 3012 2942 2664Venezuela 2347 2206 2312 2475 2380China 847 1060 1629 1801 1940Argentina 1487 1412 1652 1961 1967Brasil 935 937 1074 1296 1371
Fonte: Banco Mundial
Percentual de consumo de energia por setor (2012)
Setor
energ
ético
Reside
ncial
Comerc
ial
Públi
co
Agrop
ecuári
o
Transp
orte
Indust
rial
Outros
010203040
9 9.43 1.5 4.1
31,3 35.1
3
Fonte: EPE/PDE (2013)
Gasolina Álcool Flex-fuel Total2005 644.614 49.860 846.710 1.615.585 2006 323.192 1065 1.424.112 1.824.2682007 234.747 9 2.032.361 2.362.4532008 223.032 - 2.354.524 2.709.7742009 221.890 - 2.711.267 3.069.5742010 660.182 - 2.627.111 3.287.293
Vendas automóveis e comerciais leves no brasil
Fonte: ANFAVEA. Anuário da Indústria Automobilística Brasileira, 2011. Elaboração própria.
ESTIMATIVA EVOLUÇÃO FROTA AUTOMÓVEIS LEVES – EM MILHÕES DE UNIDADES
2012 2013 202220253035404550556065
33.3
48.3
59.3
Fonte: EPE, 2013
CROWDING OUT ETHANOL? I M P O RTAÇ ÃO D E G A S O L I N A S U BS Í D I O C O M B U S T Í V E L F O S S I L I N C E N T I VO S F I S C A I S S E M C O N T RA PA RT I DA ( E X M O T O R F L E X ) P O L F I S C A L P R O - G A S O L I N A
Comparação da participação consumo energia/ participação emissões/ 2013 Participaç
ão no consumo total de energia
Participação nas emissões relacionadas ao consumo de energia
Participação de renováveis no uso de energia por setor
Transportes 32% 47% 17%Indústria 33,9% 19,4% 56%Consumo residencial 9,1% 3,9% 62%Fonte: BEM, 2014, elaboração própria
CO2 2009 2020Caminhões/ ônibus/ veículos comerciais
62% 60%
Automóveis leves 35% 37%Motocicletas 3% 3%
Participação nas emissões CO2 modalidades transportes
Fonte: MMA (2011)
2.106.716 caminhões em circulação (04/2014)
Idade média :12,2 anos
947,450 caminhões são de autônomosFonte: ANTT, 2014
Idade média: 16,8 anos
Situação do diesel no brasil
Venda diesel
Produção biodiesel
Participação importações de diesel fóssil nas vendas totais
2005
39, 2 milhões 736 6%
2008
44,8 milhões 1,17 milhões 13%
2009
44,3 milhões 1,6 milhões 8%
2010
49,3 milhões 2,4 milhões 19%
2011
52,3 milhões 2,7 milhões 18%
2013
58,5 milhões 2,9 milhões 18%
Fonte: ANP/Aboive
Downstream - evolução balança comercial de derivados de petróleo no brasil
2003 2008 2012Consumo aparente petróleo e derivados em mil m3/d
266,4 289,3 351,3
Importação liquido de derivados em mil m3/d(importação não-energéticos)
-1,9(50,4%)
1,9(46%)
12,3(40%)
Importação anual de derivados em bilhões US$
US$ 2,9 US$ 11,2 US$ 18,2
Exportação anual de derivados em bilhões US$
US$ 2,2 US$ 9,9 US$ 10,8
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2013, elaboração própria
Projeção da oferta de gás no brasil até 2030 em milhões de m3/d
2013 2018 2020 Média anual 2021-2030
Produção doméstica
41 75 86 97
Importação da Bolívia
30 30 30 30
Regasificação GNL importado
21 41 41 41
Total 98 146 157 168
Estimativa de reservas recuperáveis mundiais de gás de xisto (2013) em trilhões de m3.China 31,15Argentina 22,7Argélia 20EUA 18,8Canadá 16,2México 15,4Austrália 12,4África do Sul 11Rússia 8Brasil 6,9Resto do mundo 14Total 220,7
Fonte: US Energy Information Administration, junho 2013. Elaboração própria.
Energia nuclearO governo brasileiro suspendeu, pós Fukushima (2011), seus planos para apostar pesadamente na energia nuclear, comexceção de Angra 3, o que, com o estágio atual da tecnologianuclear, e considerando as alternativas das quais o Brasil dispõe, é adecisão certa. Os investimentos em Angra 3 são, de outro lado, importantes, porquepermitem ao Brasil ter domínio e acompanhar o desenvolvimento datecnologia nuclear. Não devemos descartar definitivamente que setrata de uma rota tecnológica que, no futuro, pode contribuir com
soluçõespara a oferta de energia.
Energia eólica no brasilHá de se reconhecer um salto expressivo na Capacidade instalada de energia eólica em 2012, quando o Brasil aumentou sua capacidade instalada de 1,43GW para2,56GW.
A comparação com outros países com grande potencial eólico mostraainda uma diferença de escala muito grande: a China, com capacidadeinstalada de 62,3GW, os EUA, com 47GW, e a Alemanha, com 29GW.
O potencial no Brasil é estimado entre 250 e 300GW. Ou seja, com oGrande salto em 2012, o Brasil chegou a explorar 1% de seu potencial.
Renováveis/ Eólica - Evolução Esperada no Brasil
Fonte: apresentação de Murilo S. Lucena Pinto(Chesf), 2º. Workshop Cigré, 04/2014, RJ
Renováveis/ Eólica - Evolução Esperada no Brasil
Fonte: apresentação de Murilo S. Lucena Pinto(Chesf), 2º. Workshop Cigré, 04/2014, RJ
Mexico
Pais Tx. Cresc.Anual (%)
USA 13,9Brazil 18,5México 5,9
Fonte: US Energy Information Administration
Renováveis Não Hidráulicas: Evolução Comparativa em Países das Américas 2008-2012
USA
BrazilMexico
Pais Tx. Cresc.Anual (%)
Brazil 18,5Germany 13,2Italy 28,9Poland 33,6Portugal 14Spain 13,8Sweden 9,2U. Kingdom 17,8
Fonte: US Energy Information Administration
Renováveis Não Hidráulicas: Evolução Comparativa do Brasil e Países da Europa – 2008 a 2012
Fonte: US Energy Information Administration
Renováveis Não Hidráulicas: Evolução Comparativa em Países da Ásia – 2008 a 2012
Fonte: US Energy Information Administration
Renováveis - Evolução Esperada no Brasil : PDE 2021
Renováveis - Evolução Esperada no Brasil : PDE 2021
FIM
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