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Elementos Componentes da Mesoestrutura
Prof.: Raul Lobato
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE PONTES
Aula 13
• Mesoestrutura:• Dispositivos básicos de Contenção e Transição
• Lajes de transição;
• Encontros;
• Cortinas;
• Alas;
• Proteção de taludes.
• Procedimentos da Inspeção
• Apoios intermediários
Mesoestrutura
A mesoestrutura da ponte é o componente que engloba todoselementos nos quais a superestrutura se apoia. A função damesoestrutura é a de TRANSMITIR AS CARGAS DASUPERESTRUTURA, e a sua própria carga, às FUNDAÇÕES,diretas ou profundas. Há dois elementos básicos namesoestrutura: encontros e pilares. Os ENCONTROS seexistentes, são os elementos que SUPORTAM ASEXTREMIDADES das pontes, ao mesmo tempo que ARRIMAMOS ACESSOS rodoviários; os PILARES, isolados, maciços ouaporticados, são os APOIOS INTERMEDIÁRIOS.
Mesoestrutura
Por razões econômicas, no Brasil somente as obras maisimportantes têm encontros; na grande maioria das obras, osencontros são substituídos por SUPERESTRUTURAS COMEXTREMOS EM BALANÇO e aterros em queda livre, muitasvezes mal compactados e sem as proteções adequadas; ofuncionamento deste conjunto heterogêneo, aterro/obra-de-arteembora modernamente melhorado com a utilização de lajes detransição, é sempre deficiente: há assentamentos dos aterros deacesso, com os consequentes choques dos veículos na entradadas pontes.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Os dispositivos básicos de transição e contenção são as lajes detransição, os encontros e as cortinas e alas. Basicamente, asobras-de-arte especiais ou têm apoios extremos ou os extremosem balanço; as obras com APOIOS EXTREMOS realizam atransição com a rodovia através de encontros, que são dotadosde cortinas, alas e lajes de transição, enquanto que as obrascom EXTREMOS EM BALANÇO fazem a transição através de,apenas, cortinas, alas e lajes de transição
Dispositivos básicos de transição e contenção
Lajes de transição: todas as obras serão providas de lajes detransição de espessura não menor que 25 cm e de comprimentoigual a quatro metros, ligadas à estrutura ou ao encontro pormeio de articulações de concreto, sem armadura passante, eapoiadas no aterro de acesso.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros: São elementos estruturais que possibilitam uma boatransição entre obras-de-arte especiais e rodovias; ao mesmotempo em que são APOIOS extremos das obras-de-arte, sãoelementos de CONTENÇÃO e ESTABILIZAÇÃO dos aterros deacesso. Os principais tipos são:
I. Encontros em aterros estabilizados;
II. Encontros vazados;
III. Encontros de contenção, sem estrado;
IV. Encontros fechados, com estrado completo.
REAÇÕES VERTICAIS REAÇÕES HORIZONTAIS EMPUXOS
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros em aterros estabilizados: considera-se aterroestabilizado, para este tipo de encontro, o ATERROEXECUTADO com solo selecionado e com todos os cuidados decompactação, ANTES DA CONSTRUÇÃO do encontro. Oencontro compõe-se de um BLOCO CORRIDO DE CONCRETOARMADO, de comprimento maior que a largura do estrado daponte e com um RECORTE para abrigar sua superestrutura;lateralmente, duas ALAS de concreto armado têm a função deconter um aterro residual.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros vazados: Os encontros vazados são, na realidade,apoios extremos com estabilidade própria: têm capacidade deabsorver as REAÇÕES DA PONTE, solicitações normais ehorizontais, bem como as solicitações dos EMPUXOS de terra eda sobrecarga. O encontro compõe-se de uma VIGA-TRAVESSA, ALAS LATERAIS, PILARES e FUNDAÇÕES. Aviga-travessa é uma viga larga, com recorte para abrigar asuperestrutura da ponte e de comprimento um pouco maior quea largura do estrado; através de almofadas de concreto e deaparelhos de apoio, suporta o vão extremo da ponte e,complementada por duas alas laterais, de concreto armado,contém o aterro de acesso
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros vazados: NÃO DISPONDO DE PAREDE FRONTAL,o encontro permite que a saia do aterro caia livremente na alturaentre o terreno natural e o fundo da viga-travessa. A viga-travessa está apoiada em pilares e estes em fundações, diretasou em blocos sobre estacas ou tubulões.
ENCONTRO FALSO OU ENCONTRO LEVE: NÃO DISPÕE DE PAREDE FRONTAL
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros de contenção, sem estrado: basicamente, os encontros decontenção, sem estrado, são os ENCONTROS VAZADOS E COMPAREDES FRONTAIS para impedir a queda livre dos aterros de acesso.Dependendo da altura de aterro a arrimar, diversos são os sistemasestruturais que podem ser adotados: muros de gravidade ou paredes deconcreto armado, apoiadas em pilares ou em contrafortes; todos os tiposserão complementados por ALAS LATERAIS.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Encontros fechados, com estrado completo: são estruturas fechadas,com parede frontal, paredes laterais, cortinas e alas; quatro pilares, nomínimo, apoiados em fundações diretas, ou em blocos sobre estacas ouem tubulões, transferem as cargas ao terreno.
ATERROS, CUJA ESTABILIDADE NÃO POSSA SER GARANTIDA
Dispositivos básicos de transição e contenção
Cortinas : As cortinas são TRANSVERSINAS EXTREMAS, dotadas, nolado externo, de um ou dois dentes ao longo de todo o seu comprimento;o dente superior, obrigatório, SUPORTA A LAJE DE TRANSIÇÃO e oinferior, aconselhável, define melhor a CONTENÇÃO DO ATERRO e asarmaduras das cortinas. Em virtude do esquema estrutural adotado paraas lajes de transição, da proximidade dos eixos do veículo-tipo e paraevitar artifícios de cálculo que reduzam demasiadamente a atuação dacarga-móvel sobre as cortinas, recomenda-se que estas sejamDIMENSIONADAS para um trem-tipo constituído de duas cargasconcentradas, afastadas de dois metros e cada uma com o valor dametade da carga do veículo-tipo, sem impacto; as solicitações de cargapermanente das lajes de transição SOMENTE PODERÃO SERCONSIDERADAS QUANDO DESFAVORÁVEIS para a estrutura.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Cortinas : Sua finalidade, além do ENRIJECIMENTO TRANSVERSALque proporciona, é a de RETENÇÃO parcial dos aterros de acesso.Geralmente são projetadas com a largura total da ponte. Normalmentesão REFORÇADAS inferiormente por meio de uma viga horizontaldestinada a resistir aos empuxos dos aterros de acesso.
Alas: são estruturas laminares, solidárias às cortinas e com geometriaadequada para CONTENÇÃO LATERAL dos aterros de acesso. As alasdeverão ser projetadas de forma que fiquem MERGULHADAS pelomenos 50 cm no terrapleno projetado; sua ESPESSURA não deverá serinferior a 25 cm e de preferência, deverá CONFINAR TODA A LAJE DETRANSIÇÃO. Os ENCONTROS também apresentam alas laterais quepodem ser ISOLADAS do paramento frontal ou LIGADAS a eleformando uma estrutura monolítica.
Proteção dos taludes: Deve ser prevista a proteção superficial dos taludes nos trechos da rodovia adjacentes às obras-de-arte; os comprimentos desses trechos não deverão ser inferiores a três vezes as alturas dos aterros de acesso.
• Trecho situado sob a obra-de-arte: neste trecho, não alcançado diretamente pelos raios solares e onde a vegetação não vinga, a proteção dos taludes poderá ser constituída por PLACAS PRÉ-MOLDADAS de concreto, rejuntadas, ou por ALVENARIA argamassada.
• Trechos laterais: a proteção dos taludes poderá ser efetuada por VEGETAÇÃO adequada.
Dispositivos básicos de transição e contenção
Procedimentos da Inspeção
• Movimentação Vertical;
• Movimentação Lateral;
• Movimentação Rotacional;
• Falência dos Materiais.
Apoios Intermediários
Os apoios intermediários são estruturas localizadas entre osapoios extremos da ponte e, projetadas para, com um mínimo deinterferência com o tráfego de veículos ou com a navegação,tornar mais econômica a superestrutura. Podem serclassificados em:
• Pilares de estrutura reticulada;
• Pilares de estrutura formada por lâminas;
• Pilares maciços.
Procedimentos da Inspeção
• Movimentação Vertical;
• Movimentação Lateral;
• Movimentação Rotacional;
• Falência dos Materiais.
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