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Literatura do RN

Poesia e Prosa

Luana Gabrielly

Maria Cínthia Maria Débora

Nathalia Rodrigues

Docente: Emiliana Souza Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura

Introdução

Literatura do RN Autores Potiguares e suas obras

Conclusão

Sumário

Introdução

Este trabalho tem como objetivo

abordar a literatura do Rio Grande do Norte, mostrando os autores que compõem a arte potiguar, essa que não é muito conhecida, exemplificando-as com a leitura de poemas, e outras obras literárias.

Literatura do RN

Apesar de ser pouco conhecida, a

literatura do RN contava com cerca de 108 autores no ano de 1922, de acordo com a analogia feita por Ezequiel Wanderley, que se intitulava “Poetas do Rio Grande Norte”. Em 1965, Rômulo Chaves Wanderley criou um nova analogia, chamada de “Panorama da poesia norte-rio-grandense”, na qual contava-se com 206 poetas..

Alguns dos nomes que poderíamos considerar como conhecidos eram: Nisia Floresta, Auta de Souza, Jorge Fernandes e Câmara Cascudo, que se fazem presente por dar nome a Ruas e órgãos públicos. Não existe um estilo fixo de literatura, cada autor escrevia de acordo com a época e os aspectos considerados importantes durante ela, porém o modernismo teve grande influência sobre eles.

“Comparada às grandes, nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, não outra que nos exprime. Se não for amada, não revelará a sua mensagem; e se não a amarmos ninguém o fará por nós. Se não lermos as obras que a compõe, ninguém as tomará do esquecimento, descaso ou incompreensão” (ANTONIO CANDIDO, 2007, p. 11-12). 

Autores Potiguares e suas obras

Jorge Fernandes de Oliveira, foi precursor do

Modernismo no Rio Grande do Norte e ativo participante das discussões literárias em ambientes como o Café Majestic. Amigo de Cascudo, foi conhecido por Mário de Andrade e elogiado por Manuel Bandeira, nasceu dia 22 de agosto de 1887, em Natal.

Características da obra: verso livre, incorporação da linguagem coloquial, ausência de pontuação, onomatopéias, citação de elementos que remetam ao progresso e a modernidade, valorização de fatos cotidianos, traços regionais.

Jorge Fernandes

 Contos e troças - Loucuras (1909), em

parceria com Ivo Filho; Livro de Poemas com a primeira edição em 1927 e outras edições em: 1970;1997;2007. Também escreveu peças teatrais: Anti-cristo; Céu aberto; Já teve; O brabo; Ave Maria; O aniversário; De joelhos; Desesperada; Pelas grades;

Suas Obras

                    Emboladora do sono...

                   Balanço dos alpendres e dos ranchos...                   Vai e vem nas modinhas langorosas...

                   Vai e vem de embalos e canções...                   Professora de violões...

                   Tipóia dos amores clandestinos...                   Grande...  larga e forte...  pra casais...

                   Berço de grande raça.  

S                                   A U                         S

S                N P       E

  

Guardadora de sonhosPra madona ao meio-dia

Grande... côncava...Lá no fundo dorme um bichinho...

—  Balança o punho da rede pro menino dormir.

Rede

Irmão de Auta de Sousa, de tão famosa

espiritualidade, Henrique Castriciano de Sousa "era de temperamento delicado, um valetudinário perpétuo, e homem de vasta cultura", segundo afirma Andrade Murici. Nascido em Macaiba, no Rio Grande do Norte, em 15 de março de 1874, Henrique Castridano de Sousa começou a estudar Direito no Ceará, mas formou-se no Rio, em 1904.

Henrique Castriciano

Poesia -

Iriações (1892), Ruínas (1899), Mãe (1899), Vibrações (1903); 

Teatro - Suprema Dor (1899), Enjeitado (1900) e A Promessa (1904);

Ensaio: Educação da Mulher no Brasil (1911);

Romance: Os Mortos (1920) ; O Tísico (1931)

Suas Obras

Por toda a parte rosas brancas vejo...

Rosas na fímbria loira dos Altares,Coroadas de amor e de desejo...

Rosas no céu e rosas nos pomares. 

Uma roseira o mês de Maio. Aos paresSurgem, da brisa ao tremulante arpejo,Estrelas que recordam, sobre os mares,

Rosas envoltas num cerúleo beijo. 

E quando Rosa, em cujo nome choraEsta febre cruel que me devora,

 De si me fala, em gargalhadas francas,

 Muda-se em rosa a flor de meus martírios,

0 som de sua voz, a luz dos círios...0 próprio Azul desfaz-se em rosas brancas.

Febre

Nasceu em Macaíba, em 12 de setembro

de 1876, na rua do Comércio. A cidade era o principal centro político do Rio Grande do Norte naquela época. Órfã de pai e mãe já com pouca idade, cresceu em internato. Tuberculosa desde os quatorze anos, terminou seus estudos antes de retirar-se para o sertão, buscando melhores ares. Em 7 de fevereiro de 1901, sobrevém a morte, em Natal.

Auta de Souza

Obras: Por volta de 1897, reuniu um primeiro volume de

poemas que intitulou de Dálias que veio a ser publicado em 1900 (com prefácio de Olavo Bilac) sob o título de Horto, muitos dizem que a mudança do título foi influência do irmão Henrique Castriciano, que não viu rosas na vida de Auta, apenas sofrimento e angústias. O livro Horto teve outras edições: a segunda em1911 foi editada na cidade de Paris, a terceira em 1936, a quarta em 1970, pela Fundação José Augusto, a quinta em 2000, pela EDUFRN e que acompanha um estudo de Ana Laudelina sobre a poeta, e a sexta, em 2009, também pela EDUFRN, que é acrescido de alguns poemas que não estavam nas outras edições de Horto, e ainda, a edição é acompanhada do documentárioNoite Auta, céu risonho, dirigido por Ana Laudelina Ferreira Gomes (UFRN) e um cd com poemas musicados.

Suas Obras

 Ó noites claras de lua cheia! 

Em vosso seio, noites chorosas, Minh’alma canta como a sereia, 

Vive cantando n’um mar de rosas;  

Noites queridas que Deus prateia Com a luz dos sonhos das nebulosas, 

Ó noites claras de lua cheia, Como eu vos amo, noites formosas! 

 Vós sois um rio de luz sagrada 

Onde, sonhando, passa embalada Minha Esperança de mágoas nua... 

 Ó noites claras de lua plena 

Que encheis a terra de paz serena, Como eu vos amo, noites de lua!

Noites Amadas

Conclusão

Concluímos que a Literatura potiguar

contribui grandiosamente para a cultura de nosso Estado e para o conhecimento nosso conhecimento literal. Existe uma variedade de obras, cada qual com sua característica própria, que embeleza ainda mais essa arte, não podemos deixar que isso seja esquecido ou se perda com o tempo. Num futuro não tão distante, talvez nós sejamos futuros autores potiguares.

Fim

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