disciplina: introduÇÃo À materiais plÁsticos · 29 a) polímeros lineares ... representa a...
Post on 10-Nov-2018
218 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Compósitos – são compostos por pelo menos dois tipos de materiais
diferentes.
Semicondutores / Biomateriais / Nanomateriais – Aplicação de alta
tecnologia.
Classificação dos Materiais
2
A classificação tradicional dos materiais é geralmente baseada na
composição química e na estrutura atômica destes.
Metais Cerâmicas Polímeros
Incluem os materiais plásticos e de borracha.
Química do Carbono
Tetravalente
Múltiplas Ligações
Ligações com vários tipos de átomos
Forma cadeias
3
Polímero: O que é?
Moléculas de Hidrocarbonetos
Carbono 4 elétrons disponíveis.
Exemplos
C2H4 (Etileno)
C2H2 (Acetileno)
4
Polímero: O que é?
Polímeros poli = muitas; meros = partes
5
Neste exemplo, o valor de n pode variar de 2 000 a 100 000, dependendo das condições em que é
feita a reação.
Monômero Polímero
Obtenção do polímero
6
temperatura
pressão
ativadores
catalisadores
Monômero
(gás / líquido) Polímero
(sólido)
MONÔMERO = molécula pequena
MERO = unidade (estrutura química) de repetição da
molécula
OLIGÔMERO = molécula com poucos meros
POLÍMERO = macromolécula com muitos meros
7
n CH2 = CH2 -( CH2 – CH2)n–
Mero
Monômero CH2 = CH2
- CH2 – CH2 –
-( CH2 – CH2)n –
Reação de Polimerização
Polímero
Monômero, Mero e Polímero
Tipos de Ligações
Primárias
Metálicas, Iônicas e Covalentes (fortes)
11
Secundárias
Ponte de Hidrogênio
Van der Waals
(dipolo-dipolo; dipolo-dipolo induzido; dispersão)
fracas
Baixos pontos de fusão e ebulição
Aumentam com o peso molecular
Ligação Covalente
12
Ligação covalente apolar
Ocorre entre átomos de um mesmo elemento químico.
Ligação covalente polar
Ocorre entre átomos de elementos químicos diferentes.
Ligações Secundárias
13
Interação dipolo-dipolo: ocorre com moléculas polares.
Pontes de Hidrogênio: Hidrogênio ligado a F, O, N.
Ligações Secundárias
14
Ligação de Dispersão ou de London: ocorre com moléculas
apolares.
Pontes de dipolo-induzido: ocorre entre moléculas polares e
apolares.
Conceitos fundamentais - Polímeros
15
Polímero
→ Muitos deles são compostos orgânicos que têm sua química baseada no carbono, no hidrogênio e em outros elementos não metálicos (O, N e Si).
→ Além disso, eles têm estruturas moleculares muito grandes, com frequência na forma de cadeias, que frequentemente possuem estrutura composta de átomos de carbono.
16
Homopolímeros Copolímeros
Aleatório
Alternado
Em bloco
Enxertado
Conceitos fundamentais - Polímeros
17
Exemplos de copolímeros:
ABS (terpolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno) – muito
utilizado na indústria automobilística (peças sujeitas a grandes
esforços mecânicos).
SAN (copolímero de estireno-acrilonitrila) – peças de alta
transparência e que pode entrar em contato com alimentos
(copos de liquidificadores, partes internas de refrigerador).
Conceitos fundamentais - Polímeros
Conceitos fundamentais - Polímeros
18
Elastômeros, plásticos e fibras
Quanto ao comportamento mecânico, os polímeros podem ser classificados como: Elastômeros, Plásticos e Fibras.
Conceitos fundamentais - Polímeros
19
Plásticos
Origem grega: “Adequado a moldagem”
Resulta de uma formulação:
PP virgem Aditivos Produtos acabados
Conceitos fundamentais - Polímeros
20
Plásticos
Constituinte fundamental é um polímero.
Material polimérico de alta massa molar, sólido como
produto acabado, que pode ser subdividido em
termoplástico e termofixo.
Em alguma fase de sua vida foi transformado em fluído,
adequado à moldagem por ação de calor e/ou pressão.
21
Elastômeros
Polímero que à temperatura ambiente pode ser deformado
repetidamente a pelo menos duas vezes o seu
comprimento original.
Retirado o esforço, deve voltar rapidamente ao tamanho
natural.
Conceitos fundamentais - Polímeros
22
Fibras
Termoplástico orientado com a direção principal das
cadeias poliméricas posicionadas paralelas ao sentido
longitudinal.
Conceitos fundamentais - Polímeros
23
Plásticos
Pouca elasticidade deformação predominantemente plástica.
Podem ser rígidos ou flexíveis.
Fibras
Pequena deformação e alta resistência.
Elastômeros
Grande elasticidade deformação predominantemente elástica.
Conceitos fundamentais - Polímeros
24
Origem:
Naturais
Celulose
Borracha natural
Naturais Modificados
Acetato de celulose
Nitrato de celulose
Sintéticos
PP, PS, PE, PVC, PA, ABS, PC, POM, PU, PES
Conceitos fundamentais - Polímeros
Celulose
Amido
25
Polipropileno
Conceitos fundamentais - Polímeros
Fusibilidade (capacidade de fundir) característica
importante no processamento e usada na classificação destes
materiais.
Termoplásticos e Termofixos
26
Conceitos fundamentais - Polímeros
Termoplástico: Quando aquecidos permitem que sejam
moldados. Ex: PVC, PE e PP. Transformação Física.
Termofixo: Apresentam rede tridimensional, que não
permite o reprocessamento. Ex: resinas epóxi e resinas
fenólicas.Transformação química.
Plástico que amolece uma vez com o aquecimento, sofre o
processo de cura no qual se tem uma transformação química
irreversível, com a formação de ligações cruzadas.
27
Conceitos fundamentais - Polímeros
28
Classificação: estrutura química dos meros
Poliolefinas polipropileno, polibutadieno, poliestireno
Poliésteres poli(tereftalato de etileno), policarbonato
Poliéteres poli(óxido de etileno), poli(óxido de fenileno)
Poliamidas nylon, polimida
Polímeros celulósicos nitrato de celulose, acetato de celulose
Polímeros acrílicos poli(metacrilato de metila), poliacrilonitrila
Polímeros vinílicos poli(acetato de vinila), poli(álcool vinílico)
Poliuretano
Resinas formaldeídas
Conceitos fundamentais - Polímeros
Estrutura Molecular
29
a) Polímeros lineares:
• Cadeias longitudinais
• Ligação entre cadeias (Van der Walls)
b) Polímeros ramificados (branched polymers):
• Ramificações aparecem na cadeia principal
- Reduzem o empacotamento
- Reduzem a densidade
c) Polímeros reticulados (crosslinked):
• Cadeias adjacentes são ligadas (covalente)
em diversas posições
• Processo de reticulado na síntese ou reação
química irreversível
d) Polímeros tridimensionais (network):
• Formado por meros trifuncionais
• Normalmente polímeros altamente
reticulados formam cadeias tridimensionais
Configuração molecular - (Estereoisomerismo)
30
- Arranjo espacial dos átomos /
radicais ligados na cadeia.
- Forma predominante → depende
do processo de síntese.
Polímeros com átomos ou grupos de átomos laterais (mais de um).
Posição/Simetria → Propriedades do polímero
Átomos / radicais ligados ao mesmo lado da cadeia.
Átomos / radicais ligados alternadamente na cadeia.
Átomos / radicais ligados aleatoriamente na cadeia.
Configuração molecular - (Isomerismo geométrico)
31
Depende da posição da cadeia onde estão ligados os átomos / radicais.
Microestrutura
32
Amorfos As moléculas estão orientadas aleatoriamente e estão entrelaçadas,
lembram um prato de spaghetti cozido.
Os polímeros amorfos são, geralmente, transparentes.
Cristalinos As moléculas exibem um empacotamento regular, ordenado, em
determinadas regiões.
Este comportamento é mais comum em polímeros lineares, devido a
sua estrutura regular.
Devido às fortes interações intermoleculares, os polímeros
semicristalinos são mais duros e resistentes.
Regiões cristalinas espalham a luz, estes polímeros são mais
opacos.
Polimerização
Reações de Polimerização:
São reações que provocam a união de pequenas
moléculas, por ligação covalente, para a formação de
cadeias macromoleculares que formam o polímero.
Umas das características dos monômeros empregados nas
reações de polimerização é a sua funcionalidade.
A funcionalidade de um monômero é a habilidade de suas
moléculas se ligarem umas com as outras.
Essa habilidade é determinada através do número médio
de grupos funcionais reativos por molécula de monômero.
Polimerização
Lembrando....
O número de monômeros diferentes envolvidos numa reação
também é variável.
Homopolímero: repetição em longas cadeias, de uma
mesma unidade repetidora (mero).
Copolímero: formados pela repetição de dois ou mais
meros distintos na molécula.
Polimerização
As polimerizações, quanto ao tipo de reação que ocorre,
podem ser classificadas em:
Poliadições e Policondensações.
As poliadições, que são chamadas polimerizações em cadeia,
são aquelas em que não há formação de outros produtos de
reação além do próprio polímero.
Nas policondensações, também chamadas de polimerizações
em etapas, forma-se, além do polímero, um ou mais
subprodutos de baixo peso molecular.
Moléculas de água, amônia, dióxido de carbono, ácido clorídrico são
exemplos mais comuns de subprodutos de polimerização.
Polimerização por Adição
Os polímeros de adição obtêm-se a partir de monômeros que
contêm uma ou várias duplas ligações.
Etapas polimerização por adição:
Iniciação: rompimento das ligações duplas.
Propagação: início do processo de formação das cadeias
poliméricas pelos pontos reativos.
Terminação: eliminação dos pontos reativos, encerrando a
polimerização.
Exemplos de polímeros de adição: Polietileno; Polipropileno;
PVC...
Polimerização por condensação
Polímeros formados através de uma reação de condensação,
a partir 2 tipos de monômeros, bi ou trifuncionais, com
eliminação de uma molécula pequena, geralmente a água.
Monômeros bifuncionais: cadeias lineares
Monômeros trifuncionais: cadeias tridimensionais.
Exemplos de polímeros de condensação: Poliamidas;
Poliésteres; fenóis-formaldeídos termofixos.
São capazes de formar polímeros com ligações cruzadas e
em rede.
Um dos exemplos mais simples é o da reação entre ácido tereftálico e o etileno glicol.
Consiste na formação por reações químicas intermoleculares
que ocorre em etapas. Ex., formação de um poliéster (PET) a
reação intermolecular é a seguinte:
Polimerização por condensação
Nomenclatura
42
Poli + Monômero
Ex:
CH2 = CH2 monômero de etileno
Polietileno
CH2 = CH monômero de propileno
CH3
Polipropileno
CH2 = CH monômero de (cloreto de vinila)
Cl
Poli(cloreto de vinila)
Com base no monômero (reação em cadeia)
Poli + Mero
Ex:
Ácido tereftálico + etileno glicol = (tereftalato de etila)
Poli(tereftalato de etila) – PET
Nomenclatura
43
Com base no mero (reação em etapa)
Copolímero + Meros
Ex:
Propileno + etileno = Copolímero de propileno e etileno
Acrilonitrila + estireno = Copolímero de estireno e
acrilonitrila.
Acrilonitrila + estireno + butadieno = Terpolímero de
acrilonitrila butadieno e estireno.
Nomenclatura
44
Com base no mero (copolímeros)
Ex:
Ácido tereftálico + etileno glicol = (tereftalato de etileno)
Poli(tereftalato de etileno)
Éster = Poliéster
Hexametileno diamina + ác. Hexanóico = hexametilenodiamida
Poli(hexametilediamida)
Amida = Poliamida
Nomenclatura
45
Com base na estrutura química da cadeia
Ex:
Hexametileno diamina + ác. Hexanóico = hexametilenodiamida
Poli(hexametilediamina)
Amida = Poliamida = NYLON
Teflon – politetrafluoretileno
Isopor – poliestireno expandido
Nomenclatura
46
Com base nos nomes comerciais
Massa Molar
47
Processo de Polimerização
Crescimento das moléculas
Processo não determinístico (distribuição de
comprimentos de cadeias ou de massas
molares).
Existem diversas maneiras pelas quais a massa molar
média pode ser definida.
Massa Molar numérica média e
Massa Molar ponderal média
49
Distribuições hipotéticas do tamanho das moléculas de um polímero com base nas
frações (a) do número de moléculas (b) do peso das moléculas.
Grau de Polimerização (n)
51
Representa a quantidade média de meros existentes numa molécula
(tamanho médio da cadeia).
Grau de polimerização:
Quanto maior o GP de um polímero, maior sua massa molar.
Vamos calcular...
52
Cálculos de Massas Molares Médias e do Grau de Polimerização
Assuma que as distribuições das massas molares mostradas nas
figuras sejam para o cloreto de polivinila. Para esse material, calcule
a massa molar numérica média; o grau de polimerização e a massa
molar ponderal média.
Faixa de Massas
Molares (g/mol)
0,05
0,16
0,22
0,27
0,20
0,08
0,02
Vamos calcular...
53
Grau de polimerização – calcular a massa molar da unidade
repetida. Para o PVC, cada unidade repetida consiste em dois
átomos de carbono, três de hidrogênio e um único átomo de cloro.
Pesos atômicos C, H e Cl são 12,01; 1,01 e 35,45 g/mol.
Massa Molar Ponderal Média
Faixa de Massas
Molares (g/mol)
0,02
0,10
0,18
0,29
0,26
0,13
0,02
Massa Molar
55
Os polímeros sólidos (polímeros de alta massa molar) têm
normalmente massas molares que variam de 10.000 e vários milhões
de g/mol.
Desta forma, o mesmo material polimérico pode apresentar
propriedades bastante diferentes se for produzido com massa molar
diferente.
Polidispersão
56
Relação entre a massa molar numérica média e a massa molar
ponderada média.
Quanto mais variados forem os tamanhos das moléculas,
maior será a polidispersão (que sempre é maior que 1)
Quando os tamanhos das cadeias são próximos, a
polidispersão é aproximadamente 1.
Polidispersão molecular:
Aditivos para Polímeros
57
Algumas propriedades dos materiais poliméricos estão
relacionadas à e são controladas pela estrutura molecular.
Muitas vezes, no entanto, é necessário modificar as
propriedades a um nível muito maior do que é possível pela
simples alteração dessa estrutura molecular fundamental.
Aditivos são introduzidos intencionalmente para melhorar e
modificar propriedades e, portanto, tornar um polímero mais
útil.
Aditivos para Polímeros
58
Alguns tipos de aditivos:
Plastificantes – A flexibilidade, a ductilidade e a tenacidade
dos polímeros podem ser melhoradas.
Cargas – Com frequência, as cargas são materiais baratos
que substituem parte do volume do polímero, que é mais
caro, reduzindo o custo do produto final.
Estabilizantes – Atuam contra processos de deterioração.
Corantes – conferem cor.
Retardandes de chama – Resistência aos polímeros
combustíveis ao fogo pode ser melhorada.
Aditivos - Plastificantes
59
Um ponto importante relacionado a alguns produtos plásticos
é a baixa fluidez a altas temperaturas (que impede a
moldagem eficiente de grandes quantidades) e a pouca
flexibilidade na temperatura ambiente (que torna o material
frágil).
Sendo assim, durante o processamento são normalmente
adicionados a esses materiais compostos de baixa massa
molar.
A função principal é tornar o material mais fluido e flexível (às
vezes mais transparente), para permitir a moldagem e a
preparação de artefatos úteis.
Biopolímeros
60
Obtidos a partir de fontes de matérias-primas renováveis.
Podem ou não ser biodegradáveis.
São classificados estruturalmente como polissacarídeos,
poliésteres e poliamidas.
Matéria-prima principal para a sua manufatura é uma fonte de
carbono renovável, geralmente um carboidrato derivado de
cana-de-açúcar, milho, batata, trigo e beterraba, ou um óleo
vegetal de soja, girassol ou palma.
61
PE “verde”: polímero produzido por reação de polimerização
convencional utilizando matérias-primas de origem renovável
(sustentável) como o etanol da cana-de-açúcar. Possui as
mesmas propriedades que o material obtido de fontes
convencionais (petróleo), e não é biodegradável.
PLA (Poliácido lático): polímero obtido a partir do ácido lático
produzido pela fermentação do milho, este material é
biodegradável (compostável).
Polihidroxialcanoatos - PHAs, Polihidroxibutirato – PHB,
Polihidroxibutirato-co-valerato – PHBV: polímeros produzidos por
microrganismos ou bactérias modificadas geneticamente. Estes
microrganismos sintetizam polímeros que são extraídos e
usados como plásticos. Estes materiais são biodegradáveis.
Polímeros Biodegradáveis
62
PHAs São acumulados no interior das células por
microrganismos como reserva de carbono e energia.
(Fonte: BRAUNEGG et al, 1998).
Grânulos de PHB no interior de
Ralstonia eutropha em função do tempo
de fermentação. (Tian et al., 2005).
Biodegradação - Polímeros
64
Um polímero é dito biodegradável se todos seus
componentes orgânicos sofrem uma biodegradação total.
Degradação causada por atividade biológica,
especialmente pela ação de enzimas.
O processo de biodegradação de uma matéria orgânica
produz:
• CO2 (dióxido de carbono), água(H2O) e biomassa -
ambiente aeróbio.
• Gás Metano (CH4), H2O e biomassa - ambiente
anaeróbio.
65
Produtos que se dizem Biodegradáveis só devem ser reconhecidos
desde que tenham evidência científica de que irá de se decompor
COMPLETAMENTE
dentro de um prazo razoavelmente curto de tempo, sob métodos usuais
disponíveis.
http://abicomweb.org.br/artigos/16/
67
Biodegradabilidade e compostabilidade são definidas e regulamentadas por
normas internacionais reconhecidas: EN 13432, EN 14995, ASTM D6400 e
GreenPla e ABNT 15448.
http://abicomweb.org.br/artigos/16/
Compósitos Poliméricos
69
Banana Cana de açúcar Curauá Linho
Cânhamo
Juta Sisal Kenaf
Madeira Algodão Bambu Coco
(SATYANARAYANA et al., 2009) (Arquivo pessoal).
Compósitos Poliméricos
70
Fibras tipicamente utilizadas:
Fibras de vidro
Fibras de carbono
Fibras de Boro
Fibras poliméricas (PE, PET, Kevlar)
Compósitos Poliméricos - Aplicação
72
Mercedes Classe A tem 27
peças produzidas com fibras
naturais
Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1636792,00.html
Termoplástico com fibra natural
Fonte: http://mateco.wordpress.com/
Compósitos Poliméricos - Aplicação
73
Resina polimérica + fibra de vidro Resina polimérica + Kevlar (fibra de aramida)
Nanocompósitos Poliméricos
74
São compósitos em que pelo menos uma das fases possui
dimensões em escala nanométrica (1 nm = 10-9 m), menores
que 100 nm.
Uma das primeiras aplicações comerciais foi pela Toyota, que usou
uma combinação de argila/nylon-6 para obtenção de um nanocompósito
polimérico.
75
Nano em grego significa “anão”!
1 nanômetro = 1 milionésimo de milímetro
1 bilhão de vezes menor que o metro
Tamanho de um átomo de 0,03 a 0,27 nm
Diâmetro de 1 Lápis = 0,5 cm
Diâmetro de 1 Lápis/100 = Diâmetro de 1 fio de
cabelo
Dividindo este diâmetro por 100.
Dividindo mais uma vez por 100 teremos 5 nm,
aproximadamente o diâmetro de uma molécula
de DNA.
78
• Os argilominerais e nanotubos de carbono são os
nanomateriais mais frequentemente utilizados.
• A introdução de nanomateriais em matriz polimérica pode
incrementar as propriedades como:
Resistência à Tração;
Módulo de Young;
Resistência ao Impacto;
as condutividades elétrica e térmica;
a Estabilidade Térmica e a
Resistência ao fogo.
Nanocompósitos Poliméricos
Blendas Poliméricas
79
Blendas Poliméricas: Mistura física de polímeros, sem
ocorrer reação química intencional.
Exemplos:
Noryl – PPO/PS
Indústria automobilística – painéis de instrumentos, nos
consoles, nos alojamentos para alto-falantes e grade do
ventilador.
PA/ABS
Em veículos – console central, botões de comando de
ventilação, espelhos retrovisores externos, para-choques de
carro.
Gabinetes de computador, telefones celulares.
A miscibilidade é favorecida em misturas
nas quais os componentes apresentam
estruturas químicas similares.
Propriedades Mecânicas
85
Quanto às condições ambientais de armazenagem e teste, as
normas ISO específicas para os ensaios de tração, flexão e
compressão não estabelecem um critério próprio de
acondicionamento e teste de corpos de prova, e recomendam que
sejam consultadas normas técnicas específicas.
De forma diferente, as normas ASTM apresentam especificação
para as condições de acondicionamento dos corpos de prova, que
são:
Temperatura de 23 +- 200C e umidade de 50 +- 5% por pelo
menos 40 horas antes do ensaio.
Os testes deverão ser executados nas mesmas temperatura e
umidade.
86
ASTM D638 e ISO 527-1 (Propriedades mecânicas sob tração).
Principal forma de avaliação das propriedades mecânicas.
Ensaio de Tração
Tens
ão
Limite de resistência à tração
Limite de escoamento
Deformação
Curva tensão vs deformação
87
Resistência à tração nominal: é a máxima tensão sob tração (nominal)
sustentada pelo corpo de prova durante o ensaio de tração. Quando a
tensão máxima ocorre no ponto de escoamento, a resistência à tração é
chamada de Resistência à Tração no Escoamento (B). Quando a tensão
máxima ocorre na ruptura, a resistência à tração é chamda Resistência à
tração na Ruptura (A e E).
Ponto de escoamento: É o primeiro ponto da curva tensão versus
deformação no qual um aumento de deformação ocorre sem aumento de
tensão.
Módulo de Elasticidade em tração ou Módulo de Young: É a razão entre
a tensão de tração nominal e a deformação correspondente, abaixo do
limite de proporcionalidade do material.
Ensaio de Tração
88
Limite elástico: É a maior tensão que o material pode e é capaz de
suportar sem qualquer deformação permanente residual após alívio da
tensão aplicada.
Empescoçamento: É a redução localizada na área da seção transversal
que pode ocorrer em um material sob tensão de tração.
Ensaio de Tração
91
v
v
v
v
v
A. Polímeros com elevado módulo de elasticidade e
baixa elongação na ruptura. Este material pode
ou não escoar antes de sua ruptura. Ex. Resina
Fenólica.
B. Polímeros com elevado módulo elástico, tensão
no escoamento e tensão na ruptura, e moderada
elongação na ruptura. Ex. Poliacetais.
C. Polímeros com elevados módulo elástico, tensão
no escoamento, elongação na ruptura e
resistência máxima a tração. Ex. Policarbonato.
D. Polímeros com baixo módulo de elasticidade,
baixa tensão de escoamento, porém elevadas
elongação e tensão no ponto de ruptura. Ex.
Polietileno
E. Polímeros com baixo módulo de elasticidade e
tensão no escoamento, e uma elongação no
ponto de ruptura de moderada a elevada. Ex.
Politetrafluoretileno - Teflon
95
Ensaios com
diferentes corpos de
prova
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Te
nsă
o (
MP
a)
Alongamento (mm)
Ensaio de impacto
96
Tipos de ensaios de impacto com normas padrões.
Detalhes sobre equipamentos, corpos de prova e condições de
impacto.
Comportamento mecânco sob impacto: dimensões de entalhes,
temperatura, espessura do corpo de prova…
Algumas diferentes normas ASTM:
D 256 - Standart Test Methods for Determining the Izod Pendulum
Impact Resistance of Plastics.
D 1709 - Standart Test Methods for Impact Resistance of Plastics
Film by the Free Falling Dart Method.
D 1790 Standart Test Methods for Determining the Brittleness
Temperature of Shetting by Plastics.
97
Ensaio de extrema importância para aplicação que
exija absorção de energia em choques mecânicos e
queda.
A habilidade de um material polimérico suportar
choques acidentais pode decidir sobre o sucesso ou o
fracasso do seu uso em uma determinada aplicação.
Existem alguns tipos.
98
Os resultados são expressos
em termos de energia cinética
consumida pelo pêndulo
durante a ruptura do corpo de
prova.
IZOD
CHARPY
Microscopia Eletrônica de Varredura - SEM
100
Características: Obtenção de imagens de superfícies polidas ou rugosas.
Aparência Tridimensional.
102
Superfície de fratura de filmes nanocompósitos PVA/MoS2 Superfície rugosa - Dissipação homogênea da tensão aplicada durante o ensaio de tração.
0,5% de MoS2 4,0% de MoS2
Absorção de água ASTM D-570
105
Para as medidas de absorção
de água, as amostras são
imersas em água destilada,
mantidas a (23 1)C por um
longo período de tempo.
A diferença entre a amostra
saturada e a amostra seca é
considerada como a taxa de
água absorvida pelo corpo de
prova.
0 500 1000 1500
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 PLLA/RM/MDI
100/0
80/20
70/30
60/40
Ab
so
rçã
o d
e á
gu
a (
%)
Tempo (h)0 500 1000 1500
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 PLLA/RM/MDI
100/0
80/20
70/30
60/40
Ab
so
rçã
o d
e á
gu
a (
%)
Tempo (h)
a b
Resistência Química
Avalia os plásticos de engenharia em termos de
resistência aos reagentes químicos, simulando seu
desempenho em ambientes de uso final.
Estes reagentes podem ser lubrificantes, agentes de
limpeza, tintas, alimentos ou outra substância à qual é
esperado que o componente entre em contato.
Avalia-se:
Alterações de peso, dimensões, aparência e resistência
mecânica, sob temperaturas elevadas, deformações sob carga
em função do tempo.
Biodegradação (ASTM G160 – 98)
Biocompósitos biodegradados de PHBV/RM: a) sem biodegradação; b) biodegradação em solo no período de 3 meses em solo.
top related