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Desinformação e [deep] fake news: um olhar

da competência em informação

Marianna Zattar

Desinformação

Desinformação é uma informação falsa. No entanto, há

que se diferenciar a ideia de disinformation e misinformation,

pois a primeira destaca as ações que procuram

propositalmente falsificar uma informação com o objetivo de

enganar as pessoas (VOLKOFF, 2004; FALLIS, 2015).

Desinformação (FALLIS, 2015):

a) desinformação é informação;

b) desinformação é uma informação enganosa;

c) desinformação não é uma informação

acidentalmente enganosa.

Origem da desinformação

- Darnton (2017) exemplifica que no século VI, no Império Bizantino, Procópio,

divulgava notícias falsas a fim de manchar a reputação do imperador;

- Em 1959 a União Soviética estabeleceu dentro do KGB (Komitet Gosudarstvennoi

Bezopasnosti - Comitê de Segurança do Estado) uma unidade especial

denominada Departamento de Medidas Ativas, especializada em desinformação

(dezinformatsiya);

- O termo surge no inglês (disinformation) em 1972 no Chambers Twentieth

Century Dictionary em Londres com a seguinte definição “vazamento proposital de

informações enganosas” (VOLKOFF, 2004).

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Desinformação e [deep] fake news

Pode-se indicar que, grosso modo, a Fake News é uma

desinformação que virou notícia. A deep fake news é

uma notícia falsa feita a partir da manipulação da fonte

de informação.

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Pós-verdade (post-truth)

Palavra do ano de 2016 que, de acordo com o Dicionário

Oxford, são circunstâncias que fatos objetivos são

menos influentes na formação da opinião pública

que apelos às emoções e crença pessoal.

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Exemplos de desinformação ou fake news

Fabiane de Jesus

Confundida com uma mulher que

suspostamente sequestrava crianças

na região para praticar magia negra.

Seus vizinhos a arrancaram de casa e

a agrediram até a morte.

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Competência em informação (ALA, 2016)

Experiências solidárias e coletivas vivenciada nas

dinâmicas informacionais. Para isso, o acesso à

informação, a avaliação e o uso devem ser feitos de

modo crítico e ético nas comunidades de

aprendizagem.

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Opiniões

Conceitos amplos Previsões de futuro

Competência em informação

Exemplos de avaliação ou checagem

Classificações da Agência Lupa

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Classificações da Truco

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Classificações do Google

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Alguns critérios para evitar [deep] fake news/

desinformação...

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Quem? Quem publicou?

Quem se beneficia ou pode ser prejudicado (a) com

essa informação?

Quem toma decisões sobre esse assunto?

Quem são as pessoas-chave nesse assunto? 21

Qual?

Qual o objetivo dessa informação?

Qual é a outra perspectiva ou alternativa?

Qual seria um contra-argumento?

Qual é o cenário dessa informação?

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Onde?

Onde foi publicado?

Onde estão as definições e situações similares?

Onde isso foi compartilhado ou disseminado?

Onde achamos mais informações?

Onde essa ideia vai nos levar?

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Quando?

Quando isso foi publicado?

Quando isso foi novo?

Quando isso foi atualizado?

Quando isso foi compartilhado/ disseminado?

24

Por que?

Por que essa informação foi criada?

Por que isso é relevante?

Por que as pessoas devem saber isso?

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Como?

Como sabemos que isso é verdade?

Como sabemos que isso é falso?

Como essa informação beneficia ou prejudica

alguém?

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Algumas iniciativas biblioteconômicas para

evitar a desinformação...

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American Library Association

Resolution on Disinformation, Media Manipulation & the Destruction

of Public Information [=Resolução sobre Desinformação, Manipulação

de Mídia e Destruição da Informação Pública] (2005)

Resolution on Access to Accurate Information [=Resolução sobre

acesso a informações precisas] (2017)

International Federation of Library Associations and Institutions

Alternative Facts and Fake News – Verifiability in the

Information Society no The Wikipedia Library/1Lib1Ref.

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Corresponsabilidade e solidariedade

A promoção da competência [em mídia e] em

informação nas comunidades deve fortalecer o

pensamento crítico e ético.

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Obrigada! mzattar@facc.ufrj.br

“Determinar quem está por trás da informação e se ela é digna de confiança é mais complexo do que a dicotomia verdadeiro / falso.” (MCGREW et al., 2017, p. 5, tradução nossa)

AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION. Association of College & Research Libraries. Framework for Information Literacy for Higher Education. Chicago, 2016. Disponível em: <http://www.ala.org/acrl/standards/ilframework>. Acesso em: 21 jun. 2017. COMUNIQUE-SE. Agência Lupa: Brasil ganha site de checagem de informações. Rio de Janeiro, nov. 2016. Não paginado. Disponível em: <http://portal.comunique-se.com.br/jo-com/80209-agencia-lupa-brasil-ganha-site-de-checagem-de-informacoes-leia-mais>. Aceso em: 2 maio 2017. DARNTON, R. A verdadeira história das notícias falsas: séculos antes das redes sociais, os boatos e as mentiras alimentavam pasquins e gazetas na Europa. El País Brasil, 1 maio 2017. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/28/cultura/1493389536_863123.html>. Acesso em: 8 abr. 2018. FALLIS, D. What Is Disinformation? Library Trends, Vol. 63, No. 3, 2015.

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Referências

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LUPA. [Página principal]. Rio de Janeiro, 2017. Não paginado. Disponível em: <http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/>. Acesso em: 10 jun. 2017. TRUCO. Eles falam, nós checamos. São Paulo, 2017. Não paginado. Disponível em: <http://apublica.org/truco/>. Acesso em: 10 jun. 2017. VOLKOFF, V. Pequena história da desinformação: do cavalo de Tróia à Internet. Curitiba: Ed. Vila do Príncipe, 2004.

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