conceitos da semiótica
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EDUCAÇÃO FÍSICASEMESTRE: 2012.1CAMPUS AVANÇADO QUIXERAMOBIM - UVA IDJ – PROF.: ANTÔNIO MRTINS DE ALMEIDA FILHO
O que é semiótica ?
A Semiótica (do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais") é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação.
SEMIOSE
• Dentro da ciência dos signos (Semiologia; Semiótica), semiose foi o termo introduzido por Charles Sanders Peirce para designar o processo de significação, ..
Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da idéia. Mais abrangente que a lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico
Sistemas sígnicos
Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
Música
Quando se questiona qual é o significado da música pode-se encontrar diversas respostas, tais como: 'a música não tem significado', 'a música significa formas e sentimentos', 'a música significa as emoções', etc.
Semiótica da música é a ciência que estuda o significado musical: das bases acústicas à composição, das obras à percepção; da estética à musicologia, etc. Na verdade, questões de significação são tão antigas como a própria música.
FotografiaNão é fácil, definir semioticamente, a foto. No entanto, o que se pode afirmar é que ela se baseia na imagem que funciona como ícone e índice: como representação da realidade e relação causal com a realidade, respectivamente.
A imagem fotográfica ou a semiótica da fotografia atua como uma mensagem multicodificada representando suas próprias codificações biossociais, psicossociais, simbólicas, retóricas ou lingüísticas no nível da realidade representada, assim como a verbalização da imagem.
DançaPara uma semiótica da dança, o principal objeto de estudo é a dança como signo, como complexo e rede de signos; seus criadores e realizadores são designers de signos; e seus espectadores são leitores de signos. Um desenvolvimento de ferramentas inéditas em domínios de crítica e teoria da dança deve potencialmente fornecer a realizadores, criadores e professores um acervo novo de idéias e conceitos sobre suas tarefas e concepções sobre dança. Deve-se supor que uma compreensão de que a dança é um fenômeno complexo de linguagem, e o conhecimento dos processos estruturais que envolve, interfere diretamente nas ações pedagógicas e criativas de professores e artistas.
Religião
As pessoas acreditam, seguem, idolatram, morrem e matam por Jesus, Deus, Alá, Moises, etc. Nunca questionam as ordens e os ensinamentos que são passadas de pai para filho de geração em geração e ao longo do tempo vão se espalhando em torno do mundo. A semiótica da paixão se faz presente nessas religiões pelo modo como uma grande parte das pessoas age influenciada ou em defesa dessas religiões. Ao longo da evolução do mundo varias divergências foram criadas, guerras iniciadas, avanços tecnológicos foram atrasados, tudo isso em nome da religião, dos dogmas e regras estipuladas pelas mesmas.
“ A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia. ”
História da semiótica e de suas teorias
1. História terminológica
2. História epistemológica
1. História terminológica
Sema = sinal, signoSemeîon (sing.) = signo; semeia (pl.) = signosSemeîo- = radical do termo designativo
semeiotica e semeiologiaSemeiotics (semeiötiké) = ciência das relações
das funções dos signos: significação e geração de interpretantes.
Semio- de semiótica e de semiologia é transliteração latinizada de semeîo
Semiotics e Semiology = derivações terminológicas da analogia com outras denominações científicas na língua inglesa: Linguistics, Mathematics, Physics.
Semaîno: verbo utilizado pelo grego para significar a revelação dos deuses no tempo e no espaço.
No Timaeus de Platão, trata-se de um semeîon que refere-se à coisa dita e à visão que ela provoca na mente.
2. História epistemológica
Antigüidade
Idade Média e Renascimento
Empirismo (sécs. XVII e XVIII)
Século XX: Semiótica lingüística, lógica, biológica, cognitiva e desdobramentos.
Antigüidade (Grécia e Mesopotâmia)
Advinhação – Revelação – Medicina: Platão e Aristóteles – Estóicos – Epicuristas – Agostinho
► concepção de semiótica como processo cognitivo para a interpretação dos signos enviados por deuses.► signo (semeîon) como instrumento de mediação entre o conhecimento ilimitado dos deuses e o conhecimento limitado dos homens ► os deuses não falam a mesma linguagem que os homens; os sons das palavras podem sem humanos mas os significados situam-se em esferas divinas
► invenção da escrita
► prática da medicina a partir do modelo semiótico de conhecimento
►Platão: distingue entre teoria dos signos (percepção) e teoria
da linguagem (nomeação)
►Aristóteles: a teoria da linguagem refere-se ao mundo verbal em sua expressão lingüística; a teoria dos signos foi desenvolvida pelos silogismos de caráter lógico e epistemológico. A noção de semeîon pertence a uma esfera diferente de teoria.
►Estoicos (300 aC – 200 dC): desenvolvem a noção do triângulo semiótico examinando a relação entre a linguagem, o pensamento e o objeto exterior.
Enunciação
semaînon: o que se percebe como signo (significante)
semainomenon: refere-se à significação (significado)
semeîon: elemento ao que o signo se refere sem coincidir com ele
Contra este modelo triádico se opõe o modelo diádico dos epicuristas que não reconhecem o significado material do signo.
Agostinho (Aurelio – 354-430)
Considerado o fundador da semiótica com suas obras: De Magisto (389), De Doctrina Christiana (397), Principia Dialecticae (384).
Semiótica teológica.
Signa: signo verbal, gestos, insígnias militares, fala.
Fusão entre teoria dos signos e teoria da linguagem.
Enunciação: expressão lingüística = verbum (palavra) onde: significante e significado operam juntamente.
Definições de signo em Agostinho:
O signo é, portanto, uma coisa que, além da impressão que produz nos sentidos, faz com que outra coisa venha à mente como conseqüência de si mesmo (De Doctrina Christiana).
Todo signo é, ao mesmo tempo, alguma coisa, visto que se não fosse alguma coisa não existiria. Porém, não são todas as coisas signos ao mesmo tempo (ibidem).
Em De Magistro afirma a linguagem como sistema de representação mediada pela mente a partir da qual uma diversidade de sistemas de signos podem ser gerados. A linguagem desempenha uma função informativa uma vez que o signo, em si, não é capaz de
produzir a informação.
Idade Média e Renascimento
Semiótica é uma das três ciências escolásticas: Philosophia Naturalis, Philosophia Moralis e Scientia de Signis.
Jean Poinsot (1589-1644)► signo como instrumento cognitivo e de comunicação
► Roger Bacon (1215-1294): tratado De Signis.
Empirismo inglês (sécs. XVII e XVIII)
John Locke (1632-1704): formulou a doutrina dos signos como Semeiotiké (An Essay on Human Understanding, 1690) em que os signos são focalizados como instrumentos cognitivos e os divide em duas classes: palavras e idéias.
Com palavras e idéias acreditava ser possível um outro tipo de lógica.
Século XX
►Semiologia: Ferdinand Saussure (1857-1913).
Ciência para o estudo da vida dos signos na vida social da qual a Lingüística seria apenas uma parte.
Semiologia tem por objeto o signo verbal – aquele que é dotado capacidade de se referir a signos de outra natureza num processo a que damos o nome de significação.
O signo lingüístico é a palavra que, por natureza, possui dois códigos diferentes: oral e escrito. A palavra é um signo que articula duas esferas independentes: o significante e o significado.
Signo lingüístico = significante + significado Signo = palavra falada ou escritaSignificante = imagem sensorial ou conjunto de
sons Significado = imagem mental ou conceito
A relação entre significante e significado é arbitrária.
►Semeiotics: Charles Sanders Peirce (1839-1914)
Objeto de estudo: signo e semiose
Signo (ou representamen): qualquer coisa que está para quem quer que seja no lugar de qualquer coisa em certas circunstâncias. Ou seja: o signo diz respeito a associações e representações de algo para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Nesse sentido, o signo é um primeiro que se relaciona com um segundo – seu objeto – e que gera um terceiro, o interpretante. Semiose: atividade (ação do signo) no processo de geração de interpretantes e Semiótica a ciência para seu estudo.
Doutrina dos signos:
Signo como relação triádica: signo, objeto, interpretante.
Classes de signos e geração de interpretantes: tricotomias
Categorias universais para o estudo da lógica das relações triádicas: primeiridade, secundidade, terceiridade
Pragmatismo: variedades de semioses emergentes do processamento da inteligência ou da inteligência capz de aprender com a experiência.
►Semiótica discursiva: Algirdas Julien Greimas (1917-1992) e a Escola de Paris.
Semiótica como teoria da significação a partir do estudo da dinâmica da geração de sentido em planos de expressão e de conteúdo; da relação opositiva elementar entre termos semânticos; da figurativização; relações lógicas de complementaridade e contrariedade (quadrado semiótico); das isotopias
Estudo do discurso com base no estudo da estrutura narrativa que se manifesta em qualquer texto.
Semiótica narrativa e modalização.
►Semiótica da cultura: Escola de Tártu-Moscou
• Estudo das relações entre sistemas de signos da cultura em sua capacidade de comunicação.
• Sistema de signos como construção de linguagem desenvolvido por códigos.
• Relações entre os sistemas de signos da cultura se dá por processos de modelização.
• Cultura e sistemas de signos constituem textos. • Cultura se desenvolve com a diversificação de suas
linguagens.
► Semiótica cognitiva: Jakob von Uexküll (1899-1940)
Estudo da semiose como processo de significação em diferentes esferas da vida, do bios.
Categoria central: Umwelt – estrutura de experiência em termos de subjetivação que é comum a seres vivos.
História textual da semiótica
Objeto da indagação: textos culturais ou sistemas semióticos.
Construção de metalinguagens científicas a partir da experiência: os sistemas semióticos não são dados mas construídos.
Problematização de conceitos (em autores e teorias) na perspectiva da Poética Sincrônica segundo Roman Jakobson e Haroldo de Campos.
Observação da evolução das formas nas dimensões de temporalidades.
Observação da evolução das formas em encontros dialógicos de diferentes temporalidades.
História textual: textos culturais em sistemas semióticos organizados segundo a lógica interna da cultura:
1. transformação da informação em texto
2. desenvolvimento de memória3. produção de inteligência
Códigos
Programas de açãoEmergência da Informação nova
Transformação da informação em texto:
Codificação = Transdução ( transformação de energia)
transmissão no espaço (físico)
transformação no tempo (ambiente)
A FENOMENOLOGIA E A SEMIÓTICA
DIFERENTES PONTOS DE VISTA PARA DIFERENTES SITUAÇÕES
ALGUNS EXEMPLOS
UM GRITO• Devido a propriedades ou qualidades que lhe
são próprias ele representa algo (um grito não é um murmúrio) que não é o próprio grito, isto é, indica que aquele que grita está, naquele exato momento, em apuros ou sofre alguma dor ou regozija-se na alegria (essas diferenças dependem da qualidade específica do grito).
GRITO Representa uma outra coisa
EFEITO INTERPRETATIVO: Correr para ajudar, ignorar, gritar junto, etc.
INTERPRETANTE
APURO, SOFRIMENTO OU ALEGRIA
TERÍA-SE ENTÃO:
SIGNOOBJETO DO SIGNO
• Tanto quanto o próprio signo, o objeto do signo também pode ser qualquer coisa de qualquer espécie. Essa “coisa” qualquer está na posição de objeto porque é representada pelo signo.
O que define signo, objeto e interpretante, portanto, é a posição lógica que cada um desses três elementos ocupa no processo representativo.
• Escrevo um e-mail para minha irmã.
MAIS ALGUNS EXEMPLOS
E-MAIL Representa uma outra coisa
EFEITO INTERPRETATIVO: consiste no efeito que a mensagem produz em minha irmã. Ao fim e ao cabo, é um mediador entre aquilo que desejo transmitir a minha irmã e o efeito que esse desejo nela produz através da carta.
INTERPRETANTE
O QUE DESEJO LHE TRANSMITIR
SIGNO
OBJETO DO SIGNO
LÓGICA TRIÁDICA DE PEIRCE
• A definição peirceana do signo inclui três categorias:1 – A da significação;2 – A da objetivação;3 – A da interpretação
• Da relação do signo consigo mesmo, isto é, da natureza do seu fundamento, ou daquilo que lhe dá capacidade para funcionar como tal, que pode ser sua qualidade, sua existência concreta ou seu caráter de lei, advém uma teoria das potencialidades e limites da significação.
DA SIGNIFICAÇÃO
DA OBJETIVAÇÃO
• Da relação do fundamento com o objeto, ou seja, com aquilo que determina o signo e que é, ao mesmo tempo, aquilo que o signo representa e ao qual se aplica, e que pode ser tomado em sentido genérico como o contexto do signo, extrai-se uma teoria da objetivação, que estuda todos os problemas relativos à denotação, à realidade e referência, ao documento e ficção, à mentira e decepção.
DA INTERPRETAÇÃO
• Da relação do fundamento com o interpretante, deriva-se uma teoria da interpretação, com as implicações quanto aos seus efeitos sobre o intérprete, individual ou coletivo.
EM RESUMO:
• Daí termos interpretações de primeira categoria (meros sentimentos e emoções), de segunda categoria (percepções, ações e reações) e de terceira categoria (discursos e pensamentos abstratos), que tornam muito próximos o sentir, o reagir, o experimentar e o pensar.
“Cada tipo de signo serve para trazer à mente objetos de espécies diferentes daqueles revelados por um outro tipo de signo”.
(Lúcia Santaella)
“As classes de signos revelam de que espécie um signo deve ser para ser capaz de representar a espécie de objeto que ele representa”.
(Lúcia Santaella)
ANALISANDO ALGUMAS PEÇAS
PRÊMIO ANJ DA COMUNICAÇÃO
"Vidas Cks - Graciliano Ramos. Não espere os livros virem assim para você ler um. Quem lê aprende mais". Anunciante: Grupo UnificadoAnúncio: Graciliano RamosAgência: Martins + AndradeCriativos: Gerson Lattuada, Gustavo Spanholi, Roberto Menuzzi, Daniel Lemos e Sandro PintoMídias: Beatriz Matte e Vanessa Bussolin de Freitas
Veiculação: Jornal O Sul (RS), em 4/11/2005Coordenação: Jornal Zero Hora (RS)Coordenadores: Renato Mesquita, Andrezza Moreira, Maira Franz e Carolina Morsch
PRÊMIO ANJ DA COMUNICAÇÃO
Catchup picante parmalat
"Seu nascimento marca um nova era. Feliz 20º aniversário".
O Papel da Semiótica na Propaganda.
Equipe: Diego, Eduardo Bruno,
Leonardo, Teófilo e Michel.
O que é propaganda?
• A propaganda pode ser conceituada como "o conjunto de técnicas e atividades de informação e persuasão destinadas a influenciar, num determinado sentido, as opiniões, os sentimentos a as atividades - do público receptor."A propaganda moderna está presente em todos os setores da vida: econômico, social, político, religioso etc.
Tipos de Propaganda.
• Propaganda ideológica
• Propaganda política
• Propaganda eleitoral
• Propaganda governamental
• Propaganda institucional
Tipos de Propaganda.
• Propaganda corporativa
• Propaganda religiosa
• Propaganda social
• Propaganda de produto
• Propaganda de serviços
Tipos de Propaganda.
• Propaganda de varejo
• Propaganda comparativa
• Propaganda de promoção
O Que é Semiótica?
• A palavra semiótica tem sua origem no grego semeion, que significa 'signo', sinal'. A Semiótica é definida como a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura.
Signo
• Um signo ou representâmen é algo que, sob certo aspecto ou de algum modo, representa alguma coisa para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou talvez um signo melhor desenvolvido. Ao signo assim criado denomina interpretante do primeiro signo. 0 signo representa alguma coisa, seu objeto.
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