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Cenário Macroeconômico
Dezembro de 2017
Comentários & Perspectivas
O vai e vem da reforma da previdência é o que determinou, em grande parte, os movimentos dos mercados locais em novembro. Alternando entre momentos de otimismo e realismo, investidores seguem à espera de definições vindas de Brasília. Acreditamos que uma sinalização de maior responsabilidade dos parlamentares serviria para impulsionar os mercados neste final de ano, mas a dificuldade reside, justamente, em prever a política. Afinal, “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. As discussões sobre o fiscal, diga-se de passagem, misturam-se com as da corrida presidencial. Luciano Huck disse que está fora da disputa; Meirelles segue sendo uma possibilidade; Alkmin ganha forças dentro do PSDB; e Bolsonaro e Lula seguem na liderança das pesquisas. Aos olhos de hoje, é difícil prever, com razoável grau de confiança, o resultado da eleição. Segue em aberto, e os mercados, por sua vez, reagirão, até lá, de acordo com a formação das nuvens, da política. E o front macro? Juros baixos (Selic deve chegar a 7% no final deste ano), índices de confiança em alta, melhora do mercado de trabalho, e uma inflação que surpreende positivamente, são alguns dos pontos positivos, fáceis de destacarmos. Em linha com melhores projeções para o PIB de 2018, investidores estão mais otimistas com relação aos resultados das empresas. No exterior, bons números das economias de EUA e Europa seguem sendo destaque. Os mercados acionários dos EUA tiveram um desempenho melhor do que o de seus pares europeus, diante de nomeação de Jerome Powell para a presidência do Fed, e perspectivas de avanço da reforma tributária de Donald Trump. O front político na Europa, por vezes, volta a despertar alguma cautela. De qualquer forma, seguimos otimistas com relação às bolsas destes mercados, baseados na evolução destas economias.
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Índices de confiança avançam no Brasil Indústria
Consumidor
Construção
Serviços
Comércio
Fonte: FGV; Guide Investimentos. Obs.: séries com ajuste sazonal.
Cenário Brasil » Atividade: um 2018 cada vez mais positivo Aos poucos, as projeções para o crescimento do PIB de 2018 têm sido revisadas para cima. Hoje, segundo o Boletim Focus – relatório do BC que compila as projeções de diversas instituições –, o mercado espera um crescimento de 2,58%. Isto, é claro, também tem puxado as projeções de lucros das empresas para cima. Para este ano, há menos espaço (e tempo) para surpresas: o mercado projeta um crescimento do PIB de 0,73% -- projeção que não é alterada há 5 semanas. Mas números recentes mostram a melhora nítida do consumo das famílias, por exemplo (após processo de desalavancagem, e demais fatores que ao longo deste relatório estão citados). Assim, vale ressaltar: segundo números do IBGE, o PIB do 3º tri cresceu 1,4% frente ao mesmo período de 2016. O consumo das famílias, nesta comparação, avançou expressivos 2,2%. Reforçando as expectativas mais otimistas para os próximos trimestres, os índices de confiança, dos mais diversos setores, tem avançado de forma expressiva. Isto fica claro no gráfico ao lado.
» Mercado de trabalho: desemprego recua para 12,4% O desemprego voltou a recuar. Passou de 12,4% para 12,2%, no trimestre móvel com término em outubro, segundo dados do IBGE. De modo geral, os números ainda mostram uma recuperação mais otimista do mercado de trabalho, e a tendência segue positiva. Mas é preciso ter alguma cautela. Afinal, o aumento do emprego informal tem sido, até aqui, um dos grandes responsáveis pela queda da taxa de desemprego nos últimos meses (embora isto não tenha acontecido nesta última leitura, vale notar). Ou seja: são empregos de condições mais precárias, mais instáveis. » Inflação: abaixo de 3% em 2017? Após leituras recentes, aumentou a probabilidade de a inflação deste ano terminar abaixo de 3%. O mercado ainda prevê um IPCA de 3,06% para 2017; e de 4,02% para 2018. Vale notar: deflação de alimentos e menor elevação dos preços de serviços explicam o viés baixista sobre as atuais projeções. Mais: a revisão da bandeira tarifária de energia elétrica, de “vermelha nível 2” para “vermelha nível 1” – por conta da melhora dos reservatórios das hidrelétricas – também contribui para isto, dado o impacto positivo sobre a inflação que é esperado para o mês de dezembro. Seja como for, para os próximos meses, espera-se alguma elevação dos preços. Afinal, a economia continuaria a se recuperar, e os preços dos alimentos passariam por alguma normalização, após uma safra recorde. » Política Monetária: Selic deve terminar em 7% Continuamos com a mesma opinião do último mês. Ou seja: acreditamos – junto com o consenso atual do mercado – que a Selic passará dos atuais 7,50% para 7,00% ao ano, na última reunião do COPOM de 2017 (dias 5 e 6 de dezembro). E que assim ficará por algum tempo, antes de voltar a subir a taxa para níveis mais “neutros” (o timming ainda é difícil de prever). Mais: acreditamos que o BC, na reunião de dezembro, irá deixar as portas abertas para as suas próximas ações. Afinal, caso queira, terá tempo para alterar a sua comunicação/sinalização até a 1ª reunião do COPOM de 2018 (6 e 7 de fevereiro). Mais: é preciso lembrar que a sua decisão também dependerá da evolução do ajuste fiscal (que, por sua vez, ainda depende do incerto front político). » Política Fiscal: em 12 meses, o déficit é de R$187 bilhões Em outubro, o setor público consolidado registrou um superávit de R$4,8 bi. No detalhe: o governo central teve um superávit de R$5,0 bi, enquanto governos regionais tiveram superávit de R$352 mi e as empresas estatais registraram um déficit de R$562 mi. Em 12 meses, o déficit do setor público consolidado é e R$187,2 bi (2,88% do PIB). Apesar dos bons números de outubro, no curto prazo, a tendência de deterioração das contas públicas continua. Ou seja: a melhora foi pontual. Seja como for, vale notar: a meta do setor público consolidado para 2017, de déficit de R$162 bi, deve ser cumprida, afirmou a secretária do Tesouro Nacional. Receitas extraordinárias, como há meses era previsto, ajudarão a atingir este resultado. Importante: a reforma da previdência, que voltou ao radar nas últimas semanas, será importante para estancar uma piora das expectativas dos agentes. Afinal, se nada for feito, as previsões são assustadoras, e os mercados, já no curto prazo, reagirão de forma negativa a isto. A sua aprovação ainda neste ano é desafiadora, mas seria importante que os parlamentares passassem um sinal positivo, e de responsabilidade, à sociedade/investidores. Vale ressaltar: mesmo que comece a ser aprovada, novas medidas de ajuste devem ser necessárias nos próximos anos, tentando equalizar o problema fiscal do país.
Cenário Externo » EUA: Powell, reforma tributária, e PIB As perspectivas para a economia dos EUA ainda são bastante favoráveis. As bolsas quebram novos recordes (o índice Dow Jones, por exemplo, superou a marca de 24 mil pontos), e os dados econômicos, além de fortes, têm surpreendido de forma positiva aos economistas. Registre-se: o PIB do 3º tri foi revisado para cima, de 3,0% para 3,3%. E o mercado está mais convencido de que o Fed subirá os juros na última reunião do ano, dias 12 e 13 de dezembro (segundo a Bloomberg, a probabilidade disto acontecer é de 98%). Se isto acontecer, os juros passarão de 1,00-1,25% para 1,25-1,50%. O dólar (index), apesar disto, perdeu forças em novembro, após 2 meses de alta. Esta correção, diga-se de passagem, parece-nos pontual. Nas últimas semanas, também vale ressaltar: (i) Trump nomeou Jerome Powell como o próximo presidente do Fed (dado que Janet Yellen deixará o posto em fev/18); e (ii) a reforma tributária proposta pelo republicano ganha fôlego, e parece mais próxima de uma aprovação no Senado. Seja pela expectativa de uma normalização de juros gradual, ou pelo corte de impostos que Trump promete tirar do papel, investidores esperam uma economia mais aquecida à frente. Aliás, continuamos com perspectivas positivas em bolsa. » Zona do Euro: economias mais fortes A recuperação econômica ganha tração. Basta olhar o índices PMI – veja no gráfico a seguir – para notar que, mesmo comparada com as economias de Japão e EUA, que crescem de forma interessante, a zona do euro tem mostrado um ritmo muito forte. Afinal, quanto mais alto o PMI (que funciona como uma proxy mensal para o PIB), mais forte o ritmo das economias. A inflação ao consumidor, no entanto, segue abaixo da meta do BC: em 12 meses até novembro, foi para 1,5%, pouco acima dos 1,4% registrados até outubro. Abaixo de 2%, o BC já se comprometeu em manter os estímulos monetários (compras mensais de ativos) até, no mínimo, set/18.
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2016 2017
Economias de EUA, Japão e Zona do Euro
seguem mostrando ritmo forte
Índice gerente de compras (PMI)
Japão
EUA
zona do euro
Fonte: Bloomberg; Guide Investimentos. Obs.: acima de 50 pontos, o índice
PMI sinaliza expansão da atividade (e vice-versa).
Quanto maior o índice,
mais forte é o ritmo da
economia.
Fonte: Bloomberg. Elaboração: Guide.
Peso Ticker Empresa Variação Contribuição 10% VALE3 Vale 9,47% 0,95%
10% EQTL3 Equatorial 4,84% 0,48%
10% IGTA3 Iguatemi -0,29% -0,03%
10% TEND3 Tenda -0,64% -0,06%
10% ITSA4 Itausa -0,95% -0,10%
10% BVMF3 B3 -2,43% -0,24%
10% CRFB3 Carrefour -5,53% -0,55%
10% PETR4 Petrobras -8,29% -0,83%
10% CCRO3 CCR -13,02% -1,30%
10% SUZB3 Suzano -13,87% -1,39%
Dezembro de 2017
Performance
O mês de novembro, de modo geral, foi mais negativo
para os ativos locais. O clima de incerteza sobre os
avanços das reformas estruturais – especialmente a
da previdência –foi algo que gerou por vezes euforia,
e por vezes cautela, entre investidores. Apesar dessas
idas e vindas, o 2º prevaleceu.
O índice de referência iniciou o mês já pressionado,
em um movimento de realização, e foi perdendo
forças após incertezas no front político doméstico.
Após 5 meses de alta, o Ibovespa caiu 3,15%.
A nossa carteira, que conta com um perfil mais
balanceado e menos volátil, também encerrou o mês
no terreno negativo, praticamente em linha com o
Ibovespa (-3,07%). No acumulado do ano, a carteira
mantém performance ainda pouco acima do índice.
Enquanto a Top Picks avança 19,88%, o Ibovespa tem
alta de 19,50%.
Sobre a carteira: o destaque positivo foi a Vale,
acompanhando a valorização do minério de ferro
(+16%) e notícias relacionadas à desalavancagem da
companhia. Na outra ponta, Suzano teve uma
performance aquém da esperada, o destaque negativo
do nosso portfolio.
Novembro de 2017
Dezembro
No front micro, seguimos atentos ao quadro político,
com possíveis reformas ministeriais, e o avanço da
reforma da previdência. Embora difícil de precificar
(como falamos no cenário macro), vemos que a
probabilidade de a reforma da previdência passar
aumentou na margem. Será algo que continuará a
mexer com os mercados.
No exterior, seguimos acompanhando as discussões
envolvendo a reforma tributária dos EUA. A
proposta de lei defende uma redução de impostos
sobre indivíduos e corporações, de 35% para 20%.
Tais eventos devem continuar a influenciar nos
movimentos do mercado e, caso seja aprovada, deve
ser um gatilho positivo para as bolsas no exterior.
Em nossa carteira, realizamos uma troca.
Substituímos os papéis da Iguatemi (IGTA3), que
contribuíram para aumentar a resiliência do
portfólio, pelos papéis da CVC (CVCB3), empresa
que tem apresentado fortes resultados e deve se
beneficiar do momento mais favorável para o
consumo do país. De modo geral, frisamos que
seguimos com uma estratégia de diversificação e
maior seletividade no que diz respeito à carteira.
Legenda: + Aumentou peso (-) Diminuiu peso = Manteve peso
Peso Ticker Empresa Alteração 10% BVMF3 B3 =
10% CCRO3 CCR =
10% PETR4 Petrobras =
10% EQTL3 Equatorial =
10% CRFB3 Carrefour Brasil =
10% CVCB3 CVC Brasil Entrou
10% ITSA4 Itausa =
10% SUZB3 Suzano =
10% TEND3 Tenda =
10% VALE3 Vale =
Mês 12M Início
Carteira -3,07% 19,88% 32,28%
Ibovespa -3,15% 19,50% 39,73%
Saiu Entrou Iguatemi (IGTA3) CVC Brasil (CVCB3)
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Desempenho acumulado da Carteira Top Picks Desde o inicio (01/01/14)
Carteira Top Picks
IBOV
B3 (BVMF3)
Permanecemos com a B3 na carteira visando a melhor
perspectiva para os ativos de renda variável e a conclusão da
combinação dos negócios com a Cetip, que ainda traz sinergia
para suas operações. A janela deste final de ano segue positiva e
acreditamos que o volume de negócios deverá continuar a
crescer. Observamos que a estrutura de capital das empresas
estão com um passivo elevado, o que também pode aumentar a
procura por ofertas subsequentes (follow-on) e outros recursos
para equilibrar a relação de alavancagem financeira.
Adicionalmente, ainda vemos sinergias a serem capturadas para
a B3 após fusão da BM&FBovespa com a Cetip, uma vez que a
companhia vem se consolidando no setor. A empresa deve
continuar a ganhar eficiência operacional, se beneficiando do
momento favorável do crescimento dos volumes. Vale destacar a
diversificação da receita, com fluxo bastante resiliente, com
serviços completos de trading, clearing, liquidação, custódia e
registro, e posicionamento dominante em derivativos, ações,
câmbio, renda fixa e produtos de balcão.
Olhando para frente, acreditamos que a empresa continuará
procurando por novas oportunidades de crescimento inorgânico
na América Latina. Em suma, a conclusão da combinação de
negócios entre BM&FBovespa e Cetip deve criar uma empresa
vencedora no longo prazo. Além das sinergias a serem
capturadas, a empresa possui alto potencial de crescimento, com
risco menor com relação a maior concorrência.
Comentários e recomendações
CCR (CCRO3)
A empresa conta com uma estrutura de capital equilibrada,
reforçando sua estratégia para a expansão e/ou diversificação da
rede de concessões nos próximos meses.
Olhando para frente, acreditamos que o setor de infraestrutura e
logística deve continuar a ser um importante driver para o
crescimento e recuperação econômica do país. Assim,
acreditamos que a empresa segue bem posicionada para
participar de novas rodadas de investimentos do setor, o que nos
deixa otimista com relação a perspectiva para a empresa no
médio/longo prazo.
Em paralelo, esperamos que a CCR continue a se beneficiar da
recuperação do setor de rodovias pedagiadas do Brasil, com o
crescimento do tráfego nos próximos períodos, e da queda nas
taxas de juros. No 3T17, a companhia já reportou um resultado
mais forte, com a recuperação da atividade econômica dando
sinais mais positivos. A queda no custo da dívida, o bom controle
de custos e a recuperação dos volumes devem continuar a
impulsionar o lucro da CCR no 2S17.
Em suma, a empresa apresenta: sólidos fundamentos, é bem
administrada, com disciplina de capital e característica de ser
forte geradora de caixa no médio e longo prazo. Além disso, a
companhia continua buscando a captura de sinergias por meio
da otimização administrativa do conjunto de seus negócios e
com consequente reflexo positivo na margem operacional.
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IBOV BVMF3
Ticker BVMF3
Preço Atual R$ 23,24
Volume Médio diário* 8.519
Dividend Yield 1,71%
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 1,9x
Preço da ação/Lucro por ação 25,6x
EV/Ebitda 25,4x
Dívida Líquida/Ebitda 0,0x
Beta 1,11
*em Milhares de ações
Ticker CCRO3
Preço Atual R$ 15,83
Volume Médio diário* 7.936
Dividend Yield 4,0x
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 3,6x
Preço da ação/Lucro por ação 19,2x
EV/Ebitda 10,3x
Dívida Líquida/Ebitda 2,4x
Beta 1,08
*em Milhares de ações
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IBOV CCRO3
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Carrefour (CRFB3)
O Carrefour é líder no mercado brasileiro de varejo alimentar
com bandeiras e marcas já estabelecidas e reconhecidas. A
posição de liderança tem sido reforçada pelo histórico
operacional e financeiro acima dos concorrentes.
A Rede Carrefour vem mostrando resultados sólidos com forte
aumento das vendas brutas e ganhos de participação de mercado
nos segmentos de Cash & Carry e Varejo. Em seu último
resultado operacional, seus números foram impulsionados pela
forte expansão do Atacadão e bom desempenho de vendas do
Carrefour Varejo. O Atacadão já representa 63% do Ebitda do
Carrefour, enquanto o Assaí contribui apenas com 38% para o
Grupo Pão de Açúcar. O grupo mostrou um progresso no lado
operacional, comercial e financeiro em todos os segmentos de
negócios, com forte geração de caixa operacional, mesmo diante
de um cenário econômico ainda fraco. Vale destacar ainda que a
empresa continua gerando valor a seus acionistas,
principalmente quando analisado o retorno sobre capital
investido (ROIC) em relação ao custo de capital da companhia, e
apresenta uma estrutura de capital em nível confortável.
Para os próximos períodos, acreditamos que as vendas
continuarão a crescer, refletindo a queda na inflação de
alimentos. Uma retomada da economia, mesmo que lenta e
gradual, também deve favorecer de forma positiva o Carrefour.
Seguimos confiantes com o Carrefour e sua oportunidade de
crescimento no Brasil.
Comentários e recomendações
CVC Brasil (CVCB3)
A CVC Brasil é destaque do setor e possui uma posição
dominante do mercado no segmento de lazer offline. Seguimos
otimistas com as perspectivas da empresa, que apresentou fortes
avanços de margens no 9M17 . Sustentamos como catalisadores
da nossa recomendação: (i) os sólidos números trimestrais
reportados nos últimos períodos; e (ii) boa execução do
management com as recentes aquisições.
A empresa apresentou um resultado robusto no 3T17, com
destaque para o forte crescimento no segmento internacionais,
vendas nas mesmas lojas e forte crescimento no segmento
marítimo. A empresa ainda reportou um eficiente controle de
custos e despesas que contribuiu para a forte geração de caixa no
período. Para este final de ano, destacamos sazonalidade mais
favorável no período. Acreditamos que os níveis de vendas CVC
lazer devem continuar avançar, tanto no segmento internacional,
como na divisão Rextur, com foco no segmento corporativo.
Vale também destacar a boa estratégia do management com
relação as recentemente aquisições. Por meio de Fusões e
Aquisições, a CVC tem reforçado seu posicionamento no
mercado: (i) ampliando sua atuação em segmentos onde sua
presença é limitada; (ii) diversificando seu modelo de negócio,
indo além do mercado de pacotes de viagem; e (iii) garantindo
preços bastante competitivos para seus consumidores finais. A
CVC apresenta um bom histórico de aquisições e acreditamos na
continuidade da consolidação do setor.
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IBOV CRFB3
Ticker CRFB3
Preço Atual R$ 15,19
Volume Médio diário* 4.071
Dividend Yield -
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 2,6x
Preço da ação/Lucro por ação -
EV/Ebitda -
Dívida Líquida/Ebitda -
Beta -
*em Milhares de ações
Ticker CVCB3
Preço Atual R$ 44,97
Volume Médio diário* 1.081
Dividend Yield 0,7x
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 9,5x
Preço da ação/Lucro por ação 33,2x
EV/Ebitda 6,9x
Dívida Líquida/Ebitda 0,5x
Beta 0,83
*em Milhares de ações
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IBOV CVCB3
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Equatorial (EQTL3)
A Equatorial possui uma das melhores administrações entre as
empresas do setor elétrico, reconhecida pela capacidade do
management em realizar reestruturações dentro das
distribuidoras adquiridas.
O segmento de distribuição é a principal atividade do grupo,
representando mais de 90% do resultado da Equatorial. A
Equatorial também passou a atuar no segmento de transmissão
a partir de 2016. Gostamos deste segmento por ser de baixo risco
e receitas recorrentes. Consideramos essa estratégia
interessante, devido ao management competente, com histórico
de entrega, além da diversificação do escopo de atuação.
Olhando para frente, a Equatorial segue bem posicionada para
manter seus investimentos ou participar de possíveis fusões e
aquisições do setor. Com a Eletrobrás e outras empresas
alavancadas do setor, vendendo ativos, a Equatorial se torna um
dos principais players para agregar valor em uma potencial
aquisição. A empresa conta com uma alavancagem financeira
baixa, o que aumenta a probabilidade em adquirir novos ativos.
Seguimos otimistas com a Equatorial, e esperamos resultados
mais fortes para o 4T17. A sazonalidade do período tende a
favorecer a empresa nesse 2º semestre. A retomada da atividade
econômica também deve impulsionar a demanda por
eletricidade, beneficiando ainda mais os resultados da
companhia.
Comentários e recomendações
Itaúsa (ITSA4)
Reiteramos nossa visão positiva para a empresa. Apesar da
pressão sobre o spread bancário, a continuidade do ciclo de
queda dos juros deve beneficiar o setor: a queda do custo de
financiamento deve impulsionar a demanda por crédito, e a
inadimplência tende a manter tendência de queda neste final do
2S17, o que pode beneficiar ainda mais o lucro.
Olhando para os fundamentos da empresa, ressaltamos: o Itaú,
que representa por volta de 92% dos investimentos da Itaúsa,
continua a mostrar resultados sólidos. Dentre os destaques,
ressaltamos: (i) o recúo das despesas com PDD; (ii) estabilidade
nos níveis de inadimplência; e (iii) ótima rentabilidade com
Retorno sobre o Patrimônio (ROE), próximo de 21,6%, acima de
seus pares.
Em relação aos investimentos na Duratex (cerca de 3% da
carteira), a empresa tem apresentado evoluções em seus últimos
resultados, refletindo o impacto positivo das iniciativas de corte
de custos, dos aumentos de preço praticados no segmento de
Madeiras e de uma demanda melhor do que os últimos períodos.
O contexto corrobora com a perspectiva de recuperação em seus
resultados no 2S17, diminuindo o desconto da ITSA4.
Com relação a sua última aquisição da Alpargatas, achamos
interessante no médio prazo e longo prazo, pelo alto potencial de
geração de caixa da companhia. Em meio a esses fatores
esperamos melhores resultados da Itaúsa nos próximos
periodos. Seguimos com nossa recomendação positiva do papel.
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IBOV EQTL3
Ticker EQTL3
Preço Atual R$ 63,95
Volume Médio diário* 1.184
Dividend Yield 1,34%
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 2,8x
Preço da ação/Lucro por ação 18,3x
EV/Ebitda 9,7x
Dívida Líquida/Ebitda 0,0x
Beta 0,56
*em Milhares de ações
Ticker ITSA4
Preço Atual R$ 10,38
Volume Médio diário* 15.505
Dividend Yield 5,6x
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 1,5x
Preço da ação/Lucro por ação 9,2x
EV/Ebitda 212,4x
Dívida Líquida/Ebitda 5,1x
Beta 1,02
*em Milhares de ações
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IBOV ITSA4
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Petrobras (PETR4)
Continuamos observando um certo “atraso” da Petrobras em
relação ao mercado (+3% vs 19% do Ibovespa). O que fez o ativo
voltar a andar mais em linha com o Ibovespa foi a recente
sinalização de privatização de estatais, principalmente a
estratégia levantada pelo Governo para a Eletrobrás, e IPO da
BR Distribuidora.
Vemos que a cautela recente do mercado em aumentar exposição
em Petrobras também deve-se muito ao comportamento recente
de desvalorização (no 1S17) do petróleo. No entanto, observamos
que a tendência é mais favorável para a commodity, com sinais
de retomada (Brent bateu US$ 45-50/barril no final de junho e
agora está em US$ 62/barril). Com a acomodação dos preços,
temos um cenário mais benigno para a Petrobras, que aumentou
bastante a sensibilidade com o preço internacional pela nova
política de preços local.
Para o curto prazo, alguns gatilhos devem destravar mais valor:
(1) a conclusão do IPO da BR Distribuidora; (2) a volta da venda
de ativos onshore; (3) a nova rodada de leilões da ANP; (4)
discussão sobre valores a serem recebidos da Eletrobrás (R$ 6,3
bilhões); (5) renegociação com a União do valor devido com
relação a cessão onerosa da estatal (por volta de US$ 12 bilhões);
(6) oportunidade de entrada, com a pressão de venda, após o
resultado do 3T17.
Comentários e recomendações
Suzano (SUZB3)
Sustentamos nossa recomendação, em função: (i) melhor
perspectivas do setor de Papel & Celulose; (ii) sólidos números
reportados no 9M17; e (iii) os rumores mais latentes de
consolidação do setor.
O setor de Papel & Celulose segue apresentando demanda forte e
saudável, devido a interrupção de fornecimento e consumo
crescente da China. Desta forma, a Suzano tem se beneficiando
dos aumentos dos preços da celulose. Com maior disciplina de
gastos e aumento de eficiência, a Suzano tem conseguido reduzir
seu custo caixa de produção, impulsionando cada vez mais sua
geração de caixa operacional. Continuamos otimistas com a
evolução operacional da Suzano, que segue capturando os
benefícios do processo de desalavancagem e aumento de
competitividade estrutural.
Também chamamos a atenção para o recém ingresso da
Companhia no Novo Mercado da B3. A medida da mais liquidez
para as ações da Suzano, assim como facilita o acesso da
Companhia ao mercado de capitais.
Sobre uma potencial consolidação do setor, Fibria e Suzano já
manifestaram o interesse de uma fusão. A medida é fundamental
para aumentar a competitividade e assegurar a sobrevivência
destas companhias nacionais no longo prazo. A fusão poderia
trazer mais eficiência operacional à nova Companhia, além de
aumentar seu poder de influência no ciclo de preços. Algo que
tem influenciado também no desempenho de ambos os papeis.
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IBOV PETR4
Ticker PETR4
Preço Atual R$ 15,38
Volume Médio diário* 38.113
Dividend Yield #VALOR!
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 0,8x
Preço da ação/Lucro por ação 26,7x
EV/Ebitda 5,2x
Dívida Líquida/Ebitda 0,0x
Beta 1,65
*em Milhares de ações
Ticker SUZB3
Preço Atual R$ 17,51
Volume Médio diário* -
Dividend Yield -
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação -
Preço da ação/Lucro por ação -
EV/Ebitda 9,8x
Dívida Líquida/Ebitda 3,1x
Beta -
*em Milhares de ações
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 nov/17
IBOV
7
Tenda (TEND3)
A Tenda atua no segmento de baixa renda, e está presente nas
maiores metrópoles brasileiras. A indicação do ativo vislumbra a
melhora da economia, o ciclo de expansão monetária, e a
retomada do setor de construção.
A construtora e incorporadora tem apresentado uma melhora
operacional nos últimos trimestres, com avanços da margem
bruta, forte volume de vendas e vem conseguindo reverter o alto
índice de distratos (algo que foi observado no trimestre
passado). Consequentemente, observamos uma forte geração de
caixa. Essa forte geração de caixa apresentada no 3T17 deixou a
Companhia com uma sólida posição de caixa, suficiente para
cobertura de sua dívida total, que fechou o trimestre em R$130,7
milhões. Vale destacar que essa apresenta sólida posição
financeira, com dívida líquida negativa, deixa a empresa em
destaque do setor.
Além disso, ressaltamos que os papeis da Tenda seguem com o
maior desconto da indústria. A empresa é negociada: (i) em 0,8x
o Valor Patrimonial, enquanto sua principal concorrente, MRV,
tem um múltiplo de 1,1x; e (ii) P/L de 6,8x, enquanto MRV é
negociada a 8,2x.
Comentários e recomendações
Vale (VALE3)
Vislumbramos um momentum favorável para a empresa no
curto prazo, após: (i) acomodação dos preços do minério no
curto prazo (entre US$ 65-70/ton; e (ii) maior geração de fluxo
de caixa, com a estratégia de redução da alavancagem financeira
e do custo de funding. A Vale tem se tornado mais enxuta, com
uma maior eficiência, em termos de custo e alocação de capital, e
menos alavancada.
No 3T17, a Vale reportou um forte resultado operacional, com
crescimento na geração de caixa operacional, em meio ao
aumento do preço do minério no período e maiores volumes
vendidos, principalmente com o ramp up de S11D. Destaque
positivo também para sua redução da alavancagem financeira.
Observamos que a Vale permanece focada na maximização de
suas margens.
Além disso, ressaltamos o foco do management no controle de
custos, além da contínua redução de capex e endividamento da
Vale. Assim, os dividendos devem continuar aumentando como
consequência dessa desalavancagem financeira e sólida geração
de caixa.
Por fim, ressaltamos a estratégia da Cia de migração para o
Novo Mercado. Embora já esteja precificada em suas ações, a
medida melhora significativamente o nível de governança da
empresa, o que nos deixa confortável para inclui-la em nosso
seleto portfólio.
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 nov/17
IBOV TEND3
Ticker TEND3
Preço Atual R$ 16,99
Volume Médio diário* 534
Dividend Yield -
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 0,8x
Preço da ação/Lucro por ação 10,1x
EV/Ebitda 4,9x
Dívida Líquida/Ebitda 0,0x
Beta -
*em Milhares de ações
Ticker VALE3
Preço Atual R$ 35,14
Volume Médio diário* 20.334
Dividend Yield 3,1x
Preço da ação/Valor Patrimonial por ação 1,3x
Preço da ação/Lucro por ação 8,4x
EV/Ebitda 5,2x
Dívida Líquida/Ebitda 1,5x
Beta 1,50
*em Milhares de ações
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 nov/17
IBOV VALE3
8
Performance
Em Dezembro, a carteira de Dividendos apresentou superou o desempenho do IDIV, por conta da forte alta das ações da Comgas. Os papéis
refletiram o forte desempenho da Companhia no 3T17. Assim, a Carteira de Dividendos apresentou uma alta de 2,83%, enquanto o índice de
Dividendos (IDIV) reportou uma queda de 6,67% no mesmo período.
Para Dezembro, decidimos alterar o portfólio. O mês marca o ingresso do Braskem em nosso seleto portfolio. Sobre a nova entrante,
destacamos da forte performance operacional no 9M17, mesmo diante da atividade econômica ainda fraca no Brasil (seu principal mercado).
O management deve prosseguir com a estratégia de garantir eficiência operacional e maior geração de caixa operacional, algo que deve
contribuir para a melhor distribuição de dividendos da Companhia.
Na carteira, as nossas premissas para a escolha de ativos seguem as mesmas. Continuamos procurando empresas: (i) sólidas e com ótima
administração; (ii) geração de caixa expressiva; (iii) negócios mais resilientes e (iv) com alto poder de repasse de preços. A taxa de dividendo
anual (dividend yield) estimado para a carteira para os próximos 12 meses está por volta de 6,5%, acima da taxa de dividendo do IDIV de
4,3%.
Continuamos com a visão de que ainda existe espaço, embora um pouco mais limitado, para a queda na taxa de juros real, aumentando a
atratividade das empresas distribuidoras de proventos. O recuo das taxas de desconto permitirá que o valuation das empresas com essas
características suba. Além disso, esperamos que a distribuição de proventos se recupere com o crescimento esperado dos lucros nos
próximos anos.
Carteira de Dezembro de 2017
Legenda: + Aumentou peso (-) Diminuiu peso = Manteve peso
*Dividend Yield distribuído no mês encerrado **Dividend Yield projetado no preço atual da ação
Mês 12M Início
Carteira 2,83% 4,12% 57,25%
IDIV -6,67% 19,37% 18,14%
Peso Ticker Empresa Alterações
15% BBAS3 Banco do Brasil (-)
15% CGAS5 Comgás (-)
20% IRBR3 IRB Brasil Re =
15% SMLS3 Smiles (-)
20% TAEE11 Taesa =
15% BRKM5 Braskem Entrou
Peso Ticker Empresa Yield* (2017E)** Variação Contribuição 20% CGAS5 Comgás - 6,44% 27,26% 5,45%
20% IRBR3 IRB Brasil Re - 6,22% 6,51% 1,30%
20% TAEE11 Taesa - 9,12% 5,19% 1,04%
20% SMLS3 Smiles - 7,03% -12,28% -2,46%
20% BBAS3 Banco do Brasil - 3,64% -12,51% -2,50%
9
18,1%
56,7%
-50%
-40%
-30%
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0%
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60%
70%
80%
mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 nov/17
Desempenho acumulado da Carteira Dividendos Desde o inicio (02/06/14)
IDIV Carteira Dividendos
10
Banco do Brasil
A tendência de recuperação observada no 9M17 deve continuar nos próximos trimestres, com (i) queda das provisões para perdas, além (ii) da
continuidade das medidas voltadas para o controle de custos e despesas, e (iii) ganhos de eficiência. A retomada da atividade econômico,
refletindo numa melhora na qualidade dos ativos, com um menor provisionamento para perdas, também deve impactar de maneira favorável
no lucro da companhia. Ressaltamos que o BB tem atuado em direcionadores para melhorar sua rentabilidade, reprecificando seu portfolio de
ativos e reduzindo suas despesas operacionais. O BB tem apresentado um eficiente controle de custos, que deverá continuar neste final do
2S17 em função do plano de reforma anunciado pela empresa (programa de redução de agências e outro de demissões incentivadas).
Por fim, ressaltamos o valuation da empresa que permanece em patamares ainda atrativos: (i) P/L de 6,9x, enquanto a média do setor é de
8,9 vezes; (ii) P/VC de 0,9x, enquanto a média do setor é de 1,4x. Já sua taxa de dividendos, atualmente é de 4,1% projetado para os próximos
12 meses. Esperamos que essa projeção suba para uma taxa mais próxima de 5% no curto prazo.
Braskem
A Braskem ocupa hoje a posição de liderança no setor petroquímico nacional e, apesar das oscilações nos preços do petróleo e das resinas, a
Braskem conseguiu elevar sua margens e resultado operacional. Sustentamos nossa recomendação em função: (i) da boa performance
operacional no 9M17, mesmo diante da atividade econômica ainda fraca no Brasil (seu principal mercado); (ii) do contínuo ganho de
eficiência; e (iii) perspectivas positivas para os resultados do próximo ano – com avanços das margens e redução do endividamento.
No acumulado do ano, a Braskem reportou resultados operacionais fortes, com avanços nas margens operacionais e forte geração de caixa,
impulsionado: (i) pelos spreads de químicos mais altos no mercado internacional; (ii) pela expansão de capacidade e aumento no volume de
vendas das unidades dos EUA e Alemanha; e (iii) pelo aumento de vendas no mercado brasileiro. A empresa também contou com um
programa de redução de custos eficiente que melhorou a competitividade da Braskem. Olhando para a frente, o management deve prosseguir
com a estratégia de garantir eficiência operacional e maior geração de caixa operacional. Algo que deve também contribuir para a melhor
distribuição de dividendos da Companhia. Com melhora na geração de caixa e, redução de seus investimentos, estimamos que a empresa
pague dividendos mais elevados ao longo dos próximos anos. Para os próximos 12 meses projeta-se um dividend yield próximo de 3,2%, com
perspectiva de forte crescimento.
Comentários e recomendações
11
Comgás
A Comgás é uma distribuidora de gás natural canalizado no estado de São Paulo com mais de 1,3 milhão de clientes. Em 2016, o volume total
distribuído pela companhia foi de 4,3 bilhões de m³ de gás natural. A rede de distribuição da Comgás é de mais de 9 mil quilômetros, que
equivalem a cerca 40% da malha de distribuição instalada no Brasil.
No último resultado operacional da companhia, a Comgas apresentou resultados sólidos, com forte crescimento do Ebitda, refletindo os
melhores volumes no trimestre e a reajustes de tarifas. Seguimos otimistas com a Comgas, que segue apresentando resultados sólidos e
recorrentes, colaborando na significativa melhora da estrutura de capital do grupo (Cosan) e impulsionando a distribuição de lucros aos
acionistas. A empresa conta com fundamentos sólidos e, historicamente, tem apresentado resultados resilientes mesmo em cenários adversos.
Por fim, vale destacar a taxa atrativa de dividendos da Comgas, de 6,6% em 12 meses. Além de bons dividendos, a empresa apresenta riscos
relativamente baixos.
IRB Brasil
O IRB Brasil atua no business de resseguros, e é líder do setor com 55% de market share em prêmios emitidos líquidos. A empresa mantem
como foco a diversificação do portfólio, e tem registrado aumento na participação dos segmentos-foco, como property, vida, aviação e rural. A
companhia figura entre as 50 maiores ressegurados do mundo e é referência em resseguros no mercado brasileiro.
No ultimo resultado, o IRB Brasil apresentou números robustos, com uma aceleração mais forte dos prêmios (+34% A/A), tanto no Brasil
como no Exterior, embora o índice de sinistralidade tenha se deteriorado em relação aos trimestre anteriores. O resultado de Underwriting
também mostrou um crescimento expressivo (113%A/A), contribuindo positivamente para seu forte crescimento no resultado final. O retorno
sobre o patrimônio líquido (ROE) surpreendeu e atingiu 25% no 3T17. Destacamos a solidez financeira da Companhia, e o confortável grau de
solvência, que permite, assim, manter o patamar de crescimento e capacidade de distribuição de dividendos/JCP (próximo de 75% do lucro
líquido). O yield é atrativo, próximo de 6,6%, sendo destaque do setor.
Olhando para frente, mesmo com um cenário de queda da taxa Selic, acreditamos que a IRB venha a apresentar um desempenho operacional
acima de seus pares, compensando a menor receita financeira esperada. A empresa segue, portanto, bem capitalizada e bem posicionada para
executar os planos de longo prazo e entregar sólidos resultados.
Comentários e recomendações
12
Smiles
Em relação a Smiles, a indústria de fidelização ainda deve apresentar forte crescimento no Brasil, visto o estágio inicial de desenvolvimento,
sendo os programas de fidelização de companhias aéreas (frequent-flyer programs) o tipo mais popular e que deverá ser expandido para
outros setores.
A empresa vem reportando resultados sólidos, registrando avanço na geração operacional de caixa, melhora na eficiência e tem apresentado
uma evolução significativa no lucro líquido do período. Os últimos números apresentados pela Smiles reforçam a capacidade do management
de alcançar um forte desempenho, com uma estrutura eficiente de custos. Gostamos da capacidade de inovação em promoções e bônus, além
da maior eficiência operacional. Acreditamos que para os próximos períodos, com a melhora do ambiente macroeconômico a frente, a Smiles
deve manter uma tendência de forte crescimento. No curto prazo continuamos otimistas com o papel, e acreditamos que o cenário para o
setor de aviação civil também deve seguir apresentando uma melhora. Além disso, o ativo é considerado bom pagador de dividendos. Para os
próximos 12 meses projeta-se um dividend yield próximo de 7,0%. Entre os possíveis riscos, destacam-se a disputa com programas de
fidelidade de bancos e de outras companhias aéreas, visto que o risco financeiro da controladora, Gol, abrandou de forma significativa.
Taesa
A Taesa compõe uma característica mais defensiva para nossa carteira. A empresa permanece com boa perspectiva de crescimento, com sólida
execução das novas concessões, além do atrativo dividend yield que as ações estão sendo negociadas. No leilão de linhas de transmissão
ocorrido no final de 2016, a Taesa saiu vencedora em quatro lotes, e no leilão de abril deste ano, a empresa arrematou 7 lotes: (i) Lote 1 (RAP
de R$ 267,3 milhões) com participação de 50%. Assim, a Taesa terá o direito de explorar os novos empreendimentos por 30 anos. Em relação
ao leilão de linhas de transmissão de energia que deve acontecer até fim deste ano, acreditamos que a empresa está bem capitalizada para
participar desses investimentos.
O baixo risco regulatório da Taesa, que possui contratos longos, com vencimento à partir de 2030, é outro ponto de destaque. A empresa
historicamente reporta geração de caixa constantes e robustas, com margens bastante elevadas (margem EBITDA em torno de 85% - 90%).
Adicionalmente, o histórico de disciplina de capital nos leilões e o alto rendimento de proventos (Payout médio acima de 90% nos últimos 10
anos) que a empresa apresenta nos deixam confortáveis com o caso de investimento. Para os próximos 12 meses projeta-se um dividend yield
próximo de 9,4%.
Vale ressaltar também o management da companhia. A Interconexión Eléctrica é uma companhia que já atua no Brasil sendo controladora da
CTEEP e também em outros 7 países da américa latina com projetos voltados para infraestrutura elétrica. Com sua vasta experiência no setor
de transmissão de energia, a companhia tem agregado à governança e ao operacional da Taesa. A colombiana pode ainda ampliar sua
participação na empresa, e até mesmo participar de eventuais aquisições do setor – Taesa passa a ser uma das candidatas a garimpar algumas
distribuidoras a serem vendidas da Eletrobras. A empresa conta com um baixo endividamento, o que contribui para aquisição de outros
ativos.
Comentários e recomendações
Performance
Em novembro, nossa Carteira Recomendada de FIIs teve uma performanece acima do benchmark (IFIX). O IFIX recuou -0,59%, enquanto a
Carteira Recomendada Guide reportou uma baixa de 0,10%(vide tabela abaixo). Mesmo assim, destacamos que o IFIX segue ainda próximo
de sua máxima histórica , e está em 2.213 pontos.
Com a indústria de fundos imobiliários ainda aquecida, tem aumentado o número de ofertas públicas (IPO e follow-on) das mais diversas
classes de fundos imobiliários existentes no mercado. Hoje, há três ofertas públicas acontecendo no mercado, mas outras ofertas ainda estão
em análise da CVM. Vale o investidor ficar atento às opções e avaliar se faz sentido adicionar alguns destes ativos ao seu portfólio. O
Prospecto definitivo da oferta, e o material publicitário oficial são materiais fundamentais para auxiliar na tomada de decisão do investidor.
Para o mês de dezembro, optamos por realizar apenas um rebalanceamento da Carteira, Fundo Imobiliários e retiramos os papais Rio Bravo
Renda Corporativa (FFCI11). Ainda acreditamos que estamos com um mix equilibrado entre renda mensal e possibilidade de ganho de
capital. Nossa Carteira segue desempenhando acima do benchmark, e seguiremos acompanhando o mercado para futuros ajustes.
Peso Ticker Fundo Yield* Variação Contribuição
15% HGJH11 CSHG JHSF Prime Offices 6,78% 4,94% 0,74%
10% THRA11 Cyrela Thera Corporate 5,31% 4,56% 0,46%
25% BRCR11 BC Fund 5,09% 0,22% 0,05%
5% BPFF11 Brasil Plural Absoluto FoF 8,58% 0,38% 0,02%
10% FFCI11 Rio Bravo Renda Corporativa 7,93% -1,97% -0,20%
20% GGRC11 GGR Covepi Renda 8,41% -2,82% -0,56%
15% HGRE11 CSHG Real Estate 7,39% -4,03% -0,60%
13
Carteira de Dezembro de 2017
Legenda: + Aumentou peso (-) Diminuiu peso = Manteve peso
*Yield : taxa de dividendo anualizado distribuído no mês encerrado
Mês 12M Início
Carteira -0,10% 18,07% 77,59%
IFIX -0,59% 22,59% 62,59%
Peso Ticker Fundo Alterações 25% BRCR11 BC Fund =
5% BPFF11 Brasil Plural Absoluto FoF =
25% GGRC11 GGR Covepi Renda +
15% HGRE11 CSHG Real Estate =
20% HGJH11 CSHG JHSF Prime Offices +
10% THRA11 Cyrela Thera Corporate =
77,4%
61,6%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17
Desempenho acumulado da Carteira de FII Desde o inicio (02/06/14)
Carteira de FII IFIX
14
Comentários e recomendações Brasil Plural Absoluto Fundo de Fundos (BPFF11)
O fundo tem por objetivo principal adquirir cotas de outros Fundos Imobiliários, bem como Certificados de Recebíveis Imobiliários, Letras
Hipotecárias e Letras de Crédito Imobiliário. Ao final de outubro, as alocações estão distribuídas em: 91,31% em cotas de 23 Fundos
Imobiliários, 4,90% em títulos públicos e 3,79% em CRIs. Em novembro, o fundo distribuiu R$0,67 por cota, correspondente a 0,68% líquido
com relação ao preço de fechamento da cota no dia 31/10/2017.
BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11)
O BC Fund é o maior fundo de investimento imobiliário listado na bolsa brasileira. O fundo foi lançado em 2007, e desde então, realiza uma
gestão ativa em sua carteira de ativos imobiliários. O foco do fundo são ativos comerciais de escritórios, localizados em grandes centros.
Atualmente, a carteira do fundo é composta por 10 ativos, totalizando 229.426 m², com 59 contratos de locação. Ao final de Outubro, a receita
contratada de locação era de R$14,4 milhões, enquanto que a vacância financeira era de 28,5%, em grande parte explicado pelo edifício Torre
Almirante. Em novembro, foi distribuído rendimento correspondente a R$0,41 por cota, correspondente a 0,42% líquido com relação ao
preço de fechamento da cota no dia 16/11/2017.
CSHG Real Estate (HGRE11)
O CSHG Real Estate tem como objetivo adquirir imóveis para exploração comercial, de imóveis com potencial de geração de renda,
predominantemente lajes corporativas. Ao final do mês, o fundo encerrou com participação de 188 unidades locáveis, localizadas em 20
empreendimentos distintos, totalizando 152 mil m² de área privativa e 54 contratos de locação. O aluguel médio contratado está em R$72/m².
82% do vencimento dos contratos se concentra a partir de 2019. A carteira de imóveis do fundo encerrou o mês de setembro com 22,9% de
vacância financeira. O Fundo distribuirá R$ 9,40 por cota como rendimento referente ao mês de novembro, correspondente a 0,592%.
CSHG JHSF Prime Offices (HGJH11)
O fundo tem como objetivo auferir ganhos através da aquisição, exploração comercial de imóveis corporativos de alto padrão já concluídos.
Atualmente, o fundo é composto pelo edifício Metropolitan e edifício Platinum ambos localizados no bairro do Itaim Bibi em São Paulo. O
edifício Metropolitan subiu para 95% sua ocupação, e conta com 18 contratos de locação, enquanto que o edifício Platinum está 91% alugado e
conta com 9 contratos de locação. 55% dos contratos tem vencimento a partir de 2020. Em novembro, o fundo distribuiu R$7,50 por cota,
correspondente a 0,545%.
GGR Covepi Renda (GGRC11)
O Fundo tem por objetivo a realização de investimentos em imóveis comerciais, prioritariamente nos segmentos industrial e logístico, com a
finalidade de locação atípica (built to suit, retrofit ou sale leaseback), mediante a celebração dos contratos de locação, ou a venda de tais
imóveis, desde que (i) sejam de contratos atípicos de locação e multa rescisória; (ii) o locatário deverá possuir classificação de rating superior a
A- e/ou garantia (real ou bancária); (iii) cap rate mínimo de NTN-B referência +3,0%; (iv) prazo dos contratos superior a 5 anos, sendo os
contratos ajustados anualmente pelo índice de preços. Os contratos vigentes no fundo são: Nissei (contrato de 10 anos, valor do aluguel
R$270.000,00), Ambev (contrato de 10,8 anos, valor do aluguel R$229.281,49), Moinho Iguaçu (contrato de 10 anos, valor pago de
R$323.923,00), MD Papéis (contrato de 10 anos , valor pago do aluguel R$525.000,00). No mês de Novembro, o fundo distribuiu R$0,84 por
cota, correspondente a 0,68%.
Cyrela Thera Corporate (THRA11)
O fundo detém 5 de 15 andares do Edifício Thera Corporate, localizado na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105, em São Paulo.
Desenvolvido pela Cyrela, o empreendimento tem 15 pavimentos corporativos com lajes de grande porte, heliponto e quatro subsolos. O
projeto foi classificado como Triple A e recebeu a certificação LEED® Gold, conferida pelo U.S. Green Building Council. Atualmente o fundo
está 100% locado, e desde abril, quando terminou grande parte do período de carência dos contratos, o fundo iniciou o pagamento de
rendimentos. Em novembro, o fundo distribuiu R$0,45 por cota, correspondente a 0,434%.
15
Sales ________________________ gp@guideinvestimentos.com.br
Fundos ____________________ Gestao.fundos@guideinvestimentos.com.br Erick Scott Hood eshood@guideinvestimentos.com.br
Leonardo Uram luram@guideinvestimentos.com.br
David Rocha dsrocha@guideinvestimentos.com.br
Ignacio Crespo Rey irey@guideinvestimentos.com.br
Equipe Econômica ___________
Renda Variável*______________ research@guideinvestimentos.com.br
Aline Sun
Head da área de Investimentos
Luis Gustavo Pereira – CNPI lpereira@guideinvestimentos.com.br
Lucas Stefanini lstefanini@guideinvestimentos.com.br
Cristiano Hajjar chajjar@guideinvestimentos.com.br
Nathália Medeiros nmedeiros@guideinvestimentos.com.br
Renda Fixa ___________________ trade@guideinvestimentos.com.br
Bruno M. Carvalho bmcarvalho@guideinvestimentos.com.br
Gabriel S. Santos gssantos@guideinvestimentos.com.br
Alexandre Carone acarone@guideinvestimentos.com.br
Luiz Augusto Ceravolo (Guto) lceravolo@guideinvestimentos.com.br
Trading ________________________
Thiago Teixeira tteixeira@guideinvestimentos.com.br
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