bauhaus & estilo internacional
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BAUHAUS & Estilo Internacional Profª. Denise Aristimunha de Lima | Disciplina Projeto Gráfico | 2013
• As práticas funcionalistas no design gráfico seguiram o princípio geral de que elementos estético-formais devem estar diretamente ligados à função do objeto.
BAUHAUS
• Escola de design fundada em 1919 por
Walter Gropius na cidade de Weimar
(Alemanha).
Academia de Belas
Artes
Escola de Artes
Aplicadas
Staatliches Bauhaus Weimar
Bauhaus = casa para construir
Bauhaus = casa para construir
Haus= casa (substantivo)
Bauen=construir (verbo)
Características
• Ênfase nas cores primárias (vermelho, amarelo e azul), bem
como nas formas primárias (círculo, quadrado e triângulo);
• As peças gráficas ganhavam em ordenação, diminuição dos
elementos decorativos, fontes sem serifa.
Importância
• Início do design moderno;
• Foi considerada a mais
influente escola do século XX;
• 14 anos de funcionamento
(1919 a 1933), 1250 alunos;
• Passou por 3 sedes: Weimar,
Dessau e Berlim.
Contexto Histórico • A Primeira Guerra Mundial foi seguida pelo
desemprego, pelo caos político e pela inflação.
• Foi nessa época que o design gráfico emergiu como
parte de uma sociedade moderna na Europa.
• Posters, letreiros, folhetos publicitários, catálogos
comerciais e feiras.
• Houve um intenso movimento de reerguimento
da identidade e da economia na Alemanha.
• Walter Gropius publicou em toda Alemanha o
Manifesto da Bauhaus em 1919.
Manifesto Bauhaus
Walter Groupius
1919
Colocar a arquitetura no
centro de debates sobre
design
Elevar o status de artes e ofícios
ao nível das belas artes
Aperfeiçoar os produtos
industriais pelo esforço combinado
de artistas, industriais e
artesãos
Antes da Bauhaus Com o surgimento da Bauhaus
Cadeira Wassily criada por Marcel Breuer (1925).
“A forma segue a função”. Louis Sullivan
“Simplicidade na multiplicidade”. Walter Gropius
Na Bauhaus, o fator estético, defendido por artistas e
artesãos, devia ser adequado às necessidades de
crescimento da produção industrial. Gropius assinalava
que deveria ser formado o profissional que reunisse as
competências necessárias para proceder a passagem do
artesanato para a indústria... (NIEMEYER, 2007:44).
A escola Bauhaus é
reconhecida pelo estilo
simples e funcional.
Muitos dos designs
concebidos hoje
desenvolvem-se com base no
que foi estabelecido por essa
escola.
Capa de revista (HEBERT BAYER, 1934).
• “O Bauhaus foi talvez o estilo mais associado como o
movimento moderno” (RAIMES e BHASKARAM,
2007:42).
Ensino • A escola Bauhaus era reconhecida pelo seu currículo
experimental e seus métodos de ensino inovadores.
• Rejeitava a ornamentação em favor da funcionalidade, era um
movimento altamente politizado (RAIMES e BHASKARAM, 2007:42).
• Nos primeiros anos da escola, a produção não atendia ao princípio
do trabalho em grupo postulado no manifesto, predominando o
trabalho individualizado e descompromissado com qualquer
proposta de estandardização (NIEMEYER, 2007:41).
• Somente a partir da sétima exposição, realizada em 1923, é que se iniciava uma nova fase da escola com a participação de novos docentes.
• Em 1924, houve a vitória dos partidos de direita e logo, em 1925, a escola mudou para Dessau devido à orientação socialista de Klee, Kandinsky e Moholy-Nagy, identificada nos seus trabalhos (NIEMEYER, 2007:42).
Fonte: Gráfico da estrutura de ensino da Bauhaus (WICK, 1989:88).
As oficinas que a Bauhaus oferecia a seus alunos eram de tecelagem ( técnicas texteis), de metal (criação de objetos), de teatro e ballet, de carpintaria / marcenaria, de escultura e de tipografia e publicidade.
Docentes da escola
Paul Klee
• Deu sua contribuição tanto visual quanto no campo das ideias.
• Conforme Klee aprendia a manipular as cores com grande habilidade e paixão, ele se tornou em um efetivo instrutor de mistura de cores e da teoria das cores na Bauhaus.
• Tinha por base o princípio que todo o processo de design deveria ser absolutamente racional.
• Pontuava sempre as três unidades básicas de todas as formas: círculo, o triângulo e o quadrado e que as construções se formavam a partir de composições com estes elementos.
Wassily Kandinsky
• Aderiu a Bauhaus em 1922, e lecionou na escola por mais de 10 anos.
• Levou ao Bauhaus um enfoque intensamente geométrico do design.
• É sua contribuição também a ênfase em cores primárias.
Lászlo Moholy-Nagy
• Seu estilo era orientado para a tecnologia e a máquina,
inovava ao introduzir combinações diferenciadas de imagens
e tipografia.
• Seus cinco anos de ensino na escola produziram um notável
volume de obras e publicações.
• Trouxe para a Bauhaus o “compromisso com a ideologia do
Construtivismo Russo”.
• Laszló explorava o potencial máximo de comunicação em
todos os elementos gráficos, inclusive o espaço em branco.
“A nova tipografia”
Lászlo Moholy-Nagy
1923
Tipografia como ferramenta de comunicação
Imagem
ligada ao
conteúdo
Não deformar
a tipografia
Uso de ilimitado de todas as direções
lineares
Uso profissional da câmera e de
técnicas fotográficas para
composição
O cartaz se apoia na tipografia, no
impacto das cores e no uso dos
recursos fotográficos
Josef Albers
• Começou como estudante e tornou-se o principal mestre do moderno movimento bidimensional.
• A principal influência na criação gráfica foi sua avançada e complexa teoria da cor, exposta na clássica série Homenagem ao quadrado e no livro Interação da Cor.
Herbert Bayer
• Foi aluno da Bauhaus;
• 1925 – tornou-se professor da escola;
• Fundamentou o estilo tipográfico da Bauhaus;
• Uma de suas concepções mais radicais foi a eliminação da letra maiúscula na criação de um alfabeto tipográfico.
• No tipo “universal”, que Bayer
apresentou em 1925 com o
nome sturm blond, a redução
foi extrema.
• Muito embora as letras
maiúsculas não tenham
desaparecido, seus argumentos
fizeram com que seu uso fosse
gradualmente reduzido.
• As regras difundidas pela escola na área tipográfica chegaram a
estabelecer um estereótipo identificado como “tipografia
bauhaus”. Essas regras faziam parte de uma reforma muito
mais radical que analisava os elementos do design gráfico e o
papel de cada um deles na transmissão da informação
(FONSECA, 2008:68).
Poster (HEBERT BAYER, 1923).
Capa revista (HEBERT BAYER, 1968).
Artes gráficas
Folha de rosto de Staatliches Bauhaus Weimar (Laszló Moholy-Nagy, 1923).
Poster da exposição da Bauhaus em Weimar Título da exposição “Arte e Técnica”
• Folha timbrada e envelope (Laszló Moholy-Nagy, 1923).
Artes gráficas
• Folha de rosto da revista Bauhaus (Hebert Bayer, 1928).
• Colagem tipográfica (Theo Ballmer, 1929).
• Design editorial – capa do livro “Bauhaus Book” (Laszló Moholy-Nagy, 1928).
Poster (TSCHICHOLD, 1927)
Design de produtos
• Tapeçaria (Gunta Stözl, 1927-1928).
• Jogo de mesas que se encaixam (Marcel Breuer, 1925-1930).
• Wassily (Marcel Breuer, 1925).
Abajur (Marianne Brandt e Hin Bredensiek,1928).
Design de produtos
Depois da Bauhaus
Depois do encerramento da Bauhaus em 1933, o design moderno já estava
instituído (HURLBURT, 2002).
Os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, foram
para os Estados Unidos e a Inglaterra, onde puderam demonstrar suas
ideias sem repressão ideológica.
“Mesmo que os designer de hoje não se assemelhem aos protótipos do Bauhaus,
na verdade continuam a desenvolver-se com base no que foi estabelecido por
essa escola” (HURLBURT, 2002:41).
ESTILO TIPOGRÁFICO INTERNACIONAL | ESTILO SUÍÇO
• Anos 40-50
• Surgiu através das escolas de design em Zurique e na Basileia (Escola de Design da Basileia)
• Josef Muller-Brokmann, Arimin Hoffmann e Emil Rudel foram os principais nomes desse estilo, juntos escreveram um livro que estabelecia as bases para um estilo internacional.
Características
• Uso eficiente da cor;
• Uso de grid (grade para organizar tipografia e imagem);
• Arranjo vertical da tipografia enfatizando suas qualidades puramente gráficas;
• Fontes sem serifa (Univers, helvética).
Josef Muller-Brokmann
Josep Müller-Brockmann, Auto Club of Switzerland Poster, 1955
Armin Hofmann
• Cartaz para balé Giselle (1959).
Armin Hofmann
Revista Neue Grafik (Novo Design gráfico)
Publicada em Zurique, 1958-1965. Disseminou o Estilo Internacional.
Revista Graphis
Franco Grignani. Cover for Graphis Magazine, Zürich, 1966
Referências
• FONSECA, Joaquim da. Tipografia & design gráfico: design e produção gráfica de impressos e livros. Porto Alegre: Bookman, 2008.
• HELLER, Steven. Linguagens do design: compreendendo o design gráfico. São Paulo: Ed. Rosari, 2007.
• HOLLIS, Richard. Design gráfico: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
• HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 2002.
• NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação. Rio de Janeiro: 2AB, 2007.
• RAIMES, Jonathan; Bhaskaran, Lakshmi. Design retrô: 100 anos de design gráfico. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2007.
• SAMARA, Timothy. Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
Contato: denisealima@gmail.com
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