aula 06 - macroeconomia e economia brasileira - aula 01
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Aula Um
Olá, Pessoal!
E aí, animados (as) para iniciarem o curso? Espero que sim. Quero
destacar desde já que estou à disposição de vocês para toda e qualquer dúvida
sobre o curso.
Nesta primeira aula damos início à abordagem da teoria econômica
referente à macroeconomia. Trataremos das diversas formas de mensuração
da riqueza de um país, especialmente com relação à mensuração do Produto
Interno Bruto – PIB. Trata-se de uma aula cheia de fórmulas, regularmente
cobradas na resolução de questões.
Por sinal, bastante atenção!
Ressalto que serão abordados os seguintes itens do conteúdo
programático:
Contas nacionais, Balanço de Pagamentos.
Vamos em frente!
Um grande abraço,
Mariotti
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1. Introdução à Macroeconomia
A Macroeconomia trata da evolução da economia como um todo,
verificando o comportamento dos grandes agregados econômicos como a
renda (o que nós trabalhadores ganhamos no fim do mês), o produto interno
(total de bens e serviços produzidos dentro das fronteiras do país),
investimento (realizado pelas empresas), poupança (dos consumidores) e
consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de
moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxas de câmbio.
O desenvolvimento da Macroeconomia exigiu o acompanhamento desses
agregados para aferição do desempenho geral da economia do país. Todos os
dados obtidos são disponibilizados em valores monetários, por incluírem
diversos produtos e serviços que não podem ser simplesmente somados, como
é o caso de automóveis, casas e etc.. Devido a alguns aspectos que serão
analisados oportunamente, se constatará que estes valores de bens e serviçossão apresentados a preços correntes (nominais) ou a preços constantes
(reais).
No estudo da Economia são desenvolvidas diversas ferramentas, tais
como os índices estatísticos e os deflatores, que representam medidas de
cálculo de variação dos preços dos bens e serviços para cima e para baixo.
Em relação à teoria macroeconômica, pode-se dizer que ela se preocupa
com as questões conjunturais, de curto prazo. Dentre estas, cita-se em
especial o desemprego, entendido como a diferença entre a produção
efetivamente realizada e a produção potencial da economia, situação na qual
todos os recursos econômicos estejam totalmente empregados. Junto com o
desemprego, cita-se a inflação, responsável pelo aumento contínuo do nível
geral dos preços.
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Assim, diante desta pequena explanação, pode-se definir as seguintes
metas da política macroeconômica:
Pleno emprego dos recursos (máquinas das fábricas trabalhando na
capacidade máxima);
Estabilidade dos preços;
Distribuição da renda socialmente justa; e
Crescimento e Desenvolvimento Econômico.
O pleno emprego de recursos refere-se ao fato de que todos os recursos
produtivos estão sendo utilizados da forma mais eficiente possível, o que
significa tanto uma maior produção de bens e serviços como também uma
minimização do nível de desemprego.
A estabilidade de preços garante calmaria ao ambiente econômico, sendo
um dos pilares para o crescimento sustentado sem a necessidade de aumento
generalizado dos preços.
A distribuição da renda socialmente justa refere-se à capacidade do país
de evitar a concentração da maior parte da riqueza nas mãos de poucas
pessoas.
Finalmente, temos o crescimento com o devido desenvolvimento
econômico, voltado à ampliação da capacidade produtiva do país e a melhoria
do bem-estar econômico e social da população.
Uma vez abordados as definições e os conceitos iniciais da
macroeconomia, passemos agora à análise das variáveis utilizadas para
mensurar os resultados da economia de um país, seja em termos de geração
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de renda e despesa, seja em termos de nível de produto da economia,
denominado de Produto Interno Bruto – PIB.
2. Medidas do desempenho econômico. Consumo e investimento.
Agregados Macroeconômicos
Iniciamos os estudos referentes aos agregados macroeconômicos
abordando os conceitos que demonstram as chamadas “óticas” de mensuração
da atividade econômica, que nada mais representam do que a forma de
apuração da riqueza gerada no país durante determinado período de tempo,
envolvendo a produção e comercialização de bens e serviços.
2.1 A ótica do produto
O produto da economia é representado pelo somatório dos bens e
serviços finais produzidos no país durante um determinado período de tempo,
sendo comumente considerado o período anual. O seu cálculo deve evitar o
problema de dupla contagem, ou seja, devem fazer parte deste somatório
somente os bens e serviços finais, até porque não faz sentido somar bens e
serviços que são insumos1 para fabricação de novos bens e serviços.
Exemplo: Na produção de um pneu são utilizados diversos insumos, tais como: borracha,
malha de aço e mão-de-obra (estágio 1 de produção). Imaginemos que são gastos com estas
matérias-primas um total de R$ 100,00 e que o pneu seja produzido e vendido por R$ 150,00
(estágio 2 de produção). O resultado do produto calculado corretamente é dado pelo o que foi
produzido por outras empresas em termos de matérias-primas (borracha, malha de aço e
1 Insumo são produtos, ou dito de outra forma, fatores de produção utilizados no processo produtivo.
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mão-de-obra), que é igual a R$ 100,00, mais o que foi gerado de produto, em termos
monetários, com a produção e venda do pneu, sendo representado pelo valor de R$ 150,00,
reduzido do custo de produção, igual a R$ 100,00, num total de R$ 50,00.
Veja que o valor encontrado em termos de produto da economia (R$
150) é simplesmente o valor obtido com a produção e venda do pneu, motivo
pelo qual foi dito anteriormente que o cálculo do produto se dá a partir dos
bens e serviços finais produzidos na economia.
A fórmula para o cálculo do produto é representada pelo somatório detodos os bens finais produzidos na economia, multiplicado pelo valor monetário
de cada bem ou serviço.
Produto = ∑=
n
i
ii xQ P 1
)( , (somatório dos preços x somatório dos bens e
serviços finais).
Pode-se ainda calcular o produto através do conceito de valor
adicionado, que é a diferença entre o valor bruto da produção de cada
unidade produtiva menos o custo intermediário para a produção destes bens.
Como exemplo, temos que o valor agregado (ou adicionado) na produção de
pneus é igual ao valor da produção dos próprios pneus menos o consumo de
borracha e fios de aço utilizados na sua fabricação.
Valor adicionado = Valor bruto da produção - Compra de bens e serviços intermediários(receita total das vendas) (custo dos bens intermediários)
Valor adicionado = 100 (estágio 1) + 150 (estágio 2) – 100 (consumo intermediário) = 150
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A Renda é o somatório das remunerações dos fatores de produção2, tais
como salários, juros, aluguéis e lucros.
Para que uma economia funcione é necessário que tenhamos no mínimo
dois agentes econômicos. As empresas, que são responsáveis pela
produção de bens e serviços e as famílias, que são responsáveis por consumir
os bens e serviços produzidos pelas empresas.
Deve-se compreender que, para que as empresas possam produzir, estas
necessitam de uma série de insumos, tais como mão-de-obra, espaço, dinheiro
para usar na compra de bens intermediários e, de forma imprescindível, serem
remuneradas pela sua atividade produtiva, chamada de lucro.
Todos estes insumos são obtidos no mercado de fatores de produção,
que representa o mercado onde se encontram os insumos utilizados no
processo produtivo.
Por meio da referência teórica denominada de fluxo circular de renda,
ocorre a interação entre o mercado de fatores de produção e o mercado de
bens e serviços, onde famílias e empresas realizam suas trocas, promovendo o
atendimento às necessidades das famílias e a rentabilidade do processo
produtivo das empresas.
2.2.1 O fluxo circular de renda
O estudo macroeconômico trata da formação e distribuição do produto
e da renda gerados pela atividade econômica, tendo como base o fluxo
contínuo que se estabelece entre os agentes econômicos. Este fluxo (Fluxo
2 Os salários remuneram o fator de produção mão-de-obra. Os juros remuneram o fator de produção “dinheiro”
empregado no processo produtivo. Os aluguéis representam o pagamento do fator de produção “espaço” utilizado naprodução. Os lucros representam a própria remuneração da atividade produtiva privada.
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Circular de Renda) precisa ser periodicamente mensurado (quantificado),
para que se possa avaliar o desempenho da economia no período. Esta
mensuração pode ser feita tanto pelo lado da produção e venda de bens e
serviços finais na economia (ótica do produto e da despesa), como
também pela renda gerada no processo produtivo (ótica de renda), que é a
remuneração dos fatores de produção (salários (w), juros ( j), aluguéis (a) e
lucros(l)).
As empresas produzem bens e serviços usando vários insumos, tais
como trabalho, terra e capital (prédios e máquinas). Estes insumos são
chamados de fatores de produção. As famílias são as proprietárias destes
fatores, os oferecendo para a produção de bens e serviços.
As famílias e as empresas interagem nos dois mercados. No mercado de
bens e serviços as famílias são compradoras e as empresas vendedoras.
Inversamente, nos mercados de fatores de produção as famílias são
vendedoras e as empresas compradoras.
Empresas Famílias
Mercado de
fatores de
produção
Mercado de
bens e serviços
ConsumoReceita
Salários, aluguéis, juros e lucro
Renda
Venda de bens eserviços
Compra de bens eserviços
Trabalho, terra,capital
Insumos deprodução
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2.3 A ótica da despesa
Para se entender o conceito de agregados macroeconômicos supõe-seuma economia em que só existam três empresas. A empresa A produz trigo,
sendo que o total de sua produção é vendido para a empresa B, que produz
a farinha de trigo. O total de farinha de trigo produzida pela empresa B é
vendido a Empresa C, que produz o pão e o vende aos consumidores finais.
QUADRO I – EMPRESA (A) (PRODUTORA DE TRIGO)
Despesas de Produção Receitas
Salários 80 Vendas de trigo paraJuros 30 Empresa BAluguéis 20Lucro 10
Total140 140
Do lado esquerdo do quadro encontram-se relacionadas as despesas
necessárias para a produção de R$ 140,00 de trigo. Por simplificação e
supondo que só existam as três empresas citadas, o setor trigo não tem
despesas com a compra de matérias-primas, ou seja, a despesa da empresa
A (R$ 140,00) é apenas o que ela gasta com o pagamento ou remuneração
dos fatores de produção: salário, que é a remuneração do trabalho, (80); juros (30), que remunera o capital emprestado; aluguel da terra (20) e,
finalmente, o lucro de (10), que representa a remuneração da capacidade
empresarial, obtida pela diferença entre a receita da vendas (140) e o
pagamento dos demais fatores de produção (80 + 30 + 20 = 130).
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Do exposto até aqui, pode-se verificar a existência de uma identidade ou
igualdade entre produto, renda e despesa. Se a economia fosse constituída
apenas pela empresa A, teríamos:
Produto = 140 de trigo;
Renda = 140, proveniente dos fatores de produção;
Despesa = 140, pagos pela empresa B na aquisição de trigo que, no caso,
representa o consumo total da economia ou também chamada de despesa
agregada.
PRODUTO = RENDA = DESPESA AGREGADA = 140
A empresa B apresenta a seguinte situação com a fabricação da farinhade trigo:
QUADRO II EMPRESA B – PRODUÇÃO DE FARINHA DE TRIGO
Despesa de Produção Receitas
Compra de Trigo da Empresa A 140 Vendas da Farinha de Trigo
Salários 50 para a Empresa C 245Juros 10Aluguéis 15Lucros 30
Total 245 245
Finalmente, para o caso da empresa C, que deseja produzir pães,temos a seguinte formatação das receitas e das despesas.
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QUADRO III EMPRESA C - PRODUÇÃO DE PÃES
Despesas de Produção ReceitasCompra de Trigo da Empresa B245
Vendas de pães para os
Salários 60 Consumidores finais 390
Juros 20
Aluguéis 30
Lucros 35
Total 390 390
Com o entendimento do conceito de Demanda Agregada, pode-se derivar
a chamada Identidade Macroeconômica Fundamental.
Produto Agregado (valor final da produção de bens e serviços) =
Renda Agregada (salários + juros + alugueis + lucros) =
Despesa Agregada (consumo final com bens e serviços)
2.4 Um Pouco de Despesa Agregada (ou Demanda Agregada)
Despesa Agregada é o gasto dos agentes econômicos com o Produto
Agregado. No exercício anterior, bastante simplificado, a Despesa Agregada
é composta apenas pelos gastos das famílias com bens e serviços finais.
Esse gasto é conhecido como o consumo das famílias (C).
O Consumo é igual à compra de pão, 390. Verifica-se que ele é
idêntico ao Produto Agregado, mas medido pela ótica dos agentes da
Despesa.
DEMANDA AGREGADA = CONSUMO
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2.5 Poupança Agregada, Investimento Agregado e Depreciação
A partir de agora se passa a considerar que as famílias não gastam
toda sua renda com a compra de bens de consumo. Na verdade elas
também poupam, consumindo menos do que efetivamente ganham. Da
mesma forma, as empresas não produzem apenas bens de consumo, mas
também bens de capital3 que se incorporam à produção, aumentando a
capacidade produtiva da economia.
2.5.1 Poupança Agregada
A Poupança Agregada (S) é a parte da Renda Agregada (RA) que não
é gasta em consumo.
Poupança Agregada (S) = Renda Agregada – Consumo
Agregado
Diante desta característica, pode-se, afirmar que, pelo lado das
famílias, a Renda Agregada será dividida em duas parcelas, uma referente
ao consumo de bens e serviços e a outra referente à poupança (Poupança
Agregada), gerada pelo total disponível de Renda Agregada menos o
consumo (Consumo Agregado).
Renda Agregada (RA) = Consumo Agregado (C) + Poupança
Agregada (S)
A equação acima é a simples manipulação da equação anteriormente
exposta.
3 Máquinas e equipamentos.
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2.5.2 Investimento Agregado e Depreciação
Em sentido econômico pode-se definir investimento como sendo a
geração ou ampliação da capacidade produtiva das empresas, de tal forma
que, quando uma empresa compra máquinas e equipamentos para ampliar
o seu processo produtivo, esta está realizando um investimento em termos
econômicos. As aplicações de recursos excedentes no mercado financeiro
representam um investimento no sentido financeiro da palavra.
O Investimento agregado (I) é dividido em duas partes: A primeira
referente ao que é chamado de acúmulo (variação) de estoques, que nada
mais é que o total de bens que foram produzidos em período anterior e que
não foram consumidos. A empresa, ao estocar as mercadorias não
vendidas (e que não são perecíveis), está realizando um investimento no
sentido econômico. A segunda parte do Investimento é formada pelos bens
que aumentam a capacidade produtiva da economia, nos moldes dacompra de máquinas, instalações. Estes são comumente conhecidos como
bens de capital.
Conclui-se assim que o Investimento (também chamado de Taxa de
Acumulação do Capital) é composto pelos bens de capital (máquinas e
imóveis), e pela variação de estoques (∆E). Nas contas nacionais as
maquinas e imóveis são também denominados de Formação Bruta deCapital Fixo ou Investimento em capital Fixo (FBKf ou Ibkf).
A partir destas considerações, pode-se definir a variável investimento
a partir da seguinte expressão:
I = FBKf + ∆E
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Deve-se observar que o Investimento Agregado é um conceito que
envolve produtos físicos, ou seja, "investimento em ações" também não
seria considerado investimento no sentido econômico, sendo no entanto
um investimento no sentido financeiro.
A parte do Investimento formada pela Formação Bruta de Capital Fixo
sofre com o processo da depreciação, que seria o desgaste natural devido
a sua utilização no processo produtivo durante um dado período de tempo.
Em decorrência da depreciação, pode-se diferenciar os conceitos de
Investimento Bruto e Investimento Líquido.
Il (Investimento Liquido) = Ib (Investimento Bruto) - d
(Depreciação)
Os bens produzidos na Economia são em parte demandados pelas
famílias, sendo denominados de bens de consumo. De outra parte temos osInvestimentos4 realizados pelas empresas, que assim poderiam ser
chamados de “consumo das empresas”.
Com a inclusão do Investimento feito pelas empresas, pode-se
novamente compor a distribuição da Demanda Agregada:
Demanda Agregada (DA)=
Consumo Agregado (C) + Investimento Agregado (I)
4
Mais a frente, faremos, dentro do tópico das contas nacionais no Brasil, a distinção entre o chamados investimentosprivados e os investimentos públicos.
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2.6 A Identidade Macroeconômica Poupança Agregada igual à
Despesa Agregada
Se for levada em consideração a Identidade Macroeconômica
Fundamental de que Produto Agregado (PA) = Renda Agregada =
Demanda Agregada, pode-se concluir que a Poupança Agregada da
Economia (S) é igual ao Investimento Agregado (I).
Se Renda Agregada (RA) = Demanda Agregada (DA), logo:
Consumo Agregado (C) + Poupança Agregada (S) = Consumo Agregado (C)
+ Investimento Agregado (I)
Poupança Agregada (S) = Investimento Agregado (I)
A conclusão de que a Poupança Agregada da Economia é igual ao
Investimento Agregado parte do pressuposto de as empresas se utilizam da
parcela da Renda Agregada não consumida, a Poupança, financiando os
seus novos projetos através de empréstimos e financiamentos junto ao
sistema financeiro, que é o responsável pela captação da poupança das
famílias.
2.7 O Governo como participante do Processo Econômico
Nas relações negociais entre famílias e empresas existe uma figura
categórica, o governo, agente este que exerce a função tanto de ofertante
de bens e serviços, na forma da justiça, segurança pública, como também
demandante de outros bens e serviços (energia, telefonia, etc.), essenciais
ao funcionamento do Estado.
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O fluxo circular de renda abaixo inclui agora o governo, servindo à
sociedade com os chamados bens públicos e, de outra forma, mantendo o
funcionamento da máquina pública através da cobrança de diversos
tributos.
Com a presença do governo a Renda Agregada passa a ser destinadanão somente para Consumo (C) e Poupança (S), mas também para
pagamento de Tributos5 (T).
Sendo assim, tem-se:
Renda = Consumo(C) + Poupança (S) +Impostos (T)
Observação: A partir de agora utilizaremos os termos sem o complemento agregado,
mesmo se tratando do conjunto da Economia, Ok?
Da mesma forma que o governo cobra impostos para financiar suas
atividades, este realiza gastos para suprir as demandas por consumo de
bens e serviços públicos por parte das famílias e empresas.
5 Por mera simplificação passaremos a utilizar a palavra impostos como sinônima da palavra tributo.
Empresas Famílias
Mercado de
fatores de
produção
Mercado de
bens e serviços
ConsumoReceita
Salários, aluguéis, juros e lucro
Renda
Venda de bens eserviços
Compra de bens eserviços
Trabalho, terra,capital
Insumos deprodução
Governo
impostos impostos
Bens públicos Bens públicos
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Com a inclusão do governo no processo econômico, a Demanda
Agregada passa a ser composta da seguinte forma:
DA = Consumo (C) + Investimento (I) + Gastos do Governo (G)
Sendo válida a Igualdade Macroeconômica Fundamental de que a
Renda Agregada = Demanda Agregada, tem-se que:
C + S + T = C + I + G
Rearranjado os termos, chega-se a seguinte equação:
I = S + (T – G), sendo (T – G) a expressão que caracteriza a
poupança ou despoupança do governo. Esta representa a forma pela qual o
governo administra o orçamento público. Quando ele gasta mais do que
arrecada, necessita realizar operações de empréstimos (crédito) com o
setor privado, para cobrir o déficit incorrido.
Adicionalmente, pode-se tirar outras conclusões a partir do resultado
da equação I = S + (T – G). O investimento agregado (I) ou também FBKf
(Formação bruta de Capital Fixo) + ∆E (variação de estoques) é financiado
pela Poupança das Famílias (Poupança Privada) mais a Poupança ou
Despoupança do governo.
2.8 Algumas conclusões iniciais
Iniciou-se a abordagem do assunto Contas Nacionais - Identidades
Macroeconômicas abordando a interação entre empresas e famílias no
mercado de bens e serviços e no mercado de fatores de produção. No
primeiro deles, verificou-se que os ofertantes são as empresas e os
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demandantes as famílias. Diferentemente, no segundo, os demandantes
são as empresas e os ofertantes as famílias. Com a inclusão do governo,
este passa a interagir com famílias e empresas, ofertando bens e serviços
públicos e demandando bens e serviços para a manutenção de suas
atividades.
Os três agentes econômicos em conjunto denominam a chamada
economia fechada, situação na qual o país não realiza trocas (compra e
venda de bens e serviços) com o resto do mundo.
A partir do próximo tópico será introduzo o resto do mundo como
participante do processo econômico, pelas próprias características de 99%
das economias do globo, de forma a ser medida a efetiva participação do
resto do mundo no resultado das contas nacionais do país.
Ressalta-se desde já a necessidade de que vocês guardem bem estafórmula. Esta afirma que o Investimento em uma economia é derivado do
somatório das poupanças privada (ou das famílias) e pública (ou do
governo):
I = S + (T – G)
Ela é indispensável para a solução de questões que versem sobre asIdentidades Macroeconômicas.
(INSS/AUDITOR – ESAF/2002) Considere os seguintes dados:
poupança líquida =100; depreciação = 5; variação de estoques = 50.
Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e
sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total
são, respectivamente:
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a) 100 e 105
b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50
Comentários:
Algumas questões de concurso informam os dados das variáveis a partir dos
seus valores líquidos. A esse respeito devemos nos preocupar em sempre
utilizar os dados pelos seus valore brutos. Isto ocorre na questão proposta
acima, em que a poupança é dada em termos líquidos. Para que obter o
resultado bruto, ao qual utilizaremos para resolver a questão, deve-se
adicionar a depreciação, destacada como um dos dados da questão. Aliás, aí
vai mais uma dica. Toda vez que existir uma variável líquida, para se chegar
ao resultado bruto, deve-se acrescentar a depreciação, sendo válida também ainversão.
Assim sendo, tem-se que a poupança bruta será o resultado da poupança
líquida adicionada da depreciação.
Sbruta = Slíquida + depreciação = 100 + 5 = 105;
Considerando que se trata de uma economia sem governo, para se obter o
resultado da Formação Bruta de Capital Fixo (Fbkf), deve ser utilizada a
identidade macroeconômica I = S (investimento é igual a poupança).
I = Fbkf + ∆E (variação de estoques)
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Fbkf + ∆E = 105; considerando que a variação de estoques desta economia ao
longo de um período foi de 50, tem-se que Fbkf é igual a 55;
Fbkf + 50 = 105
Fbkf = 55
Gabarito: “letra b”.
3. O Balanço de Pagamentos
Considera-se que o comércio internacional (o comércio entre os países) é
benéfico à economia do nosso país, pois este traz vantagens decorrentes da
divisão do trabalho (bens e serviços disponíveis) e da especialização (cada país
se especializa nos bens e serviços em que possui vantagem comparativa). O
chamado princípio das vantagens comparativas, estudado na parte da
economia chamada de internacional, baseia-se no fato de que se cada país
deve produzir e vender os produtos com os quais possui maior vocação,
produzindo a um menor custo, e assim ensejando um acúmulo de divisas
(dinheiro) suficientes para adquirir os bens e serviços para os quais tem menor
vantagem comparativa6.
Observação: O Brasil, por exemplo, possui vantagens comparativas na
extração (produção) de minério de ferro e de soja, produtos considerados
commodities, que são aqueles produtos que têm o seu preço negociado no
âmbito do mercado internacional, ou seja, a definição do seu valor é
decorrente das relações entre a oferta e a procura pelo em âmbito global.
6 Podemos dizer que o Brasil possui vantagem comparativa em relação aos Estados Unidos na produção de produtos agropecuários.
No caso dos EUA, estes possuem vantagem comparativa na produção de softwares e hardwares. O resultado mais lógico seria a
exportação por parte do Brasil de produtos agropecuários para o EUA e a importação de produtos associados à tecnologia da
informação.
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3.1 Estrutura do Balanço de Pagamentos
O Balanço de pagamentos é um registro estatístico-contábil de todas astransações econômicas realizadas entre os residentes do país com os
residentes dos demais países no mundo, também chamados de não residentes
da economia. De outra forma, pode-se dizer que estão registrados no Balanço
de Pagamentos todas as exportações e importações de mercadorias e serviços,
os fretes de mercadorias, os seguros destas, os empréstimos recebidos e feitos
no exterior por empresas e pelo governo nacional, bem como uma série de
outros bens, serviços e rendas. Diz-se assim que o Balanço de Pagamentos
registra todas as transações com mercadorias, serviços e capitais entre a
economia nacional e o resto do mundo.
A estrutura do Balanço de Pagamentos se divide em duas grandes
partes, os chamados Balanço de Transações Correntes e o Balanço
Financeiro e de Capital. Na maior parte dos concursos as questões versam
sobre as transações correntes que, conforme verificaremos mais adiante, são
responsáveis pelo que chamamos de poupança externa ou despoupança
externa.
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Box referente às regras de contabilização do Balanço de Pagamentos:
Quanto às regras de contabilização do Balanço de Pagamentos, destaca-
se que para as transações correntes, quando as movimentações se
constituírem em despesas a serem pagas ao exterior, estas serão debitadas,
sendo creditadas quando se referirem a receitas obtidas em transações
realizadas com o exterior.
Contabilização das Transações Correntes
Despesas pagas Contas debitadas
Receitas recebidas Contas creditadas
No caso das transações realizadas na Conta Financeira e de Capital,
quando estas se constituírem em empréstimos ou investimentos realizados
para/no exterior, bem como pela amortização de empréstimos e retorno deinvestimentos, respectivamente contraídos e recebidos anteriormente, seu
registro se dará por meio de débitos nas contas (rubricas) específicas. O
registro se dará por meio de créditos nas respectivas contas quando
ocorrerem a contratação de empréstimos do exterior e o recebimento de
investimentos, assim como o retorno de empréstimos e investimentos
anteriormente realizados para/no exterior.
Contabilização da Conta Financeira e de Capitais
Invest. no Exterior./Emprestimos Contas debitadas
Feitos no Exterior / Amort. Emprést.
Contratação de Empréstimos/ Contas creditadas
Recebimento de Investimentos
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A.Balanço Comercial(Mercadorias)
. Importações (débito) (FOB - free on board )
. Exportações (crédito) (FOB - free on board )1 J1~7:4 . ~ . ' ? . ~a.as . ~ . .
B. Balanço de Serviços e Rendas(Resultado Líquido)
Serviços
. Viagens Internacionais (Turismo)
. Transportes (Fretes)
. Seguros
. Serviços Diversos
. Serviços Governamentais (Embaixadas)
. Royalties.
Rendas (dos fatores de produção)
. Salários
. Lucros, Dividendos e bonificações (ações)
. Juros (títulos da dívida)
C.Transferências Correntes(unilaterais)
. Bens doados
. Moeda (dinheiro doado)
Obs.: Excluem-se as transferências relativasao patrimônio de migrantes internacionais.(diplomatas)
D.
Balanço de TransaçõesCorrentes ouSaldo em Conta Corrente (Resultado Líquido de A+B+C)
Déficit ou Superávit
E.
Conta de Capital
. Mutação de Patrimônio de MigrantesInternacionais (diplomatas). Aquisição/cessão de bens não financeirosnão produzidos, tais como cessão de marcase patentes
Conta Financeira “Capitais Autônomos”
. Investimento Brasileiro Direto (no exterior)
. Investimento Estrangeiro Direto
. Reinvestimentos (Multinacionais)
. Empréstimos e financiamentos
. Amortizações
. Investimento em Portfólio (ações e outros)
. Derivativos Financeiros
. Empréstimos de Regularização (FMI, BIRD)
F. Erros e Omissões
G.Saldo do Balanço dePagamentos Resultado Líquidode D + E + F
H. Variação das Reservas InternacionaisVariação das Reservas = Saldo do Bal. de Pgtos.
G + H = 0
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3.1.1 Balanço Comercial
O Balanço Comercial registra as entradas (importações) e saídas(exportações) de mercadorias sob o conceito FOB (free on board ), isto é,
incluindo as despesas até o embarque no navio transportador, seja no país,
seja no exterior. As despesas com seguros e fretes das mercadorias
exportadas e importadas fazem parte do conceito CIF (cost, insurance and
freight ), sendo registradas em contas próprias do Balanço de Serviços. As
entradas de recursos provenientes das exportações são registradas com sinal
positivo enquanto as importações são registradas com sinal negativo.
Toda vez que o volume financeiro das exportações for maior que o das
importações, ocorre um Superávit no Balanço Comercial. Diferentemente,
quando as importações forem maiores que as exportações gera-se um Déficit
no Balanço Comercial.
Nota 1:
O balanço comercial tem apresentado resultado superavitário nos últimos dois anos (em
2009 -US$ 25,3 bilhões) (em 2010 – US$ 20,2 bilhões). Destaca-se, de todo modo, que o
resultado positivo, em 2010, foi inferior ao ocorrido em 2009, decorrente especialmente da
elevação do volume de importações. Importante considerar que os saldos destas contas
podem ser afetados tanto pelo preço quanto pela quantidade dos bens exportados e
importados. A elevação das importações, em 2010, comparativamente a 2009, se deveu
especialmente à apreciação da taxa de câmbio que, neste contexto da aula, significa a
valorização da moeda nacional frente a moeda de troca internacional (dólar), de tal forma que
cada dólar vale cada vez menos reais, o que estimula as importações de bens e desestimula
as exportações.
Série Temporal disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
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3.1.2 Balanço de Serviços e Rendas
O segundo componente do Balanço de Pagamentos é o Balanço deServiços e Rendas. São classificados como Serviços não fatores quando
fizerem referência aos bens não tangíveis, tais como viagens internacionais,
transportes e seguros, sendo estes ainda classificados como não-remunerações
dos fatores de produção. As Rendas, diferentemente dos serviços não fatores,
são remunerações dos fatores de produção (juros, lucros e dividendos), tanto
é que esta parte do balanço também é chamada de balanço de serviços
fatores. Ocorrerá um Superávit no Balanço de Serviços e Rendas quando o
volume financeiro de entrada de recursos for maior que o de saída. Caso
contrário, teremos um Déficit no Balanço de Serviços e Rendas.
Nota 2:
Diferentemente do balanço comercial, o balanço de serviços e rendas tem
apresentado nos últimos dois anos déficits significativos, com resultados
negativos de US$ 52,93 bilhões em 2009 e US$ 70,37 bilhões em 2010 (naverdade o seu histórico é de déficits). Estes déficits são devidos especialmente
à rubrica de rendas (juros e lucros de aplicações financeiras). As principais
subrubricas deficitárias são as referentes ao pagamento de rendimentos sobre
as aplicações em renda variável (ações) e em títulos de renda fixa,
representado, em sua maioria, por dívidas do governo federal.
Série Temporal também disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
3.1.3 Transferências Correntes ou Unilaterais
As Transferências Correntes ou Unilaterais representam as doações e
as remessas de migrantes. Conforme o próprio nome diz, as transações são
unilaterais, ou seja, sem uma contrapartida em bens, serviços ou rendas.
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Não existe a entrada efetiva de recursos. Como estamos falando de um
balanço, que também é estruturado pelo método das partidas dobradas,
para todo crédito ou débito sempre haverá um registro contrário em
alguma outra rubrica, diferenciando-se em qual será em função de se
tratar de doações de bens (alimentos, veículos), que têm contrapartida na
conta de importações, ou de doações em espécie (dinheiro), contabilizadas
no balanço de capitais (conta financeira), conforme veremos mais à frente.
Nota 3:
A rubrica de Transferências Correntes é historicamente positiva, tendo o seuresultado decorrente do fato do Brasil ser uma economia em desenvolvimento,
muito mais recebendo bens e recursos do que remetendo para o exterior.
Nos anos de 2009 e 2010 os seus resultados foram, respectivamente, de US$
3,34 bilhões e US$ 2,78 bilhões.
3.1.4 O Saldo das Transações Correntes
O saldo ou resultado do BP em Transações Correntes é igual à soma dos
saldos do Balanço Comercial, do Balanço de Serviços e Rendas e das
Transferências Unilaterais. Se o resultado for positivo, isto é, se as vendas de
mercadorias, de serviços e rendas, e as transferências unilaterais superarem
as respectivas compras, ou seja, saída de recursos, teremos o que chamamos
de Superávit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes. Deforma inversa, se as aquisições de mercadorias, de serviços e rendas e de
transferências unilaterais superarem as vendas, teremos o chamado Déficit
do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes.
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Nota 4:
Como decorrência da elevação do déficit do balanço de serviços e renda em
2010, frente ao ano de 2009, é a redução do superávit do balanço comercial
no mesmo período, o saldo de transações correntes, nos últimos dois anos,
fechou deficitário nos montantes de US$ 24,3 bilhões e US$ 47,36 bilhões.
(Aud. Subst./TCE-RO – FCC/2010) Dados extraídos da Conta Corrente
do Balanço de Pagamentos do Brasil, referentes ao ano calendário de
2009, em milhões de dólares americanos:
Déficit no Balanço de Transações Correntes................... 24.302
Superávit em Transferências Unilaterais Correntes......... 3.338
Déficit em Rendas e Serviços ......................................... 52.930
Exportação de Mercadorias (FOB) .................................. 152.995
O valor da Importação de Mercadorias (FOB) naquele ano equivaleu,
em milhões de dólares americanos, a
(A) 131.013.
(B) 124.397.
(C) 152.007.
(D) 138.697.(E) 127.705.
Comentários:
Essa questão é muito interessante de ser resolvida, uma vez que consolida
todos os entendimentos pertinentes ao balanço de pagamentos que abordamos
na parte inicial da aula.
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Já são disponibilizadas na questão informações referentes ao resultado das
transações correntes, que neste caso é deficitário, o superávit das
transferências unilaterais, o déficit do balanço de rendas e o resultado da conta
de exportações.
Considerando que a questão solicita do candidato o resultado referente á conta
de importações, basta apenas substituirmos os valores na fórmula já
apresentada, para então chegarmos ao resultado:
TC = (Exp – Imp) + (Balanço de Serv. E Rendas) + (Res. Trans. Unil)
- 24302 = (152.995 – Imp) + (- 52930) + 3338
Imp = 127.705
Viu como fica fácil resolver este tipo de questão por meio da aplicação dafórmula?
Gabarito: letra “e”.
3.2 As contas de Capital e Financeira
A outra parte componente do Balanço de Pagamentos é representada
pela Conta Capital e Financeira. Nas suas rubricas incluem-se todos os regis-
tros de movimentação financeira de ativos e passivos. Trata-se assim dos
“principais7” dos empréstimos e financiamentos, dos investimentos produtivos
e especulativos (portfólio), das amortizações de empréstimos e financiamen-
tos, das operações com derivativos financeiros (opções, futuros), bem como os
7
Toda dívida contraída é composta do principal, que nada mais é do que o dinheiro tomado emprestado, e dos juros a serem pagos
em decorrência do dinheiro tomado emprestado.
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reinvestimentos de lucros obtidos por empresas estrangeiras instaladas no
país.
Destaque: Em adição ao acima narrado, bem como de forma a não repetir
literalmente a descrição dos itens componentes do Balanço de Pagamentos,
reproduzo o link de acesso às informações do Balanço de Pagamentos no
Brasil, disponível no sítio do BACEN:
http://www.bcb.gov.br/pec/sdds/port/balpagam_p.htm
O registro contábil das entradas de recursos nas Contas de Capital e
Financeira também é feito com sinal positivo, assim como nas contas das
transações correntes. Existe, no entanto, uma importante diferença: estes
registros representam o aumento dos passivos com o exterior, uma vez que a
realização de investimentos no país por estrangeiros constitui uma confissão
de dívida, direta ou indireta, além de poder estar suscetível à retirada pelos
investidores quando assim entenderem (aplicações em portfólio). Da mesmaforma, caso ocorram saídas de recursos, será reduzido o passivo do país com o
exterior, destacando-se logicamente que esta redução tende a promover uma
piora no resultado da Conta Financeira e de Capital.
O resultado da Conta Financeira e de Capital poderá ser deficitário ou
superavitário, em função do total de recursos externos que entrarem ou
saírem do país. Esse resultado é apurado mensalmente, sendo sujeito avariações ao longo do ano.
Nota 5:
Sendo o Brasil umas das “vedetes” do cenário internacional, elevou-se
consideravelmente o volume de recursos ingressantes no país destinados à
compra de ativos (papéis) de empresas em bolsas de valores e de títulos
emitidos pelo governo federal e por grandes empresas necessitadas de
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recursos a serem destinados à ampliação de suas capacidades produtivas.
Esta grande “enxurrada” de recursos levou a Conta Financeira e de Capitais a
um superávit, em 2009, de US$ 71,3 bilhões e de US$ 99,66 bilhões em
2010. O volume de recursos tem se elevado tão vertiginosamente que
somente nos seis primeiros meses de 2011 a mesma rubrica já alcança o
montante de US$ 63,04 bilhões.
O principal destaque contributivo para o superávit da conta financeira foi a
rubrica de investimento em carteira (portfólio), representada pela compra de
ações de empresas brasileiras por investidores estrangeiros.
Série Temporal também disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
3.3 Erros ou omissões
Erros ou omissões é a rubrica utilizada para “fechar” o Balanço de
Pagamentos, uma vez que existem pequenas diferenças entre os saldos
constatados nas contas supramencionadas. Considerando a existência de
entradas e saídas de produtos na economia que não são contabilizados,
resultado de contrabandos e descaminhos, além da existência de discrepâncias
temporais em termos das estatísticas de dados, o objetivo da rubrica é a de
zerar as diferenças constatadas.
3.4 O resultado (saldo) do Balanço de Pagamentos
O saldo total do Balanço de Pagamentos é representado pelo
batimento do saldo em Transações Correntes adicionado do saldo da
Conta Capital e Financeira. Se o resultado for positivo temos um Superávit
no Balanço de Pagamentos, também chamado de excesso de entrada de
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divisas estrangeiras. Caso o resultado seja negativo temos um Déficit no
Balanço, representando um excesso de saída de moeda estrangeira. Na
ocorrência de um superávit do BP conclui-se que existirá um aumento das
Reservas Internacionais do país, uma vez que mais entrou moeda estrangeira
do que saiu. No caso contrário, ocorrerá uma diminuição das Reservas
Internacionais.
Importante considerar que todo país apresenta naturalmente dívidas com
o exterior. Trata-se da conhecida dívida externa. Em situações em que
ocorram superávits no balanço de pagamentos, que acaba por aumentar o
nível de reservas internacionais em moeda estrangeira do país, diz-se que este
mesmo país reduziu o seu endividamento externo líquido, que nada mais é do
que a diferença entre o total de dívida que o país possui com o exterior 8 e o
total de reservas internacionais que este mesmo país possui. As dívidas
constituem passivos enquanto as reservas internacionais constituem ativos
para com o exterior.
Nota 6:
Em função dos significativos aumentos dos superávits da Conta Financeira, o
resultado do balanço de pagamentos nos anos de 2009 e 2010 foi positivo,
tendo alcançado os volumes, respectivamente, de US$ 46,65 bilhões e de US$
49,10 bilhões.
No primeiro semestre de 2011 o resultado do BP alcançou US$ 42,91 bilhões.
Os resultados positivos do Balanço têm contribuído nos últimos dois anos e
meio para a elevação do volume das reservas internacionais do país que, até
junho de 2011 alcançaram o montante de US$ 335 bilhões.
8
Destaca-se que a dívida do país que mencionamos não se refere tão somente à dívida pública externa, mas também a toda dívida
privada contraída por empresas e por pessoas físicas com pessoas e empresas estrangeiras.
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3.5 Os “antigos” Capitais Compensatórios
Conforme dissemos, caso o BP seja superavitário ocorrerá uma variação
positiva no volume de reservas internacionais em moeda estrangeira. Já se o
resultado for deficitário, ocorrerá uma variação negativa no volume de
reservas internacionais do país, uma vez que as contas (dívidas) com o
exterior necessitam ser pagas. O fundo responsável por este pagamento é
representado pelo total de aplicações em moeda estrangeira em posse da
União, administradas pelo Banco Central do Brasil. Caso o estoque de reservas
não seja suficiente para fazer frente ao déficit do balanço de pagamentos o
Brasil terá que lançar mão dos chamados Empréstimos de Regularização,
tal como o recebido pelo Brasil para fazer frente crise internacional ocorrida em
1999.
Destaca-se que, segundo a nova metodologia de apuração do BP, os
empréstimos de regularização (FMI) são registrados na Conta Financeira,mesmo sendo utilizados apenas para fechamento do resultado negativo do
próprio BP.
A interpretação acima narrada parte do pressuposto de que o Balanço de
Pagamentos, assim como um balanço de empresa, deve fechar. Ainda
novamente, se o resultado do Balanço de Pagamentos for deficitário, e não
existir saldo suficiente de Reservas Internacionais, a necessidade deempréstimos será positiva.
Dessa maneira podemos repetir que um Superávit no BP indica uma
variação positiva das Reservas Internacionais (sobra de dinheiro proveniente
de superávits do balanço). Vale reforçar novamente que os empréstimos de
regularização referem-se às linhas de recursos especiais de organismos
internacionais utilizados para financiar o Déficit do BP, tais como os emprésti-
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mos do FMI, do Banco de Compensações Internacionais, etc. A variação das
Reservas Internacionais representa o movimento líquido de entrada e saída de
divisas, como Dólares, Euros, Pesos e Ouro Monetário.
Outro ponto importante de ser considerado refere-se ao denominado
Passivo Externo. Conforme foi verificado, na ocorrência de um déficit nas
transações correntes, deve existir um conseqüente superávit da Conta de
Capital e Financeira com o objetivo de fechamento do BP sem a necessidade
de serem utilizadas as Reservas Internacionais.
Como esse fechamento em equilíbrio se dá apenas em teoria, é comum a
variação das Reservas. Ocorre que, em condições em que as Transações
Correntes apresentem resultado deficitário, haverá a necessidade natural da
ocorrência de resultado superavitário da Conta Capital e Financeira. Esta conta
demonstra a variação do Passivo Externo do país, sendo que caso esta
necessite ser superavitária, ocorrerá por conseqüência uma variação positivado Passivo Externo. Adicionalmente, destaca-se que este Passivo Externo pode
ser mensurado de forma bruta ou líquida. Será Passivo (ou Endividamento)
Externo Bruto quando não forem abatidas do seu resultado o Saldo de
Reservas Internacionais do país. Diferentemente, será considerado Passivo
Externo Líquido quando forem abatidas do saldo do passivo as Reservas
Internacionais.
Por fim, é importante considerar que este Passivo Externo Bruto poderá
se transformar em Ativo Externo Líquido, desde que o saldo de Reservas
Internacionais seja maior do que o próprio Passivo Externo Bruto.
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3.6 Definição de Renda Liquida Enviada ao Exterior – RLEE
Ao conceituarmos o Balanço de Pagamentos, verificamos que estesrecursos se subdividem em:
Rendas dos Fatores de Produção (salários, lucros, dividendos e
juros), que recebem este nome por remunerarem os fatores de
produção empregados no processo produtivo. (Relembre-se que os
lucros são a própria renda da atividade produtiva, os juros são a
remuneração ou renda do capital empregado).
A Renda Liquida Enviada ao Exterior - RLEE é exatamente o
resultado proveniente do total das rendas enviadas ao exterior menos o total
das rendas recebidas do exterior.
RLEE = Renda Enviada ao Exterior – Renda Recebida do Exterior
Denomina-se RLEE por um simples fato: Como a quantidade de
empresas estrangeiras instaladas no Brasil é muito superior o número de
empresas brasileiras instaladas no exterior, o total de Renda Enviada é maior
que o de Renda Recebida.
Destaque: Entenda bem esse conceito, pois ele será bastante necessário no
estudo das contas nacionais.
3.7 O Resultado das Transações Correntes como (Des) Poupança
Externa
A ocorrência de Déficit ou Superávit no Balanço de Pagamentos em
Transações Correntes tem resultados diretos sobre a Identidade
Macroeconômica já estudada. Considerando que o saldo das Transações
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Correntes é responsável pela medição das transações com o exterior, caso
ocorra déficit, ou seja, o país mais compre do que venda bens, serviços e
rendas do exterior, ocorrerá um aumento da Poupança Externa, também
entendida como um Superávit do Setor Externo. Diferentemente, caso o
país mais venda bens e serviços do que compre, teremos um Déficit do Setor
Externo, também chamado de Despoupança Externa.
Pode-se traduzir o resultado da poupança ou despoupança externa por
meio das equações abaixo, em que “X” representa o somatório, em dinheiro,
de bens (exportações) e serviços não fatores; “RRE” são as rendas recebidas
do exterior e “TUrec” as transferências unilaterais de entrada. De forma
contrária, “M” representa o total de bens e serviços não fatores; “REE” são as
rendas enviadas ao exterior e “TUenv” as transferências unilaterais enviadas
ao exterior. Dessa forma temos:
Se (X + RRE + TUrec – M – REE - TUenv) > 0, teremos
Superávit com o exterior, também chamado de Despoupança
Externa ou mesmo de Superávit em Transações Correntes; e
Se (X + RRE + TUrec – M – REE - TUenv) < 0, teremos Déficit
com o exterior, chamada de Poupança Externa ou mesmo Déficit
em Transações Correntes.
Vale mencionar que em questões de concursos o examinador utiliza o
conceito da poupança externa e suas derivações em diversas formas. Vejamos
algumas características:
• Quando o examinador falar em “Exportações de bens e
serviços não fatores”, ele está fazendo a soma de
todas as Exportações de bens e de serviços não fatores
de produção, ou seja, serviços que não sejam rendas
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provenientes dos fatores de produção. Na verdade o
examinador está apartando as Rendas Recebidas do
Exterior, que representam a remuneração dos fatores
de produção presentes no exterior;
• Quando o examinador falar de “Importações de bens e
serviços não fatores” ele está fazendo a soma de todas
as Importações de bens e de serviços não fatores, ou
seja, de serviços que também não sejam rendas
provenientes dos fatores de produção. Na verdade, o
examinador está apartando as Rendas Enviadas ao
Exterior.
Vamos agora a mais uma questão antiga, mas bastante útil e que aborda
a metodologia descrita acima:
(APO/MPOG – ESAF/2003) Considere os seguintes dados para uma
economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores =
100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no
balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas
identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e
com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.
Perceba que desde o início o examinador já fala em exportações de bens
e serviços não-fatores, ou seja, se são não-fatores, deve-se excluir todo o
tipo de renda proveniente dos fatores de produção. Segunda coisa, o
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examinador fala em exportações de bens e serviços, incluindo não só o
balanço comercial, mas também o balanço de serviços.
Feita estas considerações passemos a calcular o resultado.
A questão fala do balanço de pagamentos em transações correntes, que
é composto pelo balanço comercial, pelo balanço de serviços e rendas e pelas
transferências unilaterais. Dessa forma, tem-se:
• balanço de transações correntes é deficitário em 10;
• exportações de bens e serviços não-fatores = 100;
• importações de bens e serviços não fatores = 50
• transferências unilaterais (não se fala, logo consideramos = 0)
Lembrando que fórmula do balanço de transações correntes =
(X – M) – RLEE + TU
-10 = (100 – 50) – RLEE + 0
- RLEE = - 60
RLEE = 60
Como a Renda é LIQUIDA enviada ao exterior, concluímos que está ocorrendo
maior saída de renda proveniente dos fatores de produção do que entrada.
Gabarito: letra “a”.
Obs.: Vale lembrar que caso exista valor para as transferências unilaterais,
deve-se aplicar o sinal de acordo com o seu resultado.
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Para fins de entendimento e consolidação, será mantida a expressão do
saldo do balanço de Pagamentos em Transações Correntes na forma já
expressa, ou seja, TC = (M – X), não esquecendo de aplicar, é claro, a fórmula
pertinente para cada tipo de questão!
Para fixação, tem-se mais uma simples questão a respeito do Balanço de
Pagamentos:
(ECONOMISTA/EMATER – FUNDATEC/2008) Observando-se o saldo da
conta de transações correntes do balanço de pagamento de um país
podemos observar que o país está incorrendo em déficit em relação ao
resto do mundo. Tal déficit poderá resultar, em um determinado ano,
de:
I – Poupança externa nula.
II – Pagamento de juros da dívida externa superior ao superávitcomercial.
III – Importações maiores que as exportações, estando o restante da
conta corrente em equilíbrio.
Marque:
a) se apenas a I estiver correta.
b) se apenas a II estiverem corretas.c) se apenas a I e a II estiverem corretas.
d) se apenas a II, a III estiverem corretas.
e) se a I, a II, a III estiverem corretas.
Comentários:
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Conforme descrito na análise do resultado do balanço de pagamentos em
transações correntes, toda vez que ocorrer um déficit nesta conta, gera-se, por
conseqüência, uma poupança externa positiva. Sendo assim pode-se
concluir que a alternativa “I” está incorreta.
Analisando a alternativa “II”, verifica-se que quando o pagamento de juros ao
exterior é superior ao superávit comercial, existe um grande indicativo de que
ocorrerá um déficit das transações correntes e uma conseqüente geração de
poupança externa, já que as transferências unilaterais, mesmo sendo
superavitária com o exterior, não será superior ao resultado negativo
proveniente do pagamento de juros da dívida externa. De acordo com este
entendimento conclui-se que a assertiva “II” está correta.
Quando os demais itens das transações correntes (balanço de serviços, de
rendas e transferências unilaterais) estão em equilíbrio, na ocorrência das
importações maiores do que as exportações, o resultado será um déficit nastransações correntes. Com essa conclusão pode-se então afirmar que a
assertiva “III” também está correta.
Gabarito: letra “d”.
3.8 As Transações com Exterior e a sua inclusão na Demanda
Agregada
Relembrando que a Demanda (ou Despesa) Agregada é formada pelos
bens e serviços consumido das famílias (C), pelos investimentos (I) realizados
pelas empresas, pelos gastos do Governo (G), fica possível compreender que
as Exportações de bens e serviços não fatores (X) representam o consumo do
resto do mundo e que as Importações de bens e serviços não fatores (M) são
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exatamente o consumo adicional que nosso país tem além daquele realizado
no mercado interno.
Adicionando as exportações e as importações a fórmula da demanda
agregada, tem-se:
DA = C + I + G + X – M
As Importações incorporadas à Demanda Agregada são precedidas do
sinal negativo simplesmente porque o consumo adicional representa um
vazamento para o exterior da renda gerada na economia nacional. Destaca-se
que a fórmula da Demanda Agregada acima é conhecida na Economia como
Produto Interno Bruto – PIB.
Caso seja feita a mudança das importações para o lado esquerdo da
fórmula, chega-se ao conceito da Oferta Global, que é a representação de
todos os bens e serviços disponíveis na economia nacional mais os bens e
serviços importados do resto do mundo.
DA + M = C + I + G + X
3.9 Igualdade entre Renda Agregada e Demanda Agregada numa
Economia Aberta com a presença do Governo
Numa economia aberta e com governo a Identidade Macroeconômica
Renda = Demanda continua válida. Desta forma, incorporando-se o resto do
mundo à equação chega-se a seguinte expressão:
Renda Agregada = C + S + T
Demanda Agregada = C + I + G + X – M, logo:
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C + S + T = C + I + G + X – M, rearranjando os termos:
I = S + (T – G) + (M – X)
Relembrando que:
(I) refere-se ao Investimento de uma Economia (valor bruto);
(S) representa a poupança das famílias ou do setor privado (valor
bruto);
(T – G) representa a poupança (superávit) do governo; e
(M – X) representa a poupança (déficit das transações correntes) externa
ou do resto do mundo.
O que a expressão acima explicita é que o somatório das poupanças
privada, do governo e do resto do mundo é responsável pelo financiamento do
investimento no país. É a partir desta expressão que se pode resolver se não
todas, a grande parte das questões que versem sobre as contas nacionais.
Atenção!!!
Destaca-se que somente na derivação da fórmula acima é que
chamamos (M – X) de poupança externa. Seu resultado é igual ao resultado
das transações correntes com sinal invertido. Cabe lembrar que as transações
correntes são formadas por:
(X – M) + RRE – REE + Transf. Unil. Recebidas – Transf. Unil. Enviadas
Procure guardar muito bem estaexpressão. Ela será primordial naresolução de questões sobre contasnacionais!
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3.10 Produção, Produto a Custo de Fatores e a Preços de Mercado
No início do curso definiu-se a expressão do produto (PIB) daeconomia, sendo derivado do somatório das quantidades dos bens
multiplicado pelo valor monetário de cada unidade produzida. Considerando
no entanto a dificuldade de se estabelecer o valor agregado de cada etapa do
processo produtivo, para que se pudesse chegar ao resultado do Produto
Interno, adotou-se uma única forma, que é representada pelo resultado de
toda riqueza produzida no país diminuída do total do consumo intermediário
utilizado na produção. A este resultado atribuímos o nome de valor
adicionado, que nada mais é que o PIB do país em determinado período de
tempo.
Nesse momento a grande novidade desta expressão é derivada dadiferença conceitual de que é definido por PIB a custo de fatores e PIB a
preços de mercado.
O PIB calculado pelo método do Valor Adicionado nos informa o resultado
da riqueza gerada no país ao custo dos fatores de produção (salários,
juros, aluguéis e lucros) utilizados no processo produtivo (PIBcf).
Para que calcular ao resultado do valor adicionado da economia a
preços de mercado, ou melhor, do PIB a preços de mercado (PIBpm), que é
o real valor de venda dos produtos, deve-se incluir os impostos indiretos e
se excluir os subsídios concedidos.
Desta forma temos:
Valor adicionado = Valor bruto da produção - Consumo de bens e serviços intermediários
(receita total das vendas) (custo dos bens intermediários)
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PIB (a preços de mercado) = (Valor Bruto da Produção – Consumo
Intermediário) + Impostos Indiretos – Subsídios
Para que seja feita a consolidação desta expressão e o seu
entendimento, apresenta-se uma questão do Concurso para Auditor da
Receita Federal de 2005 para fixarmos este conceito:
(AFRF/SRF – ESAF/2005) - Considere os seguintes dados, extraídos de
um sistema de contas nacionais – conta de bens e serviços – quesegue a metodologia adotada atualmente no Brasil (em unidades
monetárias): Produção total: 1.323; Importação de bens e serviços:
69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final: 630; Formação bruta
de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; Exportações de bens e
serviços: 56. Com base nessas informações, o consumo intermediário
dessa economia foi
a) 700b) 600
c) 550
d) 650
e) 628
Comentários:
Veja que a questão fala em Produção total, entendido por nós como o Valor
Bruto da Produção (1323); A questão também informa que o valor dos
impostos é igual a 84.
Sendo assim, vale aqui uma grande informação, advinda da nova
formatação das Contas Nacionais, adota no Brasil a partir de 2001:
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Pela ótica dos recursos econômicos a oferta é igual à produção mais as
importações enquanto que na ótica dos usos da economia a demanda total
é igual ao consumo intermediário, isto é, a parte do produto que se dirige a
outros setores da economia para serem transformados, adicionado a
demanda final.
Valor Bruto da Produção + Importações (M) = Consumo Intermediário
+ Demanda Final (C + I + G + X)
Rearranjando os termos:
Valor Bruto da Produção - Consumo Intermediário = Demanda Final (C
+ I + G + X) – Importações (M).
Relembrando que:
Valor Bruto da Produção - Consumo Intermediário = PIBcf
Sabe-se que para se calcular ao valor do PIBpm necessitamos retirar da
produção o consumo intermediário e incluir o valor dos impostos sobre
produtos ou indireto.
Com isso tem-se:
PIBpm = Produção – Consumo Intermediário + Impostos sobre produto
PIBpm = 1323 – Consumo Intermediário + 84
Na expressão acima não é expresso o valor do Consumo Intermediário, mas,
no entanto, sabe-se a expressão do PIBpm sobre os USOS da economia.
Lembra-se da expressão PIB pm = C + I + G + X – M?
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Então, na questão só se fala em Consumo final e não em consumo das
famílias. Não se fala também dos gastos ou consumo do Governo. Algum
problema?? Não! Quando a expressão fala em consumo final, esta está
fazendo referência ao consumo dos dois agentes econômicos internos,
Famílias e Governo! Esta interpretação faz parte da nova metodologia
adotada pelo IBGE a partir de 1996.
Finalmente, no caso do Investimento, vemos que ele está bem dividido em
FBKf + ∆E.
Vamos então ao resultado!
PIBpm pelo lado dos recursos = PIBpm pelo lado dos usos
1323 – Consumo Intermediário + 84 = 630 + 150 + 12 + 56 – 69
Consumo Intermediário = 628
Gabarito: letra “e”.
Ao se encontra a composição da Demanda Agregada, foi dito que seu
resultado era chamado de PIB - Produto Interno Bruto da Economia (Y). A
equação do PIB é formada pelo consumo das famílias, pelo investimento
das empresas, pelos gastos do governo, pelas exportações de mercadorias
e serviços e pelas importações de mercadorias e serviços.
PIB (Y) = C + I + G + X – M
Da expressão do PIB (Y) chegou-se a fórmula da OFERTA GLOBAL,
representada por toda produção de bens e serviços da economia nacional
voltada ao mercado interno e externo, somada à parte da produção externa
destinada ao mercado nacional. Adicionalmente, concluiu-se que o lado direito
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da equação, em que consta o consumo familiar, o Investimento da economia,
os gastos do governo e as exportações, corresponde a DEMANDA GLOBAL, ou
seja, o total de bens e serviços demandados pelas unidades econômicas
nacionais, adicionada da unidade econômica resto do mundo.
PIB (Y) + M = C + I + G + X
(OFERTA GLOBAL) = (DEMANDA GLOBAL)
3.11 O Produto Interno Líquido - PIL
O PIB da economia, em especial o componente investimento (I), sofre
com a Depreciação decorrente do uso. Assim, quando excluída a depreciação
do cálculo do PIB, se obtém o Produto Interno Líquido.
PIL = PIB – Depreciação
3.12 O Produto Nacional Bruto – PNB
Sabe-se, conforme verificado no estudo do balanço de pagamentos,
que existem na economia fatores de produção que pertencem a não-
residentes, cuja renda derivado dos seus usos é remetida ao exterior na
forma de juros, lucros e royalties. Da mesma forma existem residentes que
possuem fatores de produção fora do país, recebendo rendas do exterior
proveniente destes fatores. Ao ser realizada a soma das rendas recebidas
do exterior e subtraídas as rendas enviadas ao exterior ao PIB chega-se à
mensuração do Produto Nacional Bruto, que representa a renda da
economia efetivamente pertencente aos nacionais.
PNB = PIB + Rendas Recebidas do Exterior (RRE) - Rendas Enviadas
ao Exterior (REE)
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(Auditor-Fiscal/Sec. Fazenda RJ – FGV/2011) Um determinado país
envia renda no valor de $ 2.000 para o exterior e recebe rendas no
valor de $ 3.000. Com base na informação acima, é correto afirmar
que
(A) PIB > PNB.
(B) PIB < PNB.
(C) PIB = PNB.
(D) PIB < PNL.
(E) PN L > PNB.
Comentários:
Trata-se de uma questão bastante simples de ser resolvida. Considerando
que a renda recebida do exterior (RRE) foi maior do que a renda enviada
ao exterior (REE), tem-se uma Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE).
Neste contexto, temos:
PNB = PIB + REE – RRE
Sendo RRE > REE, temos que PNB > PIB
Gabarito: letra “b”.
A diferença entre a Renda Recebida e a Renda Enviada ao Exterior é
chamada de Renda Líquida de Fatores Externos. No Brasil como a Renda
Enviada supera a Renda Recebida, a diferença é chamada de Renda Líquida
Enviada ao Exterior - RLEE.
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3.13 Produto Nacional Líquido – PNL
Deduzindo a Depreciação do PNB, chega-se ao cálculo do PNL.
PNB - Depreciação = PNL
3.14 Renda Nacional Líquida a Custo dos Fatores – RNLCF
O preço de mercado de um produto normalmente está acima do valor
da remuneração dos fatores de produção necessários ao processo produtivo.
Isto ocorre porque no preço dos produtos estão incorporados os impostos
indiretos cobrados pelo governo (ICMS, IPI, ISS, etc.). Em outros casos,
quando o produto é essencial para a população, o governo subsidia a
produção, fazendo com que o preço pelo qual o produto é vendido seja
inferior ao seu custo. Imagine por exemplo que o governo conceda
subsídios ao produtor de trigo para que este tenha condição de vendê-lo
abaixo do custo de produção sem sofrer prejuízo. Na verdade, o que ocorre
é que o diferencial entre o preço de mercado e o preço cobrado pelo
produtor é coberto pelo governo. Destaca-se que este tipo de política de
incentivos é muito comum para os bens de primeira necessidade.
Assim sendo e partindo-se do conceito de RNLCF (ou PNLCF), para se
chegar ao Produto Nacional Líquido a preços de mercado (PNLPM) deve-se
somar os impostos indiretos e subtrair os subsídios recebidos.
RNLCF + Impostos Indiretos – Subsídios
3.15 Renda Nacional Disponível
Este conceito procura medir o quanto da renda gerada no processo
econômico fica em poder dos agentes econômicos privados.
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Com base na Renda Nacional Líquida a custo dos fatores - RNLCF ou
Renda Nacional, deve-se deduzir os lucros retidos pelas empresas para
reinvestimentos, pois apesar desta parcela da renda se encontrar de posse
das empresas, não é transferida de imediato à s famílias. Deve-se ainda
deduzir os impostos diretos (imposto de renda) e as contribuições
previdenciárias pagas pelas famílias e empresas ao governo. Por último,
deve-se deduzir as demais receitas correntes do governo e adicionar as
transferências correntes do governo (aposentadorias) às famílias.
Destaca-se ainda que, para se calcular a Renda Disponível Bruta
necessita-se adicionar a Depreciação ocorrida no período.
3.16 Excedente operacional Bruto
O Excedente Operacional Bruto é definido como o saldo resultante do
valor adicionado (PIBpm) deduzido das remunerações pagas aosempregados, dos rendimentos dos autônomos e dos impostos indiretos
líquidos de subsídios. É uma medida do excedente gerado pela produção
antes da dedução de quaisquer encargos na forma de juros, rendas ou
outros rendimentos de propriedade a pagar sobre ativos financeiros,
terrenos ou outros ativos tangíveis. Como forma de associação com a
contabilidade, este reflete com proximidade o conceito do Lucro Operacional.
EOB = PIBpm – Impostos Indiretos (sobre a produção e a
importação) + Subsídios – Rem. Emp. – Rem. Aut.
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3.17 Diferenças entre Investimento Privado e Público e o Déficit
Público
Quando abordada a composição da variável Investimento, foi dito que
esta é subdividida em Formação Bruta de Capital Fixo e Variação de Estoques.
Até aquele momento o entendimento era de que as empresas privadas
realizavam investimentos. De todo modo, ocorre que o governo também
realiza Investimentos, na forma de construção de estradas, portos, hospitais,
escolas e outros, o que faz com que este tenha representatividade no resultado
do investimento realizado na economia e, consequentemente, no resultado das
Contas Nacionais. Assim sendo, pode-se dizer agora que o componente
investimento da demanda agregada será composto por:
I = Investimento Privado + Investimento Público
Se for aplicado este conceito da identidade macroeconômicafundamental, chega-se ao seguinte resultado:
IPRIVADO + IPÚBLICO = SPRIVADA + SPÚBLICA(ou do governo) + SEXTERNA
Passando as variáveis do governo todas para um único lado da
equação, tem-se que:
IPÚBLICO - SPÚBLICA(ou do governo) = SPRIVADA - IPRIVADO + SEXTERNA
O resultado do lado esquerdo da equação pode ser positivo ou
negativo. Assim, se o investimento público for superior a poupança pública
gera-se o famosíssimo DÉFICIT PÚBLICO. Se o investimento público for
menor do que a poupança pública gera-se o chamado SUPERÁVIT
PÚBLICO ou das CONTAS PÚBLICAS.
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Observação: Muitas questões de concursos utilizam variáveis líquidas da
depreciação. O resultado deste fato é o de que sempre que aparecem nas
questões resultados líquidos, por exemplo, Produto Interno Líquido, Produto
Nacional Líquido, Consumo Líquido, Poupança Líquida, temos que adicionar a
estas variáveis a depreciação, como forma de chegarmos ao resultado da
questão.
Passemos agora à resolução de algumas questões cobradas em provas.
Um grande abraço,
Mariotti
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Resumo das Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
PRODUTO = DESPESA = RENDA
Pela ótica da despesa (y) = C + I + G + X – M
A despesa mostra como se distribuem os gastos pelos quatro agentes de
despesa (consumidores, empresas, governo e estrangeiros).
Pela ótica da renda (y) = C + S + T
Esta identidade mostra como a renda é utilizada pelas famílias. Lembre-se
que a renda bruta é advinda na forma de salários, juros, aluguéis e lucros.
Igualando as duas tem-se que:
I + G + X = S + T + M
Rearranjando os termos:
I = S + (T-G) + (M-X), sendo o investimento bruto da economia formado
pela poupança das famílias + poupança do governo + poupança externa.
Pode-se ainda obter o resultado pela ótica do produto, sendo:
PIB = C + I + G + X – M = DIB
Se for invertido a posição das importações na fórmula tem-se que:
PIB + M = C + I + G + X, onde, PIB + M é a OFERTA GLOBAL, que
representada tudo que é disponibilizado para a coletividade, seja no país,
seja no exterior.
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Questões Propostas:
1 – (Auditor-Fiscal/Sec. Fazenda RJ – FGV/2011) O país Z possui uma
economia com três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita
da seguinte forma:
Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago emsalários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300.
Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O PIB dessa economia é de $ 2.000.
II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500.
III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
2 – (Auditor/TCE-PA – FGV/2008) Seja uma economia fechada e sem
governo com três setores produtores de trigo, farinha e pão,
respectivamente.
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Na tabela acima, VBP indica Valor Bruto da Produção, e CI, Custos
Intermediários.
Sabendo-se que o montante total de salários pagos nessa economia é
de Z$300, o total de pagamentos com aluguéis é de Z$200 e o total
pago com juros é de Z$300, assinale a alternativa correta.
(A) O PIB desse país é de Z$1500.
(B) O lucro total dessa economia é de Z$200.
(C) A renda total dessa economia é de Z$800.
(D) O PIB é Z$500 maior do que a renda.
(E) O PIB é de Z$900.
3 – (Analista de Controle Interno/Sec. Fazenda RJ – FGV/2011) Os
dados abaixo são do Balanço de Pagamentos brasileiro de 2010.
Assumindo que essas são as únicas subcontas discriminadas do
Balanço de Pagamentos, o saldo da Balança de Serviços e Rendas é
(A) –U$ 7,485 milhões.(B) –U$ 27,751 milhões.
(C) U$ 70,249 milhões.
(D) –U$ 39,251 milhões.
(E) U$ 77,734 milhões.
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4 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2009) O fato de um
país ter um déficit na conta-corrente de seu balanço de pagamentos
significa que
(A) está havendo perda de reservas internacionais.
(B) seu balanço comercial é deficitário.
(C) a conta de capital do seu balanço de pagamentos é superavitária.
(D) a poupança externa que está entrando no país é positiva.
(E) a renda líquida enviada ao exterior é positiva.
5 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2008) Se o valor, em
dólar, das exportações de bens exceder ao das importações, pode-se
afirmar que
(A) o regime cambial é flutuante.
(B) o PIB é maior que o PNB.
(C) haverá um aumento nas reservas internacionais no final do período.
(D) há um superávit em conta corrente do balanço de pagamentos.(E) há um superávit comercial do balanço de pagamentos.
6 – (ANALISTA/BACEN – CESGRANRIO/2010) O Produto Interno Bruto
de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto,
no mesmo ano, se a(o)
a) entrada de poupança externa for elevada.
b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações.c) renda líquida recebida do exterior for positiva.
d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar.
e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo.
7 – (ECONOMISTA/ELETROBRAS – CESGRANRIO/2010) A conta
corrente do balanço de pagamentos de um país está superavitária
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quando ocorre uma redução no pagamento de juros e dividendos para
o exterior. Em consequência,
a) aumenta o superávit em conta corrente.
b) aumenta a entrada líquida de capitais externos.
c) há uma queda nas reservas de divisas internacionais dos residentes do país.
d) há uma desvalorização cambial da moeda do país.
e) não se altera o superávit em conta corrente.
8 – (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) O Produto Interno
Bruto (PIB) de um país
a) exclui as mercadorias exportadas.
b) inclui as mercadorias importadas.
c) é uma medida de sua riqueza material.
d) é invariavelmente crescente com o tempo.
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB).
9 - (ECONOMISTA/INEA – CESGRANRIO/2006) O PIB e o PNB são
medidas do produto agregado da economia de um país. Uma
comparação que se pode estabelecer entre elas é:
a) o PIB é sempre maior que o PNB.
b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil.
c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for
positiva.d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no
Banco Central aumentarem.
e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário.
10 - (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) Um país recebe
poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.
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b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos.
c) exporta mais do que importa (balanço comercial superavitário).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.
11 – (AFRFB/SRFB – ESAF/2009) Considere as seguintes informações
extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:
Poupança privada: 300
Investimento privado: 200
Poupança externa: 100
Investimento público: 300
Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do
governo foi:
a) de 200 e o superávit público foi de 100.
b) de 100 e o déficit público foi de 200.c) negativa e o déficit público foi nulo.
d) de 100 e o superávit público foi de 200.
e) igual ao déficit público.
12 - (APO/MPOG – ESAF/2010) A diferença entre Renda Nacional
Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui:
a) o valor das importações.b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras.
c) o saldo da balança comercial do país.
d) o valor da renda líquida de fatores externos.
e) o valor das exportações.
13 - (AFRFB/SRFB – ESAF/2009) Considere a seguinte identidade
macroeconômica básica:
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Y = C + I + G + (X – M)
onde C = consumo agregado;
I = investimento agregado; e
G = gastos do governo.
Para que Y represente a Renda Nacional, (X – M) deverá representar o
saldo:
a) da balança comercial.
b) total do balanço de pagamentos.
c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo.
d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços.
e) do balanço de pagamentos em transações correntes.
14 - (APO/MPOG – ESAF/2010 – com alterações) Quanto ao balanço
de pagamentos de um país, sabe-se que:a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes,
salvo erros e omissões.
b) o saldo do balanço de pagamentos, se positivo (superávit), implica redução
em igual medida do endividamento externo líquido, no período.
c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do
balanço de pagamentos.
e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de
transações correntes, salvo erros e omissões.
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15 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2008) Considere os seguintes dados,
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;
Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;
Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente:
a) 50 e 50.
b) 100 e 150.
c) 50 e 100.d) 100 e 50.
e) 150 e 100.
16 - (AFRF/SRF – ESAF/2005) - Considere as seguintes informações
para uma economia hipotética (em unidades monetárias):
investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço
de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo emconta corrente: 400. Com base nessas informações e considerando
as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um
sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança
líquida do setor privado foi igual a:
a) 170
b) 200
c) 140
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d) 210
e) 120
17 – (AFRF/ESAF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção do
sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados
(em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo Intermediário:
1.011.751; Impostos sobre produto: 119.394; Imposto sobre
importação: 8.430; Produto Interno Bruto: 1.086.700. Com base
nestas informações, o item da conta "demais impostos sobre produto"
foi de:
a) 839.482
b) 74.949
c) 110.964
d) 128.364
e) 66.519
18 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2008) Considere os seguintes dados,
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;
Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente:
a) 50 e 50.
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b) 100 e 150.
c) 50 e 100.
d) 100 e 50.
e) 150 e 100.
19 – (EPPGG/MPOG – ESAF/2009) Considere os seguintes dados
extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades
monetárias:
Produto Interno Bruto: 1.162;
Remuneração dos empregados: 450;
Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;
Impostos sobre a produção e importação: 170;
Subsídios à produção e importação: 8;
Despesa de consumo final: 900;
Exportação de bens e serviços: 100;
Importação de bens e serviços: 38.
Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de
capital fixo e para o excedente operacional bruto serão,
respectivamente,
a) 300 e 362
b) 200 e 450c) 400 e 200
d) 200 e 400
e) 200 e 262
20 - (AFC/STN – ESAF/2008) Considere os seguintes dados, em
unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética:
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● Consumo do Governo: 200
● Transferências realizadas pelo Governo: 100
● Subsídios: 20
● Impostos Diretos: 300
● Impostos Indiretos: 400
● Outras Receitas Correntes do Governo: 120
● Exportações de bens e serviços: 100
● Importações de bens e serviços: 200
● Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100
● Variação de Estoques: 100
● Poupança Bruta do Setor Privado: 200
Com base nessas informações, e considerando as identidades
macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta
de capital fixo é igual a:
a) 950b) 900
c) 700
d) 750
e) 800
21 - (AFPS/INSS – ESAF/2002) Levando-se em conta a identidade
macroeconômica “poupança = investimento”, numa economiaaberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg
=poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança
privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É
correto afirmar que
a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr
b) D = Sext
b) D = Spr + Ipr + Sext
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d) D = Sg – Ig
e) D = Spr – Ipr + Sext
22 - (Agente Fiscal SP/SEC. FAZENDA – FCC/2006) São dadas as
seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma
determinada economia:
Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o
exterior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia
corresponde a
a) 84.000
b) 98.000c) 109.000
d) 119.000
e) 132.000
23 - (Agente Fiscal SP/SEC. FAZENDA – FCC/2006) São dadas as
seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma determinada
economia: Sobre o balanço de pagamentos, é correto afirmar quea) um superávit no saldo das transações correntes equivale a uma diminuição
dos ativos externos líquidos em poder dos residentes desta economia.
b) o pagamento de juros sobre empréstimos recebidos do exterior é registrado
na conta de capital.
c) há diminuição das reservas internacionais do país, se o saldo do balanço de
pagamentos é positivo.
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d) o valor dos lucros reinvestidos na economia doméstica por residentes no
exterior é computado no balanço de serviços.
e) há transferência líquida de recursos para o exterior quando as importações
de bens e serviços não-fatores apresentam valor maior que as exportações de
bens e serviços não-fatores.
24 - (AUDITOR/TCE-AL – FCC/2008) O agregado macroeconômico que
mede a produção de um país, seja esta produção realizada com fatores
de produção de residentes no país ou residentes no exterior, mas que
estejam em território nacional, da qual se deduz a depreciação do
estoque de capital, mas se computa o valor dos impostos indiretos, é o
a) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.
b) Produto Interno Bruto a custo de fatores.
c) Produto Interno Líquido a preços de mercado.
d) Produto Interno Líquido a custo de fatores.
e) Produto Nacional Líquido a custo de fatores.
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Gabarito Comentado:
1 – (Auditor-Fiscal/Sec. Fazenda RJ – FGV/2011) O país Z possui uma
economia com três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita
da seguinte forma:
Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago emsalários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300.
Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O PIB dessa economia é de $ 2.000.
II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500.
III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentários:
1 - Essa questão é bem interessante de ser resolvida pelo fato de utilizar
vários conceitos e fórmulas desenvolvidos na aula:
Pela fórmula de cálculo do PIB pelo lado da produção, temos:
PIBprodução = (1000 + 1500 + 2000) – (0+1000+1000)
PIBprodução = 4500 – 2000 = 2500
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2 - Considerando que nesta economia não existe impostos indiretos nem
subsídios, pode-se considerar estes valores como sendo iguais a zero.
O valor agregado do setor de farinha é:
PIBfarinha = 1500 – 1000
PIBfarinha = 500
3 – A questão também apresenta dados referentes ao cálculo do PIB pelo lado
dos fatores de produção. Considerando que o total pago de salários é 1500 e
de juros é 300, e sabendo que o PIB é igual 2500, o total de alugueis não pode
exceder 700, pois este valor, em conjunto com os demais, iguala o PIB de
2500.
Gabarito: letra “e”.
2 – (Auditor/TCE-PA – FGV/2008) Seja uma economia fechada e sem
governo com três setores produtores de trigo, farinha e pão,
respectivamente.
Na tabela acima, VBP indica Valor Bruto da Produção, e CI, Custos
Intermediários.
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Sabendo-se que o montante total de salários pagos nessa economia é
de Z$300, o total de pagamentos com aluguéis é de Z$200 e o total
pago com juros é de Z$300, assinale a alternativa correta.
(A) O PIB desse país é de Z$1500.
(B) O lucro total dessa economia é de Z$200.
(C) A renda total dessa economia é de Z$800.
(D) O PIB é Z$500 maior do que a renda.
(E) O PIB é de Z$900.
Comentários:
Assim como na questão anterior, passamos inicialmente ao cálculo do PIB pelo
lado da produção:
PIBprodução = (100+500+900) – (0+100+400) = 1000
Sendo o PIBprodução igual ao PIBfatores de produção, temos:
1000 = salários + juros + aluguéis + lucros
1000 = 300 + 300 + 200 + lucros
Lucros = 200
Gabarito: letra “b”.
3 – (Analista de Controle Interno/Sec. Fazenda RJ – FGV/2011) Os
dados abaixo são do Balanço de Pagamentos brasileiro de 2010.
Assumindo que essas são as únicas subcontas discriminadas do
Balanço de Pagamentos, o saldo da Balança de Serviços e Rendas é
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(A) –U$ 7,485 milhões.
(B) –U$ 27,751 milhões.
(C) U$ 70,249 milhões.
(D) –U$ 39,251 milhões.
(E) U$ 77,734 milhões.
Comentários:
Essa é uma questão que versa tão somente a respeito do balanço de
pagamentos. O que se torna importante na resolução é saber separar quaissão as rubricas que compõem o balanço de serviços e rendas.
Por meio da análise do balanço disposto em aula, compõem o balanço de
serviços e rendas as seguintes rubricas:
• Viagens internacionais (-10.503);
• Aluguel de equipamentos (-13.683);
• Seguros (-1.113); e• Royalties e licenças (-2.453).
Considerando estas informações, basta apenas calcularmos o resultado
Resultando do Balanço de Serviços e Rendas = (-10.503) + (-13.683) + (-
1.113) + (-2.453) = –U$ 27,751 milhões
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Gabarito: letra “b”.
4 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2009) O fato de um
país ter um déficit na conta-corrente de seu balanço de pagamentos
significa que
(A) está havendo perda de reservas internacionais.
(B) seu balanço comercial é deficitário.
(C) a conta de capital do seu balanço de pagamentos é superavitária.
(D) a poupança externa que está entrando no país é positiva.
(E) a renda líquida enviada ao exterior é positiva.
Comentários:
Conforme bastante debatido na aula, um resultado deficitário no balanço de
transações correntes do Brasil tem o significado de geração de poupança
externa, ou seja, o exterior mais recebeu recursos do país (juros, lucros, etc.)do que envio recursos para o país.
Gabarito: letra “d”.
5 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2008) Se o valor, em
dólar, das exportações de bens exceder ao das importações, pode-se
afirmar que(A) o regime cambial é flutuante.
(B) o PIB é maior que o PNB.
(C) haverá um aumento nas reservas internacionais no final do período.
(D) há um superávit em conta corrente do balanço de pagamentos.
(E) há um superávit comercial do balanço de pagamentos.
Comentários:
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Como a questão está tratando da exportação e da importação de bens
somente, podemos com certeza afirmar que a mensuração que está sendo
feita refere-se ao Balanço Comercial.
Adicionalmente, caso as exportações sejam maiores do que as importações,
pode-se afirmar categoricamente que o balanço comercial é superavitário.
Gabarito: letra “e”.
6 - (ANALISTA/BACEN – CESGRANRIO/2010) O Produto Interno Bruto
de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto,
no mesmo ano, se a(o)
a) entrada de poupança externa for elevada.
b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações.
c) renda líquida recebida do exterior for positiva.d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar.
e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo.
Comentários:
A diferença existente entre o PIB e o PNB é relacionada ao saldo das rendas
(dos fatores de produção) enviadas e recebidas do exterior. Toda vez que arenda recebida do exterior for superior à renda enviada ao exterior, existirá
uma renda líquida recebida do exterior. Partindo do princípio que o PNB = PIB
+ RRE – REE, e que RRE > REE, o PNB será superior ao PIB, de tal forma que
a alternativa correta é a letra “c”.
Gabarito: letra “c”.
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7 – (ECONOMISTA/ELETROBRAS – CESGRANRIO/2010) A conta
corrente do balanço de pagamentos de um país está superavitária
quando ocorre uma redução no pagamento de juros e dividendos para
o exterior. Em consequência,
a) aumenta o superávit em conta corrente.
b) aumenta a entrada líquida de capitais externos.
c) há uma queda nas reservas de divisas internacionais dos residentes do país.
d) há uma desvalorização cambial da moeda do país.
e) não se altera o superávit em conta corrente.
Comentários:
Bem, estando a conta corrente do balanço de pagamentos já supervitária, e
reduzindo-se o pagamento de juros e dividendos para o exterior, rubricas estas
que estão presente no balanço de rendas, componente das transações
correntes, isso só aumentará o superávit da conta corrente.
Gabarito: letra “a”.
8 - (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) O Produto Interno
Bruto (PIB) de um país
a) exclui as mercadorias exportadas.
b) inclui as mercadorias importadas.
c) é uma medida de sua riqueza material.d) é invariavelmente crescente com o tempo.
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB).
Comentários:
Essa questão não é tão fácil quanto parece. A fórmula do PIB é formada pelas
seguintes variáveis:
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Consumo;
Investimento;
Gastos do Governo;
Exportações; e
Importações.
PIB = C + I + G + X – M
a - Perceba que a alternativa “a” está incorreta porque as exportações é uma
variável que se soma ao PIB.
b - Perceba que a alternativa “b” está incorreta porque as exportações é uma
variável que se reduz do PIB.
c – O PIB é sim uma medida de mensuração da atividade econômica, medido a
riqueza de um país.
d – o PIB pode ser decrescente, desde que um dos seus componentes se
reduzam ou que as importações aumentem.e – O PNB é formado pelo PIB mais as rendas recebidas do exterior – RRE
menos as rendas enviadas ao exterior – REE. Caso as rendas recebidas do
exterior, contabilizadas no balanço de rendas dentro das transações correntes,
forem maiores do que as rendas enviadas ao exterior – REE, o PNB será maior
do que o PIB. De todo modo, lembre-se não necessariamente é maior ou
menor.
Gabarito: letra “c”.
9 - (ECONOMISTA/INEA – CESGRANRIO/2006) O PIB e o PNB são
medidas do produto agregado da economia de um país. Uma
comparação que se pode estabelecer entre elas é:
a) o PIB é sempre maior que o PNB.
b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil.
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c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for
positiva.
d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no
Banco Central aumentarem.
e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário.
Comentários:
Quando o batimento entre as Rendas Recebidas do Exterior e as Rendas
Enviada ao Exterior é positiva (RRE>REE), o PNB será maior do que o PIB.
Gabarito: letra “c”.
10 - (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) Um país recebe
poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos.
c) exporta mais do que importa (balanço comercial superavitário).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.
Comentários:
Conforme já batido e que DEVE ser fixado. O DÉFICIT DAS TRANSAÇÕES
CORRENTES corresponde à POUPANÇA EXTERNA.
Gabarito: letra “b”.
11 – (AFRFB/SRFB – ESAF/2009) Considere as seguintes informações
extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:
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Poupança privada: 300
Investimento privado: 200
Poupança externa: 100
Investimento público: 300
Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do
governo foi:
a) de 200 e o superávit público foi de 100.
b) de 100 e o déficit público foi de 200.
c) negativa e o déficit público foi nulo.
d) de 100 e o superávit público foi de 200.
e) igual ao déficit público.
Comentários:
Uma das identidades macroeconômicas afirma que o Investimento Bruto deuma economia é igual ao somatório da poupança privada, da poupança do
governo (ou poupança pública) e da poupança externa. Importante considerar
que o Investimento Bruto de uma economia é dividido em investimento
privado (fábricas privadas novas) e no investimento público (construção de
novas escolas, estradas).
Dessa maneira, temos que:
Iprivado + Ipúblico = Sprivada + Spública + Sexterna.
Quando o governo investe acima de sua poupança, é natural a geração de
déficit público, sendo que, caso contrário, estará sendo gerado um superávit
das contas públicas.
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A partir destas informações, cabe-nos apenas substituir os valores disponíveis
na questão, chegando ao resultado e ao gabarito.
200 + 300 = 300 + Spúb. + 100
Spúb. = 100
Como temos o resultado da poupança do governo, basta realizar o batimento
desta com o nível de investimento público.
Sendo a Poupança Pública igual a 100 e o investimento público igual a 300, o
resultado será a geração de um déficit público igual a 200.
Gabarito: letra “b”.
12 - (APO/MPOG – ESAF/2010) A diferença entre Renda Nacional
Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui:
a) o valor das importações.b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras.
c) o saldo da balança comercial do país.
d) o valor da renda líquida de fatores externos.
e) o valor das exportações.
Comentários:
Comecemos com a ilustração da expressão do PIB:
PIB = C + I + G + X – M, sendo o sinal de negativo na frente das
importações derivado do fato de que as importações representam o vazamento
de renda gerada no país para o exterior.
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Uma das identidades que caracterizam a mensuração das contas nacionais é a
que afirma que o Produto Interno Bruto – PIB é igual à Renda Interna Bruta
que por sua vez será igual à Demanda Interna Bruta.
PIB = RIB = DIB
Outra importante identidade macroeconômica refere-se ao Produto Nacional
Bruto – PNB. Seu resultado é derivado da soma ao PIB, da Renda Líquida dos
fatores de produção enviados e recebidos ao/do exterior.
As Rendas Enviadas ao Exterior são representadas pela expressão “REE”,
enquanto as Rendas Recebidas ao Exterior são representadas pela expressão
“RRE”. Quando o total de Rendas Enviadas ao Exterior for maior que o total de
Rendas Recebidas do Exterior, tem-se a geração do termo Renda Líquida
Enviada ao Exterior – RLEE. Analogamente, quando o total de Rendas Enviadas
ao Exterior for menor que o total de Rendas Recebidas do Exterior, tem-se a
geração do termo Renda Líquida Recebida ao Exterior – RLRE.
RLEE = REE – RRE, sendo REE > RRE
RLRE = REE – RRE, sendo REE < RRE
PNB = PIB + RRE – REE
Naturalmente, por igualdade, se o Produto Interno Bruto é igual à Renda
Interna Bruta - RIB, o Produto Nacional Bruto – PNB será igual à Renda
Nacional Bruta – RNB.
A partir deste conceito fica fácil “matar” a questão, uma vez que a diferença
básica existente entre a Renda Interna Bruta – RIB = PIB e a Renda Nacional
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Bruta – RNB = PNB é que a segunda inclui a renda líquida dos fatores
externos. Dessa maneira ficamos com a alternativa “d”.
Gabarito: letra “d”.
13 - (AFRFB/SRFB – ESAF/2009) Considere a seguinte identidade
macroeconômica básica:
Y = C + I + G + (X – M)
onde C = consumo agregado;
I = investimento agregado; e
G = gastos do governo.
Para que Y represente a Renda Nacional, (X – M) deverá representar o
saldo:
a) da balança comercial.b) total do balanço de pagamentos.
c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo.
d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços.
e) do balanço de pagamentos em transações correntes.
Comentários:
Sei que muitos candidatos que fizeram esta prova confundiram o conceito de
Renda Interna Bruta, que é o próprio conceito de Produto Interno Bruto – PIB,
e o conceito de Renda Nacional Bruta ou Renda Nacional, conforme a questão,
que significa o mesmo que Produto Nacional Bruto – PNB.
O resultado do PIB é dado pelo somatório das variáveis Consumo,
Investimento Bruto, Gastos do Governo e, conjuntamente, as exportações e
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as importações de bens e serviços não fatores de produção. Verifica-se
assim que, no cálculo do PIB, excluem-se as rendas dos fatores de produção
que podem ser tanto remetidas ao exterior, quando pertencentes às empresas
e investidores com sede no exterior e com investimentos no país, e recebidas
do exterior, quando pertencentes às empresas e investidores com sede no país
e com investimentos no exterior.
A Renda Nacional ou Produto Nacional inclui além do PIB, o batimento das
rendas enviadas (REE) e recebidas do exterior (RRE). RNB = RIB + RRE – REE.
Estas mesmas rendas compõem o balanço de rendas dos fatores de
produção (capital, juros, e lucros) presentes no balanço de transações
correntes do balanço de pagamentos.
Importa destacar que as Transações Correntes do BP incluem as exportações e
as importações de bens e serviços não fatores e também os fatores de
produção, além das transferências unilaterais – TU. Com estas informações,
pode-se verificar que nenhuma das assertivas está 100% ok, especialmenteporque a letra “e”, gabarito mantido pela organizadora, fala em Transações
Correntes que, conforme visto, inclui, além das exportações de bens e serviços
não fatores (X – M), as REE, as RRE e as TU. Para que o gabarito estivesse
100% ok, a letra “e” deveria excluir as TU, o que não ocorreu. Destaca-se que
esta banca acabou considerando o resultado da TU como estando sempre em
equilíbrio, ou seja, com resultado de entrada e saída de transferências
unilaterais sempre igual a zero. Ademais, todas as outras alternativas estãobastante erradas.
Gabarito: letra “e”.
14 - (APO/MPOG – ESAF/2010 – com alterações) Quanto ao balanço
de pagamentos de um país, sabe-se que:
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a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes,
salvo erros e omissões.
b) o saldo do balanço de pagamentos, se positivo (superávit), implica redução
em igual medida do endividamento externo líquido, no período.
c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.
d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do
balanço de pagamentos.
e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de
transações correntes, salvo erros e omissões.
Comentários:
a - o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança
comercial com o balanço de serviços e rendas, das transferências
unilaterais correntes e da conta financeira e de capital, salvo erros e
omissões. INCORRETA
b – Conforme verificado, caso ocorra um superávit do balanço de pagamentos,
ocorrerá por conseqüência um aumento das reservas internacionais do país e,
consequentemente, uma redução do endividamento externo líquido, derivado
do batimento entre o endividamento externo bruto e as reservasinternacionais. CORRETA
c – resposta dada pela assertiva “a”. INCORRETA
d – O resultado do balanço de pagamentos, derivado da soma das
transações correntes e da conta Capital e Financeira iguala a variação das
reservas internacionais. INCORRETA.
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e - resposta dada pela assertiva “d”. INCORRETA
Gabarito: letra “b”.
15 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2008) Considere os seguintes dados,
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;
Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;
Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente:
a) 50 e 50.
b) 100 e 150.
c) 50 e 100.
d) 100 e 50.
e) 150 e 100.
Comentários:
Podemos começar a resolver esta questão utilizando a expressão que calcula
o resultado do balanço de pagamentos em transações correntes. Apenas
destaco que, como a questão fala em poupança externa, o que fiz foi
justamente utilizar os termos dispostos na questão. Senão vejamos:
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Sext = (Imp – Exp) + RLEE + TU
Sext = (200 – 100) + 50 + 0 = 150;
Considerando que nenhuma outra questão possui o valor de 150 como uma
das opções, já poderíamos marcar a letra “e”. De todo modo, sigamos na
resolução da questão:
Conforme já afirmado, o cálculo da Poupança Líquida do Setor Privado é feito a
partir do Resultado da Poupança Bruta menos a Depreciação, sendo o
resultado da mesma poupança Bruta obtido a partir da igualdade entre
Investimento e o somatório das poupanças.
FBkF + Var. Est. = Spriv + Spub ou gov. + Sext =
260 + 50 = Spriv + 50 + 150 =
Spriv = 110
Spriv Líquida = Spriv – Depreciação = 110 – 10 = 100
Gabarito: letra “e”.
16 - (AFRF/SRF – ESAF/2005) - Considere as seguintes informações
para uma economia hipotética (em unidades monetárias):
investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço
de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo em
conta corrente: 400. Com base nessas informações e considerando
as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um
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sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança
líquida do setor privado foi igual a:
a) 170
b) 200
c) 140
d) 210
e) 120
Comentários:
A poupança bruta do setor privado pode ser obtida a partir da identidade
macroeconômica que diz que o investimento bruto de uma economia é igual ao
somatório das poupanças do setor privado, do setor público ou governo e da
poupança externa, representada pelo déficit do balanço de pagamentos em
transações correntes.
I = Sp + Sg + Sext
Um ponto importante a dizer refere-se ao fato de que para se encontrar a
poupança líquida do setor privado é necessário se excluir a depreciação. Aliás,
ai vai uma dica, toda vez que existir uma variável bruta e quiser se obter o seu
resultado líquido, basta apenas reduzir o valor da depreciação, ok?
Sendo assim, temos:
700 = Sp (bruta) + 400 + 100
Sp (bruta) = 200
Sp (líquida) = Sp (bruta) – depreciação = 200 – 30 = 170
Gabarito: letra “a”.
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17 – (AFRF/ESAF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção do
sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados
(em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo Intermediário:
1.011.751; Impostos sobre produto: 119.394; Imposto sobre
importação: 8.430; Produto Interno Bruto: 1.086.700. Com base
nestas informações, o item da conta "demais impostos sobre produto"
foi de:
a) 839.482
b) 74.949
c) 110.964
d) 128.364
e) 66.519
Comentários:
Esta questão parece ser a princípio um tanto quanto complicada, o que noentanto não é factível. Veja que a questão já apresenta os valores referentes
aos impostos sobre produtos e ao imposto de importação. Como este segundo
é considerado um imposto sobre produto, o resultado da conta “demais
impostos sobre produtos” se dá pela subtração do total de impostos sobre
produto pelo imposto de importação. Sendo assim, temos:
Demais impostos sobre produtos = Impostos sobre produto – Imposto deImportação =
Demais impostos sobre Produto = 119.394 – 8.430 = 110.964
Gabarito: letra “c”.
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18 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2008) Considere os seguintes dados,
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;
Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;
Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente:
a) 50 e 50.
b) 100 e 150.
c) 50 e 100.d) 100 e 50.
e) 150 e 100.
Comentários:
Partindo-se da identidade entre investimento e o somatório de poupanças em
uma economia aberta, tem-se que:
Sext = (Imp – Exp) + RLEE + TU
Sext = (200 – 100) + 50 + 0 = 150;
Considerando que nenhuma outra questão possui o valor de 150 como uma
das opções, já poderíamos marcar a letra “e”. De todo modo, sigamos na
resolução da questão:
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Conforme também já afirmado, o cálculo da Poupança Líquida do Setor Privado
é feito a partir do Resultado da Poupança Bruta menos a Depreciação, sendo o
resultado da mesma poupança bruta obtido a partir da igualdade entre
Investimento e o somatório das poupanças.
FBkF + Var. Est. = Spriv + Spub ou gov. + Sext =
260 + 50 = Spriv + 50 + 150 =
Spriv = 110
Spriv Líquida = Spriv – Depreciação = 110 – 10 = 100
Gabarito: letra “e”.
19 – (EPPGG/MPOG – ESAF/2009) Considere os seguintes dadosextraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades
monetárias:
Produto Interno Bruto: 1.162;
Remuneração dos empregados: 450;
Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;
Impostos sobre a produção e importação: 170;
Subsídios à produção e importação: 8;Despesa de consumo final: 900;
Exportação de bens e serviços: 100;
Importação de bens e serviços: 38.
Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de
capital fixo e para o excedente operacional bruto serão,
respectivamente,
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a) 300 e 362
b) 200 e 450
c) 400 e 200
d) 200 e 400
e) 200 e 262
Comentários:
Nesta questão pode se verificar que já existe o valor do PIB disponibilizado
como um dado da questão. A partir do seu resultado é possível obter o EOB.
Destaca-se apenas que o dado da questão não diz se o PIB é a preços de
mercado ou a custo de fatores, de tal maneira que a única forma de se chegar
ao seu resultado é tentando mesmo.
EOB = 1162 – 170 + 8 - 450 – 150 = 400
Por este resultado já temos o gabarito da questão, uma vez que somente naassertiva “d” é que temos o valor do EOB como sendo igual a 400. De toda
maneira, devemos calcular a Formação Bruta de Capital Fixo (FBkF).
Verifiquei que vários alunos no fórum disseram que não conseguiram chegar
no resultado do FBkF porque na questão não era apresentado o dado da
Variação de Estoques – VE. Não podemos afirmar isto até o ponto em que não
consigamos chegar ao “possível” resultado da questão.
Partindo-se da equação que define o PIB, temos que:
PIB = C + I + G + X – M
O PIB já está disponibilizado. O consumo final, no qual adicionamos ao
consumo das famílias e do governo também, assim como as exportações e as
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importações. A diferença a encontrar é justamente o Investimento, que pode
ou não ser formado além da FBkF, de possíveis variações de estoques.
1162 = 900 + I + 100 – 38
I = 200.
Sendo o investimento igual a 200, podemos concluir, nesta questão, que a
variação de estoques é igual a zero.
Gabarito: letra “d”.
20 - (AFC/STN – ESAF/2008) Considere os seguintes dados, em
unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética:
● Consumo do Governo: 200
● Transferências realizadas pelo Governo: 100
● Subsídios: 20● Impostos Diretos: 300
● Impostos Indiretos: 400
● Outras Receitas Correntes do Governo: 120
● Exportações de bens e serviços: 100
● Importações de bens e serviços: 200
● Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100
● Variação de Estoques: 100● Poupança Bruta do Setor Privado: 200
Com base nessas informações, e considerando as identidades
macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta
de capital fixo é igual a:
a) 950
b) 900
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c) 700
d) 750
e) 800
Comentários:
Nesta questão podemos utilizar a mesma identidade macroeconômica entre o
investimento e o somatório das poupanças. Os únicos destaques são a
necessidade de se calcular o valor da poupança externa, obtida a partir do
resultado dos dados componentes do balanço de pagamentos em transações
correntes e também a poupança do governo, devendo ser acrescentado no
cálculo, além dos impostos diretos e indiretos, as outras receitas correntes do
governo. Adicionalmente, devem ser adicionadas como despesas, além do
consumo do governo, os subsídios e as transferências que, nesta questão, não
de confundem com transferências unilaterais.
I = Spriv + Spub + Sext;
Sabendo-se que o investimento é dividido em Formação Bruta de Capital Fixo
(FBkF) + Variação de Estoques, e que a poupança externa, resultado do déficit
do balanço de pagamentos em transações correntes, é igual ao saldo do
balanço comercial adicionado do balanço de serviços e renda e das
Transferências Unilaterais, temos:
FBkF + Var. Est. = Spriv + (Total de Impostos – Consumo do Governo) + (Imp
– Exp + Renda Líquida Env. Ext + TU).
FBkF + 100 = 200 + (300 + 400 + 120 – 200 – 100 - 20) + (200 – 100 + 100
+ 0) =
FBkF = 800
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Gabarito: letra “e”.
21 - (AFPS/INSS – ESAF/2002) Levando-se em conta a identidade
macroeconômica “poupança = investimento”, numa economia
aberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg
=poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança
privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É
correto afirmar que
a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr
b) D = Sext
b) D = Spr + Ipr + Sext
d) D = Sg – Ig
e) D = Spr – Ipr + Sext
Comentários:
No item 3.17 da parte teórica prévia à resolução das questões, foi destacada a
separação entre os conceitos de investimento privado e investimento público,
além do conceito referente ao chamado déficit público, podemos resolver esta
questão meramente aplicando a identidade macroeconômica entre
investimento e o somatório das poupanças privada, pública e externa. Senão
vejamos:Ipriv + Ipub. = Spriv. + Spub + Sext. (1)
O excesso de investimento público sobre a poupança pública corresponde ao
chamado déficit público.
Déficit Público = Ipub – Spub;
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Manipulando a expressão (1), temos:
Ipub – Spub = Spriv – Ipriv + Sext
Déf. Pub. = Spriv – Ipriv + Sext
Gabarito: letra “e”.
22 - (Agente Fiscal SP/SEC. FAZENDA – FCC/2006) São dadas as
seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma
determinada economia:
Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o
exterior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia
corresponde a
a) 84.000
b) 98.000
c) 109.000
d) 119.000e) 132.000
Comentários:
Essa questão parte dos conceitos narrados referentes à identidade que iguala o
investimento bruto a poupança privada, poupança do governo e poupança
externa.
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Repare que a questão já disponibiliza as informações referentes tanto à
poupança externa (25.000), que nada mais é do que o déficit do balanço de
pagamentos em transações correntes como também o somatório das
poupanças privada e do governo, denominada de poupança interna bruta
(94.000).
Considerando a identidade I = S, e que o investimento é subdividido em FBkF
e Var. Estoques, temos:
FBkF + Var. Estoques = Poupança Interna Bruta + Poupança Externa Bruta
FBkF + 10.000 = 94.000 + 25.000
FBkF = 109.000
Gabarito: letra “c”.
23 - (Agente Fiscal SP/SEC. FAZENDA – FCC/2006) São dadas as
seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma determinada
economia: Sobre o balanço de pagamentos, é correto afirmar que
a) um superávit no saldo das transações correntes equivale a uma diminuição
dos ativos externos líquidos em poder dos residentes desta economia.
b) o pagamento de juros sobre empréstimos recebidos do exterior é registradona conta de capital.
c) há diminuição das reservas internacionais do país, se o saldo do balanço de
pagamentos é positivo.
d) o valor dos lucros reinvestidos na economia doméstica por residentes no
exterior é computado no balanço de serviços.
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e) há transferência líquida de recursos para o exterior quando as importações
de bens e serviços não-fatores apresentam valor maior que as exportações de
bens e serviços não-fatores.
Comentários:
a) O superávit das Transações Correntes tende a fazer com que haja uma
menor necessidade de entrada de capitais via Conta Financeira e de Capital
para fechamento do BP. No limite, o superávit das TC permite a geração até de
déficit na Conta Financeira e de Capital, uma vez que saldos superavitário de
um e deficitário de outro podem se anular. De qualquer maneira, deve ficar
claro que como as TC foi superavitária, ocorre um aumento do ativo externo
líquido, inicialmente porque ela tende a contribuir para o aumento das reservas
internacionais e segundo porque menor será a necessidade de contratação de
passivo externo, nos moldes da atração de capital por meio da Conta Capital e
Financeira.
b) o pagamento de juros é registrado no balanço de rendas que está dentro
das transações correntes.
c) Se o saldo é positivo do BP é porque ocorre um aumento dos ativos do país
com o exterior.
d) o valor dos lucros reinvestidos deve ser computado no balanço de serviços,
uma vez que o capital deve “sair” contabilmente (por meio da rubrica de
serviços) e ser reinvestido por meio da Conta Financeira, especialmente por se
tratar de um ativo do exterior. Essa operação é realizada por meio do artifício
denominado operação simultânea de câmbio, em que ocorre uma saída de
lucros pelo balanço de rendas e uma entrada de reinvestimento pela Conta
Financeira.
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Destaca-se que o termo “serviços” utilizado pela FCC na assertiva refere-se à
rubrica de serviços fatores de produção, que é a mesma coisa que o balanço
de rendas na nova metodologia adotada (FMI). Ressalta-se que a questão não
foi anulada pela Banca, o que poderia ter ocorrido dado o erro de conceito
utilizado.
e) Essa assertiva trata apenas do resultado do balanço comercial, nada mais
podendo ser dito a respeito da transferência líquida de recursos para o
exterior.
Gabarito: letra “d”.
24 - (AUDITOR/TCE-AL – FCC/2008) O agregado macroeconômico que
mede a produção de um país, seja esta produção realizada com fatores
de produção de residentes no país ou residentes no exterior, mas queestejam em território nacional, da qual se deduz a depreciação do
estoque de capital, mas se computa o valor dos impostos indiretos, é o
a) Produto Nacional Bruto a preços de mercado.
b) Produto Interno Bruto a custo de fatores.
c) Produto Interno Líquido a preços de mercado.
d) Produto Interno Líquido a custo de fatores.
e) Produto Nacional Líquido a custo de fatores.
Comentários:
Perceba que a questão possui um “entre vírgulas” que permite resolver a
dúvida se o comando da questão está falando do PIB ou do PNB. Ressalta-se:
“O agregado macroeconômico que mede a produção de um país, seja esta
produção realizada com fatores de produção de residentes no país ou
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residentes no exterior, mas que estejam em território nacional, da qual se
deduz a depreciação do estoque de capital, mas se computa o valor dos
impostos indiretos, é o”
Se a questão fala em território nacional é porque estamos falando logicamente
de Produto Interno. Considerando ainda que é retirada do cálculo a
depreciação do estoque de capital (torna o resultado líquido) e adiciona-se o
valor dos impostos indiretos, a questão está se referenciando ao Produto
Interno Líquido a preços de mercado.
Gabarito: letra “c”.
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