arnaldolemos@uol.com.br 1964/2014 – 50 anos do golpe militar: contexto e impactos
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1964/2014 – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR: CONTEXTO E IMPACTOS
arnaldolemos@uol.com.br
“Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos, completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é essencial” (Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_“Por ser mero protagonista secundário do momento histórico, tornei-me mais testemunha do que ator, e, se ator,, irrelevante, o que me deu condição de ver como observador menor. Justamente aquele que tem menos compromisso com as técnicas de mascaramento e de maquilação da narrativa. Aquele que, por ser menos, acaba compreendendo mais porque compreende na perspectiva da margem, que é mais abrangente” (José de Sousa Martins, A Sociologia como aventura)
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I 1964/1969
PERÍODO INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969)II 1969/1974
O MILAGRE ECONÔMICO
OS ANOS DE CHUMBO
Médici 1969/1974
III 1973/1979
A CRISE – O FIM DO MILAGRE
A ABERTURA
Geisel (1974-1978)
IV 1979- 1984
ABERTURA E TRANSIÇÃO
Figueiredo (1979-1985)
ETAPAS DA DITADURA MILITAR
ANTECEDENTES
O governo Jango (1961-1964)
A noite do Golpe
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ANTECEDENTES
DECADA DE 60
Debate entre dois projetos políticos que começou no governo Getulio
Projeto NacionalDesenvolvimentista
Projeto Desenvolvimentista
MundoGuerra FriaGuerra do Vietnam (1955/1975)Revolução Cubana (1959)
BrasilRenuncia de Jânio Quadros (1961)Jango Goulart (1961-1964)
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Projeto Nacional Desenvolvimentista
Projeto Desenvolvimentista
O DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO
modernização conservadora
alinhamento aos interesses norte-americanos repressão a participação
popular.
desenvolvimento autônomo e soberano do país
Papel do Estado
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Projeto Nacional Desenvolvimentista
População Distribuição de Renda
50%
30%
15%
5%
17,91%
27,92%
26,66%
27,69%
80% dos consumidores
saláriosMercadoria de bens não
duráveis
sindicatos greves
alimentos
Para isso: lei - eleições - partidos
Pequenas propriedades
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Projeto Desenvolvimentista
20% dos consumidores
Modernização do país
2ª abertura dos portos
Brasília
Indústria automobilística
JK
Mercado exterior
Latifúndio
exportação mecanização
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Para isso
Ideologia do
automóvel
Estradas de rodagem
Dinheiro do Estado
EmissãoEmpréstimo
externo
Inflação Aumento da dívida
20% dos consumidores
Aumentar o salário da classe media
Achatar o salário dos 80%
Imobilizar politicamente os 80%
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ProjetosProjetos
Aliados ideológicos Aliados ideológicos do 1º projetodo 1º projeto
80%80% CGTCGT SindicatosSindicatos TrabalhadoresTrabalhadores Movimentos SociaisMovimentos Sociais ISEBISEB UNE – APUNE – AP FMPFMP
Aliados ideológicos Aliados ideológicos da 2º projetoda 2º projeto
Classe média e alta Classe média e alta (20%)(20%)
Adeptos da ordem e Adeptos da ordem e segurançasegurança
Forças Armadas Forças Armadas (ESG)(ESG)
AnticomunistasAnticomunistas Povo: inimigo internoPovo: inimigo interno IBAD IBAD IPESIPES
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UNE
CPC (Centro Popular de Cultura)
Teatro Música
Canção do Subdesenvolvido,
Carlos Lira e Francisco de Assis
Critica à dependência cultural, política e econômica do pais desde o “Descobrimento”
Cinema
Oduvaldo Viana Filho
Augusto Boal
Ferreira Gullar
Eduardo Coutinh
o
Carlos Diegues
Para ouvir acesse :
http://www.youtube.com/watch?v=opFt_gLoA5A
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“O Brasil é uma terra de amores,Alcatifada de flores,Onde a brisa fala amores,Nas lindas tardes de abril.Correi pras bandas do Sul.Debaixo de um céu de anil,Encontrareis um gigante deitado:Santa Cruz, hoje o Brasil.
Mas um dia o gigante despertou (ooaahhh!).Deixou de ser gigante adormecido.E dele um anão se levantou.Era um país subdesenvolvidoSubdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido (bis)
E passado o período colonial,O país passou a ser um bom quintal.E depois de dada a conta a PortugalInstalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido
Então o bravo brasileiro (iehéé),Em perigos e guerras esforçados (iehéé),Mais que prometia a força humanaPlantou couve, colheu banana.Bravo esforço do povo brasileiroMandou vir capital lá do estrangeiro.Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido.
As nações do mundo para cá mandaramSeus capitais tão desinteressados.As nações coitadas só queriam ajudar, não é?Aquela ilha velha não roubou ninguém,País de poucas terras só nos fez um bemUm Big BenUm big ben , bom, bem, bomNos deu luz (ah)Tirou ouro (oh)Nos deu trem (ah)Mas levou o nosso tesouro
Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido
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Mas data houve em que se acabaram os tempos duros e sofridosPorque um dia aqui chegaram os capitais dos países amigos.País amigo, desenvolvido,País amigo, país amigo,Amigo do subdesenvolvidoPaís amigo, país amigo.E os nossos amigos americanosCom muita fé, com muita fé,Nos deram dinheiro e nos plantamosSó café, só café.É uma terra em que se plantando tudo dá.Pode-se plantar tudo que quiserMas eles resolveram que nos devíamos plantarSó café, só café
Bento que bento o frade, frade.Na boca do forno, forno.Tirai um bolo, boloFareis tudo que seu mestre mandar?Faremos todos, faremos todos, faremos todos.Começaram a nos vender e nos comprar.Comprar borracha, vender pneu.Comprar minério, vender navio.Pra nossa vela, vender pavio.Só mandaram o que sobrou de lá:Matéria plástica, que entusiástica,Que coisa elástica, que coisa drástica,Rock balada, filme de mocinho,Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)E coca cola.Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido.
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O povo brasileiro tem personalidade.Não se impressiona com facilidadeEmbora pense como americano“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian before he kills me (pinim...)Embora dance como americanoTa-ta-ta-ta, ta-ta-ta-taEmbora cante como americanoEh boi, lá, lá, lá,Eh roçado bão, lá, lá, lá,O melhor do meu sertão, lá, lá, láComeram o boi.
O povo brasileiro, embora pense, cante e dance como americanoNão come como americano,Não bebe como americano,Vive menos, sofre maisIsso é muito importanteMuito mais do que importantePois difere o brasileiro dos demaisPersonalidade, personalidade, personalidade sem igual,Porém,Subdesenvolvida, subdesenvolvida,Essa é que é a vida nacional.”
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Cultura
Na década de 60, uma série de transformações sociais e políticas repercutem na efervescente produção
cultural brasileira do período
Uma forte politização no discurso artístico, tanto na MPB (a geração de protesto e dos grandes festivais, o resgate do samba de raiz e do choro, a maturidade da bossa nova), na pintura (pop art), no cinema (o cunho
social da revolução estética proposta pelo Cinema Novo
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O Teatro de Arena caracterizou-se como teatro “revolucionário”, propondo a discussão da realidade brasileira, levantando inúmeras questões em suas peças. O operário, o negro, a empregada doméstica, em suma, o trabalhador, eram os personagens principais, sendo encenadas suas vidas, contadas suas histórias
Eles não usam black-tieArena conta Zumbi
Arena conta Tiradentes
http://youtu.be/Z3fsnKa6AX8
Acesse
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O Governo Jango
A sua abertura às organizações sociais: as organizações populares e trabalhadores ganharam espaço,
O seu apoio a sindicatos e a sargentos que apoiavam a tentativa de sindicalização,
A não repressão às greves
O apoio às Ligas Camponesas de Francisco Julião.
A sua proposta de aumento de 100% no salario mínimo quando ministro de Getulio,
A lei de remessa dos lucros do capital estrangeiro
As Reformas de Base
O comício de 13 março
A subversão com apoio dos comunistas
O desejo de implantar uma ditadura sindicalista no Brasil
A quebra da disciplina e da hierarquia das Forças Armadas.
A preocupação entre setores conservadores , empresários, banqueiros e setores da Igreja Católica do estilo populista do governo
O medo de alguns governadores de um golpe de estado comunista
A preocupação do governo dos Estados Unidos, juntamente com as classes conservadoras brasileiras, de o Brasil virar mais do que uma nova Cuba, uma nova China
A marcha da Família com Deus pela Liberdade
A favorContra
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13 de marçocomício pelas reformas ou Comício da Central, organizado pela CGT
Reforma Agrária Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação as terras às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de alforria do camponês abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma das principais bandeiras de governo.
Estatização de refinariasJango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A partir deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo, passam a pertencer ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o presidente mirava a estatização das companhias aéreas, quando foi deposto.
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19 de março
Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Uma reação ao discurso do ex-presidente João Goulart, na Central do Brasil na semana anteriorAlguns setores da sociedade acreditavam que o governo Jango caminhava para o comunismo.
As Marchas contaram, em sua organização, com o patrocínio e financiamento de empresários reunidos no grupo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês, representantes da ala mais tradicional da Igreja Católica, segmentos do conservadorismo político e grupos femininos, como a Campanha da Mulher pela Democracia do Rio de Janeiro, e União Cívica Feminina, de São Paulo.
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Golpe de 31 de março de 1964
vitória do segundo projeto
30 de março : discurso de Jango no Automóvel Clube do Rio
“Não admitirei o golpe das reacionários”
31 de março: tropas do General Olimpio Mourão Filho( 4ª região militar- MG) movimentam-se para o Rio
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Auro Moura de Andrade:
“Declaro vaga a presidência da republica”
http://youtu.be/B-3Ng_eaG2I
Acesse:
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1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
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Atos Institucionais
Legitimação e legalização das ações
políticas dos militares.
De 1964 a 1969 são decretados 17
atos institucionais regulamentados
por 104 atos complementares.
O governo divulgou que seu objetivo
era combater a "corrupção e a
subversão”
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1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição de 1946, organizações de base, sindicatos, ligas camponesas, UNE, centros acadêmicos), cassação de direitos políticos de centenas de pessoas
AI-2 – após as eleições dos governadores, cassa JK (candidato a presidente), prorroga Castelo Branco até 67, não há mais eleições diretas (presidente e governador), bipartidarismo (Arena e MDB)
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AI- 3 determinava eleições indiretas para governadores e nomeação dos prefeitos das capitais.
AI-4 – Convocação do Congresso Nacional para a votação e promulgação do projeto de Constituição, que revogava definitivamente a Constituição de 1946.
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Lutas com criatividade (encontros da UNE)
Subversão, clandestinidade.
Festivais de música (tratado político)
Reação estudantil
1966: IIº Festival da Record – Disparada, de Vandré
1967 : IIIº Festival da Record – Roda Viva, de Chico Buarque
1964 – Show Opinião
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Tem dias que a gente se senteComo quem partiu ou morreuA gente estancou de repenteOu foi o mundo então que cresceu...A gente quer ter voz ativaNo nosso destino mandarMas eis que chega a roda vivaE carrega o destino prá lá ...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...A gente vai contra a correnteAté não poder resistirNa volta do barco é que senteO quanto deixou de cumprirFaz tempo que a gente cultivaA mais linda roseira que háMas eis que chega a roda vivaE carrega a roseira prá lá...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...
A roda da saia mulataNão quer mais rodar não senhorNão posso fazer serenataA roda de samba acabou...A gente toma a iniciativaViola na rua a cantarMas eis que chega a roda vivaE carrega a viola prá lá...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...O samba, a viola, a roseiraQue um dia a fogueira queimouFoi tudo ilusão passageiraQue a brisa primeira levou...No peito a saudade cativaFaz força pro tempo pararMas eis que chega a roda vivaE carrega a saudade prá lá ...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...(4x)
Roda Viva – Chico Buarque
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=HRFw5u5wR4c
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Assassinato de Martin Luther
King
Guerra do Vietnam
Movimento Hippie
Poder Negro
Revolução de Maio de 68
Invasão da Tchecoslováqui
a
Massacre de
estudantes no MéxicoVeja o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=ztdjgXBXt_Y&feature=related
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No dia 29 de março, Edson No dia 29 de março, Edson Luís foi velado na Assembleia Luís foi velado na Assembleia Legislativa, tendo o corpo Legislativa, tendo o corpo coberto pela bandeira do coberto pela bandeira do Brasil. Brasil.
28 de março
1968
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Missa em Homenagem a Missa em Homenagem a Edson Luís - Edson Luís -
Ao término da missa, diante do cerco da igreja pela polícia, os padres puseram-se em frente às pessoas, enfrentando três fileiras de policiais empunhados com sabres. Formando um cordão protetor, os clérigos deram-se as mãos, conduzindo as pessoas da igreja até a Avenida Rio Branco.
2 de abril1968
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12 se abril- Capitão do exército dos Estados Unidos, Charles Chandler, acusado de ser agente da CIA é morto por guerrilheiros em São Paulo.
16 de abril Metalúrgicos de Contagem, em Minas Gerais entram em greve por 10 dias, por reajuste salarial
1º de maio - Governador de São Paulo, Abreu Sodré é apedrejado em palanque na Praça da Sé por trabalhadores contra a ditadura militar.
1968
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A passeata dos 100 mil, 26 de A passeata dos 100 mil, 26 de junhojunho Pressionado por
Hélio Pellegrino, o governador Negrão de Lima deu a autorização oficial para que se realizasse uma passeata pacifica no centro da cidade.. Faziam parte dos intelectuais liderados por Hélio Pellegrino: Oscar Niemeyer, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Nara Leão, Ziraldo, Milton Nascimento e muitos outros.
Na foto: Tônia Carrero, Paulo Autran, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre entros.
1968
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A passeata dos 100 milA passeata dos 100 mil1968
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18 de julho- Comando de Caça ao Comunistas espanca o elenco da peça ‘Roda Viva’ de Chico Buarque em São Paulo
19 de julho Assembleia Geral da CNBB no interior de SP condena a falta de liberdade de expressão Brasil.
22 de julho - Sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro é alvo de atentado a bomba
1968
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2 de setembro - Deputado do MDB, Marcio Moreira Alves faz discurso ofensivo contra o governo militar no Congresso .
29 de agosto - Líder estudantil da UNB Honestino Guimarães é preso dentro da universidade, após invasão das policias militar e federal em Brasília.
1968
http://www.youtube.com/watch?v=faP0EIVvJDQ
Para ouvir
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A batalha da Maria Antônia, 03 A batalha da Maria Antônia, 03 de outubrode outubro
1968
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A batalha da Maria Antônia, 3 A batalha da Maria Antônia, 3 de outubrode outubro
O estudante secundarista José Guimarães após ser baleado segundo algumas testemunhas, pelo
atirador Osni Ricardo, membro do CCC e informante da polícia.
/http://jeocaz.wordpress.com/2008/10/24/brasil-1968-do-tiro-no-calabouco-ao-ai-5
1968
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A batalha da Maria Antônia, 3 A batalha da Maria Antônia, 3 de outubrode outubro
Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso
http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,maria-antonia-duas-historias-no-mesmo-angulo,9305,0.htm
1968
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Congresso de IbiúnaCongresso de Ibiúna12 de outubro12 de outubro
1968
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A repressão proporcionou uma riqueza cultural imensurável devido à atmosfera de tensão vivida pelo povo.
Sem outra opção, era preciso encontrar uma maneira de protestar através da arte.
Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um hino de resistência ao regime militar.
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6edkY
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Caminhando e cantandoE seguindo a cançãoSomos todos iguaisBraços dados ou nãoNas escolas, nas ruasCampos, construçõesCaminhando e cantandoE seguindo a canção...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fomeEm grandes plantaçõesPelas ruas marchandoIndecisos cordõesAinda fazem da florSeu mais forte refrãoE acreditam nas floresVencendo o canhão...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)
Pra Não Dizer Que Não Falei Das FloresGerComposição: Geraldo Vandré aldo Vandré
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Há soldados armadosAmados ou nãoQuase todos perdidosDe armas na mãoNos quartéis lhes ensinamUma antiga lição:De morrer pela pátriaE viver sem razão...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)Nas escolas, nas ruasCampos, construçõesSomos todos soldadosArmados ou nãoCaminhando e cantandoE seguindo a cançãoSomos todos iguaisBraços dados ou não...
Os amores na menteAs flores no chãoA certeza na frenteA história na mãoCaminhando e cantandoE seguindo a cançãoAprendendo e ensinandoUma nova lição...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(4x)
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AI-5 13 de Dezembro- AI-5 é editado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Costa e Silva, fechando o Congresso Nacional gerando caos no país.
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AI-5
Recesso Parlamentar : fechamento do Congresso
Plenos poderes para o Presidente arbitrariamente intervir em estados e municípios
Prerrogativa presidencial: suspender direitos políticos e cassação de mandatos
Ficava extinto, em caso de crimes políticos ou contra a economia, o habeas corpus.
O presidente poderia decretar, a qualquer momento, estado de sitio,
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AI-5
Decreto 477
Lei da Segurança Nacional
SNI (futuros presidentes)
Ciex – DÓI-CODI Cenimar Cisa Dops
200 mil dedos-duros Oban Esquadrão da Morte Fleury
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1969/1973
O MILAGRE ECONÔMICO
OS ANOS DE CHUMBO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
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Período de intenso crescimento econômico e de grande endividamento.
O PIB do Brasil cresceu acima de 10% ao ano, em média, apesar da inflação, que oscilou entre 15% e 20% ao ano,
acentuação da desigualdade social e aumento da pobreza, com cerceamento às liberdades individuais associado à repressão política
Grande concentração de renda, com redução dos salários reais
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970: Renda 50% = 14,91 30% = 22,85 15% = 27,38 05% = 34,86
Supermercados Shoppings
Indústria -------- mercadoria ------- consumidor
Repressão X euforia dos consumidores Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o Ninguém segura este país.
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Copa do Mundo
1970Noventa milhões em açãoPra frente Brasil, no meu coraçãoTodos juntos, vamos pra frente BrasilSalve a seleção!!!De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!Todos juntos vamos pra frente Brasil!Salve a seleção!Todos juntos vamos pra frente Brasil!Salve a seleção!Gol!Somos milhões em açãoPra frente Brasil, no meu coraçãoTodos juntos, vamos pra frente BrasilSalve a seleção!!!De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!Todos juntos vamos pra frente Brasil!Salve a seleção!Todos juntos vamos pra frente Brasil!Salve a seleção!Salve a seleção!Salve a seleção!Salve a seleção!
Pra Frente Brasil. Os Incriveis
http://youtu.be/LbxtNtGlZxE
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As praias do Brasil ensolaradasO chão onde o país se elevouA mão de Deus abençoouMulher que nasce aquiTem muito mais amorO céu do meu Brasil tem mais estrelasO sol do meu país mais esplendorA mão de Deus abençoouEm terras brasileirasVou plantar amorEu te amo meu Brasil, eu te amoMeu coração é verde, amarelo, branco, azul, anilEu te amo meu Brasil, eu te amoNinguém segura a juventude do BrasilAs tardes do Brasil são mais douradas-mulatas.Brotam cheias de calorA mão de Deus abençoouEu vou ficar aquiPorque existe amorNo carnaval os povos querem vê-lasNo colossal desfile multicorA mão de Deus abençoouEm terras brasileirasVou plantar amorAdoro meu Brasil de madrugadaNa hora em que estou com meu amorA mão de Deus abençoouA minha amada vai comigo aonde eu forAs noites do Brasil, tem mais belezaA hora chora de tristeza e dorPorque a natureza sopra e ela vai-se emboraEnquanto eu planto o amors
Eu te amo, meu Brasil, Dom e Ravel
http://youtu.be/cJ2fxTrsETo
Para ouvir
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Brasil Ilha de tranquilidade3ª abertura dos portos
petrodólares
Aumento da dívida externaConstrução de infra-estrutura
Polo químico da Bahia
Indústria de base
Grandes projetos
Transamazônica
Rio-Niteroi
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
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1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO
A expressão “anos de chumbo” foi aplicada inicialmente a um fenômeno da Europa Ocidental, relacionado com a Guerra Fria e com a estratégia de tensão.
Anos 70/80: anos marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo dos Estados democráticos da Europa Ocidental.
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Anos de Chumbo
do AI-5 em 13 de dezembro de 1968 até o final do governo Médici, em março de 1974
Feroz combate entre a extrema-esquerda de um lado e, de outro, o aparelho repressivo policial-militar do Estado.
O governo é apoiado por organizações paramilitares e grandes empresas.
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Opções - 1. Estudar 2. Exílio 3. Luta armada - urbana - rural
Caça às bruxas
Universidade de Brasília
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
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Ação Libertadora Nacional(ALN)
Comando de Libertação Nacional (COLINA)
MNR
Movimento de Libertação Popular - Molipo
Movimento Revolucionario 8 de outubro (MR-8]
PCB
PC do B
Partido Comunista Brasileiro Revolucionario(PCBR)
Partido Operario Comunista(POC)
POLOP
Val-Palmares
Vanguarda Popular Revolucionaria(VPR, VAR-P ou VAR-PAL)
Organizações contra o regime militar
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Principais movimentos de direita
Instituto de Pesquisa e Estudos Sociai(IPES)
Instituto Brasileiro de Ação Democratica(IBAD)
Campanha da Mulher pela Democracia(Camde) - financiada pelo IPES
União Cívica Feminina(UCF) - sob orientação do IPES
Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao IPES Movimento Anti-Comunista (MAC) - formado por universitários
Frente da Juventude Democratica - formada por estudantes anticomunistas radicais
Comando de Caça aos Comunistas(CCC) - formado por estudantes anticomunistas radicais
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Durante esse período, houve "desaparecimento" e morte de milhares de militantes, políticos e estudantes de esquerda.
A liberdade de imprensa, a de expressão e a de manifestação foram cerceadas.
Por outro lado, alguns noticiários, como o Jornal Nacional, tentavam transmitir a imagem de um Brasil democrático e retratavam o evidente “desenvolvimento” nacional.
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1969Operação Bandeirante (OBAN)
Sequestro do Embaixador Americano
Esquadrão da Morte
http://youtu.be/WwQmM8ci9cI
Para ouvir:
http://youtu.be/hbyFh-A8yz8
Para ouvir
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1969
Assassinato de Marighela (ALN)
1970
Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na cidade e no campo
D.Paulo Evaristo Arns é nomeado Arcebispo de São Paulo e abre um canal de denuncias contra a ditadura
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Vendo circular pelas ruas os automóveis com o adesivo “Brasil: ame-o ou deixe-o“, Chico Buarque se viu obrigado a reagir com sua melhor arma: a música. E assim nasceu “Apesar de você”:
A música foi adotada como hino de resistência aos militares
quando um jornal publicou uma notinha dizendo que “você”, na verdade, era o general Médici.
Apesar De VocêChico Buarque
Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida de ser executada e todos os compactos recolhidos e quebrados.
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Apesar De VocêChico BuarqueComposição: Chico Buarque
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x 3Hoje você é quem mandaFalou, tá faladoNão tem discussão, não.A minha gente hoje andaFalando de lado e olhando pro chãoViu?Você que inventou esse EstadoInventou de inventarToda escuridãoVocê que inventou o pecadoEsqueceu-se de inventar o perdão(Coro) Apesar de vocêamanhã há de ser outro diaEu pergunto a você onde vai se esconderDa enorme euforia?Como vai proibirQuando o galo insistir em cantar?Água nova brotandoE a gente se amando sem pararQuando chegar o momentoEsse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!Todo esse amor reprimido,Esse grito contido,Esse samba no escuroVocê que inventou a tristezaOra tenha a finezade "desinventar"Você vai pagar, e é dobrado,Cada lágrima roladaNesse meu penar(Coro2) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro dia.Ainda pago pra verO jardim florescerQual você não queriaVocê vai se amargarVendo o dia raiarSem lhe pedir licençaE eu vou morrer de rirE esse dia há de virantes do que você pensa
Apesar de você(Coro3) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro diaVocê vai ter que verA manhã renascerE esbanjar poesiaComo vai se explicarVendo o céu clarear, de repente,Impunemente?Como vai abafarNosso coro a cantar,Na sua frente.Apesar de você(Coro4) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro dia.Você vai se dar mal, etc e tal,
Para ouvir acesse:http://www.youtube.com/watch?v=R7xRtSUunEY
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"Cálice" é uma canção escrita e interpretada por Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973.
Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!".
A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Na versão, Milton Nascimento canta os versos de Gil.
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
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CáliceChico BuarqueComposição: Chico Buarque e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...(2x)Como beberDessa bebida amargaTragar a dorEngolir a labutaMesmo calada a bocaResta o peitoSilêncio na cidadeNão se escutaDe que me valeSer filho da santaMelhor seriaSer filho da outraOutra realidadeMenos mortaTanta mentiraTanta força bruta...Pai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...
Como é difícilAcordar caladoSe na calada da noiteEu me danoQuero lançarUm grito desumanoQue é uma maneiraDe ser escutadoEsse silêncio todoMe atordoaAtordoadoEu permaneço atentoNa arquibancadaPrá a qualquer momentoVer emergirO monstro da lagoa...Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...
De muito gordaA porca já não anda(Cálice!)De muito usadaA faca já não cortaComo é difícilPai, abrir a portaPai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicComo beberDessa bebida amargaTragar a dorEngolir a labutaMesmo calada a bocaResta o peitoSilêncio na cidadeNão se escutaDe que me valeSer filho da santaMelhor seriaSer filho da outraOutra realidadeMenos mortaTanta mentiraTanta força bruta...
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Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...De muito gordaA porca já não anda(Cálice!)De muito usadaA faca já não cortaComo é difícilPai, abrir a porta(Cálice!)Essa palavraPresa na gargantaEsse pilequeHomérico no mundoDe que adiantaTer boa vontade
Mesmo calado o peitoResta a cucaDos bêbadosDo centro da cidade...Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...Talvez o mundoNão seja pequeno(Cale-se!)Nem seja a vidaUm fato consumado(Cale-se!)Quero inventarO meu próprio pecado(Cale-se!)Quero morrerDo meu próprio veneno(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vezTua cabeça(Cale-se!)Minha cabeçaPerder teu juízo(Cale-se!)Quero cheirar fumaçaDe óleo diesel(Cale-se!)Me embriagarAté que alguém me esqueça(Cale-se!)
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1973-1978 –A crise: o fim do “milagre”
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1973-1978 –A crise: o fim do milagre
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Crise externa A crise do petróleo
Crise interna
Esgotamento da capacidade de consumo da classe média
Sobe o numero de carnets
Fim da ilusãoIndústria
Queima de estoque
Aumento dos preços
Diminui a capacidade produtiva
ociosidade
desemprego
Nova força de trabalho
subemprego
Caos social
marginalidade
polícia violência
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Classe MédiaDeixa de consumir
Questiona o modelo
1974: voto na oposição
Governo Duas táticas
Crise política
Crise econômica
Crise econômicaÉ preciso pagar os juros e as amortizações da dívida externa
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Crise econômica
agricultura
Incentivar o latifúndio : “exportar é o que importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos
Mão de obra barata: “bóias-frias”
Destruição da pequena propriedade que produzia alimentos para o mercado interno: êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos
Importação de alimentos: aumento da dívida
indústria Isenção de impostos para exportação
Começa a faltar dinheiro para o Estado
Políticas sociais são afetadas
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Crise econômica
solução
Fabricar dinheiro: inflação
Aumento de imposto da classe media:
Letras do Tesouro e ORTN para os ricos comprarem. O rico só compra com juros altos: aumenta a dívida interna
Temos que pagar a dívida externa e a dívida interna
solução
Emprestar mais para pagar juros da dívida externa
Jogar mais letras do Tesouro no mercado
Círculo financeiro da especulação
Cigarro.
Energia elétrica
Imposto de renda
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Crise política
1970
Organização da sociedade civil
Movimentos de reivindicação
Comunidades Eclesiais de Base
Movimento “custo de vida”
Renascimento do movimento estudantil
Sindicatos: ABC – novas lideranças
Movimento dos camponeses
Em vez de simplesmente fazer discursos contra a ditadura, eles passaram a discutir o custo de vida, a desigualdade social e outras questões ligadas ao dia a dia da população.
Eleições em 1974
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Foros políticos de debates
ABIOABSBPCIGREJA
Táticas do governo
76 - Lei Falcão
77 – Pacote de Abril
Fechamento temporario do Congresso
Senadores Biônicos
Somente o curriculo do candidato
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Crise política
A repressão se empenha para desarticular a guerrilha urbana, prendendo, matando e torturando.1971
1973Golpe Militar no Chile: Pinochet
Anti-candidatura do Ulisses
1974Derrota da Guerrilha do Araguaia
Eleição de senadores de oposição
MDB ganha 72% dos votos
Lamarca é asassinado no interior da Bahia
1972 Renascimento do movimento estudantil
http://youtu.be/4jHJTVnFa8c
Acesse
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Intensificam-se os movimentos da sociedade civil contra a ditadura – Carta aos Brasileiros – Gofredo da Silva Teles
1976 Terrorismo de direita
1975 Morte de Vladimir Herzog
O culto ecumenico foi a primeira manifestação publica contra a ditadura
1977
Primeira Greve no ABC - Lula
Repudio á Ditadura e restabelecimento imediato do Estado de Direito
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1979-1985: Abertura e transição
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Fim da década de 70. A pressão para uma abertura democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é
duramente reprimida.
Havia os exilados, os presos, os
torturados e o resto, que não
tinha armas com que lutar contra
o governo, embora também não
pudesse continuar como estava.
Teotonio Vilela, o menestrel de Alagoas
Comitê Brasileiro pela Anistia
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Janeiro– Extinção do AI-5
Agosto – Lei da Anistia
1979
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no
período compreendido entre 2 de
setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979,
cometeram crimes políticos ou conexos com
estes.§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste
artigo, os crimes de qualquer natureza
relacionados com crimes políticos ou
praticados por motivação política.
Crise Politica
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A Lei da Anistia foi sancionada no
mesmo ano de criação da música
“O Bêbado e a Equilibrista”, de João
Bosco e Aldir Blanc – (a utopia e a
esperança) que traz, em cada verso,
um pequeno pedaço de cada batalha.
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4
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Caía a tarde feito um viadutoE um bêbado trajando lutoMe lembrou Carlitos...A luaTal qual a dona do bordelPedia a cada estrela friaUm brilho de aluguelE nuvens!Lá no mata-borrão do céuChupavam manchas torturadasQue sufoco!Louco!O bêbado com chapéu-cocoFazia irreverências milPrá noite do Brasil.Meu Brasil!...Que sonha com a voltaDo irmão do Henfil.Com tanta gente que partiuNum rabo de fogueteChora!
A nossa PátriaMãe gentilChoram MariasE ClarissesNo solo do Brasil...Mas sei, que uma dorAssim pungenteNão há de ser inutilmenteA esperança...Dança na corda bambaDe sombrinhaE em cada passoDessa linhaPode se machucar...Azar!A esperança equilibristaSabe que o showDe todo artistaTem que continuar...
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Tô Voltando
Composição: Paulo César Pinheiro e Maurício
Tapajós
Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=Ka_l9wyY7vU
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Novembro - Fim do bipartidarismo
Arena – PDSMDB – PMDB
PTBPDTPP
1980 Fundação do PT
Sindicalistas Intelectuais de esquerda
Reforma Politica
1979
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Segunda crise internacional
Novo aumento do petróleo
Aumento do juros internacionais
Baixam os preços de matéria prima e produtos agrícolas
Aumentam os preços da tecnologia e produtos industrializados
Daí – mais empréstimos – aumenta a dívida –
aumenta o latifúndio para exportar
Crise econômica
Setembro de 1982
O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem fundo
FMI – cartas de intenções
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Atentados da direita
Crise Política
1981
Atentado do Rio Centro
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Vitoria da oposição:
1982
Crise Política
Montoro
Brizola
Tancredo
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1983 Fundação da CUT
Rompimento com FMI
Autonomia Sindical
Liberdade de organização politica
Reforma Agrária
Direito de Greve
Eleições Diretas
1981 CONCLAT
Trabalhadores
1979
repressão às greves do ABC
1982Greves de inúmeras categorias de trabalhadores
Morte de Santos Dias
http://youtu.be/4jHJTVnFa8c
Para ouvir
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1984
Crise Política
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1985 Eleição de Tancredo Neves
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O final do governo militar de 1964
O fim da ditadura militar
Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.
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Vai passar nessa avenida um samba popularCada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiarAo lembrar que aqui passaram sambas imortaisQue aqui sangraram pelos nossos pésQue aqui sambaram nossos ancestraisNum tempo página infeliz da nossa história,passagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídasem perceber que era subtraídaEm tenebrosas transaçõesSeus filhos erravam cegos pelo continente,levavam pedras feito penitentesErguendo estranhas catedraisE um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugazUma ofegante epidemia que se chamava carnaval,Vai passar nessa avenida um samba popularCada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortaisQue aqui sangraram pelos nossos pésQue aqui sambaram nossos ancestraisNum tempo página infeliz da nossa história,passagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídasem perceber que era subtraídaEm tenebrosas transaçõesSeus filhos erravam cegos pelo continente,levavam pedras feito penitentesErguendo estranhas catedraisE um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugazUma ofegante epidemia que se chamava carnaval,o carnaval, o carnavalVai passar, palmas pra ala dos barões famintosO bloco dos napoleões retintose os pigmeus do boulevardMeu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantarA evolução da liberdade até o dia clarearAi que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô laráO estandarte do sanatório geral vai passarAi que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô laráO estandarte do sanatório geral... vai passar
Vai PassarChico BuarqueComposição: Chico Buarque e Francis
http://www.youtube.com/watch?v=9A_JrsJF6mM
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Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar, veja os vídeos da TV Câmara, CONTOS
DA RESISTÊNCIA.
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Episódio 1: Estudantes e Igreja
O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar. Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.
Episódio 2: Congresso O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi, ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.
Episódio 3: Artes e Imprensa Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.
Episódio 4: Movimento Sindical
O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes reconhecidos.
Acesse http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=CONTOS-DA-RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
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