aquisição de conhecimento explícito alvaro_degas@yahoo.com.br

Post on 22-Apr-2015

108 Views

Category:

Documents

4 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Aquisição de Conhecimento Explícito

alvaro_degas@yahoo.com.br

Aquisição de Conhecimento Explícito• Panorama

Aquisição do Conhecimento

Representação do Conhecimento

Fonte de Conhecimento

Engenheiros do Conhecimento

Sistema Baseado em Conhecimento

Aquisição de Conhecimento Explícito• Onde encontrar o conhecimento?

– Especialistas

CirurgiãoMédico Enfermeira Dentista

Veterinário Economista Cabeleireiro Operário

Aquisição de Conhecimento Explícito• Possíveis Problemas

Conhecimentos Irrelevantes,Incorretos, Incompletos ou Inconsistentes

Especialista Incapaz de Verbalizar o Conhecimento

Especialista não pode especificar o Raciocínio

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Como evitar (ou minimizar) a ocorrência destes problemas?

• Seleção de Domínio– Limites claramente delineados!

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Por exemplo

• Sistema de apoio a diagnósticos pediátricos– Especialista: Médico Pediatra– Domínio: Elementos que compõem o raciocínio

para encontrar um diagnóstico (exames, sintomas, características físicas, etc)

– Cor da pele deve pertencer ao domínio?

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Como evitar (ou minimizar) a ocorrência destes problemas?

• Definição de Objetivos– Afinal, o que se quer do sistema baseado em

conhecimento?Não confundir Objetivos com Domínio – Este se volta

para o conjunto de conhecimentos considerados e aquele é a função a que se presta(rá) o sistema!

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Por exemplo

• Sistema de apoio a diagnósticos pediátricos– Especialista: Médico Pediatra– Objetivo: Oferecer ao médico um conjunto de

possíveis diagnósticos compatíveis com as informações apresentadas

– Deve indicar também o tratamento?

De modo geral NÃO passam de auxiliares!

Engenharia do Conhecimento

• Estuda e estabelece métodos de transferência de conhecimento para o computador

• Aquisição do Conhecimento• Administração do Conhecimento

Técnicas de Aquisição de Conhecimento Explícito

• Entrevista

• Rastreamento de Processos

• Análise de Protocolos

• Brainstorming

• Estudos de Caso

• Introspecção

• Repertório Grid

Entrevistas

• Técnica mais comum

• Herança direta da Análise de Sistemas– Conhecimento a ser eliciado é uma

Especificação de Requisitos

• Mais empregável em SBC de pequeno porte– Poucas horas de entrevista– Prototipação

Um exemplo

• SBC de apoio à Triagem de Pacientes de hospital

• Entrevistados– Clínico Geral plantonista

– Enfermeiros

• Objetivos– Identificar a que

especialidade médica o paciente deve ser encaminhado

Um exemplo

• Objetivos (cont)– Identificar se trata-se de uma emergência

• Domínio– Informações prestadas pelo próprio paciente ou

por pessoa que possa falar por ele, se for o caso• Menores, Incapacitados (momentânea ou

permanentemente)

Um exemplo

• Domínio (cont)– Exames rápidos

• Febre, Pressão Arterial, Palidez, Manchas, Hematomas, etc.

– Identificação de emergências

– Identificação da especialidade médica adequada

• Observações importantes– O sistema deverá reconhecer-se incapaz de decidir, se

for o caso, bem como deve ser capaz de identificar falsos alarmes

Um exemplo

• Entrevista: Médicos plantonistas– Poucos conhecimentos inicialmente eliciados

sobre identificação da especialidade médica

• Entrevista: Enfermeiros– Conhecimentos sobre exames e sintomas mais

indicativos

• Elaboração de um pequeno protótipo

O protótipo

• SBC com dimensões reduzidas

• Sensível à Representação do Conhecimento

• Pequena parte do conhecimento

• Útil para– Validação (conhecimento real)– Verificação (conhecimento útil)– Interação com o usuário (solucionar problemas)

No Exemplo

• Protótipo pronto• Estratégias de teste?

– Casos hipotéticos

– Casos reais

• Teste do protótipo– Validação, Verificação e

Interação

No Exemplo

• Teste do protótipo– O protótipo tira conclusões

corretas?• Validade

– O protótipo dá todas as respostas possíveis no contexto?

• Verificação

– O protótipo atua corretamente (pede informações importantes)?

• Interação

Objetivos da Entrevista

• Engenheiro eliciar:– Conceitos– Vocabulário

• Particularmente crucial nos estágios iniciais de qualquer processo de AC

• Importante quando o Engenheiro não possui experiência– Encontro e “conversa” com especialista

No exemplo

• Familiaridade com termos– Bradicardia, Icterícia, IgG, IgM,

Imunoensaio, Taquicardia, ...

• E com conceitos– Alanina, Aminoácidos, Bilirrubina,

Gastroenterologia, Ginecologia, Hemoglobina, Oncologia, Ortopedia, Pediatria, Psiquiatria, Urografia, Urologia, ...

Uma entrevista

• Especialista:– Extenso arcabouço de experiência e conhecimento

• Engenheiro do Conhecimento é especialista também!– Inteligência Artificial e Sistemas Baseados em

Conhecimento

– Dados que o SBC vai requerer

– Técnicas de AC (implícitas e explícitas)

Uma entrevista

• Objetivos– Informação para adquirir informações e/ou

estruturar em conhecimento informações adquiridas

• Do Engenheiro do Conhecimento depende– Sucesso da entrevista– Utilidade do conhecimento adquirido

Uma entrevista

• Antes da entrevista– Que dados, informações e conhecimentos estão

sendo procurados?– Decidir se a entrevista é a técnica mais

adequada• Tipo e representação de conhecimento

• Tempo de preparação

• Perfil do especialista

Tipos de Entrevista

• Desestruturada– Informal– Exploração do problema (conceitos)– Familiarização com o domínio

• Estruturada (ou focada)– Informações específicas: dados úteis ao SBC– Organização– Orientada a Objetivos

No exemplo

• Resultados da entrevista desestruturada:– Que é triagem?– Quais as especialidades médicas

triadas?– Que há de especial em casos de

emergência?– Significado dos vocábulos

específicos

• Numa conversa informal!

No exemplo

• Resultados da entrevista estruturada:– Que informações são mais esclarecedoras e

devem ser buscadas logo de início?– Objetivo: Identificar emergências. Quais as

informações (e combinações de informações) que determinam uma emergência?

– Objetivo: Identificar especialidade. Como identificar cada especialidade médica?

– Casos de exceção? Quais?

Planejando a entrevista

• Selecionar tópicos– Objetivos– Informações

• Amostragem das perguntas– Um conjunto de questões que conduzam ao

objetivo– Novas questões podem surgir

Planejando a entrevista

• Ferramentas necessárias– Gravador, Formulários, Filmadora, Máquinas

fotográficas e/ou fotocopiadoras, etc.

• Quanto de informação será abrangida – Tempo estipulado, normalmente 1 hora– O que é possível investigar nesse intervalo?

• Registro da informação– Manuscrita, vídeo, cassete, etc.

Começando a entrevista

• Fase crítica. Caso a comunicação fique ruim todo o processo estará perdido!

• Participantes motivados• Engenheiro do Conhecimento:

Profissional, mas tranqüilo. O especialista não pode se sentir ameaçado

Começando a entrevista

• Especialista participa livre e honestamente

• Formatada em duas etapas seqüenciais– Estabelecimento de uma relação de confiança

entre o Engenheiro e o Especialista– Engenheiro precisa estar sempre atento ao rumo

da entrevista: não se pode perder de vista o objetivo daquela conversa

No exemplo

• Ferramentas– Um gravador e um Microcomputador com

Scanner (se isso não for possível, então uma máquina fotográfica Digital)

– Fotos dos formulários de triagem

• Objetivos– Familiarização com os termos mais importantes

dos formulários– Familiarização com alguns conceitos iniciais

Decorrer da entrevista• Comunicação verbal

– Buscar sempre o modo mais claro

– Retificar imperfeições do que é dito

– Atento a vocabulário

– Observar experiências passadas, entonação, etc. Podem ser indícios de tratar-se de informação mais ou menos importante

• Comunicação não verbal– Expresões faciais, pausas, etc.

Decorrer da entrevista• Feed Back

– Verificação do que é dito: contradições

– Discordância entre especialistas– Revisão– Objetiva intensificar comunicação,

ainda não é hora de verificar o quanto o Engenheiro do Conhecimento eliciou.

No exemplo

• Pacientes com apnéia vão para a pneumologia em emergência (importante!)

• O que é apnéia? (vocabulário)

• Se pacientes com diarréia vão à Gastroenterologia, porque houve uma que acabou na Ginecologia? (imperfeição? experiência?)

No exemplo

• Dores nas panturrilhas é indício de caso de Gastroenterologia de Cardiologia ou de Urologia (contradição?)

• Enquanto o médico A acha que febre de 40 °C sugere uma emergência, o médico B define que necessariamente É uma emergência (discordância)

Terminando a entrevista• Tende a se dar pouca importância

• A primeira impressão e o que aconteceu no final tendem a ser retidos pelas pessoas

• Especialista deve se sentir bem– Coisa interessante e frutuosa. – Não pode parecer uma perda de tempo.

Terminando a entrevista

• O Engenheiro precisa proporcionar– Resumo dos pontos importantes e dos

propósitos– Chance do Especialista esclarecer ou corrigir

esses pontos– Expectativa para as próximas entrevistas

• Técnicas verbais e não verbais– Agradecimentos, cumprimentos,

congratulações, etc.

Habilidades e técnicas especiais de entrevista

• Não há uma receita absoluta!

• Dicas importantes– Vários tipos de perguntas– Vários tipos de técnicas de questionamento

• Tipos de perguntas– Abertas– Fechadas

Perguntas abertas

• Encoraja resposta livre– Proporciona informações periféricas (que não foram

necessariamente o foco central da pergunta)

• Respostas de alto nível– Muito conteúdo

• Pode abrir caminho para questionamentos específicos– Coisas que o Engenheiro não teria competência para

perguntar sozinho

Perguntas abertas

• Alto consumo de tempo– Como amante de sua área, o especialista tende a

ser prolixo

• Difícil controle do andamento da entrevista– Fronteira entre informações periféricas e

divagações pessoais

• Dificuldade de fazer registros– Cassetes ou vídeos!

No Exemplo

• Entrevistado: Médico plantonista– “Quando o paciente se apresenta inconsciente

ele é imediatamente examinado com urgência em suas funções vitais”

– Novo conceito! Exame de funções Vitais. Esclarecendo:

– “Exame de funções vitais é a verificação imediata de batimentos, pressão arterial e freqüência respiratória”

Perguntas fechadas

• Impõe limites na quantidade de informações fornecidas pelo especialista– “Não pode ser NDA?”

• Especificidade de informações– Não cabe aporte de informações periféricas

• O engenheiro precisa ser o controlador do processo

Perguntas fechadas

• O engenheiro precisa conhecer muito bem o domínio– Vocabulário– Conceitos

• Fácil controle da sessão de entrevista

• Facilidade de registro e baixo consumo de tempo

No exemplo

• Quando o paciente apresenta febre baixa, palidez e vômitos, o que se faz?

a) Encaminha para a emergênciab) Seguem-se exames de pressão arterial para se

poder decidirc) Encaminha para a Gastroenterologiad) Seguem-se questionamentos de sua dieta nas

últimas horas para indicar ou não a Gastroenterologia

Tipo de questionamento

• Fatores que devem ser considerados– Terminologia– Nível– Complexidade

Tipo de questionamento

• Nível das questões

• Primárias– Usado para introduzir novos tópicos ou mudar a

área de estudo

• Secundária– Explorando mais os resultados de uma questão

anterior

No exemplo

• Questão primária– O que define um paciente em estado de emergência?

– Como se sabe que um paciente deve ir à Neurologia?

• Questão secundária– A contagem de hemácias e plaquetas estando baixa e o

paciente apresentando febre e cefaléia indica tratamento Neurológico?

• a) Sim b) Necessário exame de Leucócitos c) Necessário exame de Reflexos Involuntários

Seqüenciamento de questionário

• Há padrões gerais indicados para o seqüenciamento de um questionário

• Seqüência Funil

• Seqüência Funil Invertida

• Híbridas

Seqüência Funil

• Início– Perguntas abertas– Nível primário

• Fim– Perguntas fechadas– Nível secundário

• Estabelecimento de concatenação de idéias• Engenheiro pode avaliar respostas e refinar

questões seguintes

Seqüência Funil Invertida

• Início– Perguntas fechadas– Nível secundário

• Fim– Perguntas abertas– Nível primário

• Bom para revisar conteúdo discutido• FeedBack• Menos comum

Seqüência Híbrida

• Para Engenheiros mais experientes• Tópicos que o Engenheiro domina:

Seqüência Funil Invertida• Tópicos que o Engenheiro ainda não

domina: Seqüência Funil• Opções interessantes

– Entrevista faz uma seqüência Funil e outra Funil-Invertida

Pontos Importantes

• Todo especialista usa sua experiência. Com Engenharia do conhecimento não é diferente

• Prática do Engenheiro conduz a entrevistas eficientes e estruturadas

• Tempo de espera– O Engenheiro precisa ouvir mais, e o

especialista precisa falar mais

Terminada a entrevista

• Transcrever o conhecimento adquirido• Formato utilizável• Transcrever ou não sessões gravadas (vídeo

ou áudio)– Custo-Benefício

• Transcrição de detalhes– Requerem tempo– Muitas vezes não são processáveis

Terminada a entrevista

• Pontos importantes a serem transcritos• Quem fará a transcrição?• Decidir o que é importante

– Tarefa não trivial– Uso de questões secundárias– Opinião de outros Engenheiros– Ferramentas de auxílio (tabelas, formulários)

para registrar o conhecimento

Após a transcrição

• Revisão do material pelo Especialista

• Determinação do que irá compor o próximo protótipo

• Representação do conhecimento para ser codificado

• Inclusão do conhecimento no SBC

• Geração do protótipo

Entrevista

Rastreamento de Processos• Técnicas para determinar como um

indivíduo pensa• Da psicanálise: atos resultam de

pensamentos• Percepção da linha de pensamento

enquanto o indivíduo atua

Técnicas de RP

• Observação do Ambiente

• Informações ou Soluções Limitadas

• Cenários simulados

• Analogias de episódio

• Análise de casos difíceis

Observação do Ambiente

• O Engenheiro observa o especialista atuar

• O especialista resolve problemas e o Engenheiro identifica o processo de uso do conhecimento

Observação do Ambiente

• Vantagens– Boa visão geral das tarefas– Permite tomar conhecimento do domínio– Observação do processo de tomada de decisão

• Desvantagens– Consome tempo– Especialista não participa

• Pode se sentir pressionado pela observação!

No exemplo

• Vendo a entrada de um paciente

• Observar características do próprio paciente– Consciente (ou não), com documentos,

juridicamente responsável, queixas

• Observar atitudes do especialista– Preencher formulários, aferir pressão arterial,

contar freqüência cardíaca, encaminhar à emergência, solicitar exames, ...

Informações ou soluções Limitadas

• Observação de parte de um ambiente

• Partes que tenham ficado obscuras

• Partes que sejam particularmente importantes

• Partes que sejam particularmente de difícil compreensão

Informações ou soluções Limitadas

• Vantagens– Revela aspectos interessantes, singulares ou

relevantes de um problema– Revela estratégias para estes casos

• Desvantagens– Desconforto do especialista

• Normalmente é um caso limite

– Necessita seleção de tarefas e/ou variáveis

No exemplo

• O especialista suspeita de anemia mas não pede exame de contagem de hemácias julgando que pode ganhar tempo encaminhando-o à angiologia (estratégia específica)

• O especialista fez exames apalpando o abdome do paciente e registrando informações num formulário (aspecto singular do problema)

• O especialista seguiu um protocolo rigoroso de exames antes de decidir um encaminhamento, coisa que normalmente não faria (observação interfere)

Cenários Simulados

• Construção de uma situação problema

• O especialista atua com seu conhecimento

• A situação pode ser uma adaptação de evento passado ou totalmente artificial

• A interferência do engenheiro em busca de algum esclarecimento é possível e até desejável

Cenários Simulados

• Vantagens– Usa dados arquivados ou fictícios– Não está acontecendo de verdade!

• Permite paradas, esclarecimentos, repetições

• Desvantagens– Requer acesso a dados arquivados– Requer ajuda do especialista na elaboração dos

cenários

No exemplo

• Numa situação hipotética um paciente apresenta hipotensão arterial e queixa-se de dor abdominal.

• Nunca houve um caso assim.

• O especialista decide a partir desta hipótese

Analogias de episódios

• Refazer experiências vividas pelo especialista

• Casos bem ou mal sucedidos

• A interferência do Engenheiro é possível e desejável, como nos cenários simulados

Analogias de episódios

• Vantagem– Permite entender melhor características e

importâncias de problemas específicos

• Desvantagem– O especialista tem que discutir soluções

passadas (que podem ter sido ruins)

No exemplo

• O especialista reconstitui o caso do paciente surdo-mudo que chegou desacompanhado e obviamente estava com sintomas de problemas de saúde, mas não conseguia verbalizar.

• Ele mostra que elementos usou para tomar sua decisão naquele caso.

Casos Difíceis

• Busca de resolver casos que tenham um grau particularmente alto de dificuldade– Conhecimento profundo do especialista– Uso de uma grande quantidade de variáveis na

solução

• Busca-se modelar o conhecimento usado em situações limite

Casos Difíceis

• Vantagens– Toca em questões que não são do dia-a-dia– Ajuda a identificar dados e conhecimentos

prioritários

• Desvantagens– Muito complicado de preparar e acompanhar– Baseado em um ou poucos especialistas que

vivenciaram a situação

No exemplo

• Um paciente apresenta extremidades escurecidas, anemia e dores no abdome e na cabeça.– O especialista mostra o que fazer para decidir a que

especialidade encaminhá-lo

• Um acidente entre dois ônibus produz muitos pacientes, quase todos para a emergência e ortopedia, mas esses setores estão lotados– O especialista decide convocar médicos de outras

especialidades para a emergência– O especialista decide alocar a maternidade e a geriatria

para casos de emergência

Rastreamento de Processos

• Prós– O especialista traz à sua própria consciência os

mecanismos de seu raciocínio: alternativas, variáveis, etc.

– O Engenheiro verifica o conhecimento sendo utilizado de fato

– Pode-se registrar e depois (entrevista) confrontar os registros com o conhecimento do especialista

Rastreamento de Processos

• Mais Prós– Minimiza o número de interações entre o

Especialista e o Engenheiro– Permite que o processo seja menos burocrático,

levando-se para a entrevista apenas pontos específicos a serem esclarecidos

Rastreamento de Processos

• Contras– Requer consciência do especialista

• “Não sei porque fiz isso. Apenas sei que tem que ser assim”

– Especialista precisa saber categorizar alternativas

• “Isso é para identificar a situação A e aquilo para evitar uma situação B

Rastreamento de Processos

• Mais Contras– Especialista precisa verbalizar atributos e

valores• “Motor quente” ou “Temperatura do motor acima de

90 °C”?

– Observação e interferências do Engenheiro podem distorcer a atuação do especialista

Verbalização em RP• É desejável que o especialista

“explique” o que está fazendo• Durante o RP o especialista pode

– Resolver uma etapa e depois explicar

– Explicar e depois resolver uma etapa– Fornecer esclarecimentos para

depois resolver o problema– Resolver o problema para depois

fornecer esclarecimentos

Verbalização Concorrente

• O especialista verbaliza seu processo durante a tomada de decisão

• A cada etapa uma explicação

• O especialista trabalha “pensando em voz alta” ? ?

?

Verbalização Retrospectiva

• O especialista verbaliza seu processo depois da tomada de decisão

• Após cada etapa uma explicação, ou

• Uma explicação após todo o processo

• Alternativamente uma gravação de verbalização concorrente tem o mesmo efeito

Verbalização Prospectiva

• O especialista verbaliza seu processo antes da tomada de decisão

• Antes de cada etapa uma explicação ou

• Uma explicação antes de todo o processo

Rastreamento de Processos

Análise de Protocolos

• Problema:– Analisar resultados de uma sessão de

Aquisição de Conhecimento

• Antecedido por uma técnica de Aquisição– Entrevista– Rastreamento de Processos

Análise de Protocolos• Insumos para a Análise de

Protocolos– Resultados (histórico) de uma

sessão de Aquisição de conhecimento

– Sinais verbais• Voz, Ênfase

– Sinais não verbais• Coçar a cabeça, expressão de

desagrado

Análise de Protocolos

• A partir do histórico– Geração de Protocolos

• Protocolos são os registros (gravados ou transcritos) de uma sessão

• Necessários para uma análise porterior• Problema: Como “traduzir” o que foi

eliciado de forma que outras pessoas també compreendam?

Análise de Protocolos

• McGraw e Harbison-Briggs– Necessidade de estabelecimento de um (ou

mais de um) padrão de codificação do conhecimento

• Todo Engenheiro do Conhecimento compreende!

Análise de Protocolos

• O que precisa ser codificado?

• Basicamente duas características do conhecimento:– De que forma um especialista resolve um

problema?– Como se muda de um estado para outro, dentro

da rede de possibilidades do conhecimento?

Análise de Protocolos

• Por exemplo– Como um Operador de vôo faz para organizar os aviões

que demandam permissões de pouso e decolagem no aeroporto de Congonhas (uma operação a cada 30 segundos)

– Dado o padrão de comportamento, como e porque o operador muda de ação ao se deparar com uma aeronave com problemas técnicos? E com uma emergência a bordo (paciente, órgão, etc)?

Análise de Protocolos

• Transcrição das sessões para protocolos de Conhecimentos: Análise de Protocolos

• Em geral perde-se mais tempo na transcrição do que na sessão (razão de 2 a 3 para 1)

• Duas alternativas– Procedimentos rígidos para protocolos formais– Anotações informais

Análise de Protocolos

• Estrutura básica da análise

– Por alternativas de decisão

– Por atributos

– Por aspectos

– Pelo valor psicológico de um aspecto (difícil)

Análise de Protocolos

• Por alternativas de decisão• Pergunta-se: Quais as possíveis

alternativas que se pode ter?• Por exemplo

– Quais os possíveis encaminhamentos que um paciente deverá seguir?

Análise de Protocolos• Por atributos

– Atributos são os componentes (dimensões) que definem uma alternativa

• Por exemplo– Que dimensões são

consideradas para determinar que um paciente deverá ir para a Cardiologia?

Análise de Protocolos• Por Aspectos

– Aspectos são valores que definem os atributos

• Por exemplo– Freqüência cardíaca e Pressão

Arterial são atributos que determinam um encaminhamento à Cardiologia.

– F.C. <=60 ou >=200 ou P.A. <= 7/5 ou >= 16/14

Análise de Protocolos• Pelo valor psicológico de um aspecto• Para Engenheiros muito experientes• Por exemplo

– Pela veemência do especialista, e pelo fato de ele, nesses casos, falar veementemente ao paciente:

– Eliciar que Caso a P.A. seja maior que 18/* o paciente precisa MUITO de consulta ao cardiologista, embora não se trate de uma emergência

Análise de Protocolos

• O objetivo:• Determinar regras de decisão• Uma regra de decisão?

– Conjunto de atributos, aspectos e alternativas de decisão

• Por exemplo– Se (P.A. >= 16/4 ou P.A. <= 7/5) e (F.C. >=

200 ou F.C. <= 60) então CARDIOLOGIA

Análise de Protocolos

• Determinação de Regras de decisão• Problema: Dentre todas as regras

existentes, qual deve-se empregar?• Há maneiras diferentes de se abordar o

problema:• Regras sobre como usar as regras

(Meta-Regras)

Análise de Protocolos

• Regras Dominantes– Procura-se regras “superiores”, que sejam

melhores ou iguais em todos os atributos que as outras alternativas

• Por exemplo– Se Temperatura >= 37 e Dores Abdominais =

Sim então Gastroenterologia– Se Temperatura >= 40 então Emergência

Análise de Protocolos

• Regras Disjuntivas– Indica-se valores bons e seleciona-se

alternativas que tenham pelo menos um valor fora da faixa

• Por exemplo– P.A entre 13/9 e 9/6. F.C. entre 70 e 150– Se P.A. < 10/8 e F.C. < 50 então ...– Se P.A. > 12/8 e F.C. > 120 então ...

Análise de Protocolos

• Regras Conjuntivas– Indica-se valores bons e seleciona-se

alternativas que tenham todos os valores fora da faixa

• Por exemplo– P.A entre 13/9 e 9/6. F.C. entre 70 e 150– Se P.A. < 10/8 e F.C. < 50 então ...– Se P.A. > 14/10 e F.C. > 160 então ...

Análise de Protocolos

• Regras Lexicográficas– Ordena-se os atributos de acordo com a

importância e seleciona-se a regra mais atraente no atributo mais importante

• Por exemplo– P.A.(13/9 e 9/6) > F.C. (70 e 150)– Se P.A. > 13/9 e F.C > 90 então ...– Se P.A. > 10/8 e F.C. > 150 então ...

Análise de Protocolos

• Eliminação por Aspecto– Eliminar as alternativas cujos atributos mais

importantes não satisfazem determinado aspecto

• Por exemplo– P.A.(<=13/9 e >= 9/6) > F.C. (<=70 e >=150)– Se P.A. > 10/8 e F.C. > 100– Se P.A. > 13/9 e F.C. > 90

Análise de Protocolos

• Atributo mais Atraente– Indica-se valores bons e seleciona-se

alternativas que tenham pelo menos um valor fora da faixa, mas ordena de acordo com a importância

• Por exemplo– P.A.(13/9 e 9/6) > F.C. (70 e 150)– Se P.A. < 8/5 e F.C. < 100 então ...– Se P.A. > 12/8 e F.C. > 160 então ...

Análise de Protocolos

Brainstorming

• Problema da Administração de Empresas– Executivos de alto nível “contaminam”

gerentes e demais funcionários do nível tático– “Se o Dr. X diz que é melhor assim...”– Perda das idéias oriundas destes níveis:

gerentes apenas repetem e imita os superiores

• Uma sessão para todo mundo falar!

Brainstorming

• Método para ajudar um grupo a gerar tantas idéias quantas forem possível com máxima liberdade no menor tempo

• Encoraja criatividade em Grupo

• Aplicável à Eliciação de Conhecimento!

Brainstorming

• Como começar?– Sessão com engenheiros e especialistas!

• Regra do Máximo Benefício!– Definir um conjunto de idéias centrais que seja

consenso entre todos!

Brainstorming

• Aplicações do Brainstorming– Sessões iniciais de AC

• Gerar Soluções sem avaliá-las (constrangimento de especialistas)

– Trabalho com múltiplos especialistas– Arejamento de idéias para o Especialista e para

o Engenheiro

Brainstorming

• Roteiro– Escolha de um problema ou um tópico– Sessão iniciada

• Discussão sobre objetivos da sessão

• Discussão sobre considerações principais de cada especialista a respeito

– Seleção de um tópico– Coleta de idéias

Brainstorming

• Coleta de idéias– Especialistas devem gerar idéias tão rápido

quanto for possível– É permitido e incentivado o uso de apartes

(concedidos)– Cada especialista deverá ter sua oportunidade

de falar e apresentar uma idéia– Caso não tenha o que dizer, o especialista pode

“passar” a vez

Brainstorming

• Registro– Alguém (Engenheiro?) registra tudo em local

visível (lousa, transparência, slide, etc.)

• O processo segue até que– Todos os especialistas deixem passar a vez– Perceba-se uma redução significativa na taxa de

IPM (Idéias por Minuto), que normalmente ocorre em 10 a 15 minutos

Brainstorming

• Consolidação das idéias– Engenheiro(s) do Conhecimento e Especialistas

analisam os registros

– O objetivo é consolidar as idéias eliminando redundâncias e tratando expressões lacônicas ou incorretas

– Todos devem concordar que o escrito é o resultado da sessão

– Nem todos devem concordar com o conhecimento ali expresso (opiniões discrepantes)

Brainstorming

• Diretrizes de gestão de sessão de BrainStorming– Encorajar participação de todos

– Evitar monopólio da conversa

– Registrar idéias com as palavras do autor

– Registrar idéias em local visível a todos

– Em nenhuma hipótese deve-se avaliar idéias

– Tempo máximo de duração da sessão (ou até o esgotamento de idéias)

Brainstorming

• Considerações sobre o BrainStorming– Há pessoas que contribuem mais que outras– Permite surgir idéias que não apareceriam

individualmente– Gera uma grande quantidade de idéias,

independente da qualidade delas– Muitas idéias serão desenvolvidas

(importantes) e outras serão descartadas

BrainStorming

Outras Estratégias

• Estudos de Caso

• Introspecção

• Repertório Grid

Outras Estratégias

• Estudos de Caso– Eliciar através de um ou mais casos

documentados– Deve-se gerar hipóteses aos casos (e se ...?)

para cobrir novas possibilidades dentro do domínio

– Útil para eliciar conhecimentos específicos– Útil para perceber sutilezas do especialista

Outras Estratégias

• Cuidados com Estudos de Caso– Deve haver ampla documentação para fornecer

insumos para o estudo– Conhecimento obtido carecerá de complemento

e esclarecimentos• Entrevistas e Análises de Protocolo

– A escolha do caso deve ser cuidadosa: representatividade, documentação, importância e qualidade do conhecimento aplicado

Outras Estratégias

• Introspecção– Verbalização o especialista enquanto resolve

um problema– Sensações, Memórias, Sentimentos. Não o

conhecimento em si.– Útil para esclarecer/sugerir informações não-

verbais de uma análise de protocolos

Outras Estratégias

• Formas de Introspecção– Retrospectiva: falar sobre casos passados– Simulação de um cenário: falar sobre casos

hipotéticos– Episódio crítico: falar sobre casos

particularmente difíceis

Outras Estratégias

• Cuidados com a introspecção– Não é necessariamente verdadeiro que a

introspecção externe o mecanismo de tomada de decisão do especialista: há informações subconscientes

– Pode-se desviar a atenção do especialista para detalhes insignificantes

– Forte dependência do tipo de caso estudado

Outras Estratégias

• Repertório Grid– Estrutura multidimensional– Técnica focada (conceitos bem definidos)

• Objetivos– Mostrar estruturas de conjuntos de conceitos– Identificar similaridades entre objetos– Agrupar os objetos conceitualmente

Outras Estratégias

• Especialista ajuda na identificação de elementos (entidades) do mundo real

• Podem se opor ou se completar

• Exemplo (fuzzy: [-1,1]) Febre

Cefaléia

Sim Não

Sim 0,7 0

Não -0,1 0

Outras Estratégias

• O uso de Repertório Grid pressupõe que– O engenheiro conhece o domínio– Objetiva eliciar casos críticos– Objetiva relacionar atributos– Existam conceitos relacionados não

perceptíveis a princípio– Esteja-se nas últimas fases de Aquisição de

Conhecimento

Outras Estratégias

• De modo geral ilustra opiniões ou esclarece conceitos imprecisos

• Exemplo (fuzzy [-1,1])

Idade

Pediatria

Criança Adolescente Adulto

Sim 1 0,3 -1

Não -0,8 -0,5 1

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fases do Processo– Fase 1: A fase de Especificações

• (80% do Engenheiro e 20% do Especialista)

– Fase 2: A fase de Elicitação• (50% do Engenheiro e 50% do Especialista)

– Fase 3: A fase de Construção• (80% do Engenheiro e 20% do Especialista)

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 1: Especificações– Definição do problema– Desenvolvimento de um Mapa Mental– Análise Funcional– Análise de Tarefas

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 1: Resultados– Vocabulário

– BackGround

– Conceitos principais e relações entre eles

– Funções Principais

– Módulos

– Entradas e saídas atuais

– Tipos de Conhecimento

– Planos de Aquisição de Conhecimento

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 2: Elicitação– Realizar sessões iniciais– FeedBack para Refinamento– Realizar sessões aprofundadas– Elaborar e utilizar técnicas de Entrevista e

Análise de Protocolos

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 2: Resultados– Grafos de Conhecimento– Pseudocódigo– Notas de Sessão– Simulações– Protótipos

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 3: Construção– Implementar– Testar– Refinar– Administrar

Aquisição de Conhecimento Explícito

• Fase 3: Resultados– Representação do Conhecimento– Refinamentos sucessivos– Cenários de Teste– Painel de especialistas para teste

FIM!

"Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz."Micítaus do ISSÁS.

Malfati

Aquisição de Conhecimento Explícito

top related