apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 118

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apercebida – adivinhada, iminente.

necessidade – fatalidade.

Pronúncias para a leitura em voz alta

Vêm [juntamente] = vêm ou vem

fermosa = fermosa ou formosa

pexes = pexes ou peixes

Ua = uma

antigua = antiga

l[ê]do

avorrecida = avorrecida ou aborrecida

[105] O recado que traziam era amistoso, mas encobria o veneno [da traição], porque as intenções eram hostis, como [se provou quando] se descobriu o ardil. Oh! Grandes e gravíssimos perigos [ameaçam os mortais!] Quão pouco seguro é o caminho da vida! [Como é possível] que a vida tenha tão pouca segurança, [mesmo] naquilo em que pomos as nossas esperanças!

 

[106] No mar tantas tormentas e tantos perigos, tantas vezes a morte iminente! Na terra tanta luta, tantas traições, tanta cruciante fatalidade! Onde poderá acolher-se um débil humano? Onde poderá ter segura a curta vida, sem que o tranquilo Céu se arme e se irrite contra um tão humilde verme da terra?]

2.

Os portugueses foram recebidos a mando do Rei, «que já sabia a gente que era» (104, v. 6), pois «Baco muito de antes o avisara» (v. 7), disfarçado de «Mouro» (v. 8), instigando-o contra os navegadores. Desse modo, houve tempo de preparar uma emboscada, que principiou com a falsa hospitalidade dos habitantes de Mombaça.

 

3.

Vasco da Gama não contava com hostilidades, uma vez que se mostrava «estranhamente ledo» (104, v. 2), ou seja, satisfeito com a possibilidade de naquelas paragens vir a encontrar um «povo batizado» (104, v. 3), isto é, cristão.

 

4.1

A propósito da emboscada preparada aos portugueses, o poeta reflete sobre a insegurança da vida dos humanos e a sua fragilidade face aos perigos que continuamente a ameaçam. Tais reflexões provocam-lhe sentimentos de angústia e de desilusão, mas igualmente de admiração da força do Homem.

4.1.1.

A repetição anafórica da interjeição «Oh» (vv. 5-6) e a hipérbole utilizada nas expressões «Grandes e gravíssimos perigos» (v. 5) e «Caminho da vida nunca certo» (v. 6) contribuem para enfatizar o desencanto do sujeito poético.

4.2

A metáfora que designa o homem é «um bicho da terra tão pequeno» (106, v. 8).

4.2.1.

Na última estância, a repetição do quantificador existencial «tanto/a/as» e do advérbio relativo «Onde» concorre para ampliar, em quantidade e extensão, os perigos a que está sujeito o Homem, quer no «mar» (v. 1), quer na «terra» (v. 3). Desse modo, a metáfora «bicho da terra tão pequeno» serve, no contexto da epopeia, para realçar a desproporção existente entre os heróis e as dificuldades que terão de enfrentar para cumprir os seus objetivos. Assim, vai sendo construído o seu retrato de excecionalidade.

1. Relacione a interrogação final (versos 13 a 16) com as exclamações que a antecedem (versos 5 a 12).

 

A interrogação presente nos quatro versos finais decorre da reflexão do poeta sobre a fragilidade da condição humana e da sua perplexidade perante a impossibilidade aparente de encontrar um lugar seguro, onde o ser humano, «bicho da terra tão pequeno» (v. 16), se encontre a salvo.

Nas exclamações dos versos 5 a 12, o poeta refere os «grandes e gravíssimos perigos» (v. 5) a que o homem está sujeito, tanto no mar como na terra, na permanente incerteza do futuro («caminho de vida nunca certo» – v. 6).

2. Explique de que modo a mitificação do herói em Os Lusíadas é ilustrada pelas estâncias transcritas.

  A mitificação do herói é ilustrada no excerto, na medida em que é referido e valorizado o esforço que leva os portugueses não só a ultrapassarem os perigos graves, no mar e na terra, como também a assumirem a fragilidade da condição humana.

Consciente da desproporção existente entre o «fraco humano» (v. 13) e o «Céu sereno» (v. 15), o poeta acentua e enaltece a grandeza heroica daqueles que enfrentam forças adversas e, assim, se elevam ao nível dos deuses.

2. Explique de que modo a mitificação do herói em Os Lusíadas é ilustrada pelas estâncias transcritas.

  A mitificação do herói é ilustrada no excerto, na medida em que é referido e valorizado o esforço que leva os portugueses não só a ultrapassarem os perigos graves, no mar e na terra, como também a assumirem a fragilidade da condição humana.

Consciente da desproporção existente entre o «fraco humano» (v. 13) e o «Céu sereno» (v. 15), o poeta acentua e enaltece a grandeza heroica daqueles que enfrentam forças adversas e, assim, se elevam ao nível dos deuses.

Pronúncias para a leitura em voz alta

Vêm [juntamente] = vêm ou vem

fermosa = fermosa ou formosa

pexes = pexes ou peixes

Ua = uma

antigua = antiga

l[ê]do

avorrecida = avorrecida ou aborrecida

TPC — Estuda a prova no Caderno de atividades a pp. 72-75 (reproduzi-la-ei em Gaveta de Nuvens). Vai vendo as soluções, mas não deixes também de pensar como resolverias cada questão. Estas estrofes do canto III, embora não estejam no manual principal, fazem parte das que o programa recomenda.

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