apostila_04 - avaliação da composição corporal
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8/14/2019 Apostila_04 - Avaliao Da Composio Corporal
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHOCENTRO DE CINCIAS DA SADE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA
LEONARDO DE ARRUDA DELGADO
AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL
So Luis2004
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AVALIAO DA APTIDO FSICA P rojeto de elaborao de sistema de informaes
Leonardo de Arruda Delgado 2
SUMRIO
1 INTRODUO ............................................................................................ 6 2 APLICAES DA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL ............. 9
3 CONCEITOS RELACIONADOS COM A COMPOSIO CORPORAL.... 10 3.1 Massa gorda total (MGT) ................................................................... 10 3.2 Gordura essencial.............................................................................. 10 3.3 Gordura no-essencial....................................................................... 10 3.4 Gordura corporal relativa (%GC)........................................................ 11 3.5 Massa do tecido adiposo ................................................................... 11 3.6 Massa livre de gordura (MLG) ........................................................... 12 3.7 Massa corporal magra (MCM) ........................................................... 12 3.8 Densidade corporal total (Dc) ............................................................ 12 3.9 Sobrepeso.......................................................................................... 12 3.10 Obesidade.......................................................................................... 13 3.11 Modelo de dois compartimentos ........................................................ 13 3.12 Modelo de multicomponentes ............................................................ 13 3.13 Equao de predio ......................................................................... 14
4 MODELOS DE ANALISE DE COMPOSIO CORPORAL...................... 15 5 MTODOS DE MEDIDAS DA COMPOSIO CORPORAL.................... 18
5.1 Mtodo direto..................................................................................... 18 5.2 Mtodos indiretos............................................................................... 19 5.3 Mtodos duplamente indiretos ........................................................... 20
6 TCNICAS DE MEDIDA DA COMPOSIO CORPORAL....................... 21 6.1 Tcnicas diretas de medidas para analise da composio corporal .. 21 6.2 Tcnicas indiretas de medidas para analise da composio corporal 21
6.2.1 Pesagem hidrosttica ................................................................. 22 6.2.2 Plestismografia de deslocamento de ar ...................................... 26 6.2.3 Absoro radiolgica de dupla energia (DEXA).......................... 29
6.3 Tcnicas duplamente indiretas .......................................................... 32 7 ANTROPOMTRIA................................................................................... 33
7.1 Tcnicas que utilizam dobras cutneas ............................................. 34 7.1.1 Pressupostos da tcnica de dobras cutneas............................. 35 7.1.2 Princpios da tcnica de dobras cutneas .................................. 37 7.1.3 Fontes de erro de medida........................................................... 38
7.1.3.1 Habilidade do avaliador ....................................................... 38
7.1.3.2
Tipo de adipmetros ............................................................ 40
7.1.3.3 Fatores individuais............................................................... 42 7.1.3.4 Equaes de predio de dobras cutneas......................... 42
7.1.4 Equaes de regresso.............................................................. 46 7.1.4.1 Equaes de PARIZKOVA (1961)....................................... 50 7.1.4.2 Equao de FAULKNER (1968) .......................................... 52 7.1.4.3 Equaes de DURNIN & RAHMAN (1967).......................... 55 7.1.4.4 Equaes de DURNIN & WOMERSLEY (1974).................. 55 7.1.4.5 Equaes de JACKSON & POLLOCK (1975-1978-1980) ... 57 7.1.4.6 Equaes de LOHMAN (1981-1986) ................................... 66 7.1.4.7 Equaes de KATCH & McARDLE (1983) .......................... 67
7.1.4.8 Equaes de MUKHERJEE & ROCHE (1984) .................... 68 7.1.4.9 Equaes de THORLAND (1984)........................................ 69
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7.1.4.10 Equaes de BOILEAU (1985) ............................................ 70 7.1.4.11 Equaes de GUEDES (1985) ............................................ 71 7.1.4.12 Equaes de SLAUGHTER (1988)...................................... 72 7.1.4.13 Equaes de PETROSKI (1995) ......................................... 74
7.2
Tcnicas que utilizam as medidas de circunferncias ....................... 79
7.2.1 Pressupostos .............................................................................. 79 7.2.2 Equaes de predio de circunferncias .................................. 80
7.2.2.1 Equaes de KATCH & McARDLE (1983) .......................... 81 7.2.2.2 Equaes WELTMAN et al (1987-1988).............................. 82 7.2.2.3 Equaes de DOTSON e DAVIS (1991) ............................. 84
8 FRACIONAMENTO DA MASSA CORPORAL TOTAL.............................. 85 8.1 Fracionamento da composio corporal em dois componentes ........ 89
8.1.1 Massa gorda (MG)...................................................................... 89 8.1.2 Massa livre de gordura (MLG) .................................................... 89
8.2 Fracionamento da composio corporal em quatro componentes..... 90
8.2.1 Massa ssea (MO)...................................................................... 90 8.2.2 Massa residual (MR)................................................................... 91 8.2.3 Massa muscular (MM) ................................................................ 91
8.3 Massa ideal (MI)................................................................................. 91 8.3.1 Relaes entre peso e estatura .................................................. 92
8.3.1.1 Estatura/Peso ...................................................................... 92 8.3.1.2 Estatura e circunferncia do punho ..................................... 93 8.3.1.3 Estatura x IMC Mdio ......................................................... 93
8.3.2 Relao entre MLG e %GC desejvel ........................................ 94 REFERNCIAS................................................................................................ 97
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classificao dos nveis de obesidade.............................................. 13 Tabela 2 Relao entre temperatura da gua e densidade ............................. 25 Tabela 3 Padres de avaliao de erros de prognstico (EPE). ...................... 44 Tabela 4 Equaes DURNIN & RAHMAN........................................................ 55 Tabela 5 Equaes de DURNIN & WOMERSLEY........................................... 56 Tabela 6 Equaes de converso de Dc para %GC........................................ 57 Tabela 7 Frmulas para converter Dc em %GC para populao negra........... 59 Tabela 8 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK para homens a
partir da idade e do somatrio das dobras cutneas do trax, abdome ecoxa........................................................................................................... 64
Tabela 9 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK, para mulheres apartir da idade e do somatrio das dobras cutneas do trax, suprailaca ecoxa........................................................................................................... 65
Tabela 10 Equaes de conveno de Dc para percentual de gordura deacordo com a idade................................................................................... 66
Tabela 11 Constate de ajuste por idade de acordo com o sexo....................... 67 Tabela 12 Tabela de constantes por idade, sexo e raa................................. 67 Tabela 13 Equaes de MUKHERJEE & ROCHE ........................................... 69 Tabela 14 Equaes de THORLAND............................................................... 69 Tabela 15 Equaes de BOILEAU................................................................... 70 Tabela 16 Equaes de Slaughter ................................................................... 73
Tabela 17 Equaes de PETROSKI ................................................................ 74 Tabela 18 Frmulas para converso de Dc em %GC ...................................... 76 Tabela 19 Estimativa do Percentual de Gordura para Homens de acordo com
PETROSKI, a partir do Somatrio das Dobras Subescapular, Triceps,Suprailaca, Panturrilha Medial* ................................................................ 77
Tabela 20 Estimativa do Percentual de Gordura para Mulheres a Partir daIdade e do Somatrio das Dobras Cutneas: axilar medial, Suprailaca,Coxa e Panturrilha Medial ......................................................................... 78
Tabela 21 Gordura desejvel para adultos sedentrios. .................................. 96 Tabela 22 Valores Mdios de Percentuais de Gordura para Algumas
Modalidades Desportivas .......................................................................... 96
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2 Pesagem hidrosttica......................................................................... 23 Figura 3 Pletismografia. ................................................................................... 27
Figura 4 DEXA. ................................................................................................ 30 Figura 5 Modelos de adipmetros mais utilizados............................................ 41
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AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL
1 INTRODUO
A composio corporal a proporo entre os diferentes
componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa
pelas porcentagens de gordura e de massa magra (HEYWARD, 1998a; KISS,
BHME & REGAZZINI, 1999; NIEMAN, 1999, apud COSTA, 2001, p.21).
A obteno dos valores de tais porcentagens constitui informao de
grande importncia para os profissionais de Educao Fsica, visto que as
quantidades dos diferentes componentes corporais, principalmente gordura e
massa muscular, apresentam estreita relao com a aptido fsica, tanto
relacionada sade quanto ao desempenho esportivo.
De acordo com DE ROSE et alii (1984) apud COSTA (1999 s/p) a
composio corporal constitui um aspecto dinmico dos componentes
estruturais do corpo humano, sofrendo alteraes durante toda a vida dos
indivduos em decorrncia de inmeros fatores como: crescimento e
desenvolvimento, status nutricional e nvel de atividade fsica.
A avaliao da composio corporal torna-se extremamente
necessria, haja visto que para o desenvolvimento de uma avaliao mais
criteriosa sobre os efeitos da atividade fsica no organismo humano existe a
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necessidade de fracionamento corporal em seus diferentes componentes
(GUEDES, 1989, apud GOMES & FILHO, 1995, p.34)
Atravs da avaliao da composio corporal pode-se, alm de
determinar os componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar-se
os dados dessa anlise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianas e jovens, o status dos componentes corporais de adultos e idosos,
bem como, prescrever exerccios.
Existe um consenso entre autores, no sentido de colocar a
composio corporal como um dos componentes da aptido fsica, devido s
relaes existentes entre a quantidade e distribuio da gordura com
alteraes do nvel de aptido fsica, e o estado de sade das pessoas.
Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de
massa muscular esto entre os anseios de grande parte dos praticantes de
exerccios fsicos, esta preocupao deve ser considerada no somente do
ponto de vista da esttica, mas tambm de qualidade de vida dos indivduos, j
que a obesidade, est associada a um grande nmero de doenas crnico-
degenerativas.
Considerando a relao existente entre a obesidade e doenas
crnico-degenerativas, fica evidentes a importncia da realizao de estudos
com o objetivo de verificar os nveis de adiposidade da populao, bem como a
realizao de avaliaes de aspectos da composio corporal a fim de oferecer
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subsdios para a prescrio e o acompanhamento de programas de exerccios
fsicos e/ou dietas, que podem ser teis no combate a estes problemas.
COITINHO et alii apud COSTA (op.cit) realizou um estudo
epidemiolgico sobre as condies nutricionais da populao brasileira e
idosos, que indicou que cerca de 27 milhes de brasileiros apresentavam
sobrepeso, sendo que destes estimava-se poca do estudo que 6,8 milhes
eram indivduos obesos. Para os autores, estes resultados indicaram que o
excesso de peso corporal da populao constitui um grande problema de
sade coletiva no Brasil, j que nos 15 anos que antecederam o referido estudo
a populao de obesos quase dobrou.
De acordo com GUEDES & GUEDES (1985), to importante quanto
o excesso de peso corporal custa de um maior acmulo de gordura, o seu
dficit .
A reduo excessiva do peso corporal pode induzir o organismo auma srie de complicaes, notadamente no que se refere produo e transformao de energia para a manuteno dascondies vitais e para a realizao das tarefas do cotidiano.
A importncia da avaliao da composio corporal deve-se ao fatode o peso corporal isoladamente no poder ser considerado um bom parmetro
para a identificao do excesso ou dficit dos componentes corporais (massa
gorda, massa muscular, massa ssea e massa residual) ou as alteraes nas
quantidades proporcionais dos mesmos em decorrncia de um programa de
exerccios fsicos e/ou dieta alimentar.
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2 APLICAES DA AVALIAO DA COMPOSIO
CORPORAL
Alm de avaliar a quantidade total e regional de gordura corporalpara identificar os riscos de sade, h outras medidas importantes que podem
ser utilizadas por mdicos e outros profissionais da sade e do
condicionamento fsico. HEYWARD (2000, p.6) diz que estas medidas podem
servir para:
- Identificar riscos sade associados aos nveis excessivamente
altos ou baixos de gordura corporal total.
- Identificar riscos sade associada ao acmulo excessivo de
gordura intra-abdominal.
- Proporciona entendimento sobre o risco sade associado
falta ou ao excesso de gordura corporal.
- Monitorar mudanas na composio corporal associada a certas
doenas.
- Avaliar a eficincia de intervenes nutricionais e de exerccios
fsicos na alterao da composio corporal.
- Estimar o peso corporal de atletas e no atletas.- Formular recomendaes dietticas e prescrio de exerccios
fsicos.
- Para monitora mudana na composio corporal associada ao
crescimento, desenvolvimento, maturao e idade.
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3 CONCEITOS RELACIONADOS COM A COMPOSIO
CORPORAL
3.1 Massa gorda total (MGT)
A MGT inclui todos os lipdios que podem ser extrados do tecido
adiposo e outros tecidos. formada pelas gorduras essencial mais a no-
essencial.
3.2 Gordura essencial
a gordura acumulada na medula dos ossos e no corao, nos
pulmes, fgado, bao, rins, intestino, msculos e tecidos ricos em lipdeos
espalhados por todo o sistema nervoso central. So compostos de
fosfolipdeos, necessrios para formao da membrana celular e
funcionamento fisiolgico normal (~10% MGT). Na mulher, a gordura essencial
tambm inclui a gordura especfica ou caracterstica do sexo.
3.3 Gordura no-essencial
Consiste na gordura acumulada no tecido adiposo. So formadas
por triglicerdeos encontrados principalmente no tecido adiposo (~90% da
MGT). Essa reserva nutricional inclui os tecidos que protegem dos
traumatismos os vrios rgos internos, assim como o volume ainda maior de
gordura subcutnea localizada por debaixo da superfcie cutnea.
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As quotas proporcionais de gordura de armazenamento em homens
e mulheres so semelhantes (12% nos homens, 15% nas mulheres), porm aquantidade total de gordura essencial nas mulheres, que inclui a gordura
especfica do sexo, quatro vezes maior que nos homens. mais que
provvel que a gordura essencial adicional seja biologicamente importante para
a procriao e outras funes relacionadas aos hormnios.
De acordo com o modelo terico de distribuio da gordura corporal
para mulheres de BEHNKE, observa-se que, como parte dos 5 a 9% de
gordura de armazenamento de reserva especfica do sexo, as mamas contribui
com aproximadamente 4,4% da massa total de gordura corporal, ou no mximo
12,5% da quantidade de gordura especfica do sexo, e o restante deve
localizar-se nas regies plvicas, das ndegas e coxas, que contribuem
quantitativamente para as reservas adiposas das mulheres.
3.4 Gordura corporal relativa (%GC)
a massa gorda total (MGT) expressa como porcentagem da massacorporal total.
3.5 Massa do tecido adiposo
a massa corporal composta de + ou 83% de gordura mais as
suas estruturas de suporte (~2% de protenas e ~15% de gua).
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3.6 Massa livre de gordura (MLG)
A MLG consiste em todos os tecidos e substncias residuais livresde lipdeos, incluindo gua, msculos, ossos, tecidos conjuntivos e rgos
internos.
3.7 Massa corporal magra (MCM)
a massa livre do gordura (MLG) mais os lipdeos essenciais que
so: 2 a 3% em homens e 5 a 8% em mulheres (LOHMAN, 1992).
3.8 Densidade corporal total (Dc)
Total da massa corporal expressa em relao ao total do volume
corporal.
3.9 Sobrepeso
o peso corporal que excede o peso normal ou padro de uma
determinada pessoa, baseando-se na sua altura e constituio fsica. Os
padres comearam a serem estabelecidos em 1959 com a proposio de
tabelas de peso e estatura, que ainda hoje so amplamente utilizadas.
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3.10 Obesidade
a quantidade excessiva de gordura corporal total para um dadopeso corporal, que esto fortemente associados ao aumento de fatores de risco
para a sade, bem como dos ndices de morbidade e mortalidade.
Veja a classificao de obesidade de acordo com NIDDK (1993),
apud COSTA (2001,p.28)
Tabela 1 Classificao dos nveis de obesidade Classificao Masculino Feminino
Leve 15-20% 25-30%Moderada 20-25% 30-35%Elevada 25-30% 35-40%Mrbida >30% >40%
3.11 Modelo de dois compartimentos
Refere-se a modelos de avaliao de composio corporal que
dividem o corpo em 2 partes com compartimento de gordura e sem gordura.
3.12 Modelo de multicomponentes
Modelo de composio corporal que leva em conta a variao
interindividual em contedo de gua, mineral e protena da massa livre de
gordura.
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3.13 Equao de predio
Frmulas matemticas derivadas da anlise de regresso mltipla eutilizadas para estimar medidas da composio corporal (por exemplo, %GC,
Dc, e MLG).
As equaes podem ser especficas populaes, quando so
equaes de predio utilizadas para estimar a composio corporal de
indivduos de um grupo homogneo especfico (por exemplo; crianas, atletas,
obesos e etc) e equaes generalizadas, quando so equaes de predio
utilizadas para estimar a composio corporal de grupos heterogneos que
variam bastante em idade, sexo, etnia, nvel de gordura corporal e nvel de
atividade fsica.
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4 MODELOS DE ANALISE DE COMPOSIO CORPORAL
Modelos tericos so usados para obter medidas referenciais decomposio corporal para desenvolvimento de mtodos e equaes
antropomtricas, de dobras cutneas, anlise de impedncia bioeltrica e
interactncia de infravermelho. WANG, PIERSON & HEYMSFIELD (1992),
apud COSTA (2001,p.21-22) propuseram um modelo que divide o
fracionamento da massa corporal em cinco diferentes nveis:
- Nvel I (atmico) compreende cerca de 50 elementos, sendo
que mais de 98 % da massa corporal total determinada pela
combinao de oxignio, carbono, hidrognio, nitrognio, clcio e
fsforo, com os 44 elementos restantes representando menos de
2 % da massa corporal total.
- Nvel II (molecular) divide os compostos qumicos corporais,
que compreendem mais de 100.000 molculas diferentes, em
cinco grupos: lipdios, gua, protenas, carboidratos e minerais.
- Nvel III (celular) divide o corpo em trs componentes: massa
celular total, fludos extracelulares (incluindo plasma intra eextracelular) e slidos extracelulares.
- Nvel IV (tecidos, rgos e sistemas) so quatro as categorias
de tecidos apresentadas nesse nvel: tecido conectivo, tecido
epitelial, tecido muscular e tecido nervoso. importante ressaltar
que os tecidos adiposo e sseo so formas de tecido conectivo.
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- Nvel V (corpo todo) neste nvel o corpo analisado segundo
suas caractersticas morfolgicas, com medidas relacionadas ao
tamanho, forma e propores do corpo humano.
Os cinco nveis de organizao do corpo fornecem uma estrutura
conceitual dentro da quais as diversas pesquisas em composio corporal
podem ser realizadas. evidente que deve haver inter-relaes dos diferentes
nveis que, se constantes, podem fornecer associaes quantitativas facilitando
estimativas de compartimentos previamente desconhecidos. A compreenso
das inter-relaes dos diferentes nveis de complexidade evita a interpretao
errnea de dados determinados em nveis diferentes (HAWES, 1996).
Observando a complexidade exigida em cada nvel possvel
perceber que a avaliao do corpo como um todo aquela que est mais
prxima da realidade dos profissionais que atuam na rea clnica ou em testes
de campo, pois as caractersticas fsicas a que se refere podem ser analisadas
a partir de medidas de estatura, massa corporal, permetros, dimetros e
espessura de dobras cutneas, por exemplo, que no exigem equipamentos
sofisticados ou procedimentos laboratoriais.
Neste sentido podemos dizer que, os cientistas utilizam modelos
tericos de composio corporal, que subdividem a massa corporal total, em
dois ou mais componente, usando-se modelos qumicos, anatmicos ou fluido-
metablicos. Geralmente, os modelos qumicos e corpo total tm sido
amplamente utilizados na pesquisa de composio corporal.
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Modelo de 4C
Anatmico
Modelo de
FludosMetablicos
Modelo de 4C
QumicoModelo de 2C
Minerais
Msculosesquelticos
Tecidosmoles emsculo
lisos
TecidoAdiposo
ECS
ICS
ICF
ECF
Gordura
Minerais
Protenas
gua
Gordura
MLG
Gordura
Figura 1: Modelos de predio de dobras cutneas de dois componentes (2C) e multicomponentes.ECF=fluido extracelular; ICF=fluido intracelular; ICS= slidos intracelulares; ECS= slidosextracelulares.
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rgos por medidas corporais externas, produzindo dados que podem ser
usados para a validao de vrios mtodos de estimativa da composio
corporal humana "in vivo" , e para o desenvolvimento de novos mtodosantropomtricos (DRINKWATER et alii, 1984). importante ressaltar que a
utilizao das equaes propostas por este estudo deve ser cuidadosa no que
se refere a populaes jovens, crianas e atletas, pois a amostra era composta
s por indivduos idosos e isso pode proporcionar um erro significativo nos
resultados.
5.2 Mtodos indiretos
So aqueles onde no h a manipulao dos componentes
separadamente, mas a partir de princpios qumicos e fsicos visam a
extrapolao das quantidades de gordura e de massa magra; estes mtodos
so validados a partir do mtodo direto.
Entre os mtodos indiretos podemos citar como mtodos qumicos a
contagem de potssio radioativo (K40 e K42), diluio de xido de deutrio,
excreo de creatinina urinria e etc., com relao aos mtodos fsicos os mais
conhecidos so o ultra-som, o raio-x, o raio-x de dupla energia, a ressonncia
nuclear magntica e a densimetria. Entre estes, a pesagem hidroesttica tem
sido considerada como referencia para a validao de mtodos duplamente
indiretos. Ela baseada no princpio de Arquimedes, onde um corpo quando
mergulhado em gua desloca um volume de gua igual ao seu prprio volume.
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Devido necessidade de tcnicos altamente treinados e
equipamentos laboratoriais caros, a determinao da composio corporal por pesagem hidrosttica raramente utilizada em situaes de campo. A
alternativa mais comum o uso de algumas formas de mtodos
antropomtricos. Estes incluem propores peso-estatura, circunferncias
corporais e medidas de dobras cutneas (BAUMGARTNER & JACKSON,
1995).
5.3 Mtodos duplamente indiretos
So aqueles validados a partir de um mtodo indireto, mais
comumente a densimetria. Temos como mais utilizados a tcnica
antropomtrica e a impedncia bioeltrica.
Medidas antropomtricas so aplicveis para grandes amostras e
podem proporcionar estimativas nacionais e dados para a anlise de mudanas
seculares, este mtodo pode incluir medidas de peso, estatura, permetros
corporais, dimetros sseos e espessura de dobras cutneas, sendo estaltima a mais utilizada quando o objetivo predizer a quantidade de gordura
corporal.
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6 TCNICAS DE MEDIDA DA COMPOSIO CORPORAL
Para analise da composio corporal podem-se empregar tcnicascom procedimentos de determinao direta, indireta e duplamente indireta. Nos
ltimos anos, os recursos indiretos de maior destaque envolvem a tcnica da
densiometria, espectrometria e da absortometria radiolgica de dupla energia.
Contudo, no se pode ignorar a existncia de outros mtodos igualmente
importantes, como a ultrasonografia, a tomografia axial computadorizada, a
ressonncia magntica ativa.
6.1 Tcnicas diretas de medidas para analise da composiocorporal
As tcnicas diretas de analise da composio corporal so aquelas
em que o avaliador obtm informaes in loco dos diferentes tecidos do
corpo, mediante dissecao macroscpica ou extrao lipdica. Apesar da
relevncia e preciso, esse procedimento implica incises no corpo, o que
limita sua utilizao a laboratrios e cadveres humanos.
6.2 Tcnicas indiretas de medidas para analise dacomposio corporal
As principais tcnicas indiretas utilizadas na analise da composio
corporal so a pesagem hidrosttica, Plestismografia de Deslocamento de Ar e
a Absoro Radiolgica de Dupla Energia (DEXA).
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6.2.1 Pesagem hidrosttica
A pesagem hidrosttica, tambm conhecida como densiometria, um dos meios mais comuns para estimar a composio corporal em locais de
pesquisa e freqentemente utilizada como mtodo de critrio para avaliar o
percentual de gordura corporal. Um mtodo de critrio fornece o padro com os
quais outras metodologias so comparadas, baseia-se no princpio de
Arquimedes, onde:
Todo corpo mergulhado num fludo (liquido ou gs) sofre, por parte dofluido, uma fora vertical para cima, cuja intensidade igual ao peso dofluido deslocado pelo corpo.
Assim, quando um corpo pesado dentro da gua possvel obter
seu volume e atravs da relao entre massa e volume, calcula-se sua
densidade. Ao realizar esse procedimento, uma pessoa entra em um taque de
gua norma, submerge abaixo da superfcie da gua e ento expira
completamente, enquanto tcnicos registram seu peso. Como esse
procedimento envolve adaptao ao meio lquido, so realizadas de 8 a 12
pesagens submersas, sendo que utilizada na frmula a mdia das trs
maiores mdias.
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Figura 2 Pesagem hidrosttica.Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa
A determinao do volume se d pela diferena entre o peso
corporal do indivduo fora da gua e completamente submerso na gua.
Considerando que corpos mais densos que a gua tendem a afundar e menos
densos tendem a flutuar, quanto mais pesado for um corpo dentro da gua em
relao a um mesmo volume, maior a sua densidade.
A seguir h orientaes que ajudaro a garantir uma avaliao mais
precisa da composio corporal utilizando tcnica de pesagem hidrosttica:
- No coma dentro de 4h antes do teste;
- Urine e defeque antes do teste;
- Vista menos roupa possvel. Remova qualquer bolha de ar
presas na roupa antes da pesagem;
- Expire completamente enquanto estiver submerso.(isso exigir
prtica da parte da maioria dos indivduos!);
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Na determinao da densidade corporal, caso se empregue uma
estimativa do VR, recomenda-se a utilizao das seguintes equaes:
Homens:
VR = 0,0115(idade em anos) + 0,019(estatura) - 2,24(BOREN et alii, 1966)
Mulheres:
VR = 0,021(idade) + 0,023(estatura) - 2,978
Deve-se tambm levar em conta a densidade da gua na equao
para determinar a densidade corporal. A densidade da gua varia com a
temperatura e requer um fator de converso padronizado. Para o maior
conforto do indivduo, recomenda-se realizar a pesagem hidrosttica a
temperatura entre 32 e 35C.
Tabela 2 Relao entre temperatura da gua e densidade Temperatura C Densidade (g/ml)
27 0,996528 0,996329 0,996030 0,995731 0,995432 0,995133 0,994734 0,994435 0,994136 0,993737 0,993438 0,9930
Apesar de a densidade da gua representar um elemento importante
a ser determinada, sua variao muito discreta dentro desta faixa de
temperatura usada para a pesagem hidrosttica torna este efeito desprezvel,
como erro no clculo da densidade corporal.
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O grau de preciso considerado aceitvel, na determinao do VR,
depende do equipamento e da tcnica utilizada e do objetivo do teste
(screening ou pesquisa). Uma vez calculada a densidade corporal, podemosconverter este valor em porcentagem de gordura, que, em ltima anlise, o
resultado que mais nos interessa quando realizamos avaliaes da composio
corporal. Esta converso pode utilizar o modelo de dois componentes, equao
SIRI(1961) ou BROZEK (1963), para estimativa da composio corporal de
jovens e adultos de raa branca, para outras populaes devem-se utilizar o
modelo de multicomponentes com equaes especficas, para sexo, idade,
quantidade de gordura e etc.
Embora esta tcnica apresente valores de densidade corporal muito
precisos, somente indivduos com razovel adaptao ao meio aqutico podem
ser submetido aos seus procedimentos, o que limita enormemente sua
utilizao em analises rotineiras da composio corporal.
6.2.2 Plestismografia de deslocamento de ar
Este um mtodo relativamente recente para avaliao da
composio corporal, com a vantagem de ser simples, seguro e requerer uma
cooperao mnima do sujeito avaliado. Porm, exigindo equipamento
complexo, sofisticado e de alto custo. A principal vantagem desse mtodo em
comparao pesagem hidroesttica que essa tcnica mais rpida e
produz menos ansiedade para muitos indivduos. A principal desvantagem o
custo dos equipamentos tcnicos necessrios para realizar as medies.
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A avaliao atravs da pletismografia consiste de uma cmara cujo
modelo mais utilizado na atualidade o BOD POD-Body Composition System
(LIFE MEASUREMENT INSTRUMENTES, 1997).
Figura 3 Pletismografia.Fonte: CD-ROM avaliao da composio corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa
Este modelo constitudo em fibra de vidro, contendo janela de
acrlico, com assento em seu interior para o avaliado se acomodar, e porta com
dispositivos eletromagnticos para o seu fechamento. No interior da cmara o
volume aproximado de 450 litros, constituindo um ambiente confortvel para
o sujeito testado. Atravs de um software especfico, instalado em um
microcomputador conectado cmara, so determinadas variaes de
volumes de ar e de presso em seu interior, com a cmara desocupada e com
o avaliado, alm de variveis pulmonares necessrias s estimativas do
volume corporal (GUEDES & GUEDES, 1998).
Os procedimentos da plestimografia tm como base a aplicao da
lei de deslocamento de ar de Boyle (GARROW et alii, 1979). Normalmente,
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durante uma transformao gasosa, a presso, o volume e a temperatura
variam. Mas, sob determinadas condies, onde se variando a presso e o
volume a temperatura do gs permanece constante. Assim, ROBERT BOYLE(1627-1691), fsico e qumico irlands, estabeleceu a seguinte relao:sob
temperaturas constante, a presso de um gs [ inversamente proporcional ao
seu volume. Isto equivale a dizer que um ambiente fechado de temperatura
constante, se dobrarmos o volume do gs sua presso se reduzir metade;
ou se reduzir seu volume a um tero, sua presso triplicara, o que pode ser
representado pela expresso: P1.V1=P2.V2
Por esse raciocnio, ao introduzir o avaliado em cmara fechada e
isolada do meio exterior em condies isotrmicas, com presso (P1) e volume
(v1) de ar em seu interior previamente conhecido, a quantidade de ar
comprimida em razo do espao ocupada por sua massa corporal dever
diminuir o volume de ar existente na cmara em proporo idntica ao aumento
da presso interna. Ao se determinar a nova presso interna (P2) com o
avaliado dentro da cmara, torna-se possvel estimar o volume (V2) do ar em
seu interior mediante utilizao da relao P1.V1=P2.V2. Por subtrao de
ambos os volumes de ar no interior da cmara (V1 e V2), corrigido pelo ar dos
pulmes computado automaticamente por sistema de anlise respiratria
acoplada ao avaliado, determina-se o volume corporal.
Uma vez determinada o volume corporal, possvel obter-se a
densidade corporal atravs da relao entre a massa corporal e seu volume.
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Dc(kg/l)=Massa Corporal(kg)/Volume corporal (l)
6.2.3 Absoro radiolgica de dupla energia (DEXA)
A densiometria com emisso de raios-X de dupla energia (DEXA)
considerada uma tcnica avanada para medir a densidade do osso e avaliar a
composio corporal. Utilizada como rotina no diagnstico da osteoporose,
analisa o contedo mineral sseo de coluna lombar e fmur proximal, dois
principais stios de fraturas. Alm disso, um procedimento que vem sendo
utilizado para quantificar massa magra e massa gorda em segmentos isolados
e corpo total (BLAKE, 1997).
O princpio bsico do DEXA a utilizao de uma fonte de raio-X
com um filtro que converte um feixe de raio-X em picos fotoeltricos de baixa
energia que atravessam o corpo do paciente. A obteno da composio
corporal feita atravs da medida de atenuao dos picos fotoeltricos no
corpo. Os maiores fabricantes dos equipamentos DEXA so Norland, Lunar e
Hologic (BONNICK, 1998).
O rastreamento para corpo total requer aproximadamente 5 minutos
e a exposio radiao de 0,05 a 1,5 mrem, dependendo do instrumento.
Em termos comparativos, a radiao recebida em raio-X de trax de
aproximadamente 25 a 270 mrem. A medida feita com o indivduo em
decbito dorsal, atravs de uma srie de varreduras transversais a partir da
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cabea at o p, para se obter o rastreamento. No preciso nenhum preparo
ou requisitos especiais para a execuo do exame.
Figura 4 DEXA.Fonte: CD-rom avaliao da composio corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa
A nomenclatura aplicada tcnica inclui; contedo mineral sseo
(BMCT), densidade mineral ssea total (BMDT), massa magra sem tecidosseo (LEAN), massa gorda (FAT), partes moles (LEAN+FAT) e partes moles
sem gordura (LEAN+BMC)(LOHMAN, 1996).
A Padronizao da nomenclatura em portugus ainda deficitria. O
calculo de massa mineral ssea (g), do contedo mineral sseo (g/cm) e da
densidade ssea (g/cm) pode ser obtido atravs do DEXA. Nestes clculos, as
medidas expressas em relao a cm e cm so ajustadas para a larguras e
reas, respectivamente, das partes do esqueleto que so rastreadas.
A estimativa do contedo de gordura em massa magra sem tecido
sseo derivada a partir de uma constante de atenuao de gordura pura (Rf)
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excede 20 a 25 cm, tanto massa gorda quanto massa magra apresentam
valores superestimados, observando-se erro e impreciso aumentados quando
comparados a indivduos com espessura corporal menor que 20 cm (LOHMAN,1996).
Atualmente, a informao sobre composio corporal de grande
interesse para estudos de consumo de energia, estoque de energia, massa
protica, posio mineral do esqueleto, definir hidratao relativa, e em estudos
de crescimento e desenvolvimento (FOEMICA et alli, 1993).
Quando comparada a outros mtodos para avaliar composio
corporal (medida de dobras cutneas, impedncia bio-eltrica, espectrometria e
pesagem hidrosttica), o DEXA considerado um procedimento um
procedimento no evasivo, no traumtico, altamente preciso e reprodutivo
(GUTIN, 1996), que permite a medida compartimental e proporcionam uma
avaliao longitudinal de um indivduo com maior segurana, rapidez e baixo
custo. J vem sendo empregada em pesquisas mdicas, experimentais e
clinicas, inclusive no Brasil. A sua utilizao efetiva na prtica clinica vir dos
estudos comparativos de diferentes mtodos.
6.3 Tcnicas duplamente indiretas
As tcnicas duplamente indiretas utilizadas na avaliao da composio
corporal utiliza-se de equaes de predio baseadas nas medidas antropomtricas,
impedncia bioeltrica e a interactncia de infravermelho.
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7 ANTROPOMTRIA
A antropometria o mtodo mais utilizado para avaliao da
composio corporal pela sua aplicabilidade tanto no laboratrio como no
campo, na rea clnica e em estudos populacionais. Sendo que sua relativa
simplicidade e o baixo custo dos equipamentos contribuem para sua
popularidade.
Atravs de medidas antropomtricas possvel fazer acompanhamento de crescimento morfolgico, bem como de alteraes de
medidas corporais decorrentes da prtica de exerccios fsicos e dietas,
proporcionando dados de grande valia para os profissionais que atuam nestas
reas.
Este acompanhamento pode ser realizado simplesmente pela
observao da alterao das medidas em valores absolutos ou atravs da
utilizao das mesmas em modelos matemticos que tm a finalidade de
estimar as quantidades dos diferentes componentes corporais: massa
muscular, ssea, gorda e residual.
No mtodo antropomtrico destacam-se vrias tcnicas (protocolos),
que podem ser dividas em: ndices antropomtricos, tcnicas que utilizam a
espessura de dobras cutneas, tcnicas que utilizam medidas de
circunferncia e tcnicas mistas que combinam dobras, cutneas com medidas
de circunferncia e dimetros sseos.
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7.1 Tcnicas que utilizam dobras cutneas
Ao longo dos anos, o mtodo de medidas de dobras cutneas (DOC)
tem sido largamente utilizado para estimar a gordura corporal total em
situaes de campo e clinicas.
Como forma de definio podemos dizer que dobra ou prega
cutnea, uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de
gordura contida no tecido celular subcutneo e, a partir da, podermos estimar a proporo de gordura em relao ao peso corporal do indivduo.
De acordo com FERNANDES (2003, p.48):
A mensurao das pregas cutneas, por ser uma tcnica simples,pouco onerosa e de fcil manuseio e, sobretudo, por apresentar altafidedignidade, correlaciona-se otimamente com tcnicas maissofisticadas, tem sido o mtodo preferido dos pesquisadores narea do exerccio fsico e nos esportes.
A base lgica para as mensuraes das pregas cutneas com a
finalidade de estimar a gordura corporal total reside no fato de existir uma
relao entre a gordura localizada nos depsitos adiposos existentesdiretamente debaixo da pele e essa est diretamente relacionada com a
gordura total.
As medidas das espessuras de dobras cutneas em determinados
locais do corpo podem ser um bom subsidio para a predio da quantidade de
gordura corporal. McARDLE, KATCH & KATCH (1992, p.48)
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Essa metodologia passvel de ser utilizada em pesquisas
epidemiolgicas de grande escala e na avaliao nutricional. Alm disso,
medidas de DOC podem ser usadas para estabelecer perfis antropomtricos.
As mensuraes das dobras cutneas podero proporcionar
informao bastante constante e significativa acerca da gordura corporal e de
sua distribuio. A medida da espessura de dobras cutneas pode ser utilizada
basicamente de duas maneiras.
A primeira consiste em somar os escores como uma indicao do
grau relativo de adiposidade entre os indivduos. A segunda maneira em
combinao com equaes matemticas destinadas a predizer a densidade
corporal ou o percentual de gordura corporal.
7.1.1 Pressupostos da tcnica de dobras cutneas
De acordo com HEYWARD & STOLARCZYK (2000,p.14), os
pressupostos da tcnica de dobra cutnea so:
- A DOC uma boa medida da gordura subcutnea: a DOC
uma medida da espessura de duas camadas de pele e a gordura
subcutnea adjacente. Pesquisas demonstraram que a gordura
subcutnea, avaliada pelo mtodo de DOC em doze locais,
similar ao valor obtido nas imagens de ressonncia magntica
(MRI). Entretanto, em alguns locais especficos, medidas de DOC
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acusaram quantidades de gordura significativamente menores
comparadas s medidas obtidas diretamente da MRI.
- A distribuio da gordura subcutnea e interna similar paratodos os indivduos do mesmo sexo: a validade deste
pressuposto questionvel. Sujeitos mais velhos de um mesmo
sexo e densidade corporal tem proporcionalmente menos gordura
subcutnea que seus pares mais jovens. Alm disso, o nvel de
gordura corporal afeta a quantidade relativa de gordura localizada
internamente e sob a pele. Indivduos magros tm uma proporo
mais alta de gordura interna e a proporo de gordura localizada
internamente diminui medida que a gordura corporal total
aumenta.
- Devido existncia de uma relao entre gordura
subcutnea e gordura corporal total , a soma de vrias dobras
cutneas pode ser utilizada para estimar a gordura corporal
total: pesquisas estabelecem que as espessuras das dobras
cutneas em diversos locais medem um fator comum de gordura
corporal. Estabelece-se que aproximadamente um tero da
gordura da gordura corporal total est localizada sob a pele nos
homens e nas mulheres. Entretanto, existe uma variao
biolgica considervel nos depsitos de gordura subcutneo,
intramuscular e dentro dos rgos internos, assim como nos
lipdeos essenciais na medula ssea e no sistema nervoso
central. A variao biolgica na distribuio da gordura afetada
por idade, sexo e grau de obesidade. Portanto, esses fatores
-
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precisam ser considerados ao se desenvolver equaes de
predio para estimar a gordura corporal relativa.
7.1.2 Princpios da tcnica de dobras cutneas
- H uma relao entre a somatria das DOC e a densidade
corporal (Dc): essa relao linear em amostras homogneas
(equaes de DOC para grupos populacionais especficos) e no-
linear em uma grande variao de Dc (equaes generalizadas
de DOC) tanto para homens como para mulheres. Uma reta de
regresso linear, representando a relao entre o somatrio de
DOC e Dc, ir dispor bem os dados apenas dentro de uma
estreita faixa de valores de gordura corporal. Assim, usar uma
equao especfica a um grupo populacional para estimar a Dc de
clientes no-representativos dos grupos utilizados originalmente
para desenvolver a equao pode levar a uma estimativa inexata
da Dc desses clientes.
- A idade uma varivel de predio independente da Dc tanto
para homens como para mulheres: usar a idade e a expresso
quadrada da soma das dobras cutneas resulta em uma maior
variao na Dc de uma populao heterognea em relao ao
uso da somatria de Doc sozinha.
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7.1.3 Fontes de erro de medida
A validade e fidedignidade das medidas de DOC e do mtodo deDOC so afetadas por: Habilidade do avaliador, tipo de adipmetro, fatores do
sujeito e equao de predio utilizada para estimar a gordura corporal.
A exatido terica das equaes de DOC para predizer a DC
0,0075g/cm ou 3,3%GC devido variabilidade biolgica em estimar a gordura
subcutnea atravs da espessura de DOC e diferenas interindividuais na
relao entre a gordura subcutnea e a gordura corporal total. Portanto, erros
de predio 3,5% GC ou 0,008 g/cm para as equaes atravs da
espessura de DOC so aceitveis, porque uma parte desse erro atribuda ao
mtodo de referncia.
Entre os principais fatores de erros temos:
Habilidade do avaliador;
Tipo de adipmetro;
Fatores individuais;
Equaes de predio
7.1.3.1 Habilidade do avaliador
Uma grande fonte de erro em medidas de DOC a variabilidade
existente entre os avaliadores. Aproximadamente de 3 a 9% da variabilidade
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em medidas de DOC podem ser atribudas a erro de medida devido a
diferenas entre avaliadores.
O tamanho do erro entre avaliadores depende do ponto que est
sendo medido, com erros maiores reportados para as dobras cutneas
abdominal (5,7%) e da coxa (7,1%) comparados aos locais de DOC trceps
(~3,0%), subescapular (~3,0 a 5,0%) e supra-liaca (~4,0%).
A objetividade, ou fidedignidade entre avaliadores, aumentada
quando estes seguem procedimentos de testes padronizados, praticam
tomadas de DOC juntos e marcam o local da DOC.
Para aumentar a habilidade do avaliador de dobras cutneas
recomendamos os seguintes procedimentos, elaborados por peritos na rea
como POLLOCK & LOHMAN:
- Ser meticuloso ao localizar os pontos anatmicos usados para
identificar o local da DOC, ao medir distncia e ao marcar o local
com uma caneta marcadora cirrgica;
- Ler o mostrador do adipmetro em seu 0,1mm mais prximo;
- Tomar um mnimo de duas medidas para cada local. Se os
valores diferirem em mais de 10%, tomar medidas adicionais;
- Tomar medidas de DOC em uma ordem rotativa (circuitos), em
vez de leituras consecutivas em cada local;
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- Tomar medidas de DOC, quando a pele do cliente estiver seca e
sem loes;
- No medir DOC imediatamente aps o exerccio, porque amudana dos fluidos corporais para a pele tende a aumentar o
tamanho da DOC;
- Praticar as medidas de DOC de 50 a 100 clientes;
- Procurar treinamento adicional em workshops realizados em
conferncias estaduais, regionais e nacionais.
Como se pode calcular so necessrias muita prtica e pacincia
para se formar um avaliador de DOC habilidoso. Em certos casos, mesmo
avaliadores altamente habilidosos no esto aptos a medir a espessura da
DOC em indivduos extremamente obesos ou altamente musculosos. Nesses
casos, mtodos alternativos, como o BIA, podem ser utilizados para avaliar a
gordura corporal.
7.1.3.2 Tipo de adipmetros
Tanto os adipmetros de metal de alta qualidade como os plsticos
podem ser utilizados para medir a espessura das DOC. O custo dos
adipmetros varia, dependendo dos materiais utilizados em sua confeco
(mental e plstico) e a preciso e exatido de sua escala de medida.
Os modelos mais conhecidos so os da SANNY, CESCORF,
"LANGE" e "HARPENDER". Esses aparelhos possuem caractersticas
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especiais, sendo a mais importante a que faz com que esses apresentem uma
presso constante de preenso, independente da abertura do aparelho. Essa
presso de aproximadamente 10 g/mm. Sua preciso de medida de 0,1mm no caso do Harpender, Cescorf e o Sanny e 0,5 mm no Lange.
Figura 5 Modelos de adipmetros mais utilizados
COSTA, STEFANONI & BHME (2001) que realizaram um estudo
comparativo de diferentes compassos de dobras cutneas utilizando as
equaes de PETROSKI (1995) PE95 , JACKSON, POLLOCK & WARD
(1980) JPW80 , DURNIN & WOMERSLEY (1974) DW74 e concluram que,
no houve diferena estatisticamente significativa entre os compassos para
nenhuma das dobras avaliadas, bem como para nenhuma das equaes
utilizadas. Com isso concluram que os quatro compassos podem ser
utilizados, independentes do protocolo utilizado para avaliao.
Dado que o tipo de adipmetro pode ser uma fonte potencial de erro
de medida, ns recomendamos que:
- Se use o mesmo adipmetro ao monitora mudanas na
espessura das DOC.
- Checagem peridica da exatido do adipmetro.
-
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7.1.3.3 Fatores individuais
A variabilidade em medidas de DOC entre indivduos pode ser atribuda no apenas diferena na quantidade de gordura subcutnea no
local, mas diferena na espessura da pele, compressibilidade do tecido
adiposo, manuseio e nvel de hidratao.
A variabilidade interindividual na espessura da pele (0,5 a 2mm)
pequena e no contribui substancialmente para o erro total da medida de
espessura da DOC. Entretanto, variao na compressibilidade da DOC pode
ser um importante fator limitante do mtodo de DOC.
7.1.3.4 Equaes de predio de dobras cutneas
Para evitar erros acentuados muito importante, quando da escolha
de uma equao, verificar com base em que populao ela foi elaborada:
homens, mulheres, crianas, jovens, idosos, indivduos ativos, atletas, etc. Com
relao a atletas, cabe ressaltar que existem equaes para diversas
modalidades esportivas. necessrio levar-se em considerao que estas
equaes normalmente vm de outros pases, o que tambm pode causar
equvocos com relao aos resultados (COSTA, 1996).
Tendo em vista a necessidade de minimizar os erros de predio
das equaes existentes, so encontrados numerosos estudos para testar a
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validade destas equaes propostas para grupos especficos ou grupos
populacionais em diferentes localidades.
Para selecionar a equao mais apropriada importante avaliar a
validade relativa dos mtodos de campo e equaes de predio da
composio corporal. As seguintes perguntas devem ser analisadas:
- Qual foi o mtodo de pesquisa utilizado para desenvolver a
equao? A medida de referncia estimada por equaes de
predio varia dependendo do mtodo de campo utilizado.
- Qual o tamanho da amostra utilizada para desenvolver as
equaes de predio? Qual a proporo entre o tamanho da
amostra e o nmero de variveis preditivas na equao?
Geralmente, amostras grandes (N = 100 a 400) e aleatrias so
necessrias para assegurar que os dados so representativos
para aquela populao para a qual a equao foi desenvolvida.
- Qual foi o valor Rmc e o erro padro da estimativa (EPE) para
essa equao? Quanto maior o Rmc (at o valor mximo de
1,00), maior a correlao. HEYWARD & STOLARCZYK (2000,
18) apresenta a seguinte tabela dos valores de avaliao de erros
de prognstico (EPE)
-
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Tabela 3 Padres de avaliao de erros de prognstico (EPE).Fonte: LOHMAN (1992, 3-4)
EPE MLG (kg)EPE %GC masc.e fem
EPE Dc (g/cm)masc. e fem. Masc. Fem.
Escala Subjetiva
2,02,53,03,54,04,55,0
0,00450,00550,00700,00800,00900,01000,0110
2,0-2,52,53,03,54,04,5
>4,5
1,5-1,81,82,32,82,83,6
>4,0
IdealExcelenteMuito bom
Bom+/- Bom
RazovelRuim
- Para quem essa equao de predio aplicvel? Para
responder a essa questo, necessrio prestar ateno s
caractersticas fsicas da amostra usada para derivar a equao.
Fatores como idade, sexo, raa nvel de gordura e nvel de
atividade fsica devem ser examinados cuidadosamente.
Equaes de predio podem ser generalizadas ou especficas a
grupos populacionais. Equaes especficas devem ser usadas
apenas para estimar a varivel de indivduos de um grupohomogneo especfico.
- Como as variveis foram medidas pelos pesquisadores que
desenvolveram a equao de predio? No apenas
importante saber quais variveis foram includas em uma
equao de predio, mas tambm como cada uma dessas
variveis foi medida pelos pesquisadores que desenvolveram a
equao.
- A validade da equao de predio foi investigada em uma
amostra da populao (validao cruzada)? A fim de
determinar a validade ou preciso de estimativa de uma equao
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de composio corporal, necessrio que ela seja testada em
outras amostras da populao.
- Qual foi o valor da correlao (r y,y,) entre a medida referncia(y) e a prevista (y) (coeficiente de validade)? Qual foi o valor
do EPE quando a equao foi aplicada na amostra de
validao cruzada? Em geral, uma equao com boa preciso
deve ter um coeficiente de validade moderadamente alto (r y,y,>80)
e um EPE aceitvel.
- O valor predito mdio foi similar ao valor de referncia mdio
para a amostra de validao cruzada? A equao de predio
deve gerar mdias de predio comparveis s medidas de
referncia. Isso testado usando-se o teste-t pareado. As duas
mdias no devem diferir significativamente. Uma grande
diferena entre as mdias de predio e de referncia indica que
h diferena sistemtica (subestimada ou superestimada) entre
as amostras de validao e de validao cruzada, devido a erro
tcnico ou variabilidade biolgica (LOHMAN, 1981)
- Qual foi o erro total (E) da equao? E representa o desvio
mdio dos valores individuais da reta de identificao. Quando
uma equao prev com boa preciso os valores de identidade
com um pequeno grau de desvio ao longo da reta.
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No incio da dcada de 60, LOAN e col. & YOUNG e col., publicaram
equaes semelhantes para mulheres de grupos etrios selecionados. Taisequaes foram desenvolvidas a partir de varias combinaes de medidas de
dobras cutneas. De meados da dcada de 60 at a dcada de 70, numerosos
pesquisadores publicaram outras equaes para homens e mulheres. Os
objetivos destas pesquisas eram produzir equaes mais precisas. Alm das
medidas de dobras cutneas e de diversas circunferncias corporais, bem
como em algumas situaes, os dimetros sseos foram usados como
variveis independentes.
Essas pesquisas levaram ao desenvolvimento de equaes
especficas, as quais mostraram que fatores como idade e sexo representam
fontes importantes de variaes de densidade corporal. As diferenas na
densidade corporal entre homens e mulheres podem ser amplamente
reputadas variabilidade no tecido adiposo dito essencial. Alm disso, as
equaes de populaes especficas para o sexo tornaram-se importantes, em
decorrncia das diferenas na distribuio do tecido adiposo subcutneo para
homens e mulheres.
As equaes desenvolvidas a partir de indivduos mais jovens
subestimavam a densidade corporal de indivduos mais velhos. O emprego de
equaes especficas para um dos sexos em indivduos pertencentes ao outro
sexo produz um erro sistemtico na avaliao de cerca de 0,025 g/ml (11% de
gordura). Os achados das pesquisas com equaes para populaes
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especficas mostraram que o sexo, a idade, o grau de gordura corporal e em si
tratando de crianas do nvel de maturidade sexual, precisam ser considerados
na avaliao antropomtrica da densidade corporal.
A tendncia mais recente tem sido desenvolver equaes mais
gerais, em vez de equaes especficas para determinadas populaes. Estas
ltimas oferecem estimativas valiosas para os indivduos representativos das
populaes por elas definidas.
DURNIN & WORMERSLEY (1974) foram os primeiros a considerar a
abordagem generalizada. Estes autores publicaram equaes representadas
por uma nica curva comum, mas que podia ser ajustada para levar em conta a
idade. JACKSON & POLLOCK (1978-1980) publicaram equaes
generalizadas para homens e mulheres adultos. As pesquisas destes ltimos
autores representam uma extenso do trabalho de DURNIN & WORMERLEY,
tendo sido realizadas para superar algumas das limitaes associadas s
equaes para populaes especficas, acrescentando o fator idade equao
para a estimativa das alteraes potenciais na razo entre gordura externa e
interna e densidade ssea.
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7.1.4.1 Equaes de PARIZKOVA (1961)
PARIZKOVA utilizou a tomada das dobras cutneas triciptal nobrao esquerdo e a subescapular no brao direito, dividindo a determinao do
percentual de gordura em funo do sexo e da faixa etria, preconizando os
intervalos de 9 a 12 anos e 13 a 16 anos. 1
E desenvolve equaes de uma e de duas dobras, para predizer a
densidade corporal deste grupo. Os trs grandes problemas com a tcnica de
PARIZKOVA so:
- A medida a dobra cutnea de trceps no brao esquerdo, que
corresponde uma medida no padronizada;
- No levar em conta o nvel de maturidade sexual; e a
- Utilizao de um modelo de dois componentes, com a densidade
da MLG igual a 1,10 g/cm.
No entanto, o terceiro problema pode ser amenizado, utilizando-se
equaes, baseadas em modelos de multicomponentes de converso de
densidade corporal para %GC, encontradas em HEYWARD & STOLARCZYK
(2000,14), j que segundo POLLOCK (1993, 324), as equaes possuem um
fator de correlao aceitvel entre (0,81 a 0,92) de densidade corporal.
1 CARNAVAL 1997,57
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MENINAS DE 9 A 12 ANOS
DC= 1,088 - 0,014 (log10 TR)-0,036 (log10 SE)Dc=1,079-0,043Log10(SE)
%GC= [(5,35/Dc)-4,95]x1002
Este estudo foi realizado em 56 meninas na faixa etria de 9 a 12
anos, o erro padro estimado (EPE) da equao foi calculado em 0,012 g/ml e
a correlao mltipla(R) foi de 0,81.
MENINAS DE 13 A 16 ANOS
DC=1,114 - 0,031 (log10 TR) - 0,041 (log10 SE)DC=1,102-0,058 Log10(SE)%GC= [(5,10/Dc)-4,66]x1003
Amostragem de 62 meninas na faixa etria de 13 a 16 anos, o erro
padro estimado (EPE) da equao foi calculado em 0,010 g/ml e a correlao
mltipla(R) foi de 0,82.
MENINOS 9 A 12 ANOS
DC= 1,1088 - 0,027 (log10 TR)-0,0388 (log10 SE)DC=1,1094-0,054 Log10(SE)%GC=[(5,30/Dc)-4,89]x1004
Esta equao envolveu 57 meninos de 9 a 12 anos, o erro padro
estimado (EPE) de 0,011 g/ml e a correlao mltipla e de 0,92.
MENINOS DE 13 A 16 ANOS
DC=1,130 - 0,055 (log10 TR) - 0,026 (log10 SE)DC=1,131-0,083 Log10(SE)%GC=[(5,07/Dc)-4,64]x100
2HEYWARD & STOLARCZYK, 2000,p.143 Id ibid.
4 Id Ibid.
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No encontramos os valores de erro padro estimado (EPE) e
correlao mltipla para essa equao, em POLLOCK (1993,p.324-325).
7.1.4.2 Equao de FAULKNER (1968)
As investigaes sistemticas sobre composio corporal, no Brasil,
iniciaram-se, praticamente, na dcada de 70, sendo que a maior parte das
publicaes utilizava unicamente a equao de FAULKNER (1968), tambm
conhecida de YUHASZ (1962), para caracterizar o percentual de gordura
corporal (%GC).
De acordo com CARNAVAL (1997, p.49) YAHASZ, no
desenvolvimento de sua tcnica, preconizava a utilizao de 6 dobras (peito,
trceps, supra-iliaca, subescapular, abdominal lado esquerdo- e coxa) e
calculava o percentual de gordura usando a seguinte equao:
%GC = 0,095 x (das 6 Dobras)+3,64
Segundo CARNAVAL (op.cit) e FERNANDES (2003, p.64-65),
FAULKNER, desenvolvendo pesquisa em nadadores americanos e observou
que as medidas de peito e coxa constituam-se em fatores de erro, passando a
usar apenas 4 dobras (trceps, subescapular, supra-liaca e abdominal- lado
direito) e calcula o percentual de gordura usando a seguinte frmula:
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%GC = (das 4 dobras)x0,153 + 5,783
Os ndices 0,153 e 5,783 referem-se aos valores de amostragem da
populao por ele estudada, nadadores, relacionando estatura, tipo de ossos e
outras variveis tnicas e ambientais. Com os pesos da massa gorda (MG) e
Massa Livre de Gordura sendo calculadas em kg pelas equaes:
MG = %GC x Massa Corporal Total (MCT)/100
MLG = MCT - MG
De acordo com o autor chegou a equaes para determinao de
peso ideal seria:
Peso Ideal (PI) = MLG x constante
Com as constantes fixadas pelo autor:
Nadadores 1,09Futebolistas 1,12Demais esportes e mulheres 1,14
De acordo com PETROSKI (1995, p.90), em seu estudo sobre o
incio da pesquisa em composio corporal e sua evoluo no Brasil, foi
observado que a equao, mais utilizada no Brasil e nos pases vizinhos, era a
de FAULKNER e que a mesma era utilizada indiscriminadamente para ambos
os sexos, em diferentes nveis de aptido fsica e sem considerar a
especificidade da equao que foi desenvolvida para o sexo masculino. Assim,
a magnitude dos erros na utilizao dessa equao em amostras nacionais
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desconhecida. No entanto, durante esse perodo, no foi averiguada ou
discutida a origem e a validade de sua utilizao na populao brasileira.
A primeira preocupao neste sentido surgiu com GUEDES (1986)
que realizou estudo de validao da equao proposta por FAULKNER (1968)
em jovens pertencentes populao brasileira, atravs de pesagem
hidrosttica, e encontrou erros bastante elevados, tanto para homens quanto
para mulheres. Este estudo constatou que a referida equao poderia deturpar
o resultado da quantidade de gordura corporal em torno de 37 % para o grupo
feminino e 23 % para o grupo masculino.
GAGLIARDI (1996) apud COSTA (2001, p.28) testou a validade de
30 equaes de predio de componentes corporais, utilizando a pesagem
hidrosttica, em uma amostra composta por 45 atletas divididos em nadadores
de provas de velocidade, triatletas e jogadores de plo aqutico; concluindo
que apenas trs mostraram consistncia em seus resultados para todos os
grupos: BROZEK (1963), BEHNKE & WILMORE (1966) e FAULKNER (1968).
Logo conclumos que a equao FAULKNER, pode ser utilizada
desde que os avaliados sejam nadadores, triatletas e ou jogadores de plo
aqutico e com idade variando entre 18 a 25 anos.
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7.1.4.3 Equaes de DURNIN & RAHMAN (1967)
Este estudo deve como amostra 86 crianas, sendo 48 do sexomasculino e 38 do sexo feminino com faixas etrias variando entre 12 e 15
anos a equao masculina deve densidade corporal mdia de 1,068 g/cm com
desvio padro de 0,013 g/cm e a feminina de 1,045 g/cm e desvio padro de
0,011 g/cm.
O erro padro estimado (EPE) foi de 0,008 g/ml e a correlao
mltipla e de 0,76, para os meninos e 0,008 g/ml de EPE e 0,78 de correlao
mltipla para as meninas.
Tabela 4 Equaes DURNIN & RAHMANSexo %GC
Masculino %GC=1,1533 - 0,0643 log10 (BI+ TR+ SE+SI)Feminino %GC=1,1369 - 0,0598 log10 (BI+ TR+ SE+SI)
7.1.4.4 Equaes de DURNIN & WOMERSLEY (1974)
DURNIN & WOMERSLEY, foram os primeiros a considerar a
abordagem generalizada. Estes autores publicaram equaes representadas
por uma nica curva comum, mas que poderia ser ajustada para levar em
conta a idade. Com base em estudo de 209 homens de 17 a 72 anos de idade
e 272 mulheres de 16 a 68 anos de idade, prope 10 equaes por faixa etria
e 2 generalizadas, para cada gnero.
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Tabela 5 Equaes de DURNIN & WOMERSLEY
Sexo Faixa Etria Equao17-19 anos Dc=1,1620-0,0630 Log10(TR+BC+SE+SI)20-29 anos Dc=1,1631-0,0632 Log10(TR+BC+SE+SI)30-39 anos Dc=1,1422-0,544 Log10(TR+BC+SE+SI)40-49 anos Dc=1,1620-0,0700 Log10(TR+BC+SE+SI)50 a 72 anos Dc=1,1715-0,0779 Log10(TR+BC+SE+SI)
Homens
17 a 72 anos Dc= 1,1765-0,0744 Log10(TR+BC+SE+SI)16 a 19 anos Dc=1,1549-0,0678 Log10(TR+BC+SE+SI)20 a 29 anos Dc=1,1599-0,0717 Log10(TR+BC+SE+SI)30 a 39 anos Dc=1,1423-0,0612 Log10(TR+BC+SE+SI)40 a 49 anos Dc=1,1333-0,0645 Log10(TR+BC+SE+SI)50 a 68 anos Dc=1,1339-0,0645 Log10(TR+BC+SE+SI)
Mulheres
16 a 68 anos D=1,1567-0,0717 Log10(TR+BC+SE+SI)
BARRERA, SALAZAR, GAJARDO, GATTS & COWARD (1997)
utilizaram a diluio isotpica de deutrio como mtodo referencial para testar
a validade de trs tcnicas de determinao da composio corporal:
absortometria radiolgica de dupla energia, bio-impedanciometria, e espessura
de dobras cutneas, atravs da equao proposta por DURNIN &
WOMERSLEY (1974).
A amostra foi constituda de 31 homens saudveis, na qual todos os
mtodos apresentaram resultados similares aos valores referenciais,
conferindo validade aos mesmos para a avaliao da gordura corporal neste
grupo.
KURIYAN, PETRACCHI, FERRO-LUZZI, SHETTY & KURPAD
(1998), utilizaram a pesagem hidrosttica para testar a validade da impedncia
bioeltrica e da antropometria atravs da equao de DURNIN &
WOMERSLEY (1974) em uma amostra composta por 99 homens e 89
mulheres do sul da ndia. Para ambos os sexos foram encontrados resultados
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vlidos tanto para a bio-impedncia quanto para a equao de espessura de
dobras cutneas.
Para converter Dc em %GC usa-se as seguintes frmulas:
Tabela 6 Equaes de converso de Dc para %GCIdade Sexo %GC
Masculino (4,99/Dc)-4,5517-19 Feminino (5,05/Dc)-4,62Masculino (4,95/Dc)-4,5020-80 Feminino (5,01/Dc)-4,57
7.1.4.5 Equaes de JACKSON & POLLOCK (1975-1978-1980)
POLLOCK (1975) realizou um estudo em 83 mulheres jovens com
idade variando entre 18 a 29 anos e criou uma equao de 4 dobras para
estimar a densidade corporal. Est equao tm uma correlao mltipla R =0,84 e erro padro estimado EPE de 0,008g/cm
Dc = 1,096095-0,0006952(X1)+0,0000011(X1)-0,0000714(X2)Onde:Dc= Densidade CorporalX1=4DOC (trceps + supra-ilaca + abdome +coxa)X2 = Idade em anos
SINNING & WILSON (1984) relataram que essa equao estimou
com validade a gordura corporal mdia de mulheres atletas partindo de dez
diferentes esportes universitrios (EPE=3,2%GC). Sendo ento recomendada
para mulheres atletas jovens e adolescentes. E a equao de para converter
Dc em %GC :
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%GC=[(5,01/Dc)-4,57]x100
Em 1978, JACKSON & POLLOCK, proporo duas equaes para a
estimativa da densidade corporal de homens, com base em estudo de 308
indivduos de 18 a 61 anos de idade, utilizando-se de soma de 7 e 3 dobras
cutneas, alm da idade.
Na equao de 7 dobras cutneas para homens de 18 a 61 anos, acorrelao mltipla da equao (R) de 0,9 e o erro padro de estimativa de
densidade (EPE) de 0,008.
Dc=1,112-0,00043499(X1)+0,00000055(X1)-0,00028826(X4)
Onde:Dc= Densidade CorporalX1=7DOC (peitoral + axilar medial + trceps + subescapular + supra-ilaca + abdome +coxa).X2 = Idade em anos
Segundo HEYWARD & STOLARCZYK (2000, p.164) a equao
generalizada da soma de sete dobras de JACKSON & POLLOCK (1978) tem
se mostrado vlida para estimar a gordura corporal mdia de homens
fisicamente ativos (ISRAEL et al., 1989) e de homens participando de 12
diferentes esportes universitrios de 18 a 29 anos (SINNING et.al.,1985).
O erro de predio dessa equao variou de 2,2% a 2,9% de GC.
Sendo ento recomendada utilizao da equao de DOC de JACKSON &
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POLLOCK de sete dobras, para estimar a composio corporal de homens
atletas e adultos fisicamente ativos.
HEYWARD & STOLARCZYK (op. cit, p.131) recomenda a utilizao
das equaes de 7 DOC (JACKSON & POLLOCK) para predizer a Dc para
Indivduos negros. Entretanto, deve-se usar as frmulas de converso
especfica raa para estimar a %GC a partir da Dc nessa populao.
Tabela 7 Frmulas para converter Dc em %GC para populao negraSexo Raa Frmulas para converter Dc em %GC
Branca %GC = [(4,95/Dc)-4,5]x100Masculino Negra %GC= [(4,37/Dc)-3,93] x100Branca %GC=[(5,01/Dc)-4,57] x100Feminino Negra %GC=[(4,85/Dc)-4,39] x100
Equao de 3 dobras cutneas para homens de 18 a 61 anos. A
correlao mltipla (R) de 0,91 e o erro padro estimado de densidade
(EPE.Dc) de 0,008.
Dc= 1,10938-0,0008267(X1)+0,0000016(X1)-0,0002574(X2)
Onde:Dc= Densidade CorporalX1=3DOC (peitoral + abdome + coxa).X2 = Idade em anos
De acordo HEYWARD & STOLARCZYK (2000, p.142-145) existem
muitas equaes de DOC especficas idade para homens brancos, podendo-
se utilizar tanto a equao de 3DOC quanto de 7DOC(1978) para estimar a
Dc de homens brancos, no entanto, pesquisas tm demonstrado a
aplicabilidade da equao de 3 DOC. A validao cruzada dessa equao
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indica erros de predio variando entre 2,6% GC e 3,5% GC (McLean &
Skinner, 1992).
O Percentual de gorduras das duas equaes 3 e 7 dobras podem
ser obtidos pela equao:
%GC = [(4,95/Dc)-4,5]x100
Em 1980, JACKSON et al proporo equaes para a estimativa da
densidade corporal de mulheres, com base em estudos de 249 individuas de
18 a 55 anos de idade, utilizando-se de soma de 7 e 3 dobras cutneas.
Equao de 7 dobras para mulheres de 18 a 55 anos. A correlao
mltipla (R) da equao de 0,85 e o erro padro estimado de densidade
(EPE.Dc) de 0,008.
Dc = 1,097-0,00046971(X1)+0,00000056(X1)-0,00012828(X2)
Onde:Dc= Densidade CorporalX1=7DOC (peitoral + axilar medial + trceps + subescapular + supra-ilaca + abdome +coxa)X2 = Idade em anos
A converso de Dc para %GC pode ser feita pela equao:
%GC=[(5,01/Dc)-4,57]x100
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As equaes de DOC generalizadas de JACKSON, POLLOCK &
WARD (1980) mostraram boa validade de predio (EPE=2,9% GC 3,5% GC)
e pequenas diferenas (0,3% GC a 1,3% GC), quando so utilizadas paraestimar a gordura corporal de mulheres brancas (EATON, ISRAEL, OBRIEN,
HORTOBAGYI & McCAMMON, 1993).
Do mesmo modo como ocorrem com os homens, essas equaes
geralmente funcionam melhor quando aplicadas a mulheres no-obesas.
HEYWARD, COOK et al., (1992) observou em seus estudos que a equao de
JACKSON de 3DOC subestimou significativamente a mdia da gordura
corporal de mulheres obesas em 3,7% GC. Da mesma forma, PAIJMAS et al.
(1992) relataram que a gordura corporal mdia de mulheres e homens brancos
obesos era subestimada em 5,5% GC.
Equao de 3 dobras para mulheres de 18 a 55 anos. A correlao
mltipla (R) da equao de 0,84 e o erro padro estimado de densidade
(EPE) de 0,009.
Dc= 1,0994921-0,0009929(X1)+0,0000023(X1)-0,0001392(X4)Onde:X1=(TR+SI+CX)X2 = Idade Anos
A equao de converso de densidade corporal em %GC a
mesma da equao de 7 DOC para mulheres.
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importante salientar que as equaes generalizadas de DOC de
JACKSON & POLLOCK (1978-1980) so baseadas em um modelo quadrtico
que usa a somatria de trs ou sete dobras e a idade para predizer a Dc. Estasequaes foram desenvolvidas para homens (18 a 61 anos) e mulheres (18 a
55 anos), e, portanto, podem no ser aplicvel em indivduos que excedam tais
limites de idade.
HEYWARD & STOLARCZYK (op. cit, p.151) dizem que at o
momento no h equaes antropomtricas, de dobras cutneas (DOC),
impedncia bioeltrica (BIA) ou de interactncia de infravermelho (NIR)
desenvolvidas especificamente para mulheres anorxicas, sugerindo ento,
que para este pblico, deve-se usar a equao de 3DOC de JACKSON (1980)
para predizer a Dc e usar a seguinte frmula para converter Dc em %GC:
%GC = [(5,26/Dc)-4,83]x100
CLASEY, KANALEY, WIDEMAN, HEYMSFIELD, TEATES,
GUTGESSEL, THORNER, HARTMAN & WELTMAN (1999), apud COSTA
(2001, p.30) examinaram a validade de diferentes mtodos de determinao da
composio corporal, sendo que um deles foi o mtodo antropomtrico, por
meio das equaes de JACKSON & POLLOCK (1978) para homens, e
JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) para mulheres, utilizando como mtodo
de referncia o modelo de 4 componentes proposto por HEYMSFIELD,
LICHTMAN, BAUMGARTNER, WANG, KAMEN, ALIPRANTIS & PIERSON Jr.
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(1990). A utilizao dos mtodos de estimativa antropomtrica resultou em
grandes diferenas entre as mdias e uma considervel variabilidade
interindividual. PEA, VSQUEZ, BARBA & LUCO (1987) realizaram estudopara determinar o erro de predio das equaes de KATCH & McARDLE
(1973); DURNIN & WOMERSLEY (1974), e JACKSON, POLLOCK & WARD
(1980); em uma amostra de 23 mulheres de 19 a 33 anos, profissionais ou
estudantes de medicina da Universidade do Chile.
Os resultados obtidos pelas equaes foram comparados aos
obtidos pela pesagem hidrosttica e o erro total foi calculado utilizando o
conceito proposto por LOHMAN (1981). Os autores verificaram que para a
amostra estudada todas as equaes superestimavam a quantidade de
gordura corporal, apresentando elevado erro e diferena estatisticamente
significativa em relao pesagem hidrosttica.
Acreditamos que est variabilidade pode ter ocorrido pela no
utilizao das equaes de converso de densidade corporal para percentual
de gordura corporal especificas para o sexo e/ou grupo etnico, pois, durante
todo o trabalho de levantamento bibliogrfico apenas HEYWARD &
STOLARCZYK (2000, p.14) apresentam as frmulas populacionais especficas
para converso de Dc em % GC, e todos os outros autores apresentaram
apenas a equao de SIRI (1961) como a nica equao de converso de Dc
para %CG.
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Tabela 8 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK para homens a partir da idade edo somatrio das dobras cutneas do trax, abdome e coxa
Idade (PT+AB+CX) 58
8-10 1,3 1,8 2,3 2,9 3,4 3,9 4,5 5,0 5,5
11-13 2,2 2,8 3,3 3,8 4,4 4,9 5,5 6,0 6,514-16 3,2 3,8 4,3 4,8 5,4 5,9 6,4 7,0 7,517-19 4,2 4,7 5,3 5,8 6,3 6,9 7,4 8,0 8,520-22 5,1 5,7 6,2 6,8 7,3 7,8 8,4 8,9 9,523-25 6,1 6,6 7,2 7,7 8,3 8,8 9,4 9,9 10,526-28 7,0 7,6 8,1 8,7 9,2 9,8 10,3 10,9 11,429-31 8,0 8,5 9,1 9,6 10,2 10,7 11,3 11,8 12,432-34 8,9 9,4 10,0 10,5 11,1 11,6 12,2 12,8 13,335-37 9,8 10,4 10,9 11,5 12,0 12,6 13,1 13,7 14,238-40 10,7 11,3 11,8 12,4 12,9 13,5 14,0 14,6 15,241-43 11,6 12,2 12,7 13,3 13,8 14,4 15,0 15,5 16,144-46 12,5 13,1 13,6 14,2 14,7 15,3 15,9 16,4 17,047-49 13,4 13,9 14,5 15,1 15,6 16,2 16,8 17,3 17,950-52 14,3 14,8 15,4 15,9 16,5 17,1 17,6 18,2 18,853-55 15,1 15,7 16,2 16,8 17,4 17,9 18,5 19,1 19,756-58 16,0 16,5 17,1 17,7 18,2 18,8 19,4 20,0 20,559-61 16,8 17,4 17,9 18,5 19,1 19,7 20,2 20,8 21,462-64 17,6 18,2 18,8 19,4 19,9 20,5 21,1 21,7 22,265-67 18,5 19,0 19,6 20,2 20,8 21,3 21,9 22,5 23,168-70 19,3 19,9 20,4 21,0 21,6 22,2 22,7 23,3 23,971-73 20,1 20,7 21,2 21,8 22,4 23,0 23,6 24,1 24,774-76 20,9 21,5 22,0 22,6 23,2 23,8 24,4 24,9 25,577-79 21,7 22,2 22,8 23,4 24,0 24,6 25,2 25,7 26,3
80-82 22,4 23,0 23,6 24,2 24,8 25,4 25,9 26,5 27,183-85 23,2 23,8 24,4 24,9 25,5 26,1 26,7 27,3 27,986-88 23,9 24,5 25,1 25,7 26,3 26,9 27,5 28,1 28,789-91 24,7 25,3 25,9 26,5 27,0 27,6 28,2 28,8 29,492-94 25,4 26,0 26,6 27,2 27,8 28,4 29,0 29,6 30,295-97 26,1 26,7 27,3 27,9 28,5 29,1 29,7 30,3 30,998-100 26,8 27,4 28,0 28,6 29,2 29,8 30,4 31,0 31,6101-103 27,5 28,1 28,7 29,3 29,9 30,5 31,1 31,7 32,3104-106 28,2 28,8 29,4 30,0 30,6 31,2 31,8 32,4 33,0107-109 28,9 29,5 30,1 30,7 31,3 31,9 32,5 33,1 33,7110-112 29,6 30,2 30,8 31,4 32,0 32,6 33,2 33,8 34,4113-115 30,2 30,8 31,4 32,0 32,6 33,2 33,8 34,5 35,1116-118 30,9 31,5 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,7119-121 31,5 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,7 36,4122-124 32,1 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,8 36,4 37,0125-127 32,7 33,3 33,9 34,5 35,1 35,8 36,4 37,0 37,6
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AVALIAO DA APTIDO FSICA P rojeto de elaborao de sistema de informaes
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Tabela 9 Estimativa do percentual de gordura de POLLOCK, para mulheres a partir da idade edo somatrio das dobras cutneas do trax, suprailaca e coxa
Idade (TC+SI+CX) 5823-25 9,4 9,7 10,0 10,3 10,6 10,9 11,2 11,5 11,826-28 10,5 10,8 11,1 11,4 11,8 12,1 12,4 12,7 13,029-31 11,7 12,0 12,3 12,6 12,9 13,2 13,5 13,8 14,132-34 12,8 13,1 13,4 13,7 14,0 14,3 14,6 14,9 15,235-37 13,9 14,2 14,5 14,8 15,1 15,4 15,7 16,1 16,438-40 15,0 15,3 15,6 15,9 16,2 16,5 16,8 17,2 17,541-43 16,1 16,4 16,7 17,0 17,3 17,6 17,9 18,2 18,644-46 17,1 17,4 17,7 18,1 18,4 18,7 19,0 19,3 19,647-49 18,2 18,5 18,8 19,1 19,4 19,7 20,1 20,4 20,750-52 19,2 19,5 19,8 20,2 20,5 20,8 21,1 21,4 21,753-55 20,2 20,6 20,9 21,2 21,5 21,8 22,1 22,5 22,856-58 21,2 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,2 23,5 23,859-61 22,2 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,2 24,5 24,862-64 23,2 23,5 23,9 24,2 24,5 24,8 25,1 25,5 25,865-67 24,2 24,5 24,8 25,1 25,5 25,8 26,1 26,4 26,868-70 25,1 25,4 25,8 26,1 26,4 26,7 27,1 27,4 27,771-73 26,1 26,4 26,7 27,0 27,4 27,7 28,0 28,3 28,774-76 27,0 27,3 27,6 28,0 28,3 28,6 28,9 29,3 29,677-79 27,9 28,2 28,5 28,9 29,2 29,5 29,8 30,2 30,580-82 28,8 29,1 29,4
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