583023_macro iii - 9 - kalecki
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MACROECONOMIA III DEMANDA EFETIVA E
DETERMINAO DA RENDA Teoria da Dinmica Econmica M. Kalecki
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MACROECONOMIA III Captulo 1 - Custo e preo Variaes de preos a curto prazo: 1 - produtos acabados: oferta elstica preo rgido, determinado pelo custo;
2 matria-prima: oferta inelstica preo flexvel, determinado pela demanda.
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MACROECONOMIA III Obviamente, a demanda pode
influenciar os preos industriais ao elevar o preo das matrias-primas num perodo de expanso acelerada da atividade econmica; porm, tal influncia ser exercida fundamentalmente por intermdio da elevao dos custos de produo.
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MACROECONOMIA III 1 Preo dos produtos acabados Fixao de preos por uma firma Hipteses de curto prazo: 1 estoque de capital fixo; 2 apenas os custos diretos
influenciam as oscilaes dos preos; 3 custos indiretos so relativamente
estveis.
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MACROECONOMIA III
Onde: p = preo final da firma; .u = custo direto unitrio primrio (salrio + matria-prima; p = preo mdio ponderado das firmas que produzem mercadorias similares;.m e n = coeficientes positivos que retratam o g.m.; .m reflete o mark up; .n reflete a interdependncia entre as firmas quanto ao processo de fixao de preos.
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MACROECONOMIA III 0 < n < 1. Justificativa: Suponha que haja uma firma cujo preo
final (p) igual ao preo mdio (p ). Assim:
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MACROECONOMIA III
101
..)1(
...
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MACROECONOMIA III Matematicamente, pode-se ter n >1;
mas, em economia isto pouco provvel de acontecer, pois a interdependncia entre as firmas impedir que qualquer uma delas modifique os preos de forma to brusca.
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MACROECONOMIA III Kalecki rejeita a teoria neoclssica no
que se refere ao postulado da maximizao dos lucros.
Regra bsica neoclssica de maximizao de lucros: RMg = CMg.
Onde: RMg = receita marginal; CMg = custo marginal.
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MACROECONOMIA III Modificaes do grau de monoplio 1 Dividindo a equao (1) pelo custo
direto unitrio (u), teremos:
)2(
upnm
up
+=
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MACROECONOMIA III
K B B B
p/u (p/u) (p/u) (p/u)
A A A
p/u
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MACROECONOMIA III Inclinao da reta AB = n; Posio da reta AB: determinada por m e n; As linhas AB, AB e AB no se interceptam ao longo
de p/u. Modificaes no g.m. A - mudana de AB para AB aumento do gm, pois
para dado preo mdio (p ) e dado custo direto (u) o preo final aumentou (de p para p);
B - mudana de AB para AB queda no gm.
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MACROECONOMIA III 2 Considerando os pontos de
interseo (p, p e p) das linhas AB, AB e AB com a linha OK de 45, as equaes que determinam este ponto sero:
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MACROECONOMIA III
Substituindo a equao (3) na equao (2), teremos:
)3(45int,
)2(
=
+=
deerseoadseonderetaapoisup
up
upnm
up
-
15
MACROECONOMIA III
nm
up
mnup
mupn
up
upnm
up
=
=
=
+=
1
)1(
-
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MACROECONOMIA III
K B B B
p/u (p/u) (p/u) (p/u)
A A A
p/u
-
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MACROECONOMIA III Mudanas no gm A de AB para AB aumento no gm,
pois a abscissa do ponto de interseo m/(1-n) (que tambm reflete o gm) aumentou;
B de AB para AB queda no gm, pois a abscissa m/(1-n) diminuiu.
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MACROECONOMIA III - Causas de modificao no grau de
monoplio 1 Processo de concentrao industrial; 2 Propagandas e publicidades: ao estimular
a demanda e provocar o incremento dos custos indiretos tende a elevar o gm e, consequentemente, os preos dos produtos;
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MACROECONOMIA III 3 relao entre custos indiretos e diretos: se o gm
permanecer constante, o aumento da razo entre custos indiretos e diretos tende a reduzir os lucros. Isto s ser evitado caso as empresas faam acordos tcitos a fim de elevar os preos em relao aos custos diretos e proteger os lucros, aumentando o gm. Tal situao mais factvel de ocorrer nos perodos de depresso;
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MACROECONOMIA III 4 Poder dos sindicatos: caso a relao
lucros/salrios esteja demasiado elevada, os sindicatos desencadeiam uma srie de reivindicaes a fim de obter aumento salarial. Se o gm no se alterasse e se os trabalhadores fossem vitoriosos, haveria um aumento no preo dos produtos e novamente a luta recomearia e os preos se tornariam cada vez mais altos, diminuindo a competitividade dos produtos das empresas. Assim, elas seriam foradas a aceitar uma reduo em sua margem de lucro, o que tornaria o gm menor.
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MACROECONOMIA III Preos das matrias-primas Variam de acordo com a demanda. Perodo de auge demanda preos. Perodo de depresso demanda preos. Uma elevao nos preos das matrias-primas
provoca aumento de preos industriais, se o gm permanecer constante (pois p = m.u + n.p, sendo u = M+W).
Os preos das matrias primas oscilam mais que os salrios.
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MACROECONOMIA III Nas palavras de Kalecki: Mesmo com taxas
constantes de salrio, os preos das matrias-primas cairiam numa fase de depresso, como resultado de um declnio da demanda real. Os cortes nos salrios nominais durante uma depresso jamais podem alcanar a queda de preo das matrias primas, porque os cortes de salrios, por seu turno, causam uma queda na demanda e da uma nova queda nos preos dos produtos primrios (TDE, p. 17).
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