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1

O Monólogo de Jó (Jó 29-31)

Prof. Iberê Arco e FlexaEscola Dominical

Igreja Presbiteriana do Jardim Guanabara1/10/2006

2

O monólogo de Jó

Termina o diálogo de Jó com os amigos; agora o encontro

dele com Deus fica em primeiro plano.

3

O monólogo de Jó

Desapontado com seus amigos terrenos, Jó sente-se

compelido a voltar-se novamente para seu Amigo

celestial e divino Redentor em busca de compreensão.

4

O monólogo de Jó é uma trilogia:

• Jó lembra-se de seu primeiro estado feliz– Uma descrição da anterior exaltação de Jó

(Cap.29)

• Jó lamenta a miséria em que caiu– Uma descrição de sua presente humilhação

(Cap.30)

• Jó declara a sua integridade– Um protesto final de Jó por sua inocência (Cap.

31)

5

Atônito, Jó se pergunta profundamente: Por quê,

Senhor?

Por quê esta tremenda punição?

É Tua mão que pesa sobre mim?

6

Este é o trágico sentido do livro: no centro de sua felicidade

passada existia a convicção de Jó de que Deus zelava por ele. E

agora a horrível sensação de que Deus o abandonou e o condena.

7

Sl 25.14

A intimidade do Senhor é para os que o temem,

aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.

Jó “chorava” não por seu sofrimento material, mas porque pensava ter perdido a intimidade do Senhor!

8

1. Jó lembra-se do seu primeiro estado feliz

9

Jó era um homem protegido por Deus (Jó 29.2-6)

• 2Ah! Quem me dera ser como fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava!

• 3Quando fazia resplandecer a sua lâmpada sobre a minha cabeça, quando eu, guiado por sua luz, caminhava pelas trevas;

• 4como fui nos dias do meu vigor, quando a amizade de Deus estava sobre a minha tenda;

• 5quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus filhos, em redor de mim;

• 6quando eu lavava os pés em leite, e da rocha me corriam ribeiros de azeite.

10

• Jó era domesticamente feliz– ... os meus filhos, em redor de mim;

• Jó gozava de grande prosperidade– ... Eu lavava os pés em leite e da rocha me corriam ribeiros

de azeite

• Jó era um homem respeitado por todos– A sua opinião era respeitosamente esperada e quando a

exprimia era ouvido atentamente por todos• Jó 29.7-10, 21-25

– As ações de Jó eram invariavelmente aprovadas pelos homens

• Jó 29.11-17

11

O homem por quem Deus velava olhava

escrupulosamente pelos interesses dos necessitados!

12

Jó tinha uma visão brilhante de seu futuro (Jó 29.18-20)

• 18 Eu dizia: no meu ninho expirarei, multiplicarei os meus dias como a areia.

• 19 A minha raiz se estenderá até às águas, e o orvalho ficará durante a noite sobre os meus ramos;

• 20 a minha honra se renovará em mim, e o meu arco se reforçará na minha mão.

13

2. Jó lamenta a miséria em que caiu

Agora a miséria de Jó se acumula vinda de todos os lados

1. Sua miséria vem dos homens

2. Sua miséria vem de dentro de si mesmo

3. Sua miséria vem do alto

141. A miséria de Jó vem dos homens

• É insultado pelos homens, mesmo pelos de mais baixa condição, os quais nos velhos tempos ele se deleitava em proteger.

– 29.12 porque eu livrava os pobres que clamavam e também o órfão que não tinha quem o socorresse.

– 29.13 A bênção do que estava a perecer vinha sobre mim, e eu fazia rejubilar-se o coração da viúva.

– 29.15 Eu me fazia de olhos para o cego e de pés para o coxo.

– 29.16 Dos necessitados era pai e até as causas dos desconhecidos eu examinava.

15

• 1Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, de pôr ao lado dos cães do meu rebanho.

• 2De que também me serviria a força das suas mãos, homens cujo vigor já pereceu?

• 3De míngua e fome se debilitaram; roem os lugares secos, desde muito em ruínas e desolados.

• 4Apanham malvas e folhas dos arbustos e se sustentam de raízes de zimbro.

• 5Do meio dos homens são expulsos; grita-se contra eles, como se grita atrás de um ladrão;

• 6habitam nos desfiladeiros sombrios, nas cavernas da terra e das rochas.

• 7Bramam entre os arbustos e se ajuntam debaixo dos espinheiros.

• 8São filhos de doidos, raça infame, e da terra são escorraçados.

Jó 30.1-15

16

• 9Mas agora sou a sua canção de motejo e lhes sirvo de provérbio.

• 10Abominam-me, fogem para longe de mim e não se abstêm de me cuspir no rosto.

• 11Porque Deus afrouxou a corda do meu arco e me oprimiu; pelo que sacudiram de si o freio perante o meu rosto.

• 12À direita se levanta uma súcia, e me empurra, e contra mim prepara o seu caminho de destruição.

• 13Arruínam a minha vereda, promovem a minha calamidade; gente para quem já não há socorro.

• 14Vêm contra mim como por uma grande brecha e se revolvem avante entre as ruínas.

• 15Sobrevieram-me pavores, como pelo vento é varrida a minha honra; como nuvem passou a minha felicidade.

Jó 30.1-15

17

Jó descreve a vida miserável daqueles que agora se

colocam acima dele• ... São homens magros, • 3 enfraquecidos de tanto passar fome e miséria. À noite, na

solidão de lugares desertos, eles têm de roer raízes secas.• 4 Pegam ervas e cascas de árvores e se alimentam de

raízes que não servem para comer.• 5 São expulsos do meio das pessoas, que os espantam,

aos gritos, como se eles fossem ladrões.• 6 Têm de morar em barrancos medonhos, em cavernas ou

nas rochas.• 7 Uivam no meio das moitas e se ajuntam debaixo dos

espinheiros.• 8 Raça inútil, gente sem nome, são enxotados do país.

18

2. A miséria de Jó vem de dentro de si mesmo

• 30.16 Agora, dentro de mim se me derrama a alma; os dias da aflição se apoderaram de mim. (RA)

• 30.16 Agora já não tenho vontade de viver; o desespero tomou conta de mim. (NTLH)

• 30.17 De noite os ossos me doem muito; a dor que me atormenta não pára.

• 30.30 A minha pele está ficando preta, e o meu corpo queima de febre.

19

3. A miséria de Jó lhe vem do alto

Jó 30.19-23

• 19 Ele me atirou na lama; eu não valho mais do que o pó ou a cinza.

• 20 Ó Deus, eu clamo pedindo a tua ajuda, e não me respondes; eu oro a ti, e não te importas comigo.

• 21 Tu me tratas com crueldade e me persegues com todo o teu poder.

• 22 Fazes com que o vento me carregue e numa tempestade violenta me jogas de um lado para outro.

• 23 Bem sei que me levarás à Terra da Morte, o lugar de encontro marcado para todos os vivos.

20

Jó pensa que tudo o que lhe acontece é por ter perdido a

comunhão do Senhor

• 30.11 Deus me enfraqueceu e me humilhou, e por isso, furiosos, eles se viram contra mim.

• 30.18 Deus me agarrou pela garganta com tanta violência, que desarrumou a minha roupa.

• 30.19 Ele me atirou na lama; eu não valho mais do que o pó ou a cinza.

21

A miséria lhe vem do alto

• Deus o lançou num abismo de lodo

• Deus parece mostrar-se indiferente aos seus gritos e súplicas

• A dor não podia asfixiar o grito que repetidamente lhe saía do coração: Senhor, salva-me!

Era a mão da fé à procura do Salvador no qual ele podia ainda firmemente confiar.

22

3. Jó afirma pela última vez a sua inocência

23

A moralidade de Jó

• Jó era justo

• Os discursos de Jó indicam os princípios do “certo” e do “errado” segundo os quais ele realmente vivia

• Jó servira como conselheiro e juiz, assentando-se com outros anciãos às portas da cidade e defendia os oprimidos

» Jó 29.12» Jó 29.17

•Jó cumpriu um papel ativo na cruzada a favor do que hoje chamamos de justiça social

24

• A vida sexual de Jó era pura

• Não havia distinção entre sua moralidade pública e sua vida privada

• Não era lascivo

• Não desejava a mulher do próximo» Jó 31.9-12

A moralidade de Jó

25

• Jó rejeitava a falsidade e agia de forma honesta para com todos– Usava pesos e medidas justos nos negócios– Estava sempre pronto a ouvir as queixas de seus

empregados– Mesmo sendo rico, evitava as aparências e os

problemas vinculados ao materialismo

A moralidade de Jó

Colocava sua confiança em Deus, não na própria riqueza (Jó 31.24-28)

26

Jó não se deixou contaminar...

• a) Pela imoralidade (31.1-12)• b) Pela dureza ou pela insensibilidade

(31.13-22, 31, 32)• c) Pelo materialismo (31.24,25; Mt 6.19-

21,24)• d) Por idolatria (31.26,27)• e) Pelo ódio (31.29,30; Mt 5.44)• f) Pela insinceridade (31.33,34)

27

O que Deus afirmou de Jó:

• Não há ninguém na Terra como ele, irrepreensível, íntegro. Homem que teme a Deus e evita o mal.

» Jó 2.3

– Você viu o meu servo Jó? No mundo inteiro não há ninguém tão bom e tão honesto como ele. Ele me teme e procura não fazer nada que seja errado.

28

Lições fundamentais do texto1

• Estes três capítulos que representam o monólogo de Jó na verdade são uma conversa de coração aberto entre Jó e o Senhor.

• Mesmo ao contender com Deus, Jó estava evidenciando sua reverência suprema e seu amor pelo Criador e Redentor.

29

Lições fundamentais do texto2

• A sabedoria de Jó era perfeita. Ele servia a Deus verdadeiramente, sem pretensão alguma. Amava a Deus, porque ... simplesmente amava a Deus!

30

Lições fundamentais do texto3

• A despeito do imenso sofrimento, Jó se manteve submisso a Deus, manifestando a fé que mereceu louvor até mesmo do todo poderoso.

• “Em tudo dai graças!”

31

Lições fundamentais do texto4

• Nossa sabedoria vem do temor do Senhor. Só teme a Deus quem nEle crê. Porém, não apenas tememos, mas o amamos, como filhos diletos seus. O primogênito frisa o primeiro e maior mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas.

• Nós existimos para amar a Deus e porque Ele nos amou primeiro.

32

Lições fundamentais do texto5

• Deus se valeu de Jó para manifestar de maneira contundente e definitiva sua soberania sobre o maligno.

• Satanás pretendeu, mais uma vez, como no Eden, desacreditar a Deus. Mas o Senhor em sua insondável sabedoria o esmagou através de Jó.

33

Lições fundamentais do texto6

• Se pretendemos vencer a tentação e libertar-nos da malícia de Satanás, devemos mirar o exemplo de Jó como uma regra de fé para a nossa vida.

• Disso advirá nossa plena edificação rumo à perfeição que é Cristo, nosso irmão mais velho e nosso advogado perante Deus.

34

Lições fundamentais do texto7

• O livro contradita a chamada “doutrina da prosperidade” de maneira frontal.

• Está evidente que prosperidade e fé não estão diretamente correlacionadas. Ímpios podem prosperar e verdadeiros crentes, como Jó (o mais perfeito homem sobre a Terra naqueles dias) sofrer o amargor da miséria.

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