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1. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ: Conselho de Segurança das Nações Unidas
Origem
Segundo os princípios da ONU, o recurso às forças armadas por um Estado
fica resguardado apenas em caso de legítima defesa (e mesmo assim por
um período delimitado) ou quando autorizado pela própria Organização, por
meio do Conselho de Segurança. Deste modo, o Conselho surgiu como uma
peça fundamental do sistema de segurança coletiva estabelecido pela ONU,
com a intenção de reduzir a fragilidade manifestada anteriormente pela Liga
das Nações (ou Sociedade das Nações).
Localização
A Sede do Conselho de Segurança está localizada em Nova York (EUA).
Vínculo com a ONU
O Conselho de Segurança é o órgão mais poderoso dentro do sistema das Nações Unidas, com um
alcance que se estende das recomendações ao Secretário-Geral, passando pela apreciação de questões
procedimentais, pela aprovação de sansões econômicas e até mesmo pelo envio de forças militares.
Estrutura
Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto – Estados Unidos,
Rússia, Reino Unido, França e China – e dez membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral
por dois anos. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações
Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. As reuniões do Conselho são dirigidas por um
presidente com cargo rotativo, definido a cada mês conforme a ordem alfabética
Regras
Nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU, todos os países que o compõem possuem direito a voz
e voto. Todavia apenas os membros permanentes têm direito a veto. Isso significa que, para a aprovação
de qualquer resolução, além de nove votos favoráveis, é necessária uma unanimidade entre o conselho
permanente
Objetivos
Manter a paz e a segurança internacional.
Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com os
Capítulos VI, VII e VIII da Carta.
Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional.
Recomendar métodos de diálogo entre os países.
Elaborar planos de regulamentação de armamentos.
Determinar se existe uma ameaça para a paz.
Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter
alguma agressão.
Recomendar o ingresso de novos membros na ONU.
Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral.
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA: Conflito hídrico: Egito vs Etiópia
O Rio Nilo é o mais longo do planeta com a extensão de mais de 7 mil quilômetros, e é fato que muitos
países africanos são dependentes do rio para o seu comércio e, até mesmo, para sua sobrevivência.
Desde 1959, Egito e Sudão monopolizavam parte da corrente, porém países como Etiópia, Quênia e
Uganda sofriam uma grave escassez de água e alimento devido ao controle obtido pelos dois países. Os
mesmos desprivilegiados sofriam várias ameaças de guerra contra o Egito e Sudão.
É importante ressaltar que, antes da Primavera Árabe, o Egito era uma grande potência africana militar,
entretanto após a retirada do governo militar o país ficou extremamente desestabilizado e impossibilitado
de impedir a construção de uma barragem que possibilitaria o acesso dos países desamparados pela falta
da água.
A Etiópia começou a construção em 2011 da barragem Renascença que vem a ser a maior da África.
Porém com a construção dessa barragem parte do fluxo de água na nascente será diminuída ameaçando,
diretamente, a economia e a sobrevivência do Egito e do Sudão.
Egito Etiópia
3. DOSSIÊS
3.1 Estados Unidos da América
Os Estados Unidos da América são a maior potência mundial, após o
fim da Segunda Guerra Mundial, passando a exercer influência em
todo o mundo, tanto em nível econômico, como militar, tecnológico e
cultural. O Sistema de Governo é a República Federal
Presidencialista, a moeda é o Dólar Americano. Localizado na
América do Norte, o país faz fronteira com o Canadá e com o México.
A capital é Washington, com população de 321.773.631 (dados de
2015). Cerca de 80% dos habitantes usa o Inglês no seu cotidiano,
mas não é a língua oficial dos EUA, fala-se também espanhol, francês e havaiano. Os Estados Unidos
possuem a maior economia do mundo, totalizando um PIB de US$ 14,20 trilhões. O país exerce um papel
fundamental na economia mundial, uma vez que é o maior parceiro econômico da maioria dos países, ou
seja, é o maior comprador do mundo. Sua economia é uma das mais abertas, havendo pouquíssimas
intervenções do Estado sobre esta.
Conflito Hídrico
Os resultados do estudo acabam de ser publicados na revista Global Environment Change. A análise
publicada na revista Global Environment Change sugere que os riscos de conflito devem aumentar nos
próximos 15 a 30 anos em quatro regiões principais: Oriente Médio, Ásia Central, a bacia Ganges-
Brahmaputra-Meghna e as bacias Orange e Limpopo no sul da África.
Além disso, o rio Nilo na África, grande parte do sul da Ásia, dos Balcãs no sudeste da Europa e do norte
da América do Sul também são áreas onde novas barragens estão em construção e os países vizinhos
enfrentam demanda crescente pelo recurso. Se dois países concordaram com o fluxo e distribuição de
água, geralmente não há conflito, segundo Eric Sproles, hidrologista da Universidade Estadual de Oregon,
nos EUA, e coautor do estudo. “Tal é o caso da bacia do rio Columbia entre os Estados Unidos e o Canadá,
cujo tratado é reconhecido como um dos acordos mais resilientes e avançados do mundo”.
3.2 China
A China é o país mais populoso do mundo. Nesse território vivem
aproximadamente 1,3 bilhões de pessoas. Está localizado a leste do
continente asiático, possui um extenso território. O PIB da China vem
crescendo vertiginosamente, em médias que se aproximam aos 9%
anuais. Atualmente, o PIB chinês é o segundo maior do planeta. A China
tem uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, além
de ser uma das nações do mundo a possuir armas nucleares de destruição em massa. No território chinês,
ainda há muitos problemas de estruturas sociais ineficientes, problemas nas áreas de educação, saúde,
moradia e segurança, além de um relativamente baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que
segundo dados mais recentes, ficou em 0,719. Apesar de ser um dos maiores países do mundo em termos
de área territorial, a China enfrenta um problema em relação aos seus recursos naturais, pois é ocupada
por grandes e extensos desertos, além de áreas montanhosas e muito acidentadas. Mesmo assim, técnicas
agrícolas de irrigação e plantio (como o terraceamento), além de uma ampla distribuição fundiária,
possibilitam uma acentuada produção agrícola, bem como a contenção da população majoritariamente no
campo.
Posicionamento em relação ao tema
Atravessando o planalto do Tibete, cinco grandes rios — Indus, Brahmaputra, Irrawaddy, Salween e
Mekong — carregam a água das geleiras dos Himalaias e das monções que abastece 1,3 bilhão de
pessoas em vários países do Sudeste da Ásia. Agora, no entanto este fornecimento está ameaçado pelos
planos da China e de outros países da região de construir usinas, barragens e desvios em seu curso, o que
pode gerar o primeiro grande conflito mundial em torno deste recurso cada vez mais escasso. A luta pelo
controle desta verdadeira “caixa d'água” continental teve seu primeiro contragolpe desferido pela Índia,
onde a Suprema Corte do país ordenou no mês passado o início dos trabalhos para a construção de canais
que vão interligar os principais rios indianos. No centro do projeto está uma estrutura de 400 quilômetros de
extensão que vai desviar a água do Brahmaputra para o Ganges, visando a irrigar terras cultiváveis
sedentas a cerca de mil quilômetros ao Sul.
A decisão indiana é uma reação aos planos chineses de construir barragens e desviar o Brahmaputra, um
dos últimos grandes rios do mundo ainda sem modificações no seu trajeto pelo homem, mais acima no seu
curso, no Tibete. No Cânion de Tsangpo, o governo da China pretende levantar duas gigantescas
hidrelétricas, cada uma gerando mais do dobro da energia da usina de Três Gargantas, no Yangtsé,
atualmente a maior do mundo. Além disso, ainda mais alto no curso do Brahmaputra, os chineses querem
criar um desvio que levaria até 40% de seu fluxo para as planícies do Norte do país.
3.3 Brasil
O Brasil é um país localizado no subcontinente da América do Sul. No Brasil
vivem cerca de 190.755.799 habitantes, apesar de ser considerado um país
populoso, é pouco povoado. A economia brasileira cresceu de forma
significativa, hoje o país é considerado emergente, além de ser grande
produtor agrícola e ao mesmo tempo industrializado, com um parque industrial
diversificado. Diversas estimativas colocam o país como potências para o
futuro, tendo em vista o grande potencial que possui. O produto interno bruto
é de 3,1 trilhões de reais, o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano é alto, 0,699.
Posicionamento em relação ao tema
Os impactos da falta de água no Brasil são variados. Muitos analistas, em razão das chuvas abaixo da
média no início de 2015, apontam cenários caóticos caso medidas urgentes não sejam tomadas. Além
disso, vale lembrar que outras regiões brasileiras, além do Sudeste, vêm passando pelo mesmo problema,
o que gera certa preocupação em torno da produção de energia, que, por ser em maior parte fornecida por
hidrelétricas, depende muito da disponibilidade de água no país.
As disputas por recursos hídricos no Brasil atingiram um novo recorde histórico em 2013, segundo dados
preliminares do levantamento anual feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), obtidos com
exclusividade pela BBC Brasil. Foram identificados 93 conflitos por água em 19 Estados, o maior desde
2002, quando eles passaram a ser monitorados pelo órgão, que é ligado à Igreja Católica. Isso representa
um conflito hídrico a cada quatro dias.
No ano passado, houve um aumento de 17% no número de disputas em relação a 2012. Foi o segundo ano
seguido de intensificação dos conflitos. Em 2012, houve 79 conflitos, um aumento de 16% em relação a
2011. A Bahia foi o Estado que mais teve disputas deste tipo, num total de 21. Em segundo lugar, ficou o
Rio de Janeiro, com sete disputas. O Nordeste foi a região mais conflitante, com 37 casos registrados,
seguido pelo Norte do país, com 27 casos. De acordo com a CPT, muitas destas disputas ocorrem para
evitar a apropriação de recursos hídricos por empresas, como mineradoras e fazendas, ou para impedir a
construção de barragens ou açudes.
Além da investida na Amazônia, com a construção de duas grandes hidrelétricas, a de Belo Monte e a
Tapajós, o cerrado e a Mata Atlântica também têm sofrido com mais conflitos por causa de disputas de
territórios entre comunidades pobres e grandes empresas de mineração e agricultores.
Muitas das disputas também ocorrem por ações de resistência, em geral coletivas, para garantir a
preservação da fonte de água.
3.4 União Africana
É conhecida pelo nome de União Africana (UA) a instituição que tem
como finalidade promover a paz, cooperação e desenvolvimento entre os
países do continente africano. Atualmente, todos os países independentes
da África são membros de pleno direito da UA, exceto pelo Marrocos,
devido à anexação considerada ilegítima do Saara Ocidental. Outros três
países, Guiné-Bissau, República Centro-Africana e Madagascar,
encontram-se atualmente suspensos devido a golpes de estado que
minaram as garantias democráticas locais. O Haiti é membro observador da instituição desde 2012.
Os principais órgãos de administração da União Africana são:
Assembleia - É o principal órgão da UA, composta pelos chefes de estado e de governo ou
representantes devidamente credenciados.
Conselho Executivo - Composto por ministros ou autoridades designadas pelos governos dos
estados-membros. O Conselho Executivo é responsável perante a Assembleia.
Conselho de Paz e Segurança (CPS) – responsável por lidar com eventuais conflitos que surjam
nos países-membros.
Parlamento Pan-Africano - em processo de ratificação, o Parlamento Pan-Africano busca a plena
participação política e social dos povos africanos, autodeterminação e integração econômica do
continente.
ECOSOCC - Conselho Econômico, Social e Cultural, órgão consultivo composto por diferentes
grupos sociais e profissionais.
Comissão - é o órgão de gestão do dia-a-dia da UA, responsável por representar a organização e
defender seus interesses.
Merecem ser citados ainda o Tribunal de Justiça; os Comités Técnicos Especializados; as Instituições
Financeiras, compostas pelo Banco Central Africano, o Fundo Monetário Africano e o Banco Africano de
Investimento. Criada a 11 de julho de 2000, a União Africana substituiu a antiga Organização da Unidade
Africana (OUA), fundada a 25 de maio de 1963. O projeto foi lançado pelo ex-líder líbio Muammar Gaddafi
na cidade de Sirte, em 1999, como forma de revitalizar a OUA, tendo como modelo organizações como
União Europeia e Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte, em português). Esta reforma da
organização incluiu também uma mudança de foco. Antes, a OUA se concentrou bastante no apoio aos
movimentos de libertação contra o colonialismo e o apartheid. Ultrapassadas tais questões, surgiram novos
objetivos, como o fim da estabilidade política, o desenvolvimento e a unidade continental. Desse modo, a
ideia logo conseguiu apoio entre a maioria dos líderes africanos, e já em julho de 2000, em Lomé, capital
de Togo, foi adotado o Ato Constitutivo da União Africana (UA). Em 2002, é realizada a Cimeira de Durban
(África do Sul) onde ocorreu a sessão inaugural da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da
UA. Assim como a organização anterior, ficou estabelecido que a UA teria sua sede em Adis Abeba, capital
da Etiópia.
3.5 Tanzânia
Situada na região denominada África Subsaariana, a Tanzânia possui
fronteiras com o Quênia, Ruanda, Uganda e Burundi, República
Democrática do Congo, Zâmbia, Malauí e Moçambique. A economia
nacional é pouco desenvolvida, sendo a agricultura a principal fonte de
receitas, correspondendo a 85% das exportações. Aproximadamente
80% dos habitantes desempenham atividades no campo. O setor
industrial atua nos seguintes segmentos: alimentício, mineração (com
destaque para o ouro), petroquímico, têxtil, madeireiro, fertilizantes, etc. A população enfrenta diversos
problemas socioeconômicos, conforme dados divulgados em 2010 pela Organização das Nações Unidas
(ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Tanzânia é de apenas 0,398. Entre os fatores
responsáveis por essa média estão: baixa expectativa de vida (51,6 anos); elevada taxa de mortalidade
infantil (62 para cada mil nascidos vivos); mais da metade dos tanzanianos vivem abaixo da linha de
pobreza (com menos de 1,25 dólar por dia); aproximadamente 28% dos habitantes são analfabetos e 35%,
subnutridos.
Posicionamento em relação ao tema
A Etiópia e cinco outros países da bacia do Nilo – Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia e Uganda – já assinaram
um acordo que na prática acaba com o poder de veto do Egito, baseado em tratados da era colonial, sobre
projetos de barragens no Nilo, fonte de praticamente toda a água do Egito.
3.6 França
A França se localiza na Europa Ocidental, com clima mediterrânico no Sul e
temperado oceânico no restante do território; nas regiões Norte e este há a
presença de planícies e colinas baixas; e regiões montanhosas no Sul
(presença de Pirineus) e no Leste (presença de Alpes). Seus principais
problemas ambientais são a poluição do ar nos grandes centros urbanos, a
poluição das águas e alguns registros de chuvas ácidas.
Posicionamento em relação ao tema
Durante o conflito argelino de oito anos pela independência contra o domínio francês, o presidente egípcio
Gamal Abdel foi um forte defensor do movimento de resistência e forneceu ajuda militar significativa à
Frente de Liberação Nacional (FLN). Isso provocou uma crescente irritação dos franceses contra Nasser,
que, além da nacionalização do Canal de Suez por Nasser, levou-os a unirem-se ao Reino Unido e Israel
em um ataque ao Egito durante a Crise de Suez de 1956.
3.7 Reino Unido
O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte é um país insular localizado
no continente europeu, mais precisamente na parte norte do continente, sendo
separado da França pelo Canal da Mancha, dentro do Oceano Atlântico.
A soberania do reino está sob comando da Rainha Elizabeth II, detendo poder
dos quatro principados: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte
(este último localizado na ilha vizinha à Grã-Bretanha, dividindo-a com a
República da Irlanda), além de países submissos ao reino, como Canadá e
Austrália, sem falar nos territórios ultramarinos no oceano.
Atualmente o país é uma das potências econômicas do mundo, porém séculos atrás o Reino Unido foi o
grande desbravador dos oceanos, mantendo ligações comerciais que transformaram o lugar na nação mais
poderosa até a Grande Guerra.
Posicionamento em relação ao tema
O Império Britânico decidiu-se por ocupar o Egito, em 1882, então submetido ao Império Otomano, por
duas razões: uma de ordem estratégica e a outra econômica. A estratégica é que lá fora construído o Canal
de Suez, inaugurado em 1869, importante passagem que ligava os oceanos orientais ao mar Mediterrâneo,
a motivação econômica era que o Egito era o maior produtor de algodão do mundo, matéria-prima
fundamental para a indústria têxtil inglesa, a mais moderna da época. Esta dupla importância do Egito
explica por que a Grã-Bretanha se manteve por lá por 72 anos, até que o movimento Nasserista pôs um fim
a seu domínio.
3.8 Egito
O Egito é um país localizado no extremo norte da África,
pertencente à região da África Mediterrânea. Esse país faz divisa
com a Líbia, a oeste; Sudão, ao sul; e Israel, a nordeste. É banhado
pelo Mar Vermelho a leste e pelo Mar Mediterrâneo ao norte. A
religião predominante no território egípcio é o Islamismo, mas existe
uma pequena porcentagem de praticantes de uma ramificação do
Cristianismo.
Por ser o único grande rio do país, o Rio Nilo é de fundamental
importância para a economia do Egito, que utiliza de suas águas para irrigação e abastecimento. Apesar de
ser um país predominantemente agrário – 80% da população é composta por camponeses –, a principal
atividade do Egito não é a agricultura, e sim o turismo, que atrai milhares de estrangeiros, principalmente,
para as famosas pirâmides e o litoral do Mar Mediterrâneo.
A religião predominante no território egípcio é o Islamismo, mas existe uma pequena porcentagem de
praticantes de uma ramificação do Cristianismo.
Posicionamento em ralação ao tema
A importância do Nilo para o Egito pode aferir-se pelo fato de mais de 90% dos seus 98,5 milhões de
habitantes viverem nas zonas ribeirinhas. As tensões entre o Egito e a Etiópia têm igualmente raízes na
história. Os dois países foram adversários em diferentes momentos; por outro lado, o Egito herdou a
grande maioria dos direitos de utilização da água do Nilo por um tratado assinado no início do século XX
entre Addis Abeba e Londres, que era então o poder colonial no Cairo, impondo condições gravosas aos
etíopes.
3.9 Sudão
O Sudão é o maior país do continente africano e ele apresenta
inúmeros problemas sociais. Seu território é banhado pelo Mar
Vermelho e possui fronteiras ao norte com o Egito. Desde a
conquista da independência, em 1956, o país enfrenta uma guerra
civil envolvendo o governo muçulmano e guerrilheiros cristãos. Esse
confronto entre diferentes grupos religiosos provocou a morte de
mais de 2 milhões de habitantes, além de 3 milhões de refugiados.
Os conflitos em Darfur foram considerados a pior crise humanitária
do século XXI, havendo relatos de estupros, assassinatos, roubos, entre outras atitudes perversas
envolvendo grupos étnicos diferentes.
O Sudão também é acusado pelos Estados Unidos de financiar grupos terroristas islâmicos e, em 1998,
uma suposta fábrica de armas químicas foi bombardeada por tropas estadunidenses. A agricultura é
desenvolvida nas regiões próximas à bacia hidrográfica do Rio Nilo, que garante a irrigação das plantações.
Essa atividade é responsável por absorver 80% da força de trabalho nacional e corresponde a 40% do
Produto Interno Bruto (PIB). A economia do país tem sido impulsionada pela grande riqueza do solo, na
qual há a exploração de petróleo, gás natural, ouro, urânio, cobre, níquel, chumbo, etc.
Posicionamento em relação ao tema
O Cairo, dependente do Nilo para sua água, tem se oposto à intenção da Etiópia de construir a grande
hidrelétrica de Renaissance, que para os egípcios poderia reduzir o fluxo de água que desce da Etiópia e
passa pelo Sudão para chegar a seus reservatórios.
3.10 Rússia
A Rússia possui a maior extensão territorial do mundo, com 17.075.400
Km2, ela faz parte de dois continentes, o Leste Europeu e Norte da Ásia.
Por ser um país continental, o clima é temperado e não sofre tanta
influência da maritimidade, o inverno é bastante rigoroso e ao norte, o clima
é polar. A população totaliza 140,8 milhões de habitantes, a densidade
demográfica é de 8,2 habitantes por quilômetro quadrado. A maioria da
população, cerca de 78%, reside na parte europeia do país. A federação
Russa é formada por 21 Repúblicas com variadas etnias, a república mais
importante é a Rússia.
3.11 Etiópia
Sobre o país
A Etiópia está localizada no continente africano, na região denominada
“Chifre da África”, com uma população de aproximadamente 92 milhões
de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 43
bilhões de dólares, segundo o Banco Mundial. A Etiópia apresenta uma
economia centrada majoritariamente no setor primário, com destaque
para a agricultura. A Etiópia apresenta vários problemas sociais, conforme
dados divulgados em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU),
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país é um dos menores do
mundo: 0,328. Metade dos etíopes sofre de subnutrição crônica e o índice
de analfabetismo é de 64%.
Situação do conflito hídrico: Egito vs Etiópia
Há um grande risco de uma guerra entre Egito e Etiópia por causa da Grande Barragem Renascença da
Etiópia, que ameaça restringir o acesso egípcio ao Nilo, fornecedor de 98% da água potável consumida no
país. Com as previsões de que a população do Egito duplique para 150 milhões até 2050, a barragem
poderia levar a uma "grande tensão" entre a Etiópia e o Egito, já que a represa reduziria a capacidade da
hidroelétrica egípcia de Aswan em 40%.
Medidas de combate do conflito hídrico: Egito vs Etiópia
Atualmente, são várias as nações a montante, inclusive Etiópia e Uganda, que planejam a construção de
hidrelétricas. Contudo, se esses países agirem lentamente e encherem os reservatórios ao longo de um
período de 5 a 15 anos, as autoridades egípcias admitem que as hidrelétricas não afetarão o consumo do
seu país de maneira significativa. Quando as tensões políticas se abrandarem, os nove países da bacia do
Nilo poderão encontrar “soluções criativas” para administrar o fluxo do rio de maneira eficiente. “Há água
suficiente para todos”, afirmou disse Diaa el-Quosy, um especialista que estudou nos Estados Unidos,
assessor do ministro da Irrigação do Egito.
3.12 Uganda
Sobre o país
Uganda está situado na porção central do continente africano, com uma
população de 32.709.865 habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de
aproximadamente 14,5 bilhões de dólares.
Os ugandenses enfrentam vários problemas de ordem socioeconômica. Os
serviços de saneamento ambiental são proporcionados à minoria da
Fonte: GBN News
população, fato que reflete nas altas taxas de mortalidade infantil e na baixa expectativa de vida: 50 anos.
Outro fator social negativo se refere ao elevado índice de analfabetismo – 27% dos habitantes com idade
superior a 15 anos são analfabetos. O país também registra altas taxas de desemprego, e a maioria da
população vive abaixo da linha de pobreza. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,422 (baixo). A
economia nacional é pouco desenvolvida, sendo a agricultura a principal fonte de receitas.
Situação do conflito hídrico na Uganda
O Nilo é o rio mais longo do planeta, e o fato de cruzar um continente onde a escassez hídrica é notória
provoca disputas pelo controle de suas águas. Desde 1959, o Egito e o Sudão monopolizam o acesso às
águas do rio por meio de um acordo. Mas nos últimos anos, países, como Etiópia, Quênia, Uganda,
Tanzânia, Ruanda e Burundi, passaram a exigir a partilha igualitária do Rio Nilo.
A controvérsia aumentou a partir de 2011, quando a Etiópia começou a construção da hidrelétrica Grande
Renascença, que será a maior barragem da África. Como a hidrelétrica depende do desvio das águas do
Nilo Azul, um dos afluentes do Rio Nilo, alguns países são contra o projeto. O Sudão e o Egito temem que
o fluxo das águas do Nilo para seus territórios fique comprometido.
Medidas de combate do conflito hídrico na Uganda
1. Usar os recursos hídricos do rio Nilo de forma sustentável e equitativa de forma a garantir a
prosperidade, segurança e a paz de todos envolvidos com a bacia;
2. Assegurar eficiência no gerenciamento dos recursos hídricos e uso ótimo de suas águas;
3.13 Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO)
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
lidera os esforços internacionais de erradicação da fome e da insegurança
alimentar. A FAO atua como um fórum neutro, onde todos os países,
desenvolvidos e em desenvolvimento, se reúnem em pé de igualdade para
negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.
Atualmente a FAO tem 191 países-membros, mais a Comunidade Europeia. A FAO também é fonte de
conhecimento e informação,
Um compromisso
A FAO trabalha no combate à fome e à pobreza, promove o desenvolvimento agrícola, a melhoria da
nutrição, a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, aos
alimentos necessários para uma vida ativa e saudável.
Linhas de ação da FAO
Assistência Técnica aos Países em Desenvolvimento e Cooperação Sul-Sul: Apoia os países em
desenvolvimento com a formulação e execução de políticas e projetos de assistência técnica em apoio de
programas nas áreas agrícola, alimentar, de desenvolvimento rural, florestal e pesqueira e para a
cooperação Sul-Sul.
Informação ao alcance de todos: A FAO funciona como uma rede de conhecimentos. Usa a excelência
de seu staff – agrônomos, engenheiros florestais e outros profissionais – para coletar, analisar e disseminar
informações. Também publica newsletters e livros, distribui revistas e cria material em mídia eletrônica.
Assessoramento aos governos: A FAO divide sua experiência com os países membros prestando
assessoria sobre política e planejamento agrícola, desenvolvendo legislações e criando estratégias
nacionais.
3.14 Agência Global de Segurança Hídrica
A indústria é parte importante no desenvolvimento de soluções para garantir a segurança hídrica. Por um
lado, as empresas usam a água de forma cada vez mais eficiente nos processos produtivos e, por outro,
desenvolvem tecnologias e produtos que consomem menos esse recurso. A afirmação é de Davi
Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), durante o Rio Water and Business.
Segundo Bomtempo, a questão hídrica está cada vez mais presente na tomada de decisão de gestores
empresariais. “Independentemente dos impactos da mudança climática sobre a questão hídrica, a escassez
de recursos financeiros e a existência de áreas deficitárias na implementação da gestão dos recursos
hídricos desafiam a adoção de medidas de adaptação em todos os setores”, disse.
Prioridade
Entre as medidas destacadas está o reuso de água que, de acordo com Bomtempo, depende do aumento
da disponibilidade de saneamento básico. Segundo ele, a falta de saneamento contribui para a insegurança
hídrica tanto na quantidade quanto na qualidade da água. “Isso compromete os ecossistemas e o
desenvolvimento econômico”, destacou. “O saneamento básico precisa ser uma prioridade nacional e as
políticas públicas devem contemplar todos os segmentos que atuam na atividade”.
A opinião foi compartilhada por Fernanda Arimura, representante da Rede Brasil do Pacto Global. Segundo
ela, 80% do esgoto no mundo voltam para o meio ambiente sem tratamento. “Enquanto isso, em Israel,
90% da água da irrigação é de reuso. Um exemplo que deve nos inspirar”, afirmou. “Acredito na
conscientização das pessoas e no uso de tecnologias para melhorarmos essa eficiência”.
Para Ana Carolina Szklo, diretora de Desenvolvimento Institucional do CEBDS, é fundamental que as
empresas atuem coletivamente, em parceria com o poder público, na busca de soluções para melhorar a
gestão hídrica.
4. DOCUMENTOS RELEVANTES SOBRE A TEMÁTICA
As informações para a compreensão do cenário da questão hídrica na região do rio Nilo estão em diversos
lugares que vocês deverão buscar, como em sites de organismo internacionais e nacionais, além de ONGs
e agências de informações internacionais que discutem a questão hídrica mundial e suas implicações.
São alguns deles:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/020322_secaml.shtml
http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/pt/noticias/932-onu-estima-5-bilhoes-vivendo-em-risco-de-escassez-
hidrica-ate-2050
https://nacoesunidas.org/tema/ods6/
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/4-disputas-por-fontes-de-agua-que-ja-
sao-realidade/
http://envolverde.cartacapital.com.br/terramerica-egito-diante-da-batalha-da-agua-2/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/as-principais-causas-fome-na-africa.htm
https://nacoesunidas.org/fao-257-milhoes-de-pessoas-passam-fome-na-africa/
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/10/1535315-barragem-na-etiopia-traz-consigo-esperanca-e-
preocupacao.shtml
Busque também os tratados que estabelecem o poder do Egito sobre as águas do Nilo desde séculos
passados.
5. QUESTÕES RELEVANTES SOBRE O TEMA
Que motivos levaram as diversas nações que estão ao redor no Nilo a deixar as suas águas serem
controladas pelo Egito?
Quais os projetos de redução de gastos de água o governo egípcio desenvolve para promover um
gasto sustentável das águas do Nilo?
Quais os interesses internacionais envolvidos na manutenção do poder das águas do Nilo pelo Egito?
Até que ponto o Egito tem interesse em atacar seus vizinhos para controlar o Nilo, ou essa é uma boa
disputa para uma conquista “imperialista” do Egito na região?
6. Sites Consultados
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/etiopia.html
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/etiopia.htm
https://operamundi.uol.com.br/samuel/40007/guerras-hidricas-estudos-relacionam-escassez-de-agua-a-
onda-de-revoltas-civis-no-oriente-medio
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,egito-e-seus-sedentos-vizinhos-disputam-o-
nilo,620146
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/uganda.htm
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/4-disputas-por-fontes-de-agua-que-ja-sao-
realidade/
http://tubarao.arcelormittal.com/pdf/galeria-midia/relatorios-publicacoes/livro-solucao-conflitos-pelo-uso-
agua.pdf
https://nacoesunidas.org/agencia/fao/
https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/asia-corre-risco-de-ver-deflagrada-uma-guerra-da-agua
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140327_conflitos_agua_aumentam_rb
https://nacoesunidas.org/conheca/como-funciona/conselho-de-seguranca/
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conselho-seguranca-onu.htm
https://www.nacionalnet.com.br/wp-content/uploads/2015/05/guia-de-estudos-csnu-ucr%c3%a2nia-.pdf
links:
https://www.google.com.br/amp/s/www.dn.pt/mundo/interior/amp/a-barragem-da-discordia-entre-os-
governos-do-egito-e-da-etiopia-9062773.html
https://www.google.com.br/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/sudao.htm
https://forumdesustentabilidade.com.br/disputa-pelas-aguas-do-rio-nilo/
https://www.google.com.br/amp/s/alunosonline.uol.com.br/amp/geografia/egito.html
https://www.google.com.br/amp/s/www.terra.com.br/amp/noticias/educacao/historia/britanicos-dominaram-
egito-por-sete-decadas,8008c3b8fa1ea310vgncld200000bbcceb0arcrd.html
https://www.google.com.br/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/geografia/russia.htm
https://www.geografiaopinativa.com.br/2014/01/geografia-do-reino-unido-relevo.html
https://cebds.org/aquasfera/seguranca-hidrica/
www.brasilescola.com.br
www.todamatéria.com.br
www.mundoeducação.com.br
www.infoescola.com
www.g1.globo.com/mundo/noticia
Observação: Todo esse material foi elaborado pelos alunos, tendo como fonte de pesquisa sites da
internet.
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