amor e auto amor
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Os sentimentos so conquistas nobres do processo da evoluo do ser.
Desenvolvendo-se dos instintos, libertam-se dos atavismos fisiolgicos automatistas para se transformarem em emoes que alcanam a beleza, a estesia (sensibilidade), a essncia das coisas e da vida, quando superiores,
ou as expresses remanescentes do perodo primrio como a clera, o cime, as paixes perturbadoras.
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Na fase inicial do desenvolvimento, o ser
possui as sensaes em predomnio no
comportamento, que o vinculam ao
primitivismo, exteriorizando-se na forma de
dor e prazer, de satisfao e de desgosto...
As manifestaes psicolgicas somente a
pouco a pouco se expressam, rompendo a
cadeia das necessidades fsicas para se
apresentarem como emoes.
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Nesse processo, o ser prisioneiro dos desejos imediatos e grosseiros da sobrevivncia, com insight de percepo da harmonia, do equilbrio, das alegrias que no decorrem do estmago ou do sexo.
O largo trnsito pelos impulsos do instinto deixa condicionamentosque devem ser reprogramados, a fim de que as emoes superem as cargas dos desejos e do utilitarismo ancestrais.
O primeiro, e certamente o mais importante, sentimento a romper o presdio dos instintos, o amor.
De comeo, mediante a vinculao atvica com os genitores, os familiares, o grupo social que o protege, as pessoas que lhe propiciam o atendimento das necessidades fisiolgicas.
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Logo depois, embora o desenvolvimento se faa inevitvel, apresenta-se egostico, retributivo, ainda vinculado aos interesses em jogo.
Somente quando canalizado pela mente e pelo conhecimento, agiganta-se, constituindo-se objetivo do mecanismo existencial, capaz de se libertar dos efeitos rigorosos dos instintos.
Face prpria historiografia, externa-se como desejo de posse, na ambio pessoal para a eleio do parceiro sexual, fraternal, amigo.
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Em razo disso, confunde-se, ainda hoje, o amor com os jogos do sexo, em tormentosos conbios, nos quais sobressaem as sensaes que os entorpecem e exaurem com facilidade.
O amor o alicerce mais vigoroso para a construo de uma personalidade sadia,
por ser gerador de um comportamento equilibrado,
por propiciar a satisfao esttica das aspiraes
e porque emula (rivaliza) ao desenvolvimento das faculdades de engrandecimento espiritual que dormem nos tecidos subtis do eu profundo.
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Se desperta paixes subalternas como o cime,
o azedume,
a inveja,
a ira,
a insegurana que fomenta o medo,
ainda se encontra no primarismo dos instintos em prevalncia,
Somente quando capaz de embelezar a existncia,proporcionando vida psquica e emocional enriquecedora, que se faz legtimo, com os recursos que o libertam do ego
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Predominando na fase de transio - do instinto para o sentimento - o ego o ditador que comanda as aspiraes, que se convertem em conflitos, por direcionamento inadequado das foras ntimas.
Sendo um dnamo gerador de energia criativa e reparadora, o amor-desejo pode tornar-se, pela potencialidade que possui, instrumento srdido de escravido,
de transtornos emocionais,
de compromissos perturbadores.
A necessidade de control-lo, educando as emoes, o passo decisivo para alcanar-lhe a meta felicitadora.
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Toda vez que gera tormento de qualquer natureza, insatisfao e posse, prejudica aquele que o experimenta.
Para libertar-se dessa constrio faz-se imprescindvel racionaliz-lo, descondicionando o subconsciente, retirando os estratos nele armazenados e substituindo-os por ideias otimistas, aspiraes ticas.
Como?
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Gerar pensamentos de autoconfiana e grav-los pela repetio;
estabelecer programas de engrandecimento moral e fix-los;
corrigir os hbitos viciosos de utilizar as pessoas como coisas, tendo-as como descartveis;
valorizar a experincia e vivenciar,
evitando a autocompaixo, a subestima pessoal,
que escondem um mecanismo de inveja em referncia s pessoas felizes,
constituem tcnicas valiosas para chegar ao patamar das emoes gratificantes.
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O amor o grande bem a conquistar, em cujo empenho todos devem aplicar os mais valiosos recursos e esforos.
No obstante, a larga transio no instinto pode transform-lo em adversrio, pelos prejuzos que se originam quando se apresenta em desorganizada manifestao.
Possuidor de uma pluralidade de interesses, expande-se em relao Natureza,
ao prximo,
a si mesmo
e ao Poder Criador, abrangendo o Cosmo...
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Quando alcana a plenitude,
irradia-se em forma co-criadora, em
intercmbio com as energias divinas que
mantm o equilbrio universal:
o sentimento de amor cresce e subtiliza-se de
tal forma que o Esprito identifica-se
plenamente com a Vida, fruindo; fruindo a
paz e a integrao nela.
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A REVELEO ESPIRITUAL CONTA COM TRS ETAPAS MOISS
JESUS
ESPIRITO DA VERDADE (CONSOLADOR)
A PRIMEIRA REVELAO ASSENTA NUM PRESSUPOSTO LEI DE TALIO (OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE)
JESUS- A LEI DO AMOR
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o Evangelho de Jesus sofreu, atravs dos tempos, adulteraes e interpolaes
a herana que dEle possumos caracterizada pelas interferncias maldosas e desonestas dos tradutores, telogos e demais pessoas interessadas na manuteno da ignorncia, para melhor dominar as mentes incultas e desconhecedoras dos Seus postulados de amor.
restam-nos os contedos soberanos que no puderam ser alterados e vm atravessando os milnios como verdadeiro desafio para a humanidade
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as Suas lies morais independem das formulaes em que se apresentam, valendo pelo sentido profundo e revolucionrio de que se revestem.
No h como adulterar-se o ensinamento - Amar a Deus acima de todas as coisas e ao prximo como a si mesmo
ou fazer ao prximo tudo aquilo que desejaria lhe fosse feito.
Essas duas mximas encerram toda uma filosofia tico-moral de reflexos espirituais inamovveis
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No amor, fonte inesgotvel para todas as necessidades, a criatura
dessedenta-se,
reabastece-se de esperana e alegria,
a fim de continuar a spera caminhada de aperfeioamento moral, enfrentando vicissitudes e confrontos, interiormente em paz.
Nessa trilogia proposta,
amar a Deus,
ao prximo,
porm, de forma anloga quele que se devota a si mesmo, encontramos o convite sem disfarces para o auto-amor como formulao teraputica para a felicidade
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Atravs desse valioso recurso que se reveste de auto-estima e autovalorizao,
sem as nefastas expresses do egosmo, da vaidade, da presuno,
est embutido o convite ao melhoramento interior, ao enriquecimento espiritual, luta contra as paixes inferiores,
de forma que se torne sempre mais bem equipado de tesouros morais para a superao dos conflitos e das perturbaes inerentes aos condicionamentos perversos
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Envolvido pelo sentimento de amor a si mesmo, o indivduo encontra-se investido de meios que o levam a amar ao seu prximo,
sendo menos exigente para com as suas deficincias por identific-las em si mesmo,
sabendo quanto difcil essa batalha sem trguas, assim compreendendo-lhe as torpezas e auxiliando-o a tornar-se mais fraterno e gentil
Graas a esse labor, passa a amar a Deus, nele
prprio e no seu irmo de jornada.
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O Mestre acentuou com sabedoria que se algum no ama aquilo que v, como poder amar ao Pai a Quem nunca viu?
Nos relacionamentos objetivos e emocionais entre duas ou mais pessoas
que se estimam ou se amam, tolerando-se e ajudando-se, apesar das
diferenas existentes, muito mais fcil se torna a dilatao do
sentimento que se dirige a Deus, o Magnnimo Pai.
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Ao exegeta torna-se indispensvel saber
o texto,
a circunstncia
e o lugar onde foi enunciado,
a fim de o examinar sob vrios pontos de vista, desde a etimologia de cada palavra at o conjunto geral.
Certamente ningum h-de esperar que aqueles que ouviram as sublimes palavras do Mestre as hajam memorizado com rigor, de forma a retransmiti-las exatamente conforme foram enunciadas.
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Mas o fenmeno geral,
havendo acontecido com os grandes pensadores
cujas ideias e ensinamentos foram apresentados no necessariamente conforme expressos,
mas de acordo com o entendimento de cada qual, sem que houvessem perdido o seu significado profundo e a sua caracterstica portadora da qualidade de quem assim os ofereceu aos discpulos, adversrios ou apenas ouvintes...
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No se pode negar, no entanto, que os bigrafos de Jesus,
Seus discpulos Mateus e Joo,
assim como aqueles que ouviram as testemunhas dos Seus feitos,
Marcos e Lucas,
estiveram inspirados por Ele mesmo, a fim de que as geraes do futuro recebessem o sustento nutriente para os momentos severos da jornada evolutiva.
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Da mesma forma, os tradutores dos textos, quais S. Jernimo com a Vulgata Latina
e outros que o sucederam e a aprimoraram, ou a modificaram, adaptando-a
aos interesses de castas,
de imperadores presunosos
e telogos ftuos,
certamente estiveram tambm sob direcionamento da Espiritualidade, evitando que as mutilaes se tornassem to graves que exclussem o Sentido libertador da revoluo moral que Ele trouxe Terra.
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Assim, importa mergulhar a mente e a emoo
nos enunciados insubstituveis do Sermo da Montanha,
das parbolas ricas de significado e de sentido de vida,
dos dilogos e pregaes,
de forma que sempre estar rutilante como prola engastada na coroa dos Seus ensinamentos o amor que felicita e pode conduzir a humanidade ao seu fanal.
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Ademais, se todos os ensinos verbais empalidecessem ante os revestimentos grosseiros que os cobririam,
os Seus atos, a Sua dedicao, a Sua vida e a Sua morte seriam suficientes para apresentar a mais segura
diretriz de paz e espiritualizao de que se tem notcia.
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A extraordinria mensagem do amor a mais poderosa de que se tem conhecimento. Vence o dio,
o desespero,
a angstia,
a guerra,
a servido,
encorajando o ser a avanar cada vez mais no grande rumo para o encontro com a plenitude.
Foi o amor que levou mais de um milho de homens, mulheres, crianas e idosos ao martrio em clima de entusiasmo
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To prodigiosa a sua fora, que o temor desaparecia ante as injunes mais
cruis e desumanas. Cantando, quase sempre, aqueles que seguiam
ao holocausto fortaleciam-se na compaixo para com os seus algozes impenitentes,
perdoando-os
mesmo antes de lhes sofrerem a raivosa perseguio.
O amor de inspirao divina porque Procedente de Deus.
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Temos compromisso com o amor desde o momento em que abramos a doutrina de Jesus, pouco importando sob qual denominao se nos apresente.
O amor o veculo de sustentao da caridade, sem cujo combustvel no poderia exercer o seu ministrio Socorrista.
O amor luz que esparze claridade onde se
apresenta.
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Ama, portanto, sempre que te seja possvel, cultivando a piedade fraternal em relao queles que se comprazem em ser-te inamistosos ou mesmo adversrios. Eles ainda no conhecem a alegria de amar, e por isso obstinam-se em criar embaraos queles que esto fascinados pela fora irresistvel do amor.
Um dia, tambm eles, os teus inimigos, cedero a esses impulsos sublimes que resultam do amor.
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Nascente de Bnos
Autodescobrimento uma busca interior
Joanna de Angelis
Divaldo Pereira Franco