Amor

de Deus

2 AMOR DE DEUS

Amor

de Deus

Nós, como seres humanos, temos uma característica que nenhum outro ser carrega. Por exemplo, um animal

não precisa de explicação para entender quem é e como deve agir. Eles foram criados com propósitos definidos

em série. O Homem, por outro lado, depende de outra Pessoa para lhe apresentar qual é o melhor caminho a

ser tomado. Nós temos liberdade de optar por seguir em várias direções, mas só aquela manifestada por Deus

detém o plano perfeito que Ele determinou para nós.

De fato, cada pessoa tem um plano existencial específico, e só entende isso com o passar do tempo.

Procuramos no trabalho algo para nos definir, buscamos por relacionamentos que nos façam sentir realizados,

ou ideologias que nos digam como agir, e, em virtude disso, nosso caráter é alterado. Desconhecer a própria

natureza faz parte do ser humano, já que essa qualidade representa que somos livres para tomar decisões.

Porém, mesmo que as conquistas sejam alcançadas, continuamos sem saber exatamente quem somos e o

porquê de existirmos. Mas a resposta para todas essas questões está contida no amor de Deus.

A respeito disso, Salmos 139.16 revela que todos os nossos dias já são conhecidos pelo Senhor e, ao nos

aproximarmos d’Ele, descobrimos Seus planos para nós. Se dependêssemos de nós mesmos para sermos próximos

de Deus, nunca o faríamos. O Criador manifesta Seu amor ao Se achegar a nós quando ainda estamos afastados

da Sua vontade.

Além disso, a Bíblia diz que nós somos capazes de amar porque Ele nos amou primeiro (1 João 4.19).

Logo, nós precisamos abrir nossas mentes para entendermos qual é a altura e a profundidade desse amor, e,

constantemente, termos uma mente renovada no cuidado do Pai. Antes mesmo de nosso nascimento, o Criador

já sonhava conosco, afinal, somos Seus filhos, e esse amor, que se fez presente desde antes da fundação do

mundo, é o que o ser humano tem de mais importante. Fomos criados a partir dele, e se quisermos viver a

plenitude de Deus, primeiramente precisamos mergulhar nessa realidade.

Desse modo, o Senhor deseja demonstrar Sua bondade para aproveitarmos tudo o que Ele tem separado

para nós, mas só conseguiremos mudar nossas atitudes para sermos plenos se tivermos compreensão de Seu

amor. Fato é que não iremos adquirir o amor do Pai no futuro, mas já somos amados por Ele. Temos convicção

dessa verdade por causa da fé que Ele colocou em nós e pelo amor que foi derramado sobre todos; então, agora

nos resta apenas crer nisso. Parece tratar-se de algo simples, mas que requer total intencionalidade da nossa

parte. E quando obtivermos essa mentalidade, a plenitude do Reino virá como consequência. Veja o que a Palavra

diz sobre isso:

[...] e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados

e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os

santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade

e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que

sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Efésios 3.17-19)

Já em outra passagem bíblica, João 8.1-12, observamos a história de uma mulher que foi pega em adultério.

Esse relato expressa um pouco mais sobre o amor de Deus. Enquanto Jesus ensinava, trouxeram essa moça

até Ele, apontando várias acusações contra ela. Os escribas e os fariseus estavam usando aquela situação para

HENRIQUE NUNES ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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testar Jesus, será que ele obedeceria à Lei ou seria exposto de uma vez por todas? No entanto, Jesus não a

condenou, mas a amou incondicionalmente, e um a um dos seus acusadores foram embora, sem apedrejá-la. O

que poderia ser a morte e o maior marco de tristeza e vergonha para aquela mulher foi, na realidade, o dia em

que ela teve um grande encontro com Deus e sua vida foi completamente transformada.

Sendo assim, para desfrutarmos desse amor, precisamos estar em um lugar de aceitação, onde entendemos,

processamos e concordamos com nossa identidade de filhos. Seu amor é incondicional, pois não há nada que

possamos fazer para aumentar ou diminuir o que Deus sente por nós. Nossos esforços em ler da Palavra, buscar

pela presença de Deus em oração ou ter toda disciplina com os deveres espirituais não farão com que sejamos

mais amados. Todas essas coisas são uma resposta Àquele que antes nos amou primeiro. E como se isso já não

fosse suficiente, a Bíblia afirma que circunstância alguma nos separará desse amor (Romanos 8.35-39).

Diante desse amor tão grande e especial, a única coisa que realmente precisamos fazer é renovar nossa

mentalidade para aceitar a identidade que recebemos. E Paulo nos mostra isso por meio do seguinte versículo:

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda

pecadores” (Romanos 5.8).

É difícil imaginar que um pai entregaria seu próprio filho, alguém muito amado, para tomar o lugar de pessoas

más. Entretanto, foi isso que o Pai fez quando deu Cristo por nós. Com esse ato, Jesus recebeu o castigo que

merecíamos, e nós recebemos a vida que era d’Ele por direito.

Portanto, o amor do Senhor é fiel, e por mais que possamos não sentir esse cuidado o tempo todo, precisamos

confiar que sempre seremos amados, mesmo em situações delicadas. E as Escrituras continuam nos provando

isso de diversas maneiras, como quando afirmam que forte é o amor que os pais têm pelos seus filhos, mas Deus

anuncia que Seu amor é ainda mais excelente:

Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte

que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse

a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. (Isaías 49.15)

Portanto, recebemos o amor de Deus completamente de graça, como um bebê que acabou de nascer em

uma família carinhosa. E mesmo que essa não seja a nossa situação familiar, Ele supre todo o afeto de que

precisamos. Então, com esse amor que recebemos, aprendemos a amar aos outros. E o contrário também é

verdadeiro, pois ninguém pode dar o que não tem. Então, se não recebermos o amor de Deus, como vamos amar

outras pessoas? Se não formos amados pelo nosso Pai, não conseguiremos demonstrar isso ao próximo, o que

é um desejo do coração do Senhor.

Sabendo disso, uma pergunta que é sempre boa de fazermos a nós mesmos é: será que temos amado as pessoas?

Em 1 João 4.8 diz: “Aquele que não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor”. Independentemente do seu

chamado e dos dons do Espírito em que você se mova, se agir em amor, estará sempre partindo do lugar certo.

Contudo, é preciso entender o amor de Deus antes de representar Seu Reino na Terra. E para aprender

mais sobre as definições de amor, leia 1 Coríntios 13. Agora, a prática do que está escrito nessa passagem é

perfeitamente expressa em Jesus. Seus grandes milagres foram movidos por grande compaixão, como multiplicar

a comida, ressuscitar Lázaro, morrer na cruz, entre muitos outros. Da mesma maneira, todas as maravilhas e

romperes de Deus na nossa vida vêm por intermédio e compaixão d’Ele por nós. Isso significa que, quando somos

revestidos pelo amor de Deus, também somos levados a um lugar de correção e obediência. É impossível ter uma

vida que usufrua do amor perfeito sem estarmos alinhados com a vontade do Pai.

A esse respeito, lemos em Hebreus 12.6 que “o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem

recebe”. Quando nos aprofundamos no assunto, entendemos que, como filhos, também precisamos ter atitudes

que refletem o nosso amor por Ele, e fazemos isso à medida que obedecemos aos Seus mandamentos.

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Outro aspecto do amor de Deus é a capacidade que recebemos de priorizar a Sua presença acima de tudo.

Conforme entendemos o que é mais importante em nossas vidas, aprendemos a descansar no Senhor. Nós

encontramos um exemplo disso em Lucas 10.38-41. Lá, lemos que uma mulher, chamada Maria, ficava sentada

aos pés de Jesus, ouvindo o que Ele tinha a dizer. Enquanto isso, Marta, sua irmã, estava ocupada demais com os

serviços da casa. Nesse caso, as palavras de Jesus nos ensinam como devemos escolher pela boa parte, a que não

será tirada de nós, isto é, aceitar e usufruir o grande amor do Pai. Assim, quanto mais praticarmos descansar

no amor de Deus e compreender Seu amor, mais conseguiremos amar as pessoas.

1. Quais foram as revelações que você recebeu na aula de hoje?

2. Qual foi a maior manifestação do amor de Deus por nós? Além disso, você consegue identificar

manifestações específicas do amor d’Ele em sua vida?

3. O que você acha que Deus pensa a seu respeito?

Agora, leia Romanos 5.8, Romanos 8.38-39, João 3.16 e Salmos 136.1.

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4. Tendo como base os trechos que acabou de ler, o que a Bíblia diz a respeito dos pensamentos

de Deus sobre você?

5. Quanto do amor de Jesus você sente hoje durante seu tempo pessoal com Ele?

6. Você já teve alguma experiência com o amor de Deus? Descreva

Como já vimos, o que Deus pensa de nós não está vinculado às nossas atitudes, mas, sim, à Sua natureza de

Pai. Então, não há nada que possamos fazer para aumentar ou diminuir Seu amor.

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7. Agora reflita: quanto das suas atitudes têm sido motivadas pela tentativa de merecer o amor

de Deus?

8. O que você pode fazer para viver com base em uma mentalidade de que você é amado pelo

Senhor, independentemente de qualquer coisa?

9. Uma vez que você já sabe que é amado e aceito pelo Pai, como isso pode influenciar nos seus

relacionamentos com outras pessoas?

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10. Como você pode levar as pessoas à sua volta a entenderem o quanto são amadas por Deus?

DESAFIO PESSOAL: Ore pedindo a Deus para enchê-lo com Seu amor. Quando você sentir o amor do Pai em seu

coração, vá para a rua, encontre alguém em necessidade e ore também por essa pessoa.

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