ambiente & conservaçao 2º semestre conservação restauro ufpel
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Conservação RestauroTRANSCRIPT
11
AMBIENTE E CONSERVAÇÃO
VOL. 2
22
SUMÁRIOI. Introdução.II. Abordagem Histórica.III. Agentes de deterioração de Acervos Culturais
A. Agentes Físicos:1. Radiação Luminosa: Efeitos. Monitoramento e Controle;
2. Temperatura e Umidade Relativa: Efeitos. Monitoramento e Controle.
B. Agentes Químicos:1. Gases e Material Particulado: Efeitos. Monitoramento e Controle .
C. Agentes Biológicos:1. Microrganismos: Efeitos. Microclima e Desenvolvimento.2. Insetos: Efeitos. Microclima e Desenvolvimento.
I. Bibliografia.
33
III. Agentes de deterioraçãoIII. Agentes de deterioração de Acervos de Acervos
Agentes de deterioração dos acervos
são aqueles que levam os bens a um
estado de instabilidade física ou química,
com comprometimento de sua
integridade e existência.
44
III. Agentes de deterioraçãoIII. Agentes de deterioração de Acervos de Acervos
Embora, com muita freqüência, não possamos eliminar totalmente as causas do processo de deterioração dos distintos materiais do
acervo, podemos diminuir consideravelmente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, o manuseio, as
intervenções e a higiene, entre outros.
55
Principais Agentes de Deterioração:
Fatores internos.
Fatores externos ou ambientais.
66
Fatores internos. (Acervos documentais em papel)
Ligados diretamente a composição do papel:
tipo de colagem.
tipo de fibras.
resíduos químicos.
partículas metálicas.
– Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.
77
Fatores internos. (Acervos em tecidos naturais)
Ligados diretamente a composição do tecido:
tipo de fibras.
Tipo de corantes.
Resíduos químicos.
Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.
88
Fatores internos. (Acervos em madeira)
Ligados diretamente à estrutura da madeira:
Tipo de madeira.
Tipo de plano de corte do tronco.
Resíduos químicos.
Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.
99
Fatores Externos ou Ambientais.
Agentes Físicos
Agentes Químicos.
Agentes Biológicos
Ação do Homem
1010
Fatores Externos ou Ambientais.
Agentes Físicos
Luz.
Temperadora.
Umidade Relativa.
1111
Fatores Externos ou Ambientais.
Agentes Químicos
Gases Poluentes.
Material
Particulado.
Sustâncias
Químicas.
1212
Fatores Externos ou Ambientais.
Agentes Biológicos
Microrganismos
Insetos.
Aracnídeos.
Roedores
Aves
Quirópteros
1313
Fatores Externos ou Ambientais.
Ação do Homem
Armazenamento.
Acondicionamento.
Manuseio.
Acessibilidade.
Desastres.
1414
Fatores Externos ou Ambientais.
I. Agentes Físicos
Luz.
Temperadora.
Umidade Relativa.
II. Agentes QuímicosGases Poluentes
Material Particulado.
Sustâncias Químicas.
III. Agentes BiológicosInsetos.Aves.Quirópteros.Aracnídeos.Roedores.Microrganismos.
IV. Ação do HomemArmazenamento.Acondicionamento.Manuseio.Acessibilidade.Desastres.
1515
III. A. Agentes Físicos.III. A. Agentes Físicos.
LuzLuz
1616
EFEITOS DA LUZ NOS MATERIAIS:
Pigmentos e corantes: alteração da cor.alteração da cor.
Material celulósico (derivado de fibras
vegetais) ex. papel: descoloridos e descoloridos e
fragilizados.fragilizados.
Material protéico (derivado de animais) ex.
lã, couro, penas: descoloridos e descoloridos e
fragilizadosfragilizados.
Materiais têxteis: deterioro de tintas e deterioro de tintas e
pigmentospigmentos; fragiliza as fibrasfragiliza as fibras
(“amolecimento”).
Agentes FAgentes Fíísicos.sicos.
1717
Fatores de fotodeterioração: Comprimento de onda,
Intensidade de radiação,
Tempo de exposição,
Natureza química do material (pergaminho, papel, couro,...).
Radiação U.V. – mais destrutiva.Radiação I. V. - acelera os processos de
degradação.
1. Luz.1. Luz.
Agentes FAgentes Fíísicos.sicos.
1818
Valores máx. de exposição à luz e UV (exposição diária de 7 horas).
SENSIBILIDADE LUX
(Lm/m²)
UV
(µw/Lm)
MUITO SENSÍVEISMUITO SENSÍVEIS:
têxteis, aquarelas,
guaches, obras em
papel, pergaminho,
fotografia a cores, couro
pintado.
< 50 < 30
SENSÍVEISSENSÍVEIS: pintura a
óleo e têmpera, couro
não pintado, laca, osso,
marfim, corno, fotografia
preto e branco.
< 200 < 75
POUCO SENSÍVEISPOUCO SENSÍVEIS:
metais, pedra, cerâmica,
vidro.
< 300 <75
1919
Valores recomendados e períodos de exposição anual (ICOM)
SENSIBILIDA
DE
INTENSIDA
DE DE LUZ
TEMPO
RECOMENDA
DO
INTENSIDA
DE MÁX.
DE
EXPOSIÇÃ
O À LUZ
Muito
sensível50 lux 250 h/ano 12.500
lux/ano
Sensível 200 lux 3.000
h/ano
600.000
lux/ano
Pouco
Sensível300 lux ---- ----
2020
2. Temperatura (T) e Umidade 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)Relativa (UR)
A água tem um papel importante em várias formas de degradação química e física.
O controle da T e da UR são fundamentais na preservação dos acervos.
Existe uma relação entre a UR e a T de um volume de ar.
2121
2. Temperatura (T) e Umidade Relativa 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)(UR)
–CONCEITOS BÁSICOS
• O vol. de água encontrado sob a forma de vapor num determinado vol. de ar denomina-se UMIDADE ABSOLUTA .
• A Umidade Relativa, expressa em porcentagem (%), define-se como a relação entre a quantidade de vapor de água existente num determinado volume de ar e a quantidade máxima de vapor de água , que esse mesmo volume de ar pode conter a uma dada temperatura.
2222
2. Temperatura (T) e Umidade Relativa 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)(UR)
• A quantidade máxima de água que um
determinado vol. de ar pode conter (Umidade
absoluta de ar saturado) depende da T do ar.
• O ar é capaz de conter mais água nas
temperaturas elevadas de que nas baixas
Temperaturas.
• A deterioração dos materiais tem correlação com
a Umidade Relativa, e não com a Umidade
absoluta
23
Ejemplificar em el pizarrón
2424
- Uma regra geral estabelece que as reações químicas
dobram a cada elevação de temperatura de 10oC.
- No caso especial da celulose, testes artificiais de
envelhecimento indicam que cada aumento de 5oC
quase dobra a taxa de deterioração, mesmo na
ausência de luz, poluentes ou outros fatores.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
2525
Para estimar níveis de UR apropriados à conservação de objetos culturais é necessário a observação de quatro critérios básicos (GUICHEN,
G.; TAPOL, 1998):
• Estudo da técnica de fabricação do objeto; • Identificação da natureza do material de que
o objeto é constituído;• Análise das condições climáticas do local de
exposiçãodos objetos;
• Análise das tipologias de degradação.
Tais critérios são determinantes para que as instituições
responsáveis pela guarda de bens culturais adotem
normas de controle climático.GUICHEN, G.; TAPOL, B. Climate Control in Museuns. Rome:
ICCROM,1998.
2626
O ganho de umidade de uma determinadaescultura, em madeira, causa o seu
inchamento e aperda causa retração; essas variações
volumétricas edimensionais diferem segundo o plano de
corte do tronco.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
2727
- São 3 as direções geométricas da madeiradefinidas pelo corte: o transversal, que é
perpendicularao eixo do tronco; o radial obedece a um
planolongitudinal que se estende pelo eixo do
tronco e otangencial paralelo ao eixo do tronco.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
2828PLANOS DE CORTE: TRANSVERSAL, RADIAL,
TANGENCIAL
2929
Os planos de corte da madeira no bem cultural, determinam as tipologias de degradação, por ex., das esculturas, que se manifestam principalmente das seguintes formas:
-Danos ao suporte:
rachaduras, fissuras,rachaduras, fissuras,
deformações (empenamentos e nós),deformações (empenamentos e nós),
separações dos blocos constituintes das separações dos blocos constituintes das
esculturas, esculturas,
desprendimentos de cravos e ou pinos.desprendimentos de cravos e ou pinos.Agentes FAgentes Fíísicossicos
3030
- Danos ao suporte: rachaduras, fissuras,
deformações (empenamentos e nós), separações dos blocos constituintes das esculturas,
desprendimentos de cravos e ou pinos.
-Danos a camada pictórica:
Craquelês,Craquelês,
Perdas do estrato pictórico.Perdas do estrato pictórico.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3131
Os efeitos da contração e dilatação na madeira
são sentidos de uma forma mais intensa na direção
perpendicular (tangencial e radial).
As rachaduras e
fissuras, portanto, ocorrem, sobretudo, no sentido do
centro (área da medula) para a região externa abrindo-se em forma de “V” devido à prevalência
da contração tangencial sobre a radial quando perde umidade para o ambiente.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3232
As rachaduras e fissuras podem ser superficiais, ou seja, ocorrendo apenas nas regiões periféricas
da escultura ou mais profundas.
Deformações nas esculturas, de forma côncava ou convexa –
“empenamentos” - , podem ocorrer nos blocos das esculturas cortados em forma de Tábua.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3333
Esse tipo de corte, devido à anisotropia da madeira, tende a encurvar-se com o lado
côncavo oposto à face policromada, porque durante a troca de umidade com o ambiente o estrato posterior tende a absorver ou eliminar
umidade mais rapidamente que o anterior, com policromia.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3434
É importante salientar também que as
esculturas feitas com a utilização do cerne e
alburno são mais propensas a deformações, porque a madeira do alburno é mais susceptível às variações de umidade do que a do cerne (e essas diferenças de tensões promovem danos com maior rapidez)
Cerne (interna)
Alburno (externa)
3535
EFEITOS DA UMIDADE RELATIVA
ELEVADA:
Estímulo da atividade biológica.Estímulo da atividade biológica.
Alteração das dimensões físicas.Alteração das dimensões físicas.
Dissolução das colas do papel.Dissolução das colas do papel.
Aceleração de alguma reações químicas, Aceleração de alguma reações químicas,
ex. a degradação ácida, corrosão, etc.ex. a degradação ácida, corrosão, etc.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3636
EFEITOS DA UR ELEVADA (continuação):
Desbotamento.Desbotamento.
Migração de impurezas.Migração de impurezas.
Manchas em materiais orgânicos.Manchas em materiais orgânicos.
Danos em materiais compostos. Danos em materiais compostos.
Atividade dos sais em pedras, cerâmicas Atividade dos sais em pedras, cerâmicas
e vidros.e vidros.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3737
EFEITOS DA UR EXTREMADAMENTE
BAIXA:
Ressecamento.
Aumento da fragilidade.
Rachaduras, craquelamentos,
trincagem.
Desprendimento de verniz.
Mudanças irreversíveis nas dimensões
das peças.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
3838
EFEITOS DAS FLUTUAÇÕES DA T E DA UR
DO AR:
Todos os materiais HIGROSCÓPICOS, ex. :• Madeira;• Papel;• Produtos têxteis;• Telas;• Couro;• Marfim; Muitos adesivos; Emulsões fotográficas; Sais,
têm um teor de U particular numa dada UR (teor de “U em equilíbrio”). Quando a UR se reduz, liberam água e encolhem; à medida que a UR se eleva, absorvem
água e incham.
3939
Essas variações contribuem para a deterioração física
dos materiais e acarretando danos visíveis tais
como:
Ondulações no papel;
Franzimento do papel;
Descamação de tintas;
Empenamento de capas de livros;
Rompimento de emulsões fotográficas.
Rachamento, empenamento ou curvamento da madeira.
Encolhimento ou espichamento dos tecidos;
4040
Mudanças de forma do pergaminho;
Rachamento do marfim;
Desprendimento de materiais colados;
Enrolamento de fotografias;
Rachamento de emulsões;
Perda de brilho das cerâmicas;
4141
• As oscilações de T e UR nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.
• Em relação à umidade relativa, a ideal seria entre 45 e 50%.
• O rango de Temperatura ideal é de 18ºC a 21ºC.
AMBIENTES IDEAIS PARA ACERVOS EM PAPEL
Agentes FAgentes Fíísicossicos
4242
• As oscilações de T e UR nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.
• Em relação à umidade relativa, a ideal é de máximo de 50%.
• A Temperatura ideal é de menos de 10ºC.
AMBIENTES IDEAIS PARA ACERVOS TÊXTEIS
Agentes FAgentes Fíísicossicos
4343
Existe uma relação estreita entre a T e a UR.
Num espaço fechado, como um museu ou uma vitrine, onde as trocas de ar são lentas,um
aumento da T pode baixar a UR e vise-versa.
Por ex.: se numa sala com 15ºC e 80% de UR,
aumenta a T para 20ºC, a UR diminui para
cerca de 60%.
Agentes FAgentes Fíísicossicos
4444
Gráfico de temperatura e umidade - carta psicrométrica (diagrama
de Mollier)
Um
idad
e ab
solu
ta (
g/m
3)
Umidade relativa (%)
Temperatura (ºC)
4545
Um
idad
e A
bso
luta
em
g
/m3
Umidade Relativa em %
Temperatura em Co25
14,5
Saturação a 100% de HR
Desumidificar
12
26,5
45%
Pode provocar aquecimento
4646
Um
idad
e A
bsol
uta
em g
/m3
Umidade Relativa em %
Temperatura em Co25
14,5
Saturação a 100% de HR
Aquecimento
45%
4747
MONITORAMENTO DA T DA UR
Equipamentos:
• De medição pontual
– psicômetros, higrômetros,
termômetros, termohigrômetros
digitais.
• De medição contínua
– termohigrógrafo, datalogger.
4848
Mede a umidade relativa do ar - de
modo indireto - em porcentagem (%). Compõe-se de dois
termômetros idênticos, um denominado termômetro de
bulbo seco, e outro com o bulbo envolvido em gaze ou cadarço de algodão mantido constantemente
molhado, denominado termômetro de bulbo úmido.
Psicômetro
4949
Termômetro
Indica a temperatura do ar.
5050
Datalogger digital
Termohigrômetro digital
5151
Termohigrógrafopara medição e
registro contínuo.
5252
5353
Controle da Temperatura e da Umidade Relativa
CONTROLE PASSIVO:
Limitar o número de pessoas num determinado espaço (exposição ou reserva). Evitar colocar objetos na proximidade de focos de luz intensa, janelas, portas ou paredes exteriores e em zonas de correntes de ar. Impedir o aumento de temperatura provocado pela entrada de luz solar direta, colocando persianas ou filtros nas janelas. Controlar a UR em pequenos volumes de ar, criando microambientes, recorrendo por ex. à sílica gel.
5454
Sílica gel com
indicador
de azul cobalto.
Esta sílica, à medida que adsorve água, altera a coloração, passando de azul a rosa.
5555
Controle da Temperatura e da Umidade Relativa
CONTROLE ATIVO:
Humidificadores.
Desumidificadores.
Aquecedores.
Ar condicionado.
Sistemas de climatização.
5656De Guichen, G.l. Climate in Museums: Measurement. 3d ed. Rome: International Center for the Study of thePreservation and Restoration of Cultural Property, 1988.
Natural History Materials
Biological specimens.......................................................40% - 60%
Bone and teeth...................................................................45% - 60%
Paleontological specimens ...........................................45% - 55%
Pyrite specimens ..............................................................<30%
Paintings...............................................................................40% - 65%
Paper .....................................................................................45% - 55%
Photographs/Film/Negatives ........................................30% - 40%
Other organics (wood, leather, textiles, ivory).....45% - 60%
Ceramics, glass, stone ....................................................40% - 60%
Na implementação de uma estratégia de controle ambiental, o objetivo é
providenciar condições que impeçam valores extremos e rápidas oscilações de
T e UR.
Essas oscilações nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.
Mesmo privilegiando a estabilidade dos valores de T e UR importa lembrar algumas informações úteis:
- 70% de UR representa um limiar indicativo para o comportamento de diversos objetos;- abaixo de 40%, a estrutura dos materiais orgânicos pode contrair, aumentar de rigidez e tornar-se quebradiça;- os metais devem estar num ambiente de UR inferior a 30%(no caso de ferros arqueológicos, abaixo dos 15%) para evitar fenômenos de corrosão;
- valores superiores a 65% de UR associados a
temperaturas superiores a 18ºC, favorecem o
desenvolvimento de diversos tipos de organismos e
microrganismos;
- para objetos compostos, as condições ambientais devem
ser determinadas, tendo em conta os materiais
presentes e procurando soluções de compromisso.
6060
!!!!GraciaGracia
s y s y hasta hasta
la la vista!.vista!.
6161
III. B. Agentes QuímicosIII. B. Agentes QuímicosGASES POLUENTES E MATERIAL
PARTICULADOSão impurezas em estado sólido, líquido ou gasoso,
capazes de interagir com os bens culturais acelerando sua degradação.
• Origem externa ao museu
Atividades Industriais.
Trafego de Veículos.
6262
III. B. Agentes QuímicosGASES POLUENTES E MATERIAL
PARTICULADOOrigem interna ao museu
Atividade internas: Ex.: operações de limpeza.
Materiais constituintes do edifício, do equipamento expositivo, do equipamento de reserva, de armazenamento e de acondicionamento.
Materiais constituintes de um bem cultural.
Visitantes.
6363
MATERIAL PARTICULADO
Produzido por processos mecânicos, químicos ou gerado naturalmente.
No pó estão contidas partículas de substâncias químicas cristalinas e amorfas, como: terra, areia, fuligem, resíduos provenientes da combustão e outras atividades industriais, e grande diversidade de microrganismos.
EFEITOS SOBRE OS MATERIAIS.
Modificação da estética.
Ação cortante.Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6464
MATERIAL PARTICULADO
Efeitos sobre os materiais:
Ação abrasiva.
Potencializa a biodegradação (transporta
água e microrganismos).
Promove a descoloração de materiais
porosos.
Catalisa reações químicas. Ex.:
processos de corrosão.Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6565
Exemplo de “Manchas d´água”
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6666
GASES POLUENTES
Poluentes gasosos mais freqüentes em museus:
Óxidos de enxofre - SOx
Óxidos de nitrogênio - NOx
Ozônio - O₃
Formaldeído - H2CO
Ácido Clorídrico - HCl Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6767
Óxidos de Enxofre
O Dióxido de enxofre (SO2) reage com o O₂ e
H₂O formando ácido sulfúrico ( H₂SO₄) que deteriora obras de carbonato de cálcio.
O SO2 acidifica, fragiliza e descolora
materiais à base de celulose (papel), e à base de proteínas (lã, seda, couro).
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6868
Óxidos de Enxofre
Efeitos na celulose que está degradada por causa da acidez :
1. Mudanças na coloração original;
2. Diminuição do grau médio de
polimerização;
3. Perda de resistência mecânica;
4. Hidrólise.
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
6969
O Dióxido de nitrogênio (NO₂) é
convertido em ácido nítrico (HNO₃) em
contato com a água e o oxigênio do ar,
deteriorando o couro, papel, etc., e
provocando o desvanecimento de alguns
pigmentos.
O NO₂ provoca a perda de tinturas têxteis e fragiliza as fibras.
Óxidos de Nitrogênio
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7070
• O Formaldeído na sua forma oxidada, o ácido fórmico (CH2O2 ) corrói metais.
• Os Ácidos grassos (RCOOH) provocam manchas em pinturas, e amarelecimento de papel e documentos fotográficos.
• Os Peróxidos (ROOR) provocam a descoloração de alguns pigmentos e a oxidação de materiais orgânicos.
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7171
• O Ozônio (O3 ) agente fortemente
oxidante, reage com compostos orgânicos, degradando sua estrutura química. Fragiliza materiais à base de celulose, descolora pigmentos e corantes e deteriora vernizes.
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7272
Muitos polímeros orgânicos, incluindo a borracha e as
fibras têxteis naturais e sintéticas, sofrem
alterações químicas por exposição a quantidades
muito reduzidas de Ozônio.
Ozônio
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7373
Estas reações produzem dois efeitos distintos:
a quebra da cadeia de carbonos e a ligação
cruzada das mesmas.
No primeiro caso, o material fica mais fluído e
perde resistência à torção.
No segundo caso, a formação de novas ligações
entre cadeias de carbono paralelas, faz que o
material fique menos elástico e mais quebradiço.
Ozônio
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7474
Exemplo de corrosão na superfície de um objeto de ouro causado por
poluentes atmosféricos
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7575
Os materiais constituintes do equipamento expositivo, de reservas, de
armazenamento e de acondicionamento, podem ser a fonte de diversos tipos de
poluentes:
A madeira pode liberar ácido acético, ácido fórmico, ácido propiônico, formaldeído...
Os derivados de madeira: ácidos provenientes da madeira, formaldeído, ácidos provenientes do adesivo...
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7676
As tintas e vernizes: ácidos orgânicos, peróxidos, formaldeído, amoníaco...
Os papéis e cartões: ácidos...
Os plásticos e polímeros: aditivos, plastificantes, corantes, sulfuretos...
Os têxteis: sulfuretos, aditivos...
Agentes QuAgentes Quíímicosmicos
7777
Danos Produzidos Pelos Materiais em Contato Direto Com
as Obras Têxteis Ressecamento.
Debilitamento.
Perda do grau de polimerização das fibras.
Oxidação.
Manchas.
Descoloração.
Ex.: A madeira e o papel com alta acidez produzem ressecamento e amarelamento; polímeros como o PVC, produzem gases clorados que danificam os tecidos de forma permanente; os poliuretanos ao degradar-se mancham os têxteis; ácidos orgânicos ou sulfuro de hidrogênio (H2S), degradam as tinturas e os têxteis de origem celulósica.
7878
Fatores Determinantes do Efeito dos Gases Poluentes na Interação entre o
Têxtil e os Materiais em Contato
Tempo transcorrido entre a emissão gasosa e o objeto.
Distância entre a fonte emissora de gases e o objeto.
Volume de ar contido na área de exibição ou de armazenagem.
Cinética com que o gás se distribui no espaço e a sua concentração.
Ventilação, umidade relativa e temperatura ambiente.
Presença de catalisadores que promovam determinadas reações químicas.
7979
A acidez pode atacar um documento de 3 formas:
Através dos componentes usados na fabricação do papel;
Por intermédio das tintas usadas para grafar o mesmo;
Por exposição a materiais ácidos e/ou poluentes atmosféricos.
A acidez ataca as colas usadas na fixação das fibras, tornando-as mais permeáveis à umidade e, a seguir, destrói as moléculas de celulose.
ACIDEZ
8080
A constatação visual e táctil da acidez no papel só é possível quando muito pronunciada.
A folha torna-se pardacenta, com cheiro ocre e pouco maleável ao tato, tornando-se
quebradiça.
Nos documentos manuscritos, antes da destruição das fibras, nota-se que os papéis em branco, que ficaram em contato com o material
ácido por muito tempo, mostram traços idênticos ao original.
ACIDEZ
8181
As tintas usadas também podem apresentar
problemas de acidez.
As tintas à base de ferro foram largamente
usadas e causam, graves lesões à
documentação.
As tintas à base de carbono não descoloram com
a mesma facilidade das fabricadas à base de
sulfato ferroso, e apresentam menor perigo de
acidez.
Atualmente, usa-se a anilina para fabricação de
tintas.
ACIDEZ
8282
pH
A medida do pH indica a tendência ácida ou alcalina de um determinado material.
A medida realiza-se numa escala de 0 a 14 valores, sendo 7 o ponto neutro.
ácido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 alcalino
Uma das formas de medir o pH emprega papel reativo que muda de cor conforme a escala acima (aproximadamente).
8383
A Alcalinidade é também um fator degenerador de papéis, ainda que menos
frequente do que a acidez.
- Ela reage sobre o material favorecendo a penetração da umidade e proliferação de fungos.
- Facilita a dissolução do encolamento do papel, e a celulose passa a absorver muita umidade, apodrecendo rapidamente.
ALCALINIDADE
8484
Visando à melhor preservação do documento, o pH deve estar na faixa de
6,0 a 7,0.
Dependendo da idade do material, 5,5 é tolerável.
Se o pH atingir 8,0 ou mais, o material tem que ser submetido a tratamento.
ALCALINIDADE
8585
pH
A medida do pH pode ser determinada de várias formas:
caneta reativa (apenas indica ácido ou alcalino)
papel reativo (indica escala de ácido ou alcalino)
medidores digitais (extrema precisão)
Em alguns materiais a medida do pH é muito fácil (papel, cartão, etc.); para outros é necessário laboratório especializado.
8686
As all materials age, they slowly break down and constantly deteriorate.The basic deterioration of textiles is the gradual breaking down of longchain
fiber molecules into shorter chains. The result is brittleness. Otherforms of natural deterioration are:gradual loss of inherent moisture: Natural fibers come from living
sources with biological functions. As they age and the structure of thefiber changes, fibers become less elastic and resilient.
• effects of impurities: The presence of small amounts of metals, such ascopper, can accelerate deterioration in the presence of bleaching agents,
ozone, ultraviolet radiation, and moisture.• impact of manufacturing: Iron mordants, oils and lubricants used to
facilitate the weaving process, and bleaching are some of themanufacturing processes that can contribute to the deterioration of
textiles.• inherent vice: Sometimes methods of manufacture and the nature ofmaterials cause deterioration that cannot be controlled and may not betreatable. The most striking example of inherent vice is the impact ofthe addition of certain metallic compounds to silks to add weight and
drape to silk fabrics. These compounds bond to the silk fiber and causetheir eventual splitting and powdering. Another example is the
interaction of some metal threads and decorations with textiles. Thenatural deterioration of wool accelerates deterioration of silver metallic
threads causing tarnish. The tarnish can then stain the wool.• oxidation: Fabrics are naturally degraded by the presence of oxygen.
The result is an overall brownish discoloration on white or naturalcoloredtextiles. When treated with water, some of these oxidation
products are dissolved. However, the oxidation process begins againimmediately.
8787
Controlling pests and the environment—light, temperature,
relativehumidity and air pollution—are keys
to the long-term preservation oftextiles.
PONTO 2
8888
Monitoramento dos poluentes.Existem tubos para uma
variada gama de poluentes,fornecendo resultados
qualitativos ouquantitativos. Cada
tubodetecta um só tipo
de poluente.
Tubo colorimétrico para detecção de amônia
8989
CONTROLE PASSIVO DE POLUENTES.
Colocar os bens culturais em caixas,
armários, expositores ou cobri-los recorrendo,
por ex., a tecidos em algodão ou películas em
polietileno;
Evitar, em espaços que contenham bens
culturais (ou na sua proximidade), executar
trabalhos que possam ser fontes de poluentes;
Manter portas e janelas fechadas e
devidamente calafetadas;
9090
CONTROLE PASSIVO (Cont.)
Instalar filtros de poluentes em sistemas de ar
condicionado e tratamento de ar;
Isolar objetos que possam liberar poluentes;
Selecionar materiais de construção, de
equipamento expositivo,de armazenamento e de
acondicionamento, com vista a excluir os que
podem liberar poluentes;
Utilizar, em pequenos volumes de ar,
materiais adsorventes de poluentes, como
carvão ativado.
9191
Carvão ativado em grânulos
9292
CONTROLE ATIVO DE POLUENTES.
Filtros.
Lavadores químicos.
Sistemas de climatização.
9393
ConclusõesOs métodos curativos aplicados no tratamento
dessesacervos analisados demonstram que soluções
isoladasnão terão efeito prolongado.
É importante a aplicaçãode uma metodologia baseada na conservação
preventiva para se obter sucesso no controle deinfestações por insetos, assim como no tratamento
deinfecções ocasionadas por fungos ou outros
microorganismos.
9494
Conclusões
Parâmetros como ventilação,umidade relativa, temperatura, iluminação,
conduta daspessoas que lidam com o acervo, arquitetura doedifício, localização das áreas de guarda dentro
doprédio, deverão ser observados para aplicação de
umapolítica de preservação eficaz.
9595
ObrigaObrigado e do e até a até a
próximpróxima a
semanasemana..