altas habilidade

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Altas Habilidades

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  • ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAO

    ROMPENDO AS BARREIRAS DO ANONIMATO

    So Jos (SC)2011

    T

    17 DENOVEMBRODE 1889

    ESTADO DE SANTA CATARINASecretaria de Estado da EducaoFundao Catarinense de Educao Especial

  • GOVERNADOR DO ESTADOJoo Raimundo Colombo

    VICE-GOVERNADOREduardo Pinho Moreira

    SECRETRIO DE ESTADO DA EDUCAOMarco Antonio Tebaldi

    SECRETRIO ADJUNTO DA EDUCAOEduardo Deschamps

    PRESIDENTE DA FUNDAO CATARINENSE DE EDUCAO ESPECIALRosemeri Bartucheski

    DIRETOR ADMINISTRATIVOLeandro Domingues

    DIRETORA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSORaquel Santos Rachadel da Silva

    GERENTE DE PESQUISA E CONHECIMENTOS APLICADOS Carmem Cunha Halsey

    SUPERVISORA DE ATIVIDADES EDUCACIONAIS NUCLEARJanice Aparecida Steidel Krasniak

    COORDENADORA DO NCLEO DE ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAO

    Andria Roslia Alves Panchiniak

    ElaboraoAndria Roslia Alves Panchiniak

    Ana Virginia Nion RizziGlaucimir Maria Heil Spinello

    Maria das Graas Machado MoukarzelVanilda de Souza Pires

    Sandra Duarte Hottersbach

    ColaboraoLuiz Eugnio Batista Martins

    Marilyn Mafra KlamtVnia Pires Franz de Matos

    Sirlei Igncio

    Superviso TcnicaJanice Aparecida Steidel Krasniak

    Ilustrao (capa)Gabriel Antnio Pires de Matos

  • ELABORAO DOS ORIGINAIS

    Andria Roslia Alves PanchiniakEspecialista em violncia domstica contra crianas e adolescentes pela USP. Graduada em Psicologia pela UNIVALI.Graduada em Pedagogia - Orientao Educacional pela UDESC. Coordenadora do NAAH/S FCEE/SC.

    Ana Virginia Nion RizziMestre em Educao, pela UFSC. Graduada em Psicologia, pela UNIVALI. Formao em Psicanlise Maiutica, Florianpolis. Glaucimir Maria Heil SpinelloGraduada em Servio Social pela UFSC.Assistente Social do NAAH/S da FCEE.

    Maria das Graas Machado MoukarzelMestre em Educao, pela UNICAMP. Especialista em Educao Sexual, pela UDESC e em Violncia Domstica contra Crianas e Adolescentes, pela USP. Graduada em Pedagogia Orientao Educacional, pela UDESC.

    Vanilda de Souza Pires Especialista em Prticas Interdisciplinares Educao Infantil ao Ensino Mdio, pela FACVEST. Licenciatura Plena em Pedagogia, pela UNIVALI.

    Sandra Duarte HottersbachEspecialista em Educao Especial e Prticas Inclusivas, pela FACVEST. Licencia-tura Plena em Pedagogia pela UNIVALI. Apostilamento em Educao Especial, pela FAPI.

  • Ficha catalogrfica elaborada por: Ineida Pastro Krowczuk CRB-14/1238 e Laura da Rosa Bourscheid CRB-14/983

    S231a SANTA CATARINA (Estado). Secretaria de Estado da Educao. Fundao

    Catarinense de Educao Especial.

    Altas Habilidades/Superdotao Rompendo as Barreiras do Anonimato/Secretaria

    de Estado da Educao. Fundao Catarinense de Educao Especial, Andria

    Roslia Alves Panchiniak (Coord). - So Jos: FCEE, 2011.

    40 p.

    Elaborao: Andria Roslia Alves Panchiniak, Ana Virginia Nion Rizzi,

    Glaucimir Maria Heil Spinello, Maria das Graas Machado Moukarzel, Vanilda

    de Souza Pires, Sandra Duarte Hottersbach.

    1.Educao Especial - Altas habilidades. 2. Panchiniak, Andria

    Roslia Alves. I. Ttulo

    CDD 371.009

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    abilidades/Superdotao Rompendo as Barreiras do Anonimato

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    SUMRIO

    Ao leitor ...........................................................................................................7

    Apresentao ....................................................................................................9

    O que so altas habilidades? ..........................................................................11

    A importncia de uma educao que atenda s necessidades dos alunos com

    altas habilidades .............................................................................................13

    As estratgias para identificao da pessoa com altas habilidades ...................14

    Avaliar para qu? ............................................................................................16

    Obstculos para identificao .........................................................................17

    Algumas caractersticas das pessoas com altas habilidades ..............................18

    Assincronia .....................................................................................................19

    Atendimento s pessoas com altas habilidades ...............................................20

    Unidade de atendimento ao professor ............................................................21

    Unidade de atendimento ao aluno ..................................................................22

    Unidade de atendimento s famlias ...............................................................23

    Prticas educacionais de atendimento ao aluno com altas habilidades/

    superdotao ..................................................................................................24

    A legislao sobre as pessoas com altas habilidades .......................................26

    Mitos ..............................................................................................................27

    Incidncia.......................................................................................................28

    Bibliografia recomendada ...............................................................................29

    Filmes.............................................................................................................31

    Textos.............................................................................................................33

    Referncias .....................................................................................................37

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    abilidades/Superdotao Rompendo as Barreiras do Anonimato

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    AO LEITOR

    O Manual Altas Habilidades/Superdotao Rompendo as Barreiras do Anonimato a materializao de um trabalho em equipe dos profissionais do Ncleo de Altas Habilidades e Superdotao da Fundao Catarinense de Edu-cao Especial, que visa subsidiar as aes voltadas para um pblico alvo da Poltica de Educao Especial do Estado de Santa Catarina.

    Por ser uma obra produzida por tcnicos que atuam diretamente nesta rea, seu valor ainda mais expressivo, exatamente porque foi criada por quem conhece, vive e cuida das pessoas em primeiro lugar.

    O contedo nela inserido poder ser aproveitado pelas demais entidades educacionais, organizaes no governamentais e pela sociedade catarinense, difundindo informaes, orientaes, encaminhamentos e rompendo com mitos existentes.

    Que a leitura desse informativo seja uma experincia rica que venha con-tribuir com o rompimento de vrias barreiras e a implementao da poltica de educao especial de qualidade em Santa Catarina.

    Joo Raimundo ColomboGovernador do Estado

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    APRESENTAO

    A Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao In-clusiva (2008) fundamenta-se nos preceitos de uma escola em que cada aluno tem a possibilidade de aprender, a partir de suas aptides e capacidades. Sinali-zando um novo conceito de educao especial, a Poltica enseja novas prticas de ensino, com vistas a atender as especificidades dos alunos que constituem seu pblico alvo e garantir o direito educao a todos.

    Abordar a incluso de alunos com altas habilidades/superdotao na esco-larizao comum requer aprofundar a discusso das prticas pedaggicas. Esta articulao permite identificar e promover condies necessrias para que este aluno desenvolva e potencialize suas habilidades.

    A Fundao Catarinense de Educao Especial, por meio do Ncleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotao do Estado de Santa Catarina, rea-firma seu compromisso como fomentadora do conhecimento cientfico e tecno-lgico, referente educao especial, apresentando o informativo Altas Habili-dades/Superdotao Rompendo as Barreiras do Anonimato.

    Nesta obra, so apresentadas informaes sociedade catarinense sobre como identificar os alunos com Altas Habilidades/Superdotao, com orienta-es sobre encaminhamento para avaliao, servios oferecidos, como tambm algumas curiosidades e mitos sobre este assunto.

    Todos somos iguais, o que nos difere so as oportunidades que temos na vida!

    Rosemeri BartucheskiPresidente da Fundao Catarinense de Educao Especial

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    O QUE SO ALTAS HABILIDADES?

    Segundo as Diretrizes Nacionais da Educao Especial para a Educao Bsica, so considerados educandos com altas habilidades/superdotao aque-les que apresentam grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (Brasil, 2001, art. 5, III). Esta definio ressalta duas caractersticas marcantes da superdotao, que so a ra-pidez de aprendizagem e a facilidade com que estes indivduos se engajam em sua rea de interesse.

    O superdotado talentoso com altas habilidades aquele indivduo que, comparado com os seus pares, apresenta uma habilidade significante superior em alguma rea do conhecimento, podendo se destacar em uma ou mais reas.

    O renomado psiclogo pesquisador Joseph Renzulli, em seu Modelo dos Trs Anis, considera que os comportamentos de superdotao resultam de trs conjuntos de caractersticas:

    habilidade acima da mdia em alguma rea do conhecimento (no necessariamente muito superior mdia);

    envolvimento com a tarefa (implica em motivao, vontade de realizar uma tarefa, perseverana e concentrao);

    criatividade (pensar em algo diferente, ver novos significados e implicaes, retirar ideias de um contexto e us-las em outro).

    Envolvimento

    com a tarefa

    Criatividade

    Habilidade

    acima da mdia

    Superdotao

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    Renzulli & Reis (1997) fazem uma distino entre ser superdotado, um conceito absoluto, e em desenvolver comportamentos de superdotao, um con-ceito relativo. Estes comportamentos variam em graus e podem se manifestar em algumas pessoas, em certo tempo e sob certas circunstncias.

    Estes mesmos autores classificam as altas habilidades/superdotao em duas categorias bsicas: acadmica e criativo-produtiva.

    A superdotao acadmica se refere s habilidades cognitivas frequente-mente identificveis por meio de testes psicomtricos e desempenho escolar, visto refletirem o resultado das situaes tradicionais de aprendizagem valori-zadas no meio acadmico, com nfase, por exemplo, na rea lingustica ou na lgico-matemtica.

    A superdotao criativo-produtiva dificilmente pode ser mensurada nos processos formais de avaliao, visto que suas caractersticas enfatizam o pensa-mento divergente, o elevado nvel de criatividade e a capacidade de produo independente, quando em contato com seu centro de interesse.

    Nem sempre a superdotao criativo-produtiva identificada na escola, visto que os interesses e habilidades raramente esto contemplados no currculo escolar.

    Geralmente avesso rotina e aos mtodos tradicionais de aprendizagem, o desempenho acadmico de grande parcela dos alunos criativo-produtivos en-contra-se aqum das expectativas de pais e educadores e, frequentemente, os alunos desse grupo apresentam-se desmotivados, dispersos e pouco compreen-didos em seu ambiente socioeducacional.

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: V, Catarina!Tcnica: acrlica sobre cermicaAluno: Gabriel Antnio Pires de Matos, 15 anos

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: Era uma vez a Vaquinha Vitria

    Tcnica: acrlica sobre cermicaAluno: Lucas Lohn da Silva, 17 anos

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    A IMPORTNCIA DE UMA EDUCAO QUE ATENDA S NECESSIDADES DOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES

    Os alunos com altas habilidades necessitam de servios educacionais di-ferenciados, que possam promover seu desenvolvimento acadmico, artstico, psicomotor e social, o que inclui modificao do currculo e mtodos de ensino adaptados as suas necessidades especiais.

    Desta forma, a igualdade de oportunidade na educao seria obtida por uma ampla gama de experincias, e no somente o fornecimento de experin-cias de aprendizagem semelhantes.

    Mudanas na estrutura escolar atual so necessrias, a fim de promover condies apropriadas para a realizao criativa e produtiva dos alunos; engaj-los em experincias de aprendizagem que satisfaam seus interesses e estimulem sua imaginao (Alencar, 1995).

    importante preparar os alunos para se tornarem produtores e no s con-sumidores do conhecimento (Renzulli & Reis, 1997).

    A capacidade e o talento humano se desenvolvem e se expressam em pro-duo superior desde que o potencial seja identificado, acompanhado e orienta-do (Guenther, 2006). Sem estes suportes, os talentos mais promissores em nossa sociedade sero desperdiados. Eis um dos grandes desafios que teremos que enfrentar.

    Diferenas entre o paradigma tradicional e o atual na educao de super-dotados, segundo Prez, 2004, apud Feldman, 1992:

    Paradigma tradicional Paradigma atualA superdotao igual ao alto QI A superdotao multifactica

    Teoria do trao, estvel e invarivelTeoria evolutiva orientada para os processos

    Identificao baseada nos testes Identificao baseada no rendimentoOrientao elitista Orientao centrada na experinciaA superdotao se expressa sem interveno especial

    O contexto crucial

    Autoritrio, hierrquico, de cima para baixo

    Colaborativo em todos os nveis

    Orientado para a escolaOrientado para os campos do conhecimento

    Etnocntrico nfase na diversidade

    PREZ, S.G.P.B. Gasparzinho vai escola: um estudo sobre as caractersticas do aluno com altas habilidades produtivo-criativo. 2004. 306 f. Dissertao (Mestrado em Educao) Faculdade de Educao, Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2004.

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    AS ESTRATGIAS PARA IDENTIFICAO DA PESSOA COM ALTAS HABILIDADES

    A identificao pode ser realizada por qualquer pessoa, mas importante salientar que as habilidades destacadas sejam avaliadas por pessoas que tenham competncia ou domnio da habilidade em questo como, por exemplo: uma criana que se destaca no desenho pode ter essa habilidade reconhecida por seus pares, porm importante que sua produo seja submetida avaliao de um professor de artes ou especialista que efetivamente poder identificar se aqueles traos expressam os indicadores de altas habilidades: preciso, origina-lidade, dentre outros.

    No processo formal de avaliao, imprescindvel uma equipe mnima que seja composta por pedagogo e psiclogo, bem como um profissional da rea de habilidade apresentada pelo avaliado.

    Em Santa Catarina, a Fundao Catarinense de Educao Especial, por meio do Ncleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotao, realiza ava-liao aos alunos com indicativos de altas habilidades da 18 Gerncia Regional de Educao, e assessoramento aos familiares e profissionais de outras institui-es, durante o processo de identificao dos educandos.

    Orqudea I Orqudea II Orqudea III

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: Orqudea I, Orqudea II e Orqudea IIITcnica: pintura de observao, acrlica sobre telaAluno: Almiro Sagas Evaristo, 11 anos

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    Durante a avaliao, so utilizados protocolos compostos pelos instrumen-tos abaixo elencados:

    entrevista com pais ou responsveis; entrevista com o aluno; inventrio de interesses; escala para identificao de indicadores de superdotao para

    educao infantil; escala para identificao de indicadores de superdotao para en-

    sino fundamental e mdio; estilos de aprendizagem; testes psicolgicos: Raven, Wisc III, Wais, Columbia, dentre outros

    que se fizerem necessrios; observao das atividades em grupos nas oficinas oferecidas pelo

    Ncleo.

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    AVALIAR PARA QU?

    A avaliao como recurso pedaggico contribui, segundo Virgolim (2007, p. 09-10), para

    conhecer os pontos fortes e os interesses dos alunos, suas

    necessidades cognitivas, sociais e afetivas peculiares, a

    fim de dar-lhes oportunidades de construir seu prprio

    conhecimento, no seu prprio ritmo. Talvez assim

    possamos transformar suas potencialidades e promessas,

    sinalizadas em seus primeiros anos em certezas e

    realizaes.

    Tendo como pressupostos que o maior patrimnio de uma nao so as ideias novas e o conhecimento que emana de mentes extraordinrias, o processo de avaliao assume dimenses muito maiores que o diagnstico individual capaz.

    Avaliar significa tambm mapear talentos com o objetivo de construir indi-cadores educacionais, econmicos e sociais capazes de sensibilizar a sociedade sobre a importncia do investimento nesses potenciais, criando programas e des-tinando recursos suficientes para um verdadeiro desenvolvimento.

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    OBSTCULOS PARA IDENTIFICAO

    falta de desafios suficientes no ambiente escolar; dificuldade de reconhecimento por parte dos educadores das habi-

    lidades superiores de seus alunos; alunos superdotados com deficincia auditiva, neurolgica, moto-

    ra, emocional ou de aprendizagem (Virgolim, 2005); expectativas estereotipadas com relao s deficincias, em detri-

    mento das habilidades superiores; atrasos eventuais no desenvolvimento fsico e psicolgico, assin-

    cronia; informaes incompletas sobre habilidades; desconhecimento por parte dos educadores das mltiplas formas

    de enriquecimento, com vistas ao desenvolvimento das habilida-des de seus alunos;

    a viso tradicional do ensino centrada na transmisso de informa-es e no na construo de conhecimento (Prez, 2004);

    o desrespeito s diferenas e a uniformidade do conhecimento (Prez, 2004).

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    ALGUMAS CARACTERSTICAS DAS PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

    As pessoas com altas habiliadades podem apresentar caractersticas que se manifestam precocemente ou no decorrer da vida, de forma isolada ou com-binada.

    desenvolvimento fsico precoce: sentar, engatinhar e caminhar antes do normal;

    linguagem adquirida mais cedo, progredindo rapidamente para sentenas complexas, com abundante vocabulrio e estoque de conhecimento verbal;

    curiosidade intelectual, com elaborao de perguntas profundas e persistncia at alcanar a informao desejada;

    aprendizagem rpida com instruo mnima (pouca ajuda ou es-tmulo de adulto);

    alta persistncia e concentrao quando esto interessados; alto nvel de energia, que pode levar hiperatividade, quando

    so insuficientemente estimuladas (s vezes necessitam de menos horas de sono do que o normal para a idade);

    interesses por reas especficas com alto nvel de comprometi-mento, a ponto de se tornarem especialistas nesses domnios;

    senso de humor desenvolvido; sensibilidade aos problemas sociais e aos sentimentos dos outros; grande capacidade produtiva na rea de seu interesse; gosto pelo desafio; criatividade; independncia de pensamento; habilidades em reas especficas, no necessariamente acadmicas.

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    ASSINCRONIA

    As crianas com altas habilidades podem apresentar assincronismo evo-lutivo, que o desequilbrio nos ritmos de desenvolvimento intelectual, emo-cional ou motor. Como exemplo, podemos citar o caso de uma criana que na escrita apresenta desempenho compatvel com sua faixa etria, no entanto, pode destacar-se apresentando domnio superior na leitura, quando comparado com seus pares.

    Oficina de Robtica EducacionalTtulo: Carro movido a controleAlunos: Andr Luiz de Abreu Cabral, 16 anosLeonardo Giovanni Scur, 14 anosLucas Michelute Gerardi, 14 anosMurillo Henrique Fabris de Souza, 15 anos

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    ATENDIMENTO S PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

    Em Santa Catarina, o atendimento a crianas e jovens com altas habilida-des/superdotao tornou-se uma realidade a partir de 2006, com a implantao do Ncleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotao NAAH/S, em par-ceria com o Ministrio da Educao, Secretaria de Estado da Educao e Funda-o Catarinense de Educao Especial, cujos princpios filosficos ancoram-se na educao inclusiva.

    Este servio tem, como objetivo geral, definir e coordenar a poltica de atendimento a alunos com altas habilidades/superdotao do sistema regular de ensino de Santa Catarina.

    Trata-se tambm de um espao educacional destinado ao atendimento dos alunos indicados para avaliao, no qual so oferecidas metodologias e estra-tgias diferenciadas com vistas identificao de interesses, confirmao das potencialidades e ao encaminhamento para servios profissionais de instituies parceiras no campo especfico das habilidades do aluno.

    Para fins de organizao e gesto, o Ncleo composto por uma coorde-nao geral e trs unidades tcnicas, sendo:

    Unidade de

    Atendimento s Famlias

    Unidade de

    Atendimento ao Aluno

    Unidade de

    Atendimento ao Professor

    Coordenao

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    UNIDADE DE ATENDIMENTO AO PROFESSOR

    Oferece formao continuada aos professores e profissionais da educao nas temticas relacionadas s altas habilidades/superdotao, por meio de cursos e orientaes; apoia o atendimento dos alunos, garantindo acesso a equipamen-tos e recursos necessrios, alm de orientar quanto s suplementaes curricula-res e estratgias metodolgicas adequadas ao trabalho pedaggico.

    Oficina de Artes PlsticasTcnica: desenhos florais com tcnicas de pintura em aquarelaAluno: Almiro Sagas Evaristo, 11 anos

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    UNIDADE DE ATENDIMENTO AO ALUNO

    Disponibiliza espao de trabalho e presta suporte ao desenvolvimento do potencial dos alunos identificados com altas habilidades/superdotao por meio do provimento de recursos, materiais e equipamentos necessrios ao processo de ensino e aprendizagem; promove a orientao das necessidades educacionais do aluno, operacionalizando aes para a identificao de interesses e enrique-cimento curricular, alm de articular parcerias e cooperao tcnica para conti-nuidade e sustentabilidade dos projetos e necessidades dos alunos.

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: A Viagem ITcnica: desenho e pintura de observao com perspectiva e tcnica com aquarelaAluno: Herick Vinicius Soares, 16 anos

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    UNIDADE DE ATENDIMENTO S FAMLIAS

    Presta orientao e suporte psicolgico e emocional s famlias, com vistas compreenso do comportamento, necessidades e desenvolvimento das poten-cialidades dos seus filhos e melhoria das relaes interpessoais.

    As atividades incluem avaliao psicolgica dos alunos encaminhados, orientao e suporte psicolgico individual a alunos e familiares, reunies de pais, visitas domiciliares, orientao aos profissionais do Ncleo e s escolas da rede de ensino, realizao de palestras sobre as caractersticas e desenvolvimen-to emocional de crianas superdotadas, alm de dinmicas de grupo.

    Oficina de Robtica EducacionalTtulo: Simulador de batimentos cardacosAlunos: Andr Luiz de Abreu Cabral, 16 anosLeonardo Giovanni Scur, 14 anosLucas Michelute Gerardi, 14 anosMurillo Henrique Fabris de Souza, 15 anos

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    PRTICAS EDUCACIONAIS DE ATENDIMENTO AO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAO

    No existem modelos ideais para o atendimento s altas habilidades/su-perdotao, mas sim alternativas diferenciadas s possibilidades e necessidades reais de cada regio ou contexto socioeducacional.

    As principais modalidades adotadas no Brasil so: agrupamento, acelera-o e enriquecimento.

    Agrupamento: consiste em agrupar os alunos por nvel de habilidade ou desem-penho em classes, escolas especializadas ou servios destinados, exclusivamen-te, aos mais capazes em uma determinada rea.

    Acelerao: consiste na flexibilizao do currculo, permitindo avanar e cum-prir em menor tempo as sries escolares.Acelerar significa decidir que a competncia, e no a idade, ser o critrio deter-minante para que o indivduo obtenha acesso a experincias acadmicas mais adiantadas.Esta proposta prevista na LDB (Lei de Diretrizes de Bases) e pode ser efetivada mediante avaliao de conhecimento e documentada nos registros administra-tivos na unidade escolar, conforme orientao do rgo institucional ao qual a escola est vinculada. importante que a escola fique atenta tambm ao desenvolvimento emocional do aluno, sendo que, se necessrio, a equipe tcnica deve acompanh-lo para que sua insero na nova srie no ocorra apenas academicamente, mas tam-bm socioemocionalmente.

    Enriquecimento: o servio educacional mais estimulado em programas espe-cializados em vrios pases. O enriquecimento curricular a abordagem educa-cional pela qual se oferece criana experincias de aprendizagens diversas das que o currculo regularmente apresenta. Pode ser feito com o acrscimo de con-tedo mais abrangente, mais profundo, ou pela solicitao de projetos originais.

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    Oficina de Artes PlsticasTcnica: desenho de criao moda infantil aquarela, recorte e colagemAluna: Brbara Cristina de Oliveira Jordo, 13 anos

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    A LEGISLAO SOBRE AS PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

    A legislao sobre as pessoas com altas habilidades fundamenta-se nos seguintes documentos:

    Constituio Federal, art. 208, V; Constituio Estadual, art. 163, V determina o atendimento edu-

    cacional especializado [...] aos que revelarem vocao excepcio-nal em qualquer ramo do conhecimento, na rede estadual;

    Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDBEN, art. 59, II assegura [...] acelerao para concluir em menor tempo o pro-grama escolar para os superdotados;

    LC n 170 1998 art. 64, VI; 2001 Resoluo n 02 Conselho Nacional de Educao CNE/

    Cmara de Educao Bsica CEB (Diretrizes) art. 5, II, art. 8, IX;

    2006 Resoluo n 112 Conselho Estadual de Educao CEE, art. 2, pargrafo 3, art. 5, IV;

    2008 Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva MEC/SEESP;

    2009 Resoluo n 4 Conselho Nacional de Educao CNE/Cmara de Educao Bsica CEB (Diretrizes Operacionais) art. 4, III.

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    MITOS

    Muitas das dificuldades enfrentadas por crianas com altas habilidades tm suas origens nos mitos e crenas populares. Eles so fortes empecilhos para for-mao de uma identidade prpria e, muitas vezes, contribuem para uma repre-sentao negativa ou, pelo menos, distorcida destas pessoas.

    Dentre eles, podemos citar:

    crianas com altas habilidades so o fruto de pais organizadores, que conduzem e regram suas vidas;

    so autossuficientes; so egostas e solitrias; existem mais homens do que mulheres com altas habilidades; provm de famlias de alto poder aquisitivo; uma caracterstica fixa que perdura pela vida; se destaca, especialmente, em termos de rendimento acadmico.

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: DinossaurosTcnica: desenho e pintura de observao com tcnica de lpis aquarelvel e pincelAluno: Paulo Srgio Silveira Jnior, 14 anos

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    INCIDNCIA

    Foi nesta ltima dcada que os superdotados comearam a receber uma maior visibilidade no Brasil, por meio de polticas de implementao em todos os Estados da Federao.

    A Organizao Mundial da Sade (UNESCO, 2002) estima que 3,5% a 5% da populao geral sejam de superdotados.

    Segundo Sabatella (2005, p.140), esses dados baseiam-se apenas nos resul-tados obtidos em testes tradicionais de QI, que no so instrumentos conclusivos para identificar todos os tipos de habilidades.

    A literatura, no entanto, aponta que 15% a 20% da populao apresentam alguma habilidade acima da mdia.

    Estes dados expressam a necessidade de maiores investimentos para o de-senvolvimento do potencial da pessoa com altas habilidades.

    Oficina de Artes PlsticasTtulo: Flores que voamTcnica: lpis aquarelvel sobre cansonAluno: Gabriel Antnio Pires de Matos, 15 anos

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    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

    ALENCAR, E. M. L. S. de. Como desenvolver o potencial criador. Petrpolis: Vozes, 1991.

    __________________. Perspectivas e desafios da educao do su-

    perdotado. Tendncias e desafios da educao especial. Braslia: SEESP, 1994.

    __________________. O processo de criatividade: produo de idias e tcnicas criativas. So Paulo: Makron, 2000.

    ALENCAR, E. M. L. S. de & FLEITH, D. S. Superdotao: determi-nantes, educao e ajustamento. So Paulo: EPU, 2001.

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    FLEITH, D. S. (org.). A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 1: Orienta-o a Professores. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    __________________. A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 2: Ati-vidades de Estimulao de Alunos. Braslia: Ministrio da Educa-o, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    __________________. A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 3: O Aluno e a Famlia. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    FREEMAN, J. & GUENTHER, Z. C. Educando os mais capazes. So

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    Paulo: EPU, 2000.

    GARDNER, H. Inteligncias mltiplas um conceito reformula-do. So Paulo: Objetiva, 2000.

    GUENTHER, Z. C. Desenvolver capacidades e talentos. Um con-ceito de incluso. Petrpolis: Vozes, 2000.

    __________________. Educando o ser humano: uma abordagem da psicologia humanista. So Paulo: Mercado de Letras, 1997.

    LANDAU, E. Criatividade e Superdotao. Rio de Janeiro: Ea, 1986.

    RAMOS, C. O despertar do gnio aprendendo com o crebro inteiro. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2002.

    SABATELLA, M. L. P. Talento e Superdotao: Problema ou Solu-o? Curitiba: Ibpex, 2005.

    STERNBERG, R. J. Inteligncia plena: ensinando e incentivando a aprendizagem e realizao dos alunos. Porto Alegre: Artmed, 2003.

    WINNER, E. Crianas superdotadas. Mitos e realidades. Porto Ale-gre: Artes Mdicas Sul, 1998.

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    FILMES

    Mentes que brilhamLanado em 1991Diretor: Jodie FosterAtores: Jodie Foster, Dianne Wiest, Adam Hann-Byrd, Harry Connick Jr.

    Lances inocentesLanado em 1993 Diretor: Steven ZaillianAtores: Max Pomerano, Joe Mantegna, Ben Kingsley, Joan Allen e Laura Linney

    Gnio indomvel Lanado em 1997 Diretor: Gus Van SantAtores: Matt Damon, Robin Williams

    Uma mente brilhanteLanado em 2001Diretor: Ron HowardAtores: Russel Crowe, Jennifer Connelly, Ed Harris

    Sociedade dos poetas mortosLanado em 1990 Diretor: Peter WeirAtores: Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke, Josh Charles

    Prenda-me se for capazLanado em 2002Diretor: Steven Spielberg Atores: Leonard Di Caprio, Tom Hanks, Christopher Walken, Martin Sheen

    Encontrando ForresterLanado em 2000Diretor: Gus Van SantAtores: Sean Connery, Robert Brown, Anna Paquin

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    AmadeusLanado em 1984Diretor: Milos FormanAtores: F. Murray Abraham, Tom Hulce, Elizabeth Berridge

    BrilhanteLanado em 1996Diretor: Scott HicksAtores: Geoffrey Rush, Armim Mueller-Stahl, Lynn Redgrave, John Gielgud

    Hackers Piratas de computadorLanado em 1995Diretor: Iain SoftleyAtores: Angelina Jolie, Matthew Lillard, Jonny Lee Miller, Jesse Bradford

    Cdigo para o infernoLanado em 1998Diretor: Harold BeckerAtores: Bruce Willis, Alec Baldwin, Miko Hughes, Chi McBride

    Oficina de Artes PlsticasTcnica: recorte e colagem,

    estudos das silhuetas humanas, trabalhando em espelho. Papel

    encerado sobre duplexAluno: Patrick Rodrigues da SIlva,

    15 anos

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    TEXTOS

    O sangue em minhas mos era como ouro. Abri um vinho. Finalmente havia me livrado dos dois.A sirene me trouxe de volta para a realidade. Percebi que tinha cometido um crime dos graves. Fiquei dividido entre meu corpo e minha conscincia. Inde-pendente do que eu pensasse ou quisesse, meu corpo agia de outra forma.Quando a polcia chegou, aquilo saiu pelos meus olhos, orelhas e nariz. No era eu. Juro que no fui eu. Hoje estou aqui trancado, sozinho e culpado por algo que no fiz. Lembrei-me do acontecido pela manh: aquela gosma saindo de dentro de mim. Karoline Abreu em Estranho na Privada 14 anos 8 srie ensino fundamental

    Acordo.No estou mais no quarto branco. Vejo diversos psteres dos Beatles colados na parede, um abajur vermelho iluminando o cmodo. Reconheo meu quarto, o guarda-roupa velho, a mesa de estudos enferrujada. Pela primeira vez, senti uma grande saudade da vida de antes: aquela vida de que tanto reclamava estava distante.Levanto-me. Vou frente do espelho, estou em um estado deplorvel: h hema-tomas em todo meu corpo, um corte raso na bochecha. Abro a boca. Faltam dois dentes, minha lngua percorre os espaos vazios diversas vezes. Edilson Joo de Paula Jnior em Desvendar13 anos 6 srie ensino fundamental

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    Havia, h muito tempo atrs, um perverso confeiteiro.Mas ele j fora um bom homem. Fazia bolos enormes e deliciosos, e seus doces eram os mais solicitados. Mas, naquela cidadezinha, a tecnologia e a informa-o j se tornavam forte presena. Dentistas revelavam os horrores do abuso do acar e do exagero de to deliciosas guloseimas.No satisfeito com a brutal baixa de clientes, pensando apenas em destruir-lhes suas denties e sade, o confeiteiro Bob Smith declarou guerra. Vendeu tudo que tinha, e comeou a investir no ramo de vegetais hidropnicos.Com a nova onda de comida saudvel e vegetarianismo, enriqueceu rapidamen-te. Criou seu imprio de alimentos ultra saudveis. Fazia palestras e desenvolvia projetos de melhoria alimentar. Sua imagem pblica era a do messias dos ve-getais, recuperando pessoas de problemas alimentares, tornando-as exemplares perfeitos de sade e jovialidade. Mas, secretamente, ele voltara ao seu negcio de doces. No doces comuns e inocentes, mas terrveis artifcios de vingana na forma de doces.Pirulitos eram impregnados com terrveis venenos e bolinhos eram banha-dos em letais toxinas. Balas em forma de aro feitas de legumes, sem acares e saudveis, aparentavam ser timas guloseimas, mas na realidade eram fei-tas de metal; travavam na garganta de suas vtimas, sufocando-as at a morte. Inicialmente, no foi possvel associar as mortes com os aparentemente inofensi-vos doces. Para complementar, seu carisma era to grande que seus funcionrios seguiam suas ordens sem questionar, como um horroroso culto de destruio. Quando seu terrvel estratagema fora encontrado, hordas enfurecidas correram em direo sua manso, empunhando tochas e rabanetes.Quando finalmente chegaram ao hall, encontraram o Mr. Bob Smith sentado na sua poltrona, inerte e frio, com um pacote de jujubas na mo. Sua doce vingana estava completa.

    Alberto Prestes Pereira em Balas e Rabanetes15 anos 2 ano do ensino mdio

    Os dois ouviram os canibais chegando e se entreolharam, at que um piano apareceu no meio da floresta. Ploft estranhou, e ento o seu amigo esquisito lhe disse que aquele era um Piano Dorminhoco. Ento, Ploft descobriu de onde vinha o ronco que estava ouvindo. O piano dormia e roncava como uma serra eltrica, mas como os canibais estavam fazendo barulho demais, o piano acor-

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    dou de seu sono e comeou a reclamar. O urso-leo mandou-o calar a boca e, ento, o piano se recusou a ser tocado pelo animal. Ploft olhou o urso-leo com tristeza e, ento, lembrou-se das aulas de piano que a rainha Thama as tivera dado. Renan Colzani da Rocha em A histria de Ploft, a Duende13 anos 1 ano do ensino mdio

    Oficina de Criao LiterriaTtulo: Vozes do NAAH/S (Livro de contos e poesias)Alunos: Alberto Prestes Pereira, 15 anosAntony Nadal Milezzi, 14 anosEdilson Joo de Paula Junior, 13 anosRenan Colzani da Rocha, 13 anosKaroline de Abreu Hillesheim, 14 anosLucas Michelute Gerardi, 14 anosPatrick Rodrigues da Silva, 15 anos

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    REFERNCIAS

    CUPERTINO, C. M. B. (Org.). Um olhar para as altas habilidades. Construindo caminhos. So Paulo: Secretaria de Educao, 2008.

    FLEITH, D. S. (org.). A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 1: Orientao a Professores. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    __________________. A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 2: Atividades de Estimulao de Alu-nos. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    __________________. A Construo de Prticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotao. Volume 3: O Aluno e a Famlia. Braslia: Mi-nistrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    PREZ, S.G.P.B. Gasparzinho vai escola: um estudo sobre as caractersticas do aluno com altas habilidades produtivo-criativo. 2004. 306 f. Dissertao (Mestrado em Educao) Faculdade de Educao, Pontifcia Universidade Ca-tlica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2004.

    RENZULLI, J. S. & REIS, S. M. The schoolwide enrichment model: A how-to guide for educational excellence (2. ed.). Mansfield Center, CT: Creative Learning Press, 1997. p. 73.

    SABATELLA, M. L. P. Talento e Superdotao: Problema ou Soluo? Curitiba: Ibpex, 2005.

    SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educao. Fundao Catarinense de Educao Especial. Poltica de Educao Especial do Estado de Santa Catarina. So Jos: FCEE, 2006. p. 26.

    __________________. Caderno Tcnico do Ncleo da Altas Habilidades e Superdotao. So Jos: FCEE, 2008.

    VIRGOLIM, A. M. R. Altas Habilidades/Superdotao: encorajando potenciais.

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    Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

    WINNER, E. Crianas Superdotadas: mitos e realidade. Porto Alegre: Artmed, 1998.

  • COMPOSIO E IMPRESSO

    ESTADO DE SANTA CATARINASecretaria de Estado da Administrao

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