alexsandro mota sobrinho-projeto
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1 INTRODUÇÃO
O processo de comunicação como fator chave para se viver em sociedade é
indispensável para que as organizações possam alcançar seus objetivos organizacionais, e
propiciar um ambiente de trabalho harmônico, onde seus membros possam entender e
compartilhar as informações disseminadas no âmbito da organização.
Segundo Bowditch e Buono (1992, p.80), “a comunicação é um dos processos
fundamentais, que constitui a base para quase todas as atividades nas organizações”.
As organizações são mantidas através das trocas de informações, e através dos
relacionamentos das pessoas, sejam no âmbito interno ou externo.
Segundo Chiavenato (2003, p.109), “a comunicação envolve transações entre
pessoas”.
Não há organização que não tenham comunicação, no entanto, algumas trabalham
esse processo como parte fundamental para o seu sucesso.
Mesmo nas instituições militares, onde a hierarquia e a disciplina são à base da
instituição, a comunicação é importante, tendo em vista que o serviço policial militar é
considerado essencial, sendo prestado diretamente à sociedade onde à aplicação desse serviço
é feito sempre no mínimo com dois envolvidos.
O sucesso do serviço policial militar depende muito da sintonia de seus membros, no
entanto, essa sintonia só será possível se a comunicação for trabalhada de maneira
transparente e confiável.
Esse projeto divide-se em seis capítulos, onde a construção ordenada dos mesmos
propiciará ao pesquisador responder o objetivo geral.
O capitulo um é a introdução. Neste capitulo é feito uma abordagem geral do
assunto, bem como a definição da problemática e, a construção do objetivo geral e os
objetivos específicos.
O capitulo dois é à parte da revisão literária. Este capítulo se divide em seis seções:
comunicação, elementos da comunicação, comunicação vertical; comunicação horizontal;
barreiras à comunicação e feedback. Todas essas seções são abordadas sobre o ponto de vista
de vários autores, que funcionará como base para a construção do projeto.
O capitulo três é a caracterização da organização. Neste a organização é apresentada
com base nos dados extraídos do próprio banco de dados da organização, onde são elencados
o efetivo, os departamentos e dados históricos, como dada de criação, primeiro comandante
etc.
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O capítulo quatro refere-se aos procedimentos metodológicos. Neste são definidos o
delineamento da pesquisa, as técnicas utilizadas para o levantamento de informações sobre o
tema abordado, bem como a maneira como os dados serão tabulados e analisados.
O capítulo cinco descreve o cronograma de atividades. Neste são apresentados todas
as atividades necessárias à realização do projeto, bem como as dadas as datas em que essas
atividades serão realizadas.
O capítulo seis apresenta o orçamento. Neste são expostos os itens, bem como os
valores financeiros de cada um, gasto na construção do projeto.
Como apresentado acima o projeto constitui-se de seis capítulos, no entanto, a
sintonia e a coerência dos mesmos, é que dará ao pesquisador, condições de no final
responder o objetivo geral.
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Há muito se fala em comunicação, no entanto, por muito tempo ela foi trabalhada de
maneira errada e, muitos gestores não davam o devido valor a esse processo, o que dificultava
a interação entre funcionários e o bom andamento dos processos organizacionais.
Ao longo dos anos o assunto foi ganhando importância dentro das faculdades e
conseqüentemente dentro das organizações, muitas empresas visualizaram na comunicação
eficaz uma forma de competitividade e passaram a investir nos funcionários como forma de
melhorá-la.
Hoje em pleno século XXI, a comunicação eficaz embora bastante pregada, continua
sendo de suma importância para qualquer organização atingir seus objetivos, não tem como
uma empresa crescer e possuir uma equipe bem entrosada sem que o processo de
comunicação seja bem definido e bem trabalhado.
O século que estamos vivendo é denominado de era da informaçao, a todo o
momento tanto empresas como as pessoas em particular são bombardeadas por novas
informações, o mercado é instável e qualquer informaçao relevante, mesmo sendo num
ambiente distante pode influenciar a organização como um todo.
Trabalhar apenas as informações necessárias ao bom andamento da empresa, requer
pessoas bem capacitadas e equipes bem homogenias, capazes de filtrar e repassar de maneira
transparente as informações obtidas, para isso um fator é fundamental, a confiança.
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A confiança dentro da comunicação não é só repassar as informações recebidas
necessárias ao andamento do serviço, mas propiciar condições para que esse processo
aconteça de maneira natural, onde as pessoas envolvidas se sintam importantes dentro da
organização.
Em qualquer processo de comunicação é natural que existam algumas barreiras,
mas identifica-las e elimina-las não é tarefa fácil, requer atenção e uma abordagem clara de
como a empresa repassa as informações.
Para que a comunicação se desenvolva de maneira natural, transparente e positiva é
necessário que os membros da organização confiem uns nos outros, isso tanto em escala
horizontal como vertical, de maneira ascendente como descendente e a maneira de saber se
esse processo acontece com desvios é adotar o feedback como parte integrante dentro do
processo de comunicação e, nas mesmas escalas acima mencionadas
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
A Policia Militar é uma instituição permanente força auxiliar e reserva do exercito,
compete o exercício da preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio (BRASIL. Constituição 1988, p.91). Exerce suas atividades através do
patrulhamento ostensivo, tendo como umas das características evitar que o crime aconteça
através da presença de policia.
A Policia Militar tem como alicerce fundamental à hierarquia e a disciplina, a
hierarquia se faz pela divisão dos postos e graduação, e a disciplina pela pronta obediência
das ordens emanadas dos superiores (Tocantins. Decreto 1990, p.2). A Policia Militar se
distingue das demais policias pela caracterização das suas viaturas, e fardamento e insígnias
que seus componentes ostentam, deixando claro para quem as avista que ali se encontra um
policial ou uma fração de Policiais Militares.
O processo de comunicação tão estudado e discutido dentro das academias e de
organizações de vários setores tem se mostrado de extrema importância para qualquer
instituição seja ela de caráter estatal, governamental ou empresarial.
Desde os primórdios da administração a comunicação já era um fator existente
embora praticado de maneira errada e autoritária, hoje qualquer organização que quiser ter
uma equipe bem entrosada, homogenia, devem incentivar e colaborar para que todos os
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elementos da comunicação possam ser analisados e que seus colaboradores possam ter espaço
e tempo para o desenvolvimento desse processo.
A Policia Militar é uma instituição altamente hierarquizada onde a comunicação não
obedece ao processo de feedback e é realizada de maneira estritamente formal e o fluxo de
informação é centralizado. Mesmo para as instituições militares o processo de comunicação
deverá ser estudado e analisado de maneira a beneficiar o relacionamento entre policiais do
mesmo nível hierárquico como de níveis diferenciados. O próprio regulamento disciplinar da
Policia Militar do Estado do Tocantins (Tocantins. Decreto 1990, p.2) diz,
A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da família militar, cumprindo a todos o dever de incentivar e manter a harmonia entre os deferentes círculos e graus de hierarquia, de tal forma a tornar consciente o cumprimento dos deveres disciplinares de cada um e de todos.
O que esse artigo prega nada mais é do que uma boa comunicação, um bom
relacionamento entre os pertencentes a essa instituição, mas a comunicação não é apenas a
obediência as ordens e nem um ambiente de trabalho sem discursões ou sossegado,
comunicação é interação é troca de experiências e confiança recíproca.
Analisando a importância da comunicação, como ela poderá ser de grande valia se
bem aplicada, analisando a estrutura hierárquica da Policia Militar é que proponho realizar
esse projeto, estudar a comunicação nos níveis vertical e horizontal da 1º Companhia, como é
aplicada, possíveis falhas, suas causas e alternativas de melhorá-las e, como ela pode
contribuir para um estreitamento nas relações em níveis iguais e diferenciados dentro da 1º
CIA. Levantando a seguinte situação problemática:
Como é realizada a comunicação vertical e Horizontal na 1ª Companhia de Policia
Militar do 4º Batalhão de Polícia Militar de Gurupi-TO?
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1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Analisar os fatores que influenciam a comunicação interna nos níveis vertical e
horizontal na 1ª Companhia de Polícia Militar do 4º Batalhão de Polícia Militar de Gurupi-
TO.
1.3.2 Objetivos específicos
• Desenvolver pesquisa bibliográfica referente ao tema
• Aplicar questionário com o efetivo operacional da 1ª Companhia
• Realizar entrevista com o comandante da 1ª Companhia de Policia Militar
• Propor melhorias na comunicação da 1ª Companhia de Polícia Militar
1.4 JUSTIFICATIVA
O processo de comunicação e relacionamento interpessoal tão explorados
teoricamente, mas ainda insipiente em algumas organizações, é de grande valia para o bom
desempenho da organização e de seus colaboradores, mesmo com essa grande gama de
conteúdo explorando as variáveis da comunicação e seus benefícios para a organização como
um todo, parecem ser de difícil aplicabilidade todos os elementos da comunicação.
Talvez seja porque quando uma organização abre o espaço para que o fluxo de
informações circule de maneira correta proporcionando o feedback tanto no sentido vertical
como horizontal, fica difícil para alguns chefes receber uma avaliação negativa de seu
subordinado.
Segundo Carvalho e Serafim (2004), um dos mais importantes acontecimentos dos
últimos tempos no mundo dos negócios tem sido a crescente preocupação dos executivos em
geral com os problemas das comunicações.
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Para Chiavenato (2003), uma comunicação ocorre quando uma informação é
transmitida a alguém, e é então compartilhada também por esse alguém. Para que haja
comunicação, é necessário que o destinatário da informação recebe-a e compreenda.
Ainda segundo chiavenato (2003), comunicar significa tornar comum a uma ou mais
pessoas determinada informação.
Para muitas organizações basta que a informação seja disseminada que já pensam
está realizando a comunicação, como o texto acima descreve se o receptor dessa informação
não compreender não houve comunicação, talvez esse seja um dos problemas que levam a
distorção desse processo.
Uma das maneiras correta de se verificar se a informação está sendo compreendida
pelo receptor e a aplicação do feedback no processo de comunicação, não importa se
horizontal ou vertical, todos necessitam de dar e receber feedback, seja ele positivo ou
negativo, esse parece ser a melhor forma de se corrigir a distorção da informação, até pra
saber onde a informação está sendo distorcida e trabalhar o problema na hora certa e no lugar
certo.
Busca-se com esse projeto analisar a comunicação interna nos níveis vertical e
horizontal na Primeira Companhia de Policia Militar do Estado do Tocantins, estudar os
fatores que contribuem positivamente e negativamente dentro desse processo de comunicação,
a importância da comunicação para o relacionamento interpessoal nos níveis diferenciados e
iguais da hierarquia policial militar, como é realizado o fluxo de informação e, estudar
possíveis falhas e alternativas de minimiza-las.
O projeto motiva o autor pelo fato de que sendo um policial militar lotado na
Primeira Companhia, é de fundamental importância compreender como é desenvolvida a
comunicação interna, tendo em vista que dependerá dela para desenvolver as atividades
diárias e alcançar o sucesso profissional.
Os resultados desse projeto podem contribuir para melhorar o atendimento do
policial militar junto à comunidade gurupiense, tendo em vista que o público alvo da Polícia
Militar é a sociedade e uma organização que desenvolve bem sua comunicação contribui para
um bom relacionamento entre seus membros e conseqüentemente para um bom atendimento
ao seu consumidor final.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
A comunicação tão indispensável dentro de qualquer forma de relacionamento
humano e muito mais dentro dos processos organizacionais, deve ser estudada de maneira
séria e consistente, tendo em vista que é impossível realizar qualquer tarefa em equipe sem se
estabelecer uma comunicação.
Por isso ela deve ser levada a sério e estudar seus elementos, seus processos e sua
importância são no mínimo uma obrigação para qualquer organização que preze o bom
desempenho de seus colaboradores.
2.1 COMUNICAÇÃO
A comunicação como elemento indispensável dentro da estrutura organizacional e
dentro de qualquer forma de relacionamento humano, deve ser bem estudada e aplicada para
que os objetivos organizacionais possam ser alcançados.
Segundo Chiavenato (2003, p.109), “as pessoas não vivem isoladas e nem são auto-
suficientes. Elas se relacionam continuamente com outras pessoas e seus ambientes através da
comunicação”.
Ninguém consegue viver sem se comunicar, a comunicação é uma base para se viver
em sociedade, família, criar grupos de amigos, e fazer uma organização alcançar seus
objetivos. Compreender os seus processos, seus conceitos é de fundamental importância para
que a comunicação possa ser bem trabalhada.
Embora a comunicação constitua uma das capacidades humanas mais fundamentais e
seu desenvolvimento nos indivíduos se dê de forma que pode ser considerada natural, a
verdade é que a grande maioria das pessoas não sabe comunicar-se (Gil, 2001, p.71).
Para Gil (2001), muitas pessoas confundem informar com comunicar.
Segundo Gil (2001, p.71), “informar é um ato unilateral, que envolve a pessoa que
tem uma informação a dar, enquanto, comunicar implica tornar algo comum, fazer-se
entender, provocar reações no interlocutor”.
Segundo Chiavenato (2003, p.109), existe três conceitos básicos preliminares que são
importantes entendermos:
1-Dado: é um registro a respeito de determinado evento ou ocorrência ou pessoa.
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2- Informação: é um conjunto de dados com determinado significado, ou seja, que reduz a incerteza a respeito de algo ou que permita o conhecimento a respeito de algo. 3- Comunicação: ocorre quando uma informação é transmitida a alguém, e é então compartilhada também por esse alguém.
Como Chiavenato aborda esses conceitos são preliminares, e não define
comunicação, mas são importantes para se chegar há um conceito.
Segundo Bowditch e Buono (1192, p.82), a comunicação possui quatro funções
básicas.
1. Controle: para esclarecer as obrigações, implantar normas e, estabelecer autoridade e responsabilidade.
2. Informação: para propiciar a base para se tomar decisões e executar ordens e instruções.
3. Motivação: para influenciar os outros e obter cooperação e compromisso para as diversas metas e objetivos.
4. Emoção: para expressar sentimentos e emoções.
Observando o exposto acima percebe que o autor define funções que a comunicação
faz com o grupo ou com o individuo em particular.
Para Carvalho e Serafim (2004, p.78), “na perspectiva empresarial, a comunicação
pode ser caracterizada como sendo a transmissão de idéias, visando integrar um grupo de
trabalho na compreensão e execução dos objetivos”.
Ainda segundo Carvalho e Serafim (2004, p.85), “a comunicação é um instrumento
de gerência compartilhada que visa integrar a equipe de trabalho para o atingimento de suas
metas”.
Para Davis e Newstrom (2004, p.4), “comunicação é a transferência de informação e
compreensão de uma pessoa para outra”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.4), “comunicação é uma forma de atingir
os outros com idéias, fatos, pensamentos, sentimentos e valores”.
Quando um novo membro passa a integrar os quadros de uma organização, ele a
encontra com seus valores já formados, uma cultura organizacional pronta, uma linha de
atuação já definida e, para que ele possa compreender todos esses elementos, é necessário que
a organização transmita de maneira clara todas as informações que ele tem que dispor para
realizar o seu trabalho.
Bowditch e Buono (1992, p.80), “define comunicação, como sendo a troca de
informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado
entre indivíduos envolvidos”.
Ainda segundo Bowditch e Buono (1992, p.80), “comunicação é um processo pelo
qual conduzimos nossas vidas”.
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Para Heller (1998, p.6), “a comunicação consiste em fazer as pessoas entender sua
mensagem e responder de forma a provocar novas trocas - de preferência na direção de que
você gostaria”.
Analisando o pensamento de Heller, essas trocas só será possível se a organização
abri o espaço para a retroalimentaçao da informaçao.
Para Robbins (2002, p.276), “nenhum grupo pode existir sem comunicação”.
Ainda segundo Robbins (2002, p.276), “a comunicação facilita a motivação por
esclarecer aos funcionários o que deve ser feito”.
É justamente nos esclarecimento das tarefas a serem cumpridas que reside alguns
problemas da comunicação, muitas vezes os responsáveis pela transmissão das mensagens
apenas informa o que deve ser feito, porém não esclarece porque deve ser feito e nem como
deve ser feito, como Chiavenato cita há uma diferença entre informar e comunicar.
Segundo Del Prette e Del Prette (2001, p.63), “a comunicação é um mecanismo
essencial da vida e da evolução”.
Ainda segundo Del Prette e Del Prette (2001, p.64), “na sociedade a comunicação é
responsável pela formação de extensas redes de troca social que mantêm e alteram a cultura e,
conseqüentemente, a realidade social”.
Segundo Chiavenato (1992, p.114), “na realidade, a comunicação é um processo de
passar informações e compreensão de uma pessoa para outra”.
A compreensão da mensagem só será possível se todos os elementos da comunicação
forem escolhidos adequadamente, observando a estrutura e as particularidades de cada
organização.
2.2 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
É percebido que para existir a comunicação não basta que a mensagem seja
transmitida, é necessário haver um entendimento por parte de quem recebe, para isso é
importante escolher bem cada um dos elementos da comunicação.
Segundo Carvalho e Serafim (2004, p.79-82), os componentes do processo de
comunicação são:
►emissor: é o transmissor ou fonte primaria da mensagem comunicada ►mensagem: é o conteúdo da comunicação
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►código: pode ser entendido como sendo a organização que permite a redação da mensagem. A linguagem humana com suas regras e símbolos perfeitamente definidos constituem o código mais importante e mais utilizado. ►canal: também chamado de “veiculo” é o componente físico utilizado pelo emissor para levar a mensagem ao receptor ►receptor: é em principio, o individuo que recebe a mensagem e, após decodificá-
la, deve produzir uma resposta esperada pelo remetente.
Nota-se que o receptor é que tem a função de fazer o retorno da informaçao, ou seja,
fornecer feedback. Porém estudaremos o componente feedback isoladamente mais à frente.
Realimentação / feedback
Figura 3.5-componentes do processo de comunicação Fonte: Carvalho e Serafim (2004).
Para chiavenato (2003) além dos elementos colocados por Carvalho e Serafim ele
acrescenta o ruído.
Fonte
De transmissor canal receptor destino
Informação
Sinal sinal
Enviado recebido
Ruído
Figura 2.18-processo de comunicação Fonte: Chiavenato (2003).
Esse modelo difere do primeiro pelo fato de o receptor não se a pessoa a quem é
destinada à mensagem, ele apenas decodifica a mensagem para o destino.
Segundo Chiavenato (2003. p.109), “destino é a pessoa coisa ou processo para a qual
a mensagem é enviada”.
Além desses elementos existem outros fatores que influenciam sobremaneira o
processo de comunicação.
emissor mensagem código canal receptor
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Figura 3 - Principais Elementos do Processo de Comunicação Fonte: adaptado pelo autor de Macedo (2007).
Em principio esses elementos parecem de simples compreensão, mas utilizá-los de
maneira adequada, escolher qual o melhor dentro de cada processo não tem se mostrado tão
fácil assim.
Para que a comunicação possa ser trabalhada de maneira correta, é necessário
observar todos esses componentes tantos os elementos internos, como também os elementos
externos a organização, apenas um desses elementos pode contribuir para que ocorram falhas
na comunicação.
Entendendo esses elementos fica mais fácil para a organização resolver possíveis
barreiras na sua comunicação, principalmente com o retorno da informação é possível
descobrir onde as falhas acontecem, possibilitando assim que se atue no elemento certo.
Canal
Ruídos Fonte
Mensagem codificada
Receptor
Decodifica
Transmissão Recuperação
Feedback
Interesse no assunto
Valores pessoais
Meio ambiente
Cultura organizacional
Microculturas / etnias
Influencia Dos grupos
boatos
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2.3 COMUNICAÇÃO HORIZONTAL
Na hierarquia organizacional, nem toda comunicação se dá para cima ou para baixo,
nem é formalmente determinada pela empresa e nem ocorre no trabalho ou na interação face a
face. (Davis e Newstrom 2004, p.13).
A comunicação horizontal ou vertical representa bem o que diz o parágrafo acima e
com tantas informações que as empresas dispõem hoje em dia, a comunicação horizontal
tanto pode colaborar como servir de obstáculos dentro da organização, por isso merece uma
atenção especial por parte da direção da organização.
A comunicação horizontal ou lateral se dá entre os membros de um mesmo grupo ou
grupo do mesmo nível (Robbins 2002, p.282).
Para Robbins (2002, p.282), “a comunicação horizontal se faz necessária para
economizar tempo e facilitar a coordenação. A comunicação horizontal diminui o circuito da
hierarquia vertical e agiliza a ação”.
A comunicação horizontal pode servir de suporte para que as informações dos níveis
mais inferiores da organização cheguem até a direção ou vice-versa.
Reuniões interdepartamentais, equipes de projetos e forças-tarefas são alguns dos
mecanismos por onde circula a informaçao nesse tipo de fluxo. (Macedo 2007, p. 86).
A comunicação informal ou horizontal está inserida em outros tipos de estrutura,
como os grupos que se reúnem para almoçar, o quadro das secretarias e o pessoal do futebol
entre outros. (Macedo 2007, p. 86).
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.23), “as comunicações horizontais são
necessárias para a coordenação do trabalho com pessoas de outros departamentos e são
também utilizadas porque as pessoas preferem à informalidade das comunicações horizontais
a ir para cima e para baixo nas cadeias oficiais de comando”.
Nas organizações embora exista um processo pela qual a comunicação obedece,
sempre existe grupos informais que trabalham a comunicação de maneira mais agilizada, e
muitas vezes sem a direção ficar sabendo.
Segundo Bowditch e Buono (1992, p.96), “os grupos informais são aqueles que
surgem com o passar do tempo, através da interação dos membros da organização”.
Ainda segundo Bowditch e Buono (1992, p.96), “esses grupos podem ser funcionais
(contributórios) ou disfuncionais (obstáculos), para atingimento das metas organizacionais”.
Como esses grupos informais são formados dentro da comunicação horizontal, revela
bem a necessidade de a organização está atento há esses processos, até porque em muitos
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casos podem contribuir para o sucesso organizacional, mas muitas vezes podem servir como
obstáculos, como afirma Bowditch e Buono no parágrafo citado acima.
Embora esses grupos informais não tenham nenhum padrão de atuação definido,
existem algumas pessoas que desempenham maior papel dentro desses processos,
contribuindo para o fortalecimento do grupo.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.23), “os funcionários que desempenham maior
papel na comunicação horizontal são chamados de saltadores de fronteiras”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.23), “esses indivíduos tem fortes elos de
comunicação dentro de seus departamentos com pessoas de outras unidades e freqüentemente
com a comunidade externa”.
Essas conexões com outras unidades lhes permitem juntar grandes informações, que
eles podem filtrar ou transferir a outros. Isto lhes dá uma fonte de status e poder em potencial.
(Davis e Newstrom 2004, p.23).
Como essas informações lhes conferem poder e status, muitos grupos utilizam desse
poder para fazer reivindicações junto à direção, mudando muitas vezes até o cronograma de
atividades da organização.
Contatos na empresa contatos fora da empresa
1 Comunicação Horizontal 2 Cadeia de Comando
Figura 1.7 Padrões de comunicação de um departamento de engenharia Fonte: Davis e Newstrom (2004).
Produção
Vendas
Relações Industriais
compras
Grupos de pesquisa
Subordinados Administrativos
Supervisão imediata
Departamento de engenharia
Alta gerência
Subordinados Da engenharia
clientes
Representação Do governo
Fornecedores
Contatos Profissionais
Contatos na comunidade
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Bowditch e Buono afirmam (1992, p.96), “os grupos informais, por exemplo, podem
estabelecer padrões (altos ou baixos) que governem a quantidade de trabalho que cada um de
seus membros irá realizar, a despeito de políticas e normas estabelecidas pela administração”.
Carvalho e Serafim afirmam (2004, p.89), “para que se evite ao Maximo a presença
de distorções nas comunicações num mesmo nível hierárquico, é preciso que a empresa tenha
uma política de coordenação administrativa bem definida”.
Ainda segundo Carvalho e Serafim (2004, p.89), “a organização deve incentivar as
consultas paralelas a nível técnico e cientifico, principalmente, bem como desenvolver uma
postura de interdependência funcional, pois nenhuma pode, hoje em dia, agir isoladamente,
sem a colaboração das demais unidades da empresa”.
Ainda dentro das comunicações horizontais existem as formações de redes, que
ajudam a disseminar as informações dentro desse fluxo.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.23-24), “uma rede é um grupo de pessoas que
desenvolve e mantêm contato para troca informal de informações, normalmente sobre
interesses comuns”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.24), “as redes ajudam a ampliar os
interesses dos funcionários, mantêm-nos mais informados sobre novos desenvolvimentos
técnicos e os tornam mais conhecidos”.
Sejam através de redes de comunicações bem formadas, na qual existam até os
saltadores de fronteiras, ou nem redes nem tanto estruturadas, as comunicações horizontais
são uma realidade dentro das organizações e contribuem em alguns casos positivamente, em
outros negativamente no processo de comunicação, daí a necessidade de serem levadas a sério
pela direção da organização.
2.4 COMUNICAÇÃO VERTICAL
Segundo Robbins (2002, p.281), “a comunicação pode fluir vertical ou
horizontalmente”. A vertical se divide em ascendente e descendente.
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2.4.1 Comunicação descendente
É a comunicação que flui dentro de um grupo ou organização, partindo dos níveis
mais altos para os níveis mais baixos (Robbins 2002, p.281).
Comunicação descendente em uma organização significa que seu fluxo vai da
autoridade superior para a inferior. (Davis e Newstrom 2004, p.15).
Para Davis e Newstrom (2004) muitas vezes as organizações preparam um
cronograma de atividades voltadas à transmissão de informações, no entanto, elas falham
porque falta mais humanidade por parte da direção da organização e sensibilidade às
necessidades humanas.
Para isso a gerencia precisa “sintonizar-se” junto aos subordinados. (Davis e
Newstrom 2004, p.19).
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.19), “isto requer iniciativa, ação positiva,
sensibilidade para sinais fracos, adaptação a canais de informação dos funcionários e,
principalmente, estar atento e acreditar que as mensagens ascendentes são importantes”.
As comunicações de cima para baixo envolvem o próprio conceito dinâmico de
gerencia. Fazer as coisas acontecerem por intermédios dos subordinados. (Carvalho e Serafim
2004, p.86).
Esse conceito de fazer as coisas acontecerem por intermédio dos subordinados, é
influenciado principalmente pela ordem emanada, que tem como característica não apenas
informar o que deve ser feito, mas dispositivos legais para punir quem deixar de cumprir as
ordens.
Carvalho e Serafim (2004, p.87), “afirma que a comunicação de ordens é
fundamental para fazer a empresa funcionar. Ela está presente sob formas oral e escrita, em
grande parte das comunicações para baixo”.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.15), “as comunicações de ordem descendentes,
normalmente, considera-se desta forma, do gerente para o grupo de empregado de primeira
linha, porém isto ocorre mesmo dentro dos vários níveis de gerencia”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.15), existem quatro fundamentos que
atuam como pré-requisito para uma abordagem segura na comunicação descendente:
1- Os gerentes precisam desenvolver uma atitude positiva de comunicação. 2- Os gerentes devem continuamente trabalhar para estarem informados. 3- Os gerentes precisam se planejar conscientemente para a comunicação. 4- Os gerentes precisam desenvolver confiança entre emissores e receptores.
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Como o autor descreve acima é necessário que aquele que tem a função de
comunicar algo, no caso da comunicação descendente a função é do superior, precisa alem de
estar bem informados fazer um planejamento de como efetuar essa comunicação.
Figura 3.10- esquema das comunicações do gerente participativo Fonte: Carvalho e Serafim, 2ª ed. (2004).
Segundo Carvalho e Serafim (2004, p.87), basicamente são cinco os tipos de
comunicações descendentes:
1- Diretrizes especiais para as tarefas; instruções de cargo. 2- Informação destinada a produzir compreensão das tarefas e sua relação com outras funções organizacionais: lógica do cargo. 3- Informação sobre procedimentos e práticas organizacionais. 4- Feedback para o empregado sobre seu desempenho. 5- Informação para desenvolver um senso de missão: argumentação sobre objetivos.
Para Davis e Newstrom (2004, p.15), “se os subordinados não confiam em seus
superiores, eles provavelmente não ouvem nem acreditam nas mensagens da gerencia”.
Daí a necessidade de os gerentes ajustar suas comunicações às necessidades de
trabalho de seus receptores (Davis e Newstrom 2004, p.17).
Superiores Hierárquicos
Gerente Participativo
Gerente Do mesmo
Nível Hierárquico
Gerente Do mesmo
Nível Hierárquico
Liderados
Comunicações descendentes
comunicações horizontais
Comunicações Ascendentes
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Essa relação de confiança se torna difícil na medida que os superiores não abrem
espaço para uma comunicação transparente, onde os dos lados possam ser ouvidos e, ambos
possam dar e receber feedback.
Outra situação que dificulta esse processo de confiança, é que ao abrir o espaço para
aplicação do feedback, os subordinados podem dar um feedback negativo aos seus superiores,
o que pra muitos é extremamente complicado receber.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.17), “os funcionários de níveis inferiores têm
uma serie de necessidades de informações. Os gerentes acham que as compreendem, mas com
freqüência os empregados não. Esta diferença, torna difícil a comunicação”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.17), “isto faz com os comunicadores
descendentes, sejam demasiado confiantes e não tomem muito cuidado com suas mensagens
descendentes”.
As comunicações descendentes são importantes, porque na medida que ela acontece
de maneira transparente e confiável, o seu retorno, ou seja a comunicação de baixo para cima
(comunicação ascendente) tem a ser também positiva.
2.4.2 Comunicação ascendente
A comunicação como sendo uma via dupla, não parte apenas do escalão superior
para o inferior (comunicação descendente), mas também do inferior para o superior
(comunicação ascendente), isto ocorre tanto no retorno da informaçao, como em praticas
normais de sugestões.
Comunicação ascendente são as informações que partem do nível operacional e
chegam ao topo em forma de sugestões de melhorias, pesquisas de clima organizacional,
relatórios e informações contábil-financeiras. (Macedo 2007, p.85-86).
Comunicação ascendente è a que se dirige aos escalões mais altos do grupo ou da
organização. (Robbins 2002, p. 281).
Segundo Carvalho e Serafim (2004, p. 88), “as comunicações de baixo para cima têm
como finalidade verificar se os liderados (receptores) entenderam, assimilaram e agiram em
função da orientação recebida do gerente participativo (emissor)”.
Ainda segundo Carvalho e Serafim (2004, p.89), “os gerentes necessitam manter um
sistema de controles administrativos, isto é, precisa saber o que está se passando no âmbito
dos receptores de sua comunicação”.
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Como citado acima, os gerentes só saberão o que se passa no nível inferior se a
informaçao ascendente for repassada de maneira correta, por isso é preciso adotar a pratica do
feedback.
Segundo Robbins (2002, p.281), “a comunicação ascendente mantêm os dirigentes
informados sobre como os funcionários se sentem em relação ao seu trabalho, seus colegas e a
organização em geral, ou seja, fornece feedback”.
Segundo Carvalho e Serafim (2004, p.89), alguns tipos de comunicações ascendentes
merecem citação:
► relatórios transmitindo dados estatísticos (unidades produzidas ou vendidas, pessoal contratado ou demitido, etc.). ► relatórios financeiros (aumento e oscilações do capital, nível de investimentos, contas a pagar e receber, receitas e despesas, etc.). ► opiniões, idéias, sugestões, reclamações, queixas e criticas. ► reclamações formais com fluxo por processamento próprio em seu caminho ascendente, exigindo, via de regra, solução.
A comunicação ascendente é importante, porque não é a apenas os subordinados que
precisam de informaçao para desenvolver as suas tarefas, mas principalmente os superiores
necessitam de informações que vem do nível intermediário e operacional para poderem tomar
decisões.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.19), “caso o fluxo da comunicação de duas vias
seja quebrado por uma comunicação ascendente deficiente, a gerencia perde contato com as
necessidades dos funcionários e carece de informações suficientes para tomar decisões
corretas”.
Ainda segundo Davis e Newstrom (2004, p.19), diversos problemas contamina a
comunicação ascendente:
1- a primeira é a demora, que o deslocamento da informaçao leva até chegar nos altos escalões. 2- A segunda é a filtragem, essa filtragem acontece porque o funcionário tende a dizer ao seu superior apenas aquilo que ele acha que aquele quer ouvir. 3- Necessidade de respostas do funcionário, quando ele inicia a comunicação ascendente, passa a ser o emissor e tem grande expectativa de que o retorno irá acontecer, e em breve.
Como cita Bowditch e Buono (1992, p.80), “a comunicação é a troca de informações
entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre indivíduos
envolvidos”.
No processo de comunicação organizacional, na maioria das vezes essa comunicação
parte do nível superior para o inferior, no entanto, na comunicação ascendente, o emissor é o
24
funcionário, cabendo portanto ao superior os mesmos cuidados no recebimento das
mensagens.
Um ponto de partida para se construir uma comunicação ascendente melhor é ter uma
política geral descrevendo os tipos desejados de comunicação ascendente (Davis e Newstrom
2004, p.20).
Na comunicação seja ela horizontal, descendente ou ascendente é importante que se
estabeleça a melhor maneira de aplicar-las, observando as singularidades de cada estrutura
organizacional, procurando minimizar ao máximo as barreiras existentes na comunicação.
2.5 BARREIRAS A COMUNICAÇÃO
Em qualquer processo de comunicação é inevitável que exista algumas barreiras a
serem transpostas para que a comunicação aconteça com maior qualidade. Essas barreiras
precisam ser identificadas e trabalhadas de forma a facilitar o processo de comunicação.
Uma das dificuldades existentes é que as organizações muitas vezes sabem que
existem as barreiras, no entanto, não sabem quais são, e logicamente elas variam de
organização para organização.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.9), “mesmo quando o receptor recebe a
mensagem e realmente se esforça para decodificá-la, existe um grande numero de
interferências que podem limitar sua boa compreensão, estes obstáculos atuam como barreiras
à comunicação”.
O objetivo deste capítulo é identificar quais as barreiras existentes no processo de
comunicação, e discuti-las sobre o ponto de vistas de algumas literaturas que abordam o
assunto.
Segundo Dowditch e Buono (1992), o objetivo da comunicação eficaz é o
entendimento, no entanto, nem sempre isso é concretizado. As causas são as mais variadas
possíveis.
Para Bowditch e Buono (1992, p.85), as principais barreiras à comunicação são:
►sobrecarga de informações: a sobrecarga se refere a uma situação onde tenhamos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar. ►tipos de informações: as informações que se encaixarem em nosso autoconceito tendem a ser recebidas e aceitas muito, mas prontamente de que dados que venham a contradizer o que já sabemos. ►fontes de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade que as outras, temos tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações recebidas de outras.
25
►localização física e distrações: a localização física e a aproximidade entre transmissor e receptor também influencia a eficácia da mensagem.
Percebe-se pelo exposto acima que a comunicação é facilmente distorcida por
qualquer barreira, daí a necessidade de estar sempre atento a esse processo.
Além das barreiras descritas acima, Davis e Newstrom (2004, p.9-10), afirma que as
barreiras à comunicação se dividem em:
►Pessoais: são interferência que surgem das emoções humanas, dos valores ou maus hábitos de escuta. ►Físicas: são interferência na comunicação que residem no ambiente no qual se dá a informação. Uma típica barreira física é um barulho repentino que abafa temporariamente a voz do locutor. ►Semântica: a semântica é a ciência do significado, em contraste com a fonética, que é a ciência dos sons. Quase toda comunicação é simbólica, isto é, efetuada através de símbolos. (palavras, quadros e ações) que sugere certo significado.
Ainda segundo Davis Newstrom (2004, p.10), “as barreiras semânticas surgem das
limitações dos símbolos com os quais nos comunicamos. Normalmente eles têm uma
variedade de significados e nós temos que escolher um dentre vários”.
Outra barreira à comunicação é os boatos, eles existem em todas as organizações e,
acreditar que eles não influenciam o processo de comunicação é uma atitude que coloca em
risco toda comunicação da organização.
Segundo uma pesquisa patrocinada pela empresa americana de consultoria: Towers, Perin, Forster e Crosby, de New York, fez um levantamento representativo de um universo de 10 (dez) mil empregados, no qual foi revelado que 40% deles acreditavam em boatos. (Carvalho e Serafim, 2004, p.96).
Segundo Carvalho e Serafim (2004, p.96), “a maneira mais rápida, barata e eficaz de
se avaliar a qualidade do sistema de comunicação de uma empresa é ouvir, informalmente o
que dela dizem seus funcionários”.
Existe uma necessidade de a organização identificar quais os boatos que circulam
internamente que pode servir como barreira à comunicação.
Segundo Chiavenato (2003, p.114), “o processo de comunicação humana está sujeito
a chuvas e tempestades”.
Para Chiavenato (2004), as barreiras à comunicação são as mesmas citadas por Davis
e Newstrom (2004), barreiras pessoais, físicas e semânticas.
Ainda segundo Chiavenato (2003, p.115), além das influencia das barreiras, a
comunicação pode ainda sofrer três males:
►omissão: ocorre quando certos aspectos ou partes importantes da comunicação são omitidos ou cortados por alguma razão, seja pela fonte, seja pelo destinatário.
26
►distorção: ocorre quando a mensagem sofre alteração, deturpação, modificação, afetando e modificando seu conteúdo e significado original. ►sobrecarga: ocorre quando o volume ou quantidade de informação e muito grande e ultrapassa a capacidade pessoal do destinatário de processar as informações, perdendo grande parte delas ou distorcendo seu conteúdo.
Esses males que chiavenato coloca também atuam como barreira, pois atrapalha a
eficácia da comunicação.
Robbins (2002, p.279), coloca como barreira à comunicação:
► filtragem a filtragem: refere-se a manipulação da mensagem pelo emissor, para que ela seja vista da maneira mais favorável pelo receptor. ► percepção seletiva: o receptor no processo de comunicação vê e escuta seletivamente, com base em suas próprias necessidades, motivações, experiências, histórico e outras variáveis. ► defesa: quando as pessoas se sentem ameaçadas, a tendência é uma reação para reduzir a capacidade de entendimento mutuo. ► linguagem: as palavras têm significados diferentes para pessoas diferentes. O significado das palavras não está nelas, está em nós.
Qualquer tipo de barreira, como foi estudado, atrapalha para que o processo de
comunicação seja positivo e confiável, e um dos meios de se verificar se a mensagem foi
entendida de maneira correta, é exigindo o retorno por parte de quem a recebeu, ou seja,
adotar o feedback como parte fundamental na comunicação.
2.6 FEEDBACK
Um dos componentes ainda recentes estudado na administração e aplicado ao
processo de comunicação e relacionamento interpessoal é o feedback, esse processo explica
como a informação que entra em determinado setor e obedece ao fluxo de entrada,
processamento e saída, poderá retornar ao componente de entrada, realizando a
retroalimentação e aperfeiçoando a comunicação.
Uma das importâncias dada ao feedback é que quem emite a informação no caso a
fonte pode avaliar quem recebe no caso o receptor e o receptor pode avaliar a fonte além da
avaliação do processamento, ruídos, canal e ambiente interno e externo que influenciam a
informação poderão ser avaliados.
Encontra-se referência nas sagradas escrituras de um exemplo de feedback,
quando Jesus perguntou aos seus discípulos: Que dizem os homens ser o filho do homem?
Jesus estava querendo saber através da sua equipe o que seus seguidores pensavam a respeito
27
dele. Momento depois Jesus perguntou: e vós que dizeis que eu sou? Neste momento Jesus
estava querendo saber o que sua equipe pensava ao seu respeito. Bíblia (Mateus, 1969, p. 19).
O exemplo elucidado acima nada mais é que Jesus recebendo feedback, porque ao
perguntar o que os outros e seus discípulos pensavam ao seu respeito Jesus abriu espaço pra
resposta não apenas positiva, mas também negativa isso proporciona a oportunidade de o líder
crescer e ter sempre seus liderados como aliados.
Embora encontrem exemplo antigo de Feedback a designação desse termo é recente,
tem sua origem na Teoria Geral dos Sistemas de Ludwig Von Bertalanffy e embora recente
têm ganhado importância e prescindir desse componente é crer que as informações não
sofrem modificações ou que todas as pessoas analisam as informações de uma única maneira.
Para Araújo (1999), quando uma pessoa fornece feedback a alguém ele o torna
consciente que o feedback também é importante pra ele.
Ainda segundo Araújo (1999, p.75), “o conceito de feedback significa na tradução
literal retroalimentaçao, isto é, processar informações e transmiti-las ao sistema para a
continuidade do seu funcionamento”.
Uma das vantagens do feedback é que ele dá a oportunidade de dentro do processo de
comunicação as criticas possam ser feitas.
Segundo Roland e Bee (2000, p.9), “criticar é parte integrante da comunicação
efetiva, isto é, daquela que pressupõe um locutor e um interlocutor”.
A finalidade da crítica segundo Roland e Bee (2000, p.11), “é fornece informações
sobre o comportamento e o desempenho com base em dados positivos, de tal maneira que a
pessoa criticada mantém uma atitude positiva em relação a si própria e ao seu trabalho”.
Essas críticas, no entanto, não quer dizer que apenas os funcionários devam receber
os chefes também devem ser criticados dentro do processo de comunicação, desde que haja
falhas, até porque o feedback não tem como função avaliar apenas uma parte.
Segundo Chiavenato (1992, p.114), “a comunicação é um processo de transmissão de
uma informação de uma pessoa para outra, sendo então compartilhada por ambas”.
Como será possível saber se o receptor está compartilhando realmente aquilo que a
mensagem pretende transmitir se não através do feedback?
Segundo Araújo (1999, p.82), “a função do feedback é aumentar a minha consciência
e a percepção do outro, melhorar o nosso relacionamento e o desempenho conjunto”.
28
Por isso Gil (2001, p. 80), “diz que a pessoa interessada em se comunicar é que deve
procurar obter do interlocutor a realimentação da mensagem”.
Ainda segundo Gil (2001), essa procura se dar desde a observação até a formulação
de questionários, para descobrir o nível de compreensão da mensagem por parte do receptor.
Como citado anteriormente o feedback não tem como função avaliar apenas uma
parte, o feedback é uma via dupla, por um lado, a pessoa recebe, por outro, a pessoa dar.
Segundo Araújo (1999, p.76), “dar feedback é a oportunidade que eu tenho de
transmitir a minha percepção ao seu respeito (não a verdade sobre você). Por outro lado,
receber feedback é a oportunidade que eu tenho de conhecer e aceitar a sua percepção ao meu
respeito”.
Essa relação de trocas de informações, ou seja, dar e receber, fortalece o processo de
comunicação e aumenta o nível de confiança desde que seja bem trabalhada.
Um outro fator que contribuem para que o feedback não possa ser trabalhado de
maneira adequado é a relação de mando e subordinação.
Segundo Araújo (1999, p.77), “dentro da pratica atual, dar feedback está ligado ao
exercício de alguma maneira de poder sobre o outro, seja ele através da estratégia de controle
direto (mando), de influencia ou de responsabilidade”.
Por isso que Araújo (1999, p.77), “diz que a expressão mais comum, quando se fala
em feedback, é a tensão, a expressão de ansiedade, como se o interlocutor (que dá o feedback)
tivesse o poder de julgar e atribuir numa “sentença” o destino do outro”.
Tem se observado que incluir como prática comum o feedback no processo de
comunicação não é fácil, por vários motivos, entre eles o medo que as pessoas tem de receber
feedback, no entanto, é importante que as organizações comecem adotar esse modelo, que irá
muito contribuir para que sejam eliminadas as barreiras na comunicação, tornando o processo
de comunicação um fator chave para o sucesso da organização como um todo.
29
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
A Policia Militar do Estado do Tocantins tem sua historia configurada a partir do
advento da nova Constituição Federal promulgada no dia 05 de outubro de 1988, criando em
seu art. 13 das disposições constitucionais o tão sonhado Estado do Tocantins, fazendo se
necessário à divisão do Estado de Goiás, surgindo não só um novo estado, mas também uma
nova policia.
No dia 01 de janeiro de 1989 o estado é instalado, começando uma nova historia e
junto com o estado a policia militar, uma policia que embora centenária, até porque os
policiais que escolheram pertencer o Estado do Tocantins, já serviam em Goiás, passava a ser
uma policia recém criada.
Por um lado, era a oportunidade de se construir uma policia diferenciada, onde a
comunidade fosse uma aliada, onde o cidadão tivesse o respeito da policia e a policia do
cidadão, por outro, a sombra e alguns vícios da ditadura militar ainda era avistado nas policias
do Brasil inteiro, e na Policia recém criada não era diferente.
O 4º BPM (Batalhão de Policia Militar) tem uma parcela significativa na historia da
Policia Militar do Estado do Tocantins, desde o inicio foi referencia para formação de
soldados e muitos dos que aqui comandaram se tornaram comandantes gerais da Policia
Militar do Estado do Tocantins.
O 4º BPM (Batalhão de Policia Militar) foi criado na cidade de Gurupi e inaugurado
em 15 de fevereiro de 1975 quando ainda pertencia ao estado de Goiás e possui na época a
denominação de 4º Companhia Independente de Policia Militar e tinha como comandante o
Major PM Álvaro Alves Junior. Fica localizado na av. Goiás, saída Sul, Centro de Gurupi.
Com a divisão do estado de Goiás passou a ser chamado de 4º Batalhão de Policia
Militar, hoje abrangendo os municípios de Gurupi sede do 4º PBM, Aliança, Talismã,
Figueiropolis, Cariri, Sucupira, Peixe, Jaú do Tocantins, Palmeiropolis, São Valério e São
Salvador, perfazendo uma área de 50.512km² e uma população estimada de 164.115
habitantes.
Atualmente o comandante do 4º BPM é o Tenente Coronel Ibanez da Costa
Meneses, contando com um efetivo de 456 policiais militares e 71 viaturas. Dividido em:
30 Oficiais:
01 (um) Tenente Coronel;
02 (dois) Major;
30
08 (oito) Capitão;
15 (quinze) 1º Tenentes;
04 (quatro) Aspirantes a Oficial e;
426 Praças, dividido em:
13 (treze) Sub-Tenentes;
51(cinqüenta e um) 1º Sargento;
33 (trinta e três) Cabos;
329 (trezentos e vinte e nove) Soldados.
O 4º BPM possui 03 (três) companhias:
1ª Companhia situada na sede do 4º BPM, comandada pelo Cap. PM Jéferson
Nunes Alecrim (Cap. Alecrim) onde será realizado esse projeto, contando com um efetivo de
233 policiais, distribuídos nas respectivas cidades:
Gurupi (sede) com um efetivo de 184 policiais. Os 184 policiais da sede são
distribuídos da seguinte maneira:
07 (sete) Sub-Tenentes;
28 (vinte e oito) 1º Sargento;
15 (quinze) Cabos e;
134 Soldados.
3º Pelotão da 1ª CIA, abrangendo:
Destacamento PM de Peixe-TO, comandado pelo 1º Sargento PM Jose Bonifácio
Bonfim Silva (Sgt Bonifácio) com um efetivo de 12 policiais, distribuídos da seguinte
maneira:
01 (um) 1º Sargento;
01 (um) Cabo;
10 (dez) Soldados.
Sub Destacamento de Vila São Miguel –TO, comandado pelo 1º Sargento PM
Darcy Ferreira Teles (Sgt Darcy) com um efetivo de 02 policiais, distribuídos da seguinte
forma:
01 (um) 1º Sargento;
01 (um) Soldado.
Sub Destacamento de Vila Quixaba-TO, comandada pelo Cabo PM Antonio
Bezerra Filho (Cb filho), com um efetivo de 02 policiais, distribuídos a seguir:
01(um) Cabo;
01(um) Soldado.
31
Destacamento PM de São Valério, comandado pelo Sub-Tenente PM Edson de
Oliveira (Sub-Tenente Edson), com um efetivo de 05 policiais, distribuídos em:
01(um) Sub-Tenente;
01(um) Cabo;
03 (três) Soldados.
Destacamento PM de Aliança do Tocantins, comandado pela Sub-Tenente PM
Gilvania Barros Camarço (Sub-Tenente Gilvania), com um efetivo de 10 policiais distribuídos
a seguir:
01(um) Sub-Tenente;
03 (três) Cabos;
06 (seis) soldados.
Destacamento PM de Dueré-TO comandado pelo Sub-Tenente PM Walmir
Ferreira da Silva Junior (Sub-Tenente Junior) com um efetivo de 05 policiais distribuídos a
seguir:
01 (um) Sub-Tenente;
04 (quatro) Soldados.
Destacamento PM de Cariri do Tocantins comandado pelo 1º Sargento PM
Deusimar Bezerra de Oliveira (Sgt Deusimar) com um efetivo de 04 policiais distribuídos a
seguir:
01(um) 1º Sargento;
03 (três) Soldados.
Destacamento PM de Sucupira comandado pelo 1º Sargento PM Hilke Dias
Rodrigues (Sgt Hilke) com um efetivo de 04 policiais distribuídos a seguir:
01 (um) 1º Sargento;
03 (três) Soldados.
Destacamento PM de Crixás, comandado pelo 1º Sargento PM Sidney Guida de
Oliveira (Sgt Sidney) com um efetivo de 04 policiais distribuídos da seguinte maneira:
01 (um) 1º Sargento;
03 (três) Soldados.
A 1º Companhia é onde ficam lotado os policiais das frentes de serviço de RP (radio
patrulha), guarda do Quartel, Copom (Centro de Operações), onde são recebidas as chamadas
via 190 e repassadas para as vtr (viaturas), CPU (Comando de Policiamento Urbano), os
únicos praças que tiram serviço de CPU são os Sub-Tenentes, guarda da CPP (Casa de Prisão
32
Provisória), guarda da Penitenciaria e outras frentes, como guarda do fórum, cartórios
eleitorais e serviço de Proteção Bancária.
2º Companhia situada na cidade de Alvorada, comandada pelo 1º Tenente PM
Antonio Artidero Soares Lemos (Ten Lemos) com um efetivo de 77 Policiais, abrangendo as
seguintes cidades:
Alvorada com 23 policiais;
Figueiropolis com 07 policiais;
Palmeiropolis com 14 policiais;
São Salvador com 15 policiais;
Jaú do Tocantins com 08 policiais;
Retiro com 02 policiais;
Novo Horizonte com 02 policiais e;
Talismã com 06 policiais.
3ª Companhia situada na cidade de Formoso do Araguaia comandada pelo Cap. PM
Edílson Sergio de Paula (Cap. Sergio) com um efetivo de 63 policiais distribuídos nas
seguintes cidades:
Formoso do Araguaia com 25 policiais;
Araguaçu com 22 policiais;
Sandolandia com 05 policiais;
Dorilandia com 02 policiais e;
Outros com 09 policiais.
O 4º BPM contêm varias seções e departamentos. Segue relação:
1ª Seção denominada P/1, sobre responsabilidade da Cap. PM Raquel Venâncio
Correa, compete a esta seção os trabalhos na área de Recursos Humanos.
2ª seção denominada P/2 sobre responsabilidade do Cap. PM Raimundo Lustosa
Dourado, compete a esta seção o serviço de Inteligência.
3ª Seção denominada P/3, sobre responsabilidade do Major PM Wilton Pereira
Maia, compete a esta seção o serviço de instrução, planejamento e ensino.
O 4º BPM dispõe de uma Assessoria de Comunicação P/5, sobre responsabilidade
da Asp. OF. Lourdes Cristina Coelho Rodrigues. Tesouraria, Assessoria Jurídica, Seção de
Transito, Seção de Transportes e almoxarifado, todos esses departamentos existe um oficial
ou Asp. OF à frente dos trabalhos. Dispõem ainda de um F.A.S (Fundo de Assistência Social)
33
serviço de recepção e Capelania, dividida em Capelania Católica e Capelania Evangélica,
tendo em suas frentes um padre e um pastor respectivamente, ambos 1º Tenentes.
O 4º BPM possui uma banda de musica, sobre regência do maestro Sub-Tenente
Jose da Cruz Souza com 25 componentes, alem do serviço de saúde, contendo profissionais
nas áreas de psicologia, veterinária, fisioterapia, enfermagem, odontologia, medicina e
assistência social. O 4º BPM também é conhecido como Batalhão Javaés, em homenagem a
tribo indígena Javaé que habitada a beira do rio Javaé na ilha do Bananal.
34
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capitulo são apresentados os métodos de pesquisa, bem como as técnicas de
pesquisa utilizadas para analisar a comunicação interna dentro da primeira Companhia de
Policia Militar do Estado do Tocantins, buscando atingir o objetivo geral deste projeto.
Os procedimentos Metodológicos constituem o caminho para que dados reais sejam
extraídos, utilizando-se de vários métodos e técnicas, bem como analisa-los, comparando com
o que foi discutido dentro da revisão teórica.
4.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
A pesquisa será realizada dentro da Primeira Companhia de Policia Militar do
Estado do Tocantins. O método que guiará a pesquisa será o indutivo e dedutivo.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 24), “o método é apenas um meio de acesso; só a
inteligência e a reflexão descobrem o que os fatos e os fenômenos realmente são”.
Para Prestes (2003, p. 30), “o método indutivo é aquele em que se utiliza a indução,
processo mental em que, partindo-se de dados particulares, devidamente constatados, pode-se
inferir uma verdade geral ou universal não contida nas partes examinadas”. O método da
indução se justifica nesse projeto pelo fato de que, antes de mais nada, o autor tem que
raciocinar e argumentar sobre o tema aqui proposto.
Seguindo a mesma linha de pensamento Prestes (2003, p. 31), “no método dedutivo,
a racionalização ou a combinação de idéias em sentido interpretativo têm mais valor que a
experimentação caso a caso, ou seja, utiliza-se a dedução, raciocínio que caminha do geral
para o particular”.
Esse método se justifica pelo mesmo motivo do indutivo, onde a reflexão guiará os
resultados obtidos.
Para Cervo e Bervian (2002, p. 32), “a indução e a dedução são processos que se
complementam”.
Observando a estrutura da organização e o exposto acima o método será o indutivo-
dedutivo, processo que Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 24), “são, antes de mais nada,
formas de raciocínio ou de argumentação e, como tais, são formas de reflexão, e não de
simples pensamento”.
35
Esses métodos permitirão que seja feita uma analise de como está sendo trabalhada à
comunicação dentro da Primeira Companhia. Dentro desse segmento será utilizada a pesquisa
exploratória e descritiva.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 69), “a pesquisa exploratória tem por objetivos
familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias”.
Ainda segundo Cervo e Bervian (2004, p.69), “os estudos exploratórios não
elaboram hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar
mais informações sobre determinado assunto de estudo”.
Esse tipo de pesquisa se justifica pelo fato de que se busca no projeto são
informações de como é trabalhada a comunicação dentro da organização e fazer uma analise
desse mesmo processo.
Para cervo e Bervian (2002, p. 66), “a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e
correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”.
Seguindo essa mesma linha Mattos, Junior e Blecher (2004, p. 15), “o método de
pesquisa descritivo tem como característica observar, registrar, analisar, descrever e
correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir com precisão a
freqüência em que um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores”.
A pesquisa será realizada junto ao efetivo pertencente à organização, tendo em vista
tratar o tema de comunicação interna, utilizando-se das técnicas metodológicas descritas a
seguir.
4.2 TÉCNICA DE PESQUISA
A primeira técnica de pesquisa utilizada foi à pesquisa bibliográfica, utilizada para
construir os embasamentos teóricos, tendo em vista ser o tema bastante estudado e discutindo
dentro de vários segmentos de estudos.
A pesquisa bibliográfica se justifica segundo Cervo e Bervian (2002, p. 67), “porque
é o meio de formação por excelência e constitui o procedimento básico para os estudos
monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.
No projeto em questão se justifica porque serve como base para se avaliar como
estar sendo trabalhada a comunicação dentro da primeira Companhia de Policia Militar do
estado do Tocantins.
36
Para Mattos, Junior e Blecher (2004, p. 18),
Essa pesquisa é considerada o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica, sendo também a mais utilizada em trabalhos de conclusão de curso de graduação e pós-graduação, pois recolhe e seleciona conhecimentos prévios e informações acerca de um problema ou hipótese já organizado e trabalhado por outro autor.
A segunda técnica utilizada foi à pesquisa documental, principalmente na formação
da caracterização da organização, tendo em vista que a organização estudada já existe há
bastante tempo e dispõe de um banco de dados com bastante informação a seu respeito.
Segundo Mattos, Junior e Blecher (2004, p.17),
A pesquisa documental tem como objetivo investigar fontes primarias, que se constituem de dados que não foram codificados, organizados e elaborados para os estudos científicos, como: documentos, arquivos, plantas, desenhos, fotografias, gravações, estatísticas e leis, para poder descrever e analisar situações, fatos e acontecimentos anteriores.
Nesse projeto, as fontes são o banco de dados do 4º BPM (Batalhão de Policia
Militar), onde fica inserida a Primeira Companhia, um DVD documentário elaborado pelo
CFSD/2006 (Curso de Formação de Soldados), utilizados principalmente para descrever a
quantidade de efetivos, os departamentos, as cidades sobe o comando da Primeira Companhia
e os dados históricos, como: criação da organização, primeiro Comandante, etc.
Para Marconi e Lakatos (2006, p.88), “a observação é uma técnica de coleta de
dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos
da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou
fenômenos que se deseja estudar”.
Dentro da técnica de observação existe varias maneiras de se trabalhar esse
processo. Neste projeto será utilizada a observação participante, tendo em vista que o autor
faz parte do quadro de funcionários da organização, observação individual, tendo em vista que
o projeto só contém um autor e a observação sistemática, pois conta com modelos de coleta de
informações que serão aplicados juntos aos soldados da Primeira Companhia de Policia
Militar do Estado do Tocantins.
Segundo Marconi e Lakatos (2006, p.90), “a observação participante consiste na
participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele incorpora ao grupo,
confunde-se com ele”.
Na observação individual Marconi e Lakatos afirmam (2006, p.90), “é a técnica de
observação realizada por um pesquisador”.
37
Na observação sistemática é utilizado instrumentos para coleta dos dados ou
fenômenos observados. Marconi e Lakatos (2004, p. 90).
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 48), “questionário é a forma mais usada para
coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja”.
Seguindo a mesma linha Mattos (2004, p. 38), “com esse instrumento, o informante
responde por escrito, questões estruturadas e relacionadas com o tema da pesquisa”.
Será aplicado um questionário junto aos militares da primeira Companhia, dentro de
um total de 184 que responderão 22 questões sendo 19 (dezenove) fechadas e 03 (três)
abertas todas estruturadas pelo autor.
Segundo Mattos, Junior e Blecher (2004, p. 39), “o questionário pode ser composto
de perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, ou perguntas fechadas, com
alternativas determinadas, que limitam as respostas”.
A aplicação de perguntas fechadas se justifica porque facilita a analise dos dados e
não dá ao respondente a oportunidade de desviar o foco daquilo que se pretende alcançar.
Enquanto as perguntas abertas se justificam porque dar ao respondente a oportunidade de
visualizar situações além das colocados pelo autor.
Segundo Marconi e Lakatos (2006, p. 92), “a entrevista é um encontro entre duas
pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto,
mediante uma conversação de natureza profissional”.
Seguindo essa mesma linha Mattos, Junior e Blecher (2004, p. 36), “o objetivo da
entrevista é colher dados relevantes de determinadas fontes ou pessoas, em contato direto do
pesquisador com os sujeitos da amostra”.
Nesse projeto será utilizado de uma entrevista estruturada, com perguntas elaboradas
pelo autor e o sujeito da amostra será o comandante da primeira Companhia que responderá
10 (dez) questões + a.
Para Marconi e Lakatos (2006, p. 93), “entrevista estruturada é aquela em que o
entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao individuo são
predeterminadas”.
O modelo de entrevista estruturada se justifica pelo fato de ser o autor funcionário da
organização e, sendo uma organização de cunha militar onde a hierarquia é extremamente
rígida, não tem como a entrevista transcorrer com mais liberdade.
38
4.3 ANALISE DOS DADOS
A coleta dos dados se dará de maneira sistemática através de visitas a organização,
buscando por meio de observações participantes conhecer melhor o processo de comunicação,
bem como coletar os dados necessários para responder o objetivo geral deste projeto.
A abordagem utilizada no projeto em questão será qualitativa, onde serão
demonstradas e analisadas as variáveis que contribuem tanto positivamente, como
negativamente dentro do processo de comunicação interna na Primeira Companhia de Policia
Militar. Referente a abordagem qualitativa Oliveira (2002, p.117) cita, “a pesquisa qualitativa
tem como objetivo, situações complexas ou estritamente particulares”.
Ainda segundo Oliveira (2002, p.117),
a abordagem qualitativa nos leva, entretanto, a uma serie de leituras sobre o assunto da pesquisa, ou seja, descrever pormenorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas escrevem sobre o assunto e, a partir daí, estabelecer uma serie de correlações para, ao final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.
A abordagem qualitativa se justifica pelo fato de que o autor toma como base à
revisão teórica, onde vários autores transcorrem sobre o tema, e após observar o processo de
comunicação interna na organização, ter subsídios para emitir um ponto de vista conclusivo.
Segundo Oliveira (2002, p. 115), “na abordagem quantitativa, significa quantificar
opiniões, dados, nas formas de coletas de informações, assim como também como o emprego
de recursos e técnicas estatísticas, desde a mais simples, até o uso da mais complexa”.
Ainda segundo Oliveira (2002, p. 115), “o método quantitativo é muito utilizado no
desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação
entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos:
causa e efeito”.
O método quantitativo se justifica porque serão coletados dados e opiniões sobre o
tema abordado e, os dados serão tabulados e expostos em formas de gráficos.
Conforme afirma Marconi e Lakatos (2001, apud Mattos; Junior e Blecher, 2004),
A analise dos dados é realizada em três níveis: a interpretação, na qual o pesquisador verifica as relações entre as variáveis existentes na pesquisa; a explicação sobre os fenômenos que ocorreram na coleta dos dados; e a especificação, momento em que o pesquisador explicita até que ponto as relações entre as variáveis do trabalho são validas, quais são as origens dessas relações e suas limitações.
39
Os dados coletados serão tabulados e representados em gráficos, afim de melhor
entender e interpretar os resultados obtidos através do questionário, bem como identificar com
precisão as variáveis que ocorrem dentro do processo de comunicação interna na empresa
pesquisada.
O projeto em questão procurará dentro desse contexto, identificar como é trabalhada
a comunicação interna em níveis vertical e horizontal dentro da Primeira Companhia de
Policia Militar, bem como os fatores que contribuem positivamente e negativamente dentro
desse processo, ressaltando a possível viabilidade do feedback, como forma de melhorar a
comunicação.
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5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Com esse cronograma espera-se demonstrar o andamento do projeto, cumprindo
todas as atividades necessárias para a conclusão do mesmo, durante o período disponibilizado
pela instituição de ensino.
Meses / Anos mar/07 abr/07 mai/07 jun/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07
Atividades
Entrega de documentos
obrigatórios
x
Escolha do tema x
Estagio na empresa x x
Encontro com orientador x x x
Revisão teórica x x
Realização do projeto x x x
Elaboração da
apresentação
x
Entrega da 1ª versão x
Entrega do Projeto x
Defesa do projeto x x
Correções pós-banca x
Entrega em definitivo x
Elaboração do
questionário
x
Aplicação da pesquisa x
Coleta dos dados x
Interpretação dos dados x
Montagem do TCC x x x
Elaboração da
apresentação
x
x
Defesa publica x
Entrega do TCC x
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6 ORÇAMENTO
Os recursos financeiros aplicados à aquisição dos materiais necessários à realização
desse projeto foram custeados unicamente pelo pesquisador.
Espera-se por intermédio desse orçamento descrever todos os itens bem como os
valores unitários de cada um, que foram aplicados à realização do projeto.
Itens de despesa Quantidade Valor Unit. R$ Total R$
Livro Feedback 01 R$ 19,00 R$ 19,00
Livro Aspecto Comportamental da
Gestão de Pessoas
01
R$ 13,00 R$ 13,00
Gasolina 10 R$ 2,69 R$ 26,90
Moto Táxi 08 R$ 3,00 R$ 24,00
Disquetes 02 R$ 2,00 R$ 4,00
Cd-Rom 02 R$ 3,00 R$ 6,00
Lanhouse 40 R$ 2,00 R$ 80,00
Impressão 300 R$ 0,15 R$ 45,00
Papel A-4 30 R$ 0,10 R$ 3,00
Xeróx 25 R$ 0,10 R$ 2,50
Multa da biblioteca 04 R$ 1,00 R$ 4,00
Encadernação 09 R$ 4,00 R$ 36,00
Total das Despesas R$ 307,11
42
REFERÊNCIAS ARAUJO, Ane. Coach: um parceiro para o seu sucesso. São Paulo: Gente, 1999.
BEE, Francês e ROLAND. Feedback. Tradução de Maria Cristina Fioratti Florez. São Paulo: Nobel, 2000.
BOWDITCH, James L e BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. Tradução de Jose Henrique Lamendorf. São Paulo: Pioneira, 1992.
BRASIL. Constituição (1988). Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2002.
CARVALHO, Antonio Vieira de e NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de recursos humanos. 1ª. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Leanirg, 2002.
________. Administração de recursos humanos. 2ª. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Leanirg, 2004
CERVO, Amado Luiz e BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientifica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
________. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1992.
DAVIS, Keith e NEWSTROM, Jhon W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem organizacional. Tradução de Eunice Laçava Kwasmicha. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
HELLER, Robert. Como se comunicar bem. São Paulo: Publifolha, 1998.
MACEDO, Ivanildo Izaias de. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. 9ª. ed. São Paulo: Fgv, 2007.
MARCONI, Marina de Andrade e EVA, Maria Lakatos. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
43
MATTOS, Mauro Gomes de e JUNIOR, Adriano Jose Rossetto e BLECHER, Shelly. Teoria e pratica da metodologia da pesquisa em educação física: construindo seu trabalho acadêmico: monografia, artigo cientifico e projeto de ação. São Paulo: Phorte, 2004.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratando de metodologia cientifica: projetos de pesquisas, tgi, tcc, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A Pesquisa e a construção do conhecimento cientifico: do planejamento aos textos, da escola a academia. 2ª. ed. São Paulo: Rêspel, 2003.
PRETTE, Almir Del e PRETTE, Zilda A. P. Del. Psicologia das relações interpessoais: vivencias para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001.
ROBBIS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. Tradução de Reynaldo Marcondes. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
SAGRADA, Bíblia. Edição revista e corrigida. Tradução de João Ferreira de Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
TOCANTINS. Decreto nº. 1642 de 28 de agosto de 1990. Regulamento disciplinar da polícia militar do estado do tocantins. Palmas: Palácio Araguaia, 1990.
44
APENDICE A- Questionário que será aplicado junto ao efetivo operacional da 1ª Companhia
de Policia Militar do 4º Batalhão de Polícia Militar de Gurupi-To.
O presente questionário tem por objetivo colher informações sobre a comunicação
interna em níveis vertical e horizontal na 1ª Companhia de Polícia Militar.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 48), “o questionário é a forma mais usada para
coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja”.
Este questionário contém 22 questões, sendo 19 fechadas onde você deve assinalar
apenas com x as alternativas e 03 abertas, onde você vai descrever o que se pede na questão.
Bloco-A. Identificação.
1. Sexo
( ) masculino
( ) feminino
2. Qual sua graduação na Policia Militar?
( ) sub-tenente
( ) sargento
( ) cabo
( ) soldado
3. Qual sua idade?
( ) acima de 20 e menos de 30 anos
( ) acima de 30 e menos de 40 anos
( ) acima de 40 e menos de 50 anos
( ) acima de 50 anos
4. Qual seu tempo de serviço na Policia Militar?
( ) menos de 5 anos
( ) acima de 5 e menos que 10 anos
( ) acima de 10 e menos que 20 anos
( ) acima de 20 anos
5. Qual seu nível de instrução?
( ) 2º grau incompleto
( ) 2º grau completo
( ) nível superior incompleto
( ) nível superior completo
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Bloco-B. Comunicação vertical.
6. Com relação à comunicação no serviço Policial Militar
( ) é importantíssima
( ) é importante
( ) é pouco importante
( ) não é importante
7. Com relações as informações recebidas necessárias ao desenvolvimento das atividades
diárias.
( ) recebe mais do que precisa
( ) recebe o que precisa
( ) recebe menos do que precisa
( ) não recebe
8. Com relação às informações repassadas pelo Comando da 1ª Companhia.
( ) confia totalmente
( ) não confia totalmente
( ) confia pouco
( ) não confia
9. Com relação às informações repassadas pelo Comando de Policiamento Urbano (CPU).
( ) confia totalmente
( ) não confia totalmente
( ) confia pouco
( ) não confia
10. Com relação à confiança em seu superior.
( ) confia totalmente
( ) não confia totalmente
( ) confia pouco
( ) não confia
11. Com relação aos erros decorrentes do serviço Policial Militar.
( ) é punido severamente
( ) tem uma segunda oportunidade
( ) é chamado para conversar
( ) não é punido
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12. Com relação aos serviços desenvolvidos
( ) sempre recebe feedback (retorno do serviço)
( ) recebe feedback com freqüência
( ) recebe pouco feedback
( ) não recebe feedback
13. Quando você tem uma informação que acha importante repassar ao superior.
( ) sempre tem espaço para repassá-la
( ) tem espaço com freqüência
( ) tem pouco espaço
( ) não tem espaço
14. Com relação à hierarquia e a disciplina.
( ) atrapalha totalmente a comunicação
( ) atrapalha muito a comunicação
( ) atrapalha pouco a comunicação
( ) não atrapalha a comunicação.
15 .Com relação à comunicação interna de superior para subordinado
( ) ótima
( ) boa
( ) ruim
( ) péssima
16. Quais os veículos de comunicação que são utilizados pela 1ª Companhia para as
informações chegarem até você?
( ) chamada geral
( ) memorando
( ) mural
( ) telefone
( ) rádio
( ) rádio pião
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17. Dê uma nota de 0 a 10 para os seguintes veículos de comunicação.
( ) chamada geral
( ) memorando
( ) mural
( ) telefone
( ) rádio
( ) rádio pião
Bloco-C. Comunicação horizontal
18. Com relação à confiança nos colegas de trabalho.
( ) confia totalmente
( ) não confia totalmente
( ) confia pouco
( ) não confia
19. Com relação à comunicação horizontal, ou seja, dentro dos mesmos círculos de policiais
militares.
( ) ótima
( ) boa
( ) ruim
( ) péssima
Bloco-D. Avaliação geral
20. Descreva três fatores que você acredita influenciar a comunicação interna da 1ª
Companhia positivamente.
21. Descreva três fatores que você acredita influenciar a comunicação interna da 1ª
Companhia negativamente.
22. Cite três fatores que podem ser feito para melhorar a comunicação interna da 1ª
Companhia?
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APENDICE B- Roteiro de entrevista com o Comando da 1ª Companhia e do 4º Batalhão.
1. O comando desta unidade fornece todas as informações necessárias para que o efetivo
operacional desenvolver as atividades diárias?
2. O comando desta unidade fornece feedback (retorno) ao efetivo operacional com relação ao
seu trabalho? De que maneira isso é realizado? Coletivamente ou individualmente?
3. Como o comando desta unidade avalia as informações ascendentes, ou seja, repassadas de
baixo para cima?
4. Como o comando desta unidade avalia a comunicação descendente, ou seja, informações
repassadas de cima para baixo?
5. Como o comando desta unidade avalia a comunicação horizontal, ou seja, dentro dos
mesmos círculos de policiais militares?
6. O comando desta unidade acredita que as ordens são cumpridas da forma como é exigida?
Sim! Porque?
Não! Porque?
7. O comando desta unidade acredita existir espaço para o feedback (retorno) partindo do
efetivo operacional?
8. O comando desta unidade acredita existir falhas na comunicação interna da 1ª Companhia?
Não! Porque?
Sim! Porque?
9. Com relação ao efetivo operacional o comando desta unidade tem total confiança?
Sim! Porque?
Não! Porque?
10. Segundo o comando desta unidade o que deve ser feito para melhorar a comunicação
interna dentro da 1ª Companhia.