Ácaros causadores de sarna

Ácaros causadores de sarna

Médica Veterinária: Riciely Vanessa Justo

Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Ciências da Saúde

Medicina Veterinária

Parasitologia Veterinária

Conteúdo programático

26/02/2013 Ácaros causadores de sarna.

Parasitologia Veterinária.

2

Acarologia

Gêneros 1. Sarcoptes

2. Notoedres

3. Psoroptes

4. Otodectes

5. Cheyletiella

6. Trixacarus

7. Demodex

8. Chorioptes

9. Knemidocoptes

Espécies

Hospedeiros

Localização

Morfologia

Ciclo

Patogenia

Epidemiologia

Diagnóstico

Acarologia

3

Classe

Arachnida

Subclasse Acari

(presença de

gnatossoma e

estágio larval

hexápode)

Ácaros causadores de sarna.


4

Ácaros

Constituem um dos poucos grupos de

animais que mostram enorme

diversidade de formas, hábitat e

comportamento.

Encontrados em quase todos os

lugares onde há vida animal

(parasita).

Cerca de 500 mil espécies.

26/02/2013



5

26/02/2013

Acarologia

6

Ácaro

Morfologia externa:

possui tegumento

(exoesqueleto), escudos

ou placas ventrais ou

dorsais, gnatossoma e

patas ambulatórias (3 ou

4 pares).


Parasitologia Veterinária. 26/02/2013

Acarologia



7

Ácaro

Morfologia interna:

sistemas digestivo,

circulatório, respiratório e

reprodutor (ovíparos ou

ovovivíparos).

26/02/2013

Acarologia

Pelos ou cerdas

Várias formas e funções: órgãos quimiorreceptores,

tácteis ou proteção contra predadores.

Quelíceras

Altamente especializadas capazes de rasgar, agarrar ou

perfurar.

Conceito

Acaríase ou sarna (prejuízos)

Patogenicidade e carga parasitária

Condição imunológica

8 Ácaros causadores de sarna.

Parasitologia Veterinária. 26/02/2013

Ácaros

causadores de sarna

9

Sarcoptes

10

Gênero Sarcoptes

Espécie

Sarcoptes scabiei

“Ácaro da escabiose”

“Ácaro da sarna”

Sarna sarcóptica ou

Escabiose

Hospedeiros 1. Humanos

2. Cães

3. Ruminantes

4. Equídeos

5. Suínos

6. Coelhos



Sarcoptes scabiei var. canis. Note os

pedicelos longos e não segmentados.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



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Espécie/variedade Hospedeiros Eventual hospedeiro

S. scabiei var. hominis Humanos Nenhum

S. scabiei var. canis Canídeos Humanos

S. scabiei var. bovis Bovinos Humanos

S. scabiei var. ovis Ovinos Humanos, caprinos e

suínos

S. scabiei var. caprae Caprinos Humanos, bovinos,

ovinos, equídeos e

suínos.

S. scabiei var. equi Equídeos Humanos e bovinos

S. scabiei var. suis Suínos Humanos

S. scabiei var. cuniculi Coelhos Porquinho da Índia

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



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Localização

Tecido cutâneo e galerias intraepidérmicas no

hospedeiro.

Orelha de cão com escabiose. Escabiose canina.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei

Morfologia

Corpo arredondado com a face dorsal provida de estrias

transversais, escamas triangulares e espinhos agudos.



Scarcoptes scabiei:

Aspecto dorsal da

fêmea.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



15

Morfologia

Possuem patas curtas,

que pouco ultrapassam

as bordas do corpo,

com pré-tarsos providos

de pedicelos longos,

não-segmentados e

ventosas ambulacrárias

nos pares 1, 2 e 4 nos

machos e 1 e 2 nas

fêmeas;

Sarcoptes scabiei: Vista ventral

do macho.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



16

Morfologia

O ânus situa-se na borda posterior do corpo;

A fêmea ovígera apresenta uma fenda transversal na face ventral, ao nível do primeiro par de patas que é o orifício de postura, tocóstomo;

Os ovos são elípticos e muito grandes (150X100μm) com casca fina que permite visualizar a larva.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei

Fêmea (400-600 μm X 200 μm de largura) e macho (220-250 μm X 150 μm).

Sarcoptes scabiei



18

Ciclo

Ovo

Larva

Ninfa (3 mudas)

Fêmea adulta

Macho adulto

2-50 ovos/dia

Intervalos 2-3 dias

Incubação 2-5 dias

10-14 dias

10% conclui

O tempo de vida é de 2 a 3 meses.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



19

Patogenia

A escabiose ou sarna sarcóptica é causada quando S.

scabiei realiza a escavação superficial da pele.

O parasita produz substâncias alergênicas responsáveis

por reação de hipersensibilidade intensa pruriginosa.

As lesões incluem pápulas, alopecia, eritema, crostas e

escoriações.

Inicialmente, a pele com menos pelo é mais atingida, mas

a forma crônica atinge o corpo inteiro.

Há linfadenomegalia periférica, perda de peso e infecção

secundária bacteriana nas escoriações.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



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Epidemiologia Ocorrência mundial.

Altamente contagiosa em altas densidades (granjas, canis, ...)

A sarna sarcóptica é pouco frequente em bovinos e muito frequente em suínos

(50 a 95% dos lotes)

Transmissão de larvas

Sobrevivem no ambiente por 2-3 meses (paredes com rachadura e pisos úmidos)

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



21

Diagnóstico

Raspado profundo da pele das bordas da lesão

Ácaros Sarcoptes e ovos no raspado de

pele.

26/02/2013

Sarcoptes scabiei



22

Diagnóstico

O raspado negativo não

isola a possibilidade de

existirem.

Morfologia (identificação)

Tratamento

Amitraz

Triclorfon

Bromocicleno

Benzoato de benzila

Ivermectina

Eprinomectina

Doramectina

26/02/2013

23

? Sarcoptes scabiei

Notoedres

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Gênero Notoedres



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Espécie Notoedres cati

“Autores/variedades” Sarna notoédrica

Hospedeiros Gatos

Coelhos

Cães

Alguns selvagens

Humanos

Localização Pele da orelha e cabeça

26/02/2013

Notoedres cati



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Morfologia

Lembra bastante

Sarcoptes!

Estriações concêntricas

como impressões digitais

Escamas arredondadas

Abertura anal localizada

dorsalmente

Fêmeas têm cerca de 225 μm e machos 150

μm de comprimento

26/02/2013



27

Fêmea e macho de Notoedres cati.

26/02/2013

Notoedres cati



28

Ciclo

Igual ao de S. scabiei,

exceto pelo fato das

fêmeas serem

encontradas agregadas

nas galerias.

Localização?

26/02/2013

Notoedres cati



29

Patogenia

A sarna notoédrica

ocorre devido à

escavação cutânea

superficial por N. cati.

A patogenia é muito

semelhante a da sarna

sarcóptica.

As lesões começam no

pescoço e pavilhão

auricular e se estendem

à cabeça, face, garras e

podem generalizar-se.

26/02/2013

Notoedres cati



30

Epidemiologia

Ocorre mundialmente.

É altamente contagiosa e a transferência de larvas e

ninfas é a forma mais aceita de transmissão.

Em geral, ocorre raramente.

Notoedres cati pode sobreviver no ambiente por alguns

dias.

26/02/2013

Notoedres cati



31

Diagnóstico

A visualização das

crostas associada ao

prurido em gatos é um

forte indício de sarna

notoédrica.

Raspado profundo de

pele.

26/02/2013

32

?

Notoedres cati

Psoroptes

33

Gênero Psoroptes



34

Espécie Psoroptes equi (variedades)

“Ácaro da sarna de equídeos”

Sarna psoróptica

Hospedeiros Coelhos

Ovinos

Caprinos

Suínos

Equídeos

Bovinos

26/02/2013

Psoroptes equi

35

Localização

As variedades apresentam certa especificidade por

diferentes localizações e hospedeiros. Não escavam!

Espécie/variedade Localização Eventual hospedeiro

Psoroptes equi var.

cuniculi

Conduto auditivo de

coelhos

Ovinos, caprinos e

equídeos

Psoroptes equi var.

natalensis

Pele do corpo dos búfalos Bovinos e equídeos

Psoroptes equi Pele da cabeça de

equídeos

Nenhum

Psoroptes equi var. bovis

ou ovis

(morfologia igual)

Pele do corpo dos bovinos

ou ovinos

Nenhum

Psoroptes equi var.

caprae

Pele da orelha dos

caprinos

Nenhum

Psoroptes equi



36

Morfologia

Apresentam corpo

ovoide, pernas robustas

que se projetam além da

margem corpórea e

ventosas ambulacrárias

em forma de funil

(pulvilos) nos pré-tarsos

articulados (pedicelos) e

peças dentais aguçadas.

As ventosas estão

inseridas em um pedicelo

longo e trissegmentado.

26/02/2013

Psoroptes equi



37

Morfologia

Machos medem até 500 μm X 200 μm de largura,

apresentam o opistossoma bilobado onde cada lobo dá

origem, a pelo menos, um longo par de setas.

26/02/2013

Psoroptes equi



38

Morfologia

Fêmeas medem até 600 μm X 200 μm de largura,

possuem pernas robustas, longas setas no 3º par de

patas e abertura genital em forma de U invertido.

Fêmea adulta com ovo e

pedicelos segmentados

com ventosa (ampliada).

Psoroptes equi



39

Morfologia

26/02/2013

Psoroptes equi



40

Ciclo

Apresenta as mesmas fases de Sarcoptes scabiei,

entretanto não formam galerias.

Perfuram a pele para obter linfa.

Aproximadamente 20 dias.

26/02/2013

Psoroptes equi



41

Patogenia

A sarna psoróptica é uma

parasitose altamente

contagiosa e patogênica

que causa perda

acentuada de peso do

hospedeiro.

Os ácaros perfuram a

pele, desencadeiam um

processo inflamatório e

alopecia.

Conforme a parasitose

avança, surgem

extensas áreas sem pele

e cobertas de crostas.

Os animais manifestam

intenso prurido em

diferentes localizações.

26/02/2013

Psoroptes equi



42

Epidemiologia

Esse ácaro consegue sobrevier até 30 dias longe do

hospedeiro, devido à alta resistência que possui.

Diagnóstico

26/02/2013

Psoroptes equi



43

Diagnóstico

Detecção dos ácaros em raspado de pele superficial da

borda da lesão.

Psoroptes sp encontrado em coelho.

26/02/2013

44

? Psoroptes equi

Otodectes

45

Gênero Otodectes



46

Espécie

Otodectes cynotis

“Ácaro da sarna da orelha”

Sarna otodécica

Hospedeiros

Cães e gatos principalmente, filhotes

Mamíferos selvagens como furões e raposas

Localização

Superfície cutânea da orelha

26/02/2013

Otodectes cynotis

47

Morfologia

Fêmeas ovaladas com cerca de 600 μm de comprimento e

abertura genital em formato de U invertido

Gnatossoma proeminente

Terceiro par de patas com longas setas e quarto par curto.

Fêmea e macho de Otodectes cynotis.



48 26/02/2013

Otodectes cynotis



49

Ciclo

Semelhante ao de Psoroptes equi

26/02/2013

Otodectes cynotis



50

Patogenia A otocariose ou sarna

otodécica é causada por Otodectes cynotis no canal auditivo externo do hospedeiro, mas pode ser observada em outras partes do corpo

Não formam galerias no tegumento, mas se alimentam de fluídos tissulares na profundidade do canal auditivo

.

Geralmente há secreção purulenta devido à infecção bacteriana secundária nas lesões

Há prurido intenso (sinal nervoso) e alopecia secundária às escoriações

26/02/2013

Otodectes cynotis



51

Epidemiologia

Ocorre mundialmente

Pode haver transferência por contato direto ou de fêmeas

hospedeiras infectadas para seus filhotes durante a

amamentação

Não há relatos da possibilidade de Otodectes cynotis

sobreviver fora do hospedeiro

26/02/2013

Otodectes cynotis



52

Diagnóstico

Assintomático em gatos

Visualização dos ácaros com

otoscópio

Presença do exsudato auricular

escuro, típico de acaríase otodécica. Ácaro em raspado de pele da orelha.

26/02/2013

Otodectes cynotis



53 26/02/2013

54

? Otodectes cynotis

Cheyletiella

55

Gênero Cheyletiella



56

Espécies

Cheyletiella parasitovorax em coelhos

Cheyletiella yasguri em cães

Cheyletiella blakei em gatos

“Ácaro da pelagem”

“Caspa ambulante”

Grande maioria é de vida livre, pois predam outros ácaros.




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Hospedeiros

Cães

Gatos

Coelhos

Selvagens

Humanos

Localização

Vivem no pelo e invadem

a pele apenas para se

alimentar.

26/02/2013




58

Morfologia

Apresenta tamanho de 300-500 μm.

O gnatossoma

apresenta palpos com

segmentos livres,

sólidos e largamente

articulados.

Quelíceras pequenas e

em forma de estilete.

Cheyletiella parasitovorax

26/02/2013




59

Ciclo

Todos os estágios (larva, ninfa e adulto) são parasitas.

O ciclo é de 18 a 21 dias.

26/02/2013




60

Patogenia

A infestação pelo ácaro Cheyletiella sp. é denominada

queiletielose.

Não se observam lesões, apenas descamação.

Epidemiologia

A distribuição é mundial.

Sarna altamente contagiosa, embora branda, pode

disseminar-se rapidamente em gatis e canis. A

transmissão pode ser facilitada por pulgas

(Ctenocephalides spp.)

Controle difícil (vida livre) e preferem raças de pelo curto

26/02/2013




61

Diagnóstico

O sintoma mais frequente é a descamação excessiva na

linha dorsal do animal, com prurido mínimo.

Em cães e gatos, as lesões consistem em hiperqueratose

com caspa solta brancacenta, seca e escamosa.

Presença dos ácaros na escova após a escovação do

animal.

Pode haver alopecia moderada.

Raspado de pele?

26/02/2013

62

? Cheyletiella

Trixacarus

63

Gênero Trixacarus



64

Espécies

Trixacarus caviae

Hospedeiros

Cobaias

Localização

Pele dos hospedeiros

26/02/2013

Trixacarus caviae

65

Morfologia

Assemelha-se a S.

scabiei. Entretanto, as

escamas dorsais, que

terminam nas estriações

são nitidamente

aguçadas.

Como ocorre com

Notoedres cati, o ânus

está localizado sobre a

superfície dorsal.

Fêmea adulta de Trixacarus caviae.

Trixacarus caviae



66

Ciclo Semelhante ao de S. scabiei.

Patogenia A escavação desses ácaros resulta em irritação,

inflamação e prurido. Por isso, ocorre alopecia.

A infestação dissemina-se rapidamente a partir das lesões iniciais e a sarna generalizada pode levar o hospedeiro à morte em 3-4 meses.

Epidemiologia

Ocorre mundialmente. A transmissão se dá por contato físico prolongado.

26/02/2013



67

26/02/2013

Trixacarus caviae



68

Diagnóstico

Raspado profundo de pele.

26/02/2013

69

? Trixacarus caviae

Demodex

70

Gênero Demodex



71

Localização São comensais da pele e de locais específicos

Ocupam glândulas sebáceas e folículos pilosos.

Espécie Hospedeiro

Demodex phylloides Suínos

Demodex canis Cães

Demodex cati e D. gatoi Gatos

Demodex bovis Bovinos

Demodex equi Equinos

Demodex musculi Camundongos

Demodex ratti Ratos

Demodex caviae Cobaias

Demodex polliculorum e D. brevis Humanos

26/02/2013

Gênero Demodex



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Morfologia

Corpo alongado que se afila gradualmente, com 100-400 μm de comprimento e quatro pares de pernas robustas

que terminam em pequenas garras rombas nos adultos.

Não possuem cerdas nas pernas e corpo.

As pernas estão localizadas na parte anterior do corpo.

Gênero Demodex.

26/02/2013

Gênero Demodex



73

Ciclo

20-24 ovos fusiformes no folículo

L1 - cada perna curta termina em uma garra única com 3

dentes

L2 – termina em um par de garras com 3 dentes

Protoninfa

Tritoninfa

Adultos

26/02/2013

Gênero Demodex



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Patogenia

Em geral, os fatores imunológicos são responsáveis pela

evolução da demodicose (imunossupressão).

Demodicose descamativa

É menos grave. Consiste em reação seca, com pouco eritema,

com alopecia disseminada, descamação e espessamento da

pele.

Demodicose pustular

É a forma mais grave e acompanha infecção bacteriana

secundária, gerando pústulas. A pele torna-se enrugada e

espessada, com muitas pústulas pequenas exsudando soro,

pus e sangue (“sarna vermelha”).

26/02/2013

Gênero Demodex



75

Gato adulto com demodicose generalizada.

26/02/2013

Gênero Demodex



76

Epidemiologia

Distribuição mundial.

A transmissão é difícil, devido a localização.

Quando há se dá na amamentação ou contato

prolongado.

Sarna rara em suínos.

Esses ácaros não sobrevivem fora do hospedeiro.

26/02/2013

Gênero Demodex



77

Diagnóstico

Observar se há histórico

de corticoterapia

Raspado profundo de

pele

Casos graves, indica-se

biópsia de pele

Demodex gatoi em raspado de pele.

Demodex canis.

26/02/2013



78

79

?

Demodex

Chorioptes

80

Gênero Chorioptes



81

Espécies e hospedeiros

Chorioptes bovis parasita bovinos, ovinos, caprinos,

equinos e coelhos

Chorioptes texanus parasita bovinos e caprinos

Localização

É encontrado na pele da orelha e do restante do corpo

em bovinos e coelho, só na pele do corpo em caprinos e

ovinos e, principalmente, na pele das pernas, do saco

escrotal e ao redor dos olhos em equinos.

26/02/2013

Gênero Chorioptes



82

Morfologia

Apresenta gnatossoma longo e levemente cônico. Há

ventosas ambulacrárias em pedicelo curto e simples. O

macho apresenta dois lobos na extremidade posterior.

Ciclo

Semelhante ao

ciclo de Psoroptes

e se completa em

20 dias.

Fêmea e macho de Chorioptes.

26/02/2013



83

Setas indicam pedicelos muito curtos

26/02/2013

Gênero Chorioptes



84

Patogenia

Infecções subclínicas são comuns. Nos casos mais

graves há exsudação e formação de crostas na pele.

Epidemiologia

Distribuição mundial.

A sarna corióptica ou sarna dos pés é rara em caprinos,

variavelmente frequente em equinos e coelhos e comum

em bovinos e ovinos confinados.

As populações desses ácaros são maiores no inverno.

Esses parasitas resistem por mais de 3 semanas fora do

hospedeiro.

26/02/2013

Gênero Chorioptes



85

Diagnóstico

O prurido é brando, mas a alopecia é um sinal sugestivo

de sarna corióptica.

Raspado de pele das regiões afetadas.

26/02/2013

86

? Chorioptes

Knemidocoptes

87

Gênero Knemidocoptes



88

Espécies

Knemidocoptes gallinae

Knemidocoptes mutans

Hospedeiros

Galinhas, perus e faisões

Há relatos nos passeriformes

Knemidocoptes jamaicensis (canários)

Knemidocoptes pilae (periquitos)

Localização

Pele dos pés e das pernas dos hospedeiros galiformes e base do bico dos passeriformes

26/02/2013




89

Morfologia

Corpo circular com a face dorsal desprovida de espinhos

e presença de duas setas posteriores.

Patas curtas e estrias dorsais interrompidas.

A fêmea adulta mede cerca de 350 x 190 μm e o macho

175 x 125 μm.

Fêmea e macho

de Knemidocoptes




90

Ciclo

Se conclui em 17-21

dias.

Nos hospedeiros

passeriformes o ciclo

evolutivo ocorre nas

camadas superficiais da

epiderme e folículos

plumosos.

Fêmea é ovovivípara e

sedentária

Larvas criam “bolsas de

muda”

Protoninfa, tritoninfa e

adulto

26/02/2013




91

Patogenia As lesões parecem se limitar às penas causando a sarna

podal. Entretanto, as lesões são difíceis de serem identificadas devido a extensa camada córnea.

As escamas deformadas mostram-se eriçadas e sobre elas a exsudação da linfa dá origem a uma massa brancacenta

Quando as crostas ficam muito espessas, pode ocorrer a imobilização das articulações e paralisia.

Comumente observa-se artrite prejudicando a locomoção das aves

Em passeriformes a infestação e as lesões ocorrem ao redor da base do bico das aves

26/02/2013




92

Epidemiologia

A evolução da sarna podal é lenta e leva alguns meses

para atingir seu máximo desenvolvimento

Não há relatos sobre a capacidade de sobrevivência

desses parasitas fora do hospedeiro

Diagnóstico

Sinais de desconforto

Observar ao microscópio uma escama da área atingida

Em passeriformes é necessário o raspado de pele

26/02/2013



93

Knemidocoptes mutans

26/02/2013

94

? Knemidocoptes

Raspado de pele

95

Técnica do raspado de pele

96

1. Certifique-se de que o animal está bem contido;

2. Se existirem crostas, retire-as com ceruminolítico;

3. Adicione várias gotas de óleo mineral ou glicerina na área a ser raspada;

4. Deve-se escolher as bordas da lesão cutânea para a raspagem e nunca o seu centro;

5. Use uma lâmina de bisturi para raspar a área, sempre raspando no sentido contrário do corte da lâmina;

6. Raspe até que ocorra um pequeno sangramento na ferida;

7. Transfira o material coletado para uma lâmina de microscopia;

8. Adicione óleo mineral ou solução de potassa 10% e cubra com uma lamínula.

9. Examine ao microscópio com aumento de 40x e se nada for visualizado utilize aumento maior.

Técnica do raspado de pele

97

Para coleta de ácaros Otodectes

Colete a cerosidade do ouvido externo com o auxílio de

um swab e proceda na sequência anterior.

Literatura consultada

98

1. Bowman, Dwight D.; Lynn, Randy Carl; Eberhard, Mark L.; Alcaraz, Ana.

Parasitologia veterinária de Georgis. 8 ed. Barueri, SP: Manole, 2006.

2. Fortes, Elinor. Parasitologia veterinária. 4 ed. São Paulo: Ícone, 2004. 525-545p.

3. Taylor, M.A.; Coop, R.L.; Wall, R.L. Parasitologia veterinária. 3 ed. Rio de Janeiro:

Guanabra Koogan, 2010.

4. Foreyt, W. J. Parasitologia veterinária: Manual de referência. 5 ed. São Paulo:

Roca, 2005.

5. Berne, Maria Elisabeth; Farias, Nara Amélia. Sarna. In: Doenças de Ruminantes e

Equinos. Riet-Correa, Franklin; Schild, Ana Lucia; Mendez, Maria Del Carmen;

Lemos, Ricardo, A.A.. vol. 2. Livraria Varela. São Paulo, SP. 2006.

6. Chagas, Ana Carolina de Souza. Sarnas. In: Doenças parasitárias de caprinos e

ovinos: epidemiologia e controle. Cavalcante, Antonio Cezar Rocha; Vieira, Luiz da

Silva; Chagas, Ana Carolina de Souza; Molento, Marcelo Beltrao, Editora

Embrapa. Brasília, DF. 2009. 52-59p.

7. Serra-Freire, Nicolau Maués; Mello, Rubens Pinto. Entomologia e acarologia na

medicina veterinária. 1 ed. Rio de Janeiro: L. F. Livros, 2006.

Diz-me e eu esqueço, mostre-me e eu

recordo. Deixe-me fazer e eu aprendo!

Benjamim Franklin

99

Ácaros causadores de sarna

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