ação de formação investigação-ação colaborativa como...
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Ação de Formação
“Investigação-Ação Colaborativa como Estratégia de Inovação nas Práticas de
Professores de Ciências”
Modalidade Oficina de Formação Registo Acreditação CCPFC/ACC-77315/14
Duração 50 horas (25h presenciais + 25h de trabalho autónomo)
Nº de Créditos 2
Formadora Rosa Maia
Destinatários
Professores dos Grupos de Recrutamento 230 do 2º CEB e do Grupo 520 do 3º CEB (Para os efeitos previstos no artº 5º e no nº 3 do artº 14 do RJFCP, a ação releva
para a progressão em carreira)
Local da Formação Escola Básica 2,3 Dra. Maria Alice Gouveia
Nº de vagas 20
Razões justificativas da ação
Refletir sobre o desempenho docente de uma forma fundamentada, autocrítica e partilhada, é fundamental para
contribuir para um aperfeiçoamento no desempenho profissional. Nesse sentido, a formação contínua de
professores deve promover experiências reflexivas profissionais entre pares, ajudando os docentes a melhorar as
suas práticas, no sentido do aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos do conteúdo disciplinar e
pedagógico, bem como da sua identidade profissional e missão. Citando Vilaça (2010) “O professor é um aprendente
reflexivo que assume um profissionalismo colaborativo”.
O trabalho desenvolvido pelos docentes é fundamental para a correta transposição didática dos conteúdos
programáticos no âmbito do ensino das Ciências, permitindo proporcionar uma maior literacia científica aos alunos.
Na verdade, atualmente, o papel do professor vai muito para além da instrução, sendo também um educador de
futuros cidadãos que fazem uma apropriação significativa do conhecimento científico, mobilizável na resolução de
problemas individuais e coletivos e, mais globalmente, na sua compreensão dos fenómenos naturais ou das situações
do quotidiano que envolvem o conhecimento científico.
Nem sempre é possível partir do levantamento das conceções e das práticas pedagógicas para a formação contínua
dos professores, apesar de isso ser essencial para a (re) construção reflexiva e sustentada das suas práticas, vindo
esta Oficina de Formação colmatar essa lacuna. Toda a formação deve ter em conta o percurso formativo dos
docentes e procurar implicar a sua participação reflexiva em todo o processo de aprendizagem e desenvolvimento
profissional, desde a sua conceção à execução e avaliação.
Em síntese, baseando-se no pressuposto de que é extremamente importante contribuir para que a mudança das
práticas pedagógicas dos professores de Ciências ocorra de uma maneira fundamentada e apoiada, esta formação
tem como finalidade capacitar esses docentes para a implementação sustentada de projetos
de investigação-ação colaborativa, que funcionarão como uma estratégia de inovação progressiva nas suas práticas
quotidianas, dando resposta às necessidades de aperfeiçoamento contínuo das suas práticas e desenvolvimento
profissional.
Efeitos a produzir: Mudança de práticas, procedimentos ou materiais didáticos
1. Criar oportunidades de aprendizagem emancipatória que levem a um posicionamento crítico face a teorias e
práticas da educação em Ciências
2. Favorecer a atualização da componente científico-didática dos docentes
3. Valorizar a promoção de estratégias de reflexão partilhada sobre conceções e práticas docentes
4.Promover a motivação e predisposição dos professores de Ciências para a implementação de projetos de
investigação-ação colaborativa como estratégia de inovação das suas práticas
5. Favorecer a renovação concetual e o desenvolvimento de capacidades e atitudes facilitadoras da regulação
autónoma e colaborativa dos processos de formação
Conteúdos
Módulo I- presencial - 18 horas
1.1. Apresentação da Oficina de Formação (OF) e organização do trabalho
• Perfil pessoal e profissional dos participantes
• Apresentação da metodologia do trabalho. Estratégias de operacionalização e avaliação da Oficina de
Formação.
• Caracterização das práticas pedagógicas e de supervisão iniciais do grupo dos docentes em formação.
1.2. Paradigmas e práticas da educação em ciências
• Educação em ciências, literacia científica e educação para a cidadania.
• O papel das Ciências no currículo dos Ensinos Básico e Ensino Secundário e as orientações curriculares e
programas de Ciências.
1.3. Reflexão nuclear e caraterísticas de um bom professor de ciências
• Caraterísticas de um bom professor e de um bom professor de Ciências.
• Níveis de reflexão nuclear.
• Reflexão sobre o trabalho até aí desenvolvido.
1.4. Investigação-ação colaborativa como prática docente
• Investigação-ação colaborativa.
• Estratégias de investigação-ação.
• Planificação em grupo de um projeto de investigação-ação colaborativa.
Módulo II – não presencial - 25 horas
Aplicação prática do projeto de investigação-ação em contexto de trabalho, incluindo a construção de materiais a
serem desenvolvidos com os alunos, Relatório de observação de aulas e elaboração de Portfólio.
Módulo III – presencial - 3 horas
Observação de aulas.
Módulo IV – presencial - 4 horas
Apresentação dos resultados finais dos projetos de investigação-ação e preenchimento de todos os documentos
inerentes à oficina de Formação e preenchimento de toda a documentação da formação.
Metodologias de realização da ação
A ação decorrerá em quatro módulos:
Módulo I- presencial
Recorrerá a trabalho em pequeno grupo, e pontualmente a trabalho individual, para análise de documentos,
produção de reflexões críticas e elaboração de um projeto de investigação-ação, para os docentes colocarem em
prática todos os conhecimentos teóricos discutidos, a fim de serem aplicados em contexto de trabalho.
Intercaladamente, também existirão momentos plenários para aprofundamento teórico.
Módulo II – não presencial - 25 horas
Aplicação prática, em contexto de trabalho, das aprendizagens realizadas. Construção de materiais de trabalho para
o projeto de investigação-ação colaborativa, a desenvolver com os alunos. Relatório de observação de aulas.
Elaboração de Portfólio .
Módulo III – presencial
Observação de aulas.
Módulo IV – presencial
Apresentação dos projetos finais e preenchimento de todos os documentos inerentes à oficina de Formação e
preenchimento de toda a documentação da formação.
Regime de avaliação dos formandos
A avaliação será de carácter formativo e contínua. Parâmetros a considerar:
Participação e empenho dos formandos nas atividades propostas (30%).
Elaboração de um projeto de investigação-ação colaborativo (20%).
Construção de um portfólio durante a oficina de formação (50%).
Os formandos estão sujeitos a uma avaliação quantitativa expressa na escala de 1 (um) a 10 (dez) valores, nos termos
da Carta Circular CCPFC-3/2007, de Setembro de 2007:
1 a 4,9 valores – Insuficiente
5 a 6,4 valores – Regular
6,5 a 7,9 valores – Bom
8 a 8,9 valores – Muito Bom
9 a 10 valores – Excelente