absolutismo x liberalismo comparação
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UBM – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA CURSO DE DIREITO
ESTADO ABSOLUTISTA
E ESTADO LIBERAL
Arôldo BatistaMariana Rocha
BARRA MANSA 2016
Sumário
Introdução....................................................................................................................................2
O Estado Absolutista....................................................................................................................2
Estado Liberal..............................................................................................................................3
Comparação entre Absolutismo e Liberalismo.............................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................5
Bibliografia..................................................................................................................................5
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Introdução
Em nosso Trabalho iremos abordar o tema do Estado Absolutista e o Estado Liberal,
comparando os dois, nos é fascinante entender como procedeu a história, como o poder
era concentrado nas mãos de um soberano que herdava o poder hereditariamente ou o
conquistava mediante alguma guerra, como esse tipo de regime era por vezes egoísta,
onde o rei usava de seus gostos e desgostos e fazia valer a sua vontade mediante todos
os seus vassalos, e como o estado liberalista nasceu mediante os burgueses se
revoltarem, criando um estado onde haveriam mais regras e o poder fosse
desfragmentado, criando uma espécie de parlamento, não mais fazendo valer só o desejo
do rei. Por meio de pesquisa bibliográfica, vamos apontar os principais filósofos que
marcaram e influenciaram o inicio dos regimes e iremos iniciar falando sobre o Estado
Absolutista, seguindo pelo Estado Liberal e depois fazer uma comparação entre os
mesmos, tentaremos explica-los da forma mais clara e objetiva possível. Esperamos
aprender e corresponder as nossas expectativas, as do professor e as do leitor.
O Estado Absolutista
A partir do século XIV, na Europa ocidental o absolutismo foi o resultado de um longo
processo histórico, que começa com a crise da sociedade feudal. A nobreza e o clero
passavam a enfrentar uma nova classe social que estava nascendo: a burguesia.
Recentemente enriquecida pelas atividades comerciais que renasciam a partir daquele
momento, a burguesia buscou estabelecer alianças políticas com os monarcas
aproveitando a forte disputa entre eles para ampliar seu poder político. Com o apoio
burguês, um novo tipo de Estado, acabou por centralizar todas as decisões políticas, e
sua força se estendeu por amplos territórios que eram controlados pelos senhores
feudais. A realeza foi assumindo tudo, a justiça, a administração econômica e o poder
militar. A Formação dos Estados absolutistas não seguiu um mesmo trajeto em todos os
países Europeus e nem aconteceu por vias tão pacificas. Aconteceram vários conflitos
entre países, entre burguesia e aristocracia, entre católicos e protestantes, entre
camponeses e sensores feudais que marcaram uma fase histórica de formação do mundo
capitalista.
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Thomaz Hobbes (1588-1679) foi o grande representante teórico do estado absolutista.
De um ponto de vista racional sua teoria procurava as origens do estado, e sua razão de
existir. Hobbes dá preferência à monarquia absolutista baseado no princípio de que o
poder, para ser eficaz, deve ser exercido de forma absoluta, e não em teorias tradicionais
do direito divino dos reis de governar. Este poder absoluto é o resultado da transferência
dos direitos dos indivíduos ao soberano através de um pacto social, mas esse poder
absoluto só é considerado legítimo enquanto assegura a paz da população e não para a
realizar a vontade pessoal do rei. E ele defende que é preciso um Estado forte, armado
inclusive, para forçar os homens ao respeito.
Estado Liberal
O estado Liberal surge com as revoluções burguesas do século XVII na
Inglaterra, nos Estados Unidos e Na França por isso também é chamado de Estado
liberal-burguês. A defesa rígida da liberdade não significa dizer que os liberais
acreditam que os indivíduos devam possuir uma liberdade absoluta e nem que eles não
sabem que uma pessoas pode sempre usar dessa mesma liberdade para ferir a liberdade
dos demais. Assim, do ponto de vista político, os liberais acreditam na necessidade do
Estado, cuja principal função é justamente preservar as liberdades individuais, capaz de
impor restrições aos indivíduos ao mesmo tempo em que lhes garanta o usufruto da
liberdade através de leis. O filósofo inglês John Locke é considerado, um dos
iniciadores do liberalismo político. Os fundamentos do governo civil devem ser, para
ele a garantia da defesa dos direitos naturais como o direito à vida, à liberdade e à
propriedade. Ele fala que da mesma forma que um indivíduo, o governo de um Estado
também pode cometer abusos, como em um Estado tirano, por isso os liberais
acreditavam que o Governo devia ser constitucional, ou seja, limitado por normas e
regras de uma constituição, e que um governo com o poder de um superior sempre pode
resultar em ameaça as liberdades individuais, que o ser humano é interesseiro e de uma
forma ou de outra sempre acaba usando o poder em benefício próprio. Daí a ideia de um
governo com regras que gerenciem o próprio governo, que serviria para evitar o
processo do absoluto poder, impondo limites jurídicos, um Governo Constitucional,
tanto quanto as ações individuais, esse tipo de governo serviria para evitar o processo
natural de absolutização do poder, impondo forma de controle ao Estado (limites
jurídicos). É o que podemos chamar de um Estado liberal-burguês constitucional. Um
modelo de Estado Liberal conduz a um modelo que pode ser entendido como um
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governo limitado por regras e leis, planejado para garantir a proteção da liberdade de
seus cidadãos, usando um sistema de eleições democráticas respeitando os princípios da
igualdade política e do voto. A ênfase na liberdade dos indivíduos é o ponto central do
liberalismo com equipolência de direitos políticos e jurídicos, mas cujas ações devem
ser pagos de acordo com os talentos individuais e disposição para o trabalho, ou seja,
com o uso que cada um faz de sua liberdade. O que se nota no próprio sentido da
palavra “liberal”, que deriva do latim “liber” e refere-se a homens livres e passou a ser
cada vez mais lembrado as ideias de liberdade de escolha. No contexto das Monarquias
e regimes absolutistas, historicamente é preciso lembrar quanto a defesa da liberdade da
expressão jurídica e política. Existiam alguns regimes mais autoritários que outros, por
isso os conhecidos “liberais” se organizam para defender a liberdade deles, contra essa
tirania. O liberalismo passou a existir como doutrina política a partir do século XIX,
mesmo que seus princípios tenham ideias de filósofos e pensadores como Locke,
Montesquieu e Rousseau desde o século XVI. É possível observar anteriormente que os
liberais deram ênfase à liberdade individual, e que em seguida essa ideia também passou
a ser defendida na economia, criando uma idéia de mercado livre da influência do
governo.
Comparação entre Absolutismo e Liberalismo
No absolutismo os homens fazem um pacto, um contrato, que impede a sua ruína e vise
o bem geral. Com esse contrato, criou-se um Estado Absoluto. O absolutismo é o
sistema político no qual toda a autoridade está concentrada na pessoa do soberano. O
absolutismo nasceu com as monarquias, onde se acreditava que o direito do soberano de
governar era divino. Já no liberalismo Jonh Locke é o teórico da Revolução Liberal
inglesa. Para ele, o homem é livre no estado natural, porém, temendo que um homem
tentasse submeter o outro a seu poder absoluto, os homens delegaram poderes a um
Estado, através de um contrato social, para que esse assegurasse seus direitos naturais,
assim como, a sua propriedade. Enquanto que para Hobbe que defende o absolutismo, o
contrato resulta num Estado Absoluto. Para Jean-Jacques Rousseau, fundador da
concepção democrática portuguesa, a sociedade civil também nasce através de um
contrato social, no qual os homens não podem renunciar aos princípios da liberdade e
igualdade. Para Rousseau, o contrato constitui somente a sociedade. Ao povo pertence
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a soberania. Ele ressalta que não há liberdade onde não existe igualdade, vê no
surgimento da propriedade a origem de todos os males da humanidade. No Estado
Absolutista o poder era centralizado na mão de uma só pessoa, A realeza assumiu
diretamente a administração econômica, e arrecadação de altas taxas de imposto visto
que, as demais classes que sustentavam seus luxos. Onde valia o “direito divino” do
reis, os Liberais defendiam um governo constitucional influenciando assim movimentos
revolucionários como a Revolução Francesa, Inglesa e Americana. Revoluções essas
que marcaram a a passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal.
Conclusão
Com este Trabalho podemos concluir que o fato do poder absoluto que era concedido
aos monarcas podia ser bastante conflituoso e controverso, onde sua vontade em
alguns casos poderia ser deveras egoísta, visando somente a sua vontade, mesmo que
para os outros parecesse ilógico, e no entanto mais simples sobre quem ditava o rumo
das coisas, em comparação com o estado liberal onde as regras para limitar o poder do
rei foram criadas com a finalidade de acabar com sua soberba, e por fim aos seus
abusos. Conseguimos esclarecer todas as duvidas que tínhamos sobre esses regimes e
ainda descobrir alguns curiosidades sobre este assunto. No que diz respeito a
organização do trabalho seguimos a ordem orientada pelo professor. Podemos dizer
que a realização do mesmo nos foi bastante útil para absorver a matéria. Esperamos
que seja tão esclarecedor para o leitor quanto foi para nós.
Bibliografia
BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. Rio de Janeiro, 1972.
3ªedição.
STRECK, Lenio Luiz & Morais, Jose Luiz Bolzan de. Ciência Política & Teoria do
Estado. Porto Alegre: Livraria do Advogado e Editora, 2014. 8ª edição.
VICENT, Andrew. Ideologias Políticas Modernas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1995.
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