Abismo de mentirasNos cantos do circulo, nas grades da liberdadese o futuro é um espelho veremos sempre a mesma imagemo infinito como célula ímpar, o fim da estrada num único passoa imensidão do nada cega os olhos do horizonte um cérebro insignificante como detalhe no universoNo abismo mental dos sofrimentosseguro de mão abertas a esperançaque me solta acorrentado em desesperomartirizando meus desejos nas caricias do medocavando a própria cova em pensamentos soterradosDescobrimos o segredo ou ele nos guardará em mentirasno molde da verdade uma chave deformada a séculos modificada como grito onipotente milhões de fechaduras abertas pelo silêncio sem destino, o sonho acorda do pesadelo insaciável

Leonardo Sleep