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A Teoria Crítica e as Teorias Críticas

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A Teoria Crítica e as Teorias Críticas

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• As Teorias Críticas Clássicas apresentam umacontestação aos métodos utilizados pelas pesquisas administrativas

• Têm o marxismo como base filosófica e ideológica

• Teoria Crítica = Nome dado à Escola de Frankfurt, criada na década de 20.

• Teoria Crítica = Expressão genérica para todo pensamento de base crítica (marxista)

• Teorias Críticas = Conjunto de escolas de base crítica (marxista)

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Principais eixos (escolas)

1. Teoria Crítica de Frankfurt (Escola de Frankfurt Clássica)

2. Teoria Culturológica (Escola Crítica Francesa Clássica)

3. Teoria dos Estudos Culturais (Escola Crítica Britânica, Norte-americana e da América Latina)

4. Escola Crítica Francesa (Contemporânea)

5. Escola de Frankfurt (Contemporânea)

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1. Teoria Crítica de Frankfurt

• Instituto de Pesquisa Social, filiado à Universidade de Frankfurt, é criado na década de 20

• Teóricos propõem a junção de elementos do marxismo, da psicologia freudiana e da filosofia para crítica e interpretação da cultura de massa e da sociedade

Crítica ao positivismo: “racionalidade dadominação da natureza para fins lucrativos”.

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A Indústria Cultural• Theodor Adorno e Max Horkheimer discordam do

uso da expressão cultura de massa (que era utilizada para definir a cultura gerada na difusão de mensagens pelos meios de comunicação de massa)

• Segundo eles, o termo pode levar à compreensão enganosa de ser é uma “cultura surgida espontaneamente das próprias massas, ou seja, uma forma atual de arte popular”

• Propõem o uso da expressão Indústria Cultural

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• O termo foi utilizado por Adorno e Horkheimer no texto Dialética do Esclarecimento ou Dialética do Iluminismo (1947) para significar a produção e difusão de bens simbólicos em escala industrial. Para eles, a indústria cultural era o “braço mais perverso do capitalismo”: como subsistema da sociedade capitalista, reproduziria sua ideologia e estrutura.

• Apontam os meios de comunicação como agentes da barbárie cultural (instrumentos de manutenção do sistema, através da reprodução de modelos e valores sociais)

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2. Teoria Culturológica (Escola Crítica Francesa)

• estuda a cultura de massa como sistema de mensagens que pode ser interpretado, e acredita que ela resulta de matrizes antropológicas (mitos, folclore, culturas religiosas de cada sociedade, por exemplo)

• Obra que dá origem à escola: Cultura de Massas no Século XX, de Edgar Morin

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• Uso de métodos da Antropologia e Ciências Sociais (observação participante, pesquisa etnográfica) para análise da cultura de massa

• Característica da cultura de massa: Sincretismo/hibridismo ( não tem autonomia, pois se utiliza dos padrões que já existem em outros tipos de cultura - nacional, religiosa, humanística...)

• Obs: Morin também é integrante da Teoria Crítica Francesa Contemporânea (sua obra inclui discussões sobre globalização, educação e cultura)

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3. Teoria dos Estudos Culturais (Escola Crítica Britânica e Norte-americana e Latina)

• Estudam a produção da cultura de massa como interação entre indivíduos e a mídia, e as relações entre a cultura contemporânea e a sociedade a partir do final dos anos 50

• Teóricos acreditam que a cultura “comum ou ordinária" e as narrativas dos “excluídos” devem ser valorizadas (textos e práticas documentadas podem ser objeto de análise)

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3.1 Alguns autores

Stuart Hall (Inglaterra)

• Obra: A identidade cultural na pós-modernidade

• “As velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades, e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado”

• Mudanças globais abalam referências que davam aos indivíduos estabilidade social

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• Sujeito pós-moderno não possui identidade fixa: é formada e transformada continuamente em relação a outras identidades e sistemas culturais

• A identidade é definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos

• Compressão espaço-tempo: promovida pelos meios digitais de comunicação, e pelo impacto da globalização sobre as culturas

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Jesus Martin Barbero

• Obra “Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia”: mediação é o processo de construção da cultura por meio das relações sociais e políticas

Nestor Garcia Canclini

• Obras “Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade”: reflexão sobre a modernidade na América Latina, a partir de questões como pós-modernidade, hibridação e desterritorialização das culturas

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4. Escola Crítica Francesa Contemporânea

Pierre Bourdieu

• “Violência simbólica”: produção de símbolos pela mídia não é arbitrária, e legitima as forças dominantes, que expressam por meio desses símbolos padrões, gostos, estilos de vida, gerando e acentuando diferenças sociais

Obras: Sobre a televisão

O que falar quer dizer: a economia das trocas simbólicas

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Jean Baudrillard

• Realidade construída com novas tecnologias de comunicação (hiper-realidade) oprime e angustia o indivíduo

• Baudrillard contradiz o discurso da “verdade absoluta” vendido pela mídia

• Teórico do simulacro: “O simulacro é um signo que só se refere a si mesmo, e não remete a um modelo original.

• Obra: Simulacros e Simulação

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5. Escola de Frankfurt Contemporânea

Jürgen Habermas

• Foi colaborador de Adorno na década de 50

• Teoria da Ação Comunicativa: Habermas propõe um modelo ideal de ação comunicativa, em que as pessoas interajam motivadas por interesses comunicativos e, através da utilização da linguagem, organizam-se socialmente, buscando o consenso de uma forma livre de toda a coação externa e interna

• Para isso, é necessária a participação de atores que se comunicam livremente em simetria

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• Segundo Habermas, a Comunicação visa ao consenso, mas a crise da democracia ocorre porque os dispositivos sociais que deveriam facilitar as trocas e o desenvolvimento da racionalidade comunicativa ganham autonomia ao serem administrados como “abstrações reais”, não fazendo realmente circular a informação, mas entravando as relações comunicativas, isto é , as atividades de interação entre indivíduos e grupos sociais. (ex: serviço público)