a morte do livro: o problema do ser, do destino e da dor * leon denis
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A morte Do livro: O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR * Leon Denis. A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil. que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. Para além da campa, abre-se uma nova - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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A morte
Do livro: O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR
*Leon Denis
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A morte é uma simples mudança
de estado, a destruição de uma
forma frágilque já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu
funcionamento e à sua evolução.
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Para além da campa, abre-se uma nova
fase de existência.
O Espírito, debaixo
da sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que
findou.
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Por toda parte se encontra a vida.
A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama,
a renovação perpétua de todas as coisas.
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Em parte alguma há a morte, como,
em geral, é considerada
entre nós; em parte alguma há o
aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princípio de vida,
na sua unidade consciente.
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O Universo transborda de vida física e
psíquica. Por toda parte o imenso
formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras
preparações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a
sua ascensão magnífica.
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A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar,
baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte..
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é o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se,
para novamente descrever a sua órbita imensa no céu.
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A própria morte pode ter também a sua nobreza, a
sua grandeza.
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Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-
la, preparando-se cada um constantemente para ela,
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pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas.
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A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do Espaço.
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Há como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos
leitos de morte. Rostos, até aí
insignificantes, parecem aureolados
por claridades do Além.
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Um silêncio imponente faz-se em volta daqueles
que deixaram a Terra.
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Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros
pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impressões
habituais, dando alguma beleza à sua vida interior.
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Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingança. Junto
de um esquife, o perdão parece mais fácil, mais imperioso o dever.
O ódio e as más paixões não
resistem a esse espetáculo.
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Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço.
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Depois de certo tempo de perturbação, tornamos a encontrar-nos, além do túmulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consciência,
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junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa existência terrestre.
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A tumba apenas encerra pó.
Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas
recordações, se quisermosachar de novo o rastro das almas
que nos foram caras.
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Não peçais às pedras do sepulcro o segredo da
vida. Os ossos e as cinzas que lá jazem
nada são, ficai sabendo. As almas que os animaram deixaram
esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas.
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Do seio do invisível, aonde lhes chegam as
vossas orações e as comovem, elas vos seguem com a
vista, vos respondem e vos
sorriem.
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A Revelação Espírita ensinar-vos-á a comunicar com elas, a unir os
vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperança inefável.
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Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério
estão ao vosso lado.
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Vêm velar por vós aqueles que foram o
amparo da vossa juventude, que vos
embalaram nos braços, os amigos, companheiros das
vossas alegrias e das vossas dores,
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bem como todas as formas, todos os
meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso
caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo
alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração.
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Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que se sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o
caminho que tendes de percorrer.
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Ó morte, ó serena majestade! Tu, de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição
entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se
prepara. (...)
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Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa
olhar de frente.
Para nós, ela é a hora bendita em que o corpo cansado volve à grande Natureza
para deixar à Psique, sua prisioneira, livre passagem para a Pátria Eterna.
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Essa pátria é a Imensidade radiosa, cheia de sóis e de
esferas. (...)
![Page 31: A morte Do livro: O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR * Leon Denis](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022102913/5681409e550346895dac4b4b/html5/thumbnails/31.jpg)
Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.
![Page 32: A morte Do livro: O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR * Leon Denis](https://reader037.vdocuments.mx/reader037/viewer/2022102913/5681409e550346895dac4b4b/html5/thumbnails/32.jpg)
Dia virá em que a vida humana se extinguirá no Globo esfriado. A Terra, vasta necrópole, rolará, soturna, na amplidão silenciosa.Nada perece. Todo ser se transforma e esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, até Deus. Espírito imorredouro, lembra-te disto: "A morte não existe!"