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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Odontologia Petiano: Antonio Lucas C. Pimente Salvador, 2015 A influência dos terceiros molares impactados em fraturas de côndilo e ângulo mandibular – um estudo clínico prospectivo. Tiwari A, et al. Influence of the impacted mandibular third molars on fractures of the mandibular angle and condyle – A prospective clinical study, J Oral Cranioc Res. (2015).

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Page 1: A influência dos terceiros molares impactados em fraturas de côndilo e ângulo mandibular – um estudo clínico prospectivo

Universidade Federal da BahiaFaculdade de Odontologia

Petiano: Antonio Lucas C. PimentelSalvador, 2015

A influência dos terceiros molares impactados em fraturas de côndilo e ângulo mandibular – um estudo clínico prospectivo.

Tiwari A, et al. Influence of the impacted mandibular third molars on fractures of the mandibular angle and condyle – A prospective clinical study, J Oral Cranioc Res. (2015).

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INTRODUÇÃO

(ZHU et al., 2005)

- A mandíbula ocupa uma posição vulnerável e proeminente na face, e possui em seu centro (Sínfise) a região mais robusta, e em suas extremidades (Côndilos) sua porção mais fraca.

- A presença do terceiro molar (3M) diminui a área da secção transversal do osso, resultando em uma maior tendência a fraturas de ângulo. Dessa forma, a remoção dos 3M tem sido defendida como forma de diminuir o risco de fraturas de ângulo.

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INTRODUÇÃO

(NEWMAN et al., 1998)

- Fraturas de côndilo são mais comumente observadas em pacientes que não apresentam 3M. O tratamento dessas fraturas é extremamente complexo, levando a muitas complicações operatórias e pós-operatórias, como: dor, dificuldade de movimentação mandibular, maloclusão e mudanças patológicas na ATM. Assim, seria benéfico manter os 3M assintomáticos não erupcionados.

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INTRODUÇÃO

• Ac. com veículos motorizados • Violência interpessoal• Ac. Desportivos e domésticos• Condições Patológicas• Quedas

(SCHWIMMER et al., 1983 ; IIDA et al., 2000)

- Principais causas associadas a fraturas mandibulares, são:

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OBJETIVO

Avaliar a relação entre a presença, ou ausência, de terceiros molares mandibulares e fraturas de ângulo e fraturas de côndilo, bem como avaliar se a remoção profilática de terceiros molares assintomáticos seria benéfico ao paciente.

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MATERIAIS E MÉTODOS

- Os indivíduos deste estudo foram selecionados dentre os pacientes com fraturas em mandíbula tratados no Departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacil do Hospital de Amritsar, Índia, entre Novembro de 2008 e Julho de 2010. O estudo apenas foi conduzido após aprovação do Comitê de Ética da Universidade de Amritsar.

- Um total de cem pacientes foram selecionados aleatoriamente. Os dados proveniventes do registro individual de cada paciente foi utilizado durante o estudo.

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MATERIAIS E MÉTODOS

- Para o presente estudo, as fraturas mandibulares foram classificadas em cinco regiões: côndilo, ramo, ângulo, corpo e sínfise.

- Com os dados coletados, os pacientes foram divididos em dois grupos:

Grupo A Grupo BComposto por 31 pacientes com fratura única ou múltipla fratura de mandíbula e 3M parcialmente/completamente impactados.

Composto por 69 pacientes com única ou múltipla fratura de mandíbula e 3M completamente irrompido ou 3M ausênte.

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RESULTADOS

- A causa mais comum de fratura de mandíbula em ambos os grupos foram os acidentes de trânsito.

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RESULTADOS

- A incidência de fratura combinada de sínfise e ângulo foi verificada alta em indivíduos com 3M não irrompidos (Grupo A), enquanto as fraturas associadas entre sínfise e côndilo foram mais observadas em indivíduos com 3M irrompidos ou ausêntes (Grupo B).

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RESULTADOS

- Dentre as fraturas encontradas nos indivíduos do Grupo A, 44.44% eram fraturas de ângulo e apenas13.33% referentes a fratura de côndilo. No Grupo B, o percentual encontrado foi de 31.77% para fraturas de côndilo e de 14.45% para fraturas de ângulo.

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RESULTADOS

- Os resultados encontrados reforçam que fraturas de ângulo são comumente associadas a 3M não irrompidos, enquanto fraturas de côndilo são comumente associadas a pacientes com 3M irrompidos ou ausentes.

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DISCUSSÃO

- Muitos fatores foram propostos como influenciadores da região da fratura mandibular, incluindo local e força do trauma, doenças sistêmicas, patologias ósseas e dentes impactados.

(TEVEPAUGH et al., 2008)

- Krimmel et al. relatou que a região de ângulo com 3M impactados é uma área de menor resistência a forças externas.

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DISCUSSÃO

- Neste estudo, foi observado que a incidência de fraturas de côndilo foi maior em pacientes com 3M irrompido ou ausente (Grupo B, 31.77%), enquanto fraturas de ângulo foram mais comuns em pacientes com 3M impactados (Grupo A, 44.44%).

- De acordo com Zhu et al., a remoção de 3M impactados fortalece a região de ângulo sendo então definido como fator predisponente a fraturas de côndilo, e deve ser evitada pois fraturas nessa região possuem um nível elevado de complexidade no tratamento. Dessa forma, a remoção de 3M impactados não sintomáticos poderá trazer prejuízos ao paciente.

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DISCUSSÃO- Os 3M são frequentemente encontrados em indivíduos durante sua segunda década de

vida, fato que explica a maior incidência de fraturas de ângulo em pacientes jovens e de fraturas de côndilo em pacientes com idade superior a 30 anos. (MAH et al., 2015)

- Um impacto forte em região de mento origina uma fratura, devido a força direta do trauma, em região de parassínfise. O trauma indireto, que ocorre pela dissipação da força, causa uma fratura secundária que não é guiada pela presença/ausência de 3M.

(NAGHIPUR et al., 2014)

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CONCLUSÃO

Fraturas de ângulo são comumente associadas a indivíduos com 3M impactados, enquanto fraturas e côndilo são observadas em indivíduos com 3M ausente ou completamente irrompidos. Além disso, deve-se evitar a remoção profilática de 3M assintomáticos uma vez que o fortalecimento da região de ângulo eleva o risco de fraturas em região de côndilo, que possui um tratamento muito mais complexo, sendo assim prejudicial ao paciente.

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REFERÊNCIAS