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A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a Concepção dos Projetos Julho/2016 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016 A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a Concepção dos Projetos. Fernanda Caroline Guollo Volf [email protected] MBA Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações Instituto de Pós-Graduação - IPOG Querência/ MT, 08 de Agosto de 2015 Resumo O presente artigo trata de uma análise da importância da integração entre engenharia e arquitetura na fase que antecede o Projeto, a Concepção, mostrando a evolução histórica das construções, pontuando a necessidade dessa integração. Era prática comum construir sem projetos, desde a antiguidade algumas obras eram construídas sem conhecimento de boas técnicas, algumas desabavam antes mesmo de serem acabadas, já outras construções grandiosas eram concebidas com tecnologias à frente do seu tempo, que servem como inspiração até os dias de hoje para a Engenharia e Arquitetura. Apesar de perceber, com o sucesso ou fracasso das obras na antiguidade, que a Engenharia e a Arquitetura trabalham bem juntas, atualmente como disciplina acadêmica e como profissão, ainda encontram-se distanciadas na maneira de projetar e de dar andamento à obra. Precisa-se, no entanto, haver compatibilização entre os projetos para que a obra seja executada de maneira eficaz e econômica. Uma boa integração dessas duas áreas de conhecimento na Concepção do Projeto pode ser vista como resultado nos trabalhos de grandes profissionais como: Santiago Calatrava, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, entre outros, e são através de bons exemplos que se devem continuar procurando a integração contínua entre esses dois profissionais. Palavras-chave: Concepção Arquitetônica, Engenharia, Compatibilização. 1. Introdução É possível afirmar que a arquitetura se desenvolveu no início da civilização humana, com a necessidade de abrigo das sociedades primitivas. Assim também surgiu a engenharia que está presente em todas as ramificações da sociedade, sendo essencial para o bom funcionamento da vida em comunidade. Como a engenharia e a arquitetura estão diretamente relacionadas com a história evolutiva da humanidade, elas também se desenvolveram e foram aprimoradas com o tempo e com as necessidades de cada época. De acordo com Wengerkiewicz, na Antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural, os projetos eram realizados na base da tentativa, muitas vezes aprendia-se pelo erro, fazendo com que as obras demorassem centenas de anos para serem finalizadas, em alguns casos elas desabavam até mesmo pelo seu peso próprio, antes de serem acabadas. A única alternativa então era recomeçar a construção, consertando os erros que imaginava-se ter ocorrido. O

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A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a Concepção dos Projetos

Julho/2016

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016

A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a

Concepção dos Projetos.

Fernanda Caroline Guollo Volf – [email protected]

MBA Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Querência/ MT, 08 de Agosto de 2015

Resumo

O presente artigo trata de uma análise da importância da integração entre engenharia e

arquitetura na fase que antecede o Projeto, a Concepção, mostrando a evolução histórica das

construções, pontuando a necessidade dessa integração. Era prática comum construir sem

projetos, desde a antiguidade algumas obras eram construídas sem conhecimento de boas

técnicas, algumas desabavam antes mesmo de serem acabadas, já outras construções

grandiosas eram concebidas com tecnologias à frente do seu tempo, que servem como

inspiração até os dias de hoje para a Engenharia e Arquitetura. Apesar de perceber, com o

sucesso ou fracasso das obras na antiguidade, que a Engenharia e a Arquitetura trabalham

bem juntas, atualmente como disciplina acadêmica e como profissão, ainda encontram-se

distanciadas na maneira de projetar e de dar andamento à obra. Precisa-se, no entanto,

haver compatibilização entre os projetos para que a obra seja executada de maneira eficaz e

econômica. Uma boa integração dessas duas áreas de conhecimento na Concepção do

Projeto pode ser vista como resultado nos trabalhos de grandes profissionais como: Santiago

Calatrava, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, entre outros, e são através de bons

exemplos que se devem continuar procurando a integração contínua entre esses dois

profissionais.

Palavras-chave: Concepção Arquitetônica, Engenharia, Compatibilização.

1. Introdução

É possível afirmar que a arquitetura se desenvolveu no início da civilização humana, com a

necessidade de abrigo das sociedades primitivas. Assim também surgiu a engenharia que está

presente em todas as ramificações da sociedade, sendo essencial para o bom funcionamento

da vida em comunidade. Como a engenharia e a arquitetura estão diretamente relacionadas

com a história evolutiva da humanidade, elas também se desenvolveram e foram aprimoradas

com o tempo e com as necessidades de cada época.

De acordo com Wengerkiewicz, na Antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural, os

projetos eram realizados na base da tentativa, muitas vezes aprendia-se pelo erro, fazendo

com que as obras demorassem centenas de anos para serem finalizadas, em alguns casos elas

desabavam até mesmo pelo seu peso próprio, antes de serem acabadas. A única alternativa

então era recomeçar a construção, consertando os erros que imaginava-se ter ocorrido. O

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desmoronamento da pirâmide de Meidum, por exemplo, ensinou os construtores a

importância das fundações.

Apesar de haver pouco conhecimento estrutural, pôde-se perceber a concepção de edificações

ricas em matéria Arquitetônica e Estrutural desde a antiguidade. Algumas construções se

destacavam, deixando dúvidas quanto às técnicas utilizadas, como exemplo podemos citar as

Pirâmides que foram construídas entre 2800 e 2400 a.C., a Grande Muralha da China, entre

outros. (Figura 01 e Figura 02).

Figura 01 - Da Esquerda para Direita: Pirâmide de

Miquerinos, Quéfren e Queóps

Fonte: http://www.assombrado.com.br/2014/09/as-

piramides-de-gize-quem-fez-qual.html

Figura 02 - Grande Muralha da China

Fonte: http://media.escola.britannica.com.br/eb-

media/80/75880-050-64E7F0E4.jpg

Com o passar dos anos novos materiais foram surgindo, com maior resistência, duração e

aparência estética. A Revolução Industrial, no final do século XVII, contribuiu para que esses

novos materiais pudessem ser produzidos em massa, com maior qualidade e com menor

custo. Contribuindo para as técnicas de Arquitetura e Engenharia que conhecemos

atualmente. Com essa evolução o homem começou a se dedicar a novas descobertas, foi então

que começou a surgir grandes obras.

O problema abordado está relacionado com a importância que o estudo de Engenharia e

Arquitetura em conjunto, pode resultar em um bom projeto, destacando economia,

funcionalidade e estética.

Buscando responder esse questionamento que a hipótese é levantada, onde os projetos de

engenharia e arquitetura caminham juntos, podem ser observados uma maior quantidade de

elementos que valorizam a construção.

Com base nisso os objetivos desse estudo estão divididos em geral e específicos, o primeiro é

identificar a importância de se construir com um maior conhecimento Arquitetônico e

Estrutural, demonstrar através de obras da antiguidade que utilizaram-se desses conceitos

mesmo antes de conhecê-los. Os objetivos específicos são: Descrever a importância da

Compatibilização de projetos e os problemas quando não se compatibiliza; Demonstrar

através de projetos onde desde a Concepção pensou-se nos elementos que compõe à

construção, principalmente o estrutural.

Para o desenvolvimento do trabalho foi realizado um estudo das obras da antiguidade que

apresentaram falhas em sua contrução, assim como as obras tidas como referência no

conhecimento de matérias multidiciplinares, à frente do seu tempo. Uma delas foi analisada e

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apresentada as suas curiosidades da sua construção, destacando a importância na área da

Arquitetura e Engenharia.

No decorrer do trabalho procurou-se apresentar a relação entre a Engenharia e Arquitetura na

Concepção dos Projetos, enfocando a necessidade e a importância da compatibilização das

duas disciplinas para o bom funcionamento da obra e sua execução, mostrando a

multidiciplinaridade de suas funções. Também mostrando soluções de projetos encontradas

por profissionais habilitados ou com conhecimento nas duas áreas, agregando valor

Arquitetônico e Estrutural evidentes.

Sendo assim o trabalho visa abordar este tema que é de grande valia, tanto para os

profissionais que estão diretamente relacionados com o projeto e execução da construção,

assim como para os empresários da construção, proprietários dos imóveis e usuários,

buscando uma maior integração entre eles para que os custos e prazos sejam minimizados.

2. Construções na Antiguidade

Conforme Pennick (2002) a Pirâmide de Meidum foi um desastre. Considerada a primeira

pirâmide verdadeira, segundo o autor, Kurt Mendelssohn no seu livro The Riddle of the

Pyramids afirma que a partir da configuração do cascalho que circunda o centro dessa

pirâmide em ruínas, que ela desmoronou ainda durante a sua construção, ainda diz que o

acabamento imperfeito e a natureza inovadora da pirâmide contribuiu para o seu colapso

repentino. Como lição das falhas diagnosticadas nessa pirâmide construiu-se novas pirâmides

maiores e que resistiram ao tempo até os dias atuais.

Dentre todas as construções da antiguidade a mais notável delas é a Pirâmide de Quéops, a

maior das três Pirâmides de Gizé, (Figura 03). Essa obra majestosa é conhecida como a

Grande Pirâmide ou Pirâmide de Khufu, se destaca principalmente pelo uso de conhecimentos

à frente do seu tempo.

Figura 03 - Pirâmide de Queóps, Grande Pirâmide ou Pirâmide de Khufu.

Fonte: http://www.assombrado.com.br/2014/09/as-piramides-de-gize-quem-fez-qual.html

Considerada uma das maravilhas do mundo antigo, as grandes pirâmides de Gizé: Quéops,

Quéfrem e Miquerinos; sobreviveram até os dias de hoje estruturalmente intactas, tendo

perdido apenas parte de seu revestimento nesses 4.500 anos.

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Durante séculos a humanidade se pergunta como essas enormes construções foram erguidas,

sabe-se que na época de sua construção dispunha-se de tempo e de mão de obra, de acordo

com o historiador Heródoto mais de 100.000 homens trabalharam na construção da Grande

Pirâmide que levou cerca de 20 anos para ser concluída. Sua altura original era de 146,60

metros, mas atualmente é de 137,16 m, pois falta parte do seu topo e o revestimento. É

constituída por aproximadamente 2,3 milhões de blocos de rocha, cada pedra em média,

pesava 2,5 toneladas.

Outra característica impressionante é a precisão "topográfica" dessas construções. O ângulo

de inclinação dos seus lados é de 54º54'. Sua base é um quadrado perfeito com 229m de lado,

variando com erro que não ultrapassa 0,1%, em torno de 2 cm.

Os construtores não possuíam praticamente nenhum tipo de tecnologia, como bússolas, assim

eles usavam os movimentos das estrelas ou do sol para descobrir a localização dos pólos

geográficos. Fato que impressiona ao analisar as Pirâmides, pois elas são quase precisamente

orientadas com o Norte Magnético.

Além disso, a Grande Pirâmide possui 8 lados ao invés de 4, fato que só é perceptível a certa

altura e no início dos equinócios de primavera e outono, quando o sol forma sombra na sua

estrutura.

Na face norte fica a entrada da pirâmide. Seu interior contava com um número de corredores e

galerias que levava ao sarcófago, no centro da Pirâmide. O Sarcófago é feito de granito preto

e está orientado nas direções da bússola, de um tamanho maior que a entrada da Câmara, o

que evidencia que foi colocado enquanto a construção progredia, mostrando que tudo foi

cuidadosamente calculado.

Outros cálculos também podem ter sido realizados, por exemplo, se você tomar o perímetro

da pirâmide e dividi-lo por duas vezes a sua altura, chegara ao número pi (3,14159...) até o

décimo quinto dígito, as chances desse fenômeno ocorrer por acaso são quase nulas. Até o

século 6 d.C., o pi havia sido calculado só até o quarto dígito.

Dessa forma, pode-se perceber que era errando que as técnicas eram descobertas, o que não

pode ser admitido nos dias atuais, onde dispõe-se de equipamentos e técnicas avançadas em

todas as áreas da construção.

3. Engenharia e Arquitetura

De acordo com o dicionário Arquitetura e Engenharia tem significados diferentes. A De

acordo com o dicionário Arquitetura e Engenharia tem significados diferentes. A arquitetura é

a arte de construir e decorar edifícios, já a engenharia é a ciência, técnica e arte da construção

de obras de grande porte, mediante a aplicação de princípios matemáticos e das ciências

físicas.

Então a arquitetura é a arte de projetar espaços organizados e criativos para abrigar os

diferentes tipos de atividades humanas, é a disposição das partes ou dos elementos que

compõem os edifícios ou os espaços urbanos em geral, e assim como a Engenharia, desde os

povos primitivos, trabalha em função da organização da vida em comunidade e das diferentes

formas de abrigo.

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Apesar de terem significados distintos no dicionário, a arquitetura e a engenharia não podem

caminhar separadas, ou em outras palavras, para uma boa e eficaz construção as duas devem

estar diretamente ligadas e relacionadas. Para que isso ocorra deve haver uma comunicação

entre elas desde o ensino nas Universidades.

Conforme Fabrício (2007) no ensino de Arquitetura o projeto é abordado como a práxis

“projeto se aprende fazendo”. De um modo geral, essa forma de se projetar restringe o

arquiteto a utilizar-se de normas e procedimentos, pois está aliado ao repertório do projetista,

que ainda está em fase de formação.

Já no ensino da Engenharia Civil, a amplitude que habilita o profissional a atuar nos mais

variados segmentos dificulta o foco da formação e favorece o ensino de disciplinas teóricas

que não consideram as particularidades de cada atuação (LIMA Jr, apud Fabrício, 2007)

De acordo com Stanford Anderson, Professor de História da Arquitetura do MIT

(Massachussetts Institute of Technology), o “divórcio” entre a Arquitetura e Engenharia

prejudica as duas partes, onde a ambição da arquitetura em projetar bem fica reduzida e a

engenharia torna-se uma série de fórmulas, não dando espaço para as suas dimensões sociais,

ambientais e estéticas. Ainda segundo ele deve-se estimular ambições de modo a formar uma

aliança profunda entre engenharia e arquitetura. Além disso deve haver uma colaboração entre

as duas áreas para que haja mais escritórios de Engenharia Criativa, colaborando para obras

além do escopo de cada um dos parceiros isoladamente.

Tendo em vista as particularidades no ensino da Engenharia e da Arquitetura, percebe-se que

a separação das mesmas prejudica o desenvolvimento do projeto, seria importante que desde a

graduação essa interatividade acontecesse, tornando a multidisciplinaridade um aliado para

que os profissionais formados entrassem no mercado de trabalho com maior experiência de

causa, resultando em melhores projetos.

Como vimos desde a antiguidade o conhecimento de engenharia estava aliado às construções,

antes mesmo de terem seus significados descobertos. Pela necessidade usa-se técnicas sem ao

menos conhecê-las. Na antiguidade os projetos estavam longe de existir, mas desde aquela

época percebia-se a necessidade de compatibilização dos mesmos, uma vez que para a obra

funcionar ou ficar de pé precisava-se aliar o formato da construção com os materiais a serem

aplicados, como observamos na construção das Pirâmides citadas.

A compatibilização consiste justamente em sobrepor da melhor forma possível todos os

projetos antes do início da construção, fazendo uma integração geométrica entre os mesmos.

É fundamental compatibilizar para evitar erros, que eram comuns na antiguidade, minimizar o

retrabalho, diminuindo o tempo de execução, desperdício e custos. É importante que esses

projetos sejam estudados antes mesmo da construção começar, possibilitando rever soluções

ainda na fase de projeto. Por isso a necessidade de projetos cada vez mais completos. Temos

inúmeros exemplos de projetos onde não houve compatibilização, resultando em retrabalho

ou impossibilitando o seu uso (Figura 04).

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Figura 04 – Problemas pela não compatibilização de projetos

Fonte: Concepções Arquitetônicas visando a Excelência Estrutural IPOG

Quando se pensa na integração do projeto de engenharia e arquitetura pensa-se primeiramente

na concordância entre o estudo preliminar de arquitetura com o estudo da viabilidade de

estrutura. Quando a estrutura é lançada, procura-se melhores alternativas técnicas e

econômicas verificando o impacto sobre o projeto arquitetônico, procurando minimizar ao

máximo qualquer tipo de incompatibilidade em relação à forma e a estética. Nem sempre isso

é possível, então deve-se levar em conta o bom senso entre os dois profissionais para

encontrar a melhor alternativa. Alva (2007, p 2) afirma que:

O projeto estrutural deve estar em harmonia com os demais projetos, tais como o de

instalações elétricas, hidráulicas, telefonia, segurança, som, televisão, ar

condicionado, computador, etc. Ou seja, deve existir a compatibilização do projeto

estrutural com os demais projetos da edificação, de modo a permitir a coexistência,

com qualidade, de todos os sistemas. Por esse motivo, as várias áreas técnicas

envolvidas no projeto costumam fazer anteprojetos que, posteriormente são

analisados em conjunto para que se estudem as compatibilizações necessárias.

Desse modo, percebe-se que a necessidade de integração entre os profissionais e de

compatibilização de projetos está evidente desde o projeto de fundação, arquitetura até os

projetos complementares, instalações hidráulicas, elétricas entre outras. É dessa forma que o

projeto deve ser sustentado, com todos os seus eixos compatibilizados.

Não admite-se mais construção sem projeto, e quando realizado da maneira correta torna-se

um grande aliado à economia, praticidade, sustentabilidade e tempo de duração das obras.

Hoje o projeto é multidisciplinar, na maioria dos casos deve atender a Normas específicas, por

isso o profissional deve ter conhecimento, ou estar em sintonia com os profissionais das áreas

pertinentes ao elaborar o projeto.

Na maioria dos casos os projetos de engenharia são elaborados após o projeto arquitetônico,

essa forma de projetar é desaconselhável, uma vez que poderá surgir incompatibilidades que

não poderão ser sanadas sem modificações e retrabalho, atrasando as etapas da obra, perdendo

o que já havia sido elaborado.

Recomenda-se então que os projetos sejam elaborados ou pensados quase que

simultaneamente, permitindo que o erro seja identificado mais cedo. Deve-se elaborar o

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anteprojeto de arquitetura após o estudo preliminar da estrutura, ou havendo um

conhecimento de como a estrutura será lançada antes de desenvolver o projeto pode ser

minimizado os problemas que podem vir ocorrer decorrentes da não compatibilização dos

mesmos. Para que essa compatibilização ocorra de forma sistêmica, seria necessário um

estudo mais preciso desde a graduação.

4. Projetos de Profissionais Renomados na Arquitetura e Engenharia.

Callegari (2007) afirma que a indústria passa por um momento de intensa mudança,

dinamismo e competição. Como o setor da construção civil é um dos setores que tem

participado efetivamente no aquecimento da economia, esse momento é um momento

propício para transformações de postura deste setor.

Como vimos é de grande importância a necessidade de ampliar a produtividade utilizando-se

da compatibilização de projetos, por isso deve-se se preocupar com a fase que antecede a

execução, a concepção do projeto. Os projetos devem ser auto suficientes contendo

informações necessárias para haver uma melhor programação, controle de materiais e

execução de boa qualidade.

Se a preocupação com o andamento do obra começar desde a fase de concepção do projeto, a

obra será executada de maneira mais eficaz. Profissionais de todas as áreas deverão estar

envolvidos em todo o processo.

Segundo Inojosa, 2010, uma das etapas mais difíceis no processo executivo de uma obra

arquitetônica é a integração dos projetos de arquitetura e de estruturas. Isso acontece, porque

na maioria dos casos os arquitetos não levam em conta a adequação do sistema estrutural ao

projeto ainda na fase de criação, outro motivo é o distanciamento do calculista com as

questões formais e estéticas do projeto arquitetônico.

Ainda segundo ele, obras consagradas de diversas épocas e nacionalidades utilizam o

componente estrutural como parâmetro norteador do projeto. Nesses casos, a arquitetura

nasce junto com a estrutura – “terminada a estrutura a arquitetura já está presente, simples e

bonita” (NIEMEYER 2000, p. 81 appud Inojosa, 2010), Niemeyer disse ao descrever grande

parte de suas obras. Caracterizando como essencial o conhecimento técnico das estruturas,

dos materiais a serem utilizados, o sistema estrutural que será adotado para a boa execução de

uma obra.

Em muitas edificações a própria função define o sistema estrutural, que apesar de receber

posteriormente outros elementos, continua sendo o responsável pela forma. Em vários

momentos da história da arquitetura o desenho estrutural se aproximou do resultado final,

temos como exemplo diversas construções como pontes, grandes coberturas e torres, nessas

obras o estrutural fica evidente de forma simples e óbvia.

Tendo em vista a importância do conhecimento de Engenharia e Arquitetura, procurou-se

então analisar ou descrever algumas obras que tivessem esse conceito difundidos desde a

concepção, para isso os exemplos escolhidos algumas obras foram escolhidas e estão

localizadas em diversas regiões do mundo, além de terem sido realizadas por diferentes

profissionais. Tais arquitetos possuem a formação de engenharia ou adquiriram conhecimento

estrutural com a prática.

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Um dos arquitetos mais conhecidos, por suas obras ricas em matéria de Engenharia é o arquiteto Santiago Calatrava, apesar dos problemas envolvendo as suas obras, a estética aliada ao

conhecimento estrutural é evidente. Outros arquitetos de destaque são Oscar Niemeyer, que

revolucionou a arquitetura brasileira, e Lina Bo Bardi que com seus projetos inovadores deram

destaque à Arquitetura ousando nos projetos Estruturais de suas obras.

a) Santiago Calatrava

Santiago Calatrava é Arquiteto e Engenheiro, cursou a Escola Técnica Superior de

Arquitetura em Valência, na qual se pós-graduou em Urbanismo. Atraído pela matemática

envolvida nas grandes obras da arquitetura histórica ele cursou também pós-graduação em

Engenharia Civil no Instituto Federal de Tecnologia em Zurique concluindo seu Ph.D em

1979.

Calatrava sempre foi fascinado pelo estudo da geometria, perseguindo destemidamente a

unidade entre arte e ciência. Para Stanford Anderson, professor de História e Arquitetura no

Massachussetts Institute of Technology o seu domínio dos princípios de engenharia não

permite apenas a realização dos seus projetos, mas Calatrava é desafiado e estimulado pelo

diálogo entre a invenção formal e princípios científicos.

Na Conferência do MIT Santiago Calatrava descreve a importância dos materiais na

arquitetura. Segundo ele nas ruínas arquitetônicas o que sobra são as pedras, no entanto, os

materiais aplicados na obra é o próprio suporte da arquitetura, por isso deve-se conhecer

primeiramente os materiais a serem utilizados, assim como o aço, vidro, concreto e a madeira,

sabendo para que elas servem e como podem ser usadas pode-se chegar a um bom projeto de

arquitetura.

Uma das obras notáveis do arquiteto é a Wohlen High School a Concepção do projeto foi

inspirada em formas naturais, olhando para a elevação pode-se ter a ideia de uma palmeira ou

uma folha A simples observação das coisas motiva o arquiteto tanto quanto os aspectos

materiais da arquitetura. Segundo Calatrava a ideia da entrada nasceu do projeto existente e

sua geometria, na Conferência do MIT p.17 diz:

O projeto era um trapezoide, que cortei com uma diagonal para criar uma marquise

que consiste em dois cones ligados por um arco. Um trabalhava em uma direção, o

outro em outra, com um tubo em seção transversal que fornece uma resisência à

torção, e também sustenta a calha. Embora o tubo tenha rigidez à torção, eu o usei

aqui afim de criar um elo entre a fachada e a marquise, de modo que esses elementos

agissem juntos no mesmo gesto. Um conjunto tem de se tornar uma só coisa. (Figura

05).

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A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a Concepção dos Projetos

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Figura 05 – Marquise da Wohlen High School, Santiago Calatrava

Fonte: http://www.galinsky.com/buildings/wohlen Calatrava era conhecido como arquiteto das pontes, usava do seu conhecimento de

Engenharia para projetá-las de forma a transmitir leveza, em seu currículo tem diversos

projetos de pontes. Em 2001, na Argentina fez o projeto de uma ponte conhecida como Ponte

da Mulher, inspirado no movimento de um casal de dançarinos de tango. Outra ponte

projetada por ele foi Ponte Alamillo em Sevilha, Espanha, que possui um vão de 200m. Todas

as peças de estrutura dessas pontes se compõem de modo a enaltecer formas orgânicas ao

mesmo tempo em que são extremamente leves (Figura 06).

Figura 06 – Marquise da Wohlen High School, Santiago Calatrava

Fonte: http://olhares.sapo.pt/ponte-do-alamillo-foto3375663.html e http://www.turismo.buenosaires.gob.ar/br/otros-

establecimientos/puente-de-la-mujer

Outra importante afirmação que Calatrava faz na Conferência do MIT nos leva a crer que a

Engenharia, a Arquitetura e a Arte nunca deveriam ter sido separadas. É importante que elas

caminhem juntas para que possamos reinventar edificações, fazendo delas nossa herança,

assim como na antiguidade elas foram iniciadas. “Se considerarmos a engenharia uma arte –

como eu acredito que seja – e voltarmos a um tempo em que não havia diferença entre a arte e

a arquitetura e a arte da engenharia (...) então podemos pensar que depende de nós,

especialmente da nova geração, que haja um renascimento da arte” p.49.

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b) Oscar Niemeyer

Ao analisar as obras de Oscar Niemeyer deve-se dar destaque à inovação arquitetônica e

estrutural das suas formas, é uma revolução teórica nas técnicas construtivas e de concepção

estrutural que permitiram o avanço inovador dos conceitos de arquitetura (INOJOSA 2010).

Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, conhecido apenas por Oscar Niemeyer

nasceu no bairro Laranjeiras no Rio de Janeiro em 1907, em 1929 entrou para a Escola

Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde se formou engenheiro arquiteto, em 1934.

No terceiro ano de faculdade começa o estágio no escritório de Lucio Costa e Carlos Leão.

Em 1936, teve a chance de trabalhar com o arquiteto suíço, Le Corbusier, a mais importante

figura na arquitetura moderna, influenciando muito a arquitetura de Niemeyer.

Em 1940, Niemeyer conheceu o prefeito de Belo Horizonte, na época Juscelino Kubitschek,

foi então que realizou a sua primeira grande obra, o Conjunto da Pampulha, formado por um

Cassino, a Casa de Baile, o Clube e a Igreja de São Francisco de Assis ou Igreja da Pampulha

(Figura 07).

Figura 07 – Conjunto da Pampulha, Oscar Niemeyer

Fonte: http://www.fashionismo.com.br/2012/12/oscar-niemeyer/

O Conjunto completou 70 anos, consolidado como marco de modernidade na capital, se

destaca por romper os traços retos e conservadores predominante na década de 1940, sendo

uma referência para a arquitetura mundial. O Complexo Arquitetônico da Pampulha abriu as

portas para que Niemeyer fizesse os projetos em Brasília. Niemeyer afirma: ““Foi

praticamente o meu primeiro trabalho. Ao projetar a igreja, a Casa do Baile e o Cassino, eu já

mostrei que prefiro uma arquitetura diferente, criando surpresa, procurando atingir o nível

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A importância da integração da Engenharia e Arquitetura desde a Concepção dos Projetos

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superior de obras de arte. A Pampulha fez tanto sucesso que JK veio ao meu escritório e disse:

'Oscar, nós fizemos a Pampulha, agora vamos fazer a nova capital (Brasília)”

A segunda fase mais importante de sua carreira foi a Construção de Brasília. A Capital do

País projetada por Lúcio Costa, não seria a mesma sem as obras de Niemeyer. Essa fase é a

fase que mais expõe a importância da estrutura em seu trabalho. Nos edifícios monumentais

da Capital a utilização do potencial técnico do concreto armado permitiu a criação de grandes

edifícios que pousam levemente sobre o solo.

Esse período na carreira de Niemeyer inclui um grande número de obras dentre elas pode-se

citar: a Catedral, a Universidade de Brasília, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do

Planalto, Procuradoria Geral da República, todas em Brasília, entre outras.

E recordo-me como com o mesmo empenho me detive diante dos Palácios do

Planalto e do Supremo na Praça dos Três Poderes. Afastando as colunas das

fachadas, imaginando-me diante da planta elaborada a passar entre elas, procurando

sentir o que poderiam provocar. E isso me levou a recusar o montante simples,

funcional, que o problema estrutural exigia, preferindo, conscientemente, a forma

nova desenhada, rindo com meu sósia daquele “equívoco” que a mediocridade

atualmente, com prazer, descobriria (NIEMEYER, 2000, pag. 271, appud

INOJOSA, 2010) (Figura 08)

Figura 08 – Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, Oscar Niemeyer

Fonte: https://www.flickr.com/photos/arnoldo_riker/6843904523 e http://www.cidadebrasilia.com.br/turismo/interest.php?interest=2

O pensamento dos técnicos do concreto armado e o arquiteto foi fundamental para o sucesso

dos projetos de Niemeyer em Brasília e para a integração da equipe, inclusive do engenheiro

Joaquim Cardozo. A proposta do arquiteto era buscar a leveza arquitetural e solucionar os

aspectos funcionais, muitas vezes foi o próprio sistema que caracterizou a arquitetura

(MOREIRA, 2007 appud INOJOSA, 2010).

Outra obra que Niemeyer utilizou a solução técnica como principal elemento arquitetônico foi

a Catedral de Brasília, sua forma ousada sintetiza a grandiosidade e o simbolismo da obra

(Figura 09).

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Figura 09 – Croqui e Catedral de Brasília , Oscar Niemeyer

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquitetura-catedral-de-brasilia-oscar-niemeyer/niemeyer_-

_catedral_brasilia e http://www.grad.hr/sgorjanc/Links/perspektiva/predavanja/JH/slike.html

A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Catedral de Brasília

foi construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial dos edifícios que compõem o

Eixo Monumental da capital brasileira. O projeto é definido por seus dezesseis pilares de

concreto que partem de uma planta circular de sessenta metros de diâmetro e sobem

inclinados até encontrarem aos outros, sustentados por dois anéis de concreto armado.

Segundo Pessoa, 2002 appud Inojosa, 2010, o primeiro anel contorna a base da estrutura e

funciona como um tirante, sob tração, absorvendo todos os esforços horizontais gerados pelos

16 pilares. O segundo anel, de compressão, passa por dentro dos pilares no ponto onde esses

se encontram, portanto não é aparente na estrutura. A função desse anel de compressão é

impedir que as colunas se fechassem. E a laje de cobertura serve apenas como vedação não

tendo função estrutural.

Um projeto com tamanha complexidade só pode ser pensado em conjunto de conhecimentos

estruturais, dessa forma fica evidente a importância desse conhecimento ao arquiteto, para que

de forma criativa possa ousar nas formas utilizadas de maneira que seja possível a sua

execução.

6. Conclusão

Por meio desse estudo foi possível observar a importância da integração de Engenharia e

Arquitetura no que diz respeito à obra. Desde a antiguidade por falta de projetos específicos

para a construção das edificações notou-se a necessidade de Projetos, uma vez que muitas

delas não chegaram a ser concluídas por falhas estruturais, o que não pode ser admitido nos

dias de hoje, já que a tecnologia e o conhecimento estão a favor dos profissionais da área.

Com base nessa necessidade vimos que a compatibilização dos projetos é de suma

importância para que a obra seja executada de maneira rápida e econômica, evitando

desperdício de materiais e tempo. Assim como a importância de se planejar desde a

Concepção do projeto unindo os profissionais envolvidos para minimizar os possíveis erros

durante a execução.

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Foi visto também que o estudo da Engenharia e da Arquitetura não devem estar distanciados,

essa união e esse contato deve ser constante para que arquitetos e engenheiros possam estar

alinhados durante a execução da obra, apesar de seus significados ser diferentes.

Através de exemplos de obras de Arquitetos renomados confirmou-se que há uma diferença

nas construções onde o projeto foi pensado juntamente com estrutura, por exemplo. Essas

análises contribuem para o entendimento da importância do conhecimento técnico da área de

Engenharia e Arquitetura para a realização de obras com qualidade.

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