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índice A Fé da Mulher Cananeia ou Sírio – Fenícia 2 As 15 razões porque Jesus chorou 9 Jesus não sabe quando vai voltar? 20

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Page 1: A Fé da Mulher Cananeia ou Sírio

índice A Fé da Mulher Cananeia ou Sírio – Fenícia 2 As 15 razões porque Jesus chorou 9

Jesus não sabe quando vai voltar? 20

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A Fé da Mulher Cananeia ou Sírio – Fenícia

 Wilma Rejane

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Prepara-se. O que você vai ler nesse estudo irá lhe surpreender. Vamos a narrativa descrita pelos evangelistas Mateus e Marcos. Ambos descrevem de modo idêntico o encontro de Jesus com a mulher cananéia.

“ Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada!. Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa das crianças. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.”Mateus 15:21-28.

Jesus pareceu ignorar o clamor da mulher gentia, nascida em  um lugar reconhecidamente idolatra, por esse motivo, os judeus se referiam àquele povo como cachorros, imundos, impuros.

Conhecendo a história de Canãa 

Gn 10: 1- Estes pois são os filhos de Noé: Cam, Sem e Jafé. Gn 10: 6- E os filhos de Cam são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. Gn 10:15- E Canaã gerou a Sidom Gn 10: 19- E os cananeus habitaram Sodoma e Gomora Dt 20:17- Destruirás totalmente os cananeus

A nação de Canaã, portanto, teve inicio com o filho de Noé chamado Cam, o que foi amaldiçoado por ter zombado da nudez do pai. Por que cananeus são chamados também de Sirio-fenícios? Porque esse povo dominou a costa da Fenícia, especificamente a cidade litorânea chamada Sidom (primogênito de Canaã).  

Preste atenção a essa escultura cananeia, encontrada por arqueólogos em uma faca do período pré dinástico. É considerado o objeto mais antigo que se tem notícia. Atualmente está em exposição no museu Louvre. O objeto

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foi nomeado de "Gebel Al Arak" (nome do local onde foi encontrada, no alto Egito) 

A escultura representa um culto aos deuses cananeus.  Os leões estão sempre presentes na mitologia egípcia que se alastrou entre os povos considerados pagãos e/ ou gentios. Na cena inferior da escultura, há dois cães usando coleiras. Representam as constelações de Big e do Little Dog, próximas de Vênus. Cachorros, portanto faziam parte do culto cananeu que exaltava a astrologia. Talvez esse seja um dos motivos que levou os cananeus a serem chamados de "cachorros" pelos judeus. Eles literalmente cultuavam cachorros.

O Pão dos filhos 

Cananeus eram gentios, judeus filhos. A resposta de Jesus para a mãe desesperada, traduzia um impedimento para o milagre? Seriam os cananeus indignos, impuros, a ponto de não merecerem pão, mas migalhas? Ou seja Promessas, Palavra de Deus, mas restos?

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O milagre realizado na filha da mulher cananeia, é registrado em Marcos, como sendo o primeiro destinado a um gentio. Em Mateus, contudo antes da cananeia, Jesus cura o servo de um centurião romano e após a cura, elogia a fé dele dizendo: "Digo-vos portanto que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino de Deus" Mt 8:11. Jesus destina um lugar de honra também para gentios: sentados à mesa com Abraão, comendo do Pão.

Os acontecimentos não estão organizados nos Evangelhos de modo cronológico, por isso, é impossível afirmar se a mulher cananeia foi a primeira gentia a receber um milagre de Jesus, ou teria sido o centurião romano? O certo é que em momento algum nos Evangelhos, Jesus discrimina  pessoas por etnia ou qualquer outra característica, pelo contrário: Ele falou com uma samaritana e prostituta, quando ninguém dava o devido valor a ela. Judeus não falavam com samaritanos Jo 4: 1-30.

Não atendendo prontamente aquela mulher, Jesus estava doutrinando tanto discipulos quanto a própria cananeia. Os discipulos aprenderiam a não fazer acepção entre "ovelhas e cachorros" entre judeus e gentios: "Deus não faz acepção de pessoas" At 10:34.

Mulher, os pães são destinados aos filhos! 

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Entendo que a mulher cananeia tinha um problema: não priorizava a família. Sua filha, ainda criança, estava possessa, um evidente sinal de que havia algo errado com a filha, mas primeiramente com os pais. 

Descrita pela própria mãe como "violentamente atormentada", a criança havia ficado em casa sob os cuidados de terceiros, enquanto ela (a mãe) buscava ajuda em Jesus. A mãe, sempre escolhera o lado de fora de casa  à companhia dos filhos, nesse dia e momento critico, por um nobre motivo (mais uma vez)  escolheu sair e deixar alguém com a filha. 

Não pude deixar de comparar a atitude da mãe, com a do centurião romano que vendo o seu servo doente, preferiu ficar em casa, ao lado dele, dando assistência e pedir a um soldado que fosse ao encontro de Jesus. A história do centurião, transmite algo de bom sobre relacionamentos. 

E a mulher cananeia? Jesus quis ensiná-la, através do próprio exemplo, de que a prioridade nos relacionamentos é para família, para os filhos, as migalhas, para os "cachorrinhos". Ao dizer aos discípulos: "Não fui enviado senão ás ovelhas perdidas de Israel", Jesus já sabia exatamente o que viria na sequência de suas palavras. Enquanto a mulher gritava por Ele, Ele caminhava e mesmo ouvindo o clamor, escolheu calar-se. Ele agiu semelhante ao apedrejamento da mulher adúltera: Ele escrevia na areia, enquanto cobravam Dele uma atitude. A atitude já estava tomada, mas todos ali precisavam de uma lição: "Quem nunca pecou, atire a primeira pedra".

A atitude de Jesus para com a mulher cananeia também já havia sido tomada, Ele jamais a rejeitaria, Ele nunca abandona um clamor vindo de um coração sedento. Aquela mãe estava desesperada, porém precisava aprender. Fazer o milagre e despedi-la seria consentir que ela continuasse na mesma prática de neglicenciar seu lar.

"Mulher, não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos"

Mulher, cuida primeiro dos seus, depois dos de fora. Esse diálogo pareceu muito obvio para os discípulos, mas Jesus queria arrancar algo mais da mulher, Ele queria fazê-la compreender que não lhe bastaria receber o milagre, mas mudar a direção de sua vida, seu comportamento. E ela entendeu! Parecia improvável que entenderia algo tão profundo, mas em

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sua resposta estava a revelação de sua fé, daquilo que perscruta o Espírito Santo, que transcende o natural!

"Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E desde aquele momento, sua filha ficou sã"

Sim, Senhor, a partir de hoje minha filha se assentará à  mesa a comer do pão, as migalhas serão para os cachorrinhos. Mateus diz que quem se assenta à mesa a comer pão, são as crianças. Algumas traduções trazem "da mesa de seus donos". Mateus 15: 21-28. 

A palavra "cachorrinhos" no original grego, diz respeito a cachorro de estimação. Não são cachorros abandonados, de rua, mas mansos e domésticos.

Kunarion - cachorrinhos mantidos em casa como animais de estimação. 

Foi uma forma carinhosa , usada por Jesus e não de agressão ou desdém. Os cachorrinhos, eram as muitas pessoas que recebiam atenção privilegiada da mulher cananeia. Não é errado sermos hospitaleiros e tratarmos bem os que não são de nossa família. Pelo contrário, a hospitalidade é recomendada, em Hebreus 13:2 diz: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos." 

Porém, a família não deve ser colocada em segundo ou último plano, em detrimento de outros: 1Tm 5:8 "Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel"

A Fé da cananeia 

É certo que ela precisou se humilhar para ser exaltada . Precisou reconhecer suas falhas, experimentar o silêncio de Deus para perceber que o encontro com Jesus tinha o objetivo de transformar não apenas a vida de sua filha, mas dela própria e de seu lar. 

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Correr atrás de Jesus e reconhecer que Ele tem poder para fazer milagres, não é suficiente para encontrar a salvação e viver de forma vitoriosa. É preciso receber Jesus no coração, compreendendo o que Ele quer de nós, e obedecer.

Nenhuma fraqueza encontrada em nós deve ser motivo de vergonha para buscarmos a Deus, pelo contrário. Saibamos que Ele não rejeita os fracos e imperfeitos, mas os recebe com amor capaz de transformá-los em fortes: "Porque o Senhor é a força de seu povo" Sl 118:14.

Diante do silêncio de Deus ou de uma resposta inesperada, permaneçamos firmes, confiantes nos propósitos do Senhor. Se a mulher tivesse se intimidado, desisitido, não teria voltado para casa e encontrando sua filha liberta, não teria ela mesmo sido transformada. Com Jesus no coração as mudanças acontecem. Nem sempre da forma e no tempo que queremos, mas como precisamos.

Estamos destinando nossos pães, aos filhos ou aos animais de estimação?  Quem são nossos "cahorrinhos" ? Eles estão assentados à mesa ou comendo das migalhas? Nosso pão: tempo, força, fé, trabalho ... está sendo para Deus e a família ou para "os cachorrinhos"? Cachorrinhos aqui não é uma questão de nacionalidade, mas de prioridades.

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As 15 razões porque Jesus chorou

A Bíblia diz no salmo 56.8 que Deus tem um odre 'registra as minhas aflições; põe as minhas lágrimas no teu odre, não estão elas no teu livro?'

O odre de Deus é um receptáculo das lágrimas da igreja de Deus na terra, enquanto a igreja existir, ela trava a batalha no seu fragor, andando e chorando até chegarmos às mansões celestiais no paraíso da eternidade de Deus.

O Capitulo 11 de João relata a doença, a morte e a ressurreição de Lázaro, as irmã de lázaro disseram a Jesus “Senhor, aquele a quem amas está enfermo” de fato ele amava Lázaro como também nos ama mesmo quando estamos em dificuldades, satanás atira dardos dizendo que Deus não nos ama e que ele nos abandonou.

É evidente que o Senhor Sabe de tudo que acontece no universo, inclusive, tudo que estamos passando, as preocupações, necessidades e dificuldades;

" portanto não vos inquieteis , dizendo: que comeremos? que beberemos? ou com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas coisas;

POIS VOSSO PAI CELESTE SABE QUE NECESSITAIS DE TODAS ELAS" Mateus 6:31-32; Sabe também das investidas malignas contra nós – o inimigo nada faz que

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surpreenda o Senhor.

É notório também o fato de que Deus Pode tudo: - Pode desfazer as obras do diabo; pode nos tirar de todas as dificuldades; pode nos dar o que necessitamos, enfim, não há nada impossível para Deus!

ÀS VEZES, TEMOS A SENSAÇÃO DE QUE E LE NÃO SABE NADA A NOSSO RESPEITO.

Jesus chorou por que se Ele sabia que Lázaro ressuscitaria?

Jesus chorou por que...

I. Lembrou de Adão, que pecou e trocou, a Glória de DEUS pela desobediência; Lembrou que Sara não creu na promessa e fez Abraão conhecer a escrava. Porque teve que acabar com toda a sua criação na águas do dilúvio;

II. Chorou porque, lembrou que, após realizar os sinais no Egito libertou o povo de 430 anos de escravidão, guiou-os pelo deserto, tirou água da rocha, desceu o maná, mas, o povo murmurou e adorou um bezerro de ouro;

III. Chorou por lembrar-se dos profetas que enviou, operou sinais através deles, mas, não foram acreditados, e foram mortos sem honra;

IV. Porque se lembrou dos 10 leprosos e só um voltou para agradecer;

V. Porque se lembrou que acalmou a tempestade, andou sobre o mar, alimentou 5000 pessoas e depois mais 4000, fez a água se transformar em vinho, ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, enfim ressuscitaria também a Lázaro;

VI. Sabia que seria traído, negado, desacreditado, escarnecido, cuspido,

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chicoteado, esmurrado;

VII. Porque sabia que o seu povo gritaria Hosana ao nosso Rei, mas em seguida, gritaria também, solte Barrabás e crucifiquem Jesus;

XIII. Porque operaria através de seus discípulos que após a sua ressurreição, seriam apóstolos e curariam um coxo na porta do templo, restauraria a vista de Saulo, a cura de Enéias, a ressurreição de Dorcas, a cegueira de Elimas, a cura de um coxo, uma jovem liberta de demônios, ressurreição de Êutico, o veneno da víbora não fez efeito em Paulo, a cura do pai de Públio.

IX. Porque sabia da fome, das pestes, das guerras, da ignorância humana, da iniqüidade, da falta de amor, da incredulidade, e sabia ainda que muitos escarneceriam o seu evangelho e sabia ainda que no arrebatamento muitos não subirão.

X. o principal motivo de seu choro foi quando passou pela mente D‘Ele o momento da cruz, que, após tanta humilhação, tanto espancamento em meio a uma dor física insuportável crucificado aos olhares de todo o povo, levantaria seus olhos aos céus dizendo: Perdoa-os porque não sabem o que fazem, está consumado,e , em tuas mãos Pai, entrego o meu espírito.

E este choro passou a ser de grande alegria, porque Ele sabia que morreria naquela cruz, ressuscitando ao terceiro dia desfazendo definitivamente as obras de satanás em nossas vidas. Chorou de alegria porque apesar de tanto pecado e incredulidade do povo a sua morte traria o perdão para todo aquele que Nele crer. Vencendo herdaria o Reino de Deus e traria vida eterna a muitos.

XI. Chorou de alegria porque viu você e eu com joelhos no chão, coração aberto, cheio de gratidão por esta obra dizendo:

Tu és o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, eu te amo e em Ti está a minha confiança. Chorou de alegria porque viu esta igreja fervorosa buscando a vontade

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Dele para a sua vida.

XII. Chorou também porque sabia da edificação dos milhares de Cristãos que avançariam em seu nome, cheios do Espírito Santo, libertando a muitos. Chorou porque eu e você Glorificamos o nome do Pai N`Ele, pois, Santo, Santo e Santo é o Senhor, o nosso Cristo, o nosso Jesus. Glórias a DEUS.

XIII. Jesus chorou porque se importa com nossas dores. Ele vai "ressuscitar" o que for preciso nas nossas vidas Ele pode resolver mudar transformar.

Jesus não chora porque tem medo como a gente tem das lutas e das dores da vida, Ele pode e vai resolver nossa situação, sim!Nada é difícil para Jesus, NADA! Então, Jesus chora porque se importa com nossa dor, porque o amigo chora quando o amigo chora e sorri quando o amigo sorri...

XIV. Cristo não chorou por Lázaro; pois estava para chamá-lo do sepulcro. Chorou porque muitos dos que ali estavam pranteando a Lázaro haviam de em breve tramar a morte dAquele que era a ressurreição e a vida…

O juízo que estava para cair sobre Jerusalém foi perante Ele claramente mostrado. Contemplou Jerusalém cercada pelas legiões romanas.

Viu que muitos dos que agora choravam por Lázaro morreriam no cerco da cidade, e não haveria esperança em sua morte.

Não foi somente pela cena que se desenrolava a Seus olhos, que Cristo chorou. Pesava sobre Ele a dor dos séculos

Por que Jesus chorou com a morte de Lázaro? Eu me lembro de ter ouvido alguém dizer que Jesus não precisava realmente ter chorado. Afinal, logo em seguida ele ressuscitaria Lázaro. Mas Jesus chorou mesmo assim.

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XV. Jesus chorou porque Ele optou por se juntar ao sofrimento do povo à sua volta. Ele chorou com eles. Ele era, e é, o Emanuel — “Deus conosco” — em todos os aspectos.

Transcrevo, a seguir, aquilo que alguns denominam de Boletim Médico das últimas horas de Jesus. A descrição a seguir é atribuída a um estudioso francês, o médico Dr. Barbet, discorrendo sobre a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão.

01. Jesus entrou em agonia no Getsêmani - escreve o evangelista Lucas – orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas .

E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Produz-se em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.

O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens, deve ter esmagado a Jesus.

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

02. Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus.

Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.

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Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue.

A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas.

Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

03. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).

03. Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos.

A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos.

Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.

04. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz.

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Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia?

Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope?

O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas.

Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apóiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.

Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado.

Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos.

De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!

Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o

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prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha.

A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical.

Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio.

A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir.

Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus.

Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever.

A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os

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músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.

O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.

Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!

Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços.

Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que esse esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".

Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!

Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las.

Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar.

A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três

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horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: ‘Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?‘. Jesus grita: ‘Tudo está consumado!‘. Em seguida, num grande brado disse: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito‘.

E morre.

Alguns minutos antes de morrer Jesus não sangrava mais. Simplesmente saia água de seus cortes e machucados. Quando imaginamos machucados, imaginamos simples feridas, mas não, os dele eram verdadeiros buracos, buracos feitos em corpo... Ele não tinha mais sangue para sangrar. Portanto, saía água.

Um corpo humano é composto de aproximadamente 8 litros de sangue (um adulto). Jesus derramou 8 litros de sangue, teve três cravos enormes enfiados nos membros, uma coroa de espinhos e teve um soldado romano que enfiou uma lança em seu tórax, sem falar de toda a humilhação que passou, após ter carregado a própria cruz por cerca de dois quilômetros, com pessoas cuspindo em seu rosto e atirando pedras em seu corpo.

A cruz pesava cerca de 30 kilos. Isso tudo para que você tivesse um livre acesso a Deus... Para que você tivesse todos os seus pecados ‘lavados‘... Todos eles, sem exceção!

Não ignore essa situação.

ELE MORREU POR VOCÊ... Você mesmo, que está lendo este artigo... Não fique achando que ele morreu pelo outros, só por aqueles que vão a alguma igreja ou por aqueles monges, padres, pastores, bispos, etc... Sim, Ele morreu por você também.

Aceite a realidade, a verdade de que JESUS É A ÚNICA SALVAÇÃO

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PARA O MUNDO. Pense nisso agora! Deus abençoe nossas vidas em nome de Jesus, amém!

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20 Jesus não sabe quando vai voltar?

Sua dificuldade está em entender a passagem em Marcos 13:26-32: "E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória... Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai". Se Jesus era Deus, como ele podia dizer que não sabia o dia e a hora de sua própria vinda?

Faz sentido que nenhum homem, anjo ou profecia asteca tenha ideia de quando é esse dia e hora, mas se Jesus é Deus onisciente, isto é, sabedor de todas as coisas, como tal informação estaria fora de seu alcance.

Vamos deixar claro uma coisa: Jesus sempre foi Deus. Em um determinado ponto da história há cerca de 2 mil anos ele se tornou Homem sem deixar de ser Deus. Sob aquela aparência de um perfeito Homem estava escondida a sua divindade, assim como a Arca da Aliança, feita de madeira (humanidade) e ouro (glória real e divina) era transportada coberta da vista humana sob três cobertas diferentes.

Primeiro vinha o véu, o mesmo que no tabernáculo mantinha a arca separada da visão dos homens (o véu foi rasgado quando Jesus morreu). Sobre este era colocada uma pele de texugo impermeável e rústica, que nos faz lembrar de Isaías 53 que diz que Jesus era sem formosura e não havia nele beleza que nos agradasse. Por cima de tudo um pano azul, a cor do céu. Ou seja, apesar de não enxergarem o ouro glorioso da arca, todos sabiam que estava ali sob aquelas cobertas, assim como sabemos que Jesus nunca abriu mão de sua divindade mesmo enquanto circulava por este mundo como Homem. Ainda que os homens só vissem em Jesus um ser humano comum e sem formosura, ele tinha um quê

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visível de sua origem celestial.

Mas se ele era Deus, ainda que oculto sob um corpo humano, como não tinha ciência do dia e hora de sua volta? A resposta pode estar em João 15:15: "O servo não sabe o que faz o seu senhor". Jesus andou aqui como um perfeito Servo, portanto nessa condição e posição de "Filho do Homem" ele podia muito bem não ter tal informação. Como homem, ele tinha limitações inerentes à sua humanidade, e essas limitações só eram deixadas de lado com autorização do Pai, pois mesmo sendo sua vontade perfeita, ele nunca moveu uma palha que não fosse da vontade do Pai. Portanto, como Deus ele sabia, mas como Servo não lhe tinha sido dado conhecer tal informação para poder passá-la a outros.

Em Atos 1:7 diz: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder". Agora compare outra vez com João 15:15 "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque TUDO quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer". Na condição de Filho a informação do dia ou hora, ou dos tempos e estações, era uma que o Pai não lhe tinha confiado, pois se tivesse ela faria parte do "tudo" que ele teria transmitido aos seus discípulos.

Tal expediente não é estranho em nossa vida aqui neste mundo. É comum vermos uma entrevista em que alguma autoridade, presidente, magistrado etc. emite sua opinião para o repórter avisando antes que aquela é sua opinião como cidadão, e não como a autoridade que ele no exercício de suas funções. Eu me lembro do diretor que também era professor na faculdade onde estudei. Em suas reuniões com os professores ele costumava dar opiniões às vezes até contraditórias, avisando sempre de antemão que ora falava como diretor, ora como professor.

Portanto, como Filho do Homem e no momento em que andava neste mundo, vivendo em "modo Servo", o conhecimento do dia e hora de sua vinda estava vedado a ele. Mas obviamente, em "modo Deus" ele jamais deixou de ser onisciente. Seria algo semelhante nos espantarmos de Jesus sentir fome e sede, ou até sofrer dor, se sabemos que fome, sede e dor são sensações que não fazem sentido Deus experimentar.