a exposição do centenário da abertura dos portos by ney deluiz música: flor amorosa (início do...

25
A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado Letra: Catulo da Paixão Cearense Canta: Maria Marta

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

107 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

A Exposição do Centenário

da Abertura dos PortosBy Ney Deluiz

Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro)

Autor: Joaquim CalladoLetra: Catulo da Paixão CearenseCanta: Maria Marta

Page 2: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

A Exposição Nacional do Centenário da Abertura dos Portos ocorreu entre 11/Ago e 15/Nov/1908 na Praia Vermelha, num tempo romântico onde as obras eram feitas dentro do prazo e sem licitações

de emergência...

Portão Monumental

©Augusto Malta

Page 3: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

©Augusto Malta

©Augusto Malta

A grande motivação para a Exposição foi mostrar ao Brasil e às autoridades estrangeiras a nova Capital

da República que acabara de ser urbanizada pelo prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz.

Page 4: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Na república recém proclamada, a ideia era ressaltar a capacidade empreendedora do Brasil, usando uma arquitetura efêmera comum na época, em que Pavilhões sofisticados eram demolidos

após os eventos.

Pavilhão do Distrito Federal ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho

Page 5: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Pavilhão de São Paulo

©Augusto Malta Acervo Olínio CoelhoPavilhão de Minas Gerais

O governo federal construiu todos os pavilhões e os cedeu gratuitamente aos expositores, que trouxeram mais de 100 mil produtos que foram transportados sem custos pela EFCB. E pensar que

o país já foi assim…

Page 6: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

O Brasil dava muita importância às Exposições de Negócios, tendo participado das Exposições de 1862

em Londres, 1867 em Paris, 1873 em Viena, 1876 na Filadélfia, 1889 em Paris e em 1904 em Saint Louis.

Pavilhão da Bahia ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho

Page 7: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Em clima de Belle Époque, foram mais de 1 milhão de visitantes quando o Rio tinha 800 mil habitantes.

©Augusto Malta

Page 8: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Nesta via férrea em miniatura, uma charmosa Maria Fumaça transportava os visitantes entre os Pavilhões.

©Augusto Malta

Page 9: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

O Pavilhão das Indústrias era a antiga Escola Militar, que após a Exposição se transformou no 3ª Regimento

de Infantaria, o qual foi bombardeado na revolução comunista de 1935 e acabou sendo demolido.

Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta

Bombardeio na Revolução de 1935

Page 10: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Neste Pavilhão foram apresentados produtos de mais de 700 estabelecimentos industriais, destacando-se 61 fabricantes de calçados, 29 de chapéus e 19 da indústria têxtil.

Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta

Page 11: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Uma das presenças mais aguardadas era a do rei de Portugal, Don Carlos I, mas ele foi assassinado em Lisboa num atentado, poucos meses antes do início da Exposição.

Pavilhão de Portugal (Palácio Manuelino)

©Augusto Malta

Page 12: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

O Jardim Botânico, que também comemorava 100 anos em 1908, participou com plantas selecionadas.

Jardim Botânico ©Augusto Malta

Page 13: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Além de muita música, o Teatro João Caetano estava lá com atrações durante os 3 meses da Exposição.

©Augusto MaltaAcervo Olíneo Coelho

Teatro João Caetano

Pavilhão Egípcio (Pavilhão da Música)

Pavilhão do Corpo de Bombeiros

Pavilhão de Máquinas

Page 14: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

E para a festa ficar completa, havia também 2 restaurantes, um rinque de patinação, queima de fogos

e até um cinematographo que passava filmes curtos de vários gêneros, já produzidos no Brasil.

Fábrica de Tecidos Bangu

Café e Cacau

Santa Catarina

Jardins, Caça e Pesca

AgriculturaAnexo de Portugal (Belas Artes)

Correios e Telégrafos ©Augusto Malta

Page 15: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Mesmo com parte da iluminação sendo a gás, foram usadas 8.000 lâmpadas e 30 arcos de vapor de mercúrio.

©Augusto Malta

Page 16: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Aqui temos uma boa ideia sobre a base da economia brasileira nos primeiros anos do século XX.

Page 17: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

A Exposição deu ênfase em estatísticas para mostrar que o Brasil estava crescendo, que a febre amarela tinha sido erradicada no ano anterior, e que menos gente estava morrendo de varíola e

peste bubônica.

Page 18: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Velhos tempos em que o Rio tinha mais do triplo da população de São Paulo, em Belo Horizonte eram só

17 mil, e que o Coeficiente de Nupcialidade (êta ferro… rs) do Rio era quase a metade do de Niterói. (Ah, bão…)

Carros usados pelas autoridades durante a exposição.

Page 19: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Av. Pasteur antes do aterro da Urca

A construção do bondinho do Pão de Açúcar começou na época da Exposição e terminou em 1912.

©Augusto Malta

Portão MonumentalAv. Portugal atual

Instituto Benjamin Constant

Page 20: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

De todos, somente o Pavilhão dos Estados sobreviveu inteiro e é hoje o Museu de Ciência da Terra.

Pavilhão dos Estados

©Augusto Malta

Museu de Ciência da Terra, onde funcionava a CPRM, na Av.

Pasteur

Page 21: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

acervo Olinio Coelho

Já o primeiro pavimento do Pavilhão de Minas Gerais se transformou na Escola Municipal Minas Gerais.

Pavilhão de Minas Gerais

©Augusto Malta

Escola Municipal Minas Gerais, na Av. Pasteur

Page 22: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Eram 2 restaurantes no evento e o que existe hoje na Praia Vermelha está onde era o Restaurante Rústico.

Restaurante Pão de Açúcar

©Augusto Malta

Restaurante Rústico

Page 23: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

19 – Casa de Santa Catarina20 – Bar21 – Cinema22 – Indústria Herm Stoltz23 – Fábrica Bangu24 – Corpo de Bombeiros25 – Pavilhão Egípcio (Música)26 – Pavilhão do Café e Cacau27 – Correios e Telégrafos28 – Pavilhão da Agricultura29 – Teatro João Caetano30 – Anexo de Portugal (Belas Artes)31 – Corpo de Saúde do Exército32 – Pavilhão das Indústrias33 – Pavilhão Português (Palácio Manuelino)34 – Rinque de Patinação35 – Teatro36 – Cinema37 – Restaurante Rústico38 – Restaurante Pão de Açúcar39 - Terraço

1

2

3

18 5

Pra

ia

Verm

elh

a

15

634 35 36

32

37

39

33

38 30 29

1617

25

31

24

23

19

6

7

34

8

913

1427

22

10

12

1120

2821

26

Morro da Urca

O mapa do evento, que contava inclusive com baias para cavalos e para o gado vacum.

1 – Portão Monumental2 – Exposição de carros da E.F.C.B3 – Baias para cavalos4 – Exposição de madeiras em toras5 – Palácio dos Estados6 – Coreto

7 – Pavilhão das Máquinas8 – Pavilhão das Viaturas9 – Artes Liberais10 – Pavilhão da Imprensa11 – Pavilhão da Bahia12 - Pavilhão de Minas Gerais

13 – Baias para o gado Vacum14 – Jardim Botânico15 – Pavilhão de São Paulo16 – Pavilhão de Jardins, Caça e Pesca17 – Assistência Municipal18 – Pavilhão do Distrito Federal

Morro da Babilônia

Page 24: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

Morro da Babilônia

Fábrica Bangu

Esta superposição de imagens nos ajuda a inserir a Exposição no contexto do Rio de hoje.

Av. Port

ugal

Iate Clube do RJ

Av. Pasteur

IME

Pra

ia V

erm

elh

a

MG

Estados

SP

BahiaJardim

BotânicoDF

Restaurante Rústico

Restaurante Pão de Açúcar

Pavilh

ão d

as In

stria

s

Portugal(Palácio

Manuelino)

TeatroJoão

Caetano

Corpo deBombeiros

Agricultura

Correios

AnexoPortugal(Belas Artes)

Cinema

Pavilhão deViaturas

Pavilhão dasMáquinas

Caça e Pesca

Pavilhão Egípcio(Música)

Terra

ço

Corpo de SaúdeExército

PraçaBrasil

Baias Paragado

Baias para

cavalos

Portão Monumental

Bar

(Superposição originalmente postada por Rafael Netto)

Morro da Urca

Page 25: A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado

A Praia Vermelha e parte da Urca, hoje. FIM

Morro da Babilônia

Fábrica Bangu

Av. Port

ugal

Iate Clube do RJ

Av. Pasteur

IME

Portão Monumental

Pra

ia V

erm

elh

a

EscolaMG

CPRM

SP

BahiaJardim

BotânicoDF

Restaurante Atual

Restaurante Pão de Açúcar

Pavilh

ão d

as In

stria

s

TeatroJoão

Caetano

Morro da Urca

Agricultura

Correios

Cinema

AnexoPortugal(Belas Artes)

Portugal(Palácio

Manuelino)

Pavilhão dasMáquinasPavilhão Egípcio

(Música)

Terra

ço

Corpo de SaúdeExército

PraçaBrasil

Caça e Pesca

Corpo deBombeiros

Pavilhão deViaturasBaias

Paragado

Baias para

cavalos

Bar

(Mapa originalmente postado por Rafael Netto)