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A economia do Brasil colônia

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A economia do Brasil colônia. A corrida do ouro. Será que a União Ibérica (1580 - 1640) só trouxe prejuízos para a colônia? O Brasil ganhou algo com a União Ibérica?. A corrida do ouro. Foi durante a União Ibérica que o Brasil teve a possibilidade de ampliar o seu território. Por quê? - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: A economia do Brasil colônia

A economia do Brasil colônia

Page 2: A economia do Brasil colônia

Será que a União Ibérica (1580 - 1640) só trouxe prejuízos para a colônia?

O Brasil ganhou algo com a União Ibérica?

A corrida do ouro

Page 3: A economia do Brasil colônia

Foi durante a União Ibérica que o Brasil teve a possibilidade de ampliar o seu território.

Por quê? A partir de 1580, com Portugal e Espanha sendo governados pelo mesmo rei, o Tratado de Tordesilhas ficou sem efeito. Assim, os paulistas, bandeirantes de São Paulo, puderam se expandissem para o interior da colônia

 

A corrida do ouro

Tratado de Tordesilhas, de 1494

Page 4: A economia do Brasil colônia

  Os bandeirantes se expandiram para o interior para:* procurar índios e escravizá-los. Eles eram enviados às regiões produtoras do Nordeste, as mais ricas da colônia* procurar quilombos para destruir* procurar, principalmente, metais preciosos. O sonho da Coroa portuguesa desde sua chegada às terras coloniais

A corrida do ouro

Page 5: A economia do Brasil colônia

A corrida do ouro

As bandeiras paulistas fizeram com que o Tratado de Tordesilhas perdesse efeito e o imenso território, que antes era da Espanha, fosse incorporados ao domínio português

Page 6: A economia do Brasil colônia

Quem era o bandeirante? O desbravador não era branco, e sim mameluco, fruto da mestiçagem entre

portugueses e índios. Usava tão bem o arcabuz, sua arma de fogo, quanto o arco e a flecha, que aprendeu a manusear com os nativos. Falava mais tupi do

que português, como a maioria dos paulistas. Tinha esposas índias.

Os bandeirantes viraram heróis por causa de motivações políticas específicas. Com a proclamação da República, em 1889, os cafeicultores paulistas se tornaram, a um só tempo, a elite econômica e política do país até o fim da década de 1920. Nesse ambiente, o mito do bandeirante corajoso caiu como

uma luva para um grupo que precisava se afirmar como líder.

A corrida do ouro

Page 7: A economia do Brasil colônia

A corrida do ouro

Diferenças de representação dos bandeirantes

Page 8: A economia do Brasil colônia

Os dois sertanistas do quadro de Benedito Calixto são brancos, traços tipicamente europeus. A cor também remete à elite paulista, que no início do século passado quis se

associar à imagem dos desbravadores.

Desbravador, homem branco, pele clara A silhueta avantajada se justifica porque essa é

a representação típica dos ricos da época. Traje de gala: impecavelmente alinhados, o

chapéu, a baeta (manta), a calça, a camisa e as botas eram um vestuário urbano

Armas: a faca do quadro é muito fina, inadequada para a tarefa de cortar as folhas e abrir caminho na mata fechada. A arma de fogo, um arcabuz, é uma das poucas coisas que

correspondem à realidade.

A corrida do ouro

Page 9: A economia do Brasil colônia

Aparência cansada: desgastado pelas expedições e combates na mata, parece cansado e abatido.

Pele morena: os bandeirantes eram mestiços. Pele morena, com traços indígenas e envelhecida pelo sol.

Físico: Acostumados a longas caminhadas, os bandeirantes eram magros. Em alguns casos, quase desnutridos: na selva, comiam pouco e, não raro, passavam fome.

Roupa velha: botas eram artigo de luxo. Os desbravadores andavam descalços, usavam chapéu e colete de couro de anta para se protegerem das flechas.

Paisagem: um mar de árvores, que tinha de ser aberto a golpes de facão, com todas as dificuldades e perigos da vida selvagem.

Armas: também usavam arco e flecha

Índios: mostravam os caminhos, eram responsáveis pela alimentação

A corrida do ouro

Page 10: A economia do Brasil colônia

A corrida do ouro

Com a expansão dos bandeirantes, foi necessário legitimar o novo território com um tratado.Era o Tratado de Madri de 1750, que anulou Tordesilhas. O tratado deu ao Brasil a configuração geográfica atual

Page 11: A economia do Brasil colônia

O sonho de Portugal sempre foi encontrar metais preciosos. A procura foi longa. Durou quase 200 anos.

No final do século XVII, os bandeirantes paulistas encontraram as minas de ouro e, mais tarde, de diamantes.

Começa a exploração do ouro. A economia da mineração.

A descoberta de ouro vai provocar uma profunda mudança na estrutura do Brasil colonial e auxilia Portugal a solucionar alguns de seus problemas financeiros por causa da crise da economia do açúcar.

Mineração

Page 12: A economia do Brasil colônia

As boas novas sobre a descoberta do ouro correram rápido pela colônia. Sem demora, os baianos cruzaram o sertão do rio São Francisco para fazer companhia aos paulistas. Eram tantos que o governador-geral enviou uma carta ao rei de Portugal para evitar o total despovoamento do interior baiano

A notícia não surpreendeu o rei: também no reino muitos largavam tudo para correr atrás de fortunas que prometiam ser enormes

De todo lado, homens atiravam-se a uma região inteiramente despreparada para recebê-los

A tentação do ouro era maior que o medo, os perigos...

Mineração

Page 13: A economia do Brasil colônia

Entre os anos de 1696 e 1700, a fome assolou Minas Gerais;

Alguns anos após a descoberta das jazidas, cerca de 6 mil pessoas tinham chegado à Minas; Na virada do século XVIII, esse número saltou para 30 mil

Não havia o que comer: animais ou vegetais já tinham sido consumidos

Muitos fugiam para as matas à procura de comida, como raízes e cascas de árvores. Foram devorados sapos, cobras e formigas tostadas eram uma iguaria comparada à melhor manteiga da Europa

Os alimentos que chegavam à região das Minas tinham um preço exorbitante. Um boi em Salvador custava 4 mil réis; nas mInas 96 mil reís Uma galinha chegou a custar 14 g de ouro Os escravos chegaram a custar 750 mil réis, enquanto no Nordeste era vendido por 100 mil

Mineração

Page 14: A economia do Brasil colônia

No início os paulistas levavam vantagens na descoberta de novas minas;

Eles conheciam o caminho, estavam acostumados a viver nas matas, a extrair dela sua comida, a fazer alianças com os indígenas – além de serem os responsáveis pela administração local, pois as minas estavam na área da capitania de São Paulo.

Toleraram a presença dos baianos, mas se assustaram com a avalanche de portugueses vindos da metrópole.

Logo surgiu o primeiro conflito pela posse das descobertas

Mineração

Page 15: A economia do Brasil colônia

Os paulistas, descobridores das minas (consideravam a região sua propriedade)

Mineração

Portugueses, baianos e o restante da colônia

GUERRA DOS EMBOABAS (1708-1709)

Houve uma guerra civil. Os emboabas que possuíam mais recursos expulsaram os paulistas da área.A Coroa portuguesa interveio e ampliou seu controle sobre a região

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Page 16: A economia do Brasil colônia

Quem poderia explorar as minas?

Todo o ouro descoberto deveria ser imediatamente comunicado à autoridade da região. Este comunicaria a Coroa Portuguesa.

Eram enviados ao local funcionários reais para estudar o terreno e dividir as minas em datas, que eram extensões de terra auríferas à beira dos rios, ou seja.

A única vantagem que o descobrir tinha era, às vezes, escolher qual data iria explorar

Uma outra data era escolhida pela Fazenda Real. As restantes iam à leilão entre os interessados. Quem tivesse mais

escravos tinha preferência nas escolhas

Mineração

Page 17: A economia do Brasil colônia

A Coroa Portuguesa baixou uma legislação rigorosíssima para regulamentar a exploração e impedir o contrabando.

Para administrar a região mineradora foi criada, em 1702, a Intendência das Minas, diretamente subordinada à Lisboa. Era responsável pela fiscalização e exploração das minas. Realizava a distribuição de datas-lotes a serem explorados, e pela cobrança do quinto (20% do ouro encontrado).

As Intendências prestavam contas diretamente à Coroa portuguesa, mantendo total independência dos poderes locais

Os mineradores deveriam pagar o quinto. O quinto era a cobrança de 20% de toda a produção de metais preciosos.

Mineração

Page 18: A economia do Brasil colônia

Diante do contrabando, a Coroa Portuguesa criou as Casas de Fundição em 1720.

Nas Casas de Fundição, todo o ouro encontrado seria fundido e transformado em barras, marcadas com o selo real.

O mineiro era obrigado a pagar o imposto já nas Casas de Fundição.

Estima-se que 35% do ouro encontrado foi contrabandeado

Mineração

Page 19: A economia do Brasil colônia

Mineração

O escravo era a mão de obra nas minas de ouro e diamante

Page 20: A economia do Brasil colônia

Houve protestos dos mineradores contra os impostos Felipe dos Santos organizou um movimento contra as Casas de Fundição,

contra as taxações da Coroa portuguesa. Era a Revolta de Felipe dos Santos, em Ouro Preto, antiga Vila Rica, em 1720   Felipe dos Santos foi preso, condenado à forca e, depois, seu corpo cortado.

Sua cabeça foi exposta em uma praça em Vila Rica e restos de seu corpo presos a um cavalo solta para circular em Vila Rica. Era o exemplo do que poderia acontecer com quem se rebelasse.

Mineração

Page 21: A economia do Brasil colônia

FORMAS DE EXPLORAÇÃO DAS MINAS.

Havia dois tipos de exploração do ouro:- as lavras: a grande empresa mineradora, com utilização de trabalho escravo, ferramentas e aparelhos; Havia mais recursos disponíveis- a faiscação: a pequena empresa, que explorava o trabalho livre ou escravos alforriados; trabalhavam por conta própria, com poucos e precários recursos. Eram os faiscadores ou garimpeiros

Mineração

Page 22: A economia do Brasil colônia

As minas menores, sem muitas perspectivas de produzir grandes quantidades de ouro, e as que eram abandonadas depois de esgotadas suas reservas, eram exploradas por faiscadores, que tinham recursos e instrumentos precários

Os faiscadores ou garimpeiros passavam de mina em mina procurando locais onde a ocorrência fosse menor

Havia senhores que liberavam seus escravos para procurar ouro. Esses escravos deveriam lhes entregar uma quantia fixa de ouro e ficaria com uma pequena parte. Se fossem grandes achados, poderiam até mesmo comprar sua liberdade

Mineração

Page 23: A economia do Brasil colônia

No Brasil, o ouro encontrava-se depositado na superfície ou em pequenas profundidades: inicialmente exploravam-se os leitos dos rios, que eram superficiais;

em seguida, os tabuleiros (nas margens), que eram pouco profundos;

e, finalmente, nas encostas, que eram mais profundas. Dizemos, por isso, que predominou o ouro de aluvião, que era depositado no fundo dos rios e de fácil extração, ao contrário das minas de prata do México e do Peru, que dependiam de profundas escavações.

A extração do ouro de aluvião era, portanto, mais simples, mas de esgotamento mais rápido.

Por essa razão, mesmo na organização das lavras, as empresas eram concebidas de modo a poderem se mobilizar constantemente, conferindo à atividade mineradora um caráter nômade.

Mineração

Page 24: A economia do Brasil colônia

Mineração 3 polos da mineração

• São João del Rei

• Região de Vila Rica e Mariana

• Sabará e Caeté

São regiões interioranas

Page 25: A economia do Brasil colônia

OS DIAMANTES

As primeiras descobertas de diamantes no Brasil ocorreram em 1729, no Arraial do Tijuco, atual Diamantina.

Inicialmente, tentou-se cobrar o quinto sobre a produção de diamantes, o que se tornou impossível diante do tamanho e da variedade das pedras

A Metrópole então criou o Distrito Diamantino. Expulsou os mineiros da região e a exploração passou a ser privilégio de algumas pessoas - os contratadores - que pagavam uma quantia fixa para extrair o diamante.

Em 1771, o próprio governo português assumiu a exploração do diamante, estabelecendo a real extração.

Mineração

Page 26: A economia do Brasil colônia

Mineração Não se sabe exatamente a quantidade de metais preciosos extraídos da Colônia por causa do contrabando; mas estima-se no século XVIII 1200 toneladas de ouro e 2 milhões de quilates de diamantes.

70% da produção foi obtida em Minas Gerais

Comparação: Serra Pelada (Pará) na década de 1980 produziu 350 toneladas

Page 27: A economia do Brasil colônia

O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças na vida colonial. Em 100 anos, a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil

A região das Minas tornou-se um ativo mercado consumidor de gêneros alimentícios, vestuário, ferramentas, mobiliário

Havia trabalhos de carpintaria, marcenaria, edificação. Boa parte desses serviços passou a ser oferecida por criadores de gado,

fazendeiros, artesãos, comerciantes instalados nas vilas e arraiais da região da mineração

Isso estimulou o mercado interno da colônia

Mineração

Page 28: A economia do Brasil colônia

Consequências da mineração

A atividade mineradora no Brasil provocou uma alteração na estrutura colonial, ou seja, provocou mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais.

As mudanças econômicas:mudou o eixo econômico da vida colonial -do litoral nordestino para a região Centro-Sul; Mudança da capital Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763

incentivou a intensificação do comércio interno, uma vez que se fazia necessário o abastecimento da região das minas - aumento da produção de alimentos e da criação de gado;

provocou o surgimento de rotas coloniais garantindo a interligação da região das minas com outras regiões do Brasil.

Mineração

Page 29: A economia do Brasil colônia

SOCIEDADE

A sociedade passa a ter um caráter urbano e multiplica-se o número de comerciantes, intelectuais, pequenos proprietários, funcionários públicos, artesãos.

A sociedade mineradora passa a apresentar uma certa flexibilidade e mobilidade - algo que não existia na sociedade açucareira. Inicia-se o processo de uma relativa distribuição de riquezas.

Mineração

Page 30: A economia do Brasil colônia

SOCIEDADE

setores mais ricos da população - chamados "grandes" da sociedade - mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração das Minas e indicados diretamente pela Metrópole.

contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de vendas, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E ainda pequenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Também faziam parte deste grupo os faiscadores - indivíduos nômades que mineravam por conta própriaTambém era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escravos que haviam conseguido alforria.

Os escravos, ali como de resto em toda a Colônia, representavam a força de trabalho sobre a qual repousava a vida econômica da real capitania das Minas Gerais. Vivendo mal-alimentados, sujeitos a castigos e atos violentos, constituíam a parcela mais numerosa da população daquela região

Mineração