O trabalho conduz uma série de estudos visuais acerca da banalidade dos espaços e sujeitos da cidade brasileira, tal como sua influência na constituição do conjunto simbólico do imaginário urbano coletivo. A partir da mescla de registros insistentes de um mesmo tópico do ambiente urbano, cada imagem expressa o ímpeto de ressaltar, na coisa visual, uma dimensão temporal, forçando em cada retrato uma aparência dilatada e dispersa por meio da acumulação exacerbada de informação visual. A edição de imagem, desse modo, está presente como etapa complementar do processo de trabalho, tornando possível a reorganização do olhar fotográfico em direção a uma narrativa visual iminente. Reavaliando e reformando o excesso, o espaço fotográfico esclarece a banalidade do urbano e a si mesmo: síntese inacabada, invólucro ineficiente, erro e sombra, efeito autônomo da causa.