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Fraturas e imobilizações APOSTILA DO CURSO TÉCNICO EM IMOBILIZAÇÕES ORTOPEDICAS Técnico em Imobilizações Ortopédicas Página 1 Francisco Sérgio de Oliveira

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Fraturas e imobilizações

APOSTILA DO CURSO TÉCNICO EM

IMOBILIZAÇÕES

ORTOPEDICAS

Técnico em Imobilizações Ortopédicas Página 1

Francisco Sérgio de Oliveira

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Fraturas e imobilizações

Introdução

Uma fratura ou fratura óssea é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo.

A sua gravidade pode variar bastante; algumas fraturas resolvem-se espontaneamente sem chegarem a ser diagnosticadas, enquanto outras acarretam risco de morte e são emergências médicas.

As queixas habituais são dores, incapacidade de mexer o membro e deformidade, embora possa variar consoante o tipo e localização da fratura. É uma situação freqüente, havendo uma incidência aumentada em alguns grupos de risco tal como em mulheres após a menopausa, devido à diminuição da densidade do osso por osteoporose.

Radiografia que mostra uma fratura abaixo da cabeça do úmero.

As fraturas podem ser classificadas de acordo com vários critérios.

Segundo a causa

As fraturas traumáticas correspondem à grande maioria das fraturas, e resulta da aplicação de uma força sobre o osso que seja maior que a resistência deste. Pode ocorrer no local de um impacto (fratura direta), num local afastado da zona de impacto (por exemplo, fratura da clavícula após queda sobre a mão - fratura indireta), ou por contração muscular violenta (fratura por tração muscular).

As fraturas de sobrecarga ou de stress são devidas à aplicação repetida e freqüente de pequenas forças sobre um osso, que leva a uma fadiga que condiciona a fratura.

Fraturas patológicas ocorrem num osso previamente fragilizado, por exemplo, por osteoporose ou um tumor ósseo. Geralmente não há evidência de traumatismo que justifique a fratura.

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Figura 1. Fratura de radio com desvio

Figura 2. Fratura Exposta de Fêmur

Figura 3. Luxação Exposta de Tíbia

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Figura 4. Fratura de Radio e Ulna

Segundo a lesão envolvente

Nas fraturas simples não há perfuração da pele, ao contrário do que acontece nas fraturas expostas, onde pode ocorrer uma infecção bacteriana, havendo por vezes a necessidade de suturar a ferida.

Nas fraturas complicadas há atingimento de vasos sanguíneos ou nervos. Uma diminuição ou ausência dos pulsos, assim como palidez ou perda de consciência, podem indicar lesão de um vaso sanguíneo (mesmo que não haja hemorragia evidente), sendo importante nestes casos a prestação rápida de cuidados de saúde adequados.

Tratamento

A escolha terapêutica é baseada na avaliação de múltiplos fatores. Na maioria dos casos a cirurgia surge como última opção, estando reservada para casos particulares como fraturas expostas ou complicadas, ou quando o tratamento conservador não eficaz na resolução de uma fratura (por exemplo, quando se desenvolvem pseudartroses). Existem, contudo algumas exceções em que a cirurgia oferece melhores resultados.

Tratamento conservador

Este tipo de tratamento tenta otimizar as condições em que ocorre o processo natural de reparação do osso sem infligir traumatismos adicionais geralmente associados a uma cirurgia. O processo é variável consoante o osso atingido e o tipo de lesão em causa.

Geralmente envolve a redução da fratura, que pode ser feito com ou sem anestesia, e consiste em exercer uma tração adequada sobre os membros afetados de forma a que os topos da fratura fiquem alinhados, ou seja, regressem à sua posição anatômica. Uma redução bem efetuada reduz o risco de consolidação viciosa, que é uma das seqüelas mais freqüentes das fraturas e que ocorre quando o osso cicatriza numa posição incorreta.

Após a redução há habitualmente uma diminuição importante da dor, que pode até desaparecer por completo.

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Depois do alinhamento dos topos da fratura, o membro afetado é estabilizado utilizando vários meios, sendo dos mais freqüentes a tala gessada, o gesso fechado, ou o suporte com ligaduras elásticas. Esta estabilização tem por objetivo prevenir o movimento dos topos da fratura, para que não haja dor, e possa ocorrer uma reparação eficaz da lesão. Uma possível conseqüência de uma imobilização deficiente (ou de remover a imobilização demasiado cedo) é a formação de uma pseudartrose, uma situação que geralmente

implica correção cirúrgica.

O tempo em que é mantida a imobilização varia consoante o osso fraturado e a região do osso atingida, podendo variar de 3 a 8 semanas, ou mais.

Habitualmente são também utilizados medicamentos para alívio da sintomatologia, em particular analgésicos antiinflamatórios (AINEs) para reduzir a dor e inflamação local.

Tratamento Cirúrgico

Disposição de um fixador externo

Fratura, fixação externa, fixação interna

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Haste intramedular ou haste bloqueada

Ilizarov

A cirurgia tem por objetivo restabelecer o alinhamento normal do osso, e manter esse alinhamento até a reparação da fratura. Permite também corrigir algumas lesões das partes moles, em especial vasos sanguíneos que possam ter rompido.

O restabelecimento da continuidade óssea por meio cirúrgico (osteossíntese) pode ser feito com recurso a várias técnicas, habitualmente com a utilização de placas e parafusos, varetas endo-medulares ou fios de Kirschner.

Seqüelas e Complicações

Uma grande parte das fraturas é curada sem deixar seqüelas, podendo desaparecer qualquer vestígio da fratura após alguns meses. Noutras situações, o processo de reparação óssea não é capaz de restabelecer por completo a forma ou função original do osso fraturado, o que acontece mais freqüentemente quando há complicações associadas à fratura.

Infecção

Uma infecção óssea (osteomielite) é especialmente grave devido à baixa irrigação sanguínea e escassez de células vivas, já que o osso é constituído predominantemente por matriz extracelular. Fraturas expostas e procedimentos cirúrgicos que atinjam o osso (tal como osteotomia) implicam procedimentos de assepsia e administração de antibióticos.

Necrose óssea

Pode ocorrer morte de parte do osso (necrose) algum tempo após a fratura, caso tenha ocorrido lesão dos vasos sanguíneos que levam sangue a essa parte do osso. Um bom alinhamento dos topos da fratura, e uma intervenção rapida, podem ajudar a diminuir este risco.

Pseudartrose

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Ocorre a formação de uma articulação entre os topos da fratura, que não se juntam após um determinado período de tempo. O diagnóstico de pseudartrose é feito quando deixa

de haver esperança que a fratura consolide naturalmente, e implica correção através de cirurgia.

Consolidação viciosa

Os topos da fratura consolidam fora da sua posição anatômica. Pode ser devido a uma má redução da fratura, ou de uma imobilização em posição inadequada. As implicações podem ser apenas estéticas, como acontece freqüentemente em fraturas da clavícula, mas em algumas situações pode haver limitação ou até perda da função do membro afetado. As crianças, devido ao rápido metabolismo e crescimento ósseo, têm maior capacidade

de recuperar uma anatomia normal após consolidação viciosa de uma fratura.

Uma fratura pode ser simples ou exposta

Numa fratura simples,não há desalhinhamento dos ossos fraturados.

Uma fratura é exposta quando os ossos faturados estão fora do sitio, torcidos e desalinhados. Os vasos sanguíneos e os nervos correm o risco de serem esmagados, e os tendões danificados.

Uma fratura pode ser aberta ou fechada

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Figura 5. Fratura Simples

Figura 6. Fratura Exposta

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Numa fratura fechada, a pele sobre a fratura encontra-se intacta. Uma fratura fechada pode tornar-se aberta se a pele for rasgada devido à disposição e ângulos dos ossos fraturados.

Numa fratura aberta, existe um ferimento na pele sobre o local da fratura. O ferimento pode ser profundo ou uma esfoladura. Numa fratura exposta e aberta, o osso fraturado pode ser visto no ferimento. Existe um grande risco de infecção numa fratura aberta.

Fratura exposta ou aberta Fratura fechada

Quanto ao traço da fratura:

• Transversas;

Apresentam um traço reto na estrutura do osso.

• Oblíquas;

Resultantes de uma força em torção, são fraturas instáveis.

• Espiraladas;

Mecanismo rotacional, envolvendo todo o osso, decorrente de baixa velocidade de

energia.

• Cominutivas;

Diversos fragmentos, ou seja, quando o osso fratura em mais de dois fragmentos, pela alta distribuição de energia e aplicação direta da força.

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Quanto ao traço da fratura:

• Compressão;

Quando os fragmentos ósseos, principalmente em sua parte esponjosa, são comprimidos pela aplicação direta da força, impedindo a restauração completa de sua forma trabecular original.

• Afundamento;

Quando os fragmentos ósseos são forçados para o interior (observado nas fraturas de crânio e face).

• Avulsão;

Pela retirada de um fragmento ósseo por um ligamento ou tendão e de sua inserção.

Quanto ao alinhamento

Permite saber quais os movimentos possíveis de serem realizados durante o cuidado com o paciente.

• Sem desvio;

Fraturas em que não há desvio axial ou angular entre os fragmentos ósseos.

• Com desvio;

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Podem ser acavalamento (encurtamento), diástase (alongamento), afastamento lateral, angular ou rotação dos fragmentos.

• Impactadas;

Compressão dos fragmentos.

Quanto à estabilidade

• Fratura estável;

É uma condição que permite a manutenção do alinhamento ósseo e apresenta boa evolução com o tratamento conservador.

• Fratura instável;

é uma condição de difícil manutenção do alinhamento ósseo, podendo ocasionar danos posteriores às estruturas, necessitando de tração e fixação cirúrgica.

Quanto à extensão

• Completa;

Quando incide um traço dividindo o osso em dois ou mais fragmentos.

• Incompleta;

Quando compromete apenas uma cortical óssea,permanecendo a outra íntegra, ocorrendo apenas em osso elástico de crianças. Exemplos: fratura subperiostal, fraturas em “galho verde” na criança.

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Com as fratura existe um risco de hemorragias. Hemorragias internas acontecem especialmente em fratura da coxa e pélvis, mas também em fratura dos ossos, tais como nas costelas e dos ossos longos.

Costela fraturada pode perfurar um pulmão causando uma hemorragia do pulmão.

Costela fraturada no lado esquerdo inferior pode provocar hemorragias no baço, e no lado inferior direito podem provocar hemorragias do fígado para a cavidade abdominal. Fratura no crânio pode causar hemorragias arteriais entre as membranas do cérebro.

Quando houver indícios ou suspeitas de hemorragias internas deverá consultar o médico e a seu conselho deverão ou não ser desencadeados os procedimentos de reanimação.

Sintomas de fratura

A lesão resultou de uma força externa.

O paciente pode ter ouvido um estalo, queixa-se do local e protege-o.

Existe um inchaço, e possivelmente, uma ferida no local.

O local da fratura está direta e indiretamente sensível.

O alinhamento do osso pode ser anormal.

Os primeiros três sintomas são comuns a distensões, deslocações e fratura.

A sensibilidade direta indica o local onde está a lesão.

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EXAME

Remova o vestuário que cobre o local da fratura. Se for necessário, use uma tesoura.

Verifique se a posição do osso é normal, ou onde é que existe uma deslocação ou rotação do osso.

Se não existirem sinais visíveis de fratura, verifique se o sinistrado consegue mover e levantar os dedos dos pés, as pernas, os dedos e os braços.

Verifique se a pele está intacta ou se existem arranhões e feridas.

Se a pele não está intacta: existe hemorragia? Procure indicações de hemorragia: está a pele descorada? Está a pele inchada e firme?

Procure dor direta.

Procure dor indireta.

Verifique o fornecimento de sangue (cor da pele, resposta capilar e pulsação) por baixo do local da fratura.

Consolidação da Fratura

Uma consolidação óssea adequada só é possível quando há uma vascularização

suficiente da região afetada, seguida de redução e imobilização segura e correta.

As condições circulatórias insuficientes e alguns fatores devem ser considerados no

Processo de consolidação óssea:

• A idade,• Tipo de fratura;• Estado nutricional;• Fatores mecânicos.

Fases da Consolidação das Fraturas

• 1. Fase do hematoma:

A hemorragia e a formação de coágulos dão-se de uma a 12 horas do trauma.

• 2. Fase da proliferação celular:

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É a fase precoce da reparação óssea. Formam um colar de tecido conjuntivo que envolve

cada fragmento ósseo e cresce em direção ao outro fragmento.

• 3. Fase de calo:

Conforme o tecido celular cresce em cada fragmento, as células básicas dão origem aos osteoblastos formando um tecido cartilaginoso.

• 4. Fase da consolidação:

Os osteoblastos continuam com o processo de reparação, formam o osso lamelar à custa do osso primário.

• 5. Fase de remodelação:

Ocorre a consolidação total.O osso é gradualmente fortalecido nas linhas de força e

Reabsorvido em outros pontos.

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Consolidação Anormal das Fraturas

• 1. Consolidação viciosa.

• 2. Retardo de consolidação.

• 3. A fratura pode falhar completamente em reparar se por osso (ausência de consolidação), com formação de uma união fibrosa ou de uma falsa articulação (pseudo-artrose).

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Doenças Fraturarias

Em situação de paciente com fraturas múltiplas que exigem uma imobilização prolongada no leito, as congestões e infecções pulmonares, as escaras de decúbito, as tromboses venosas, infecção urinária e constipação intestinal são as mais comuns. A embolia gordurosa também é observada, proveniente da medula óssea na corrente sanguínea, causando um dano maior do tipo infarto do miocárdio, parada respiratória e problemas de ordem vascular.

Atrofia muscular reflexa, por falta de uso, é ocasionada pela diminuição da força muscular e da estabilidade articular, pelo posicionamento inadequado e falta de orientação com relação aos exercícios ativos e passivos dos membros não comprometidos e isométricos do comprometido.

Limitação da mobilidade articular provocada pelos exsudatos serosos e inatividade, levando a aderência da articulação e dos tecidos periarticulares, ocasionada pelo trauma.

Edema persistente está relacionado com mobilização de articulações com aderência e posicionamento do membro que dificultam o retorno venoso.

Necrose óssea avascular pode estar presente quando existe o rompimento completo de irrigação sanguínea de um fragmento ósseo, causando necrose. A região mais atingida é a epífise proximal do fêmur.

Síndrome Compartimental

Na ocorrência de lesão de grandes vasos, as extremidades intumescem acentuadamente, causando compressão de músculos, nervos e vasos quando as bainhas não são atingidas e,eventualmente, pode desenvolver uma síndrome compartimental / Contratura de Volkmann, quando o extravasamento sanguíneo é considerado e causa tensão no membro comprometido; faz-se a descompressão eliminando faixas, talas,aparelho gessado e/ou facilitando o retorno venoso pela posição e, por fim, uma fasciotomia.

Resumo dos eventos

Oclusão arterial

Anóxia muscular

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Liberação de histamina

Estase capilar

Aumento de pressão

Perfusão comprometida

Isquemia celular

Os sintomas são: dor, palidez com falta de perfusão das extremidades, paralisia e ausência de pulso. No membro superior, a extensão passiva dos dedos da mão é extremamente dolorosa.

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LUXAÇÕES

É a perda total das relações anatômicas das superfícies ósseas que participam de uma articulação, implicando lesões de partes moles adjacentes.

A subluxação é a perda parcial da relação articular.

A luxação pode ser classificada em:

1. Traumática: ocorrem devido ao traumatismo osteoarticular;

2. Patológica: ocorrem devido a uma doença na estrutura articular ou periarticular;

3. Congênita: presentes na ocasião do nascimento e devidas a algum defeito no desenvolvimento intra-uterino.

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Num acidente em que exista um forte puxão ou empurrão pode originar uma luxação de uma articulação. luxação do ombro (queda com o braço esticado ou encolhido), da clavícula (queda com o braço esticado), da rótula (um toque lateral no joelho) e dedos (dedos que ficaram presos em algo). Estas são as luxações mais comuns.

Também podem ocorrer luxações do tornozelo, mas combinadas com danificações de ligamentos e fratura de ossos. A luxação do tornozelo acontece, muitas vezes, com uma queda em que o paciente cai apoiado no pé.

Nas luxações, as articulações deverão ser postas na posição correta o mais rapidamente possível, de modo a evitarem-se mais estragos nessas articulações.

Tente ficar com uma idéia geral de como foi o acidente e da quantidade de energia que foi libertada, pois assim poderá ficar com a noção do que o espera: uma distensão ou uma luxação, ou mesmo a possibilidade de haver uma fratura envolvida.

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Luxação 1. Luxação de Cotovelo

Luxação 2. Luxação de Ombro

Luxação 3.Luxação de Joelho

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Luxação 4. Luxação de Punho

Sintomas de luxação

Pode ser difícil distinguir uma luxação de uma fratura localizada perto de uma articulação.

A lesão ocorreu como resultado de uma força externa.

O paciente queixa-se de dores na articulação e em redor.

A dor surge imediatamente após a fratura.

O paciente não consegue ou não pode mover a articulação.

A articulação tem direção e forma anormais (comparada com a que está boa).

Existe uma sensibilidade direta e indireta na articulação.

Subseqüentemente, a articulação incha.

Exame

Siga a técnica de exame descrita para as fratura, e em adição verifique:

Se a articulação está inchada.

Se existem efusões de sangue na articulação por baixo da pele.

Se a articulação tem uma forma anormal.

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Distensões e Lesões nos Ligamentos

Ocorre uma distensão, quando uma articulação é pressionada com uma força que leva a que essa articulação passe os limites normais do movimento. Isto estica os ligamentos e provoca uma acumulação de fluidos (edema) nos ligamentos e em torno destes.

Distensões nos tornozelos (pé torcido), nos polegares e nos outros dedos, no pulso (queda com o braço esticado) são as mais freqüentes.

Poderão ocorrer mais lesões nos ligamentos se a força do acidente for tão grande que um ou mais ligamentos se rompam.

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Distenções e Lesões 1. Força Lateral tenciona os ligamentos

Sintomas de distensões e lesões ligamentares

A lesão ocorreu como resultado de uma força externa.

O ferido queixa-se de dor na articulação e em redor.

O ferido consegue mover a articulação, apesar de doer.

Existe um inchaço e uma efusão de sangue sobre a articulação.

Existe uma sensibilidade direta no local do ferimento.

Não existe sensibilidade indireta na articulação.

A articulação está solta no caso da ruptura de ligamentos.

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Por vezes é difícil decidir se uma lesão é somente uma distensão, ou se existem também rupturas de ligamentos. Pode também ser difícil descobrir se existe alguma fratura. Se estiver com dúvidas, trate a lesão como se de uma fratura se tratasse.

Os princípios para o tratamento de distensões e ligamentos são:

Arrefecimento.

Imobilização.

Elevação.

O arrefecimento diminui o inchaço e a hemorragia. O arrefecimento deverá ser efetuado o mais rapidamente possível.

A imobilização permite o repouso da articulação para que possa melhorar e aliviando também a dor. Imobilize a articulação com uma ligadura no caso de distensões e com gesso do caso de lesões de ligamentos.

A elevação, isto é, colocar a articulação acima do coração, faz com que o inchaço diminua mais rapidamente e ajuda a aliviar a dor.

TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS

1) FRATURA EM GALHO-VERDE – Ocorre em ossos longos de crianças, sendo sempre uma fratura incompleta, pois parte da cortical óssea é sempre mantida (semelhante a um galho verde quebrado). Esse tipo de fratura sempre produz grande deformidade e é muito freqüente nos ossos do antebraço.

Obs.: Os ossos das crianças são mais maleáveis, pois possuem uma maior quantidade de colágeno.

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2) FRATURA IMPACTADA – Ocorre quando um fragmento ósseo penetra, parcialmente, no fragmento adjacente. É geralmente uma fratura de bom prognóstico, devido a sua grande estabilidade. É mais freqüente no colo cirúrgico do úmero e colo do fêmur.

3) FRATURA POR AVULSÃO – Ocorre quando um músculo traciona a saliência óssea onde é fixado. Também conhecida como fratura por arrancamento. Ex: Fratura do tubérculo maior e fratura da base do 5º metatarso.

4) FRATURA POR FADIGA OU ESTRESSE – Ocorrem por micro traumas repetitivos típicos de excesso de treinamento. Fraturas típicas de atletas profissionais. Ossos mais afetados: metatarsos e tíbia.

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Esforço repetitivo

5) FRATURA PATOLÓGICA – Fratura que ocorre por uma fragilidade óssea gerada por uma doença. É provocada por traumas banais ou mesmo de forma espontânea. Exemplos de doenças ósseas: osteoporose, osteogênese imperfeita e raquitismo.

6) LER/DORT

Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

São lesões ocorridas em ligamentos, músculos, tendões e em outros segmentos corporais relacionadas com ouso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores como a força excessiva.

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Todos os profissionais que executem as seguintes técnicas

descritas abaixo, será conceituado como Técnico em

imobilizações ortopédicas.

Organizar a sala de Imobilizações

Avaliar as condições de uso do material instrumental;

Estimar a quantidade de material a ser utilizado;

Controlar estoque;

Preparar o paciente e o procedimento

Posicionar o paciente;

Confeccionar a Imobilização

Confeccionar imobilização com materiais sintéticos;

Confeccionar tala metálica;

Confeccionar aparelhos gessados circulares;

Confeccionar esparadrapagem;

Confeccionar goteiras gessadas;

Confeccionar enfaixamentos;

Retirar a Imobilização

Bivalvar o aparelho gessado;

Retirar aparelhos gessados com serra elétrica vibratória;

Remover aparelhos sintéticos;

Auxiliar o ortopedista em alguns procedimentos;

Fender o aparelho gessado;

Abrir janela no aparelho gessado;

Trabalhar em equipe;

Demonstrar autoconfiança;

Trabalhar com ética profissional;

Atualizar-se profissionalmente;

Cuidar da aparência pessoal;

Usar de respeito na relação com o paciente;

Zelar pela organização da sala.

Orientar sobre o uso e conservação da imobilização;

Explicar procedimento de retirada do gesso;

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IMOBILIZAÇÕES

O gesso é um dispositivo imobilizador rígido que é modelado de acordo com o

contorno do corpo ao qual é aplicado. Tem como objetivo imobilizar a parte do corpo em

questão, na posição específica e aplicar uma pressão uniforme ao tecido mole

encapsulado. Desta forma o gesso permite a mobilização do paciente ao mesmo tempo

em que restringe o movimento dessa parte do corpo.

O gesso mais comum é feito de sulfato de cálcio semi-hidratado que reagindo com

a água, forma sulfato de cálcio hidratado. A reação é exotérmica e é caracterizada pelo

aquecimento do gesso quando da sua aplicação. Daí que se não forem tomadas as

devidas precauções, podem surgir queimaduras.

CARACTERÍSTICAS DO GESSO Gesso úmido

• cheiro próprio;• maciço à percussão;• aspecto cinzento• frio.

Gesso Seco • inodoro;• ressonante;• branco.

OBJECTIVOS • O gesso tem como objetivos: • Manter os fragmentos ósseos alinhados e imobilizados;• Favorecer a cicatrização de partes moles;• Prevenir e corrigir deformações;• Imobilizar segmentos osteoarticulares com processo infeccioso;• Profilaxia de faturas, proporcionando suporte e estabilidade nas

articulações enfraquecidas • Prevenir complicações• Promover a recuperação funcional• Promover a integridade cutânea.

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INDICAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE APARELHOS DE GESSOA indicação médica para a utilização do aparelho de gesso está relacionada com as características da lesão, localização, tipo de fraturas, tipo de cirurgia e com a idade do doente. Assim, o aparelho gessado está indicado para as diversas situações, tais como:

Fraturas: considerando-se o tipo de fraturas, grau e região afetada, estas serão tratadas com aparelhos de gesso por se tratar de um método de tratamento incruento;

Pós – Operatório: alguns tipos de cirurgias necessitam, durante o pós – operatório de um aparelho de gesso para imobilizar a área intervencionada;

Malformações Congênitas: pode ser utilizado para manter ou promover o correto posicionamento de algumas regiões, como por exemplo, o tratamento tardio da luxação congênita com recurso ao aparelho pélvipodálico;

Luxação: é a perda total ou parcial do contacto das superfícies ósseas que formam a articulação, com perda da sua função. Podem ser congênitas, patológicas ou traumáticas, o indivíduo apresenta dor intensa com perda funcional, devendo a região ser reduzida e imobilizada;

Entorse: é uma lesão nas partes moles que circunscrevem uma articulação, causada por um movimento de rotação sobre o próprio eixo articular, podendo ocasionar uma ruptura de grau variado, na continuidade dos ligamentos, desestabilizando a articulação, com déficit da função, dor aguda e edema no local. Na entorse não há perda do contacto das superfícies ósseas que formam a articulação.

Redução

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TIPOS DE APARELHOS GESSADOS

A patologia a ser tratada, influência o tipo e espessura do aparelho gessado a aplicar.

Em regra geral, as articulações proximal e distal à região a ser imobilizada são incluídas

no aparelho.

Podemos, então, encontrar: • Enfaixamentos;• Talas;• Gesso;• Talas metálicas;• Imobilizações não gessadas.

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Enfaixamento Tipo Bota (SuroPodálico).

Tudo que estiver escrito podálico refere-se ao pé.Finalidade: Limitar o movimento do tornozelo, ás vezes usados em entorse, contusão e torção.Obs. Em alguns casos de cirurgias de tornozelo, após o procedimento cirúrgico pode ser usado o enfaixamento suropodalico, este enfaixamento serve para evitar o edema e sangramento.

Enfaixamento Inguinomaleolar ou (Jones) para Joelho.

Finalidade: Limitar o movimento de extensão e flexão do joelho, às vezes usados em entorse, contusão e torção de joelho.Obs. Em alguns casos de cirurgias de joelho, após o procedimento cirúrgico pode ser usado o enfaixamento inguinomaleolar (Jones), este enfaixamento serve para evitar o edema e sangramento, pode ser usado também outros tipos de imobilizações, como. Tala tubo ou tubo gessado.

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Enfaixamento Para Antebraço e Punho (antebraquiopalmar).

Finalidade: Repouso e Limitação do movimento do punho, este enfaixamento pode ser usados em caso de contusão e entorse.

Obs. Em alguns casos de cirurgias de Punho, após o procedimento cirúrgico pode ser usado o enfaixamento antibraquiopalmar, este enfaixamento serve para evitar o edema e

sangramento, pode ser usado também outros tipos de imobilizações, como. Tala luva, luva Gessada.

Enfaixamento Para Cotovelo.

Finalidade: Repouso e limitação da movimentação do cotovelo, também usado em caso de contusão, torção e entorse.

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Obs. Em alguns casos de cirurgias de cotovelo, após o procedimento cirúrgico pode ser usado o enfaixamento para cotovelo, este enfaixamento serve para evitar o edema e sangramento, pode ser usado também outros tipos de imobilizações, como. Tala Braquial (Braquiopalmar), Braquial gessado.

Enfaixamento Torácico.

Finalidade: Destina-se a Limitação a Caixa Torácica, de modo a restringir a Respiração. É usado em fraturas de costelas e contusões torácicas.Obs.: Não realizar este tipo de enfaixamento em pacientes que tenham problemas respiratórios, asmas, bronquites crônicas e insuficiência cardíaca.

Velpeau de Crepom.

Finalidade: Imobilizar o ombro. Usa-se esta imobilização em luxações de ombro.Obs: dependendo do ortopedista esta imobilização poderá ser usada em fraturas de clavícula.

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Velpeau Verão. (MJ). Modo simples

Finalidade: Repouso e Limitação da movimentação do ombro. Usa-se esta imobilização em luxações de ombro.

Tipóia simples.

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Finalidade: Repouso de membros superiores

Colar Cervical.

Finalidade: Torcicolo e Inflamações na Região Cervical.

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Tala de alumínio

Posição do paciente;

Sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido em direção ao técnico.

Modo de confeccionar;

1º limpar o dedo a ser imobilizado com álcool e benjoim.

2º colocar tala metálica no local da lesão.

3º aplicar esparadrapo para fixar a tala metálica.

Orientação do paciente; pedir para não deixar a mão para baixo e mexer bastante os dedos pra ajudar na circulação.

Indicações; fraturas dos metacarpos e das falanges da Mão.

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Imobilização de esparadrapo ( esparadrapagem )

Posição do paciente;

Deitado na maca com o pé lesionado estendido em direção ao técnico.

Modo de confeccionar;

1º limpar os dedos a serem imobilizados com álcool e benjoim.

2º colocar um pedaço de gaze entre os dedos.

3º iniciar colocação de esparadrapo em sentido de xis para melhor fixação e depois colocar esparadrapo em sentido vertical até ficar bem resistente.

4º envolver a imobilização com crepom para durar mais.

Orientação do paciente; pedir para pisar com o calcanhar para a imobilização não desprender.

Indicações; fraturas das falanges do pé.

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Do gesso a atadura gessada

A Traumatologia foi dentre os diversos ramos da medicina um dos que mais precocemente surgiu na evolução histórica.

A imobilização dos segmentos corpóreos comprometidos passou por diversas fases ate que Antonius Mathijsen, em 1852, introduziu a atadura gessada, método este que se mostrou de tal maneira eficiente que ainda não encontrou substituto ideal ate nossos dias. O gesso é constituído por sulfato de cálcio, retirado da natureza, que por processo especial o gesso em pó é distribuído entre as ataduras de malha que serve de suporte. A água aquecida é ainda o processo acelerador de melhor resultado.

Indicações

As principais indicações dos aparelhos gessados podem ser resumidas em:

1. Imobilizar provisoriamente uma fratura. 2. Imobilizar uma fratura reduzida. 3. Imobilizar membro com traumatismo mesmo sem fratura. 4. Imobilizar articulação com processo infeccioso.

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5. Imobilizar mantendo correção de deformidades. 6. Imobilizar uma região operada.

Para a execução de um aparelho gessado temos necessidade fundamental de: Malha tubular, Algodão ortopédico, Atadura gessada, água em temperatura ambiente e Instrumentos especiais.

A malha tubular protege e proporciona também um melhor acabamento.

O algodão ortopédico deve ser colocado ao nível das saliências ósseas, e em quantidade suficiente para evitar a compressão.

As ataduras gessadas existem de diversos tamanhos que devem ser escolhidos em função da região a ser imobilizada.

Vários instrumentos, como tesoura, bisturi, serras elétricas, cortadores de gesso, etc.; são utilizados tanto na confecção como na retirada dos aparelhos gessados.

Regras gerais

Na confecção de uma imobilização, as seguintes regras devem ser seguidas:

1. Escolher, antes de iniciar a imobilização, qual material vai usar, pois da pratica tira-se uma regra importante “após terem sido postas as ataduras gessadas dentro da água,o trabalho deve correr de modo único e sem improvisos.

2. Colocar membro na posição requerida pelo tipo de imobilização a ser realizada.

3. Proteger com algodão ortopédico toda a extensão cutânea do membro lesado, com especial interesse pelas saliências ósseas.

4. Colocar água dentro da pia ou bacia, enchendo-a de modo que a atadura fique totalmente submersa quando colocada dentro da bacia.

Técnica propriamente dita

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Colocamos a atadura gessada totalmente submersa em água e somente a retiramos quando cessar o borbulhamento.

Uma leve torção em suas extremidades e a atadura esta em condições de envolver o membro, previamente acolchoado pela malha tubular e pelo algodão ortopédico, a primeira de diâmetro proporcional ao membro afetado e o segundo cobrindo as saliências ósseas.

a) Devemos iniciar o aparelho pela sua extremidade distal, pois isto facilita a sua execução e o retorno da circulação.b) A atadura gessada deve ser enrolada em espirais, observando-se as mudanças no diâmetro do membro. A compressão uniforme é condição fundamental. c) Em cada passagem da atadura devemos alisá-la para facilitar a adaptação dos cristais com as camadas adjacentes. d) Após envolvemos totalmente o membro com as camadas necessárias, inicia-se a fase de modelagem, de muita importância, pois daremos ai estabilidade do gesso e do segmento corpóreo comprometido. e) O acabamento e feito com os recortes necessários, tornando o aparelho de bom aspecto e boa função.

f) Devemos esclarecer o paciente da necessidade de secagem completa do gesso para que possa ser dada movimentação total ao membro, inclusive com carga nos aparelhos gessados para marcha, salientando ainda a observação da cor da pele, do edema, da dor, das alterações de sensibilidade e mesmo da paralisia do membro imobilizado, fatos estes que indicariam compressão pelo aparelho e, conseqüentemente, a necessidade da sua abertura e, por vez, de sua retirada. g) Na execução do aparelho deve-se evitar um gesso muito fraco, que se quebra com facilidade, um gesso muito pesado que dificulte os movimentos e finalmente um gesso não uniforme, apertado, garroteado ou amassado, o qual poderia provocar escaras e prejuízos circulatórios. h) A retirada do gesso pode fazer-se com serra elétrica ou de aparelho especiais que fendem totalmente o gesso, em duas linhas opostas, tomando cuidado de evitar lesões da pele.

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Tala tipo Luva (goteira antebraquiopalmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado estendido.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a prega do cotovelo;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada,

4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

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Tala tipo Luva Incluindo os dedos(goteira antebraquio falanges )

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Tala axilo palmar ( goteira braquio palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o cotovelo do membro lesionado em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a axila;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar provisóriamente fratura dos terços distal, médio e proximal do antebraço e no terço distal do úmero.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 ou 15 cm

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Pendente ( Pinça de confeitero )

Posição do paciente;em pé ou sentado com ligeira inclinação para o lado lesado, com o cotovelo em 90°,. O enfaixamento é uma calha gessada tipo U.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação do cotovelo até acima do ombro;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos e o cotovelo pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar fraturas do terço médio do úmero.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 ou 15 cm

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Tala tipo bota ( goteira suropodálica )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido e tornozelo em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta do dedão (halux) até o joelho,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada, 4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

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Indicações; imobilizar provisoriamente fratura do terço médio e distal da perna e dos ossos do tarso ( pé ).

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

Tala tipo tubo ( goteira inguinomaleolar )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado fletido de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação do tornozelo até a raiz da coxa,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada,

4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

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Fraturas e imobilizações

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura ou luxação de patela

Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

Tala tipo inguinopodalica ( goteira inguinopodalica )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado fletido de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta dos dedos até a raiz da coxa,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada,

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Fraturas e imobilizações

4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura ou luxação do joelho e da tibia, lesões ligamentares da tíbia ou do joelho, fratura do terço distal do fêmur.

Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

Tala tipo Luva (goteira antebraquio Palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado estendido.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a prega do cotovelo;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada,

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Fraturas e imobilizações

4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar provisóriamente fratura do terço distal do antebraço e nas tendinites do punho

Tamanho da atadura gessada indicada; 10 cm

Tala gessada incluindo os dedos ( antebraquio manual )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado estendido.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta dos dedos até a prega do cotovelo;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar tala gessada,

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Fraturas e imobilizações

4º prender com crepom sempre começando de distal para proximal

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e manter o braço na tipóia pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura dos metacarpos e das falanges da mão.

Tamanho da atadura gessada indicada; 10 cm.

Tala axilo palmar ( goteira braquio palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o cotovelo do membro lesionado em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a axila;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

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Fraturas e imobilizações

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar provisóriamente fratura dos terços distal, médio e proximal do antebraço e no terço distal do úmero.

Tamanho da atadura gessada indicada; 10 ou 15 cm

Bota gessada ( suropodálica )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido e tornozelo em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta do dedão (halux) até o joelho,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

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Fraturas e imobilizações

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do terço médio e distal da perna e dos ossos do tarso ( pé )

Tamanho da atadura gessada Indicada; 15 ou 20 cm

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Fraturas e imobilizações

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Fraturas e imobilizações

Bota gessada PTB ( suropodálica )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado estendido e tornozelo em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta do dedão(halux) até acima do joelho,

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Fraturas e imobilizações

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não pisar durante 2 dias, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do terço médio e distal da perna

Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

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Tubo gessado ( inguinomaleolar )

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o joelho do membro lesionado fletido de 10 a 15 graus apoiado na escada ou um ajudante segurando.

Modo de confeccionar;

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Fraturas e imobilizações

1º colocar malha tubular da articulação do tornozelo até a raiz da coxa,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura ou luxação de patela

Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

Inguinopalico

Posição do paciente; sentado na beira da maca com o membro lesionado em um apoio ou com um ajudante segurando.

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Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta do dedão (halux) até a raiz da coxa,

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não fazer força pra dobrar o joelho, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos dos pés pra ajudar na circulação

Indicações; fratura do terço médio e proximal da perna e do terço distal do fêmur. Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

Luva gessada ( Antebraquio Palmar )

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Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado estendido.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a prega do cotovelo;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura do terço distal do antebraço e nas tendinites do punho.

Tamanho da atadura gessada Indicada; 10 cm

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Luva gessada incluindo os dedos ( antebraquio manual )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o membro lesionado estendido.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da ponta dos dedos até a prega do cotovelo;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e manter o braço na tipóia pra ajudar na circulação.

Indicações; fratura dos metacarpos e das falanges da mão.

Tamanho da atadura gessada indicada; 10 cm

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Axilo palmar gessado ( braquio palmar )

Posição do paciente; sentado na da maca ou em um banco com o cotovelo do membro lesionado em 90º neutro.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular da articulação metacarpofalangeana até a axila;

2º colocar algodão em toda extensão do membro em especial nas saliências

ósseas,

3º aplicar atadura gessada sempre começando de distal para proximal.

Orientação do paciente; pedir para não mexer durante 2 hs, não molhar o gesso e mexer bastante os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

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Velpeau gessado ou de crepom

Posição do paciente; sentado com o cotovelo do membro lesado em 90º, colocar a mão do membro oposto na cabeça.

Modo de confeccionar;

1º colocar malha tubular do punho até a axila e no tórax;

2º colocar algodão em toda extensão do membro superior em especial nas saliências ósseas.

3º aplicar atadura gessada.

Orientação do paciente; pedir para mexer bastante o punho e os dedos das mãos pra ajudar na circulação.

Indicações; imobilizar luxação do ombro, fraturas do terço médio e proximal do úmero. Tamanho da atadura gessada indicada; 15 ou 20 cm

OBS: no velpeau de crepom é só trocar a atadura gessada por atadura de crepom.

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Imobilização de clavícula gessada ou não gessada (tipo 8)

Posição do paciente; sentado em um banco ou na maca com as mãos na cintura e forçando o ombro para trás

Modo de confeccionar;

1º pega uma malha tubular de 10cm corte do tamanho de toda extensão a ser imobilizada,

2º coloque bastante algodão dentro da malha até ela ficar toda acolchoada, coloque-a no paciente de modo que a parte dorsal fique parecendo um oito.

Orientação do paciente; se ele sentir dormência nos braços pedir para colocar as mãos na cintura ou deitar de braços abertos.

Indicações; fraturas de clavícula.

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Fraturas e imobilizações

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