4ª unidade 2010

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História: Território, Ambiente e Desenvolvimento 4ª UNIDADE Profª. Jack Povoas ´

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AULA SOBRE CAPITALISMOPROFESSORA JACK PÓVOAS

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Page 1: 4ª UNIDADE 2010

História:Território, Ambiente e Desenvolvimento

4ª UNIDADE

Profª. Jack Povoas´

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CAPITALISMO

•Origens do sistema capitalista•Características •Fases •História do capitalismo •Lucros e trabalho assalariado•Neocolonialismo•Economia de mercado•Globalização da economia

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"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele.

A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.

Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.

A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez.

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Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos;

Nossa inteligência, empedernidos e cruéis.

Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que máquinas, precisamos dehumanidade;

Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura!

Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido."

(Charles Chaplin, em discurso proferido no final do filme O grande ditador.)

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Origens

•Encontramos a origem do sistemacapitalista na passagem da Idade Médiapara a Idade Moderna.

•Com o renascimento urbano e comercialdos séculos XIII e XIV, surgiu na Europauma nova classe social: a burguesia. Estanova classe social buscava o lucroatravés de atividades comerciais.

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Nesse período, vemos uma transformação nocaráter auto-suficiente das propriedadesfeudais onde as terras começaram a serarrendadas e a mão-de-obra começou a serremunerada com um salário.

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Essas primeiras mudanças vieram junto dosurgimento de uma classe de comerciantes eartesãos que viviam à margem da unidadefeudal habitando uma região externa,chamada de burgo. A burguesia medievalimplantou uma nova configuração à economiaeuropéia onde a busca pelo lucro e acirculação de bens a serem comercializadosem diferentes regiões ganharam maiorespaço.

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•Neste contexto, surgem também osbanqueiros e cambistas, cujos ganhosestavam relacionados ao dinheiro emcirculação, numa economia que estavaem pleno desenvolvimento.

•Historiadores e economistas identificamnesta burguesia, e também noscambistas e banqueiros, ideaisembrionários do sistema capitalista:lucro, acúmulo de riquezas, controledos sistemas de produção eexpansão dos negócios.

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A prática comercial experimentada imprimiuuma nova lógica econômica onde ocomerciante substituiu o valor-de-uso dasmercadorias pelo seu valor-de-troca.

Dessa maneira, o comerciante deixou de julgaro valor das mercadorias tendo como base suautilidade e demanda, para calcular custos elucros a serem convertidos em umadeterminada quantia monetária.

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Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo

Este período estende-se do século XVI aoXVIII. Inicia-se com as GrandesNavegações e Expansões MarítimasEuropéias, fase em que a burguesiamercante começa a buscar riquezas emoutras terras fora da Europa. Oscomerciantes e a nobreza estavam aprocura de ouro, prata, especiarias ematérias-primas não encontradas emsolo europeu.

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Nesse contexto, os Estados Nacionaisincentivaram a descoberta e o domínio denovas áreas de exploração econômica pormeio do processo de colonização.

Foi nessa época que os continentes americanoe africano passaram a integrar uma economiamundialmente articulada aos interesses daspoderosas nações européias.

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Estes comerciantes, financiados por reise nobres, ao chegarem à América, porexemplo, vão começar um ciclo deexploração, cujo objetivo principal era oenriquecimento e o acúmulo de capital.

Neste contexto, podemos identificar asseguintes características capitalistas:busca do lucros, uso de mão-de-obraassalariada, moeda substituindo osistema de trocas, relações bancárias,fortalecimento do poder da burguesia edesigualdades sociais.

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No entanto, a relação harmônica entre aburguesia e os monarcas ganhou uma novafeição na medida em que a manutenção dosprivilégios da nobreza se transformava em umempecilho ao desenvolvimento burguês.

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Segunda Fase: Capitalismo Industrial

No século XVIII, a Europa passa por umamudança significativa no que se refere aosistema de produção.

A Revolução Industrial, iniciada naInglaterra, fortalece o sistema capitalistae solidifica suas raízes na Europa e emoutras regiões do mundo.

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A Revolução Industrial modificou osistema de produção, pois colocou amáquina para fazer o trabalho que antesera realizado pelos artesãos.

O dono da fábrica conseguiu, destaforma, aumentar sua margem de lucro,pois a produção acontecia com maisrapidez.

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Se por um lado esta mudança trouxebenefícios (queda no preço dasmercadorias), por outro a populaçãoperdeu muito.

O desemprego, baixos salários,péssimas condições de trabalho,poluição do ar e rios e acidentes nasmáquinas foram problemas enfrentadospelos trabalhadores deste período.

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O lucro ficava com o empresário quepagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários.

As indústrias, utilizando máquinas àvapor, espalharam-se rapidamente pelosquatro cantos da Europa. O capitalismoganhava um novo formato.

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Muitos países europeus, no século XIX,começaram a incluir a Ásia e a Áfricadentro deste sistema. Estes doiscontinentes foram explorados peloseuropeus, dentro de um contextoconhecido como neocolonialismo.

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As populações destes continentes, foramdominadas a força e tiveram suasmatérias-primas e riquezas exploradaspelos europeus.

Eram também forçados a trabalhar emjazidas de minérios e a consumirem osprodutos industrializados das fábricaseuropéias.

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Chegando ao século XIX, percebemos que ocapitalismo promoveu uma riqueza custeadapela exploração da mão-de-obra e a formaçãode grandes monopólios industriais.

Nesse período vemos a ascensão dasdoutrinas socialistas em franca contraposiçãoao modelo de desenvolvimento social,econômico e político trazido pelo sistemacapitalista.

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No século passado, o capitalismo viveudiversos momentos de crise onde percebemosclaramente os problemas de sua lógica decrescimento permanente.

Mesmo movendo diversas revoluções elevantes contra o sistema, o socialismo nãoconseguiu interromper o processo dedesenvolvimento do capital.

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Apesar disso, vemos que novas formas derearticulação das políticas econômicas e oafamado progresso tecnológico conseguiramdar suporte para que o capitalismoalcançasse novas fronteiras.

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Terceira Fase:Capitalismo Monopolista-Financeiro

Iniciada no século XX, esta fase vai terno sistema bancário, nas grandescorporações financeiras e no mercadoglobalizado as molas mestras dedesenvolvimento. Podemos dizer queeste período está em plenofuncionamento até os dias de hoje.

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Grande parte dos lucros e do capital emcirculação no mundo passa pelo sistemafinanceiro.

A globalização permitiu as grandescorporações produzirem seus produtosem diversas partes do mundo, buscandoa redução de custos.

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Estas empresas, dentro de umaeconomia de mercado, vendem estesprodutos para vários países, mantendoum comércio ativo de grandesproporções.

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Os sistemas informatizados possibilitama circulação e transferência de valoresem tempo quase real.

Apesar das indústrias e do comérciocontinuarem a lucrar muito dentro destesistema, podemos dizer que os sistemasbancário e financeiro são aqueles quemais lucram e acumulam capitais dentrodeste contexto econômico atual.

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NEOCAPITALISMO

Também chamado de economia mista,é um termo utilizado para designar umanova forma de capitalismo, surgido nassociedades reconstruídas e tecnológicasdo pós-guerra.

Se caracteriza pela correção de seusexcessos, mediante a aplicação demedidas visando o bem estar social.

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No sistema atual o trabalhador produzbens que não lhe pertencem e cujodestino, depois de prontos, escapa aoseu controle.

O trabalhador, assim, não pode sereconhecer no produto de seu trabalho;não há a percepção daquilo que ele crioucomo fruto de suas capacidades físicas ementais, pois se trata de algo que aotrabalhador não terá utilidade alguma.

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A criação (o produto), se apresentadiante do mesmo como algo estranho epor vezes hostil, e não como o resultadonormal de sua atividade e do seu poderde modificar livremente a natureza.

Assim sendo, se o produto do trabalhonão pertence ao trabalhador e de certaforma, se defronta com o mesmo deuma forma estranha, isso somenteocorre porque tal produto pertence aoutro homem que não o trabalhador.

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Portanto, quem se apropria de parte dofruto e do próprio trabalho operário ?Marx responde:

O capitalista, o proprietário dos meiosde produção.