43311854 apostila de portugues modulo i teoria maria de lourdes de a santos completa
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APOSTILA DE PORTUGUÊS - MÓDULO I – PROFESSORA MARIA DE LOURDES DE A. SANTOS
1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
TEXTO I
O CASO DA MÁQUINA REGISTRADORA
“Um negociante acaba de acender as luzes de uma loja de calçados quando surge um homem pedindo dinheiro. O proprietário abre uma máquina registradora. O conteúdo da máquina registradora é retirado e o homem corre. Um membro da polícia é imediatamente avisado.”
Com base no texto acima, assinale cada uma das seguintes afirmações com: V(verdadeiro), F (falso) ou D (duvidoso).
01. ( ) Um homem apareceu assim que o
proprietário acendeu as luzes de sua loja.
02. ( ) O ladrão foi um homem.
03. ( ) O homem não pediu dinheiro.
04. ( ) O homem que abriu a caixa registradora era
o proprietário.
05. ( ) O proprietário da loja de calçados retirou o
conteúdo da máquina registradora e correu.
06. ( ) Alguém abriu a máquina registradora.
07. ( ) Depois que o homem pediu o dinheiro,
apanhou o conteúdo da máquina registradora e
fugiu.
08. ( ) Embora houvesse dinheiro na máquina
registradora, a história não diz a quantia.
09. ( ) O ladrão pediu dinheiro ao proprietário.
10. ( ) A história registra uma série de
acontecimentos que envolvem três pessoas: o
proprietário, um homem que pediu dinheiro, um
membro da polícia.
11. ( ) Os seguintes acontecimentos da história são
verdadeiros: alguém pediu dinheiro; uma máquina
registradora foi aberta; seu dinheiro foi retirado; um
homem fugiu da loja.
FATOS E INDÍCIOS
1. Fatos não se discutem; opiniões, sim. Mas que é fato? É a coisa feita, verificada e observada. Mas convém não confundir fato com indício. Os fatos, devida e acuradamente observados, levam ou podem levar à certeza absoluta.
2. Os indícios nos permitem apenas inferências de certeza relativa, pois expressam somente probabilidade ou possibilidade.
3. Inferir é concluir, é deduzir pelo raciocínio apoiado apenas em indícios.
Dizer, por exemplo, que “Fulano é ladrão, porque, de repente, começou a ostentar um padrão de vida que seu salário ou suas conhecidas fontes de renda não lhe poderiam jamais proporcionar”, é inferir, é deduzir pelo raciocínio a partir de certos indícios. O que assim se declara a respeito desse fulano é possível, é mesmo provável, mas não é certo porque não provado.
IMPLÍCITO
Que está envolvido, mas não de modo claro; tácito, subentendido. [ANTÔNIMO: explícito.]
PRESSUPOSTO
1. Que se pressupõe; pressuposição; 2. Circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro.
SUBENTENDIDO
1. Que se subentende ou subentendeu. 2. Aquilo que está na mente, mas não foi expresso
INFERIR
Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio
NEXO
Ligação, vínculo, união.
COERÊNCIA
1. Qualidade, estado ou atitude de coerente.
2. Ligação ou harmonia entre situações, acontecimentos ou idéias; relação harmônica; conexão, nexo, lógica.
3. Num discurso oral ou escrito, conjunto de relações que unem os significados de sentenças.
4. Ausência de contradição, acordo do pensamento consigo mesmo (dos princípios com as conseqüências, dos axiomas com os teoremas, etc.); compatibilidade, consistência.
TEXTO II
TESTE DE OBSERVAÇÃO
1. Escreva seu nome No quadrado abaixo:
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2. Em Portugal existe 7 de setembro?
3. Você está participando de uma corrida e ultrapassa o segundo colocado. Em que posição você fica?
4. Uns meses têm 31 dias, outros apenas 30. Quantos meses têm 28 dias?
5. Você encontrou uma caixa de fósforos com apenas um palito de fósforo num quarto escuro e frio. No quarto há uma lamparina, uma vela, há querosene e lenha seca, o que você acenderia primeiro?
6. O pai de Maria tem cinco filhas: Lalá, Lelé, Lili, Loló e:
7. Quantos animais de cada espécie Moisés colocou na arca?
8. Quantas vezes podemos substituir cinco de 25?
9. Seis homens levam seis dias para cavar seis buracos. Quanto tempo levará um homem para cavar meio buraco?
10. Um fazendeiro possuía 17 vacas; todas, exceto 9 morreram. Quantas sobreviveram?
11. Se um médico lhe receitasse agora 3 comprimidos para serem tomados com água, um a cada 30 minutos. Em quantas horas os comprimidos terminariam se você seguir a receita corretamente?
12. Um caçador perdido no Pólo Sul encontra um urso polar, qual a cor do urso?
13. Numa certa região existem três ilhas, com três palmeiras cada uma delas. Em cada palmeira tem um coco, quantos cocos você colheria de cada palmeira?
14. Se você, dirigindo um ônibus, saísse de São Paulo às 17h com 20 passageiros, passasse pelo Rio de Janeiro às 22h, para que descessem 18 passageiros e subissem 12 e chegasse a Vitoria às 10h do dia seguinte, qual seria o nome do motorista.
1.1 COMO ESTUDAR UM TEXTO?
Vejamos algumas definições de acordo com o Dicionário Aurélio – século XXI
“COMPREENDER- Alcançar com a inteligência; perceber, entender: Perceber ou alcançar as intenções ou o sentido de algo. Entender (alguém), aceitando como é. Dar-se conta de; perceber, ver.”
“INTERPRETAR - Ajuizar a intenção, o sentido de. Explicar, explanar ou aclarar o sentido de (palavra, texto, lei, etc.)”
Em outras palavras, compreender é alcançar com a inteligência; é perceber, entender: ou alcançar
as intenções ou sentido de algo e interpretar é explanar ou aclarar as intenções ou sentidos de algo.
Agora vamos conhecer definições mais diretas:
a) COMPREENSÃO
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..............................B) INTERPRETAÇÃO
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...............................C) PONTO DE VISTA
.......................................................................
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..............................2. MODALIDADE DA LINGUAGEM:
2.1 Denotativa ou Literal.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2.2 Coloquial............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2.3 Conotativa....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
3. MODALIDADE DE TEXTO:
3.1 Literário...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
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3.2. Jornalístico................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
4. DICAS DE LEITURA
a) Título – expressão vaga sobre o texto, por isso deve ser observado e analisado.
b) Fonte ( autor e obra) deve ser observada e analisada para identificar o tipo de texto e o tipo de linguagem.
c) EnunciadoLer ao menos dois enunciados das questões sobre o texto.
1.2 COMO INTERPRETAR UM TEXTO:
Para se entender melhor a interpretação de um texto, eis algumas definições do Dicionário Eletrônico Aurélio – século XXI:
Inferências Ato ou efeito de inferir; indução, conclusão,
ilação. Passagem da premissa à conclusão; ilação.
Ilação Aquilo que se conclui de certos fatos; dedução, conclusão, Inferência.
Pressuposto 1. Que se pressupõe; pressuposição; 2. Circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro.
Subentendido1. Que se subentende ou subentendeu. 2. Aquilo que está na mente, mas não foi expressoInferir Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio
Silogismo Dedução formal tal que, postas duas proposições, chamadas premissas, delas, por inferência, se tira uma terceira, chamada conclusão.
Premissa Cada uma das proposições de um silogismo que serve de base à conclusão. Ou seja, fato ou princípio que serve de base à conclusão de um raciocínio.Exemplo de Silogismo
Todo comunista lê Marx. Premissa
Ora, Joaquim Carapuça lê Marx. Premissa
Logo, Joaquim Carapuça é Comunista. Conclusão, ou seja, inferência
Mas será que esta inferência é verdadeira? Será que todo comunista Lê Marx? Ou mal sabem o nome, ou ainda apenas sabem um resumo de sua doutrina. Mas se de fato o lêem, como prová-lo? Só pelo exame dos fatos: será necessário consultar, então todos os confessadamente comunistas – ou pelo menos um número suficiente deles- para sabermos, com segurança e certeza, que todos lêem Marx. Será isso possível? Se não é possível, a nossa generalização – todo comunista lê Marx- talvez não seja verdadeiro, pois se baseou em número insuficiente de fatos.
Analise:1. Todo mineiro é hábil; Ora, J. C. é mineiro; Logo, J. C. é hábil.
2. Todo individuo hábil é bom político. Ora, J. C. é um individuo hábil; Logo, J. C. é um bom político.
3. Todo bom político é bom administrador. Ora, J. C. é bom político; Logo, J. C. é (será) bom administrador.
4. Todo bom administrador merece ser eleito. Ora, J. C. é bom administrador; Logo, J. C. merece ser eleito.
Temos aí uma serie de enunciados em que a conclusão do primeiro serve de base ao enunciado do segundo e assim sucessivamente. Que pode ser falsa ou não. No caso aqui é falso, pois o fato de ser individuo hábil não implica necessariamente a qualidade de bom político, da mesma forma como o ser bom político não significa ser um bom administrador.
TEXTO IIIFACULTATIVO
Estatuto dos funcionários, artigo 240: “o dia 28 de outubro será consagrado ao Servidor Público” (com maiúsculas). Então é feriado, raciocina o escriturário que, justamente, tem um “programa” na pauta para essas emergências. Não, responde-lhe o governo, que tem o programa de trabalhar; é consagrado, mas não é feriado. É, não é, e o dia se passou na dureza, sem ponto facultativo. Saberão os groenlandeses o que são pontos facultativos? (os brasileiros sabem) é descanso obrigatório no duro. João Brandão, o de alma virginal, não entendia assim, e lá um dia em que o departamento meteorológico anunciava: “céu azul, praia, ponto facultativo”, não lhe apetecendo a casa nem as atividades lúdicas, deliberou usar de sua
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“faculdade” de assinar o ponto no Instituto Nacional da Goiaba, que, como é do domínio público, estuda as causas da inexistência dessa matéria prima na composição das goiabadas. Encontrou cerradas as grandes portas de bronze, ouro e pórfiro, e nenhum sinal de vida nos arredores. (...) Tentou forçar as portas, mas as portas mantiveram-se surdas e nada facultativas. (...) João decidiu-se a penetrar no edifício, galgando-lhe a fachada e utilizando a vidraça que os serventes sempre deixam abertas. E começava a fazê-lo com a teimosia calma dos Brandões quando vigia brotou da grama e puxou-o pela perna. ___ Desce daí, moço. Então não está vendo que é dia de descansar (...) então não sabe o que quer dizer facultativo? João pensava saber, mas nesse momento teve a intuição de que o verdadeiro sentido das palavras não está no dicionário; está na vida, no uso que delas fazemos. Pensou na constituição e nas milhares de leis que declaram obrigatórias milhares de coisas e essas coisas na prática, são facultativas ou inexistentes. Retirou-se, digno e foi decifrar palavras cruzadas.
(Carlos Drummond de Andrade, Obra completa. Rio de Janeiro: Aguiar, 1967, PP. 758-759)
1. Sabendo-se que a palavra facultativo tem como sinônimo optativo (Dicionário Houaiss), é correto afirmar que:
A. João Brandão ignorava inteiramente o sentido que ela tem no dicionário.
B. o vigia mostrou compreendê-la conforme o sentido que tem no dicionário.
C. o autor mostrou desconhecer o sentido que ela tem no dicionário.
D. o vigia só considerou o sentido que ela ganhou com o uso.
E. João Brandão desde logo a tomou em seu sentido corrente.
2. Considere as seguintes afirmações:
I. Nas duas vezes em que é empregada, a palavra programa (2º. Parágrafo) tem a mesma significação: planejamento de metas governamentais.
II. A expressão então é feriado (2º. Parágrafo) indica a conclusão a que chegou o escriturário, em seu raciocínio.
III. Na citação do anúncio do “Departamento Meteorológico”, a expressão ponto facultativo surge deslocada, por não se tratar de uma informação meteorológica.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.(B) I e II, somente.(C) II e III, somente. (D) I e III, somente.
(E) II, somente.
3. No último parágrafo do texto, o autor parte do caso ocorrido com João Brandão para formular a idéia de que:
(A) as palavras, quando têm vários sentidos possíveis no dicionário quase sempre produzem ambigüidades.(B) as palavras cruzadas favorecem a compreensão do preciso sentido que as palavras ganham com o uso prático.(C) pode haver falta de correspondência entre o sentido próprio das palavras e o que ganham nas situações em que são empregadas.(D) as imprecisões da linguagem verbal têm como conseqüência a inaplicabilidade das leis.(E) a diferença entre o que deve ser facultativo e o que deve ser obrigatório é uma questão menor, que não deve provocar discussão.
4. A crônica favorece a compreensão de que há diferentes tipos de texto, como há diferentes usos da linguagem. Isso se verifica, por exemplo, quando se comparam
(A) A linguagem típica de um estatuto e a linguagem empregada em situação de conversa.
(B) A linguagem literária e o emprego de uma palavra como “pórfiro”.
(C) O rigor da redação técnica e a informalidade da construção “encontrou cerradas as grandes portas”.
(D) O formalismo de uma expressão como “e lá um dia” e a informalidade de uma construção como “galgando-lhe a fachada”.
(E) A linguagem jurídica, obediente á norma culta, e a linguagem da crônica, que desconsidera quaisquer cuidados gramaticais.
5. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em:(A) O dia (...) será consagrado = a data será
festejada com pompa religiosa.(B) Não lhe apetecendo (...) as atividades lúdicas =
não tendo vontade de recreação.(C) Mantiveram-se (...) nada facultativas = a custo
franquearam a passagem.(D) A teimosia calma dos Brandões =
intempestividade típica de sua família.(E) Teve a intuição de que = deixou-se levar pela
dúvida de que.
5. SEGMENTAÇÃO DE TEXTO: segmentar um texto é mesmo que dividir um conjunto nas suas partes constitutivas.
1. Critério baseado na oposição temporal: (antes x durante x depois, ou seja, futuro, presente e pretérito)
2. Critério baseado em oposição espacial: (aqui x aí x lá)
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3. Critério baseado em oposição temática: (principalmente nos textos dissertativos: identificar os argumentos)
4. Critério baseado em oposição entre vários personagens: aspectos e características que as diferenciam.
TEXTO COMENTADO I
Medeiro Vaz era carrancista. Somente de mais sisudez, a praxe, homem baseado. Às vezes vinha falando surdo, de resmão. Com ele, ninguém vereava. De estado calado, ele sempre aceitava todo bom e justo conselho. Mas não louvava cantoria. Estavam falando todos juntos? Então Medeiro Vaz não estava lá. O que tinha sido antanha a história mesma dele, o senhor sabe? Quando moço, de antepassados e posse, ele recebera grande fazenda. Pode gerir e ficar estadonho. Mas vieram as guerras e os desmandos de jagunços - tudo era morte e roubo, e desrespeito carnal das mulheres casadas e donzelas, foi impossível qualquer sossego, desde em quando aquele imundo de loucura subiu as serras e se espraiou nos gerais. Então Medeiro Vaz, ao fim de forte pensar, reconheceu o dever dele: largou tudo, se desfez do que abarcava, em terras e gados, se livrou leve como se quisesse voltar a seu só nascimento. Não tinha bocas de pessoa, não sustinha herdeiros forçados. No derradeiro, fez o fez -por suas mãos pôs fogo na distinta casa-de-fazenda, fazendão sido de seu pai, avô, bisavô - espiou até o voejo das cinzas: lá hoje é arvoredos. Ao que aí foi aonde a mãe estava enterrada - um cemiteriozinho em beira do cerrado – então desmanchou cerca, espalnou as pedras: pronto, de alívios agora se testava, ninguém podia descobrir, para remexer com desonra, o lugar onde se conseguiam os ossos dos parentes. Daí, relimpo de tudo, escorrido dono de si, ele montou em ginete, com cachos d’armas, reuniu chusma de gente corajada, rapaziagem dos campos, e saiu por esse rumo em roda, para impor a justiça. De anos, andava. Dizem que foi ficando cada vez mais esquisito. Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra esperança maior: para ele, Joca Ramiro era o único homem, par-de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando por lei, de sobregoverno. Fato que Joca Ramiro também igualmente saía por justiça e alta política, mas só em favor de amigos perseguidos; e sempre conservava com seus bons haveres. Mas Medeiro Vaz era duma raça de homem que o senhor mais não vê: eu ainda vi. Ele tinha conspeito tão forte, que perto dele até o doutor, o padre e o rico, se compunham. Podia abençoar ou amaldiçoar, e homem mais moço, por valente que fosse, de beijar a mão dele não se vexava. Por isso, nós todos obedecíamos. Cumpríamos choro e riso, doideira em juízo. Tenente nos gerais – ele era. A gente era os medeiro-vazes.
Rosa, João Guimarães. Grande sertão: veredas.
7. ed. Rio de Janeiro. J. Olimpio, 1970. p. 36-7
O TEXTO DIVIDE-SE EM TRÊS PARTES:
1) De “Medeiro Vaz era carrancista” até “então Medeiro Vaz não estava lá”;
2) De “O que tinha sido antanha a história mesma dele” até “mandando por lei e sobregoverno”;
3) De “Fato que Joca Ramiro também igualmente saía por justiça” até o fim.
Para segmentar esse texto utilizamos o critério de oposições temporais. O texto começa com verbos no pretérito imperfeito, indicativos de que o que está sendo relatado ocorreu no momento em que aconteciam os outros fatos narrados.
O pretérito mais-que-perfeito “tinha sido” introduz a história anterior de Medeiro Vaz e marca o início da segunda parte, cujos verbos fundamentais da progressão narrativa estão no pretérito mais-que-perfeito ou no pretérito perfeito.
O terceiro segmento marca a volta da narrativa ao presente dos atos narrados. Essa volta é indicada pelo pretérito imperfeito.
O primeiro segmento mostra que Medeiro Vaz era um homem diferente dos outros dos outros: era mais grave, impunha respeito, ouvia as ponderações dos outros.
O segundo segmento mostra a história de Medeiro Vaz e os motivos que o levaram a se tornar um “cavaleiro andante”: o dever, que sentia seu, de impor a justiça. O segmento pode ser dividido em subsegmentos, marcados por indicadores temporais:
1º.) “Quando moço... recebera” (pretérito mais-que-perfeito);
2º.) “Mas vieram (pretérito perfeito) as guerras”;
3º.) “Então Medeiro Vaz”;
4º.) “Daí, relimpo de tudo”
Esses subsegmentos mostram que Medeiro Vaz era um homem de posses e que, horrorizado ante a crueldade praticada nas lutas entre fazendeiros, sente que é seu dever impor a justiça. Desfaz-se dos bens, põe fogo na casa e destrói o cemitério. Isso indica que ele se aparta do mundo da realidade e atinge a esfera dos ideais mais elevados e mais nobres. Ele sai da realidade histórica ao queimar a casa e destruir o cemitério, pois esses lugares simbolizam sua ligação com a família e, portanto, com a história. Afasta-se dos interesses mesquinhos dos negócios, ao desfazer-se de seus bens. O quarto sub-seguimento corrobora a idéia de que ele era despido de motivações subalternas (“relimpo de tudo”). Liga-se a Joca Ramiro porque vê nele seus ideais de justiça. Denomina-o par-de-
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frança, expressão que remete ao mundo idealizado da cavalaria, ao tempo mítico de Carlos Magno e os doze pares de França, em que imperariam a lealdade, a justiça, a honra e outros sentimentos nobres.
Na terceira parte, o narrador fala de Joca Ramiro, de Medeiro Vaz e dos que estavam subordinados a este.
O narrador nota que Joca Ramiro se preocupava com a justiça, mas sempre preso a motivações menores: a política de alianças e os negócios. Medeiro Vaz, ao contrário, era um homem que só vivia em função dos ideais, era membro de uma espécie que já não mais existia e, por isso, impunha respeito. Depois, mostra a atitude de irrestrita obediência dos que viviam sob suas ordens. Ele era tenente, e os outros, os que a ele estavam subordinados. No sertão chamavam-se os chefiados pelo nome do chefe. Daí o nome “Medeiro-vazes”.
TEXTO COMENTADO II
A singular predisposição do português para a colonização híbrida e escravocrata dos trópicos, explica-a em grande parte o seu passado étnico, ou antes, cultural, de povo indefinido entre a Europa e a África. Nem intransigentemente de uma nem de outra, mas das duas. A influência africana fervendo sob a européia e dando um acre requeima à vida sexual, á alimentação, à religião: o sangue mouro ou negro correndo por uma grande população brancarana, quando não predominado em regiões ainda hoje de gente escura; o ar da África, um ar quente, oleoso, amolecendo nas instituições e nas formas de cultura as durezas germânicas: corrompendo a rigidez moral e doutrinária da Igreja medieval; tirando os ossos ao cristianismo, ao feudalismo, à arquitetura gótica, à disciplina canônica, ao direito visigótico, ao latim, ao próprio caráter do povo. A Europa reinando, mas sem governar: governando antes a África.
Corrigindo até certo ponto tão grande influência do clima amolecedor, atuaram sobre o caráter português, entesando-o, as condições sempre tensas e vibráteis do contato humano entre a Europa e a África; o constante estado de guerra (que, entretanto não excluiu nunca a miscigenação nem a atração sexual entre as duas raças, muito menos o intercurso entre as duas culturas); a atividade guerreira, que se compensava do intenso esforço militar relaxando-se, após a vitória, sobre o trabalho agrícola e industrial dos cativos de guerra, sobre a escravidão ou a semi-escravidão dos vencidos.
Freire, Gilberto. Casa-Grande e Senzala. São Paulo, Círculo do Livro, s.d.p.43-4.
Levando em conta o critério das oposições temáticas, pode-se dividir o texto em quatro partes:
1ª.) de “A singular predisposição” até “mas das duas”;
2ª.) de “A influência africana fervendo” até “ainda hoje de gente escura”;
3ª.) de “o ar da áfrica” até “governando antes a África”;
4ª.) de “Corrigindo até certo ponto” até “a semi-escravidão dos vencidos”.
Na primeira parte, o produtor do texto trata da duplicidade da cultura portuguesa, ao mesmo tempo européia e africana, pois forjada a partir de influências provindas dos dois continentes. O português, segundo o autor, não é somente europeu, nem apenas africano, mas europeu e africano. É isso que permite a ele colonizar os trópicos (no caso, o Brasil) da maneira como o faz.
Na segunda parte, o tema é a influência cultural (por exemplo, nos padrões sexuais, na culinária e na religião) e racial (sangue mouro ou negro) africana nos padrões culturais e raciais (branco) europeus.
Na terceira parte, o autor discorre sobre o abrandamento da rigidez européia por influencia africana. Três expressões remetem ao tema do abrandamento: “amolecendo”, “corrompendo a rigidez”, “tirando os ossos”. Esse abrandamento abrange todos os setores da vida: as instituições, a cultura, o dogma e a moral católica; o sistema econômico e político; a arquitetura; o direito; a língua e o próprio caráter do povo. Em Portugal, a cultura européia reina, isto é, tem precedência, possui o poder simbólico, mas a africana governa, ou seja, detém o poder de fato.
Na quarta parte, o tema é o enrijecimento do caráter português. Para contrabalançar a influência amolecedora da África, o constante estado de guerra entre Europa e África contribui para endurecer (“entesando-o”) o caráter português . No entanto, essa atividade guerreira não impede a miscigenação entre portugueses e africanos nem as relações culturais entre os dois povos.
Nesse texto, o autor define, então, a cultura portuguesa como uma mescla de influências européias e africanas. Por isso é que a colonização portuguesa permitiu que no Brasil se amalgamasse brancos, índios e negros para a formação da cultura brasileira.
TEXTO III - EXERCÍCIOS
O Santa Fé ficava encravado no engenho de meu avô. As terras do Santa Rosa andavam léguas e léguas de norte a sul. O velho Paulino tinha este gosto: o de perder de vista nos seus domínios. Gostava de descansar os olhos em horizontes que fossem seus. Tudo o que tinha era para comprar terras e mais terras. Herdara o Santa Rosa pequeno, e fizera dele um reino, rompendo os seus limites pela compra de propriedades anexas. Acompanhava o Paraíba com as várzeas extensas e entrava de caatinga a dentro. Ia encontrar as divisas de
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Pernambuco nos tabuleiros de Pedra de Fogo. Tinha mais de três léguas, de estrema a estrema. E não contente se seu engenho possuía mais oito, comprados com os lucros da cana e do algodão. Os grandes dias de sua vida lhe davam as escrituras de compra, os bilhetes de sisa que pagava, os bens de raiz, que lhe caíam nas mãos. Tinha para mais de quatro mil almas debaixo de sua proteção. Senhor feudal ele foi, mas os seus párias não traziam a servidão como um ultraje. O Santa Fé, porém, resistira a essa sua fome de latifúndio. Sempre que via aqueles condados na geografia, espremidos entre grandes países me lembrava do Santa Fé. O Santa Rosa crescera a seu lado, fora ganhar outras posses contornando as suas encostas. Ele não aumentara um palmo e nem um palmo diminuíra. Os seus marcos de pedra estavam ali nos mesmos lugares de que falavam os papéis. Não se sentiam, porém, rivais o Santa Fé e o Santa Rosa. Era como se fossem dois irmãos muito amigos, que tivessem recebido de Deus uma proteção de mais ou uma proteção de menos. Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto. E nada é mais triste de que um engenho de fogo morto. Uma desolação de fim de vida, de ruína, que dá à paisagem rural uma melancolia de cemitério abandonado. Na bagaceira, crescendo, o mato-pasto de cobrir gente, o melão entrando pelas fornalhas, os moradores fugindo para outros engenhos, tudo deixado para um canto, e até os bois de carro vendidos para dar de comer aos seus donos. Ao lado da prosperidade e da riqueza do meu avô, eu vira ruir, até no prestígio de sua autoridade, aquele simpático velinho que era o Coronel Lula de Holanda, com o seu santa Fé caindo aos pedaços. Todo barbado, como aqueles velhos dos álbuns de retratos antigos, sempre que saía de casa era de cabriolé e de casimira preta. A sua vida parecia um mistério. Não plantava um pé de cana e não pedia um tostão emprestado a ninguém.
Rego, José Lins do. Menino de engenho. 17. ed.Rio de janeiro,J.Olympio, 1972. p. 75-7.
Questão 1
O texto constrói-se a partir de uma oposição entre dois espaços. Quais são eles?
Questão 2
Uma vez que o texto se constrói a partir de oposições espaciais, sua segmentação pode basear-se nessas oposições. Levando em conta que o texto fala ora do Santa Fé, ora do Santa Rosa, ora de ambos conjuntamente, divida o texto em sete partes.
Questão 3
Justifique com palavras do texto a afirmação de que o Santa Rosa é um espaço dinâmico, que cresce, enquanto o Santa Fé é um espaço estático, que não aumenta nem diminui.
Questão 4
Pode-se inferir do texto que o Santa Fé é um espaço englobado pelo espaço do Santa Rosa? Justifique sua resposta.
Questão 5
O Santa Fé e o Santa Rosa são espaços que têm as mesmas características de seus proprietários, respectivamente, Lula de Holanda e José Paulino. Mostre com elementos do texto que Lula de Holanda é um homem mergulhado em si mesmo, não-empreenderdor e decadente (o Santa fé é um espaço englobado, estático e decadente), enquanto José Paulino é um homem expansivo, empreendedor e próspero (o Santa Rosa é um espaço englobante, dinâmico e próspero).
Questão 6
Releia o terceiro segmento. Dele se pode deduzir que:
A) Numa economia, todos os empreendimentos ou progridem ou ficam estagnados.
B) Numa economia produtiva, não há empreendimentos improdutivos.
C) Numa economia, cada setor tem uma dinâmica própria, mas todos progridem.
D) Numa economia, coexistem setores prósperos e setores improdutivos.
6.TIPOLOGIA TEXTUAL
1. NARRAÇÃO - O texto narrativo é aquele que
conta uma história.
A narração é um relato de fatos vividos por
personagens e ordenados numa seqüência lógica e
temporal, por isso ela se caracteriza pelo emprego de
verbos de ação que indicam a movimentação das
personagens no tempo e no espaço.
A estrutura da narrativa compõe-se das
seguintes seqüências:
1. apresentação; 2. complicação;
3. clímax; 4. desfecho.
Neste pequeno texto podemos identificá-las:
Conto Cruel
A uremia não o deixava dormir.
A filha deu uma injeção de sedol.
___Papai verá que vai dormir.
O pai aquietou-se e esperou. Dez minutos... Quinze
minutos... Vinte minutos... Quem disse que o sono
chegava.? Então, ele implorou chorando
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___Meu Jesus-Cristinho!
Mas Jesus – Cristinho nem se incomodou.
Manuel Bandeira
ELEMENTOS DA NARRATIVA
a) Personagens – entidades que vivem as ações – podem ser animadas ( gente, animais) ou inanimadas (objetos) e sua apresentação ou é direta (através de descrição) ou indireta ( através de suas falas e do seu comportamento).Elas podem ser classificadas em principais (protagonista – herói, o bem – e antagonista – o vilão, o mal) e personagem secundárias
b) Ação – centra-se no enredo: o quê e como aconteceu algo. O enredo pode ser linear, isto é, seqüências lógicas e cronológicas de começo – meio – fim e passado – presente – futuro. Ou pode ser alienar ou não- linear: não segue uma seqüência lógica e cronológica.
c) Tempo – pode ser cronológico (marcado pelo relógio, pelo calendário, pelas estações do ano) ou psicológico (duração interior dos acontecimentos, narrativas introspectiva, inimista – marca a duração – vivência)
d) Espaço – pode ser físico (o lugar onde transcorre a história) ou psicológico (lugares da vivência interior, o espaço de nosso universo subjetivo que também contém uma duração interior específica.
e) Narrador - pode ser narrador – personagem (é personagem e contar a história em primeira pessoa), narrador – observador (conta a história em terceira pessoa e só observa os acontecimentos) e narrador – onisciente tem uma visão total da história, tanto que revela até o pensamento das personagens.
Vamos identificar os elementos da narrativa no texto abaixo:
Em uma noite chuvosa do mês de agosto,
Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal iluminada
que conduzia a sua residência. Subitamente foram
abordados por um homem estranho. Pararam,
atemorizados, e tentaram saber o que o homem
queria, receosos de que se tratasse de um assalto.
Era, entretanto, somente um bêbado que tentava
encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.
Narração é a modalidade de redação na qual
contamos um ou mais fatos que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certas
personagens.
TIPOS DE DISCURSO:
a) Direto – Aparece a fala das personagens.
O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um
pequeno posto de gasolina daquela rodovia,
perguntou:
___ Onde fica a cidade mais próxima?
___ Há um Vilarejo a dez quilômetros daqui –
respondeu o funcionarão.
“Achamos o nome engraçado e perguntamos:
___ Qual o padrinho que pôs o nome de Milagre
naquele afilhado?
Indireto – Não aparecem as falas das personagens.
O narrador é que conta os acontecimentos.
O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um
pequeno posto de gasolina daquela rodovia,
perguntou a um funcionário onde ficava a cidade
mais próxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a
dez quilômetros dali.
“Achamos o nome engraçado e perguntamos que
padrinho pusera o nome de Milagre naquele
afilhado.
b) Indireto livre- é um tipo de discurso misto, em
que se associam as características do discurso
direto e do discurso indireto, ou seja, fusão da
fala do autor e da personagem)
“Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho
que pusera o nome de Milagre naquele afilhado?
E o português explicou que não, que o nome do
pertinho era Sebastião. Milagre era apelido.”
2. DESCRIÇÃO é o tipo de redação na qual se
apontam as características que compõem um
determinado abjeto, pessoa, ambiente ou
paisagem de forma objetiva (externa, física) ou
subjetiva (interna, psicológica)
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Texto
Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele
morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e
amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria
de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados
compunham uma fisionomia calma, que mais parecia
uma pintura.
2. DISSERTAÇÃO - consiste em defender uma
idéia. Ou seja, é um tipo de texto que analisa e
interpreta dados da realidade por meio de
conceitos abstratos.
No discurso dissertativo, as referências ao
mundo concreto só ocorrem como recursos de
argumentação, para ilustrar leis ou teorias
gerais
2.1 DIFERENÇA ENTRE TÍTULO E TEMA
Título – representa uma vaga referência sobre o
assunto abordado no texto;
Tema – é o assunto sobre o qual você irá escrever,
ou seja, a idéia que será defendida ao longo do texto;
Exemplo:
TÍTULO – O jovem e a política
TEMA - Ultimamente temos notado um enorme
interesse dos jovens em participar da vida política
desta nação.
TÍTULO: Terra: uma preocupação constante
TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem
ainda não conseguiu resolver graves problemas
que preocupam a todos.
POR QUÊ?
RESPOSTA = ARGUMENTO:
1. Porque existem populações imersas em completa
miséria;
2. a paz é interrompida freqüentemente por conflitos
internacionais;
3. o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério
desequilíbrio ecológico;
Assim teríamos:
Chegando ao terceiro milênio, o homem
ainda não conseguiu resolver graves problemas
que preocupam a todos, pois existem populações
imersas em completa miséria, a paz é interrompida
freqüentemente por conflitos internacionais e, além
do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por
sério desequilíbrio ecológico.
II – SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO SIMPLES
1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
1.1. Frase é todo enunciado lingüístico que possui sentido completo, terminado com pausa bem definida (ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação).
Silêncio.Fogo!Choveu muito em Salvador?A comitiva desembarcou no aeroporto.Espero que o time conquiste o campeonato.
Observe que, para que haja frase, a presença de um verbo não é obrigatória; desde que o enunciado possua sentido completo, ele constituirá uma frase.
1.2. Oração é o enunciado que organiza ao redor de um verbo e apresenta sujeito e predicado, ou ao menos predicado, pois pode haver orações sem sujeitos. Uma oração pode ou não ter sentido completo.
Choveu muito em Santa Catarina.As enchentes destruíram a plantação.
1.3. Período é a frase organizada em uma ou mais orações.
1.3.1 CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO:
Dependendo do número de orações que o constituem, o período pode ser:
1.3.1.1 Simples: formado por uma única oração, que recebe o nome de oração absoluta: no período simples teremos apenas um verbo ( ou de locução verbal)
A inflação continua alta.A praia foi invadida pelos meninos. (foi invadida = locução verbal)
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1.3.1.2 Composto: formado por mais de uma oração; teremos tantas orações em um período quanto for o número de verbos ( ou das locuções verbais ).
A inflação continua alta, e os salários continuam baixos. (duas orações)
Tudo nos une, nada nos separaEspero que ela me telefone ainda hoje. (duas orações)
É necessário que ela volte e assuma o cargo que abandonou. (quatro orações)
2. PREDICAÇÃO VERBAL OU TIPOS DE VERBOS
A predicação verbal trata do modo pelo qual os verbos formam o predicado, isto é, se exigem ou não complementos.
Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos e de ligação.
2.1- VERBOS INTRANSITIVOS
São verbos de conteúdo significativo que, por terem sentido completo, não necessitam de um complemento, podendo, portanto, constituir o predicado sozinhos.
1. As crianças riram.Suj. + VI
2. Todos choraram.Suj. + VI
3. As crianças chegaram cansadas.Suj. + VI + Predicativo do sujeito
4. O rapaz nasceu rico.Suj. + VI + Predicativo do sujeito
5. As crianças riram muito no quarto.Suj. + VI + Adjunto Adverbial
6. Todos choraram pouco.Suj. + VI + Adjunto Adverbial
2.2 – VERBOS TRANSITIVOS
São verbos de conteúdo significativo que, não tendo sentido complemento, e por isso não são capazes de, sozinhos, constituir o predicado. Subdividem-se em: transitivos diretos; transitivos indiretos; transitivos diretos e indiretos.
2.2.1 - Verbo transitivo direto
Exige complemento sem a ajuda da preposição (objeto direto).
1. A casa de Ana sofreu reforma geral.Suj. + VTD + Objeto direto
2. Derrubaram a árvore e o poste. VTD + Objeto direto
2.2.2 - Verbo transitivo indireto
Exige complemento com preposição obrigatória (Objeto indireto).
Concordei com tudo.VTI + Objeto indireto
Acredito em Deus.VTI + Objeto indireto
2.2.3 - VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
Exige dois complementos: um sem e outro com preposição obrigatória (objeto direto e objeto indireto)
1. Escrevi uma carta ao presidente.VTDI + objeto direto e objeto indireto
2. Paguei a conta ao funcionário.VTDI + objeto direto e objeto indireto
2.3 - VERBO DE LIGAÇÃO
São verbos que exprimem estado ou mudança de estado, (não indicam, portanto, ações). Nas orações com verbos de ligação, o sujeito não pratica nem sofre a ação (não há ação); o sujeito é apenas o ser a quem se atribui alguma característica. Por essa razão, o verbo serve como elemento de ligação entre um sujeito e seu atributo, o predicativo do sujeito.
Ex.:
1. Nós // somos // lindos.
Suj. + VL = Predicativo do sujeito
2. As pessoas // continuam // sem fala.
Suj. + VL = Predicativo do sujeito
3. Nós// estamos // com sono.
Suj. + VL = Predicativo do sujeito
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EIS ALGUNS ASPECTOS:
1) estado permanente – ser, viver
Ana é bonita, ela vive alegre.
2. estado transitório – estar andar, achar-se, encontrar-se
Ana está bonita, ela anda alegre.
3. estado continuativo – continuar, permanecer.
Ana continua bonita. Ela permanece alegre.
4. estado mutatório – ficar, virar, tornar – se, fazer-se, meter-se a.
Ana ficou bonita, ela se tornou alegre.
5. estado aparente – parecer
Ana parece bonita.
1.1 - TEORIA NA PRÁTICA
1. Classifique os verbos quanto à predicação verbal (tipos de verbos)
A1) A festa será belíssima. ................................................................................................
A2) O trabalho então se tornou um vício. ...............................................................................................
A3) O tempo continua chuvoso..................................................................................................
A4) Os atletas pareciam cansados..................................................................................................
A5) Minha mãe ficou feliz..................................................................................................
A6) A água está fria..................................................................................................
A7) Mário encontra-se triste..................................................................................................
A) TODOS ESSES VERBOS SÃO ................................
B1) A festa será naquele clube. ................................................................................................
B2) Estaremos em casa à noite.................................................................................................
B3) Chegaremos cedo da rua..................................................................................................
B4) O quero-quero voa sossegadamente. ................................................................................................
B5) Sandra nada como um peixe. ...............................................................................................
B6) O árbitro fugiu do campo................................................................................................
B7) “Os guerreiros tabajaras dormem.” .............................................................................................
B8) Passeamos pela cidade. .............................................................................................
B9) Fernando renasceu feliz. ............................................................................................
B10) Bartolomeu morreu pobre. ...............................................................................................
B11) Cheguei atrasado...............................................................................................
B) TODOS ESSES VERBOS SÃO .................................
C1) Resolvemos todas as questões.................................................................................................
C2) Ontem nós devolvemos o livro.................................................................................................
C3) Os alunos estudam Português.................................................................................................
C4) Solange digitou o relatório. ..............................................................................................
C5) O religioso ama seus semelhantes.
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.....................................................................................
.........
C6) Lampião comprou balas. ................................................................................................
C7) Não condenamos o talvez..................................................................................................
C) TODOS ESSES VERBOS SÃO .................................
D1) Os alunos gostam de Português.................................................................................................
D2) A criança obedece ao pai..................................................................................................
D3)A secretária concordou com o diretor. .................................................................................................
D4) As coisas obedecem ao seu tempo regular..................................................................................................
D5) O luxo contribuiu para a sua ruína..................................................................................................
D6) Não dependemos do empréstimo. .................................................................................................
D) TODOS ESSES VERBOS SÃO .................................
E1) Hoje ela devolverá o livro a você.................................................................................................
E2) O contador passou a duplicata ao fornecedor. .................................................................................................
E3) Ana Clara prefere samba à música sertaneja. ................................................................................................
E4) No inverno, Dona Célia dava roupa aos pobres. .................................................................................................
E5) Ofereceram flores à noiva.................................................................................................
E6) Ensinamos técnicas agrícolas aos camponeses.
.....................................................................................
............
E) TODOS ESSES VERBOS SÃO .................................
2. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO:
a) Camões escreveu Os Lusíadas.Sujeito predicadob) Chove em São PauloPredicado
Sujeito é ser de quem se informa ALGO.
Predicado é a informação propriamente dita.
Pois, num enunciado completo, sempre nos é dado uma informação a respeito de alguém ou de alguma coisa.
2.1 TIPOS DE SUJEITO
Dependendo do núcleo o sujeito pode ser:
SUJEITO DETERMINADO: é possível reconhecer gramaticalmente o sujeito da oração; é o que ocorre com o sujeito simples e o composto e mesmo o sujeito implícito na desinência verbal ( oculto):
A) SIMPLES: possui um único núcleo.
Um touro vivia pastando à vista de todos. Um touro (sujeito)Touro (núcleo)Vivia pastando á vista de todos (predicado)
B) COMPOSTO: possui mais de um núcleo.
Bois, vacas, bezerros andavam misturados. Bois (núcleo) Vacas (núcleo) Bezerros (núcleo)Bois, vacas, bezerros (Sujeito)Andavam misturados (predicado)
Em alguns casos, o sujeito simples não aparece expresso na oração, mas é facilmente identificado por estar implícito na desinência verbal ou no próprio contexto.
Esse tipo de sujeito é chamado de oculto, desinencial ou implícito na desinência verbal.
C) SUJEITO OCULTO, DESINENCIAL OU IMPLÍCITO NA DESINÊNCIA VERBAL. a) Falei com ele ontem á tarde Eu (sujeito oculto) Falei com ele ontem á tarde (predicado)
b) Viajamos para a ItáliaNós (sujeito oculto)
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Viajamos para a Itália (predicado)
Quanto á possibilidade de se identificar ou não o sujeito, podemos ter:
D) SUJEITO INDETERMINADO:
A informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode ( ou que não se quer) identificar.
a) Falaram muito mal de você na reunião.(Sujeito indeterminado)
Falaram muito mal de você na reunião (predicado)
b) Acredita-se na existência de discos voadores.
(sujeito indeterminado)
Acredita-se na existência de discos voadores (predicado)
O sujeito será indeterminado se ocorrerem os casos abaixo:
1. O verbo está na terceira pessoa do plural e não há sujeito na oração, nem é possível reconhecê-lo pelo contexto.
Telefonaram para você. (predicado)
(sujeito indeterminado)
2. Com os verbos intransitivos e transitivos indireto e de ligação na 3ª. do singular + se (índice de indeterminação do sujeito)
Come-se bem naquele restaurante. (predicado)
Vive-se bem em campinas. (predicado)
Precisa-se de datilógrafas. (predicado)(sujeito indeterminado)
Acredita-se em marcianos. (predicado)(sujeito indeterminado)
Era-se feliz naquela época. (predicado)
Quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, não devemos considerá-lo indeterminado, e sim sujeito simples.
Alguém roubou minha caneta.
Alguém (sujeito simples)Roubou minha caneta (predicado)
Algo preocupa os candidatos. Algo (sujeito simples)Preocupa os candidatos (predicado)
E) ORAÇÃO SEM SUJEITO
Temos oração sem sujeito quando a informação vinculada pelo predicado não se refere a sujeito algum.
Ocorre com os verbos impessoais, que são os seguintes:
1. Verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, ventar, anoitecer, amanhecer, relampejar, trovejar, nevar, etc.)
Choveu muito no último verão. (predicado)Nevou muito na Europa no ano passado. (predicado)Anoiteceu rapidamente. (predicado)Venta muito forte naquela região. (predicado)
Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado em sentido figurado, então haverá sujeito.
a) Chovem bênçãos sobre a multidão.
Chovem (predicado)Bênçãos sobre a multidão (sujeito)
b) O orador trovejava ameaças.
O orador (sujeito)Trovejava ameaças (predicado)
2. Os verbos ( fazer, ser, estar e passar) indicando tempo cronológico ou clima.
a) Faz dois anos que ele saiu. (predicado)
b) É uma hora. (predicado)
c) Está frio. (predicado)
d) Eram trinta de maio de 2010.
e) Estava calor ontem.
f) Olhei o relógio: passava das cinco horas da tarde.
g) “ Fazia dias que o Balão não aparecia na porteira do curral.”
3. O verbo haver nos sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer ou quando indica tempo transcorrido.
a) Havia cinco alunos na biblioteca. (predicado)
b) Há dois meses que não vejo Reinaldo. (predicado)
c) Havia três noites que não dormia.
d) Houve algo de anormal?
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e) Onde houvesse festas e danças, ali estava ele.
O verbo existir não é impessoal. Sendo assim, ele possuirá o sujeito expresso na oração, concordando normalmente com ele.
a) Havia quatro pessoas interessadas na vaga. (predicado)A oração é sem sujeito.
b) Existiam quatro pessoas interessadas na vaga.Existiam (predicado)Quatro pessoas interessadas na vaga.(sujeito)
4. Os verbos impessoais (exceção feita ao verbo ser) devem ficar sempre na 3º pessoa do singular. Assim, o correto é dizer:
a) Havia muitas leis.b) Faz dois meses.
• Observe que quando um verbo auxiliar se junta a um impessoal, ele também fica no singular.
a) Pode haver muitas leis.b) Vai fazer dois meses.
2.2 TEORIA NA PRÁTICA
1. Classifique os tipos de sujeito
A1) Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão. ( José de Alencar).................................................................................................
A2) Um bando de galinhas –d’angola atravessa a rua em fila indiana.
A3) Alguém roubou minha caneta..................................................................................................
B1) Chegaram o aluno e o professor.................................................................................................
B2) Ela e eu gostamos de cinema..................................................................................................
C1) Falei com você ontem à tarde.................................................................................................
C2) gostamos de cinema..................................................................................................
C3) Saíste com os amigos ontem?
.....................................................................................
............
D1) Falaram muito mal de você na reunião. .................................................................................................
D2) Telefonaram para você..................................................................................................
D3) Nessas ocasiões, festejam até raiar o dia..................................................................................................
D4) Acredita-se na existência de discos voadores..................................................................................................
D5) Precisa-se de digitadores..................................................................................................
D6) Vivia-se feliz naquela época..................................................................................................
D7) Era-se feliz naquela época..................................................................................................
D8) Hoje, fica-se indiferente a tudo..................................................................................................
E1) Choveu muito no último verão..................................................................................................
E2) Nevou muito na Europa no ano passado..................................................................................................
E3) É uma hora. Está frio. Hoje fez muito calor. .................................................................................................
E4) Havia cinco alunos na biblioteca. .................................................................................................
E5) Há dois meses que não vejo Reinaldo..................................................................................................
E6) Faz dois anos que ele saiu..................................................................................................
E7) Pode haver muitas leis..................................................................................................
E7) Vai fazer dois meses.
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.....................................................................................
...........
3. TERMOS LIGADOS AO VERBO
Complementos verbais
São elementos substantivos que completam o sentido do verbo. Existem dois tipos:
3.1. O OBJETO DIRETO
É o complemento que se liga diretamente ao verbo, ou seja, sem o auxílio de preposição. Ex:Os velhos usam bengala.
Luisinho quebrou dois pratos.
Comprei todos os melões do supermercado.
O objeto direto é, enfim, o complemento do verbo transitivo direto.
3.2 O OBJETO INDIRETO
É o complemento que se liga indiretamente ao verbo, isto é, por meio de preposição.
Ex:Edite desconfia de tudo.
Acredito em Deus.
O inimigo resistiu ao ataque.
O objeto indireto é, enfim, o complemento do verbo transitivo indireto.
3.3 OBJETO DIRETO E INDIERTO
É o complemento do verbo transitivo direto e indireto.
Ofereceram flores às alunas.
Deram uma medalha ao primeiro colocado.
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICOS
São os objetos repetidos no meio da frase, usados por motivo de ênfase. Ex.:
“A vida leva-a o vento.” ( ODP )
“De que lhe vale ao homem conquistar o mundo, se perde a alma?” (OIP)
A mim não me agrada esse cantor. (OIP)
Dívidas convêm saudá-las. (ODP)
O objeto será sempre aquele que relembrar o outro. Isso quando concorrem dois pronomes; no caso de concorrer um pronome apenas, será sempre ele o objeto pleonástico.
3.4 ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que se liga a um verbo que tem sentido completo, com ou sem preposição, a fim de indicar uma circunstancia qualquer ou intensificar o sentido do verbo. O adjunto adverbial pode também estar ligado a adjetivos ou advérbios, intensificando o sentido destes.
a) Os viajantes chegarão a São Paulo.......................................................................................................
b) Os alunos estudam muito......................................................................................................
c) Humberto fala muito bem. ....................................................................................................
3.5 AGENTE DA PASSIVA
É o complemento de um verbo na voz passiva. Ex.:O edifício foi destruído pelo fogo.Pelo fogo completa o sentido de foi destruído, voz passiva, por isso, agente da passiva.
O agente da passiva vem precedido geralmente da preposição por, mas também pode aparecer antecedido da preposição de.
Ex.: O cantor ficou rodeado de fãs.
O agente da passiva sempre corresponde ao sujeito do verbo na voz ativa.
Ex.:O fogo destruiu o edifício.
Fãs rodearam o cantor.
Ás vezes o agente da passiva é indeterminado. Ex.:Todos os ratos da casa foram mortos. (Por quem, não se sabe.)
“quem não quer ser aconselhado, não pode ser ajudado.” (dois agentes da passiva indeterminados.)
As passivas sintéticas também não trazem determinado o agente.
Ex.:Vendem-se casas. Dão-se terras.
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3. 6 TEORIA NA PRÁTICAA1) Os passageiros esperavam o trem..................................................................................................
A2) não condenamos o não que ela disse................................................................................................
A3) Equacionaremos todos os problemas..................................................................................................
A4) O menino feriu o macaco.................................................................................................
B1) Carlos gosta de música.................................................................................................
B2) O professor confia em seus alunos.................................................................................................
B3) Não dependemos do empréstimo.................................................................................................
C1) Ofereceram uma medalha a Carlos. ...............................................................................................
C2) Nunca deu atenção aos ricos...............................................................................................
C3) O funcionário devolveu a carteira ao aluno..............................................................................................
D1) Talvez jamais a veremos.............................................................................................
D2) Chegaram rapidamente à sede do partido..............................................................................................
D3) O inverno chegou cedo...............................................................................................
D4) Os estudantes leram o livro na biblioteca.................................................................................................
D6) Os estudantes leram o livro muito bem..............................................................................................
D5) Ela nunca se revelou muito responsável..................................................................................................
D6) Ele canta muito mal.................................................................................................
E1) A carta será escrita pelo aluno..................................................................................................
E2) O macaco foi ferido pelo menino..............................................................................................
E3) As terras foram desapropriadas pelo governo................................................................................................
E4) A cidade estava cercada de inimigos.................................................................................................
E5) A empresa é representada por mim..................................................................................................
E6) Ele era conhecido dos três..................................................................................................
E7) Fomos atropelados por um talvez..................................................................................................
E8) A praça foi cercada por populares..................................................................................................
4. TERMOS LIGADOS AO NOME
4. 1 - ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo da oração que se refere a um substantivo, com a função de determiná-lo ou caracterizá-lo (função típica do adjetivo ou de palavras com valor de adjetivo).
Aqueles dois meninos estudiosos saíram.
É representado na oração por adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais e artigos.
No período, a oração adjetiva também exerce essa função. Exemplos de adjuntos adnominais:
É muito antigo a casa onde mora. ( Oração adjetiva)
“O mundo é filho da desobediência. Se Adão tivesse cumprido as ordens do Senhor, a humanidade ficaria limitada a personagens do paraíso.”
Observe:
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O (artigo); da desobediência (locução adjetiva); do Senhor ( locução adjetiva); a (artigo);as (artigo); do Paraíso (locução adjetiva);
O adjetivo predicativo (limitada) é o termo essencial, assim como o sujeito, e não pode ser considerado adjunto.
“Saúda aquela criança que passa, será talvez um homem; saúda-a duas vezes, será, talvez, um grande homem.”
Observe:
Aquela (pronome adjetivo); Que passa (oração adjetiva); um (artigo); duas (numeral); Um (artigo); grande (adjetivo);
4.2- Complemento nominalÉ o complemento de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Ex:Jussara tem certeza da vitória.
Da vitória completa o sentido da certeza, um substantivo ( portanto, um nome), pois quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa.
Diz-se, então, que certeza é um nome de valor relativo.
Outros exemplos:
a) A sala está cheia de gente. (Cheia= adjetivo de valor relativo)
b) Tenho saudades de Teresa. (Saudades =subst. de valor relativo)
c) Sua casa é longe da escola. (longe=advérbio de valor relativo)
d) A lembrança da namorada fê-lo chorar. (Lembrança= subst. de valor relativo)
e) Anteriormente ao presidente, falou o ministro. (Anteriormente= advérbio de valor relativo)
f) Independentemente do seu consentimento, irei a Bajé.(Independentemente= advérbio de valor relativo)
4.3 PREDICATIVO
5.3.1 Predicativo do Sujeito
É o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante um verbo (de ligação), com a função de informar algo a respeito do sujeito.
5.3.2 Predicativo do objeto
É o termo do predicado que se relaciona ao objeto atribuindo-lhe uma característica.
As informações deixaram os trabalhadores perplexos.
(predicativo do objeto = perplexos)
Julgar, nomear, eleger, proclamar, considerar, declarar etc.
5.4 APOSTO
É o termo da oração que se liga a um nome (substantivo ou palavra com valor de substantivo) com a função de esclarecê-lo, explicá-lo, discriminá-lo ou resumi-lo.
Ex.:Lúcia, aluna do terceiro colegial, foi bem na prova.Desejo-lhe uma coisa: felicidade.
Roubaram tudo: discos, jóias, dinheiro, documentos.
Homem sagaz, o vigário contornou a situação.
A mata Atlântica, a segunda floresta mais devastada do mundo, revela novidades que surpreendem até os cientistas.
“Vênus, uma bela mulher de bom gênio, era a deusa do amor; Juno, uma víbora, a deusa do casamento. E sempre foram inimigas mortais...”
Ninguém é capaz de supor que um animalzinho tão belo e colorido como uma borboleta possa ameaçar o ser humano.
“O amor é na mocidade o que a mocidade é na vida, o que a vida é na eternidade, isto é, um relâmpago.” O terremoto causou muitas mortes, coisa já esperada.
Juçara abraçou forte seu namorado, sinal de que gosta muito dele;Foi desencadeada a conspiração, fato que não teve apoio popular.
O presidente não usava colete de segurança, o que preocupava a primeira dama.
“O ouro, os diamantes e as pérolas, tudo é terra e da terra.”
“A noz, o burro, o sino e o preguiçoso, sem pancadas nenhum faz seu ofício.”
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O APOSTO PODE APARECER ANTES DO TERMO FUNDAMENTAL. Ex.:Único metal líquido, o mercúrio possui inúmeras utilidades. (sujeito e predicado)
O TIPO DE APOSTO QUE SE ESPECIFICA OU INDIVIDUALIZA UM TERMO GENÉRICO DENOMINA-SE APOSTO DE ESPECIFICAÇÃO.
Ex.:A cidade de São PauloO rio AmazonasA cidade de SalvadorO rio TietêO mês de dezembroO planeta Vênus
O tipo de aposto que se refere individualmente a cada um dos elementos citados chama-se aposto distributivo. Ex.:“Há duas tragédias na vida: uma é não consegui o que o nosso coração deseja; a outra é consegui-lo.”
O APOSTO PODE APARECER DEPOIS DE VÍRGULA, DOIS PONTOS OU TRAVESSÃO.
Ex.:“O sono é a infância da morte: um repouso transitório. Tem um túmulo, o leito, tem um verme, o pesadelo. Em compensação, como a morte, propicia um bálsamo __ o esquecimento.”
5.5 Vocativo
É o termo que na oração serve para pôr em evidência o ser a quem nos dirigimos, sem manter relação sintática com outro. Serve para invocar, chamar, interpelar um ouvinte real ou não.Ele pode vir no começo, no meio ou no fim da frase.
Ex.: Amigos, peçam alegria a Deus.“Colombo, fecha a posta de teus mares!” (Castro Alves)“Se orienta, rapaz, pela constelação do Cruzeiro do Sul.” (Gilberto Gil)“Quando você me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem.” (Chico Buarque) Amai, rapazes!
O VOCATIVO VEM, NORMALMENTE, ISOLADO POR PONTUAÇÃO E ADMITE A ANTEPOSIÇÃO DA INTERJEIÇÃO Ó.
“Ó minha amada, que olhos os teus” (Vinícius de Morais)
5.6 - TEORIA NA PRÁTICA
A1) Aqueles dois meninos estudiosos saíram..................................................................................................
A2) Meninos do interior chegaram..................................................................................................
A3) Eram dois homens sem caráter .................................................................................................
A4) “Saúda aquela criança que passa, será talvez um homem; saúda-a duas vezes, será, talvez, um grande homem.” ........................................................................................................................................................................................................................................................................
B1) Agiremos fielmente aos nossos princípios.................................................................................................
B2) Falou favoravelmente ao réu..................................................................................................
B3) “ Pois bem, nada me abala relativamente ao Rubião” (Machado de Assis) .................................................................................................
B4) Era favorável ao divórcio..................................................................................................
B5) Este remédio é prejudicial ao organismo..................................................................................................
B6) Seu discurso é cheio de poréns. ..................................................................................................
B7) Seremos sempre fieis aos nossos princípios
B8) O povo tinha necessidade de alimentos..................................................................................................
B9) Temos amor à liberdade..................................................................................................
B10) O professor procedeu à resolução das questões.
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.....................................................................................
............
B11) Ela tem medo de tudo e de todos..................................................................................................
O Adjunto adnominal se assemelha ao complemento nominal, uma vez que também pode ser preposicionado, além de se associar a nome substantivo; contudo , o adjunto adnominal nunca apresenta aspecto passivo:
Ex.:
Era irrisório o subsídio do banco aos agricultores..................................................................................................
A resposta ao aluno foi satisfatória. (sentido passivo).................................................................................................
A resposta do aluno foi satisfatória. (sentido ativo).................................................................................................
C1) O professor percebeu preocupado a reação dos alunos.................................................................................................
C2) O trem chegou atrasado..................................................................................................
C3) Adolfo dirige feliz.................................................................................................
C4) O menino foi chamado ventania pelo pai..................................................................................................
O predicativo pode vir precedido de preposição de ou como :
C5) O menino foi chamado de ventania..................................................................................................
C6) Mário é tido como aluno exemplar................................................................................................
C7) Joaquim foi nomeado diretor. .................................................................................................
Predicativo do objeto É o termo do predicado que se relaciona ao objeto atribuindo-lhe uma característica.
Julgar, nomear, eleger, proclamar, considerar, declarar etc.
D1) As informações deixaram os trabalhadores perplexos..................................................................................................
D2) A preguiça faz o homem detestável..................................................................................................
D3) O juiz julgou o réu culpado................................................................................................
D4) O ingrato deixou Márcia pobre..................................................................................................
D5) Os adultos consideram as crianças sapecas.................................................................................................
O predicativo do objeto está sempre se referindo ao objeto direto. Há apenas um caso de predicativo do objeto indireto: com o verbo chamar no sentido de cognominar, atribuir um nome a algo ou alguém.
Chamei-lhe de covarde..................................................................................................
E1) Marechal Deodoro, o primeiro presidente, tinha um passado monarquista..................................................................................................
E2) Lúcia, aluna do terceiro colégio, foi bem na prova.................................................................................................
E3) Sairemos os três: você, ela e eu.................................................................................................
E4) Desejo-lhe uma coisa: felicidade..................................................................................................
E5) Viagens, jóias, dinheiro, festa, nada acabava com seu tédio..................................................................................................
F1) “Colombo, fecha a porta de teus mares!”...............................................................................................
F2) “Ó minha amada, que olhos os teus”.................................................................................................
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F3) Se oriente, rapaz, pela constelação do Cruzeiro do Sul.................................................................................................
5. TIPOS DE PREDICADO
Dependendo do núcleo (ou núcleos), temos predicado verbal, Predicado nominal ou predicado verbo-nominal.
6.1 Predicado verbal: com verbos transitivos ou intransitivos.
O núcleo do predicado é um verbo
a) O trem chegou à estação..................................................................................................
b) O menino comeu o bolo..............................................................................................
c) O viajante caminhava pela estrada................................................................................................
6.2 Predicado nominal: com verbo de ligação.
O núcleo da informação veiculado pelo predicado está contido num nome (predicativo do sujeito). Liga o sujeito ao predicado.
a) A prova era difícil.................................................................................................
b) O trem está atrasado...............................................................................................
6.3 Predicado verbo-nominal: com verbos transitivo ou intransitivo + um predicativo(do sujeito ou do objeto).
Apresenta dois núcleos: um verbo e um nome
a) O trem chegou atrasado à estação.................................................................................................
b) Os compradores consideraram a proposta razoável..................................................................................................
V E R B O
1. FLEXÕES DO VERBO
NÚMERO - SINGULAR, PLURAL
PESSOA- 1º, EU/NÓS 2º, TU /VÓS 3º ELE/ELES/ ELA/ELAS
TEMPO - PRESENTE, PRETÉRITO, FUTURO
MODO- INDICATIVO, SUBJUNTIVO, I MPERATIVO
VOZ - ATIVA, PASSIVA, REFLEXIVA
2. FORMAS NOMINAIS DO VERBOINFINITIVO -R ===== = === CANTAR
GERÚNDIO - NDO === = == CANTANDO
PARTICÍPIO - ADO, -IDO == CANTADO
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3. TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS
FORMAS PRIMITIVAS
PRESENTE DO INDICATIVO======
PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO ================
INFINITIVO IMPESSOAL==========
1. PRESENTE DO SUBJUNTIVO
2. IMPERATIVO NEGATIVO
3. IMPERATIVO AFIRMATIVO
1. PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO
2. FUTURO DO SUBJUNTIVO
3. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
1. FUTURO DO PRESENTE
2.FUTURO DO PRETÉRITO
3. PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO
1. RADICAL ( R ) CANT- , VEND-, PART-2. VOGAL TEMTICA (VT) –A, -E, -I3. TEMA ( T ) CANT+A, VEND+E, PART+I4. CONJUGAÇÕES: 1ª. –AR, 2ª. –ER, 3ª. -IR5. DESINÊNCIA MODO - TEMPORAL ( DMT ) CANTA + VA , VENDE+SSE, PARTI+RA6. DESEINÊCIA NÚMERO – PESSOAL ( DNP ) CANTÁ VA+MOS , VENDÊSSE+IS, PARTÍRA+MOS
OS VERBOS PODEM SER:
1. REGULARES- o radical não sofre alteração2. IRREGULARES- o radical sofre alteração3. ANÔMALOS- verbos muito irregulares: ser, ir, 3. DEFECTIVOS – falha na conjugação4. ABUNDANTES – duas formas de se conjugar o verbo5. AUXILIARES - ser, estar, ter e haver - vem junto com um verbo principal, formando tempos compostos, voz passiva, locução verbal
DERIVADOS DO PRESENTE DO INDICATIVO
1. PRESENTE DO SUBJUNTIVO
2. IMPERATIVO NEGATIVO
3. IMPERATIVO AFIRMATIVO
VERBO CANTAR
PRESENTE DO INDICATIVO
IMPERATIVO AFIRMATIVO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
IMPERATIVO NEGATIVO
EU CANTO ( – O +E) __________________ QUE EU CANTE _________________
TU CANTAS ( - S ) == CANTA TU QUE TU CANTES =NÃO CANTES TU
ELE CANTA CANTE VOCÊ == QUE ELE CANTE =NÃO CANTE VOCÊ
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NÓS CANTAMOS CANTEMOS NÓS == QUE NÓS CANTEMOS =NÃO CANTEMOS NÓS
VÓS CANTAIS ( -S ) == CANTAI VÓS QUE VÓS CANTEIS =NÃO CANTEIS VÓS
ELES CANTAM CANTEM VOCÊS == QUE ELES CANTEM =NÃO CONTEM VOCÊS
VERBOS TERMINADOS EM - AR (-O +E)
VERBOS TERMINADOS EM – ER E - IR (- O
VERBO VER
PRESENTE DO INDICATIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO IMPERATIVO NEGATIVO
EU VEJO (-O +A) --------------- QUE EU VEJA -------------
TU VÊS (-S) VÊ ( TU ) QUE TU VEJAS NÃO VEJAS TU
ELE VÊ VEJA (VOCÊ) QUE ELE VEJA NÃO VEJA VOCÊ
NÓS VEMOS VEJAMOS (NÓS) QUE NÓS VEJAMOS NÃO VEJAMOS NÓS
VÓS VEDES (-S)
ELES VÊEM
VEDE (VÓS)
VEJAM VOCÊS
QUE VÓS VEJAIS
QUE ELES VEJAM
NÃO VEJAIS VÓS
NÃO VEJAM VOCÊS
PRETÉRITO PERFEITO
CANTAR VENDER PARTIR
EU CANTEI EU VENDI EU PRTI (crase do i)
TU CANTASTE TU VENDESTE TU PARTISTE
ELE CANTOU ELE VENDEU ELE PARTIU
NÓS CANTAMOS NÓS VENDEMOS NÓS PARTIMOS
VÓS CANTASTES VÓS VENDESTES VÓS PASTISTES
ELES CANTA RAM ELES VENDE RAM ELES PARTI RAM
DERIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO
1. PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO
2. FUTURO DO SUBJUNTIVO
3. PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
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3º PESSOA DO PLURAL DO PRETÉRITO PERFEITO
CANTA R A M VENDE R A M PARTI R A M
Pretérito mais - que- Perfeito do Indicativo
Futuro do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do subjuntivo
- M - AM - RAM + SSE
EU CANTARA SE / QUE /QUANDO EU CANTAR SE / QUE EU CANTASSE
TU CANTARAS SE / QUE /QUANDO TU CANTARES
SE / QUE TU CANTASSES
ELE CANTARA SE / QUE /QUANDO ELE CANTAR SE / QUE ELE CANTASSE
NÓS CANTÁRAMOS SE / QUE /QUANDO NÓS CANTARMOS
SE / QUE NÓS CANTÁSSEMOS
VÓS CANTÁREIS SE / QUE /QUANDO VÓS CANTARDES
SE / QUE VÓS CANTÁSSEIS
ELES CANTARAM SE / QUE /QUANDO ELES CANTAREM
SE / QUE ELES CANTASSEM
DERIVADOS DO INFINITIVO IMPESSOAL
1. FUTURO DO PRESENTE
2. FUTURO DO PRETÉRITO
3. PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
4. INFINITIVO PESSOAL
5. GERÚNDIO
6. PARTICÍPIO
FORMAÇÃO DO PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
CANTAR (-R+VA) VENDER (-ER+IA) PARTI (-R+IA)
EU CANTAVA EU VENDIA EU PRTIA
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TU CANTAVAS TU VENDIAS TU PARTIAS
ELE CANTOVA ELE VENDIA ELE PARTIA
NÓS CANTÁVAMOS NÓS VENDÍAMOS NÓS PARTÍAMOS
VÓS CANTÁVEIS VÓS VENDÍEIS VÓS PASTÍEIS
ELES CANTAVAM ELES VENDIAM ELES PARTIAM
INFINITIVO GERÚNDIO PARTICÍPIOCANTA – R CANTA - NDO CAND - ADO
VENDE – R VENDE - NDO VEND - IDO
PARTI – R PARTI - NDO PART- IDO
FUTURO DO PRESENTE = INFINITIVO + TERMINAÇÕES
TERMINAÇÕES INFINITIVO INFINITIVO INFINITIVO
CANTAR VENDER PARTIR
+ EI EU CANTAREI EU VENDEREI EU PARTIREI
+ ÁS TU CANTARÁS TU VENDERÁS TU PARTIRÁS
+ Á ELE CANTAR Á ELE VENDER Á ELE PARTIR Á
+ EMOS NÓS CANTAREMOS NÓS VENDEREMOS NÓS PARTIREMOS
+ EIS VÓS CANTAREIS VÓS VENDEREIS VÓS PARTIREIS
+ ÃO ELES CANTARÃO ELES VENDERÃO ELES PARTIRÃO
FUTURO DO PRETÉRITO = INFINITIVO + TERMINAÇÕES
TERMINAÇÕES INFINITIVO INFINITIVO INFINITIVO
CANTAR VENDER PARTIR
+ IA EU CANTAR IA EU VENDER IA EU PARTIR IA
+ IAS TU CANTAR IAS TU VENDER IAS TU PARTIR IAS
+ IA ELE CANTAR IA ELE VENDER IA ELE PARTIR IA
+ ÍAMOS NÓS CANTAR ÍAMOS NÓS VENDER ÍAMOS NÓS PARTIR ÍAMOS
+ ÍEIS
+ IAM
VÓS CANTAR ÍEIS
ELES CANTAR IAM
VÓS VENDER ÍEIS
ELES VENDER IAM
VÓS PARTIR ÍEIS
ELES PARTIR IAM
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EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS
1. MODO INDICATIVO
O modo indicativo serve para exprimir um fato certo, real, verdadeiro. É o modo das orações coordenadas e das orações principais.
PresenteO presente indica que o fato:
a) acontece no mesmo momento em que se fala.
Vejo uma estrela.Os rapazes e as garotas conversam animadamente.
Estou vendo uma estrela. (presente pontual ou momentâneo) b) começa num passado mais ou menos distante e perdura ainda no momento em que se fala.
A) Modo indicativo
a) presente do indicativo: exprime um fato que ocorre no momento em que se fala.
Vejo um pássaro na janela.
O presente de indicativo também é usado para:• exprimir uma cientifica, uma axioma.
A terra é redonda.Por um ponto passam infinitas retas.
• Para exprimir uma ação habitual.
Aos domingos não saio de casa.
• Para dar atualidade a fatos ocorridos no passado.
Cabral chega ao Brasil em 1500.
• Para indicar um futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá.
• Amanhã faço os exercícios.
b) Pretérito perfeito do indicativo: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala.
Ontem reguei as plantas do jardim. c) Pretérito imperfeito do indicativo: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração.
Ele falava muito sério durante as aulas.
d) Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outro fato também passado.
Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.
Na linguagem atual tem-se usado com mais freqüência o pretérito mais-que-perfeito composto.
Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido.
O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do futuro do pretérito ou no imperfeito do subjuntivo.
“... Mais servira, se não fora (servira= serviria; fora=fosse)Para tão longo amor tão curta a vida!”(Camões)
e) Futuro do presente: exprime um fato posterior ao momento em que se fala, tido como certo.
Amanhã chegarão aos meus pais.As aulas começarão segunda-feira.
O futuro do presente pode ser empregadoPara exprimir idéia de incerteza, de dúvida.
Serei eu o único culpado?
f) Futuro do pretérito:
1. exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado.
Ontem você disse que viria à escola.Eles prometeram que me apoiariam
2. um fato futuro certo, mais ainda dependente de certa condição.
“ Os mundos seriam zeros sem conta, se não tivessem no princípio, a dar-lhes valor, esta unidade __ Deus!”
O pai ficaria feliz se o filho seguisse a carreira diplomática.
3. uma probabilidade no futuro.
O investimento na educação seria indispensável para um futuro melhor.
Seria importante melhorar o salário dos professores, para que tenhamos uma educação de qualidade.
4. O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida.
Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.Teríamos força para resistir a um novo ataque inimigo?
5. Usa-se ainda o futuro do pretérito, em vez do presente do indicativo ou do imperativo, como forma de cortesia, de boa educação.
Você me faria um favor?
Vocês aceitariam um aperitivo?
6. incerteza sobre fatos passados.
Estaria o major realmente doente, quando morreu?Seriam no máximo oito horas quando o acidente aconteceu.
B) Modo subjuntivo
O subjuntivo apresenta o fato de modo incerto, impreciso, duvidoso. Normalmente é empregado em orações que dependem de outras (subordinadas).
Teríamos viajado se fizesse calor.
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a) Presente: é empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros.
É justo que eles fiquem. (presente)Desejo que todos compareçam. (futuro)
Em orações independentes, é utilizado para exprimir desejo.
Deus me proteja.Que a terra lhe seja leve!
b) Pretérito imperfeito: indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal.
Se nesse momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente)
Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado)
Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro)
c) Futuro: é empregado em orações subordinadas para indicar eventualidade no futuro.
Farei o trabalho se tiver tempo.
C) Modo imperativo
O imperativo exprime uma atitude de mando, solicitação, convite ou um conselho. É empregado em orações absolutas, principais ou coordenadas.Como o imperativo pode exprimir várias posturas, a entonação da frase será fundamental para exprimir a idéia pretendida.No imperativo, o falante sempre se dirige a um interlocutor; por isso, só possui as formas que admitem um interlocutor (2º e 3º pessoas e 1º pessoa do plural).
Prestem atenção! (ordem)Empreste-me o livro, por favor. (solicitação)Venha ao meu aniversário, em minha casa. (convite)Não guarde rancor, pode lhe dar uma gastrite. (conselho)
D) Emprego do infinitivo
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em português, já que, além do infinitivo impessoal, nossa língua apresenta também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Não há propriamente regras que determinem o emprego do infinitivo; o que se observa são tendências e o uso consagrado por bons escritores.
1. Infinitivo impessoal
Emprega-se o infinitivo impessoal:
• Quando ele não se referir a sujeito algum.
É preciso sair.
• Na função do complemento nominal (virá regido de preposição).
Esses exercícios eram fáceis de resolver.
• Quando ele fizer parte de uma locução verbal.
Eles deviam ir ao cinema.
• Quando ele, sendo dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Mandei – os sair. Sujeito (= eles) Deixei – as falar. Sujeito (= elas)
Com o valor de imperativo: Fazer silêncio, por favor.
2. Infinitivo pessoal
Emprega-se o infinitivo pessoal quando ele tiver sujeito próprio (expresso ou implícito), diferente do sujeito da oração principal:
O remédio era ficarmos em casa.O costume é os jovens falarem e os velhos ouvirem.
I. PRTICULARIDADES SOBRE VERBOS E EXERCÍCIOS
1. VERBOS DERIVADOS DE TER
Conter - deter entreter - manter- obter - suster - reter, suster, deter, entreter, Abster-se - ater-se –
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU TENHO EU TIVETU TENS TU
TIVESTEELE/ ELA TEM ELE / ELA TEVENÓS TEMOS NÓS
TIVEMOSVÓS TENDES VÓS
TIVESTESELES / ELAS TÊM ELES /ELAS TIVERAM
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Abstenho-me Contenho-me Entretive Obtivesse
2. VERBOS DERIVADOS DE VER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU vejo EU vi TU vês TU viste ELE/ ELA vê ELE / ELA viu NÓS vemos NÓS vimos VÓS vedes VÓS vistesELES / ELAS vêem ELES /ELAS viram
Antever – entrever- circunver - rever - prever - rever
AntevejoPrevejo
JÁ OS VERBOS:
3. REAVER – (Sinônimo de recuperar) desprover (conjuga como o verbo haver) verbo defectivo . Só possuías formas que Têm a letra V
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU -------------
EU reouve
TU ---------------
TU reouveste
ELE/ ELA ------------- ELE / ELA reouve NÓS reavemos NÓS
reouvemos VÓS reaveis VÓS
reouvestes ELES / ELAS ----------------
ELES /ELAS reouveram
4. VERBO HAVER – NO SENTIDO DE TER, POSSUIR E COMO AUXILIAR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU hei EU houve TU hás TU
houvesteELE/ ELA há ELE / ELA houveNÓS havemos
NÓS houvemos
VÓS haveis VÓS houvestes
ELES / ELAS hão ELES /ELAS houveram
5. PRECAVER – verbo defectivo
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU ------------- EU PRECAVI TU -------------- TU
PRECAVESTE ELE/ ELA ---------------
ELE / ELA PRECAVEU
NÓS PRECAVEMOS
NÓS PRECAVEMOS
VÓS PRECAVEIS VÓS
PRECAVESTES ELES / ELAS -----------------
ELE/ELAS PRECAVERAM
6. PROVER (ABASTECER, PROVIDENCIAR)
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU PROVEJO
EU PROVI
TU PROVÊS TU PROVESTE
ELE/ ELA PROVÊ ELE / ELA PROVEUNÓS PROVEMOS
NÓS PROVEMOS
VÓS PROVEDES
VÓS PROVESTES
ELES / ELAS PROVÊEM ELES /ELAS PROVERAM
É formado do verbo ver e por ele conjugado.
EXCETO no PRETÉRITO PERFEITO – Eu provi, tu proveste, ele / ela proveu, nós provemos, vós provestes, eles proveram
NO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – provera, proveras, provera, provêramos , provêreis, proveram
PRETÉRITO IMPERFEITO – provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem
FUTURO DO SUBJUNTIVO – prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
7. VERBOS DERIVADOS DE VIR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU venho EU vim TU vens TU vieste ELE/ ELA vem ELE / ELA veioNÓS vimos NÓS viemosVÓS vindes VÓS viestesELES / ELAS vêm ELES /ELAS vieram
PRETÉRITO IMPERFEITO: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinhamGerúndio: vindoParticípio: vindo
Advir - avir-se - convir – desavir-se ( =desentender-se) - intervir – provir - sobrevir- avir-se, contravir, desconvir, devir, obvir, reavir-se, reconvir, revir, sobrevir.
Advenho Desavim-meInterviera Sobrevier
8. VERBOS DERIVADOS DE FAZER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU faço EU fiz TU fazes TU fizeste ELE/ ELA faz ELE / ELA fezNÓS fazemos NÓS fizemosVÓS fazeis VÓS fizestesELES / ELAS fazem ELES /ELAS fizeram
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Afazer-se - desfazer - perfazer- refazer - perfazer- satisfazer
Afaço-mePerfizesseSatisfizer
9. VERBOS DERIVADOS DE DIZER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU digo EU disse TU dizes TU disseste ELE/ ELA diz ELE / ELA disseNÓS dizemos
NÓS dissemos
VÓS dizeis VÓS dissestes
ELES / ELAS dizem ELES /ELAS disseram
Bendizer, condizer, contradizer, desdizer, entredizer, maldizer, predizer, redizer
DesdigoRedissesse
10. VERBOS DERIVADOS DE QUERER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU QUERO EU QUIS TU QUERES TU
QUISESTE ELE/ ELA QUER ELE / ELA QUISNÓS QUEREMOS
NÓS QUISEMOS
VÓS QUEREIS
VÓS QUISESTES
ELES / ELAS QUEREM ELES /ELAS QUISERAM
Bem – querer - MalquererBem – queroMalquis
11. VERBOS DERIVADOS DE REQUERER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU REQUEIRO EU REQUERI TU REQUERES
TU REQUERESTE
ELE/ ELA REQUER ELE / ELA REQUEREU NÓS REQUEREMOS
NÓS REQUEREMOS
VÓS REQUEREIS
VÓS REQUERESTES
ELES / ELAS REQUEREM ELES /ELAS REQUERERAM
Não segue a conjugação de QUERER, sendo quase regular
RequeiroRequeriRequeresse
12. VERBOS DERIVADOS DE PÔR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU PONHO EU PUS TU PÕES TU
PUSESTE ELE/ ELA PÕE ELE / ELA PÔSNÓS POMOS NÓS
PUSEMOSVÓS PONDES VÓS
PUSESTESELES / ELAS PÕEM ELES /ELAS PUSERAM
PRETÉRITO IMPERFEITO: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham
Antepor, apor (= acrescentar, juntar); compor, contrapor, decompor, descompor, depor, desimpor, dispor, entrepor ( amava-a sempre que o passado se entrepunha entre nós, se colocar entre alguém), expor, extrapor (pôr fora, pôr além), impor, indispor, interpor (intervir), justapor, maldispor, opor, pospor, predispor, prepor, pressupor, propor, recompor, reimpor, repor, repropor, sobpor, sobrepor, sotopor (pôr por baixo, subpor, omitir, postergar, pospor), trespor (variante do tempo), superpor, supor, transpor e traspor (pôr por baixo).
13. VERBOS DERIVADOS PRAZER ( causar prazer, agradar)Só se usa na 3ª. Pessoa do singular
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU -------------
EU --------------
TU ------------
TU ------------
ELE/ ELA praz ELE / ELA prouve NÓS ---------------
NÓS -------------
VÓS ----------------
VÓS --------------
ELES / ELAS ---------------
ELES /ELAS ---------------
Aprazer – Comprazer – Desaprazer – Desprazer - Comprazo-me – Desaprouve – Desprouver
14. CABER – não é usado no imperativo, além de tecer, poder, entrechocar-se, entreolhar-se
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU caibo EU coube TU cabes TU
coubeste ELE/ ELA cabe ELE / ELA coubeNÓS cabemos
NÓS coubemos
VÓS cabeis VÓS coubestes
ELES / ELAS cabem ELES /ELAS couberam
15. VERBO TRAZER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU trago EU trouxe
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APOSTILA DE PORTUGUÊS - MÓDULO I – PROFESSORA MARIA DE LOURDES DE A. SANTOS
TU trazes TU trouxeste ELE/ ELA traz ELE / ELA trouxeNÓS trazemos NÓS
trouxemos VÓS trazeis VÓS
trouxestes ELES / ELAS trazem ELES /ELAS trouxeram
16. VERBO CRER
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU creio EU cri TU crês TU creste ELE/ ELA crê ELE / ELA creu NÓS cremos NÓS cremosVÓS credes VÓS crestesELES / ELAS crêem ELES /ELAS creram
17. VERBOS TERMINADOS EM: - EAR
VERBO NOMEAR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU nomeio EU nomeei TU nomeias TU nomeaste ELE/ ELA nomeia ELE / ELA nomeou NÓS nomeamos
NÓS nomeamos
VÓS nomeais VÓS nomeastes
ELES / ELAS nomeiam ELES /ELAS nomearam
PRESENTE DO SUBJUNTIVO: Que eu nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
ASSIM SE CONJUGA TAMBÉM: apear, atear, cear, recera, folhear, frear, passear, gerar, bloquear, afear, granjear, hasterar, lisonjear, semear, titubear, arrear, recrear, idear, estrear.
Recebem o i eufônico nas formas RIZOTÔNICAS.
Recei-o - Rece-eiFrei-o - fre-ei
OS VERBOS ODIAR, MEDIAR, intermediar, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIARCopiar
VERBO ODIAR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU odeio EU odiei TU odeias TU odiaste ELE/ ELA odeia ELE / ELA odiou NÓS odiamos NÓS odiamos VÓS odiais VÓS odiastes ELES / ELAS odeiam ELES /ELAS odiaram
São conjugados, nas formas RIZOTÔNICAS, com os verbos terminados em EAR.OU SEJA, TAMBÉM Recebem o i eufônico nas formas RIZOTÔNICASEu odei-oEu ansei-oEu incendei-o
18. OS OUTROS VERBOS TERMINADOS EM - IAR COM - verbo copiar- SÃO CONJUGADOS REGURLARMENTE: premiar, criar, presenciar, arriar, alaiar, abreviar, agraciar, aliar, alumir, angariar, caluniar, obviar, gloriar-se, historiar injuriar, vangloriar-se
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU copio EU copiei TU copias TU copiaste ELE/ ELA copia ELE / ELA copiouNÓS copiamos
NÓS copiamos
VÓS copiais VÓS copiastes
ELES / ELAS copiam ELES /ELAS copiaram
19. DEFECTIVOS – Não possuem algumas formas na conjugação do presente do indicativo e do subjuntivo e nas derivadas. Porém nos pretéritos e futuros, a conjugação é completa.
Ex.: A) ABOLIR (não tem a 1ª. pessoa do indicativo, logo não possui também o presente do subjuntivo)
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO INDIVATIVO
EU --------------- EU ABOLI TU aboles TU ABOLISTE ELE/ ELA abole ELE / ELA ABOLIU NÓS abolimos
NÓS ABOLIMOS
VÓS abolis VÓS ABOLISTES
ELES / ELAS abolem ELES /ELAS ABOLIRAM
IMPERATIVO AFIRMATIVO: ABOLE, ABOLINÃO EXISTE PRESENTE DO SUBJUNTIVO, LOGO TAMBÉM NÃO O IMPERATIVO NEGATIVO
COM O MESMO MODELO SE CONJUGAM: banir, brandir, carpir, colorir, comedir-se, delir, demolir, extorquir, esculpir, haurir, delinquir
BANIR – (não tem a 1ª. pessoa do indicativo, logo não possui também o presente do subjuntivo)
(Tu banes, ele bane, nós banimos, vós banis, eles banem)
COLORIR –(não tem a 1ª. pessoa do indicativo, logo não possui também o presente do subjuntivo)
(Tu colores, ele colore, nós colorimos, vós coloris, eles colorem)
EXPLODIR –(não tem a 1ª. pessoa do indicativo, logo não possui também o presente do subjuntivo)
(Tu explodes, ele explode, nós explodimos, vós explodis, eles explodem)
B) ADEQUAR
PRESENTE DO INDICTIVO PRETERITO PERFEITO DO
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INDIVATIVO
EU ---------------
EU
TU --------------
TU
ELE/ ELA ---------------
ELE / ELA
NÓS adequamos
NÓS
VÓS adequais VÓS ELES / ELAS --------------- ELES /ELAS
COM O MESMO MODELO SE CONJUGAM: AGUERRIR, EMBAIR, EMPEDERNIR, REMIR, TRASIR, PRECAVER-SE, FALIR
FALIR (SÓ EXISTEM: NÓS falimos, vós falis)
PRECAVER (Só existem: Nós nos precavemos, e vós vos precaveis)
REAVER- (Só existem: Nós reavemos e vós reaveis)
20. FORMAS RIZOTÔNICAS
São formas verbais em que a vogal tônica está na RAIZ.
Primeira Pessoa do SingularSegunda Pessoa do Singular
Terceira Pessoa do SingularTerceira Pessoa do Plural
LUTAR
Presente do Indicativo == Lut-o, lut- as, lut-a- Lut-amPresente do subjuntivo== Lute, lut-es, lut-e - Lut-emNos dois imperativos = Lut-a, lut-e, lut-em 21. FORMAS ARIZOTÔNICAS
São formas verbais em que a vogal tônica NÃO está na raiz.
Todas as demais pessoas do outros tempos.
Lut-amos, lut-aisLut-emos, lut-ies,Lut-ava, lut-ei, etc.
III - VOZES DO VERBO
A flexão de voz indica a relação estabelecida entre o verbo e o seu sujeito.
São três as vozes do verbo:
a) Voz Ativa: Quando o sujeito pratica a ação verbal, ou seja, o sujeito é agente.Exemplo:O gorila comeu a banana.
b) Voz Passiva: Quando o sujeito recebe a ação verbal, ou seja, o sujeito é paciente.Há dois tipos de voz passiva:1. Voz passiva analítica: formado por verbo auxiliar mais particípio. A banana foi comida pelo gorila.
2. Voz passiva sintética (ou pronominal): formado pelo verbo na 3ª. pessoa + a partícula apassivadora se:============================================= Come –se banana. (se =partícula apassivadora)
c) Voz reflexiva: quando o sujeito pratica e recebe a ação, ou seja, o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente.
A voz passiva reflexiva apresenta sempre a seguinte construção: sujeito + verbo na voz ativa + pronome oblíquo reflexivo:
O gorila cortou-se. (pronome reflexivo)
Tanto na voz ativa quanto na voz passiva os tempos podem ser simples e compostos.
Para o tempo composto da voz ativa, usa-se TER e HAVER + particípio;
Tenho amado / tinha amado/terei amado / teria amado/ tenha amado /tivesse amado / tiver amado
Nos tempos compostos da voz passiva, usamos ter e haver + particípio do verbo ser + outro particípio.
Tenho sido amado / tinha sido amado / terei sido amado / teria sido amado / teria sido amado/ tenha sido amado, tivesse sido amado / tiver sido amado
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