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Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXI • nº 4161 • P31 • 26 DE DEZEMBRO DE 2013 • 0,50€ Análise social, política, eclesial e cultural As paróquias em destaque As palavras do PRESENTE Os temas de capa pág. 6 a 9 Festa do primeiro domingo do Natal Famílias à imagem de Jesus, Maria e José A Igreja celebra a Sagrada Família a 29 de dezembro, apontando-a como modelo para as comunidades familiares cristãs, para que sejam lugar de felicidade, de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro. Partindo da Carta Pastoral de D. António Marto para este ano, deixamos alguns tópicos de meditação para este dia. Pág. 3 Paróquia da Barosa celebra 300 anos P .4 Mira de Aire : Festa de Nossa Senhora do Amparo P .4 Novo Conselho Pastoral Diocesano P .5 Prémio Villa Portela para tese sobre Fátima P .5 Encontro Europeu de Taizé P .12 Natal da Cúria diocesana última

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Page 1: 4161 P31 2013-12-26

Semanário diocesano www.jornalpresente.pt | Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho | Ano LXXXI • nº 4161 • P31 • 26 de dezembro de 2013 • 0,50€

Análise social, política, eclesial e culturalAs paróquias em destaqueAs palavras do PRESENTEOs temas de capa pág. 6 a 9

Festa do primeiro domingo do Natal

Famílias à imagem de Jesus, maria e José

A Igreja celebra a Sagrada Família a 29 de dezembro, apontando-a como modelo para as comunidades familiares cristãs, para que sejam lugar de felicidade, de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro. Partindo da Carta Pastoral de D. António Marto para este ano, deixamos alguns tópicos de meditação para este dia. Pág. 3

Paróquia da Barosa celebra 300 anos P.4

Mira de Aire :Festa de Nossa Senhora do Amparo P.4

Novo Conselho Pastoral Diocesano P.5

Prémio Villa Portelapara tese sobre Fátima P.5

Encontro Europeu de Taizé P.12

Natal da Cúria diocesana última

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A sua família é uma comunidade de fé, amor e vida?Pergunta da semana

PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA – Semanário Diocesano; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Magalhães de Carvalho (TE 945) [[email protected]]; Redação [[email protected]]: Ana Vala (CP 8867), Joaquim Santos (CP 7731), Luís Miguel Ferraz (CP 5023), Sandrina Faustino (TP 1859); Projeto gráfico e paginação: Paulo Adria-no; Publicidade e Assinaturas: 09h00-13h00 e 14h00-18h00; Tel. +351 244 821 100 • Email: [email protected]; Propriedade e editor: Fundação Signis • Diretor: Vitor Coutinho • 100% do Capital: Diocese de Leiria-Fátima; NIF 510504639; Sede da Redação/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n.º 60, Seminário Diocesano, 2414-011 Leiria; Impressão e expedição: Empresa do Diário do Minho, Lda • Braga • Tel. 253303170 • Fax 253303171; Depósito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanário; sai à quin-ta-feira; Tiragem desta edição: 5.000 exemplares.

ficha técnica

“É grande este mistério ou sacramento” sig-nifica que no amor de doação recíproca entre o homem e a mulher está presente e comuni-cado, de algum modo, o amor de Cristo pelo seu povo, pela humanidade: nos atos huma-nos, por vezes pobres, outras vezes heroicos (escuta, ternura, doação, sexualidade, sacri-fício...), está presente o amor de Deus. Atra-vés destas pessoas e destes atos, Deus mani-festa e comunica o seu amor no meio de nós.

O elemento mais profundo no Matrimónio cristão é a consciência do casal ser sacramen-to ou sinal, imagem viva e instrumento da ternura e do amor de Cristo pela humanida-de, precisamente, através do amor de um pelo outro, pelos filhos e do testemunho de amor aos outros e de serviço à sociedade. É Jesus Cristo que consagra e santifica o amor dos esposos para realizarem isto.

Sim, é verdadeiramente grande, nobre e belo este sacramento! Mostra que o Matri-mónio não é simples obra humana; é obra

de Deus que criou o homem e a mulher e os deu um ao outro no respeito da sua liber-dade. Quando Cristo elevou o Matrimónio à dignidade de sacramento, conferiu-lhe to-das as qualidades do seu próprio amor en-tregue por todos, amor que é dom e serviço, força e perdão, amor terno, fiel e duradoiro. Deu aos esposos cristãos a presença do seu Espírito Santo, que liberta o coração huma-no de todo o traço de egoísmo e de pecado, o purifica e fortifica.

“A graça própria do sacramento do Ma-trimónio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indisso-lúvel. Por meio desta graça, eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos” (CIC n. 1641).

Ah!, se os esposos cristãos se recordas-sem um pouco mais de tudo isto nos dias de fraqueza e de tentação!

A descoberta desta visão de fé sobre o Ma-

trimónio por parte dos namorados e dos noi-vos é fundamental para que escolham livre e conscientemente a sua celebração sacramen-tal. Para isso, devem contribuir as iniciativas das comunidades cristãs, da pastoral familiar, dos movimentos de casais existentes na Dioce-se e de quantos o possam fazer também. Ape-lo aos casais e aos sacerdotes empenhados nos Centros de Preparação para o Matrimónio que cuidem, se possível ainda melhor, do itinerário de preparação e dos testemunhos que ofere-cem aos noivos, para que estes se sintam atraí-dos pelo amor de Cristo e desejem celebrar na Igreja o dom que através dela Ele lhes concede. Em cada comunidade, cuide-se da dignidade da celebração de cada Matrimónio, envolven-do um oportuno serviço ou equipa paroquial, para que essa tarefa não fique relegada somen-te à responsabilidade dos sacerdotes e à iniciati-va dos noivos ou dos seus amigos.

(continua no próximo número)

(continuação)

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Helder Antunes Marrazes

Penso que sim. Promovemos os valores cristãos sobretudo através de um acompanhamento espiritual, minimamente contínuo. Não conseguimos ser totalmente regulares neste percurso, mas vamos fazendo uma caminhada com sentido a essa evolução. É possível que este ano procuremos estar mais atentos.

Assunção Costa Cruz da Areia

Considero que sim, pelo menos tentei transmitir os valores cristãos aos meus filhos e a toda a família e esforçamo-nos por viver to-dos os dias de acordo com eles. Não quer dizer que seja uma co-munidade perfeita. Temos ainda uma caminhada a fazer, mas va-mos tentando melhorar.

Manuela Ribeiro Leiria

Procuro que seja e gostava muito que fos-se. Procuro fazer em família a experiência de Deus nas nossas vidas. Penso que tem aconte-cido, certamente não tanto como Deus gosta-ria. Mas temo-nos esforçando, sobretudo nos momentos mais difíceis, de perda. No nosso caso, com o falecimento do meu marido, vive-mos momentos de muita união familiar e de muita confiança em Deus. Crescemos e ama-durecemos muito a nossa fé, em família.

Elsa Pedro Milagres

É sim, pelo menos procuramos caminhar nesse sentido. Promovemos a fé e o amor vivendo em comunidade e tentando aju-darmo-nos mutuamente e ajudar quem está perto de nós. Penso que se nos amar-mos, mais facilmente chegamos aos outros com alegria. Conseguimos viver a nossa fé em família. Fazemo-lo ajudando-nos, par-tilhando e ensinado todos os dias o verda-deiro significado do amor.

Fernanda Maurício Aljubarrota

Somos uma família unida pelo amor. Neste momento somos uma família um pouqui-nho abalada, enviuvei recentemente, mas tentamos puxar todos uns pelo os outros e só o conseguimos fazer com muito amor e fé. São os nossos laços de amor e as nos-sas vivências de fé que unem toda a famí-lia que nos estão ajudar a superar a nos-sa perda.

Que quer dizer epifania? e porque há Igrejas que celebram o Natal nesse dia?

Significa “manifestação”. Na Igreja católica, é a celebração da manifesta-ção ou manifestações de Cristo Jesus, uma festa que teve a sua origem nas Igrejas do Oriente. No século III, apa-rece no Egito – para dali passar facil-mente a Jerusalém e à Síria, no século IV –, como festa celebrativa da mani-festação do Senhor, entendida como seu nascimento, relacionada prova-velmente com uma festa do Sol, épo-ca do ano em que a duração do dia começa já a triunfar sobre a da noi-te. Por isso, tem também o nome da «festa das luzes».

Rapidamente, passou também a Roma e ao Ocidente, apesar de, ali, por essa mesma altura, ter surgido a festa da Natividade, do nascimento do Sal-vador. Parece ter havido um intercâm-bio: no Ocidente, aceitou-se também a Epifania, dando-se-lhe o sentido da manifestação aos magos, como re-presentantes dos povos pagãos; e, no Oriente, foi aceite, por sua vez, a Na-tividade, como a festa do nascimento, passando, então, a da Epifania a ser so-bretudo o dia batismal.

Por muitos testemunhos antigos, vê-se que a Epifania tende a conden-sar, numa só festividade, as várias ma-nifestações do Senhor. Ainda hoje, a antífona do Magnificat, nas segundas Vésperas desta festa, anuncia: “Recor-damos neste dia três mistérios: hoje a estrela guiou os Magos ao presé-pio; hoje, nas bodas de Caná, a água foi mudada em vinho; hoje, no rio Jor-dão, Cristo quis ser batizado, para nos salvar”. O enviado de Deus, a quem, apenas há uns dias, celebrámos como criança, manifesta-se progressivamente como Messias: aos Magos, no Jordão e no seu primeiro milagre, em Caná.

Em alguns países, sobretudo se não for dia de preceito, trasladou-se esta festa para o domingo que cai entre o dia 2 e o dia 8 de janeiro. No dia da Epifania existe também o antigo cos-tume de proclamar, depois do Evange-lho, a calenda, ou seja, o calendário das festas móveis de todo o ano, sobretu-do a data da Páscoa. Cristo, o novo Sol, a Luz que vai triunfando sobre a obs-curidade, dá sentido a todo o transcor-rer do tempo e do ano.

Fonte: José Aldazábal in Dicionário Elementar de Liturgia

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TEMA DE CAPA

Festa do primeiro domingo do Natal

Famílias à imagem de Jesus, maria e JoséA Igreja celebra a Sagrada

Família de Jesus, Maria e José no primeiro domingo dentro

da oitava do Natal. A liturgia deste dia, este ano a 29 de

dezembro, aponta o modelo para as comunidades familiares

cristãs, para que sejam lugar de felicidade, de encontro,

de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro. É esse o quadro da família de Nazaré

apresentado no Evangelho: uma família onde existe verdadeiro

amor e solidariedade entre os seus membros, uma família

unida nos bons e maus momentos, uma família que

escuta Deus e que segue com absoluta confiança os caminhos

por Ele propostos, uma família onde – realmente – mora Deus.

Luís miguel Ferraz

O tema da família mereceria sempre o nosso destaque. Mas merece-o, em espe-cial, neste ano pastoral (e no seguinte) em

que está no centro da programação da dio-cese de Leiria-Fátima e também da Igreja universal, colocado pelo Papa Francisco na agenda do próximo Sínodo dos Bispos.

Usamos a Carta Pastoral de D. António Marto para deixar alguns tópicos de me-ditação para este dia. E basta-nos ficar na apresentação do biénio pastoral para ter-mos todo um programa: “Começamos por centrar a atenção na realidade da família que nasce da união conjugal de amor en-tre o homem e a mulher no sacramento do Matrimónio. Assim, o percurso pastoral deste biénio orienta-se em duas direções complementares e sucessivas. A primeira tem como título “Amor conjugal, dom e vo-cação” e realça a beleza e a riqueza da fa-mília que vive o Matrimónio cristão com amor sincero e profundo, fiel e coerente, como dom de Deus. A segunda tem como título “Família, dom e missão” e centra-se na missão das famílias como protagonis-tas e responsáveis na Igreja e na sociedade”.

Nunca é demais lembrar, como refe-re a Carta Pastoral, que a família é um dos “bens mais valiosos da humanidade”. So-bretudo nestes tempos que parecem ter esquecido essa verdade fundamental, em que a família é confrontada com enormes dificuldades para viver a sua missão e vo-

cação, em que se banalizam os conceitos e as práticas contra a sua essência e união. O Bispo diocesano parte daí para reafirmar o desígnio de Deus ao criar o homem e a mu-lher como dois numa só carne, “à sua ima-gem e semelhança”, e o dom do Matrimónio cristão que Cristo veio sublimar com a pro-messa da sua presença no seio de cada fa-mília constituída no amor.

Vale a pena, em todos os dias, mas nes-te dia em especial, pegar na Carta de D. An-tónio para aferir critérios de vida da fa-mília cristã na Igreja e na sociedade, na consolidação do amor conjugal, na missão de transmissão da fé aos filhos, e em tan-tas outras dimensões onde se realiza como caminho de santidade para os seus mem-bros. Sempre em processo, sempre em cres-cimento, sempre em “maturação progressi-va do amor em todos os seus valores”, como escreve o Bispo.

Tendo como alimento a oração e os sa-cramentos, a família descobre-se também como lugar de partida para a abertura aos outros, para o testemunho de fé na socieda-de e para o acolhimento, a entreajuda e prá-tica da caridade para com todos. Em espe-cial, como aponta D. António, “aos casais e às famílias que passam por uma fase de cri-se”, a quem somos chamados a dar “a aju-

da oportuna, com a delicadeza que a situa-ção requer”.

Deixamos como resumo desta propos-ta a indicação do Bispo de Leiria-Fátima, na sua mensagem para o Natal de 2013: “Nes-te ano pastoral dedicado à família, deve-mos prestar especial atenção a este aspeto para renovar e reforçar a alegria e a beleza dos laços familiares à luz do Natal”.

26 de dezembro de 2013 • 3

Pelas paróquias…Para um melhor aproveitamento

deste dia da Sagrada Família, o Departamento de Pastoral Familiar

da diocese de Leiria-Fátima elaborou alguns materiais e propostas para

uma celebração mais cuidada e diferente, dando um caráter mais familiar à Eucaristia. Os materiais

foram enviados aos párocos e casais das equipas de pastoral familiar,

estando também disponíveis em maisemelhorfamilia.blogspot.pt.O PRESENTE pediu às paróquias

da Diocese que enviassem notícias das iniciativas que irão realizar

no domingo 29 de dezembro. Partilhamos:

MarrazesA pastoral familiar paroquial organiza a

“Festa dos Jubilados”, numa vigília, no dia 28, com a celebração das bodas de prata, ouro e diamante dos casais que em 2013 ce-lebrem 25, 50 ou 60 anos de casados. À cele-bração, cujo centro é a Eucaristia, às 20h30, segue-se um convívio de partilha e de fes-ta. Participará o Rancho Folclórico da Re-gião de Leiria, coletividade que este ano ce-lebrou 50 anos.

AljubarrotaConvidam-se os casais da comunidade,

particularmente os que celebrem este ano as suas bodas de prata e de ouro matrimo-niais, a participarem na Missa da igreja pa-roquial, onde receberão a bênção. O dia será ainda assinalado pela oferta de uma pagela da paróquia: “Família, Igreja domés-tica em oração”.

MaceiraA Missa das 11h30, no salão paroquial,

incluirá a celebração de jubileus matrimo-niais. A iniciativa é do grupo paroquial da pastoral familiar que, há uns anos, prepa-ra uma liturgia especial para os casais que completam 25, 50 e 60 anos de vida matri-monial.

Marinha GrandeTambém aqui será celebrada a renova-

ção dos compromissos matrimoniais dos casais que no ano 2013 fizeram bodas de prata, de ouro ou de diamante. A iniciativa decorre na Missa das 11h00, na igreja pa-roquial. Nota, ainda, para a venda de livros que decorre na paróquia nesta quadra na-talícia, cuja receita reverte para a constru-ção do centro pastoral.

Caxarias e OlivalOs casais que em 2013 completarem 25 e

50 anos de Matrimónio estão convidados a renovarem os seus compromissos na Euca-ristia. O momento ficará marcado pela ofer-ta de algumas lembranças e pelo testemunho dado à comunidade de amor e fidelidade.

Monte RealEste é o dia escolhido para a bênção dos

“Coros da Sagrada Família” que circulam pela paróquia. Haverá ainda a bênção dos bebés até aos dois anos de idade. A iniciati-va é da equipa de pastoral familiar, que ofe-recerá aos familiares uma pequena lem-brança, uma pagela alusiva ao dia com uma frase da carta pastoral do Bispo.

Já nos passados dias 21 e 22 de dezem-bro, decorreu a terceira edição da inicia-tiva “Cantar o Natal em Monte Real”, or-ganizada pelo grupo local de acólitos, que andou pelas ruas de Monte Real “cantando e anunciando a vinda de Jesus”. Aprovei-taram para deixar a cada família o convi-te para a celebração a que acima aludimos.

AtouguiaO dia será assinalado com a distribuição

de um pequeno folheto com uma ação de

graças como proposta de oração em família para esse dia. | SF | LMF

Famílias e passagem de ano no Santuário de Fátima

Também no Santuário de Fá-tima, na Basílica da Santíssima Trindade, a Missa das 11h00 do dia 29 terá um momento especial com a consagração das famílias presentes.

Aproveitamos para infor-mar que a noite de passagem de ano terá a habitual vigília de ora-ção naquela basílica, a partir das 22h00, com Missa, procissão para a Capelinha e recitação do Rosá-rio. Às 00h00 será dado o toque do carrilhão, acompanhado pela consagração ao Imaculado Cora-ção de Maria e pelo gesto da paz entre todos os presentes. Segue-se um chá de convívio.

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NA DIOCESE

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Imprensa local

Está em andamento a programação de mais uma prova de resistência “Rota das Vinhas” na Reixida – Cortes. Trata-se de uma organização da capela da Reixida e esta é já a sua 11ª edição. A prova terá lugar no dia 12 de janeiro, com iní-cio às 14h00, decorrendo durante 3 horas.

Inserido nas solenidades natalícias, a Pastoral Familiar da Paróquia de Urqueira está a convi-dar todos os casais que em 2013 tenham cele-brado Bodas de Prata, Ouro, Diamante ou que casaram este ano, a participar na Festa da Sa-grada Família, que vai decorrer no dia 29 de Dezembro, na Igreja Paroquial. Apela-se à par-ticipação dos casais para que não deixem de as-sociar-se a este momento de valorização da fa-mília e promoção dos seus valores no seio da comunidade.

Ricardo Silva e Paula Marto são os novos juí-zes da comissão da capela de Santa Luzia, Moi-ta Redonda. A acompanhá-los estarão Fausto Amado (tesoureiro) e António Frazão Pereira (secretário).Os nomes da comissão, que vai entrar em fun-ções a 1 de Janeiro, foram anunciados durante a Festa de Santa Luzia, que decorreu a 12 e 13 e dezembro.O pároco de Fátima agradeceu a disponibili-dade dos elementos que aceitaram integrar a nova comissão, bem como dos elementos que cessam agora funções.

Presépios no Mosteiro

Está patente na capela-mor da igreja do Mostei-ro da Batalha um grande presépio tradicional, criado por iniciativa da Paróquia da Batalha e do Mosteiro, com a colaboração dos Bombeiros Voluntários do Concelho e de vários particula-res que cederam as figuras tradicionais. A ins-talação contou com a criação artística da pinto-ra Irene Gomes e da professora Vera Oliveira. No mesmo local poderá ser apreciada mais uma exposição de presépios elaborados por várias instituições da comunidade, sendo pos-sível a observação de diversas interpretações deste símbolo cristão universal do Natal. A mostra estará naquele espaço até ao dia 6 de janeiro.

Paróquia e freguesia em comemorações

barosa celebra 300 anos

A paróquia da Barosa e União de Fre-guesias dos Marrazes e Barosa vão orga-nizar a comemoração dos 300 anos da

paróquia e freguesia da Barosa, no pró-ximo dia 28 de dezembro, data do decre-to de constituição, em 1713, pelo bispo D. Álvaro de Abranches e Noronha.

Segundo informação do pároco, pa-dre André Batista, o programa inclui-rá um momento cultural na igreja paro-quial, com a colaboração da Filarmónica

dos Marrazes e de um grupo de crianças da Barosa, além de uma conferência so-bre a história da comunidade, pelo pro-fessore Saul António Gomes.

No final, será descerrado um marco evocativo da efeméride, seguindo-se um serão de convívio, no salão de festas pa-roquial.

Honrando Nossa Senhora do Amparo

mirenses revivem o Natal

Desde o dia 1 de dezembro que Mira de Aire está em ambiente de renovada ale-gria com a festa em honra de Nossa Se-nhora do Amparo, padroeira da paróquia.

Em texto enviado ao PRESENTE, a pa-roquiana Filipa Querido refere que este mês inteiro de festa “envolve toda a famí-lia mirense num espírito de fraternida-de e esperando a verdadeira Luz” e, por coincidir com o Natal, “já o brilho e a cor revestem o adro da igreja e algumas ruas adjacentes”.

A comissão é composta pelos “quaren-tões” de 1973, que no primeiro dia do mês

acompanharam a Fanfarra dos Bombei-ros de Mira de Aire a anunciar o início dos festejos. Desde então, várias ativida-des têm preenchido os dias, salientan-do-se a inauguração da exposição “Natal em Família”, na antiga igreja, no passa-do dia 24, seguida da abertura da “Aldeia de Natal”, iniciativa dos “quarentões de 2012” que consiste em “diversas casinhas construídas em madeira e de várias co-res com doces, bebidas, prendinhas, lem-branças e muitas surpresas”, conta Filipa Querido.

Na noite de Natal acendeu-se a foguei-

ra, que permanecerá até aos primeiros dias do novo ano e à volta da qual se vão reunindo centenas de pessoas, especial-mente na noite de 24, em que “são distri-buídos presentes aos mais novos e servi-dos café e filhós. No dia de Natal decorre a solene procissão em honra da Padroei-ra, com a participação da Bandinha Mi-rense e das crianças vestidas de anjo, en-tre inúmeras pessoas e coletividades da vila.

“Na última noite do ano haverá fogo de artifício e na manhã de 1 de janeiro a celebração na igreja será às 11h00, com a presença da nova comissão de ‘quaren-tões de 2014’, que receberá o testemunho para a sua missão, no final da procissão, com a entrega da bandeira”, lembra ain-da esta paroquiana. No mesmo dia, de-correrá um almoço-convívio oferecido pela nova comissão de festas, no salão da Escola Secundária, com a presença das várias comissões, instituições e coletivi-dades da vila, encerrando a festa pelas 20h00. | LMF

Frei Ventura na Marinha Grande

o desafio a dizer “eu amo-te”

O frei Fernando Ventura, francisca-no capuchinho, foi o convidado pela pas-toral familiar vicarial da Marinha Gran-de para uma conferência, no passado dia 13 de dezembro, sobre o tema diocesano

deste ano pastoral, “Família, comunidade de fé, de amor e de vida”.

Segundo Paulo Marrazes, da equipa organizadora, “um dos momentos mais marcantes da noite foi quando o orador pediu às pessoas que olhassem nos olhos para quem estava a seu lado e dissessem “eu amo-te”. Nesse momento percebeu-se como tudo seria tão belo e simples se con-seguíssemos dizer “eu amo-te” ao nosso próximo, seja ele quem for”.

No relato enviado ao PRESENTE, Pau-lo Marrazes refere ainda que “a assem-bleia, que ocupou grande parte do audi-tório da Escola Calazans Duarte, ficou

muito satisfeita com o que ouviu e com o modo como o tema foi apresentado”. E re-tém a frase que considera ser a que me-lhor ilustra o projeto de vida do orador: “ser gente com gente, para que cada vez mais gente seja gente e nunca ninguém deixe de ser pessoa”.

No final, frei Ventura deu uma pe-quena sessão de autógrafos a propósito do seu livro “Somos pobres mas somos muitos”, lançado recentemente em coau-toria com Francisco Franco, cujas recei-tas revertem em parte para o banco ali-mentar que este religioso assegura em S. Tomé e Príncipe. LMF

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NA DIOCESE

26 de dezembro de 2013 • 5

Nomeação para o triénio de 2013-2016

Novo Conselho Pastoral diocesanoO Bispo de Leiria-Fátima no-

meou, na passada semana, os novos membros do Conselho Pastoral Diocesano para o trié-nio de 2013-2016.

O decreto de D. António Mar-to recorda que este é um ór-gão consultivo para o ajudar na condução desta Igreja particu-lar, “tendo em conta que a co-munhão eclesial, para poder ser uma realidade viva, orgânica e articulada, deve dispor de ins-trumentos de participação; sa-

bendo que o Bispo da Diocese exerce o ministério da síntese ou da comunhão e não a síntese dos ministérios”.

Para além de alguns mem-bros que dele fazem parte por inerência do cargo eclesial que desempenham, como é o caso do vigário geral, do vigário judi-cial, do reitor do Seminário Dio-cesano e do reitor do Santuário de Fátima, foi tornada pública a lista dos eleitos em representa-ção das diversas comunidades e

serviços da Diocese, conforme o disposto nos respetivos estatu-tos.

Ainda segundo o previsto nos estatutos, o Bispo designou dire-tamente dois membros para este Conselho Pastoral, que entrará em funções na primeira sessão que, entretanto, será convocada.

A lista completa das pessoas eleitas e nomeadas poderá ser consultada no portal da Diocese, em www.leiria-fatima.pt.

LmF

Prémio Villa Portela para dissertação sobre Fátima

Com a tese “Leitura históri-co-teológica do impacto local das Aparições de Fátima a partir do semanário O Mensageiro de Lei-ria – Um estudo sobre os anos 1917-1927”, Luís Miguel Ferraz, jornalista do PRESENTE, rece-beu o prémio Villa Portela 2013, concurso bienal instituído por Ri-cardo Charters d’Azevedo e pro-movido pela ADLEI – Associação para o Desenvolvimento de Lei-ria, com o apoio da Câmara Mu-nicipal, do Instituto Politécnico de Leiria e da editora Gradiva.

Nas palavras do autor, o estudo apresenta “uma perceção bastan-te detalhada dos impactos que os acontecimentos registados em Fá-tima em 1917 tiveram nos vários âmbitos da sua realidade local – social, política, cultural, religiosa e, até, económica – e da sua súbita expansão para um palco de nível nacional e, posteriormente, inter-nacional”.

O trabalho foi realizado para o Mestrado em Teologia da Univer-sidade Católica Portuguesa, de-fendido em Abril deste ano. O au-tor analisou os primeiros textos sobre as Aparições publicados n’O Mensageiro, “onde se percebem as reservas iniciais e os conflitos que rapidamente se inflamam com outros órgãos de informação, bem como as posições assumi-das pelos vários agentes sociais, políticos e eclesiais”. No contexto de profunda instabilidade políti-ca e social dos primeiros anos da

República, as Aparições surgem em O Mensageiro muito marca-das “pela visão do seu corpo reda-torial sobre o destino do catolicis-mo como força restauradora da sociedade portuguesa”, explica o premiado. Outra das conclusões foi que este fenómeno se impôs “pela persistência e crescimento da massa de fiéis” na Cova da Iria, obrigando a hierarquia a “uma in-tervenção que enquadrasse a pie-dade popular num quadro mais oficial de celebrações”, isto logo nos primeiros anos após as Apari-ções, que só viriam a ser reconhe-cidas pelo Bispo como dignas de crédito em 1930.

Luís Miguel Ferraz, que foi chefe de redação d’O Mensageiro, recebeu o prémio no dia 17 de de-zembro, na livraria Arquivo, em Leiria. Deste trabalho, o júri sa-lientou a “reflexão isenta de pre-conceitos e sem visões estereoti-padas relativamente ao tema” e o enquadramento “das Aparições de Fátima na luta pela restaura-ção da diocese de Leiria, partin-do do olhar de um pequeno jornal e da perspetiva peculiar do seu principal mentor, padre José Fer-reira de Lacerda”.

É um motivo de alegria tam-bém para o jornal PRESENTE, que em Maio deste ano assumiu a continuidade do título O Men-sageiro, tal como de A Voz do Do-mingo, os dois jornais diocesanos que existiam até essa data.

mC, com Leopoldina Simões

Conferência no Santuário de Fátima

“e tu? Sofres muito?”No próximo dia 12 janeiro, pe-

las 16h00, realiza-se na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima a segunda conferência do ciclo temático deste ano pastoral, iniciado no passado dia 8 e que decorre até abril de 2014.

Intitulada “E tu? Sofres mui-

to?”, a conferência será apresen-tada por Américo Pereira, da Fa-culdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Cató-lica Portuguesa.

No final, terá lugar um breve apontamento musical ao órgão, por Sílvio Vicente.

Catequistas em oração

Chamados a acolher, viver e testemunhar o amor

Foi no sábado, dia 7 de dezem-bro. Os catequistas da diocese de Leiria-Fátima eram convidados para uma manhã de oração, em tempo de Advento. Fomos cerca de 50 os que se fizeram presen-tes. Não era uma multidão, mas o número tem vindo a crescer, comparativamente a anos ante-riores, e a capela da Casa de Reti-ros de S. José estava quase com-posta.

Digna de registo é a presen-ça de uma jovem mãe, transpor-tando ao colo o seu bebé de tenra idade, que a não impediu de es-tar do princípio ao fim. Bem haja pela coragem e testemunho! Quem sabe se não teríamos ali o “catequista” mais novo da Dio-cese, a ser desde já iniciado nes-ta vocação.

Guiou-nos nesta reflexão o reitor do Seminário, padre José

Augusto Rodrigues, que a par-tir do profeta Isaías, da Anun-ciação do Anjo a Maria e da Exortação do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, nos criou interrogações e desafiou a tri-lhar caminhos de resposta, tais como: sendo o Advento um tem-po de espera, de acolher Deus que vem, qual a qualidade das minhas esperas? Isaías convida-nos a esperar agindo, preparan-do o caminho; Maria, ao receber o dom e a alegria de Deus, pôs-se a caminho para anunciar e par-tilhar com a prima Isabel. Este tempo de espera tem de ser um caminho de fé na alegria de es-perar. Se não for tempo de ale-gria não é Advento! “Da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído”. (Ev. G. n.º 3)

Ser catequista é muito mais do que ensinar, é acolher os dons

de Deus e testemunhar, parti-lhar, na alegria, os dons recebi-dos. Já descobrimos a ação amo-rosa de Deus na nossa vida? Somos capazes de levar os nos-sos catequizandos a fazer a mesma descoberta? Só é capaz de anunciar Deus quem vive d’Ele e n’Ele! Rezo a Palavra que anuncio? Ou preocupo-me ape-nas com as pedagogias? O ver-dadeiro catequista tem a certe-za de que Deus se antecipa à sua ação; que no coração daqueles a quem anuncia existe já o desejo de Deus.

Estes são alguns dos desa-fios com que fomos presentea-dos e que são já um rico e vasto programa, que dura para a vida toda, do catequista/evangeliza-dor que em espírito de “espera ativa” aceite pôr-se a caminho.

belmira de Sousa

Preparação da atividade no dia do Corpo de deus

encontro de catequistas do 3.º ano

O Serviço Diocesano de Cate-quese (SDC) de Leiria-Fátima irá realizar, no próximo dia 11 de ja-neiro de 2014, um encontro des-

tinado aos catequistas do 3.º ano, de toda a Diocese. Será na aula magna do Seminário Diocesa-no de Leiria, entre as 10h00 a es 12h30.

Tendo como principal objeti-vo preparar a atividade que se realizará em Leiria para este vo-lume de catequese, no dia 22 de junho, dia do Corpo de Deus, o encontro poderá também inte-ressar a quem prevê participar nesta dinâmica.

Aqui deverá também ser constituída a equipa de catequis-tas que vai colaborar mais dire-tamente na organização da ati-vidade. Como lembra o padre José Henrique Pedrosa, diretor do SDC, aquele encontro festi-vo das crianças do 3.º ano visará “aprofundar e viver o sentido da Eucaristia, inserindo as crianças e as suas famílias na celebração diocesana do Corpo de Deus”.

LmF

Carlos Fernandes / Jornal das Cortes

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EclesialPaulo Rocha

Diretor da Agência Ecclesia

Notícias não dadas

Percorrer os dias do ano 2013 leva-me ao en-contro de muitos aconteci-mentos que não foram no-tícia. E deveriam ter sido…!

Vejamos: “se numa noi-te de inverno, uma pes-soa morre, isto não é no-tícia”; “hoje encontrar um sem-abrigo morto de frio não é notícia”; “se em mui-tas regiões do mundo há crianças que não têm que comer, isto não é notícia, parece normal”; se “pes-soas desabrigadas mor-rem de frio na rua, isto não é notícia”; “alguém que morre não é notícia”.

As afirmações pare-cem redundantes. Elas re-petem uma circunstância cada vez mais “comum” na atualidade. Talvez por isso foram reiteradas, vezes sem conta, ao longo des-te ano, pela mesma pessoa.

As frases acima cita-das foram ditas pelo Papa Francisco. E correm o ris-co de não ficar na história do ano 2013. No entanto, elas traduzem o realismo do ano que termina…

A eleição do cardeal ar-gentino para sucessor de Pedro marca o ano 2013.

O pontificado do Papa Bergoglio avalia-se entre opiniões de quem lhe reti-ra qualquer originalidade, numa referência à repeti-ção de certezas doutrinais de muitas gerações, até aos que nele descobrem o pri-meiro percursor do Reino, mesmo que anunciado há 2000 anos.

Serão posições extre-madas que evidenciam, também por isso, a exce-cionalidade do que estará a acontecer, nestes meses.

Não há dúvidas de que o pontificado inaugura-do pelo cardeal que fo-ram buscar “quase ao fim do mundo” está a trans-formar a concretização da experiência crente na atualidade. Não apenas no âmbito do catolicismo, na Igreja Católica. Também na interpelação que essa dimensão coloca a todas as pessoas, mesmo que dis-tantes de qualquer enqua-dramento institucional.

Francisco é um líder que desafia todas as pes-soas. Pequenos gestos for-temente mediatizados ofe-recem-lhe alcance global desde a primeira hora. E sempre surpreenden-tes, com atitudes e pala-vras novas, aparentemen-te inesperadas.

Um facto para a histó-ria de 2013 que se deixou dominar por outros acon-tecimentos bem diferen-tes, mas que ocuparam as redações na escrita das notícias deste ano: “a dimi-nuição de dez pontos na bolsa de valores de algu-mas cidades constitui uma tragédia”; “hoje é notícia talvez um escândalo… Ah, isso é notícia”.

Será? O ano 2013 ficará na história pelo que a cri-se económica e financeira provocou? Pelos escânda-los revelados?

Mais do que esses indi-cadores, são as pessoas que fazem a História do ano que termina. Aí se inclui o protagonismo global do Papa Francisco, por muito que encontre resistências, como o anonimato de mu-lheres e homens que estão a contribuir para uma so-ciedade mais justa e paci-ficadora. É com esses cida-dãos que se faz História!

SocialMaria do Céu Mendes

Diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Leiria

Sinais de esperança

A História tem confir-mado que os portugueses costumam reagir exem-plarmente às adversida-des. Não pretendendo ser demasiado otimista, penso que estão a surgir sinais de fundamentada esperança, de que os políticos nacio-nais e europeus vão con-seguir ultrapassar o pro-blema da dívida pública de Portugal. Por outras pa-lavras, é possível que em breve os nossos credores venham a verificar que o Estado, as empresas ou as famílias já não estão a vi-ver acima das suas pos-sibilidades. A nível eco-nómico, vemos cada vez mais empresas a expor-tar e a produzir produtos de maior valor acrescen-tado, as autarquias e as empresas públicas estão cada vez menos endivida-das (o montante da dívida das empresas públicas re-presentava em 2011 quase 60% do valor do nosso em-préstimo, 78.000 milhões de euros), existe um maior equilíbrio entre as expor-tações e as importações, e uma boa parte das famí-lias aumentou o nível de poupança. Em 2012 e pela primeira vez desde há lon-gos anos, o País deixou de se endividar, e 2013 será o primeiro ano em que a ba-lança de transações cor-rente nos será francamen-te favorável.

A nível social, tem ha-vido uma preocupação hercúlea em minorar o sofrimento dos mais vul-neráveis. O Programa de Emergência Social é um exemplo claro e inequívo-co dessa preocupação. É um plano gigantesco que

se destina a combater a pobreza extrema e as mais diversas carências e desi-gualdades sociais. É finan-ciado em 851 milhões de euros, estima-se que possa atingir 3 milhões de pes-soas e vai vigorar até de-zembro de 2014. Encontra-se no terreno desde 2011, a sinalizar e solucionar to-das as situações sociais pe-nosas, a dinamizar a cria-ção de microempresas e, por arrasto do seu próprio emprego, a incentivar a prestação de trabalho so-cial, a combater a carên-cia alimentar, através das cantinas sociais, a dinami-zar o mercado social de ar-rendamento, a garantir o apoio de bolsas no ensino superior, a suportar as ta-rifas sociais de transporte, gás e eletricidade, a melho-rar a resposta do apoio do-miciliário, a criar bancos de medicamentos, centros de noite, a resolver os pro-blemas relacionados com as barreiras arquitetóni-cas, a financiar de vários modos a economia social.

A partir de 2014, está garantido um reforço substancial ao apoio so-cial e à inclusão, resultan-te sobretudo dos próximos fundos comunitários. Por-tanto, acreditemos e te-nhamos esperança: existe uma grande preocupação da Tutela e da Seguran-ça Social com os mais des-protegidos, mas não nos encontramos sozinhos na minimização das con-sequências sociais resul-tantes da crise. Existe um enorme trabalho de parce-ria com outras entidades públicas e privadas para tornar a intervenção so-cial mais eficaz e mais cé-lere no apoio a quem mais precisa. Não quero deixar de enaltecer o seu extraor-dinário papel. O seu de-sempenho tem sido notá-vel. Bem hajam.

Leituras do tempo que passa

Luís miguel Ferraz

É exercício comum, no final de cada ano, fazer-se o balanço do que passou e alinhavar perspetivas para o que vem. Literalmente, significará vir atrás e ganhar impulso para a frente. Embora com o risco de se tornar movimento constante, qual pêndulo de Foucault, dadas as incertezas e volta-faces dos dias que correm, é sempre proveitoso fazer esse olhar de vai-e-vem, em ordem a programar com mais firmeza o rumo a seguir e fazer opções mais assertivas em cada processo de decisão.Nesta edição, quisemos oferecer aos nossos leitores esse exercício. Não como quem conclui capítulos ou fecha páginas, mas na linha de quem quer ver por onde andou para aferir se o caminho escolhido conduz ao destino traçado.

Ainda não completámos um ano de edições (chegámos em maio), mas podemos já analisar esse percurso. Nesse sentido, recordamos os temas que destacámos e as comunidades paroquiais que visitámos (ver pág. 8). São uma espécie de roteiro deste início de missão informativa, em que decidimos ir junto dos leitores nos locais que habitam nesta diversidade de comunidades da diocese de Leiria-Fátima. Esperamos chegar ao fim, um ano depois da partida, lá para maio de 2014. Mas falámos de muitas outras coisas nestas 31 edições do PRESENTE. A nuvem de palavras que publicamos ajuda-nos a ter essa noção mais vasta do universo temático que percorremos (ver pág. 9).

Numa perspetiva mais alargada, quisemos também ouvir opiniões diversas sobre a realidade deste ano 2013 e o que poderemos esperar do que está a chegar (ver págs. 6 e 7). Pedimos a cinco colaboradores que escrevessem sobre as dimensões eclesial, social, cultural, política e económica. Curiosamente, nenhum deles se circunscreveu a um campo hermético de análise e todos acabaram por fazer tocar os diversos âmbitos da realidade em dinamismos que se cruzam e completam. É assim mesmo a nossa vida, não fechada em compartimentos, mas rica pela mistura de componentes.Uns mais, outros menos otimistas, todos nos ofereceram um quadro que contém preocupações, mas que permite vislumbrar alguma esperança, nem que seja pelo desejo de estarem errados nas suas perspetivas mais “sombrias”.

É isso que desejamos aos nossos leitores: um novo ano o mais brilhante possível!

6 •

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Cultural Paulo Lameiro

Director Artístico da SAMP

e da MUSICALMENTE

Prioridades...

2013 foi um ano extraor-dinariamente positivo para a Cultura Portuguesa e leiriense em particular! Nunca um orça-mento geral do Estado contem-plou uma redução tão drásti-ca de verbas para a cultura, e nunca os artistas de todas as áreas se viram confrontados com restrições e cortes tão vio-lentos. Não porque o País te-nha poucos recursos, o que todos compreendemos, mas porque existem entendimen-tos muito contraditórios sobre as prioridades para aplicar os parcos recursos.

Na sua generalidade para os portugueses, e por isso tam-bém para os nossos gover-nantes, a Cultura é um bem de 3.ª ou 4.ª necessidade, logo, foi o primeiro a sofrer os cor-tes mais violentos. Mas, como bem sabe a Natureza Huma-na, as sociedades a que chama-mos primitivas, e felizmente também muitos países do pri-meiro mundo, a cultura é um bem de primeiríssima neces-sidade (que não depende só de orçamentos financeiros...). Por isso se criaram novas soluções, surgiram movimentos associa-tivos alternativos, mostraram-se novos projectos e emergiu uma nova geração de agentes culturais. Só coisas extraordi-nariamente boas. E um dia, até nós portugueses vamos sen-tir e perceber a Cultura como bem de primeira necessidade, e não uma prática clandesti-na de um grupo de guerrilhei-ros das artes que às vezes visi-tamos ao fim de semana com a família. Será seguramente as-sim em 2014.

PolíticaAntónio Lucas

Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Tudo ao contrário

Troika, crise, PIB, produtivi-dade, dívida, despesa, deficit, etc, entraram no léxico dos portu-gueses e estão para ficar. Os er-ros do passado, a má estratégia (ou ausência dela) na definição de investimentos públicos, ao longo dos últimos 15 a 20 anos, provo-caram uma “fuga para a frente” no investimento e em má des-pesa pública, hipotecando o fu-turo. As empresas e os cidadãos não ficam isentos, tendo-se en-dividado fortemente, através das facilidades de uma agressiva po-lítica bancária, baseada apenas no imediato, olvidando o futuro, à semelhança dos governos na-cionais e de muitos governos lo-cais.

Era necessário inverter a ten-dência, sob pena da falência acontecer. O País estava doente, sendo necessário um tratamen-to longo, duro e difícil, que recu-perasse um órgão de cada vez, de forma segura, e que a recupera-ção de cada órgão fosse ajudando na melhoria rápida e segura dos outros. Ou seja, prazos adequa-dos para os empréstimos e taxas de juro razoáveis. Isto deveria ser obtido facilmente, uma vez que os representantes dos credores provinham de entidades “amigas e solidárias”, o FMI, o BCE e a UE.

Aconteceu tudo ao contrário: prazos curtos, taxas de juro ele-vadas, as empresas de rating e a

troika apenas preocupadas com os “mercados”. O governo, sem capacidade de argumentação/negociação, aceitou o que lhe de-ram e o que lhe tem sido impos-to, espatifando a classe média, as micro e pequenas empresas, em suma, espatifando o País e obri-gando-nos a trabalhar exclusiva-mente para os ditos “mercados”, obrigando os nossos jovens e me-nos jovens a emigrar, deixando as famílias angustiadas perante o provável cenário de não mais regressarem. A dívida pública continua a crescer vertiginosa-mente, a classe média desapare-ceu, o consumo interno reduziu drasticamente, o investimento público e privado atingem valo-res residuais, sobrando as expor-tações para darem algum alento, mas insuficiente para as necessi-dades.

Aqui chegados, com o prejuí-zo de uns estão outros a lucrar. As grandes fortunas aumentam. Até as campanhas de solidarie-dade, cada vez mais necessárias e urgentes, fazem com que as grandes superfícies aumentem a faturação e o lucro, assim como o Estado aumenta a sua receita de impostos. Os países mais ricos, esses continuam de “vento em popa”, cobrando-nos bons juros e aproveitando muito bem o inves-timento que fizemos nos nossos jovens, usufruindo de gente bem formada a custo zero, aumentan-do ainda mais os seus índices de produtividade e a diferença para os nossos, continuando a cha-mar-nos de calões e a comparar-nos com o “burro mirandês”.

O mais grave disto tudo é que não conseguiremos pagar a dívi-da, não reativaremos as milhares de micro e pequenas empresas que faliram, assim como as cente-nas de milhares de empregos per-didos, os jovens emigrantes não regressarão, ficando nesta ponta da Europa (solidária e coesa??) um país de velhos, sem futuro e com a segurança social a definhar.

Desejo ardentemente estar en-ganado e que nada do que escrevi corresponda à verdade.

Um Santo e feliz Natal para to-dos.

EconómicaRui A. Faustino Economista

dependemos muito de nós

Como economista, geral-mente sou tentado a fazer aná-lises centradas nas vertentes económicas ou financeiras so-bre a crise, sobre as expectati-vas de crescimento económico, ou sobre uma projetada melho-ria de Portugal para 2014. Con-tudo, que me desculpe o leitor, irei abordar o tema por um lado mais reflexivo.

Relativamente a 2013, parti-lharei convosco três ideias dife-rentes, focadas na vertente dos valores.

Uma no plano nacional e que tem a ver com as grandes difi-culdades que a sistémica crise tem provocado – crise que, para além de económica e financei-ra, também tem muito de crise de valores e, consequentemen-te, de perigosa crise social.

As outras no plano interna-cional. A primeira, associada a uma Europa fraca, sem líde-res visionários, onde a solida-riedade é ditada, acima de tudo, pelo egoísmo dos vários países, de onde se esperavam respos-tas mais integradas e determi-nadas na defesa daquilo que são os valores sociais – o emprego, o compromisso entre gerações, os fenómenos das emigrações determinadas pelas guerras e pelas crises, entre outros. A se-gunda, ligada a duas personali-

dades que se destacaram no ano de 2013. Uma que mudou um país e que certamente contri-buiu para a mudança de povos, Nelson Mandela. À semelhan-ça de muitas outras figuras da história, como Martin Luther King, Madre Teresa de Calcutá ou Mahatma Gandi, deixou um legado ao mundo: a paz e a soli-dariedade. Outra, o papa Fran-cisco, que tem vindo a introdu-zir sábias análises e abordagens relacionadas com as pessoas, a preocupação pelo ser humano e, acima de tudo, o respeito pelo indivíduo.

No que respeita a perspeti-vas para 2014, tenho esperança de que as vozes e a autoridade moral das personagens que an-teriormente referi, bem como os seus legados, sejam transfor-mados em políticas práticas e realistas e que nos possam ser-vir de farol para abordarmos a vida quotidiana.

Mas isto são tudo esperan-ças e expectativas. De facto, na realidade, penso que vamos ter mais um ano de dificuldades, na senda das que tivemos em 2013. Talvez a economia portuguesa consiga recuperar algo da sua anémica atividade e isso permi-ta a criação de empregos. Há ra-zões que nos permitem esperar algo melhor. A economia está mais estabilizada, ainda que por baixo, alguns fatores conjun-turais estarão mais favoráveis, mas atenção… pois depende-mos muito do exterior, dos nos-sos credores, dos mercados in-ternacionais, das exportações e, acima de tudo, da maior ou me-nor estabilidade e crescimento da economia mundial.

Contudo, existe um aspe-to que gostaria de realçar e que não podemos esquecer: depen-demos muito mais de nós pró-prios do que pensamos. Aqui-lo que podemos fazer, as nossas atitudes e o empenho de muitas empresas, organizações e pes-soas certamente que poderão fazer a diferença e poderão per-mitir-nos esperar um 2014 me-lhor do que o ano que agora fin-da.

26 de dezembro de 2013 • 7

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Batalha

MaceiraPataias

Porto de Mós

Calvaria

Alqueidão da Serra

S. Mamede

Santa Catarinada Serra

Pedreiras

Alcaria

Juncal

Serro VentosoAlvados

Mira de Aire

Minde

Fátima

Serra S. AntónioS. BentoArrimal

Mendiga

Aljubarrota

Alpedriz

Atouguia

Gondemaria

N. S. da PiedadeSeiça

Alburitel

N. S. das Misericórdias

Cruz da Areia

FormigaisCaxariasOlivalCercal

MatasCaranguejeira

S. Eufémia

Boavista

Milagres

Bidoeira

Colmeias

Souto da Carpalhosa

Ortigosa

Regueira de Pontes

Amor

MonteReal

Carvide

Vieira de Leiria

Marinha Grande

Barosa

Parceiros

Marrazes

Leiria

BarreiraAzoia

Pousos

ArrabalCortes

Reguengo do Fetal

Coimbrão Monte Redondo

Bajouca Carnide

Meirinhas Vermoil

S. Simão de Litém

Albergaria dos Doze Ribeira do Fárrio

FreixiandaCasal dos Bernardos

Rio de Couros

Urqueira

Espite

Memória

TEMAS DE CAPA 2013

Textos: LmFerrazInfografia: P.A.

Viagem pelas paróquias…

Na terceira edição do PRESENTE iniciámos um pé-riplo pelas paróquias desta diocese de Leiria-Fátima. Fazendo jus ao nosso nome, queremos fazer-nos pre-sentes junto das comunidades e, como jornal diocesa-no, desejamos contribuir para um maior conhecimen-to recíproco entre pessoas e estruturas desta Igreja particular que servimos.

Poderá, por vezes, parecer um exercício repeti-tivo. Podem parecer semelhantes os dinamismos, as iniciativas ou os grupos. Mas cada uma tem as suas particularidades e, quando falamos de uma paróquia em concreto, é essa comunidade que vê a sua realidade retratada e a partilha.

Nem sempre tudo corre bem. Conhece-mos as limitações de recursos e de pessoas que temos ao dispor para este trabalho e reconhecemos que mereceria um trata-mento mais vasto e aprofundado do que o que podemos oferecer. Mas tentamos sempre fazer o melhor, ouvindo o pároco e as pessoas mais envolvidas na pastoral.

Sabemos também que não se pretende esgotar ali toda a riqueza pastoral de cada comunidade, um obje-tivo impossível de satisfazer em três páginas de jornal. É apenas uma abordagem genérica, de âmbito geral e, necessariamente, incompleta. Para isso é que, em cada semana, estamos sempre disponíveis para receber no-tícias, relatos e imagens que cada paróquia queira en-viar-nos, para atualizar essa informação.

No mapa ao lado, assinalamos a verde as que já visi-támos. Esperamos concluir a volta entretanto.

8 •

P01 Festa da Fé: D. António Mar-

to estende “abraço de aco-lhimento fraterno” aos vi-sitantes

P02 milhares de pessoas parti-

ciparam nas atividades da Festa da Fé: “Esta fes-ta não ficaria plena sem a vossa alegria”

P03 Santuário de Fátima com a

cor, alegria e entusiasmo de milhares de crianças: “devemos ser anjos uns para os ouros”

P04 Festa do 49.º aniversário

juntou mais de 200 anti-gos e atuais membros do Agrupamento 194: Escu-teiros da Batalha preparam bodas de ouro

P05 Pastoral fami-liar diocesana

em festa: A “magia” da fa-mília na Igreja

P06 os Samarita-nos, obreiros

da Pastoral Carcerária na diocese: Com os mais po-bres dos pobres

P07 Julho e agos-to são os meses

de eleição para as férias do clero diocesano: O des-canso merecido

P08 diocese de Lei-ria-Fátima nas

Jornadas mundiais da Ju-ventude no brasil: Expec-tativas e emoções ao rubro

P09 Primeiro tur-no das colónias

de férias da Cáritas dio-cesana já chegou ao Pe-drógão: Um mar de alegria para crianças e monitores

P10 Leiria-Fátima regressa das

Jornadas mundiais da ju-ventude: Uma experiência revolucionária

P11 XX ACAreG Acampamen-

to regional do CNe: Lei-ria - 2000 escuteiros por S. Nuno “Em nome do Reino” (de Portugal e de Deus)

P12 d. António no en-cerramento do

XX ACAreG: “Os meus es-cuteiros são um espetáculo”

P13 Nossa S.ra da en-carnação e San-

to Agostinho: agosto, mês dos padroeiros da Diocese

P14 Ano letivo 2013/2014: A es-

cola com valores cristãos

P15 d. António reú-ne Cúria dioce-

sana de Leiria-Fátima: “Comunhão e Missão ao serviço da Igreja”

P16 AmIGrante: 10 anos a fazer da

integração uma marca

P17 d. António presi-diu à celebração:

Senhor dos Milagres rece-beu multidão de peregrinos

P18 d. António mar-to publica carta

pastoral para 2013-2015: “A beleza e a alegria de vi-ver em família”

P19 d. António mar-to convoca os

diocesanos: Assembleia marca Dia da Igreja

P20 mais de 600 fiéis responde-

ram ao convite do bispo: Assembleia Diocesana foi apelo ao “entusiasmo”

P21 outubro mês das missões di-

namismo por toda a Dio-cese

P22 Centro de Apoio ao ensi-

no Superior: Ajuda à fé e vida cristã dos estudantes

P23 encontros She-má: Momentos

que dão sentido ao dia de cada um

P24 Semana dos Seminários:

“Para que Cristo se forme em nós”

P25 Preparação para o Sínodo

dos bispos de 2014/2015: Papa Francisco quer ouvir os “desafios pastorais” das famílias

P26 Cáritas dioce-sana de Leiria-

Fátima: “Tudo recebemos com agrado, tudo damos com alegria”

P27 Cristo rei, en-cerramento

do Ano da Fé e ordena-ção diaconal: Dia de júbilo para a Igreja diocesana

P28 Advento: O ho-mem na expec-

tativa da vinda de Deus

P29 em época nata-lícia o Presen-

te Leiria-Fátima recorda exemplos de solidarieda-de: Cáritas de Leiria, Co-munidade Vida e Paz e So-ciedade de São Vicente de Paulo

P30 mensagem de d. Antó-

nio marto para o Natal de 2013: A Alegria do Natal em família

Page 9: 4161 P31 2013-12-26

LeiriaÉ o nome mais antigo da nossa Diocese, o lugar da Sé (sede) ou Catedral (cadeira) do Bispo diocesano. É onde estão concentrados os serviços da Cúria e de onde ema-nam muitos dos dinamismos para esta Igreja particu-lar, corpo constituído pelas várias comunidades. É nor-mal que seja um nome muitas vezes citado.

FátimaO segundo nome da Diocese. Para além disso, o lu-gar escolhido por Nossa Senhora para revelar a três pequenos pastores a necessidade de oração e pe-nitência para o caminho rumo a Deus. O Santuário, que é diocesano, de Portugal e do mundo, é um cen-tro de espiritualidade e de oração que ocupa presen-ça regular nas nossas edições.

deusA fonte e o destino de tudo. O centro da vida, da mis-são e do homem. O Nome incontornável entre todos os nomes. É sobre Deus que falamos, mesmo quando falamos de outras coisas. Também Jesus, Pai, Espírito Santo, Trindade e outras designações O dizem.

SenhoraMaria, Mãe, Santa e outras designações para Nos-sa Senhora fazem dela, também, uma persona-gem central nos nossos textos. Mãe de Deus e nossa Mãe, dá-nos o exemplo e aponta-nos o ca-minho para Deus nos vários acontecimentos da vida. E é a nossa Padroeira e protetora perma-nente.

PessoasÉ para as pessoas que falamos e é também delas que falamos. Estamos ao serviço das pessoas, da sua vida, formação, oração e trabalho. Sem o servi-ço às pessoas, faz pouco sentido o nosso trabalho de informa e formar.

VidaPoderia até ser outro nome de Deus. Ou das pessoas. Por Ele é vida e é sobre a sua manifestação na vida das pessoas que escrevemos. Cada notícia é, sem dú-vida, um pedaço da vida desta Igreja e das suas co-munidades.

IgrejaO jornal PRESENTE assumiu deste a primeira hora o estatuto de publicação eclesial. A vida da Igreja é o nosso primeiro e principal objeto de trabalho. E isto não significa fecharmo-nos na sacristia, porque a Igreja é, antes de mais, um corpo formado por todos nós, com Cristo por cabeça.

TodosPodíamos agrupar aqui palavras como mundo, sociedade, social ou cidade. Mais uma vez, porque é aí também que vive Deus, que vive a Igreja e que vivemos todos. E não deixamos de nos olhar nesses diversos ambientes de vida. Todos quer ainda di-zer que não excluímos ninguém.

ParóquiaPodemos juntar-lhe termos como padres, pároco, comunida-

de ou grupo. Tem sido uma aposta que queremos continuar e desenvolver: dar vez e voz às várias paróquias e comu-

nidades desta Igreja particular de Leiria-Fátima. Porque é nelas que melhor expressa a sua vitalidade.

JovensTal como com as crianças, escuteiros, catequistas e ou-tros grupos etários ou pastorais, é no concreto das suas iniciativas e dinamismos que procuramos estar presen-tes. Porque é na especificidade da sua ação que se ganha a riqueza da multiplicidade de modos de ser cristão.

TrabalhoMuitas das notícias são sobre trabalho. Neste caso, um trabalho que é pastoral, missão, atividade, iniciativa ou serviço, outras palavras que poderemos anexar a esta. A Igreja viva está em constante construção e, embora sendo dom de Deus, depende do nosso trabalho para se realizar no caminho da santidade.

oraçãoOutro aspeto indissociável da vida do cristão. Com ela poderemos falar de palavras como celebração, encon-tro, sacramentos, meditação ou retiro. E muitas outras que expressam a importância deste alimento funda-mental para a nossa fé e a relação com Deus.

FamíliaApesar de só no início deste ano pastoral termos cen-trado a atenção na famílias, temos tomado esse tema como fonte permanente de referências, também com o plural famílias ou os termos familiar, lar, espo-sos, pais e outros. Exemplo disso é esta última edição

do ano, em que a apresentamos como temática em destaque.

Francisco/ PapaNem só do Papa Francisco se fala, embora este seja o nome que mais se destaca. Quando o jornal PRE-SENTE apareceu, já o seu pontificado tinha inicia-do há dois meses e meio. E, desde então, tem sido uma figura central, não apenas porque é o Pas-tor da Igreja universal, mas sobretudo pelo modo como tem desenvolvido o ministério petrino.

António/bispoO Bispo diocesano, D. António Marto, é outro nome

que se destaca. É dele que provêm as principais orientações para esta Igreja particular de Leiria-Fáti-

ma. É ele o Pastor deste rebanho que servimos e onde nos inserimos, bem como o sinal da nossa união como

diocesanos e da nossa ligação ao Papa e a todo o Povo de Deus.

AnosCuriosa palavra esta, com tanto destaque. Será porque na página 2 aparece na referência à idade dos entrevis-

tados no painel semanal. E isso significa algo importan-te para nós: ouvir as pessoas de diferentes lugares, condi-

ções e idades. Porque a diversidade de opiniões nos ajuda a compreender melhor a opinião pública, mesmo quando

dela discordamos.

CadaEsta é uma palavra comum. Como onde, hoje, lugar ou momen-to. Porque é de palavras comuns e vulgares que se faz o nosso dia a dia. E é através desta palavras simples que se liga a realida-de aos grande temas que semanalmente levamos até si.

26 de dezembro de 2013 • 9

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AGENDA

PUB

27sexta

Dezembro Comunidade Cristo de Betâ-nea – Oração semanal de louvor, adoração e intercessão

Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – Encontro de ora-ção jovem “Shemá” no Seminário de Leiria

28sábado

Dezembro Serviço de Pastoral Litúrgica e Música Sacra (SPLMS) – Reunião da Comissão Diocesana de Acóli-tos (CODAC)

Fundação Maria Mãe da Esperança (FMME) – “Adoração Noturna”

29domingo

Dezembro Departamento de Pastoral Fa-miliar - Festa da Sagrada Família

30segunda

Dezembro Serviço de Animação Missio-nária (SAM) - Grupo Diocesano Ondjoyetu – Encontro informal de trabalho, oração e convívio

31terça

Dezembro Bispo diocesano preside à vi-gília de ação de graças de fim de ano, no Santuário de Fátima

1quarta

Janeiro Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz

Missa de Ano Novo presidida pelo Bispo diocesano

2quinta

Janeiro Vida Ascendente - Movimento Cristão de Reformados (VA) – Re-união do Grupo do Freixial

3sexta

Janeiro Comunidade Cristo de Betâ-nea – Oração semanal de louvor, adoração e intercessão

4sábado

Janeiro Serviço Diocesano de Cateque-se (SDC) – 3ª Sessão Curso de Iniciação de Catequistas - intensi-vo (4 e 5)

Com. Cristo de Betânea – Pri-meiros sábados dedicados à for-mação e atividades com jovens

Pré Seminário - Encontro do Grupo Samuel

Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – C’aFé da Avó

5domingo

Janeiro Serviço de Animação Vocacio-nal (SAV) e Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) – Encontro do grupo vocacional “Em Rede”

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Cartas ao Diretor

Los hermanos no seu 12.º jantar de Natal - CCMI“Los hermanos”, antigos e atuais funcionários do CCMI,

convidados pelo professor João Branco, reuniram-se, dia 14 de dezembro, no restaurante “O Menino”, no seu 12.º jantar de Natal. Os “homens do CCMI” reúnem-se pela al-tura do Natal, num evento que tem 12 anos!

No jantar dos “hermanos” estiveram presentes 20 ho-mens, que confraternizaram em ambiente de alegria e boa disposição. A troca de experiências vividas, em momen-tos atuais e antigos, na instituição, são o assunto domi-nante na mesa dos “hermanos”. A crise, desporto e as no-vas oportunidades de trabalho foram outros assuntos mais abordados no convívio.

O professor João Branco aproveitou o jantar para ofe-recer uma medalha comemorativa dos doze anos do gru-po “los hermanos”. Os presentes ficaram contentes com o gesto e comentaram a tradicional caneta e o pai natal de chocolate, oferecido pelo docente mais antigo no CCMI.

No jantar é sempre reconfortante rever amigos com os quais se partilharam grandes momentos. Cada participan-te tem sempre novidades e uma anedota para contar. Os rostos são os mesmos e nas vivências de cada um notam-se as marcas deixadas por vários anos de trabalho nesta Escola Católica da cidade.

Da ementa fizeram parte o bacalhau com natas, o ca-brito, vinho e deliciosas sobremesas, não faltando um co-pinho de vinho do porto e moscatel, vindos das margens do rio Douro.

No final do evento tirou-se a tradicional fotografia de grupo e trocaram-se os desejos de um Santo Natal para todos.

Joaquim Lourenço

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Tel/Fax 244 825 847Resid em S. Romão: Tlm 962 900 546

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Sociedade e CulturaPAÍS

26 de dezembro de 2013 • 11

Aniversário da Comunidade do monte Pedral

Nova obra social da Casa Jesus, maria, José

No passado dia 8 de dezem-bro, foram benzidas e inaugura-das as novas instalações do Centro de Dia e Incubadora Social da As-sociação das Escolas Jesus, Maria, José. Com a participação de cente-nas de pessoas e entidades convi-dadas, a bênção foi seguida da cele-bração da Eucaristia que assinalou o 85.º aniversário da Comunida-de do Monte Pedral. “No final, as mães levaram para casa uma pe-

quena estrela de natal, planta que ornamentou os altares da capela”, refere Paulo Almeida, membro da direção, em nota enviada ao PRE-SENTE. Esta nova obra de apoio social, com as valências de centro de dia para idosos, apoio domici-liário para pessoas sós, cantina so-cial para carenciados e incubadora social para jovens e desemprega-dos iniciará serviços em janeiro do próximo ano. | LMF

da esperança média de vida para a idade média da população

APFN propõe ao Governo nova forma de calcular o valor da reforma

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) pro-pôs ao Governo a utilização da idade média da população como fator de sustentabilidade da se-gurança social, por ser um indica-dor mais justo, razoável e realista, substituindo o da esperança mé-dia de vida.

A esperança média de vida tem sido o único fator considera-do para a sustentabilidade da se-gurança social, quando na rea-lidade esta depende de mais dois fatores: criação de rique-za e potencial de população ati-va no futuro. “A incorporação dos nascimentos no fator de sustenta-bilidade utilizado no cálculo das pensões de reforma é uma me-dida mais justa, razoável e realis-ta porque, se os nascimentos au-mentarem, não há necessidade de penalizar os futuros pensionistas, como previsto no atual modelo”, refere a associação em comunica-do do início deste mês.

Pelos mesmos motivos, a APFN defende ainda que deverá ser considerado o duplo contribu-

to realizado pelas famílias com fi-lhos, com um índice de valoriza-ção da parentalidade. De facto, as famílias com filhos contribuem com os seus descontos e com os filhos que irão pagar as reformas no futuro. Segundo a APFN, “este contributo deverá traduzir-se na consideração, para efeito de cál-culo de pensões, de uma bonifi-cação por cada filho durante o pe-ríodo em que esse filho esteve a cargo, como dependente nas de-clarações fiscais”.

A APFN lembra ainda que, “se aumentar o número de nasci-mentos, esse aumento produzirá de imediato resultados positivos na economia e na sustentabilida-de da segurança social”.

Este é um contributo comple-tamente inovador e que confe-re ao sistema de segurança social um realismo até agora inexisten-te, para além de polarizar as polí-ticas públicas no eixo mais robus-to do sistema, que é a natalidade – o fator por excelência de cresci-mento e sustentabilidade das co-munidades.

Galeria municipal e museu do Vidro

exposição de marionetas na marinha Grande

A Galeria Municipal da Mari-nha Grande, situada no Edifício dos Arcos, no Jardim Stephens,

e o Museu do Vidro recebem a exposição “S.A. Marionetas – 16 Anos a Trabalhar para o Bone-

co”, até 31 de janeiro.A iniciativa é da Câmara Mu-

nicipal e está integrada no pro-grama de animação do Centro Tradicional da Marinha Grande. A mostra apresenta cenários e marionetas representativas das diferentes técnicas utilizadas nas inúmeras peças de teatro protagonizadas pelo grupo S.A. Marionetas, em todo o mundo. Pode ser visitada gratuitamen-te, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00.

exposição na galeria municipal

“Caderno Viário” de elói GonçalvesDe 28 de dezembro a 12 de ja-

neiro de 2014, a Galeria Mouzi-nho de Albuquerque acolhe a exposição de trabalhos gráficos

“Caderno Viário”, do estudan-te de arquitetura Elói Gonçalves. A inauguração será pelas 14h00, com a presença do artista. A ex-

posição é de entrada gratuita, po-dendo ser visitada nos dias 28 e 29 de dezembro, 4, 5, 11 e 12 de ja-neiro, entre as 10h00 e as 18h00.

exercício da Proteção Civil

“Ameaça de bomba” no Colégio de S. miguel

Na sequência do que tem sido hábito nos últimos anos, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Ou-rém realizou um exercício de eva-cuação no Colégio de S. Miguel. A ação decorreu no passado dia 16 de

dezembro, recriando o cenário de uma ameaça de bomba.

O Colégio efetuou todos os procedimentos habituais, de acordo com a situação em cau-sa, e acionou o alarme, dando

início ao processo de evacuação. Depois de toda a comunidade es-colar agrupada no ponto de re-união, um aluno alertou para a existência de um objeto suspei-to muito próximo, sendo neces-sária uma segunda evacuação para o ponto de reunião alterna-tivo. Mais uma vez foi testada a equipa interna de socorrismo pe-rante a existência de alunos com sintomas de pânico e ansiedade.

Segundo a Proteção Civil de Ourém, o balanço foi positivo e os objetivos programados foram totalmente atingidos.

em Porto de mós

“Pinheiro Amigo, Natal Feliz!”Por estes dias, quem percorre

as ruas da vila de Porto de Mós encontrará árvores de Natal de-coradas pelas lojas e avenidas, como manda a tradição. Mas um olhar mais atento fará perceber que estas árvores são especiais. Na realidade, são “pinheiros amigos”, que pretendem fazer

o Natal de muita gente mais fe-liz: de quem os faz, ano após ano, com mais criatividade – os alu-nos das escolas do 1.º ciclo e jar-dins de infância e os utentes das IPSS concelhias – e quem os re-cebe – os lojistas e comerciantes. Bem como, claro está, os visitan-tes que os apreciam nesta deco-

ração com um toque especial de amizade e partilha natalícia.

Segundo nota do Município de Porto de Mós, “este ano foram 72 os participantes e escusado será dizer que a originalidade se mantém e surpreende”. | LMF

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MUNDO

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Festas Felizes

Papa Francisco apresenta mensagem para o dia mundial da Paz 2014

“Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”

O Papa Francisco dedicou a sua Mensagem para o Dia Mun-dial da Paz de 2014 ao tema “Fra-ternidade, fundamento e cami-nho para a paz”. Este dia começou a ser celebrado anualmente a 1 de janeiro durante o pontificado do

Papa Paulo VI, em 1968, e a men-sagem para esta jornada é envia-da às dioceses e às embaixadas de todo o mundo.

Na próxima edição oferecere-mos aos leitores um destaque so-bre este assunto.

Grave situação na Síria

“refugiados diante do presépio”Numa nota de Natal divulga-

da pela associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) , o arcebispo ma-ronita de Damasco, Samir Nassar, lembra que “a Síria assemelha-se muito a um presépio: a man-jedoura aberta, sem portas, fria, vazia e mais pobre”, mas que “não faltam companheiros ao Menino Jesus”, referindo-se às “milhares de crianças que perderam as suas casas e vivem em barracas tão po-bres como o presépio de Belém”.

Comparando a pobreza de Je-sus no seu nascimento com a mi-

séria das crianças sírias, o arcebis-po diz que elas gostariam de estar “no lugar de Jesus, que está sem-pre acompanhado pelos seus pais, que se preocupam com Ele e O acarinham”. Em vez disso, o “sen-timento de amargura é bem visí-vel nos olhos das crianças sírias, nas suas lágrimas e no seu silên-cio”.

Também as “mães infelizes com pouca sorte, que vivem na extrema pobreza e assumem as responsabilidades familiares sem os maridos” se identificam com

Maria, na “precariedade do presé-pio”, e invejam a sua sorte por ter tido “a presença tranquilizadora de José junto da Sagrada Família”.

Tal como os desempregados “invejam José carpinteiro”, os pas-tores sírios que perderam 70% dos seus rebanhos nesta guerra” preferiam o cenário de Belém, e até “os cães dos pastores se sentem solidários com os animais domés-ticos da Síria, exterminados pela violência atroz, que vagueiam en-tre as ruínas e se alimentam dos cadáveres”.

Numa descrição eivada de poesia e de dor, D. Samir Nassar conclui que “o ruído infernal da guerra sufoca a Glória dos an-jos… esta sinfonia do Natal pela paz cede perante o ódio, a divisão e a cruel atrocidade” e formula o desejo de que “possam os três reis magos trazer ao presépio da Síria os presentes mais valiosos do Na-tal: Paz, Perdão e Reconciliação, para que a Estrela do Natal bri-lhe novamente na nossa noite es-cura”.

LmF

Estrasburgo acolhe milhares de jovens

encontro europeu de Taizé

Depois de Paris, Varsóvia, Lis-boa, Roma, Budapeste, Genebra, Barcelona… é a vez de Estras-burgo, cidade francesa na região da Alsácia, próxima da fronteira

com a Alemanha, acolher milha-res de jovens em mais um grande encontro ecuménico europeu.

A decorrer de 28 de dezembro a 1 de janeiro, a iniciativa é da res-

ponsabilidade da comunidade in-ternacional e ecuménica de Taizé que, a convite das dioceses católi-cas e das Igrejas protestantes dos dois lados do rio Reno, vai reunir

os jovens para uma nova etapa da “Peregrinação de Confiança atra-vés da Terra”, iniciada pelo irmão Roger no final da década de 1970.

Terras de diálogo e de solida-riedade, a Alsácia e o Baden tor-naram-se ao longo da história si-nais da reconciliação dos povos no coração da Europa. A cidade de Estrasburgo, rica de encontros entre culturas, testemunha sinais de esperança indispensáveis à construção europeia.

Os participantes serão aco-lhidos pelas paróquias, pelas co-munidades e pelos paroquianos franceses e alemães da região, já sensibilizados para a ocasião. “Vir ao encontro europeu é ser convi-dado a fazer uma peregrinação às fontes da fé e da caridade, pro-curando as fontes do Evangelho através da oração, do silêncio e de uma procura”, explica a Comuni-

dade de Taizé na sua página de in-ternet. “Cada um vem para des-cobrir ou redescobrir um sentido para a vida, para retomar alento e para se preparar para assumir responsabilidades de regresso a casa”, refere, ao convidar os par-ticipantes a lerem ou relerem a “Carta 2012/2015 – Rumo a uma nova solidariedade”. O documen-to, da autoria do irmão Alois, que continua a estar no coração da “Peregrinação de Confiança” da Comunidade de Taizé, está dispo-nível online.

As inscrições para o encontro deste ano encerraram dia 10 de dezembro. No entanto, a Comu-nidade Taizé dá a possibilidade a quem ainda quiser participar e ainda não se tenha inscrito, de o fazer online.

Sandrina Faustino

Arcebispo maronita de Damasco, Samir Nassar

juventude.patriarcado-lisboa.pt

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OPINIÃO

maria Susana mexiaProfessora

ricardo ConfrariaLic. Comunicação Social

Alergias éticasEm muitos meios profissionais, familia-

res e académicos é altamente desaconse-lhável empregar os termos “valores”, “éti-ca” ou “moral”. Provocam grandes alergias, desencadeadoras de conflitos e, por vezes, até são estigmas… Opta-se, então, pelo mais fácil, mais cómodo, menos compro-metedor, omitem-se estes incómodos vo-cábulos. Em muitos ambientes até já são considerados fora de moda e são substi-tuídos por relativismos superficiais, mala-barismos argumentativos com interpre-tações muito contestáveis na essência da ética filosófica, quer kantiana quer utilita-rista. Mas, os valores estão para além do homem e neles nada há de neutro: ou é bem ou é mal, não há meios termos, as-sim-assim, como se fossem uma peça de roupa que se modela ao corpo, à ocasião, ao momento ou às circunstâncias.

Só a (re)valorização do homo sapiens ethicus permite garantir a nossa humani-dade, não interessa tanto o saber ou o sa-ber fazer, mas sim o saber aplicar o co-nhecimento no sentido do bem para a humanidade, desenvolvendo capacidades superiores, usando uma liberdade inteli-gente ao serviço do equilíbrio pessoal e social, o qual se converterá numa fabulosa harmonia de crescimento, enaltecimento e grandeza da nossa espécie.

Os valores não são uma criação das re-ligiões, uma variante filosófica ou mora-lista mas, simplesmente, um conjunto de princípios elaborados pelo ideal huma-

no de se querer fazer mais homem, mais competente, mais perfeito, mais humano, tendo em conta a dignidade da Pessoa, em todas as circunstâncias, nomeada-mente, nos momentos de maior fragilida-de física e psíquica, nas crianças, nos adul-tos, nos idosos e nos mais desfavorecidos, quer na doença, quer na saúde.

Todos os anos os finalistas de Medici-na têm uma solene sessão na qual é lido o Juramento de Hipócrates e ao qual todos dão o seu ámen, na presença das entida-des superiores responsáveis pela medici-na, dos seus familiares e amigos.

Em alguns casos esta promessa é efé-mera, ou tão pouco foi interiorizada e com celeridade a infringem, ignoram, atrope-lam, sob capa de falsos legalismos, distorci-dos argumentos, aparente atitude de com-preensão, mas traiçoeiras, como o Judas.

É imperioso e urgente que a formação do carácter, da cidadania e duma segura educação no sentido de divinizar o huma-no seja aplicada a todos os cursos, inferio-res ou superiores. Conhecer o bem, ter a liberdade e a inteligência de optar por ele é o caminho mais seguro para não aca-bar mal.

Superar a lei da selva, deixar de ser o Homem o lobo do Homem, abrir os olhos para ver, saber ver e lutar, refrear conse-quências, estar alerta e alertar, substituir a tibieza pela audácia e, sobretudo, não ig-norar que a ciência e a política sem ética são diabólicas.

Neste Advento, segue o

Presentinho e descobre

o Amigo que está

quase a chegar...

1 Patricia 6º ano, Maceirinha

2 Simão 1ºano, Maceira

3 Catarina Esc.Sec. Engº Calazans Duarte, 6.ºD

4 Rita 6º ano, Maceirinha

5 Raquel 6º ano, Maceira

1

4

2

5

3

Família Geração Ymigrante

Pertencendo eu à designada Geração Y, ou seja, à geração que nasceu em finais dos anos 70 a inícios dos anos 90 depa-ro-me com uma nova realidade. De uma forma generalista fomos crescendo com o sentimento de que se estudássemos e lutássemos continuamente iríamos alcan-çar uma estabilidade que nos permitiria ob-ter uma carreira e uma autonomia financeira, onde também nós iría-mos ter a possibilidade, caso fosse esse o desejo, de criarmos uma nova família. A realidade porém defraudou-nos. Hoje cerca de 50 % dos meus ami-gos da faculdade estão emigrados. Ne-nhum de nós criou ainda nenhuma nova família e não é por opção. Todas as suas famílias sofrem neste momento de uma ausência uns dos outros, porque, e ape-sar das novas tecnologias diminuírem o impacto não a elimina. Mesmo que eles próprios e as suas famílias se tenham con-vencido que este afastamento seja tem-porário a cada dia que passa ele torna-se cada vez mais duradouro. E sempre que estamos juntos eles equacionam a ideia de voltar, mas a verdade é que lá conti-nuam. Felizmente esperamos estar todos juntos neste final de ano. É uma das ex-

celências desta quadra, juntar as famílias, todos eles voltam com o desejo de estar-mos juntos, mas o real motivo da vinda deles é para estarem junto dos que os vi-ram crescer, dessa necessidade de vir be-ber à fonte para ganharem forças e mais coragem. Bem sabemos que houve toda

uma geração anterior que o fez de uma for-ma mais penosa e mui-to menos esclarecida. Contudo a maioria das famílias era numero-sa e se me é permitida tal afirmação “a ausên-

cia de uns era compensada pela presença de outros”. Também eu já equacionei sair, não saí, um misto de oportunidade, sen-timentos e até falta de coragem. Também eu já tive um irmão que esteve ausente do país por um período prolongado. Quais as distâncias aceitáveis para uma família continuar unida na presença que cons-trói? A mensagem que levo para eles e para mim neste encontro de final de ano é a ideia que ouvi na celebração de Natal no Seminário, presidida pelo Bispo D. An-tónio Marto de não nos deixarmos apo-derar pelo medo e pela incerteza e que ao acreditar obteremos resultados inimagi-náveis por mais controlados que possam ser os nossos passos e desejos.

Também eu já equacionei sair

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LITURGIA 01/jan LITURGIA 29/dez

Domingo da Oitava do NatalFESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

Leitura I

Leitura do Livro de Ben-Sirá. Deus quis honrar os pais nos filhos e fir-mou sobre eles a autoridade da mãe. Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados e acumula um tesouro quem honra sua mãe. Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será atendido na sua ora-ção. Quem honra seu pai terá longa vida, e quem lhe obedece será o conforto de sua mãe. Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida. Se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes, tu que estás no vigor da vida, porque a tua caridade para com teu pai nunca será esquecida e con-verter-se-á em desconto dos teus pecados. Palavra do Senhor.

Sir 3, 3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)

Salmo

Ditosos os que temem o Senhor,ditosos os que seguem os seus caminhos.

Feliz de ti, que temes o Senhore andas nos seus caminhos.Comerás do trabalho das tuas mãos,serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda,no íntimo do teu lar;teus filhos serão como ramos de oliveira,ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.De Sião te abençoe o Senhor:vejas a prosperidade de Jerusalém,todos os dias da tua vida.

Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5 (R. cf. 1)

Leitura II

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos ColossensesIrmãos: Como eleitos de Deus, santos e pre-dilectos, revesti-vos de sentimentos de mi-sericórdia, de bondade, humildade, man-sidão e paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se al-gum tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim de-veis fazer vós também. Acima de tudo, re-vesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados para for-mar um só corpo. E vivei em acção de gra-ças. Habite em vós com abundância a pa-lavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão. E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus Pai. Esposas, sede submissas aos vos-sos maridos, como convém no Senhor. Ma-ridos, amai as vossas esposas e não as tra-teis com aspereza. Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, não exaspereis os vossos fi-lhos, para que não caiam em desânimo.Palavra do Senhor.

Col 3, 12-21

Aleluia

Refrão: Aleluia. Repete-se.Reine em vossos corações a paz de Cristo,habite em vós a sua palavra.

Col 3, 15a.16a

Evangelho

Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusDepois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto e fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Meni-no para O matar». José levantou-se de noi-te, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de He-rodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pelo Profeta: «Do Egipto cha-mei o meu filho». Quando Herodes mor-reu, o Anjo apareceu em sonhos a José, no Egipto, e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Me-nino e sua Mãe e vai para a terra de Israel, pois aqueles que atentavam contra a vida do Menino já morreram». José levantou-se, tomou o Menino e sua Mãe e voltou para a terra de Israel. Mas, quando ouviu dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de seu pai, Herodes, teve receio de ir para lá. E, avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelos Profetas: «Há-de cha-mar-Se Nazareno».Palavra da salvação.

Mt 2, 13-15.19-23

Oração dos Fiéis

Caríssimos irmãos e irmãs: Em união com a Família de Nazaré, elevemos ao Pai celeste as nossas orações para que proteja todas as famílias do mundo, dizendo (ou: cantando), com alegria:Renovai, Senhor, todas as famílias.Ou: Ouvi-nos, Senhor.Ou: Protegei, Senhor, todas as famílias.

(Confiar as intenções, segundo o seu conteú-

do, a pessoas de idade e sexo diferentes)

1. Para que, na Igreja, cresça o clima de fa-mília, de paz, de mansidão e de bondade,que Jesus experimentou na Casa de Naza-ré, oremos, irmãos. 2. Para que em toda a parte se respeite a instituição familiar, na sua natureza e dig-nidade, oremos, irmãos. 3. Para que em todas as famílias do mundoos seus membros saibam perdoar-se mu-tuamente, se algum tiver razões de queixa contra outro, oremos, irmãos. 4. Para que a luz de Cristo ilumine os ca-sais novos, reanime os que arrefeceram no amor e brilhe como o sol sobre os que se amam, oremos, irmãos. 5. Para que todos os lares da nossa Paró-quia sejam escolas onde se aprenda a imi-tar a família de Jesus, de Maria e de José,oremos, irmãos. (Outras intenções: desempregados; os que

não têm casa; fiéis defuntos ...).

Pai de misericórdia, escutai as orações des-ta família paroquial e renovai, em cada lar, o ambiente de abertura à vossa voz, de acção de graças, de louvor e de compreensão, que se vivia na Família de Nazaré. Por Cristo, nosso Senhor.

Sugestão de cânticos

01 de janeiro Solenidade de Santa Maria Mãe de DeusEntradaSalvé ó Virgem MariaC. Silva, 953Avé Maria cheia de graçaM. Silva, 901

SalmoA salvação do SenhorJ. P. Martins, 113

Apresentação dos DonsNós te cantamos e aclamamosF. Borda, 935Nós vimos a sua estrelaF. Santos, 1002

ComunhãoQuando te encontro / O Bom Pastor A. Aparício e A. Cartageno, 691Feliz és Tu porque acreditasteC. Silva, 923

Pós-comunhãoLaudate omnes gentes J. Berthier (Taizé), 64

Cantai comigoH. Faria, 205

FinalÓ luz de DeusMelodia popular alemã, 1003Senhor fazei-me instrumentoP. Irala, 762

notas

�Correções, sugestões e observações à lista devem ser enviadas para [email protected]

�Os números a seguir ao autor do cântico remetem para a coletânea Laudate

�As sugestões de cânticos são para o domingo a seguir ao das leituras, a fim de permitir a preparação dos grupos corais.

�Como o jornal Presente sai à quinta-feira, as leituras referem-se ao domingo imediatamente a seguir, para oferecer aos leitores a possibilidade de refletirem e se prepararem para a celebração que se aproxima, na atualidade do tema litúrgico da semana que se seguirá.

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LITURGIA 01/jan LITURGIA 29/dez

Comentário

A graça do nascimento e o custo da vida

Na fragilidade de um corpo e no con-creto de uma história de vida, o Verbo fa-z-se carne. O Pai dá-se-nos, tão generoso e tão humilde, em seu Filho, Jesus de Na-zaré, que podemos escutar com os nossos ouvidos e ver com os nossos olhos e to-car com as nossas mãos. E, assim tocados pela Vida, nos vemos, de novo, iluminados pela Luz, fortalecidos pela Graça. E o cora-ção reaprende a alegria, que os gestos e as palavras de cada dia procurarão exprimir.

Mas ainda tão próximos da dádiva do Menino à luz, a liturgia já nos recorda a morte. Curiosamente, a gruta que teste-munha o nascimento já tem a forma do se-pulcro. Apenas nascido, Jesus é ameaçado. Apenas chegados a Belém, Maria e José já têm que partir para o Egipto. A graça do nascimento não dispensa do custo que a vida sempre tem, assim como não se nas-ce mãe nem pai, mas se aprende a ser mãe e a ser pai. Não nos enganemos! A família de Nazaré não é mais sagrada porque dis-pensa o trabalho dos afetos e o custo dos laços, mas porque os cuida e os alimenta pela confiança n’Aquele que vence todos os medos e incertezas e em cuja fidelidade tudo se pode crer, esperar e suportar. E a beleza do Menino Jesus não é a de um pa-raíso de inocência que não conhece a vida, nem a de uma terra virgem que nunca será rasgada para ser semeada. O júbilo alegre da aurora conhece o grito angustiado da

passagem. Jesus atravessa as dores do par-to. O seu corpo será marcado pelo corte da circuncisão, porque a pertença não en-volve só o espírito, mas assinala também a carne. Jesus sabe o que são as feridas do arado em terra seca e os rigores do silên-cio invernal. É o mais belo dos filhos de ho-mem, mas é homem de dores, “sem apa-rência nem beleza, diante de quem se tapa o rosto”, que aprende do que ama. A ino-cência imaculada atravessa “a paixão da fi-delidade e o fogo da prova”. Mas que fide-lidade? Que prova? A fidelidade de Deus à nossa carne. A prova de ser homem verda-deiro, aprendendo a ser filho numa família de verdade, entre o aconchego de Belém e o desconforto do Egipto, o canto alegre dos anjos e a ameaça do desconhecido.

Maria, a mãe, vive intensamente este mistério, conservando e meditando todas as coisas em seu coração. José, o pai ado-tivo, acompanha e cuida, simples e silen-

cioso, pacificado e fortalecido pelo sonho. O mistério do Filho Jesus envolve-o com a sua sombra, assim como a Maria, sua es-posa. E, assim, a nós, que ainda não cessá-mos de aprender a ser filhos reconhecidos e gratos pela vida recebida e pais e mães desprendidos de si, capazes de gerar ou-tros à visa. Na verdade, o mistério do que nos é mais caro – a vida, Deus, aqueles que amamos, os lugares em que habitamos – não se resolve, de uma vez por todas, como um problema, nem se possui como uma relíquia bem guardada, mas atraves-sa-se como promessa que não cessa de prometer. Na confiança paciente. Na fideli-dade criativa. Porque o Filho nos foi dado, Ele, a Vida nova, a Paz de um tempo novo.‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’

José Frazão Correia, sjsacerdote jesuíta

Quarta-feira da Oitava do NatalSOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Leitura I

Leitura do Livro dos NúmerosO Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoa-reis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça bri-lhar sobre ti a sua face e te seja favorá-vel. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os aben-çoarei». Palavra do Senhor.

Num 6, 22-27

Salmo

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção.

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto. Na terra se conhecerão os seus caminhos e entre os povos a sua salvação.

Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais os povos com justiça e governais as nações sobre a terra.

Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção e chegue o seu temor aos confins da terra.

Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R. 2a)

Leitura II

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas. Irmãos: Quando chegou a ple-nitude dos tempos, Deus enviou o seu Fi-lho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adoptivos. E por-que sois filhos, Deus enviou aos nossos co-rações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus. Palavra do Senhor.

Gal 4, 4-7

Aleluia

Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por seu Filho.

Hebr 1, 1-2

Evangelho

Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontra-ram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começa-ram a contar o que lhes tinham anuncia-do sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pasto-res diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu co-ração. Os pastores regressaram, glorifican-do e louvando a Deus por tudo o que ti-nham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.Palavra da salvação.

Lc 2, 16-21

Oração dos Fiéis

(Poderia tomar-se hoje, como Oração Uni-

versal, um extracto das Ladainhas de Nossa

Senhora)

Irmãs e irmãos: Invoquemos a intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus, para que nos alcance de seu divino Filho o dom da fé, da unidade e da paz, dizendo (ou: cantando), com alegria:Rogai por nós.

• Santa Maria, Santa Mãe de Deus, Santa Virgem das Virgens. • Mãe de Cristo, Mãe da divina graça, Mãe do Redentor.• Virgem pobre e humilde, Filha de Sião, Serva do Senhor.• Arca da Aliança, Porta do Céu, Estrela da manhã.• Fonte de beleza, Esplendor da Igreja e Se-nhora nossa.• Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecado-res, Consoladora dos aflitos.• Rainha do mundo, Rainha do Céu, Ra-inha da paz.(Outras invocações: Rainha das famílias,

Rainha dos cristãos, Senhora da

alegria).

D eus, Pai de misericórdia, ouvi as súplicas dos vossos filhos e fazei que, por intercessão da Virgem Maria, nos dediquemos ao serviço do próximo aqui na terra e mereçamos ser recebidos no reino dos Céus. Por Cristo, nos-so Senhor.

Sugestão de cânticos

05 de janeiro | Solenidade da EpifaniaEntradaEis que vem o Senhor soberanoM. Simões, 319 Hoje sobre nós resplandece M. Faria, 999

SalmoVirão adorar-Vos Senhor M. Luís, 873

Apresentação dos DonsAdestes fideles John Reading, 976Cantem cantem os anjos M. Faria, 982

ComunhãoA luz de Cristo M. Luís, 100Formamos um só corpo C. Silva, 406

Pós-comunhãoHinos de glória F. Haendel, 424O Senhor tem amor C. Silva, 611

FinalVamos ao presépio L. Rodrigues, 1014Ao Deus do Universo J. Santos, 155

26 de dezembro de 2013 • 15

Page 16: 4161 P31 2013-12-26

GIAM

PIERO SPO

SITO/REUTERS

26 de dezembro de 2013

os apelos de deusO final do ano é uma altura ideal para parar, fazer balanços e planear o ano que vem. Tempo para repensar os va-lores que nortearam o ano que agora está prestes a terminar e que precisam de ser reconsiderados e tomar cons-ciência de que a vida é um dom pre-cioso que não pode ser desperdiçado. Neste contexto, celebramos a Festa da Sagrada Família, oportunidade, creio eu, para reconhecer na família um ins-trumento de Deus para construirmos o seu Reino e ter uma atitude de agra-decimento constante para perceber-mos que tudo é habitado por Deus: a simplicidade do dia-a-dia, o compro-misso, as dificuldades e até as nos-sas limitações. Nas nossas fragilida-des Deus interpela-nos a sermos mais e melhor. Em cada dia somos desa-

fiados para encontrar o seu amor por nós e em relacionarmo-nos com Ele de modo a traduzir isso mesmo em gestos concretos de amor, perdão e de serviço aos outros. Todos nós nos queixamos da exigência dos nossos afazeres profissionais e da falta de tempo que daí advém. No en-tanto, não nos podemos esquecer que Deus está connosco em cada momen-to e que nos quer ver felizes todos os dias. E só seremos verdadeiramente felizes se promovermos o bem daque-les que Deus colocou no nosso cami-nho, sem esquecer os que já não têm uma vida que a sociedade considera produtiva. Não podemos esquecer a riqueza das vivências dos mais velhos e a sabedoria de vida que nos podem transmitir e por isso mesmo, temos de dispensar todo o carinho que eles nos merecem. Viver o amor de Cris-to em família deve projetar-nos para o mundo, para os outros e para produ-zirmos frutos sempre para maior gló-ria de Deus.

Não podemos esque-cer a riqueza das vivências

dos mais velhos

A nossa tristeza e vergonha

pelos pecados de alguns membros da Igreja, e pelos próprios não devem fazer esquecer os inúmeros cristãos que dão a vida por amor.

Papa Francisco

Carlos Magalhães de [email protected]

editorial

O Papa Francisco reserva uma atenção

especial às crianças (já permitiu que uma lhe

tirasse o solidéu, como se vê na fotografia em

cima) e aos adolescentes considerados

problemáticos (in Público)

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Bispo celebra com os seus colaboradores

Convívio de Natal dos serviços diocesanosLuís miguel Ferraz

“Que bom é celebrar a alegria da união familiar de todos os colaboradores desta Diocese”, afirmou D. António Marto na Eu-caristia do passado dia 19 de dezembro, em que se reuniram os funcionários e voluntá-rios dos serviços da Cúria diocesana, do Se-minário e da casa episcopal.

O tradicional convívio de Natal come-çou com a Missa, na capela da Casa de Re-tiros S. José. O Bispo diocesano partilhou com os cerca de 60 participantes uma re-flexão sobre a liturgia deste dia, já na no-vena do Natal, em que “recordamos histó-rias que dariam uma novela ou um filme, mas que se resumem na grande história de Deus que se revela no seu Filho”. D. An-

tónio quis sublinhar, na leitura dos episó-dios bíblicos à volta do Natal, “o protagonis-mo de Deus que nos surpreende com a sua presença na nossa humildade e fragilidade, obrigando-nos a abandonar as nossas cer-tezas e temores”. Perante essa oferta, “pede-nos apenas a total fidelidade da fé, todos os dias com a mesma alegria e disponibilida-de”. E, ao mesmo tempo, recorda-nos que “é Ele a nossa força, ele que torna fecundo o

que é estéril, que torna possível o que nos parece irrealizável”.

Após a Missa, seguiu-se um almoço de convívio, no mesmo edifício do Seminário. Aí, o Bispo diocesano agradeceu aos pre-sentes a colaboração na dinamização pas-toral, “desde os responsáveis dos diversos departamentos ao mais humilde servidor”, desejando a todos “um Natal de comunhão, fraternidade e alegria”.