3ª CONFERÊNCIA ANUAL DA ORDEM DOS ECONOMISTAS

TEMA:

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL DO ORÇAMENTO

22 Novembro 2007

José M. Félix Ribeiro

A QUESTÃO CENTRAL QUE GOSTARIA DEABORDAR, NA SUA RELAÇÃO COM O PROCESSO

DE CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL ÉO DO CRESCIMENTO.

ESQUEMA DE ABORDAGEM

1.PORTUGAL –DIFICULDADES DE CRESCIMENTODE UMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA

2.O MODELO ESPANHOL –UM EXEMPLO POSSÍVELDE SEGUIR POR PORTUGAL?

3.UMA NOVA “CARTEIRA DE ACTIVIDADESEXPORTADORAS” NUM PERÍODO DETURBULÊNCIAS

4.ALGUMAS OPÇÕES PARA REFLECTIR

1.PORTUGAL - DIFICULDADES DE CRESCIMENTO DE UMA PEQUENAECONOMIA ABERTA

PONTO DE PARTIDA

O CRESCIMENTO DE UMAPEQUENA ECONOMIA ABERTADEPENDE, NO LONGO PRAZO,

DO DINAMISMO DO SEU SECTOR QUE VENDE BENS E

SERVIÇOS TRANSACCIONÁVEISNO MERCADO MUNDIAL

PONTO DE PARTIDA

PODE, TRANSITORIAMENTE, E DEVIDO A CIRCUNSTÂNCIAS

ESPECÍFICAS CRESCER APOIADA EM

DINÂMICAS INTERNAS –POR EXEMPLO A REABSORRÇÃO

DE DÉFICES INFRA ESTRUTURAISACUMULADOS

EM PERÍODOS ANTERIORES EM QUE O INVESTIMENTONESSES SECTORES ESTEVEANORMALMENTE REDUZIDO

PONTO DE PARTIDA

UMA PEQUENA ECONOMIA ABERTA SÓ PODERÁ TER UMAOFERTA DINÂMICA

DE BENS E SERVIÇOS TRANSACCIONÁVEISSE CONSEGUIR POSICIONAR-SE

EM ACTIVIDADES, SEGMENTOS E PRODUTOS COM FORTE CRESCIMENTO N0 COMÉRCIO

INTERNACIONAL E QUE SE ADAPTEM AOS

FACTORES DE PRODUÇÃO DE OFERTA MAIS COMPETITIVA

EXISTENTES AO LONGODA “CURVA DO TEMPO”

UMA QUESTÃO CHAVE PARA O CRESCIMENTO FUTURO

-PORTUGALUM SECTOR EXPORTADOR VULNERÁVEL

E LIMITADO NA SUA CAPACIDDE DE GERARCRESCIMENTO DA ECONOMIA

PORTUGAL TEM ACTUALMENTE UMA CARTEIRA DE ACTIVIDADES EXPORTADORAS

CENTRADA EM PRODUTOS QUE TÊM UM BAIXO CRESCIMENTO NO COMÉRCIO

INTERNACIONAL PELO QUE NÃO PODE CONTAR COM A EXPANSÃO DO MERCADO DESSES PRODUTOS COMO FACTOR QUE

DILUÍSSE O IMPACTO DE NOVOS CONCORRENTES.

PORTUGAL ENCONTRA - SE NO GRUPO DE PAÍSES COM MENOR EXPRESSÃO NAS SUAS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS COM FORTE PROCURA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

(COMPARE-SE A ESTE PROPÓSITO A POSIÇÃO DE PORTUGAL COM A DA IRLANDA)

PORTUGAL TEM UMA CARTEIRA DE ACTIVIDADES EXPORTADORAS MUITO VULNERÁVEL À

CONCORRÊNCIA DAS ECONOMIAS EMERGENTES E EM DESENVOLVIMENTO, BEM COMO AOS NOVOS

ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA, SENDO DE DUVIDAR QUE COM ESSA “CARTEIRA” POSSA VIR

A OBTER TAXAS DE CRESCIMENTO QUE LHE PERMITAM CONVERGIR NO ESPAÇO EUROPEU.

PORTUGAL ESTÁ ENTRE OS CINCO PAÍSES DA OCDE COM UMA MAIOR “SOBREPOSIÇÃO “ DE PERFIL

EXPORTADOR COM A“ÁSIA DINÂMICA” E ENTRE OS CINCO EM QUE ESSA SOBREPOSIÇÃO É MAIOR COM

OS DOZE NOVOS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA

MAIS RECENTEMENTE, COM O AUMENTO DE EXPORTAÇÕES PARA ECONOMIAS EM DESENVOLVIMENTO OU EM TRANSIÇÃO, ASSISTIU-SE A UMA MAIOR DINÂMICA DEALGUNS EXPORTADORES DE BENS DE EQUIPAMENTO, DE PRODUTOS METÁLICOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS E DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO, OBRAS PÚBLICAS E ENGENHARIA.

POR OUTRO LADO, SECTORES QUE TINHAM ESTADO RELATIVAMENTE ESTAGNADOS, COMO A REFINAÇÃO DE PETRÓLEO OU AS PETROQUÍMICAS FORAM OBJECTO DE INVESTIMENTOS DE EXPANSÃO QUE APONTAM PARA UM INTENSIFICAR FUTURO DESTAS EXPORTAÇÕES.

O CRESCIMENTO E A DIVERSIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE BENS DE PORTUGAL

ASSENTA NAS EMPRESAS MULTINACIONAIS

QUE SE ESTABELECERAM OU ADQUIRIRAMACTIVOS EM PORTUGAL

E EM ESPECIAL AS EMPRESAS ALEMÃS QUE FORAM RESPONSÁVEIS

PELA QUASE TOTALIDADEDA DIVERSIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES

DE PORTUGAL PARA ACTIVIDADESMAIS EXIGENTES EM QUALIFICAÇÕES COMO

O AUTOMÓVEL E A ELECTRÓNICA.E MESMO NOS SERVIÇOS DE ALTO VALOR

ACRESCENTADO (I&D e Serviços às Empresas à distância)

TAMBÉM MUITO SE DEVE AOS INVESTIDORES ALEMÃES

AS EMPRESAS MULTINACIONAIS SÃO HOJE O ESTEIO DAO SECTOR EXPORTADOR PORTUGUÊS

(e o único factor de diversificação em direcção a bens mais sofisticados tecnologicamente)

(dados de 2004)

Legenda: A vermelho estão as empresas associadas a investimento directoestrangeiro;

16.FAURECIA –ASSENTOS DE AUTOMÓVEL17. HYDRO ALUMINIUM19.YASAKI SALTANO PORTUGAL20.VULCANO-TERMODOMÉSTICOS21.AMORIM & IRMÃOS22. SOMINCOR – SOC. MINEIRA DE NEVES CORVO23. DOW PORTUGAL-PROD.QUÍMICOS24.LUSOSIDER – AÇOS PLANOS25.TYCO ELECTRONICS26.GRUNDIG PORTUGAL27.LEAR CORPORATION PORTUGAL28.COINDU – COMP. P/IND. AUTOMÓVEL29.MITSUBISHI TRUCKS EUROPE30. CELBI –CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL

1.AUTOEUROPA2. INFINEON TECHNOLOGIES3. PETROGAL4. SOPORCEL - SOC.PORTUGUESA DE PAPEL5.GENERAL MOTORS DE PORTUGAL6.OGMA 7.PORTUCEL –EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL8.BLAUPUNKT – AUTO RÁDIO PORTUGAL9.REPSOL POLÍMEROS10. DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS11.CONTINENTAL MABOR12. VISTEON PORTUGUESA13. C.A.C.I.A-COMPª AVEIRENSE DE COMP. P/IND.AUTOMÓVEL

14. SIDERURGIA NACIONAL-PROD.LONGOS15.PEUGEOT CITROEN AUTOMÓVEIS

UMA EVOLUÇÃO TENDENCIAL DO SECTOR EXPORTADOR ASSENTE EM DOIS FACTORES DE PRODUÇÃO –

“TERRA” E “CAPITAL”

FACTORES DE PRODUÇÃO &CRESCIMENTO ECONÓMICO

CAPITAL&

ENERGIA

TERRA:ESPAÇO,

RECURSOSNATURAIS

&AMENIDADES

COMPETÊNCIAS &

TRABALHO

TALENTO&

CONHECIMENTOS

•FACTORES ABUNDANTES MAS CADA VEZ MENOS VALORIZADOS - MÃO DE OBRADESQUALIFICADA OU POUCO QUALIFICADA

•FACTORES ABUNDANTES E COM VALOR –TERRA E ACESSO A CAPITAL

•FACTORES EM CRESCIMENTO MAS AINDA INSUFICIENTES: COMPETÊNCIAS NECESSIDADE DE AS AMPLIAR EM LIGAÇÃOCOM A DINAMICA DAS ACTIVIDADES

•FACTORES ESCASSOS E VALIOSOS –CONHECIMENTOS & TALENTOS: NECESSIDADEDE OS FIXAR E MULTIPLICAR

OS FACTORES ABUNDANTES E DESVA

A ABUNDÂNCIA E VALOR “INTERNACIONAL”DOS FACTORES DE PRODUÇÃO DISPONÍVEIS

EM E PARA PORTUGAL

ANALISANDO OSPROJECTOS DE INTERESSE NACIONAL(PIN)

No início do período 2007-2015 as actividades que terão maior tendência para serem atraídas para Portugal são as que se baseiam na disponibilidade de Terra e noCapital, ou seja:

•O Turismo (com uma forte componente residencial)•As Energias Renováveis-baseadas na “Terra” e intensivas em Capital •As Indústrias Capital e Energia intensivaspara as quais a posição geográfica ou a disponibilidade de recursos naturais de Portugal (“Terra” ) é atraente•A Logística internacional- Plataformas

TERRA E CAPITAL- UM PAÍS LONGEDA “ECONOMIA DO CONHECIMENTO”

UMA ECONOMIA SEM FORTES GANHOS DE PRODUTIVIDADE

Uma estratégia baseada num sector exportadorassente em Terra e Capital

é adequado à dotação de factores iniciaismas remete Portugal para funções cada vez mais longe da Economia do Conhecimento

em que os países desenvolvidos terão de especializarpara responder á Globalização e, a prazo,

travará o crescimento da produtividade da economia

TERRA E CAPITAL- UM PAÍS FRACTURADO

Uma estratégia de crescimento assente na exploração do que é hoje fácil e óbvio, ou seja, nas actividades baseadas na disponibilidade de terra e de capital, tem para Portugal uma consequência adicional -apenas estimulam uma parte do país - a que se situa de Leiria para sul, onde se localizam as zonas mais atraentes para turismo residencial e os portos com maior capacidade de inserção nas rotas mundiais.

Será uma estratégia que arrastaria o declínio do Norte e Centro do País, e que levaria a um novo surto de emigração, envolvendo a bolsa mais jovem da população portuguesa.

2.O MODELO ESPANHOL –UM EXEMPLO POSSÍVEL DE

SEGUIR POR PORTUGAL?

CONSTATAÇÕES POSTERIORES

NÃO É PRECISO APOSTAR NA OFERTA DE BENS TRANSACCIONÁVEIS PARA CRESCER

RAPIDAMENTE, COMO ACONTECEU NO CASO DAIRLANDA - A EXPERIÊNCIA DE ESPANHA

MOSTRA QUE O CRESCIMENTO PODE ESTARASSENTE NA PROCURA INTERNA,

TER A BASE NOS SERVIÇOSE APOSTAR NA RÁPIDA INTERNACIONALIZAÇÃO

DE GRUPOS EMPRESARIAIS DOS SECTORES INFRA ESTRUTURAIS, MAIS DO QUE NA

ATRACÇÃO DE INVESTIMENTODIRECTO ESTRANGEIRO

PORTUGAL, TAL COMO A ESPANHA,PERDERAM DINAMISMO

NA EXPORTAÇÕES DE 1999 A 2005, AO CONTRÁRIO DA IRLANDA,

NÃO OBSTANTE OS TRÊS TEREM TIDO UMA SUBIDA NAS TAXAS DE CÂMBIO REAL

MAS A ESPANHA, NÃO OBSTANTE A PERDA DE DINAMISMO NAS EXPORTAÇÕES DEPOIS DE 1999 , CRESCEU BASEADA NA DINÂMICA DO MERCADO INTERNO,INCLUINDO O IMPACTO DO CRESCIMENTODOS RESIDENTES.

QUATRO FACTORES DE PRODUÇÃONA ECONOMIA E O TRIÂNGULO DO

CRESCIMENTO ESPANHOL ESPANHOL

CAPITAL&

ENERGIA

TERRA:ESPAÇO,

RECURSOSNATURAIS

&AMENIDADES

COMPETÊNCIAS &

TRABALHO

TALENTOS&

CONHECIMENTOS

O MODELO ESPANHOL DE CRESCIMENTO

Uma modernização maciça dos serviços “internos”–às empresas e às famílias, absorvendo uma mão de obra feminina muito mais numerosa no mercado de trabalho, que ampliou os rendimentos das famílias, igualmente beneficiados pela rápida redução de desemprego paralelo à abertura de oportunidades de trabalho temporário

O MODELO ESPANHOL DE CRESCIMENTO

Um forte crescimento do investimento imobiliáriodas famílias,graças ao crédito bancário, e um fortecrescimento do crédito ao consumocom base nas hipotecas

Um grande investimento em infra estruturas –transportes, energia, ambiente, telecomunicações,instalações escolares e de saúde etc,em partefinanciado com Fundos Estruturais da União Europeia

Um boom de investimento no turismo tradicionalsobretudo ao longo da costa mediterrânica

Um forte crescimento do sector de construçãocivil e obras públicas atraindo fluxos de imigraçãosem paralelo na Europa

O MODELO ESPANHOL DE CRESCIMENTO

O aumento do rendimento das famílias (trabalho feminino, trabalho temporário, procura de competências), a instalação de novas famílias (imigração) e de novos residentes de países desenvolvidos, multiplicados pelo crédito ao consumo origina um forte crescimentoda procura de bens de consumo corrente e duradouro

A indústria espanhola dispondo de um significativo e diversificado sector de produção de bens de consumo corrente (alimentares, têxteis, calçado, habitat ) e de bens de consumo duradouro(a terceira plataforma europeia de produção automóvel, uma importante produção de electrodomésticos) responde a essa procura com acréscimo de actividade

IMO

BIL

IÁRIO

TURISMO

CONSTRUÇÃOCIVIL

ª

BANCOS

FAMILIASAQUISIÇÃO DE

HABITAÇÕES

CRESCIMENTODO CONSUMO

ENTRADADE CAPITAIS

PROCURA DTRABALHO

POUCO QUALIFICADO

ENTRADADE IMIGRANTES

ENTRADADE RESIDENTES

VALORIZAÇÃORÁPIDA

DA “TERRA”

INVEST. MACIÇO

EM INFRA ESTRUTURAS

OBRASPÚBLICAS

O MODELO ESPANHOL DE CRESCIMENTO

Uma concentração empresarial em torno dos sectores bancário e de infra estruturas – obras públicas & concessões, petróleo & gás natural, electricidade, telecomunicações, água & ambiente- e uma rápida internacionalização deste conjunto alavancado pelo financiamento bancário.

Criação em torno destas actividades de um sector de serviços com fortes exigências de qualificações e competências, em paralelo com um sector de construção civil, turismo e imobiliário criando emprego em larga escala para pessoal não qualificado

Boom de Turismo Residencial como modo de “vender terra no mercado internacional e desse modo finacira parcialemnte o défice de transcções correntes resultante do fraco dinamismo das exportações de bens

IMO

BIL

IÁRIO

TURISMO

CONSTRUÇÃO

FAMILIAS

CRESCIMENTOEMPREGO & RENDIMENTO

VALORIZAÇÃORÁPIDA

DA “TERRA”

INVESTºMACIÇO

EM INFRAESTRUTURAS

TRABALHO POUCO

QUALIFICADO

COMPETÊNCIAS

INTENSAEXPANSÃO INTERNACIONALBancos, Energia; Telecom,Obras Públicas

CIVIL & OBRASPÚBLICAS

DIFICULDADES NA RÉPLICA DO “MODELO ESPANHOL

UMA QUESTÃO ESTRUTURAL - A DIMENSÃO DA ECONOMIA SER MUITO SUPERIOR À PORTUGUESA, PERMITE ARTICULAÇÕES QUE EM PORTUGAL NÃO SÃO POSSIVEIS

UMA QUESTÃO CONJUNTURAL -A FASE DO CICLO IMOBILIÁRIOGLOBAL NÃO SÓ AMAEÇA O CRESCIMENTO ESPANHOL, COMO PODIFICULTRA UMA “IMITAÇÃO”

DESVANTAGENS DA RÉPLICA DO”MODELO ESPANHOL

UMA RAZÃO ECONÓMICO-SOCIAL -IMPACTO NAPRODUTIVIDADE; ORA SEM AUMENTOS RÁPIDOSDE PRODUTIVIDADE DAS CAMADAS JOVENS VAI SER MAISDIFICIL GERIR OS CUSTOS ASSOCIADOS AO ENVELHECIMENTO

UMA RAZÃO GEOECONÓMICA – TORNA MAIS DIFICL A DIFERENCIAÇÃO DE “FUNÇÕES EUROPEIAS”FACE A ESPANHA

3.UMA NOVA “CARTEIRADE ACTIVIDADES

EXPORTADORAS” NUM PERÍODO DE TURBULÊNCIAS ?

SE O “MODELO ESPANHOL” NÃO SE PUDERREPLICAR EM PORTUGAL ENTÃO TEMOS QUE

VOLTAR A PENSAR NUM CRESCIMENTO “PUXADO”PELAS EXPORTAÇÕES

NECESSARIAMENTE AMPARADO EM INVESTIMENTOS EM INFRA ESTRUTURAS QUE

AUMENTEM A CONECTIVIDADE INTERNACIONALDO TERRITÓRIO (telecomunicações em banda larga, aeroportos,portos de águas profundas,

ferrovias para carga ligando Portugal à Alemanha etc) E LHE DEÊM MAIOR SUSTENTABILIDADE

FUTURA

DURANTE O PERIODO DE TRANSIÇÃOPARA UMA NOVA CARTEIRA DE ACTIVIDADES

EXPORTADORAS A“VENDA DE TERRA” NOMERCADO INTERNACIONAL

(Turismo Residencial) PODE AJUDAR AFINANCIAR O DÉFICE DETRANSCÇÕES CORRENTES,

MAS NÃO PODE SER ENCARADO COMO O MOTORDO CRESCIMENTO FUTURO

PODERÁ FALAR-SE DE UM CRESCIMENTO “PUXADO”PELAS EXPORTAÇÕES SE SE VERIFICAREM DUAS

CONDIÇÕES

•UM CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES SUPERIOR AO DO PIB DURANTE UM PERÌODO

SIGNIFIVATIVO

•UMA DINÂMICA DE INVESTIMENTO NO SECTOREXPORTADOR QUE TRADUZA O OPTIMISMO

DAS EMPRESAS QUANTO AO SEU POTENCIALDE EXPLORAǺAO FUTURA DOS SEGMENTOS E

MERCADOS EM QUE ESTÃO A CRESCER

SERÁ POSSÍVEL A UMA PEQUENA ECONOMIAABERTA DIVERSIFICAR A SUA “CARTEIRADE ACTIVIDADES EXPORTADORAS”?

EM ECONOMIA FECHADA A PRODUÇÃODE VARIEDADE DEPENDE DA DIMENSÃODA ECONOMIA POIS SÓ ESTA PERMITE

APROFUNDAR A DIVISÃO DE TRABALHO

EM ECONOMIA GLOBAL A PRODUÇÃO DEVARIEDADE TORNA-SE INDEPENDENTE

DA DIMENSÃO DE PARTIDA DE UMA ECONOMIA E PASSA A DEPENDER DA ESTRATÉGIA

DE ATRCACÇÃO E FIXAÇÃO DE ACTIVIDADES

VECTOR CHAVE DE UMA ESTRATÉGIA DEDIVERSIFICAÇÃO EXPORTADORA –

A “IMITAÇÃO” – OU SEJA A ATRACÇÃO DE INVESTIMENTO DIRECTOESTRANGEIROPARA A ACTIVIDADES MAIS EXIGENTESEM QUALIFICAÇÕES E CONHECIMENTOS

VECTOR COMPLEMENTAR MAS IMPRESCIDIVEL–A “ INOVAÇÃO” - COMO FACTOR DE ATRAÇÃODE IDE, COMO ESTABILIZADOR DO DECLINIODOS SECTORES TRADICONAIS EXPORTADORES,E –OBVIAMENTE – COMO GARANTIA DE“FERTILIDADE” A PRAZO DA ECONOMIA

O QUE TORNA DIFICIL CONCEBEROUTRA TRAJECTÓRIA DE CRESCIMENTO

PARA PORTUGAL?

CONSEGUIR GERAR UMA NOVA “CARTEIRA DE ACTIVIDADES EXPORTADORAS”

NUM PERÍODO DE TURBULÊNCIANA ECONOMIA MUNDIAL

HIPÓTESE

ESSA TURBULÊNCIA VAI ESTAR CADA VEZ MAISASSOCIADA

A UM DIFICIL AJUSTAMENTO ESTRUTURAL NA ECONOMIA MUNDIAL

QUE PERMITANO LONGO PRAZO:

UM CRESCIMENTO RÁPIDO MAIS SUSTENTÁVEL EMENOS DEPENDENTE DE PETRÓLEO

NO CONJUNTO DA ECONOMIA MUNDIAL

1985 2001 2007

+ ÁSIA + INTERNET

+ CHINA+IMOBILIÁRIO

“CICLOS” DE “BOOM AND BUST “NA ECONOMIA MUNDIAL?

CHINA+ENERGIA

EUA +INOVAÇÃO

ENERGÉTICA?

1ºSUB PERÍODO- 1985/1997

FORTE CRESCIIMENTO DA CHINA E DA ÁSIA;CRESCIMENTO DA CHINA “PUXADO” PELAS EXPORTAÇÕES

E PELA INTEGRAÇÃO NO MERCADO MUNDIAL

VAGA DE INOVAÇÃO NOS EUA CENTRADA NASTECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO/INTERNET

FORTE CRESCIMENTO DOS EUA – INOVAÇÃO + IMIGRAÇÃO+IMOBILIÁRIO

EUA – DEFICES CORRENTES FINANCIADO PELAENTRADA MACIÇA DE CAPITAIS PRIVADOS VINDOS DA ÁSIA E DA EUROPA

LONGO PERÍODO DE PREÇOS “BAIXOS” DO PETRÓLEO, A SEGUIR À MUDANÇA DA ESTRATÉGIA DA ARÁBIA SAUDITA

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PREÇO DO PETRÓLEO(PREÇOS DE 2006)

1979

1973

Pós-2000

2º SUB PERÍODO- 1998/2000

CRISE FINANCEIRA E CAMBIAL ASIÁTICA “POUPANDO”A CHINA-DESVALORIZAÇÃO DAS MOEDAS ASIÁTICASFACE AO DÓLAR

FUGA DE CAPITAIS DA ÁSIA PARA OS MERCADOS DEDE ACÇÕES DOS EUA

“BOOM” FINAL DA INTERNET & CRASH DO NASDAQ

ERRO DE AVALIAÇÃO DA OPEP- O PETRÓLEO A 10 DÓLARES E NOVA MUDANÇA DE ESTRATÉGIA PETROLÍFERA DAARÁBIA SAUDITA- REFORÇO DA OPEP , SUBIDA GRADUALDOS PREÇOS

3º SUBPERIODO 2000/2007

EUA FACE À RECESSÃO PÓS CRASH DO NASDAQ-–PERDAS GIGANTESCAS DISTRIBUIDAS PELOS INVESTIDORESINSTITUCIONAIS,BANCOS DE INVESTIMENTO E FAMILIAS-REDUÇÕES DE TAXA DE JURO, DEFICES ORÇAMENTAIS

DEFICES CORRENTES AGRAVADOS E FINANCIADOS PELA ENTRADA MACIÇA DE CAPITAIS VINDOS DOSBANCOS CENTRAIS DA ZONA DÓLAR

“BOOM “ IMOBILIÁRIO À ESCALA MUNDIAL

CHINA – “BOOM” DE INVESTIMENTO FACILITADO PELOCRESCIMENTO DO CRÉDITO (ALINHAMENTO COM POLÍTICAMONETÁRIA DOS EUA) -INVESTIMENTO NASINDUSTRIAS PESADAS CONSUMIDORASDE ENERGIA, NAS INFRA ESTRUTURAS E NO IMOBILIÁRIO

CRESCIMENTO RÁPIDO DA PROCURA ENERGÉTICA PELA ÁSIA-CHINA E INDIA; CONSTRANGIMENTOS NAOFERTA DE PETRÓLEO – PREÇOS DA ENERGIA DISPARAM

CHINA 2000-2007

A “vingança” da indústria pesada, estatal e intensiva em energia –a reconquista do mercado interno e a necessidade imperiosa de exportação para resolver excessos de capacidade

Fonte: “Finances & Développement” Septembre 2007

O PRESENTE PRÓXIMO

AUMENTO EM FLECHA DOS PREÇOS DO PETRÓLEO EGÁS NATURAL

MUDANÇA DAS POLÍTICAS MONETÁRIAS, NUM SENTIDO DA ELEVAÇÃO DAS TAXAS DE JURO

INICIO DO AJUSTAMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIOA NÍVEL GLOBAL

CRISE DO SUBPRIME NOS EUA- LIMITAÇÕES AOCRESCIMENTO DOS EUA

CHINA - ELEVAÇÃO DOS PREÇOS DO PETRÓLEO, CRESCIMENTO DE INDUSTRIAS INTENSIVAS EM ENERGIASEM FIM À VISTA, RISCOS DE RECESSÃO NOS EUA;

A CHINA A CAMINHO DE UMA CRISE ?

A ECONOMIA MUNDIAL VAI PASSAR POR UM PERÍODO DE AJUSTAMENTO ESTRUTURAL

DETERMINADO POR:

Restrições na Oferta de Energia –petróleo & gás natural -resultantes de limitações físicas (temporárias ou definitivas) e de opçõesestratégicas dos produtores

Busca de maior Sustentabilidade para um crescimento rápido a nível mundial -riscos ambientais associados às alterações climáticas

Envelhecimento das populações nos países desenvolvidos onde pode –inicialmente - ser gerada a inovação que permita realizar esse ajustamento

UM CAMINHO POSSÍVEL PARAGERAR UMA NOVA “CARTEIRA

DE ACTIVIDADES EXPORTADORAS?

PROCURAR AS ACTIVIDADESQUE ATRAVESSEM

O PERÍODO DE TURBULÊNCIA COM MENOR QUEBRA DA PROCURA MUNDIAL

(E EM ESPECIAL NOS PAÍSESDESENVOLVIDOS)

EXEMPLIFICAÇÃO

OCEANOS &ENERGIA

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

& FLEXÍVEL

COMUNICAÇÕES/&

VIRTUALIDADESAÚDE- SERVIÇOS ,

DISPOSITIVOS &EQUIPAMENTOS

ENERGIAS RENOVÁVEIS& FUEL CELLS

TURISMO,

& ACOLHIMENTO,

PORTUGAL-ACTIVIDADES MOTORAS EM 2015

EXEMPLIFICAÇÃO

ACTIVIDADES ASSOCIADAS À OBTENÇÃO DE UMA MAIORSEGURANÇA ENERGÉTICA, NUM CONTEXTO DEPREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS REFORÇADAS ENVOLVENDOA DESCOBERTA E EXPLORAÇÃO DE NOVOS JAZIGOS LONGE DEZONAS TURBULENTAS, A LOCALIZAÇÃO DE NOVOS PÓLOS DERECEPÇÃO E PROCESSAMENTO ENERGÉTICO (DESIGNADAMENTEDE GNL, PARA REFORÇO DA SEGURANÇA DE ABASTECIMENTO EUROPEIA) E A CAPTAÇÃO, SEQUESTRAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE CO2

ACTIVIDADES ASSOCIADAS À INTRODUÇÃO DE NOVASSOLUÇÕES DE MOBILIDADE E ELECTRICIDADESUSTENTÁVEIS- ENVOLVENDO OS VEÍCULOS HÍBRIDOSE ELÉCTRICOS A BATERIAS OU FUEL CELLS; A COMBINAÇÃOENTRE ENERGIAS RENOVÁVEIS E FUEL CELLS, AS SOLUÇÕESDE ELECTRICIDADE DISTRIBUÍDA COM BASE NA REDE DEGÁS NATURAL, OS SISTEMAS INTELIGENTES DEGESTÃO DE REDES, ETC.

EXEMPLIFICAÇÃO

ACTIVIDADES ASSOCIADAS Á GESTÃO DO ENVELHECIMENTO E À SAÚDE NAS ECONOMIAS DESENVOLVIDAS (SENIOR BOOM), ENVOLVENDO A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE E REABIÇITAÇÃO, A CONCEPÇÃO E FABRICO DE DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS MÉDICOS, DE PRÓTESES E AUXILIARES FUNCIONAIS

ACTIVIDADES ASSOCIADAS ÀS COMUNICAÇÕES NUMA NETWORK SOCIETY ENVOLVENDO O CRESCIMENTO EXPONENCIAL DAS COMUNICAÇÕES PESSOAIS WIRELLESS E A VIRTUALIDADE COMO FORMA DE COMUNICAÇÃO NÃO EXIGENTE EM MOBILIDADE ASSOCIADA; PODERÃO POTENCIAR O DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS: MULTIMÉDIA, CONTEÚDOS, ARTES ETC

EXEMPLIFICAÇÃO

TURISMO,ACOLHIMENTO

& SERVIÇOS SAÚDE

PROSPECÇÃO, EXPLORAÇÃO(?),

REFINAÇÃO DE PETRÓLEO &PETROQUÍMICA;

+CAPTAÇÃO CARBONO

AUTOMÓVELCOM A ÁSIA

AERONÁUTICA COM AS AMÉRICAS

COMUNICAÇÕES/ELECTRÓNICA E SOFTWARE

SAÚDE-DISPOSITIVOS &EQUIPAMENTOS

ENERGIAS RENOVÁVEIS& FUEL CELLS

O SUL

O NORTE

AGRICULTURA DE ESPECIALIDADES

(flores, plantasornamentais,frutos etc)

NORTE E SUL- DISTINTAS “VOCAÇÕES”?

MOVIMENTAÇÃOINTERNACIONAL

DE PASSAGEIROSE CARGAS

VIRTUALIZAÇÃO &CONTEÚDOS

4. ALGUMAS OPÇÕESPARA REFLECTIR

QUATRO OPÇÕES PARA REFLECTIR

1ª OPÇÃO- TENTAR RELANÇAR O CRESCIMENTOCOM BASE NUM PROGRAMA DE OBRAS PUBLICAS

EM CONTRASTE COM:

SELECCIONAR OS CONJUNTOS DE PROJECTOS DEINFRA ESTRUTURAS QUE, COM MENOR CUSTO,

MAXIMIZEM A CONECTIVIDADEINTERNACIONAL DO PAÍS – FACTOR CHAVE DE

COMPETITIVIDADE PARA UM PAÍS PERIFÉRICO- EMULTIPLIQUEM AS FUNÇÕES DE VALIA EUROPEIA

QUE POSSAM SER DESEMPENHADAS PORPORTUGAL

QUATRO OPÇÕES PARA REFLECTIR

2ª OPÇÃO –APOSTAR NA UTILIZAÇÃO DE FUNDOSESTRUTURAIS PARA FINACIAR UM PROGRMADE INCENTIVOS ÀS PME`S PARA DINAMIZAR AS EXPORTAÇÕES

EM CONTRASTE COM

CONCENTRAÇÃO DOS FUNDOS ESTRUTURAIS NA ATRACÇÃO DE INVESTIMENTO DIRECTO

ESTRANGEIRO QUALIFICANTEACOMPANHDA POR UMA REFORMA DO

SISTEMA FINANCEIRO QUE O TORNE MAIS AMIGÁVEL PARA O INVESTIMENTO DAS

PME´S

QUATRO OPÇÕES PARA REFLECTIR

3ªOPÇÃO –QUERER ESTAR ENTRE OS PAISESEUROPEUS QUE MAIS ESFORÇO SE DISPONHAMA FAZER NA REDUÇÃO DAS EMISSÕES DEGASES COM EFEITO DE ESTUFA

EM CONTRASTE

APOSTAR NA ATRACÇÃO DE INVESTIMENTOS NA ÁREA ENERGÉTICA E DE TRANSFORMAÇÃO

DE ENERGIA, DESDE QUE ACOMPANHADOS POR INVESTIMENTOS NA CAPTAÇÃO,

SEQUESTRAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE CO2, ABRINDO ESPAÇO A INVESTIMENTOS CAPITAL INTENSIVOS E COM ELEVADA

PRODUTIVIDADE

EM CONTRASTE COMCONCENTRAR O ESSENCIAL DOS GASTOSDE

FORMAÇÃO NO AP0IO A NOVAS ACTIVIDADES DO INVESTIMENTO

EMPRESARIAL E NA OBTENÇÃO DE REAISCOMPETÊNCIAS RECONHECIDAS PELO

MERCADO EM ÁREAS HORIZONTAIS DE FORTE PROCURA

– EX: SERVIÇOS DE SAÚDE/REABILITAÇÃO & SERVIÇOS ASSOCIADOS ÀS TECNOLOGIAS

INFORMAÇÃO

4ª OPÇÃO – APOSTAR EM PROGRAMAS MACIÇOS DE FORMAÇÃO SEM GARANTIAS DE QUALIDADE E SEM CERTIFICAÇÃO RECONHECIDA NA PRÁTICA, NO MERCADO DE TRABALHO

QUATRO OPÇÕES PARA REFLECTIR

FIM