1996 - felizolla - o papel do endotélio

Upload: deliverywork

Post on 14-Feb-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    1/8

    o papel do endotlio

    vascular na

    fisiologia

    .

    circulatria

    Nos ltimos anos, cada vez mais o endotlio vascular

    vem

    ganhando ateno nos estudos da

    fisiologia circulatr

    ia principalmerite

    no

    que tange microcirculao.

    Em 1980 foram dados os primeiros passos no

    caminho

    para descoberta

    do

    Fator Relaxador

    Derivado do

    Endotlio

    EDRF:

    Endothelium

    Derived Relaxing

    Factor). Atualmente reconhecido

    como xido ntrico (NO:

    nitric

    oxide), considerado a principal substncia vasoativa produzida

    pelo

    endotlio. Desde ento funes das

    mais

    variadas

    vem

    sendo

    descobertas

    .

    O

    endotlio relaciona-se

    com

    o

    controle

    do

    tnus

    vascular atravs das

    prostaglandinas e

    de

    fatores constritores. Relaciona-se

    com

    a coagulao atravs das prostaglandinas e o sulfato

    de

    heparan e controlando a agregao plaquetria e leucocitria produzindo leucotrienos e

    fator

    de

    agregao plaquetria, dentre outros.

    Unitermos: Endotlio Vascular, xido Ntrico, Prostaglandinas

    O

    ndotlio vascular foi por muito

    tempo considerado apenas

    uma

    barreira

    passiva sem funes

    fisiolgicas vasculares especfIcas at

    que Furchgot e Zawadski (apud 3,4,7),

    em

    1980,

    demonstraram sua participao

    na dilatao vascular atravs da ao da

    acetil-colina.

    Desde ento diversos trabalhos vm

    sendo publicados implicando o endotlio

    vascular em inmeras funes especficas,

    como o controle do tnus vascular' ', o

    controle da

    coagulao

    6

    e fibrinlise

    locaP9, interaes

    com

    a adesividade

    leucocitria

    43

    e plaquetria

    ls

    , dentre outras

    (Quadro 1).

    Neste caminho foram

    identificadas

    substncias com aes amplas ou espe

    cficas, dentre elas o ftor de relaxamento

    derivado do

    endotlio (EDRF

    -

    En

    dothelium Derived

    Relaxing

    Factor)46,

    prostaglandinas (POI 2 e PGE 2)37,

    endotelina (ETl)

    14

    49 trombomodulina

    8

    e

    outros que sero citados posteriormente,

    Com

    certeza a

    principal substncia

    produzida pelo endotlio vascular at agora

    conhecida o EDRF devido ao seu amplo

    espectro

    de

    ao. O EDRF est implicado

    na manuteno do tnus

    vascular,

    na

    agregao e adesividade plaquetria

    e,

    em

    parte, no controle da coagulao

    .

    IS.46

    Fator

    de

    relaxamento

    deriv do

    do

    endotlio EDRF

    Experimentos prvios demonstraram

    a necessidade da presena do endotlio

    para a manuteno do tnus vascul

    ar

    13 e

    para mediar o relaxamento vascular por

    alguns dos

    assim

    chamados

    vaso

    dilatadores", como a acetil-colina

    l

    Tais

    experimentos falavam a favor da exis

    tncia de uma ou mais substncias do

    endotlio implicadas nesta funo.

    Estudos mais recentes demonstraram

    a

    produo

    de uma substncia

    pelo

    endotlio que provoca o relaxamento

    vascular. Esta substncia foi isolada em

    culturas de clulas endoteliais e ' recebeu

    o nome

    de

    ftor de relaxamento derivado

    do endotlio (EDRF)26

    Muito se fez para definir a estrutura

    molecular desta substncia EDRF e, em

    estudos comparativos, chegou-se

    concluso que o

    xido ntrico (NO

    -

    Nitric oxide) no apenas teria a mesma

    natureza

    qumica,

    como tambm as

    mesmas

    propriedades farmacolgicas

    junto ao endotlio vascular

    21

    4o 46

    Desde

    CIR VASC

    ANGIOL

    12 :129 136.

    1996

    Luiz

    Roberto Felizzola

    Mdico

    Cirurgio

    Geral Estagirio do

    Servio

    de

    Cirurgia Vascular e

    ngiologia

    Jos Roberto

    Rossini

    Sobrinho

    Mdico Cirurgio Geral Estagirio do

    Servio de Cirurgia Vascular e

    ngiologia

    Wolfgang

    G. W. Zorn

    Responsvel pelo Servio

    Bonno Van Belien

    Responsvel

    pelo

    Servio . Livre

    docente em Molstias Vasculares

    Perifricas

    pela

    UNlCAMP

    Trabalho realizado no Servio de Cirurgia

    Vascular Perifri

    ca

    e Angiologia

    do

    Hospital So Joaquim da eal e

    Benemrita

    Sociedade

    Portuguesa

    de

    Beneficncia de So Paulo

    Recebido em 23 3 96

    provado para publicao em 27/6/96

    ento o

    EDRF

    e o

    NO

    vem sendo tra

    tados como uma nica substncia.

    Alguns autores referem pequenas

    diferenas entre ambos mas fazem

    a

    ressalva de que talvez tais diferenas

    sejam devidas apenas conduo

    do

    experimento

    lS

    ,

    O NO sintetizado atravs da ao

    da enzima NO-sintetase (NOS) presente

    no endotlio vascular, ativada pelo

    clcio, sobre

    os

    tomos terminais

    de

    nitrognio da poro guanidina da L

    arginina7 21 40.

    O NO formado difunde-se rapida

    mente at as fibras musculares lisas onde

    se combina com o ferro da poro ativa

    da

    guanidil-ciclase, ativando

    -a para a

    produo de guanidina-monofosfato

    cclica -GMPY

    A c-GMP estimula o relaxamento das

    fibras musculares lisas

    por

    mecanismos

    ainda

    pouco conhecidos. Al

    gumas

    hipteses

    seriam a desfosforilao das

    pontes de miosina 5 ou

    ainda

    por uma

    reduo do clcio intracelular atravs da

    hidrlise do fosfatidinositol que mobiliza

    o clcio do retculo endoplasmtic0

    46

    Estudos vieram ainda a implicar o

    NO

    como

    o

    metablito

    ativo que

    l

    eva

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    2/8

    o

    papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria

    vasodilatao pela nitroglicerina e outros

    nitratos orgnicos

    7

    O EDRF-NO produzido por todos

    os

    vasos do organismo principalmente

    pelas pequenas

    artrias e arterolas,

    porm as veias tambm o produzem, se

    bem

    que em menor quantidade4.lo.21

    Embora sua ao e local de produo

    principal seja

    o

    endotlio vascular,

    outros

    tecidos

    tm a capacidade de

    produzi-lo, tais como

    o

    crebro, as

    glndulas

    adrenais,

    as

    plaquetas

    e os

    macrfagos, porm com ao pouco

    esclarecida

    n

    odulao

    da

    liberao

    do

    EDRF NO

    e

    liberao

    contnua

    Existem vrios relatos comprovando

    a liberao contnua do EDRF-NO pelo

    endotlio vascular, sendo esta liberao

    responsvel pela manuteno do tnus

    vascular. TaiS

    relatos

    se baseiam na

    vasoconstri.o

    observada aps

    a

    ret

    irada

    do

    endotlio e principalmente aps

    o

    bloqueio da produo de NO por

    substncias

    arginina-simile

    que

    com

    petem com a arginina pela NO-sintetase.

    Estas substncias so o NG-monometil

    L-arginina (L-NMMA), NG-nitro-L-ar

    ginina (L-NNA), seu metil-ester

    (L

    NAME) e o mais recente e

    C111CO

    vezes

    mais potente, N-iminoetil-L-omitina (L

    NIO)

    O.

    3 .1

    2

    2

    4.4\4

    6

    Efeito do fluxo e do stress na

    parede vescular sobre a

    liberao do EDRF-NO

    sabido que alteraes no fluxo e

    viscosidade

    sangunea levam a

    alte

    raes

    do

    stress

    sobre

    a

    parede

    vascular e, mais especificamente, sobre

    o endotli0

    52

    Recentemente alguns estudos foram

    conduzidos no intuito de correlacionar

    o stress sobre o

    endotlio com

    a

    libera.o de EDRF-NO.

    Assim

    sendo,

    observou-se que o incremento

    da

    vis

    cosidade sangunea em 85% levou a um

    aumento

    no

    dimetro das pequenas

    artrias da ordem de 25%, o qual pode

    ser inibido pelo L-NMMA, bloqueador

    da produ.o do xido ntric0

    52

    Da m-sma

    fonna o fluxo

    foi

    amplamente implicado

    com a produo de EDRF -NO sendo que

    aumentos de fluxo acima de 50% levaram

    a dilatao

    das

    pequenas

    artrias

    e

    arterolas da ordem de 20%, fenmeno

    este tambm bloquevel pelo L-

    NMMA

    2

    Tais achados tambm foram confinnados

    a nvel venular

    28

    Contrariamente, a reduo do fluxo da

    ordem de 70% na artria cartida comum

    de

    coelhos

    levou

    a diminuio no

    dimetro

    de

    21

    30. Tanto a dilata.

    quanto a constrio foram revertidas

    em

    at 6 horas aps ser restitudo o fluxo

    nOllllaI

    2

    .

    30

    .

    As alteraes de dimetro das artrias

    relativas ao fluxo

    tm

    valor crtico na

    adapta.o

    ao

    desenvolvimento

    e

    s

    alteraes fisiolgicas, patolgicas

    e

    induzrdas

    Assim sendo, o fluxo

    considerado

    atualmente o principal

    modulador da liberao de

    EDRF-NO

    pelo endotlio vascular

    2

    Esta modula.o provavelmente

    tem

    importncia vital nas doenas este

    nosantes e obstmtivas, onde o aumento

    do fluxo

    nas artrias

    da circulao

    colateral levaria a produo aumentada

    de

    EDRF-NO

    e relaxamento vascular,

    facilitando

    o aporte

    sanguneo pela

    mesma.

    Hipxia e secreo de EDRF NO

    O suprimento de oxignio vital para

    todas as clulas do orgal1lsmo, sendo o

    sistema

    circulatrio,

    princrpalmente

    a

    microcirculao,

    o

    encarregado de

    fomec-lo aos tecidos. Neste sentido, o

    sistema circula trio tem mecanismos para

    detectar

    e

    mlllimizar

    os

    efeitos da

    hipxia

    3

    .

    29

    Estudos recentes evidenciaram ser o

    endotlio

    o

    sensor

    da

    hipxia.

    O re

    laxamento

    vascular

    que

    ocorre na

    vigncia da bipxia tlli por muito tempo

    atribudo ao dficit de oxigenao da

    musculatura lisa

    dos

    vasos ou

    aos

    produtos do metabolismo

    anaer

    bico

    dos tecidos prximos aos vasos.

    Porm

    recentemente

    foi

    comprovado que

    a

    retirada do

    endotlio

    leva a

    quase

    extino

    da

    vasodilatao dependente

    da hipxia

    3

    29 46

    Aparentemente o EDRF-NO o prin-

    Luiz Roberto Felizzola e

    cols.

    cipal

    mediador

    deste

    fenmeno tendo

    sido demonstrada

    a

    elevao

    na pro

    duo do mesmo durante a hipxia e o

    bloqueio

    da vasodilatao

    pelos

    blo

    queadores

    da

    produo de EDRF-NO, L

    NMMA .29 46

    Antagonicamente

    a

    hipxia

    e pnn

    cipalmente

    a reperfuso levam a pro

    duo de radicais livres e a liberao de

    hemoglobina pela hemlise, substncias

    estas que antagonizam o NO, reduzindo

    assim

    a

    vasodilatao

    esperada

    4 6

    A

    prpna

    NO-sintetase pode vir a produzir

    radicais livres em condies de hipxia e

    baixa concentrao de L-arginina

    7

    A hipxla promove ainda agregao

    plaquetria,

    adeso plaquetria

    e leu

    cocitria

    ,

    produo

    de leucotrienos e

    endotelina, dentre outras alteraes que

    sero discutidas

    frentel.1

    7

    23 ,31

    EDRF-NO como

    mediador

    da

    ao

    vasodilatadores

    O EDRF-NO age como mediador na

    vasodilatao promovida por outras

    substncias como a acetil-colina , ADP,

    ATP,

    bradicinina, IllS

    tamll1

    a serotonina,

    trombina, dentre outros. Tal afirmao

    pode ser comprovada quando a dilata.o

    esperada no obtida aps a retirada do

    endotlio vascular ou aps o bloqueio

    da

    produo

    de EDRF -NO

    pelo L

    NMMA

    4

    .

    19

    4

    653 Estes achados permitem

    inferir que as substncias citadas teriam

    como mecanismo de ao o incremento

    da produo dc

    N0

    4

    Entretanto

    nem todos

    os vaso

    dilatadores agem atravs

    do

    incremento

    na produo do

    EDRF

    O AMP, papa

    vcrina, isoproterenol, nitratos orgnicos ,

    dentre outros tem ao mantida apesar

    do bloqueio da produ.o de EDRF-NO

    pela L_NMMA

    4

    46 Assim sendo inferida

    a possibilidade

    destas

    substncias

    apresentarem

    ao direta sobre a mus

    culatura lisa dos vasos ou ainda serem

    dcpendentes de outro mediador que

    n.o

    oEDRF-NO.

    Outras

    aes

    e Interaes do

    EDRF-NO

    O

    EDRF

    -NO implicado em quase

    todas as hmes do endotlio vascular,

    CIR VASC ANGIOL 12 : 129-136 1996

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    3/8

    o

    papel

    do endotlio vascular

    na

    fisiologia circulatria

    seJl

    por ao

    direta no relaxamento

    vascular e na resposta s alteraes do

    fluxo ou indireta como na

    agregao

    plaquelna onde, alm de ag ir sobre as

    plaquetas promove aumento da liberao

    de

    prostag

    landinas

    que so potente

    s

    antiagregantes plaquetnos

    4

    .1

    5

    .

    2

    1.

    40. 46

    A prpria agregao plaquetria libera

    ADP e serotonina, os quais estimulam a

    produo de EDRF -

    NO

    pelo endotlio.

    Igualmente a coagulao tambm apre

    sen ta

    re

    lao com o EDRf

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    4/8

    o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria

    origem endotelina. H

    ainda

    a pos

    sibilidade da transformao da BET em

    endotelina ao nvel da membrana cito

    plasmtica 14.

    A endotelina possui dois receptores

    conhecidos, o ETA e o EIE. Acredita-se

    que o receptor ETA

    esteja

    junto

    s

    clulas musculares lisas levando-o

    vasoconstr

    lo. O

    receptor

    ETB

    'en

    contra-se na superficie

    das clulas

    do

    endotho e teria funo vasodilatadora

    pelo aumento da liberao de

    NO

    e PGI

    2, embora possa causar vasoconstno

    em detenninados vasos como as artrias

    intraparenquimatosas renais

    22

    EXIstem relatos confinnando a libe

    rao contnua da endotelina pelas

    clulas endotel iais , inferindo possvel

    ao

    no

    controle

    do

    tnus vascular

    6

    Outros estudos relatam o aumento da

    produo da endotelina estimulada pela

    trombina, plaquetas , cido aracdnico ,

    altas concentraes de acetilcolina,

    hipxia e inibidores da produo do

    NO

    (L-NMMA). Sua produo minimizada

    com o aumento do t1uxo sanguneo, uso

    de bloqm:adores dos canais de clcio e

    eleva.o da produo de EDRF

    -N 0

    4 15 46

    I-

    I

    amda publicaes mostrando

    um

    declnio na produo de

    EDRF

    -NO e

    aumenta a produo de endotelina nos

    vaso,; dc pacientes hiperlipidmicos e

    ateroscler ticos, 1I1lplicando a endotelina

    na gnesc

    da

    hipertenso

    e vaso

    espasmo, alm de sugeri-la como mar

    cador da leso endotelial'

    1.50

    o anticoagulante do

    endotlio vascular

    Uma das

    peculiaridades mais

    co

    nhecidas da coagulao a propriedade

    de tamponar leses do endotlio sem que

    o cogulo progrida ocluindo o vaso, fato

    que no ocorre in vitro Este fenmeno

    se deve aos mecanismos de controle da

    coagulao existentes no endotho

    vascular e que sabidamcnte pendem para

    a tnuo anticoagulante

    8

    ,

    Para cxercer a anti coagulao existem

    dois mecanismos prll1Clpms: a produo

    de heparan-sulfato e outros glicos

    aminoglicanos heparina-similes

    que

    aumentam a atividade da antitrombina

    UI

    ,

    O

    Olro mecanismo

    dependente

    da

    trombomodulina,

    Porm

    existem ainda

    outras substncias como as prostaciclinas

    e o ativador do plasminognio que inte

    ragem

    no

    equilbrio coagu

    l

    ao

    -anti

    coagulao-

    f

    brinlise

    4

    .

    s

    ,33.

    O

    heparan

    -sulfato e as

    substnc

    ias

    heparma-similes

    s.o

    glicosaminoglicanos

    presentes na

    membrana

    das clulas do

    endotlio vascular que tem baixa ao

    anticoagu

    l

    ante quando comparadas

    heparina comercial. A ao destas subs

    tncias se d pela potencia

    li

    zao da ao

    da antitrombina III em dezenove vezes na

    sua atnidade pela trombina, O complexo

    heparansuUi:tto-antitrombina

    I I I

    tambm

    mativa os fittores VII, IX e X Impedindo a

    ativao da cascata da coagula0

    4

    .

    35

    A trombomodulina fM)

    Ullla

    glico

    protena da membrana celular que tlmciona

    como receptor com grande atnidade pela

    trombina , Esta substncia est presente

    em diversos tecidos do organismo, porm

    sua ao conhecida e de interesse decorre

    da sua presena na superficie do endotlio

    vascular

    4

    '.

    Aps

    ligar-se

    trombina,

    a trom

    bomodulina forma um complexo que ativa

    a proteina C, vinte mil vezes mais potente

    que a ativao decorrente da trombina

    Isoladamente. A protena C por sua vez

    combina -se com a protena S

    junto

    supertlcie endotelial em presena de clcio.

    Este novo complexo

    ir

    inativar os fatores

    Va e

    VllIa, bloqueando

    a

    cascata

    de

    coagulaos 9.33.'''

    .

    A alta concentrao de trombomodulina

    presente

    na

    mlcrocirculao provavel

    mente

    um

    fator de proteo contra a

    depOSIo

    de trombina que poderia levar a

    ocluso destes vasos, Outro mecamsmo

    pelo qual a trombomodulina evitaria a

    trombose da microcirculao seria

    por

    aumentar em 3 a

    4

    vezes a atnidade da

    antitrombina III pela trombime.

    Existem relatos de que o comp lexo

    t r o m b ~ m o d u l i n a t r o m b i n a seria capaz de

    inativar a uroquinase endgena apre

    sentando caracterstica antifibrinolt i

    ca

    que

    celtamente tem lugar no equilbrio tsio

    lg

    ico da

    coagulao-anticoagu

    l

    ao

    fibrinli

    se

    4.J

    9

    ,41.

    Pouco sabido sobre os moduladores

    Luiz

    Roberto Felizzola e

    cols

    da trombomodulina, Sabe-se que a sua

    produo celular diminuda pelo

    Il1cre-

    mento do fluxo sanguneo, pela ao das

    cininas que mediam o processo inf1a

    matrio, interleucina 1, tator de necrose

    tumoral e pela endotoxina da E.

    COli

    32

    .

    JW

    Os estimula dores conhecidos so o AMP

    cclico, o cido retinico e trombina

    33

    .

    4

    .

    Tambm

    relevante citar

    a

    ao

    dos

    inativadores da protena C que so o alfa I

    antitripsina e o inativador da protena C9

    Embora o stress sobre o endotlio

    induza a uma diminuio da produo de

    tromb011l0dulina, ) que podena ser consi

    derado pr-coagulante, o mesmo causa

    incremento de 3 a 22 vezes n concentrao

    do ativador do plasm111ognio, fazendo

    com quc o endotlio passe de um estado

    alltitrom btico para um estado fibri

    noltico

    o pr-coagulante do

    endotlio vascular

    Estudos mostraram que o endot lio

    vascular sadio resistente trombose

    mesmo

    em

    condies

    de f1uxo ze ro ,

    porm existem alteraes do endotlio

    que

    podem

    levar

    a

    rpida trombose

    10cal

    o

    Existem algumas

    substllnclas que,

    quando em

    contato

    com o

    endotlio

    vascular, desequilibram a balana coa

    gulao-anticoagulao para o lado da

    coagulao, So elas a

    in[erleuc111a

    I, o

    filtor de necrose tumoral e o endotoxina

    da E coli

    4

    .

    9

    ,32

    Estes trs agentes tm a propriedade

    de, junto ao endotlio, induzir a pro

    duo de interleucina

    I, fator de von

    Willebrand

    e ini

    bi

    dores do

    plasmino-

    .

    gnio

    ,

    diminuir

    a produilo de prosta

    glandinas e principalmente de induzir a

    produo de fator tissular, um potente

    desencadeante da cascata da coagulao

    e supressor da trombomodulina

    4

    .

    9

    Interao

    do

    endotlio

    vascular com a agregao

    plaquetria

    A mterao do endotl io

    va,cular

    com a agregao plaquetria complexa,

    envolvendo

    por

    vezes mecan

    I

    smos

    antagnicos, Porm

    i

    ustamente

    esta

    CIR VASC

    ANGIOL 12 129-136 1996

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    5/8

    o

    papel

    do

    endotlio vascular

    na

    fisiologia circulatria Luiz Roberto Felizzola e cols.

    complexidade de efeitos pr-coagulantes

    e antiagregantes que mantm o controle

    eficaz da hemostasia primria realizada

    pelas plaquetas.

    O

    endotlio

    vascular sabidamente

    produz EDRF -NO

    que

    age sobre

    as

    plaquetas elevando a produo de AMP

    cclico

    cAMP)

    e inibindo

    sua

    agre

    gao. A prostaglandina PGI 2 tem ao

    semelhante estimulando a produo de

    cAMP porm de forma mais vigorosa,

    sendo

    o

    mais potente antiagregante

    plaquet

    rio

    endgeno

    conhe

    ci do 12

    .15.3

    74

    0

    46.51.

    Antagonicamente , o endotlio vas

    cular tem

    a capacidade de produzir

    fatores que incrementam a agregao e a

    adesividade plaquetria como o fator

    de

    von Willebrand

    4

    ,48,

    em

    resposta

    ele

    vao do fluxo sanguneo , interleucina

    I,

    tromboxane

    A 2, endotelina, v s ~ -

    pressina e

    ti:ltor de

    agregao plaquetria

    (PAF)442

    Algumas condies clnicas tm ao

    llllportante neste controle, como

    a

    hipxia, que aumenta a produo de

    superxidos

    os

    quais por sua vez causam

    maior produo de PAF e

    agregao

    plaquetria

    42

    No so de menor impor

    tncia,

    a

    infeco

    por E. coli com

    liberao de endotoxinas e o fator de

    necrose tumoral, elevando a produo

    de

    interleucina I minimizando a liberao

    de prostaglandinas e aumentando a agre

    gao plaquetria

    32

    Talvez a poro mais complexa

    s t e

    mecanismo seja o metabolismo

    trans

    celular que ocorre entre as plaquetas e

    as clulas endote1iais. Metabolismo

    transcelular o nome dado

    situao

    em que uma detenninada clula se utiliza

    de substncias precursoras ou in

    tenlledirias de outra clula para produzir

    um novo metablito ativ0

    46

    Desta forma,

    a agregao plaquetria responsvel

    pela liberao de serotonina, endo

    perxidos, precursores do cido arac

    dnico e nucleotdeos de adenosina que

    estimulam as clulas endoteliais a

    produzir EDRF-NO e prostaglandinas,

    sabidos antiagregantes plaquetrios

    15 46

    Ressalva deve ser feita ao estudo de

    Searle

    46

    que

    descreve

    ao

    vasodila-

    FATORES RELAXANTES

    EDRF Fator de relaxamento derivado do endotllo

    NO

    xido ntrico

    EDHF

    Fator

    hlperpolarlzante

    derivado

    do

    endotllo

    PGI 2 e

    PGE

    2 Prospaglandlnas

    FATORES CONSTRICTORES Endote\lna

    Vasopressina

    FATORES

    ANTI TROMBTICOS

    nlllromblna

    Trombomodulna

    Slbstnclas heparlna slmlles

    Heparan sultato

    PA

    llvador do

    plasmlnognlo

    FATORES

    PR TROMSTlCOS

    Interleuclna

    I

    Fator Hssular

    Fator de von

    Willebrand

    PAI

    Inlbidlr da ativao do

    plasmlnognlo

    FATORES

    ANTI AGREGANTES

    EDRF NO

    Prostaglandlnas

    FATORES PR AGREGANTES Fator de

    von

    Willebrand

    Interleuclna I

    Tromboxane

    A 2

    Vasopressina

    Endotellnal

    PAF Fator de agregao plaquetrla

    Quadro 1: Substncias produzidas

    pelo endotllo

    vascular.

    tadora

    dos produtos

    da

    agregao

    plaquetria apenas nos vasos com

    endotlio ntegro, pois quando o endo

    tlio

    foi retirado ou lesado as subs

    tncias

    em

    questo induziram vaso

    constrio.

    Participao

    do

    endotlio

    vascular

    na

    adeso

    leucocitria

    Como j vimos anteriormente, o

    endotlio

    vascular est

    envolvido em

    diversas funes as

    quais

    se inter

    relacionam das mais variadas maneiras.

    No poderia ser diferente no que tange

    adeso

    leucocitria, tendo

    papel

    fun

    damental no controle da mesma, princi

    palmente

    durante a

    lsquemia

    e reper

    fuso ou ainda

    no processo

    int1a

    lnatno1.17.18 36.

    Em

    condies nom1ais o endotlio age

    minimizndo a

    adeso

    leucoci tria

    atravs da ao do EDRF-NO secretado

    continuamente, porm com mecanismo

    de

    ao

    desconhecid0

    27

    .

    31

    .42 Tal

    ao

    pode ser comprovada por estudos onde

    a inibio do

    NO

    pelo L-NMMA causou

    aumento de

    15

    vezes na adeso leuco

    citria, o qual no ocon'eu quando a L

    arginina

    foi

    administrada previamente

    27

    .

    Sabe-se ainda que durante a isquemia

    e reperfuso ocorre a produo de

    substncias no endotlio que diminuem

    a produo do NO ou o inativam como

    os

    superxidos, leucotrienos

    ,

    prin

    cipalmente o LTB4, e pelas substncias

    liberadas pelos

    leuccito

    s que esto

    aderidos ao endotlio. Tal fato leva ao

    aumento da adeso leucocitria durante

    a hipxia e reperfuso

    l

    ,

    18

    3S.47.48

    Outro fator implicado na diminuio

    do

    NO

    e incremento da

    adesi

    v idade

    leucocitria a diminuio intensa do

    fluxo sanguneo que gera lmente acom

    panha a isquemia nas doenas vas

    culares perifericas

    7

    Relatos referem a dimll1u i

    o

    da

    adesividade leucocitria na isquemia e

    reperfuso

    com

    o

    uso

    de inativadores

    de

    superxidos

    como o alopurinol e a

    superxldo-dismutase

    e ainda pelos

    inibidores da ciclo-oxigenase 1.17

    .1

    8 38

    O endotlio vascular por si s possue

    molculas em sua superfcie que esti

    mulam a adeso leucocitna porm, em

    condies

    normais, estas so inibidas

    pelo EDRF-NO. As molculas em ques

    to

    so

    CD

    11, CD 18,

    ICAM

    1, E

    se\ectina

    e

    P-selectina

    2

    7.31

    Estas mo

    lculas, pnncipalmente a P-selectina,

    CIR V SC ANGIOL 2: 129-136 1996

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    6/8

    o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria Luiz Roberto Felizzola e cols.

    foram relacionadas com a

    maior

    ade

    sividade leucocitria nas vnulas que nas

    arterolas

    ,

    tendo em

    vista

    que

    foi

    encontrada menor concentrao de

    selectina nos corpsculos de Weibell

    Pala

    e

    das arterolas

    31

    .

    A adeso leucocitria leva a

    uma

    reao em cadeia pois quanto

    mais

    leuccitos forem ativados e aderidos,

    principalmente polimorfonuc

    lear

    es ,

    maior a produo de superxidos,

    leucotrienos e mediadores do processo

    inflamatrio, perpetuando o processo.

    Assim sendo, no a isquemia, mas sim a

    adeso leucocitria tem sido implicada

    THE ROLE

    OF THE

    ENDOTHELlUM

    IN

    ClRCULATORY

    PHYSIOLOGY

    or

    the

    pas

    t 15

    years

    ,

    the

    endothelium has been increasingly

    seen as playing a

    major

    role in

    circulatory physiology, especially in the

    microcirculation. In 1980, the first

    como principal responsvel pela leso

    de reperfuso e pelas alteraes da

    permeabilidade

    o

    endotlio. Tal fato

    comprovado pela menor leso de reper

    fuso vista em neutropnicos1.l

    8

    Acredita-se atualmente que a adeso

    leucocitria basicamente controlada

    por trs fatores:

    Molculas especficas

    o

    endotlio

    vascular.

    Fora hidrodinmica para o clea

    rence do endotlio pelo fluxo san-

    guneo.

    Carga eletrosttica, interao do

    leuccito com o endotlio vascular.

    studies leading to the discovery of the

    Endothelium-Derived Relaxing Factor

    (EDRF) were carried ou . Today, EDRF

    is known to be nitric oxide (NO), that is

    regarded as the most important

    vasoactive

    agent

    produced

    by the

    endothelium . Recently, many

    other

    functions of the endothe ium have been

    discovered. The most up-to-date studies

    show that the endothelium contrais the

    vascular tonus by producing EDRF,

    prostaglandins and constricting factors;

    modulates coagulation by producing

    thrambomodulin and heparan sulphate;

    and controls platelet aggregat ion and

    leukocyte

    adhesion

    by

    producing

    prostaglandins

    ,

    leukotr

    ienes and

    Platelet Aggregation Factor

    PAF)

    .

    Keywords: Endothelium , vascular;

    Nitric Oxide; Prostaglandins .

    CIR

    V SC

    ANGIOL

    2:

    129-136 1996

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    7/8

    o papel do endotlio vascular

    na

    fisiologia circulatria

    1

    Bertuglia

    S, Colantuoni A

    Microvascular injury during ischemia

    and reperfusion in hamster cheek

    pouch. lnt J Microcirc Clin Exp,

    14

    Suppl

    1 :

    170, 1994.

    2.

    Brownlee RD, Langille

    BL

    - Arterial

    adaptations to altered blood t10w.

    Can JPhysiol Pharmacol, 69: 978-983,

    1991.

    3. Close LA,

    Bowman

    PS, Paul

    RI

    Reoxigenation-induced relaxion of

    coronary

    arteries a novel

    endothelium-dependent mechanism.

    CircRes,74 5) 870-881,1994.

    4.

    Clowes AW, Kohler TR - Anatomy,

    physiology and pharmacology of the

    vascular wall . In: Moore W ed):

    Vascular surgery. A comprehensive

    review Philadelphia,W B. Saunders

    company,

    1993,

    p: 37-46.

    5. Clozel M, Loft1er BM, Breu

    V,

    Hiefger

    L,

    Maire

    lP

    Butscha

    B

    Downregulation

    of endothelium

    receptors by autocrine production of

    endothelin L

    Am

    .TPhysiol, 265: C

    188-

    192, 1993.

    6. Dahln SE, Bjork I, Hedovist P, Arjors

    KE, Hanunarstrom S, Lindgren IA,

    Samuelsson B - Leukotrienes

    promotes plasma

    leakage

    and

    leukocyte adhesion in postcapillary

    venules: in vivo

    effects

    with

    relevance to the acute int1amatory

    response. Proc Natl Acad Scid USA,

    78 3887-3891,1981.

    7 Dinerman .lL, Lowenstein Cl, Snyder

    SH - molecular mechanism of nitric

    oxide regulation potencial relevance

    to cardiovascular disease. Circ Res,

    73 2):217-222,1993.

    8. Esmon CT - The regulation of natural

    anticoagulant pathway Science, 235:

    1348-1352,1987.

    9. Esmon CT - The roles of protein C

    and

    thrombomodulin in the

    regulation of blood coagulation. I

    BiolChem264 9):4743-4746,1989.

    10

    Falcone FC, Meninger GA - Venular

    release of endothelium-derived nitric

    oxide EDNO) canmodulate arterio1ar

    diameter

    in

    vessels

    isolated

    from

    skeletal muscle of anaesthetized rats.

    IntJ Microcirc Clin Exp, 14 Suppll):

    40

    , 1994.

    11. Fiscus RR, Hao H, Wang W, Arden

    A, Diana IN -

    Nitroglycerin

    exogenous nitric oxide) substitutes

    for endotheliun-derived nitric oxide

    in

    potentiating vasorelaxations and

    cyclic AMP elevation induced by

    calcitonin gene-related

    peptide

    CGRP) in rat aorta. Neuropeptides,

    26: 133-144,1994.

    12. Frangos IA, Eskin SG, Mcintire LU,

    Ives CL - Flow effects on prostacyclin

    production

    by

    cultured human

    endothelial cells. Science 227: 1477-

    1479,1985.

    13. Friebel

    M

    Klotz HF, Ley K,

    Gaehtgens

    P, Pries AR - F10w

    dependent

    regulation of

    arteriolar

    diameter in skeletal muscle in situ:

    role of EDRF and prostanoids. Int I

    Microcirc Clin Exp, 14 Suppl 1 : 41,

    1994.

    14. Fuj imoto S, Doi Y, Sakamoto Y -

    Immunoelectron microscopy of Big

    endothelin-l

    and

    endothelin-l in

    endothelial cells

    of

    human umbelical

    veins.

    Int

    I

    Microcirc Clin Exp

    14 Suppl 1 : 105, 1994.

    15. Furchgott

    RE

    Vanhoutte PM

    -

    Endothelium-derived relaxing and

    contracting factors. FASEB J, 3: 2007-

    2018,1989.

    16.

    Garcia-Villalon AL Monge L,

    Fernandez N, Garcia L, Gomes B,

    Diegnez G

    Cholinergic

    vasodilatation mediated by nitric

    oxide and hyperpolarizing factor

    during cooling. Int I Microcirc Clin

    Exp, 14 suppll): 41,1994.

    17.

    Gillespie MN, Kojima

    S,

    Owasoyo

    1

    ,

    Tai HH lay M - Hipoxia provokes

    leukotriene-dependent neutrophil

    sequestration in perfused rabbit

    hearts. o Pharmacol Exp Ther, 241 3):

    812-816,1987.

    18

    . Granger DN, Benoit IN, Suzuki M,

    Grisham ME - Leukocyte adherence

    to venular endothelium during

    ischemia-reperfusion.

    Am

    I Phisiol,

    257:

    G683-688, 1989.

    19

    .

    Gustafsson

    H -

    Vasomotion

    and

    CIR VASC

    ANGIOL

    2:

    129 136.1996

    Luiz Roberto Felizzola e

    cols

    underluing mechanisms in small

    arteries.

    Acta

    Physiol

    Scand

    149 Supp1614) 7-33, 1993.

    20. Hecker

    M ,

    Bara

    AT Busse R -

    Relaxation

    of

    isolated coronary

    arteries by angiotens in-converting

    enzime inhibitors: role of endothelial

    derived kinins. o Vasc Res, 30: 157-

    262,1993.

    21.

    Higgs EA , Moncada

    S,

    Hodson

    HF,

    Knowles

    RG , Lopez-oIaramillo P,

    Maccall T, Palmer MJ, Rodonski MW,

    Rees DD, Schulz R - The L -arginine

    nitric oxide

    pathway

    o Cardiovasc

    Pharmacol17 SuppI3): S 1-9, 1991.

    22. Hoffend .I, Endlich K, Steinhausen M

    -

    Etb

    receptor-mediated effects

    of

    endothelin-I on rat renal microvessels

    in vivo. Int I Microcirc

    Clin

    Exp,

    14 Suppl i): 22, 1994.

    23. oIaeschke H, Farhood A, Srnith W -

    Neutrophils contribute

    to

    ischemia

    reperfusion injury in rat Iives in vivo.

    FASEB .I, 4: 3355-3359,1990.

    24. Kajita

    Y,

    Takaysu M, Mori

    M,

    Oyama

    H, Susuky Y, Shibuya M, Sogita K,

    Hidaka H - Regional variations in the

    role of nitric oxide in vasomotor control

    of cerebral circulation. Int I Microcirc

    ClinExp, 14 Suppll): 23,1994.

    25.

    Koller A, Sun D, Kaley G - Role of

    shear stress and endothelial

    prostaglandins in flow and viscosity

    induced di1atation of arterioles in

    vitro. CircRes, 72 6): 1276-1284, 1993.

    26. Koller A Kaley G - Control

    of

    microcirculation by endothelium

    derived prostaglandins and EDRF

    nitric oxide. Int I Microcirc Clin Exp,

    14 supp11): 168,1994.

    27. Kubes P, Suzuki M, Granger N - Nitric

    oxide: an endogenous modulator

    of

    leukocyte adhesion. Pro c Natl Acad

    Sci USA,

    88:

    4651-4655 ,1991.

    28.

    Kuo

    L,

    Arko F, Chilian WM, Davis

    MJ

    - Coronary venular responses to

    flow and pressure. Circ Res, 72 3):

    607-615,1993.

    29. Langdown A.I, Marshall .IM -

    Responses evoked in mesenteric

    microcirculation

    of

    anaesthetized rat

    by systemic hipoxia I Physiol, 23P,

    1990.

  • 7/23/2019 1996 - FELIZOLLA - o Papel Do Endotlio

    8/8

    o papel do endotlio vascular na fisiologia circulatria

    30.

    Langille B L, O'Donnel F - Reductions

    in

    arterial

    diameter

    produced by

    chronic decreases in blood flow are

    endothelium -dependen Science,

    231:

    405-407,

    1986.

    31. Leffer AM, Ma XL - PI v1N adherence

    to

    cat ischemic-reperfused

    mesenteric vascular endotheliurn

    under flow: role of P-selectin I Appl

    Physiol, 76(1): 33-38, 1994.

    32.

    Libby

    P,

    Ordovas .IM, Auger KR,

    Robbins AU, Biriny LK, lnarello CA

    - Endotoxin and tumor necrosis factor

    induce interleukin-1 gene expression

    in adult human vascular endothelial

    cells.AmJPathol,

    124: 179-185,1986.

    33.

    Malek AM, Jackman R, Rosenberg

    RD, 1zumo S - Endothe1ial expression

    of

    thrombomodulin is

    reversibly

    regulated

    by

    fluid shear stress. Circ

    Res, 74(5): 852-860, 1994.

    34.

    Magiafico RA, Malatino LS,

    Santonocito M, Spada RS,

    Tamburin0- - Plasma endothelin-1

    concentrotion

    in hypercho

    lesterolaemia. Int

    I

    Microcirc Clin Exp,

    14(Suppl

    1):

    107, 1994.

    35.

    Marcum

    .IA,

    Mckenney

    JB,

    Rosenberg RD

    - Acceleration of

    thrombin-antithrombin complex

    formation in

    rat hind

    quarters via

    heparin-like molecules bound to the

    endothelium. ] Clin invest, 74: 341-

    350,1984.

    36.

    Marschall JM, Mian R - Effects

    of

    acute systemic hipoxia on vascular _

    permeability and leukocyte

    adherence in the anaesthetized rat. I

    Physiol, 435: 24P, 1990.

    37.

    Messina EJ, Sun D, Koller A, Wolin

    MS, Kaley G - Role

    of

    endothelium

    derived prostaglandins

    in

    hipoxia

    e1icited arteriolar dilatation

    in rat

    skeletal muscle. Cir Res, 71(4):790-

    796,1992.

    38. Mian

    R

    Marshall JM - Effect of acute

    systemic

    hipoxia

    on vascular

    permeability

    and

    leukocyte

    adherence in the anaesthetized rat.

    CardiovascRes, 27: 1531-1537, 1993.

    39.

    Molinari

    A,

    Giorgetti C, Lansen

    .I,

    Vaghi F,

    Orsini

    G,

    Faioni

    EM,

    Mannucci PM - Thrombomodulin is

    a cofactor for thrombin degradation

    of recombinant

    single-chain

    uroquinase plasminogen activator

    in

    vitro and in a perfused rabbit

    heart model. Thromb Haemost,

    67 (2):

    226-232,1992.

    40.

    Moncada S - The L-arginine: nitric

    oxide pathway. Acta Physiol Scand,

    145:

    201-207,1992.

    41.

    Munk GA

    W,

    Groeneve1d E, Rijkend

    DC

    -

    Acceleration of thrombin

    inactivation of

    single

    chain

    urokinase-type plasminogen

    activator (pro-urokinase)

    by

    thrombomodulin I Clin 1nvest, 88:

    1680-1684,1991.

    42. Niu

    X, Smith

    CW,

    Kubes

    P -

    1ntracellular oxidative stress induced

    by nitric oxide synthesis inhibition

    increases endothelial cell adhesion

    to

    neutrophils. Circ Res, 74(6): 1133-

    1140,1994.

    43. Palomba

    ML,

    Dittman

    WA -

    Thrombomodulin: receptor with

    anticoagulant function.

    1nt I

    Microcirc ClinExp, 14(Suppll) : 167,

    1994.

    44.

    Pohl

    U, Kaas I - 1nteractions

    of

    hormones with the

    vascular

    endothelium. Arznein-Forsch, 44(1):

    459-461,1994.

    45.

    Preekel MP, Leftheriotis G, Gergaud

    JM, Banssillon V, Saumet JL - Effect

    ofnitric oxide blockade on lower limit

    of cerebral blood flow autoregulation

    in

    anaesthetized rat.

    1nt

    I Microcirc

    ClinExp, 14(Suppll): 42,1994.

    46.

    Searle NR, Sahab P - Endothelial

    vasomotor regulation in hea1th and

    Luiz

    Roberto Felizzola e cols.

    disease.

    Can

    I Anaesth, 39(8): 838-

    857,1992.

    47. Seiffage D, Laux V - Extravasation of

    macromolecules as a consequense

    of

    adhesion molecule

    mediated

    leukocyte endothelium interaction.

    1nt I Microcirc Clin Exp, 14(Suppl

    1):

    111,1994.

    48.

    Seraiin S, Marchetti C, Nucci AD,

    Piovella

    F -

    Cultured

    bovine

    1ymphatic and vascular endothelial

    cells:

    comparative

    immunolocalizat ion

    of

    fibronectin,

    von Willebrand and P-selectin. lnt I

    Microcirc ClinExp, 14(Suppll): 169,

    1994.

    49.

    Takeoka M,

    Sakai A,

    Ueda

    G,

    Kobayashi T, 1shizakit, Chang SW -

    Effect of endothelin-I antagonist,

    FR 13

    9 317, on hypoxic pulmonary

    vasoconstriction in isolated perfused

    rat lung.

    1nt I

    Microcirc Clin Exp,

    14(Suppll):29,1994.

    50.

    Vanhoutte E - Endothelium-derived

    vasoactive factors. 1nt

    T

    Microcirc

    ClinExp, 14(1): 42,1994.

    51. Vicaut E, Baudry N - Nitric oxide

    independent

    response

    to

    acetylcholine by terminal arterioles

    in cremaster muscle

    of

    anaesthetized

    rat. 1ntJ Microcirc Clin Exp, 14(1): 42,

    1994.

    52.

    Wit C, Schiifer C, Bismarck

    PV,

    Pohl

    U - Viscosity-induced elevation

    of

    shear stress induces

    no-mediated

    arteriolar dilatation

    in

    the hamster

    microcirculation.

    1nt J

    Microcirc Clin

    Exp, 14(Suppl 1):47, 1994.

    53.

    Ziche M, Morbidelli L, Parent A,

    Masini

    E, Goso C,

    Manzini

    S,

    Giachetti A, Granger

    lU,

    Ledda F -

    Postcapillary

    endothelial

    cell

    proliferation promoted by substance

    P is mediated by NK 1 receptor and

    nitric oxide prodution.

    1nt J

    Microcirc

    ClinExp, 14(Suppll): 37 , 1994.

    CIR

    VASC ANGIOL 12 129-136 1996