16/05/2015 - jornal semanário - edição 3.130

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A leitura como agente de formação Escolas públicas promovem atividades para desenvolver nos pequenos o gosto pelos livros, tentando salvar uma geração cada vez mais voltada às tecnologias BRUNA MARIA DE MOURA BENTO GONÇALVES Sábado 16 DE MAIO DE 2015 ANO 48 N°3130 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Páginas 26, 27 e 28 Setor moveleiro Retomada do crescimento só em 2017 Presidente da Movergs, Ivo Cansan, afirma que indústrias dificilmente vão recuperar as perdas Páginas 18 e 19 Educação

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16/05/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.130 - Bento Gonçalves/RS

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A leitura como agente de formação

Escolas públicas promovem atividades para desenvolver nos pequenos o gosto pelos livros, tentando salvar uma geração cada vez mais voltada às tecnologias

BRUN

A M

ARIA

DE M

OU

RA

BENTO GONÇALVESSábado16 DE MAIO DE 2015ANO 48 N°3130

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Páginas 26, 27 e 28

Setor moveleiro

Retomada do crescimento só em 2017Presidente da Movergs, Ivo Cansan, afirma que indústrias dificilmente vão recuperar as perdas Páginas 18 e 19

Educação

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Sábado, 16 de maio de 2015 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

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Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

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Atendimento ao assinante: 3055.3073 ou 9971.6364

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JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

Registro Prof. DRT 3321

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REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595

e-mail: [email protected]

Gosto muito de Santa Tereza, Monte Belo e Pinto Bandeira. Deplorei muito que tivessem se emancipa-do. Mas, emancipados, respeitei, como democrata, a soberania popular, passei a torcer para que dessem certo, que a emancipação se traduzisse em conquistas maiores do que as que vinham sendo obtidas como distritos. Só o fato de continuarem a ser localidades de rara beleza, de sustentável característica italiana, livres da migração incontrolável, dos bolsões de mi-séria e bairros carentes de tudo, já é uma conquista.

Vejam Bento, estamos perdendo, ou já perdemos, nossa característica italiana em decorrência da con-tinuada e incontrolável migração, temos bairros nos quais aniversário de traficantes são festejados com o espetáculo de fogos e artifícios, a marginalidade e a prostituição crescem assustadoramente, bairros ca-rentes de inclusão social, condição que nenhum Pre-feito gostaria de herdar e administrar.

Milhares de quilômetros são percorridos, filas imensas são enfrentadas, dificuldades de toda ordem são superadas para se visitar, no mundo inteiro, lo-calidades de característica turística e histórica, como a que se tem em Santa Tereza, de uma beleza impar, emoldurada por prédios históricos e preciosos e o rio que a contorna. Falta-lhe, no entanto, um bom ho-tel ou pousada, um atraente restaurante e um plano turístico e promocional, investimentos que, a rigor, deveriam ser subsidiados pelo Poder Público. Parale-lamente a isso seria preciso uma consciência popular do quanto isso seria importante para o município e, nisso, a Igreja poderia ajudar, assim como está aju-dando os Haitianos, por exemplo.

Para ajudar nisso, Santa tem um Santuário, ou Igre-ja, belíssima, histórica. Monte Belo carregou, junto com a emancipação, parte do Vale dos Vinhedos e sua importância turística, econômica, social. Também lhe falta um bom hotel e um restaurante de caracte-rísticas turísticas. Santa Tereza, Monte Belo e Pinto Bandeira, deveriam proporcionar condições plenas de atrair os bento-gonçalvenses para passeios, visi-tas, com muito maior intensidade, desviando-os um pouco das atrações dos shoppings de Caxias e seus lazeres e de Caravaggio, com suas peregrinações.

E temos Pinto Bandeira, bem Pinto Bandeira, São Pedro, Santo Antoninho, Barracão, estas localidades ficavam “do lado de lá” quando eu era guri. Vejam no que São Pedro se transformou. E Pinto Bandei-ra se emancipou. Mas o que fizeram com Pinto Ban-deira, após emancipação, na tentativa de reverter a situação, não se faz, essas ações deixaram sequelas que vão perdurar por gerações. É preciso sempre res-peitar a vontade do povo, porque tem sido assim, ou se satisfaz o povo, ou temos que nos submeter a ele, veja o que acontece em Bento com suas viradas elei-torais históricas, , fruto da insatisfação popular. Hoje em dia exige-se de um administrador público, mais do que simpatia e “dar tapinha nas costas”, exige--se competência, quando o povo chega a conclusão de que o “tapinha nas costas” representava apenas um “tapinha nas costas”, vira tudo. Milton Rosa, o

Henrique Alfredo [email protected]

VISÃO E VISITA top dos prefeitos de Bento, tinha simpatia, era bom gestor (endurecia mas sem jamais perder a ternura) e tinha a seu favor o Padre Manica (que era de partido opositor), Moisés Michelon (que era de partido opo-sitor) e que presidiu a Primeira Fenavinho. E, como se não bastasse esses dois gigantes, tinha a seu favor com atuaçao intensa a mulher, símbolo máximo de mulher simpatia, dinâmica, realizadora, Rosa ficou anos no poder.

Recentemente, esteve visitando o SISTEMA S o prefeito de Pinto Bandeira, João Feliciano Menezes Pizzio, que se fazia acompanhar do Secretário do De-senvolvimento Danio Marchioro Nichetti e do Asses-sor de Imprensa, Voltencir Fleck. Com o carisma de ex-policial, Pizzio é focado, rigoroso, determinado, mas não vende lá muita simpatia. Sua obsessão é ser o Prefeito que Pinto Bandeira precisa e não, propria-mente, o prefeito que Pinto Bandeira quer, bem isso, seria preciso aguardar a próxima eleição e não só le-var em conta o que a oposição diz. Pizzio tem contra si a ira de quem entende que não é valido ocupar-se a área de campo de futebol para a construção de um complexo educacional, esportivo, cultural e social, da maior importância para o Município.

Vale ressaltar que, por aqui, o Prefeito Pasin vai ocupar a área do Estádio Municipal para a constru-ção da nova Prefeitura e não se vê uma viva alma da oposição abrir a boca, se é que temos, há controvér-sias, oposição por aqui além da natural oposição do PT, partido vencido nas urnas. Pizzio disse que Pin-to Bandeira sofre a “maldição do pêssego”, quer di-zer, os que ganham dinheiro não se envolvem com as questões e interesses do Município como deveriam, bem, isso tem muito por aqui também, não é novida-de. Ele tem excelentes ideias e concepções, eu diria que “está sobrando” para Pinto Bandeira. Lamenta que o povo não compreenda, na essência, onde ele quer chegar. Sugeri que ele pedisse ajuda ao Padre, que não pode se omitir, que visitasse as casas junto com o Padre, enquanto o Padre dava a benção ele faria a pregação, único jeito de os gringos entende-rem melhor como um município deve se agregar em torno dos interesses do município, social, cultural, e educacionalmente.

Por aqui nós temos o Padre Chico, que ajuda a to-dos, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, e chegou até a eleger um Vere-ador. E a gringada daqui se sente melhor com o Pe. Chico. E o padre de Pinto Bandeira, faz a sua parte? Vamos gente pintobandeirense, a Pinto que eu conce-bo deve ter um Museu Histórico resgatando a tradi-ção do Município, deve ter um bom hotel, deve ter um excelente restaurante, deve ter a romaria de Nossa Senhora do Rosário, e outros eventos. E, fundamen-talmente, as obras públicas que o Município precisa. Prefeito eleito é Prefeito que tem que dar certo, o lu-gar pra contrariar, se é que tem que, é nas urnas.

Bah, ocupei toda a página 2, e não consegui falar dos festeiros da Igreja Cristo Rei, tem um Geremia no meio deles, isso é certeza de sucesso, Darwin foi um ótimo mestre. Será que eu vou ser Campeão da Libertadores?

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Painel

Acontece hoje, das 9h às 16h, a Feira de Adoções de Cães e Gatos. A ação será realizada no estacionamento das Lojas Benoit, na rua Marechal Deo-doro, número 108, no Centro. Além de adotar um bichinho de estimação, a comunidade

também pode colaborar doan-do sacos de ração e demais acessórios para os animais.

Ainda no mesmo dia, será realizado um brechó benefi-cente, cuja verba arrecadada será utilizada nas despesas com animais atropelados, que

sofreram maus-tratos ou que precisem de auxílio.

A ação é uma parceria entre as Lojas Benoit e a ONG Patas e Focinhos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3452.5833 ou pela página facebook.com/lojasbenoit.

Feira de adoção

Sartori na ExpoBento

Sábado, 16 de maio de 2015 3

Você vai ir à Audiência Pública de terça-feira, 19, na Câmara, sobre o Plano Diretor, ou vai lavar as mãos, como Pilatos, e deixar que sacrifiquem o rio Barracão?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Opinião

O governador do Rio Gran-de do Sul, José Ivo Sartori, afirmou aos presidentes do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), Leonardo Giordani,

e da ExpoBento 2015, Laudir Miguel Piccoli, que participa-rá da cerimônia de abertura da feira. A confirmação foi dada pelo chefe do Executivo Estadual durante visita fei-

ta por Giordani e Piccoli, que entregaram o convite oficial a Sartori. A cerimônia será rea-lizada dia 4 de junho, às 9h, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Dia do DesafioRealizado anualmente na

última quarta-feira de maio, o Dia do Desafio deste ano cairá no dia 27. Nesta edi-ção, Bento Gonçalves en-frenta a cidade de Araucá-ria, do Paraná, com 130 mil habitantes. A mobilização, coordenada pelo Sesc, tem o objetivo de incentivar a prática regular de exercí-cios e propõe que as pessoas interrompam suas funções rotineiras para praticar 15 minutos de atividade física.

Surpresa na hora da colheita

José Carlos Baseggio, do bairro Santa Marta, teve uma surpresa no dia 7 de maio: no terreno aos fundos de sua casa, ele colheu uma batata doce de aproximadamente sete quilos. Baseggio comenta que é a pri-meira vez que isso acontece. “Nunca tinha visto e muito menos colhido uma batata des-te tamanho”, revela. No local, ele planta diversos alimentos para subsistência da família e, quando está de folga, conta que sente-se feliz em mexer na terra. Outro diferencial dessa batata em relação às demais é o formato. “Lembra um pato”, afirma Baseggio.

DIVU

LGA

ÇÃO

HUMOR Moacir Arlan

CLEUN

ICE PELLENZ

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Sábado, 16 de maio de 20154 Geral

Conferência Municipal da Saúde

Há solução?

Inacreditável!

E a mãe deles?

Nesta quarta-feira, dia 13, o Conselho Municipal da Saúde, com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde, promoveu a V Confe-rencia Municipal da Saúde. Em nenhuma das edições anteriores a sua realização foi em momento tão oportuno. Estamos vivendo o mais grave momento desde que a Constituição de 1988 determi-nou que “a saúde é um direito de todos e dever do Estado”. Mas, esse grave momento se deve exclusivamente à falta de dinheiro para custear a saúde. Certamente, não é desconhecido pelos go-vernos Estadual e Federal que as prefeituras estão além do li-mite de suas responsabilidades e isso foi muito bem esclarecido na Conferencia.

No meu entender, não! E o motivo é elementar: não há como os três entes federados – municípios, estados e União – destina-rem mais verbas para a saúde, mantida a atual situação. Caso eles decidam fazer com que todos os impostos que a população paga sejam, efetivamente, recolhidos aos cofres públicos, aí sim haverá dinheiro. Imaginem que os mais de 600 bilhões de reais relativos às multas por infrações fiscais (notadamente sonegação) sejam pagos; imaginem que os “recursos” utilizados por empresas junto a COAF sejam eliminados, os corruptos que vendem facilidades sejam pre-sos; imaginem que o “sonegômetro” criado pelos procuradores da Receita Federal, que de janeiro até quinta-feira já registrou fantás-ticos 190 bilhões de reais sonegados sejam recolhidos também. Só com esses valores sobrariam muitos bilhões, mesmo depois de se-rem investidos todos os valores necessários para manter a saúde, educação e segurança pública. Como esse combate à sonegação é utopia, não há solução viável.

No início de fevereiro, quando houve a volta das contribuições do PIS e Cofins, postos de combustíveis de Porto Alegre deitaram e rolaram aumentando até R$ 0,73 ao litro, passando de R$ 2,86 para R$ 3,59 – “módicos” 25,5%. Flagrante abuso do poder eco-nômico, verdadeiro saque contra o bolso dos consumidores. Mas, como tal absurdo não tinha sustentação – não dava mais para culpar o governo -, eis que os preços chegaram a baixar, em al-guns postos, a valores semelhantes aos anteriores aos aumentos. Só que, inacreditavelmente, sem que houvesse qualquer aumento pela Petrobrás, postos decidiram aumentar novamente os pre-ços. Vários passaram de R$ 2,96 para R$ 3,29, ou seja, mais de 11%, sem a menor justificativa. Mas, eis que, nesta quinta-feira, constatei que o posto localizado na saída de Bento Gonçalves, o último posto antes da entrada para a Vila dos Eucaliptos, estava vendendo gasolina a R$ 2,99. Aproveitemos, portanto. Gasolina mais barata em Bento do que Porto Alegre é algo fenomenal e deve ser prestigiado.

ÚLTIMAS

Primeira: O Hospital Tacchini, atendendo a mais uma solicitação do governo do Estado, deci-diu manter aberta a UTI Pediátrica até segunda--feira, dia 18;

Segunda: O Governo se comprometeu a publicar no Diário Oficial do Esta-do, até o dia 18, o acerto para pagamento das ver-bas para manutenção da UTI Pediátrica. É esperar para ver;

Terceira: Nesta terça--feira, dia 19, na Casa das Artes, haverá audiência pú-blica sobre o Plano Diretor de Bento Gonçalves. Como vou estar em viagem, não comparecerei. Mas ficarei torcendo para que alguém lute pela preservação dos nossos mananciais;

Quarta: Aliás, chama a atenção o fato de terem marcado essa Audiência Pública do Plano Diretor exatamente no mesmo dia e horário em que a Abraçaí promove o evento “Eles na Passarela”;

Quinta: Pois é, sabida-mente muitas lideranças importantes estarão no evento “Eles na Passarela”. Por que será que a Audiên-cia Pública foi marcada para o mesmo dia e horário?

Sexta: O evento “Eles na Passarela” é beneficen-te e marcará o seu décimo aniversário. Será realiza-do no Parque de Eventos, pavilhão E, nesta terça, às 19h45min, com jantar para mil pessoas;

Sétima: Pelo que se nota, do Grêmio só saem notícias ruins para a tor-cida. Até quando, meu Deus!

Oitava: Já no Inter tudo segue em mar calmo, sere-no, tudo azul, rumo ao tri da Libertadores. Adminis-tração é tudo, inclusive no futebol.

Antô[email protected]

O assunto é o mesmo: sinalização de rodovias. A RS-122, entre Scharlau, São Leopoldo, e São Vendelino continua com largos tre-chos sem sinalização e outros parcamente sinalizados. E isso já há muitos, muitos meses. E a RS-444, entre a Vila dos Eucaliptos e o entroncamento com a RS-453, está com zero, zerinho de sinaliza-ção. E tudo afrontando o artigo 88 do Código de Trânsito Brasilei-ro. Mortes já aconteceram em alguns desses trechos e, pelo que se vê, nada sensibiliza os responsáveis. Creio, portanto, que se eles fossem obrigados a transitar por essas rodovias com os filhos, a esposa, a sogra e a mãe a bordo de seus carros, em dias de chuva e/ou neblina, à noite, certamente eles tomariam providências. O primeiro – antes eu entendia que era o Tarso, agora é Sartori – que fizesse isso daria um jeito nelas. Ou não?

O fluxo de veículos terá blo-queios intercalados na BR-470, em Garibaldi, na manhã deste sábado. Em razão da gravação de cenas do longa “O Filme da minha vida”, do diretor e ator Selton Mello, o trânsito será bloqueado entre os quilômetros 226,4 e 227,5.

Como alternativa de desvio para os motoristas, quem es-tiver trafegando no sentido Porto Alegre/Carlos Barbosa até Bento Gonçalves, é preciso acessar a RSC-453, nas proxi-midades do trevo do Parque da Fenachamp, no Km 227,5 e seguir até o trevo próximo ao bairro Alfândega. Entrando em Garibaldi pela Rua Buar-que de Macedo, após passar o Cemitério Municipal e seguir

BR-470 terá trânsito bloqueado neste sábado

Rodovias

até o acesso norte, uma saí-da secundária da cidade dará acesso à BR-470.

Para quem vem de Ben-to Gonçalves, a alternativa é utilizar o acesso secundário a Garibaldi, na altura da em-presa Chandon, no Km 224,2, e fazer o caminho inverso, pela Buarque de Macedo, re-tornado até a RSC-453.

Agentes da Polícia Rodoviá-ria Federal estarão no local para controlar o bloqueio e orientar motoristas, a fim de evitar acidentes. Os responsá-veis pela filmagem não infor-maram o período que a rodovia ficará bloqueada, porém, a ex-pectativa é que a liberação para o tráfego de veículos aconteça após o meio-dia.

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.976

IGVariedades

A FRASE

A boca mantém silêncio para ouvir o coração falar! (Alfred de Musset)

Parceria - Simmme e SebraeExpressivo e de conhecimento o evento realizado no dia 29 de abril,

no café da manhã, Viverone Hotel, promovido pelo Simmme-Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves em parceria com o Sebrae através de seu coordenador Aldoir Bolzan de Morais que reuniu importantes nomes do setor empresarial de Bento Gonçalves e Região. O tema abordado foi boas práticas de ges-tão sendo fundamentais o planejamento. Encarando a crise, as dificul-dades do momento e buscando caminhos para enfrentá-las fizeram-se ouvir empresários onde cada um expôs sua linha de ação e medidas de gestão quanto ao mercado e negócios. Uma mensagem de otimismo dos empresários – Ivo Cansan presidente da Movergs, Douglas Bor-dignon da Borttec e vice diretor RS Óleo e Gás, Carlos Bertuol diretor da Meber e Jaci Tasca professor da UCS. Na abertura e apresentação dos palestrantes o mediador empresário Juarez José Piva presidente do Simmme e diretor da Piva Comercio e Indústria foi enfático em afirmar que é preciso olhar para frente e que a ajuda e troca de experiências é o caminho para o sucesso. Valeu!

Expobento - a vitrine...Atrativos para todos os gostos vem aí a 25ª Expobento em Bento

Gonçalves – RS promovida pelo CIC/BG de 4 a 14 de junho 2015, li-derada pelo presidente Laudir Piccoli e equipe. A feira reunirá 450 expositores, 30 mil itens em produtos e público superior a 200 mil visitantes. Para o presidente Laudir Piccoli e diretor de comercia-lização José Carlos Zortéa a Expobento gera também negócios ao lado da gastronomia e o bom vinho. Fique ligado!

Laço Velho - formaturaO patrão do CTG Laço Velho Antenor Rizzi e equipe alinhando os

preparativos do grande Baile de Formatura do Curso de Danças de Salão dia 30 de maio de 2015 as 20h30min com animação do Conjun-to Canto Charrua. O curso em questão é ministrado pelos professores Daiane e Leandro Magnaguagno e cerca de 70 casais serão diploma-dos que farão na ocasião apresentações artísticas. Traje social discreto ou pilcha tradicional. Fica o convite do patrão Antenor Rizzi para a grande noitada tradicionalista. Informações 3452 3586! Participe!

Eles na Passarela

Tacchini

Em Garibaldi

A ABRAÇAI promove nesta terça-feira dia 19 de maio 2015, às 19h45min no Pavilhão E da Fundaparque o tradicional Eles na Passa-rela, 10ª edição. Este ano além do desfile na passarela com a participa-ção de inúmeros voluntários da nossa sociedade contará com Jantar Especial, preparado por 12 chefs. Informe-se 3453.3355. Participe!

Buscando caminhos com metas pré-estabelecidas segundo Hil-ton Mancio Superintendente Executivo e Edson Zandoná presiden-te do Conselho de Administração e com o apoio da comunidade, o Tacchini continuará priorizando serviços e atendimentos com qualidade, para o bem estar e saúde da população! É o Hospital Tacchini fazendo sua parte!

Mas quem esteve em festa no sábado, 9 de maio 2015 foi o tradicio-nalismo da cidade de Garibaldi - RS quando o CTG Sentinela da Serra comemorou festivamente 34 anos de existência, fundado em maio de 1981. Tradicionalistas garibaldenses, naquela ocasião, reuniram-se na casa de Ercilio José Flores, seu 1º patrão e ao lado de Draito Allegretti e Omair Ribeiro Trindade impulsionaram o tradicionalsimo garibaldense e em 1985 inaugurado o galpão junto a Fenachamp. Por sua participação Draito Allegretti recebeu em 2010 o Troféu Giusepe Garibaldi-Exemplo de Gaúcho-. Prestigiado por autoridades, associados e convidados o jan-tar e fandango do 34º aniversário do CTG Sentinela da Serra, animado pelo Conjunto Estradeiro e enaltecendo a cultura gaúcha foi saudado pelo patrão Paulo Bota e prefeito Antonio Cetolin. Valeu!

A Feira do Livro Infantil en-cerra no domingo, 17. Mas, até lá, a comunidade pode parti-cipar de uma série de atrações e adquirir livros com 15% de desconto nos quatro espaços de comercialização. Apresentações artísticas, contação de histórias, shows, contribuem para atração do público infantil e adulto des-de o último dia 13. As atividades ocorrem na praça Via Del Vino.

A procura por títulos tem sido

grande, contam os expositores. Frozen, Diário de um Banana e Judy Moody são alguns dos mais procurados. A expositora Daniela Gobatto observa a bus-ca maior por livros interativos. “Isso reflete o perfil das crianças de hoje. Elas buscam um conta-to maior, uma forma de senti-rem que estão fazendo parte da construção do livro”, diz.

Além das barracas de comer-cialização, há espaços alternati-

vos, onde o público pode ler ou descansar, desenhar e colorir. Há, ainda, uma área destina-da ao Sistema Penitenciário de Bento Gonçalves, onde o público pode conferir conferirem os tra-balhos artesanais desenvolvidos pelos apenados. Madeira, vidro, papel E.V.A, linhas, entre outros materiais, dão origem a diversas peças. O periódico trimestral de-senvolvido pelos apenados tam-bém é distribuído no local.

Atividades seguem até domingoFeira do Livro Infantil

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Sábado, 16 de maio de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

E a viagem continua...

Aeroporto do Rio! Nenhum glamour. Nem a presença da Maria Betânea, que desembarcou com a gente; nem do Lázaro Ramos, que passou voando; nem de um jogador do Botafogo, que brincava com seus fones e fios (não do Bo-tafogo de Bento, que este andava comigo), nem eles con-seguiram deixar o ambiente mais interessante. O Galeão Antônio Carlos Jobim me pareceu uma grande rodoviá-ria. Inclusive o carioquês, nos alto-falantes, era arrastado, monótono e incompreensível (Gente, como é que eles se entendem?) Mas o que importava mesmo era o frenesi da viagem internacional...

Estávamos na fila de embarque, quando ouvimos um comentário que nos deixou alarmados: alguém falecera de mal súbito... O comandante? O copiloto? O controla-dor de voo? Que nada, me respondia o otimismo. Vai ver havia sido o urubu que andava rondando as turbinas do avião. Deve ter imaginado seu destino, caso ousasse inva-dir aquele potente ventilador, e teve um ataque cardíaco. Graças a Deus! Melhor ele do que eu!

Enfim, no Air France! É verdade, na segunda classe, tudo apertadinho, mas seriam apenas onze horas de via-gem! Passariam num tapa! As comissárias de bordo, que também não me pareceram glamourosas do jeito que eu fantasiara, falavam francês. E inglês, italiano, espanhol, mandarim, grego... Très chic!

Quando o enorme pássaro de ferro alçou voo, foi uma sensação indescritível. Fiquei remoendo o tempo perdi-do fugindo dessa experiência fenomenal. Se bem que, em outras épocas, poderia ter embarcado numa gelada. Ma-lucos, fanáticos, falhas mecânicas e humanas já estiveram em alta... Para ser bem sincera, estudei as estatísticas e escolhi a dedo: estávamos num período de “entressafra” de acidentes aéreos.

Optei por não tomar nada para dormir, já que preten-dia sentir todas as emoções do voo. E assim foi. Inclusive acompanhei pelo Google a nossa rota, na qual conferia al-titude, velocidade, clima, nuvens, turbulências... tudo em tempo real. Mas para o avião avançar meio centímetro no mapa, que sufoco!

Viagem intermináááááável... Boa para os gourmets, que abocanharam duas robustas refeições em curto espaço de tempo, em virtude da diferença de fuso horário. Ou seja, a gente jantou às 21horas (do Brasil) e tomou o café da ma-nhã, cinco horas depois, às 2 da madruga (já 7, na Itália). E isso foi pesando... (Contarei nos próximos capítulos).

De repente, a voz grave do comandante em todos os idiomas, até em aramaico... menos em Português, anun-ciando alguma coisa. Na qualidade de poliglota (ou seria “poligrota”?), entendi: estávamos sobrevoando Milão.

-Dio Mio! Che cosa bella! - gritei, esbanjando meu ita-liano do “Babylon”.

-Restez dans votre lieu, madame, bla-blá-blá, blá,blá,blá, blá-blá-blá...

A comissária deve ter me advertido por desafivelar o cinto antes da hora, mas eu só ouvia “Madám”, “Madám”, Madám”... Que delícia ser “Madám”!

No próximo capítulo, “Milão”!

Ordem do dia

Sete projetos previstos para votação na CâmaraSessão Ordinária acontece na próxima segunda-feira, 18, às 18h

Com início às 18h, a sessão da Câmara de Vereadores

acontece na segunda-feira, 18. Sete projetos de lei estão na pauta de votação da Sessão Or-dinária da Câmara. Cinco deles foram protocolados pelo Poder Executivo municipal e dois são de autoria do vereador Moacir Camerini (PT).

Na ordem do dia, os cinco primeiros projetos são de au-toria do Executivo. A primei-ra proposta é o Projeto de Lei Ordinária (PLO) nº 59/2015. A matéria visa autorizar o Mu-nicípio a doar um terreno no bairro Planalto para a Supe-rintendência do Patrimônio da União no Rio Grande do Sul.

Na sequência, os vereado-res deverão apreciar o PLO nº 60/2015. O projeto altera a re-dação do artigo 5º da Lei Mu-nicipal nº 4.840/2010. Outro projeto protocolado pelo Exe-

cutivo municipal é o PLO nº 62/2015, que autoriza o Muni-cípio a firmar convênios para a cedência de 78 servidores, pro-fessores e estagiários munici-pais a 17 instituições públicas e privadas. Já o PLO nº 72/2015, solicita a abertura de crédito especial de R$ 43.117,05 para o Poder Público. A verba, prove-niente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Integrado, será utilizada para a “comple-mentação das pistas de cami-nhada das academias de saúde em praças dos bairros Fátima e Vila Nova II”. A quinta e última matéria é o PLO nº 73/2015, que cria o Banco Municipal de Materiais de Construção. Estes cinco projetos tramitam em re-gime de urgência e devem ser apreciados pelos vereadores em votação única.

As duas últimas matérias presentes na Ordem do Dia

foram protocoladas pelo ve-reador Moacir Camerini. A primeira delas é o PLO nº 41/2015, que obriga o Poder Executivo a divulgar, no site da prefeitura e em outros meios, uma lista com o nome e o en-dereço de estabelecimentos da cidade que contam regular-mente com aglomerações de pessoas em seu interior e que estejam cumprindo as normas de segurança vigentes. Outro projeto do mesmo parlamentar que deve ir à votação é o PLO nº 47/2015. O texto preten-de fazer com que o Executivo municipal incentive “a viabili-zação e o desenvolvimento de programas que visem o contro-le reprodutivo de cães e gatos e a promoção de medidas pro-tetivas. Ambas as propostas de autoria parlamentar devem ser apreciadas pelos vereadores em primeira votação.

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Sábado, 16 de maio de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Coral Bento-gonçalvense comemorou 50 anos

Aconteceu nas dependências do clube Aliança Bento Gonçalves, na noite do dia 7 de maio de 2015, às 20h30min., um concerto co-memorativo aos 50 anos, do Coral Bento-gonçalvense, com as par-ticipações especiais do coro Municipal de Flores da Cunha e Grupo de flautas do projeto Mais Música- de Caxias do Sul.

O coral Bento-gonçalvense foi fundado em 1º de maio de 1965, pelo professor e músico irmão Pedro Paganin, o coro chamava-se “Coral Polifônico Aparecida” A primeira apresentação aconteceu em 30 de outubro de 1965, por ocasião do Jubileu de Prata do Co-légio Marista Aparecida.

O grupo vocal passou a se chamar coral Bento-gonçalvense a par-tir de janeiro de 1968. Na década de 1970, o coral gravou quatro discos (LPs) com a participação do conjunto Arpége, de Bento Gon-çalves- Que levou o nome de Arpége Internacional.

Entre as músicas gravadas, estão os Hinos do Clube Aliança ( fundado em 1906)- e do clube Esportivo (fundado em 1919)- O hino do Município- Capital do Vinho- foi cantado pela primeira vez, durante a realização da 1ª Festa Nacional do Vinho- O Hino foi transformado em símbolo municipal, através da lei nº 1314 de 2 de outubro de 1885- O poema é da Profª Maria Frota e música de Rui Barros.

Em 1980, a regência foi assumida pelo irmão Marista Samuel Pirolli.

O coral Bento-gonçalvense teve ainda como regentes Sandoval Bontzy, Renato Filippini, Ricardo de Souza Melo, Cíntia de Los Santos, Cibele Tedesco, Juliano Volpato. A atual regência está a cargo de Josette Tesser Giovanini.

Durante este período de uma feliz e contagiante existência, o Co-ral Bento-gonçalvense foi presidido por renomadas pessoas como: Irmão Pedro Paganin, Egídio Furlaneto, Domingos de Paris, Ildo lima, Antônio João de Paris, Ênio de Paris, Nanci Rech da Ré, Ri-cardo de Souza Melo, Delfina Fillipon, Jaime Tasca, Maria Ines Munari, Rosa Zechin dos Santos e, hoje na presidência a Sra. Lony Suzana Piccinini.

“Conforme a regente, Josette Tesser Giovanini, que participa do grupo a muitos anos, são inúmeras as passagens marcantes, en-tre festivais e encontros de coros. O concerto da comemoração é, também, para homenagear todos os que se empenharam em apoiar a música e a cultura do nosso Município. Acrescenta, ainda, que a história do coral foi de ricas contribuições. JOSETTE enaltece reconhecimentos e agradece a todos, especialmente aos maestros regentes, aos presidentes, aos ex e atuais coralistas, ao Colégio Aparecida, que mantém o acervo histórico; ao Clube Aliança, à Pa-róquia Santo Antônio, à Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves; entre outros que sempre foram grandes parceiros.”

A música é um dom que enaltece quem a executa e encanta que a escuta.

Todos os ex-coralistas foram convidados e juntos com o coral cantaram a musica do encerramento

LAÍS BELIN

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Situação implica em ser impedido de fazer identidade e passaporte

Cristiane Grohe [email protected]

Cartório cancela inscrição de mais de 500 pessoas

Título de eleitor

Em Bento Gonçalves, 0,63% dos eleitores não votaram

nas três últimas eleições. De um total de 84.672 pessoas, 565 não compareceram às urnas em três pleitos consecutivos (2012 e 2014, nos dois turnos) e tiveram seu título cancelado. O prazo para a regularização encerrou no dia 4 de maio. Depois dessa data, quem não regulamentou sua si-tuação, teve seu título cancelado.

De acordo com chefe do Car-tório Eleitoral, Ricardo Abreu, o eleitor que não votou em três eleições consecutivas, sem justi-ficar sua ausência e sem quitar a multa, tem a inscrição cance-lada. Após seis anos, ele será ex-cluído do cadastro de eleitores. Ele explica que além de perder o cadastro na Justiça Eleitoral, quem não regularizar a situação pode ser impedido de tirar pas-saporte ou carteira de identida-de, receber salários de função ou emprego público, participar em concorrência pública ou ad-

ministrativa e obter certos tipos de empréstimos. “A não regu-larização também impede o ci-dadão de renovar matrícula em estabelecimento de ensino ofi-cial ou fiscalizado pelo governo, praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço mi-litar ou imposto de renda, obter certidão de quitação eleitoral e obter qualquer documento pe-rante repartições diplomáticas a que estiver subordinado”, relata.

A regra não se aplica aos elei-tores cujo voto seja facultativo (analfabetos, maiores de de-zesseis e menores de 18 anos, e maiores de 70 anos) e aos por-tadores de deficiência física ou mental que requererem sua jus-tificação pelo não cumprimento do voto.

Segundo o chefe do Cartório Eleitoral, para regularizar a si-tuação, o eleitor deve compa-recer ao Cartório da 8ª Zona Eleitoral, em Bento Gonçalves, portando documento oficial de identificação e comprovante de domicílio. Na hipótese da exis-tência de débitos com a Justiça

Eleitoral, o valor da multa, se aplicado, é arbitrado pelo juiz eleitoral. A Certidão de Quitação Eleitoral somente poderá ser ob-tida após a quitação do débito. “Não é possível fazer a regulari-zação por outra pessoa, mesmo com qualquer tipo de procura-ção”, destaca.

Como saber se o título está em dia?

O eleitor pode fazer a con-sulta da situação de seu tí-tulo pelo site do TSE (www.tse.jus.br) no campo Situação Eleitoral, que será encontra-do após o clique em “eleitor” e, posteriormente, em “servi-ços”. É necessário que sejam informados o nome comple-to do titular, a data de nasci-mento e o nome completo da mãe; ou o número do título, a data de nascimento e o nome completo da mãe.

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Audiência pública será na terça-feiraPlano Diretor

A prefeitura de Bento Gon-çalves promove na terça-feira, 19, a primeira audiência pú-blica para debater a revisão do Plano Diretor do Município com os bento-gonçalvenses. A audiência será realizada no An-fiteatro da Fundação Casa das Artes, a partir das 18h30min.

A revisão do Plano Diretor está na sétima das 12 fases: Prognóstico, Estratégia e Di-retrizes. Em cinco meses de trabalho, foram concluídas as fases de Sensibilização, Con-solidação de Dados, Análises, Consolidação do Diagnóstico e Compatibilização. O trabalho começou em outubro e é rea-lizado pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faufrgs). É por meio do Plano Diretor que a administração municipal pla-neja com vai conduzir o cres-

cimento da cidade ao atrelar assuntos distintos como mo-bilidade urbana, construção de moradias e até meio ambiente, definindo as diretrizes para os próximos 10 anos.

O diretor do Instituto de Pla-nejamento Urbano (Ipurb), Luciano Cavallet, ressalta que nesta etapa a participação da população é muito importan-te. “O objetivo é aumentar a participação popular, demo-cratizando o debate e oportu-nizando um meio para a mani-festação de todos”, salienta.

Mesmo para aqueles que não puderem participar da audiên-cia pública é possível contri-buir com o trabalho. A prefei-tura disponibilizou um link no site da Prefeitura para quem quiser contribuir com suges-tões. Neste canal de comunica-ção, a população também pode

responder um questionário, participar de um blog e visua-lizar as estatísticas do projeto.

Para acessar o link, basta entrar no site www.bento-goncalves.rs.gov.br e clicar no banner Pano Diretor de Bento Gonçalves, que fica na parte superior direita ou diretamen-te através do endereço: htt-ps://planodiretorbentogon-calves.wordpress.com/

O Plano Diretor Municipal foi constituído em 26 de ou-tubro de 2006 pela Lei Com-plementar nº103. É um ins-trumento de planejamento urbanístico, que tem por fun-ção sistematizar o desenvol-vimento físico, econômico e social do território municipal, visando o bem estar da comu-nidade. Conforme o Estatuto das Cidades deve ser reavalia-do a cada 10 anos.

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proporcionada pelo aumen-to no quadro de agentes do DMT. “Estamos com 18 fis-cais atuantes em três turnos, porém, esse é o mesmo efe-tivo com que passamos pra-ticamente todo o último ano, quando a quantidade de mul-tas aplicadas foi significativa-mente maior”, esclarece. De acordo com Moro, o número ideal de agentes para uma cidade com as proporções de Bento Gonçalves seria de 50 pessoas. Ainda não há prazo para a contratação de mais funcionários.

Em contrapartida aos dados

do último ano, infrações come-tidas por falta de cinto de se-gurança tiveram uma redução de 40%. Seguidas pelas multas por falar ao celular, que regis-traram diminuição de 18%.

Com 726 motoristas autua-dos, estacionar em local proi-bido foi a infração de trânsito mais comum nos primeiros meses do ano. O descaso dos condutores no cumprimen-to das normas também fica evidente na segunda infração mais flagrada no período: não respeitar o tempo limite no estacionamento rotativo. “In-felizmente, o motorista ainda

não atingiu o nível de com-preensão necessária para não deixar o automóvel estacio-nado mais de duas horas na zona azul, muito menos para não parar em local proibido. Para reverter o quadro, esta-mos intensificando a fiscali-zação nesta área, o que fica comprovado pelos números de multas aplicadas”, revela.

Embora a queda signifi-cativa no número de autua-ções nos primeiros meses do ano seja animadora para os condutores, quem trafega a pé pelas ruas da cidade tem uma visão diferente do cená-rio. Para a enfermeira Janice Ferreira, de 53 anos, a sen-sação de insegurança ao pas-sar pelas principais ruas do município ainda é a mesma. “Presenciamos diariamente diversas violações que colo-cam em risco a vida do pedes-tre, como não parar em sinal vermelho, porém, pouca coisa é feita para reverter o quadro e penalizar os infratores com mais severidade”, critica.

O valor arrecadado com as multas retorna ao município de acordo com agente que pu-blicou a multa. Quando a au-tuação é realizada por fiscais do DMT, 100% do valor é reverti-do para a cidade. Entretanto, quando a aplicação for efetuada por policiais da Brigada Militar ou agentes do Detran, o valor é reduzido para 50%.

Recuo de 6% nas CNHs suspensas

Paralelo às infrações, o nú-mero de CNH suspensas e cassadas na cidade também apresentou recuo de 6% em comparativo ao mesmo perío-do de 2014. Segundo dados do Detran, nos primeiros quatro meses do ano, a cidade regis-trou 95 suspensões do docu-mento – valor 6% menor do que o ano anterior, quando fo-ram detidas 115 carteiras.

Embora o dado seja positivo, o processo completo para a re-cuperação do documento não vem sendo realizado. De acor-do com a entidade, do total de CNHs apreendidas, apenas 25 carteiras foram entregues para o órgão, conforme prevê a lei. O dígito que representa a quan-tidade de motoristas que inicia-ram o processo para recupera-ção do documento em Centros de Formação de Condutores (CFCs) é ainda menor: apenas 18 constam como integrantes do curso de reciclagem, que é exigi-do para reaver o registro.

A suspensão da CNH está prevista no Código Brasileiro de Trânsito para qualquer con-dutor que cometer infrações de transito gravíssimas ou quando se soma 20 pontos na forma de autuações leves, médias ou gra-ves. Os motoristas notificados da suspensão têm 30 dias para entregar o documento.

O fato da prefeitura de Bento Gonçalves estar entre as 10

que mais autuam no Estado em 2014 parece ter intimidado os motoristas da cidade. De acor-do com dados da Secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu), o número de autuações registrados no município em comparativo ao mesmo período do último ano diminuiu 27%. Segundo infor-mações da secretaria, foram registradas 4.638 autuações entre janeiro e abril de 2014. Este ano, o órgão contabilizou 3.363 multas, caracterizando a diminuição no número.

A explicação para o cenário, de acordo com o secretário Mauro Moro, é que apesar do motorista bento-gonçalven-se ter sido criado em “mol-des antigos”, os trabalhos de conscientização e reeducação no trânsito, realizados pela Segimu começam a surtir efeito. “O condutor do muni-cípio não é educado no trân-sito e isso é fato comprovado pelos números de autuações dos anos anteriores, porém, acredito que os motoristas es-tão começando a tomar cons-ciência dos perigos e custos de infringir a regra na cida-de”, explica o secretário.

Segundo Moro, a queda no número de autuações não foi

Departamento Municipal de Trânsito registrou 1.275 multas a menos em comparação ao mesmo período de 2014

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Estacionar em local proibido é a penalização mais recorrente em 2015

Cristiano [email protected]

Número de autuações diminui 27%Conscientização

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Como estratégia para ree-ducação no trânsito e dimi-nuição no número de infra-ções cometidas, a Prefeitura, em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Públi-ca (SSP/RS), retomou as ati-vidades do Balada Segura. O programa foi lançado na cida-de em abril de 2014, porém, devido a entraves burocráti-cos, falta de efetivo policial e irregularidades com a logoti-pia do material educativo, as ações foram suspensas.

Segundo dados da Segimu, entre os dias 13 de fevereiro e 9 de maio, foram efetuadas 298 abordagens, todas no bair-ro Planalto. De acordo com o secretário Moro, em 2015 a fiscalização irá ocorrer de forma regular. “Planejamos fiscalizações a cada 15 dias, assim manteremos a rotina de blitz educativa, no intuito de conscientizar o motorista bento-gonçalvense”, assegura. De acordo com ele, embora os números dos efetivos, tanto de agentes de trânsito, quanto po-liciais da Brigada Militar (BM), estejam abaixo do ideal, o pro-grama está sendo tratado como prioridade e será mantido.

Para o estudante Wesleen Dallagnol, de 20 anos, fre-quentador assíduo da Planalto aos finais de semana, a volta da Balada Segura é uma seguran-ça a mais para quem faz da rua, um ponto de encontro com os amigos. “Tem que saber se di-vertir, não abusar no volume do som nem passar dos limites. A presença da polícia não atra-palha em nada o andamento da noite”, afirma o veranense.

Moro adverte que embora

Reforço na repreensão aos infratores

Entre fevereiro e abril, programa efetuou 298 abordagens no Planalto

Principais autuações na cidade

Autuações no primeiro trimestre no Estado

Conduzir sem cinto de segurança 1439 861Conduzir falando ao telefone 557 453Estacionamento rotativo 343 500Ultrapassar sinal vermelho 235 281Estacionar em local proibido 144 726Conduzir sem CNH 29 2Conduzir com licenciamento vencido 34 110Conversão proibida à esquerda 42 18Conduzir com luz alta 10 129Transitar na faixa seletiva 24 26

Sábado, 16 de maio de 2015 15Geral

as blitze tenham intuito edu-cativo, a BM não irá se omitir diante da constatação do deli-to, aplicando todas as medidas corretivas necessárias para a situação. Durante os dois meses de fiscalização, foram efetuadas 128 autuações, sen-do que 35 envolviam álcool e outras 93 de caráter diverso, como falta de habilitação, li-cenciamento vencido, habili-tação suspensa e alteração de características do automóvel.

2014 2015

2014 2015Transitar acima da velocidade 455,842 469,313Violação da identificação do veículo 38,554 46,176Estacionar em local proibido 40,351 38,730Falta de uso de cinto de segurança 29,024 31,082Licenciamento vencido 23,014 25,024Conduzir sem CNH 40,056 44,435Avançar sinal vermelho 14,035 18,355Ultrapassar pela contramão 7,658 8.557Conduzir sem documentação 6,050 7.541Conduzir motocicleta sem capacete 3,575 4,687Dirigir sob influência de álcool 2,161 1.657Desacato à autoridade 3,635 1.587Parar veículo sob faixa de pedestre 5,142 5,331

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Um problema recorrente veri-ficado pela Secretaria Muni-

cipal de Saúde (SMS) tem ocasio-nado prejuízos à população e aos cofres públicos: o grande núme-ro de usuários do SUS com con-sultas agendadas nas diversas especialidades médicas que não comparecem e não desmarcam as consultas agendadas, como também daqueles que, após rea-lizar exames, não os retiram.

Um levantamento indica que este número representa 21,5% do total de consultas agendadas e de exames realizados. Além do pre-juízo, essa atitude colabora para aumentar o tempo de espera em algumas especialidades. O per-centual seria ainda maior não fosse à adoção, a partir de 2013, de novos procedimentos deter-minados pela atual gestão mu-nicipal, que incluem contatos antecipados com os pacientes. “Não é por falta de informação. Os pacientes recebem um aviso, são comunicados por telefone e mesmo assim não retiram”, ex-plica Daiane da Campo, do setor de Regulação da SMS. Segundo dados do setor, do total de 225 consultas de Oftalmologia mar-

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, uma em cada cinco pessoas atendidas faltam aos agendamentos

Prejuízos com as faltasultrapassam R$ 500 mil

Desistências de pacientes causam prejuízos ao serviço público de saúde e aumentam transtornos nas UBSs

Pacientes não comparecem às consultasSaúde pública

cadas em janeiro deste ano, por exemplo, 50% dos pacientes não comunicaram a desistência com a antecedência necessária para que outro usuário pudesse ser atendido.

Somente no Posto de Saúde Zona Sul, localizado no Bairro Botafogo, em 2014, foram reali-zadas 24.859 consultas médicas para sete especialidades, incluin-do Cardiologia, Clínica Geral, Pneumologia, entre outras. No setor de odontologia, em 2014, foram realizadas 20.085 consul-

tas. Além delas, outras quatro mil poderiam ser realizadas se os pacientes tivessem comparecido no horário marcado.

Para o Coordenador Médico da SMS, Marco Antônio Ebert, as ausências podem ser com-pensadas se o usuário do SUS procurar, com antecedência, o Posto de Saúde de seu bair-ro para avisar que não poderá comparecer ao exame na data marcada. “Neste caso, é possí-vel que sejam agendados outros pacientes. Isso poderia evitar

ou diminuir as filas”, salienta.Ao contrário das consultas,

que mesmo com as desistências ainda é possível remarcá-las, os exames realizados e não retira-dos representam um desperdí-cio financeiro que não tem vol-ta. Entre os exames de imagem mais comuns está a Ecografia, que serve para visualizar em tempo real qualquer órgão ou tecido do corpo. A SMS registra por mês a realização média de 700 exames deste tipo. Deste total, cerca de 150 pacientes não

compareceram a data marcada ou não fizeram o preparo ade-quado para o procedimento.

Quanto aos exames de Radio X, também comuns, somente na Unidade Central, cerca de 40% do total realizado não são retirados. O número também é considerado alto no caso dos exames de laboratório, como Hemogramas. Considerando apenas o mês de dezembro de 2014, foram realizados 148 exa-mes na unidade, sendo que 50% não foram retirados. De acordo com a assistente administrativa Débora Salton, a média anual fica em torno de 20%.

Com relação às consultas na Unidade Central, o número de desistências também é alto. Dia-riamente, cerca de 150 são agen-dadas em várias especialidades. “Alguns meses do ano, como em período de férias, pelo me-nos um terço dos pacientes não comparecem”, revela Débora. Segundo ela, os maiores índices de desistência são nas áreas de cardiologia, pediatria e oftalmo-logia. “Sem contar os testes de orelhinha e outros relacionados à saúde auditiva”, acrescenta.

O prejuízo contabilizado pela SMS, considerando os va-lores destinados para a com-pra de exames em rede par-ticular por meio do SUS e da SMS ultrapassa meio milhão de reais (R$ 578.172,06). Nes-te valor não estão contabiliza-dos exames simples realizados nas Unidades Básicas de Saú-de (UBSs), como também os custos do laboratório central e do setor de Raio-X, mantidos pela prefeitura.

Para se ter uma ideia, um exame de raio-X realizado pela rede particular de saúde varia entre R$ 80 e R$ 100. Uma consulta, dependendo da especialidade, varia entre R$ 150 e R$250. O coordenador médico da SMS, Marco Antô-nio Ebert lembra, ainda que a Lei Orgânica Federal de Saúde (Lei 8080/90) prevê também a responsabilidade do usuário para com o SUS. De acordo com o artigo 2º, § 2º desta Lei,

o dever do Estado não exclui a responsabilidade das pessoas, das famílias, das empresas e da sociedade.

A Política de Humaniza-ção da Assistência à Saúde implantada pelo governo municipal desde 2013 está ampliando o acesso da popu-lação aos serviços de saúde no município. Uma estatística da SMS revela que, em 2014, fo-ram prestados 1.586,446 aten-dimentos no sistema de saúde pública de Bento Gonçalves. O que significa um acréscimo de 22% em relação a 2013, quan-do foram contabilizados 1,3 milhão de atendimentos. Já no primeiro trimestre deste ano, 60.426 consultas médicas fo-ram realizadas o que equivale a 2,15 consultas por habitan-te/ano. O total de exames de laboratório chega a 59.032 e no número de procedimentos atendidos nos postos de saúde totalizaram 401.039.

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Sábado, 16 de maio de 2015 17Geral

Estado com a instituição já ul-trapassa os R$ 8 milhões.

De acordo com o coordenador médico da Secretaria de Saúde, Marco Antônio Ebert, a certeza na continuidade do funciona-mento da unidade é de 80%.

“Estamos convencidos que o es-tado compreendeu a importân-cia da UTI e já esperamos uma reversão completa do quadro de fechamento. Entretanto, só teremos garantias na próxima semana, quando o repasse dos

recursos for publicado no Diá-rio Oficial do Estado”, explica.

Um novo comunicado da di-retoria do hospital deve ser emi-tido na próxima semana, após o encerramento das negociações.

Segundo a coordenadora re-

gional de Saúde, Solange Son-da, embora ainda não existam decisões concretas sobre o as-sunto, a reunião foi produtiva e o Governo está tratando a situação como prioridade. “O hospital apresentou proposta e o Estado ficou de analisar e dar uma resposta até segunda--feira (dia 18). Para nós, é um assunto de extrema importân-cia, então, temos a garantia de que até a próxima semana, o hospital continuará com os lei-tos da UTI pediátrica em fun-cionamento”, afirma.

Em contraponto à situação do Tacchini, o Governo do Estado efetuou, na quarta-feira, 13, o pagamento de R$ 93 milhões a hospitais filantrópicos e públi-cos, e a prefeituras que desen-volvem programas vinculados ao SUS. Os hospitais receberam um total de R$ 70,1 milhões, re-ferente à produção de serviços, internações hospitalares e aten-dimento ambulatorial.

A resposta sobre o futuro da Unidade de Tratamento

Intensivo (UTI) Pediátrica do Hospital Tacchini foi nova-mente adiada. Após reunião entre a Secretaria Estadual de Saúde, representantes do Go-verno Municipal e a adminis-tração da instituição, foi deci-dido prorrogar o atendimento na Unidade até segunda-feira, 18. A expectativa é que o Esta-do faça o pagamento de parte da dívida na mesma data.

Na segunda-feira, 11, o Tac-chini fechou o setor para no-vos pacientes por problemas no recebimento de recursos do Governo, fazendo com que a região perdesse três leitos para atendimento pelo Sistema Úni-co de Saúde (SUS). O hospital já prorrogou o encerramento das atividades outras quatro vezes. A estimativa é que a dívida do

Após reunião na Secretaria Estadual de Saúde, direção do hospital estende o prazo para fechar o setor a partir de segundaCRISTIA

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Cancelamento do serviço já foi adiado quatro vezes sob promessa de pagamento de repasses em atraso

Cristiano [email protected]

Tacchini dá ultimato para o EstadoUTI Pediátrica

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Sábado, 16 de maio de 201518 Geral

Não é novidade que a eco-nomia brasileira passa por

um momento difícil e estável, com os indicativos abaixo do que se previa. Assim, o setor moveleiro de Bento Gonçalves e de todo o Rio Grande do Sul também enfrentam as dificul-dades impostas pelos índices econômicos, fazendo com que empresários busquem alterna-tivas para manter seus produtos no mercado e evitar demissões. Os índices de juros e inflação, que tiveram um crescimento superior a 80% no último ano, projetam que as indústrias moveleiras ainda vão demorar para se recuperar.

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Es-tado do Rio Grande do Sul (Mo-vergs), Ivo Cansan, afirma que o cenário deve se manter desta forma até, pelo menos, o segun-do semestre de 2016, quando o poder de compra do consumi-dor deve retornar aos poucos e, com isso, a indústria também volte a crescer. Porém, Cansan explica que isso não significa que serão recuperadas todas as perdas que as indústrias estão tendo com a alta da inflação, ju-ros e o ganho de massa salarial. “A partir do momento que as coisas voltarem ao normal, nós

Presidente da Movergs, Ivo Cansan, estima ano de estabilidade e diz que dificilmente as perdas poderão ser revertidasCRISTIA

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Os parques fabris, mesmo que muito modernos e de qualidade, nem sempre tem demanda de trabalho

Vitória [email protected]

Recuperação do setor só em 2017Indústria moveleira

poderemos ver em qual ritmo o setor seguirá e aí sim verificar se haverá uma recuperação ou se apenas seguiremos traba-lhando e esqueceremos do que foi gasto nestes anos”, afirma.

Alternativas para se manter

Cansan diz que, em curto prazo, os empresários preci-sam continuar a buscar formas de manter as empresas em ati-vidade. Para isso, muitas medi-das já foram tomadas em 2014, quando a crise se tornava forte. “Nós tivemos sorte porque de-

tectamos a crise no seu início e ainda em 2014 os ajustes de gastos foram feitos. As demis-sões que precisavam ser feitas foram realizadas e os cortes possíveis também. Por isso, conseguimos começar 2015 no zero a zero, sem margens nega-tivas”, destaca.

As medidas que ele diz serem necessárias para o mantimen-to da indústria e dos empregos são os investimentos para que os produtos fiquem mais atra-tivos do que os da concorrên-cia, com mais inovação, fun-cionalidade e design moderno. “É preciso que se fique atento

ao mercado, buscar diferencia-ção. As possibilidades são mui-tas, mas precisam ser rápidas e possibilitar que se perca o me-nos possível”, coloca.

Cansan enfatiza que a capa-cidade industrial daqui é altís-sima e de qualidade. “Quando falamos em investimento, pre-cisamos analisar a qualidade dos parques fabris do muni-cípio, que é alta e não perde para parques na Europa, por exemplo”, comenta. Os inves-timentos foram feitos graças aos indicadores crescentes do setor de construção civil nos últimos cinco anos. Cansan

explica que a classe moveleira esperou que todas as pessoas que tivessem comprado seus apartamentos e casas, iriam mobiliar em 2014, o que aca-bou não acontecendo.

Mão de obra

O presidente da Movergs detalha que um trabalhador da indústria moveleira leva de seis a oito meses para es-tar preparado e produzir bem. Segundo ele, é necessário um nível aceitável de engajamento com a empresa para que este possa trabalhar, por isso é um funcionário caro. “Quando um trabalhador começa em uma indústria de móveis ele precisa entender a política da empre-sa, o processo de produção, para quem será vendido aquele móvel. Um processo lento, mas que o deixará pronto para atu-ar depois”, explica.

Por esse motivo, os postos de trabalho terminaram quase zerados nos primeiros meses do ano. Cansan diz que um empresário, antes de demi-tir alguém, tenta reduzir cus-tos de outra forma para que o aprendizado que aquela pessoa já teve não tenha sido em vão. “Às vezes é mais caro demitir e contratar outra pessoa do que reduzir custos e mantê-la pro-duzindo”, completa.

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Sábado, 16 de maio de 2015 19Geral

Desde a chegada ao Rio Grande do Sul, os expositores e visitantes enfrentam proble-mas de logística e de infraes-trutura dentro do Parque de Eventos. O presidente da Mo-vergs, Ivo Cansan enfatiza que a estrutura do local está dete-riorada ao ponto de compro-meter os eventos que ali são realizados. Segundo ele, a pre-cariedade tornou obrigatório um alto investimento de refor-ma para a realização da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (Fimma 2015).

O valor que foi investido em melhorias no local poderia ter sido utilizado em outros serviços que iriam satisfazer mais os visitantes e expo-sitores, conforme Cansan. Ele enfatiza que o público não se importa com quem é o responsável ou quem não está cuidando bem da estru-tura, só querem ver serviços de qualidade e locais com o mínimo necessário. “A cada edição que passa, os proble-mas se agravam no Parque de Eventos. Nós precisamos in-vestir para que as condições

Após a alta do dólar e as incertezas no mercado exter-no, as exportações voltaram a crescer e seguem uma curva ascendente desde a segunda quinzena de março. Ivo Can-san explica que os principais mercados, no momento, são os Estados Unidos, países da Europa e América Central, que tem economia ascendente e es-tão importando cada vez mais.

O presidente da Movergs aponta que as exportações es-tavam em queda nos últimos meses de 2014 e no início de 2015 devido à alta do dólar e à instabilidade do real diante dele. Com isso, os importado-res sabiam que não era van-tajoso realizar negociações a longo prazo (de seis meses a um ano), portanto as vendas começaram a ser mensais, fazendo as exportações des-pencarem. “Ainda bem as moedas estabilizaram e agora podemos voltar a vender para o mercado externo, porque a

situação de venda nacional é ainda pior”, afirma.

No momento difícil, uma das alternativas é a venda pela internet. Cansan destaca que o ecommerce está crescendo cada vez mais e possibilitando um nicho de mercado que an-tes não era explorado. “Ocor-rem dois fenômenos: um é a possibilidade que os consumi-dores estão tendo de comprar em casa. Quebrou-se o mito das vendas pela internet e a maioria passou investir sem medo. Outra situação é o bara-teamento, já que os pontos de venda precisam de ainda mais estrutura e investimento por parte da empresa”, adianta. As vendas pela internet também possibilitam os pagamentos por meio de cartões de crédito, onde o vendedor não sofrerá com a inadimplência. O com-prador poderá devolver produ-tos defeituosos com menos bu-rocracia do que um comprado na loja.

Exportações crescem e alternativa é ecommerce

Parque de Eventos vira problema

VITÓRIA

LOVAT

Cansan alerta para a possibilidade de feiras serem alocadas São Paulo

mínimas sejam oferecidas aos profissionais do setor. Desde a recepção até muitos outros locais necessitaram de traba-lhos que, em teoria, não nos dizem respeito”, desabafa.

Cansan alerta que a precarie-dade pode ser um fator contri-buinte na alocação das feiras e eventos para São Paulo. Segun-

do ele, os custos podem vir a se tornar inviáveis e isso, unido a demais situações – como a dis-tância das capitais e a preca-riedade das estradas –, podem influenciar em negociações futuras. “Se continuar assim, o custo vai se tornar inviável e aí a realização de feiras aqui pode ser discutida”, alerta.

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Sábado, 16 de maio de 201520 Geral

quenas contas, por sua vez, de compras até R$ 100, tiveram queda de 6,90% no período. Os compradores inadimplen-tes com apenas um registro em seus nomes equivale a 56%, enquanto aqueles com média de dois a cinco ocorrências em atraso correspondem a 40% dos casos. Aqueles com mais de cinco registros totalizam 4% do total, um acréscimo de 9% com relação ao mesmo período do ano anterior. “Isso quer dizer que as pessoas es-tão devendo mais, ou seja, es-tão com mais ocorrências em seu nome, e devendo valores mais altos”, comenta Carbone.

A forma de venda que mais

gera inadimplência ainda é o crediário, com 97%, os che-ques correspondem a apenas 3% dos episódios. Carbone enfatiza que o número de de-vedores deve ser ainda maior, já que esse registro acontece apenas quando a loja aciona o Serviço de Proteção ao Cré-dito (SPC). “Estimamos que os R$ 8 milhões identificados em nosso banco de dados cor-respondam a uma parcela do valor real da inadimplência no município”, avalia. “Acredi-tamos que o prejuízo dos co-merciantes seja ainda maior, por isso reforçamos tanto a importância de o comércio se valer dos instrumentos de

Nunca se consumiu tanto quanto nos dias de hoje.

Entretanto, as facilidades de comprar a prazo e obter cré-dito no mercado, combinadas com a falta de planejamento, podem ser o início de um ca-minho tortuoso, levando ao endividamento. Essa é a situa-ção de milhares de pessoas em Bento Gonçalves, de acordo com os dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que registrou um aumento de 12% no número de inadimplentes em comparação ao mesmo período de 2014. Em abril, o segmento contabiliza R$ 8 milhões em dívidas. É o maior valor registrado pela institui-ção nos últimos anos.

O motivo para o crescimen-to do número de endividados, de acordo com o presidente da entidade, Marcos Carbo-ne, é o aumento no número do desemprego e a estagnação econômica. “Estamos enfren-tando um período financeiro complicado, percebemos fa-mílias cada vez mais endivi-dadas e crédito cada vez mais fácil de conseguir. Esse cená-rio facilita o aumento da ina-dimplência. Por isso, esse é um momento de cautela para o lojista, exigindo mais pon-deração na concessão de cré-dito”, avalia.

Dados da CDL-BG revelam que as pendências referentes a compras com valores acima de R$ 2 mil são as que mais tiveram alta, com 14,63% em relação ao ano anterior. As pe-

Em comparação ao mesmo período do ano passado, Bento Gonçalves registrou aumento de 12% no número de devedoresCRISTIA

NO

MIG

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,

Em contraste a 2014, número de jovens endividados teve queda de 20% enquanto de adultos cresceu 5,9%

Cristiano [email protected]

Perfil dos devedores

Não informado Solteiro De 31 a 40 anos

Até 20 anos

Masculino Casados De 21 a 30 anos

De 41 a 50 anos

Feminino Outros Acima de 51 anos

Dívidas ultrapassam R$ 8 milhõesInadimplência

consulta antes de conceder crédito”, reforça.

O excesso de crédito dispo-nível no mercado, em espe-cial para aposentados, é outro causador do elevado número de devedores na praça. Um exemplo da situação é Verôni-ca Martinez, de 62 anos. A apo-sentada fez um empréstimo consignado para quitar outra dívida, porém, devido a falta de planejamento financeiro, a situação acabou comprome-tendo sua renda. “Me endividei por descuido, eu tinha algu-mas contas para pagar e acabei acreditando no banco, que me convenceu que essa era a me-lhor alternativa. Devido aos

altos juros cobrados, não con-segui pagar as prestações em dia e estou fichada no SPC e provavelmente precisarei con-tratar outro empréstimo para quitar o primeiro”, conta.

Adultos devem mais

Ao dimensionar os números da inadimplência no muni-cípio, os dados da CDL tam-bém informam o perfil dos devedores que, neste último ano, mudou. Jovens de até 20 anos representavam 2,35% do total dos devedores. Hoje fi-cam em 1,83% (uma redução de 20,45%). Enquanto isso, os adultos entre 31 a 40 anos estão mais endividados, com 28% de representatividade – um aumento de 5,96% em re-lação ao ano passado. Pessoas acima de 51 anos são as que mais tiveram destaque: o gru-po teve alta de 7,88%, o equi-valente a 17% do total. As mu-lheres ainda são as que mais devem, com 54%, enquanto os homens correspondem a 41%. No que se refere ao es-tado civil dos inadimplentes, os solteiros ainda são maioria com 79% do total no perío-do, seguidos dos casados com 15%.

O perfil médio do consumi-dor brasileiro inadimplente é de uma pessoa com o nome sujo há aproximadamente dois anos, que deve para 3,7 diferentes empresas, que ad-quiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e tem um débito total de R$ 21.676 jun-to às empresas credoras. Os dados são do SPC Brasil.

Gênero Estado Civil Idade

54%41%

5%

79%

15%6% 1,83%

36,50%

27,47%

16,92%17,28%

FONTE: CDL

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Sábado, 16 de maio de 2015 21Geral

O cenário não é diferente no âmbito nacional. Segundo o Indicador Serasa Experian, o primeiro trimestre teve au-mento de 16% no número de consumidores inadimplentes em comparativo a 2014. De acordo com o índice, quatro em cada 10 brasileiros estão em situação de débito no país. São 55,6 milhões de consumi-dores adultos, número que equivale a 37,9% da popula-ção entre 18 e 95 anos, impe-didos de obter crédito. Soma-das, as dívidas chegam a R$ 235 bilhões.

Os dados mostram que 1,5 milhões de pessoas ingressa-ram no cadastro de inadim-plentes em três meses. É o terceiro maior patamar de en-dividados registrado pela ins-tituição desde junho de 2012, quando a empresa iniciou a série histórica.

Dentre as modalidades de crédito, o cheque foi a alter-nativa mais utilizada pelos devedores, registrando au-mento de 25,1%. Na sequên-cia, estão os títulos protesta-

dos, com avanço de 25%. Na região Sul, a devolução de cheques em 2015 foi 4,5% do total de cheques compensa-dos, maior que a devolução de 4,29% registrada no ano anterior. Conforme a pesqui-sa, o índice não subiu mais porque as dívidas não ban-cárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) e a inadimplência com os bancos apresentaram queda de 2,3% e 1,5%, respectivamente.

O número de dívidas em atraso também apresentou alta, de 5,02% na variação anual e 2,83% na mensal, maior crescimento registra-do em abril desde 2010. No mesmo mês, o indicador de recuperação de crédito sofreu a terceira queda consecutiva, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O recuo foi de 7,4% e mostra a dificul-dade do consumidor em pagar as contas em atraso.

Ainda assim, em oposto a

situação do país, o percentual de famílias gaúchas endivi-dadas apresentou recuo nos primeiros três meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice passou de 54,4% para 44,8%, conforme a Pesqui-sa de Endividamento e Ina-dimplência do Consumidor (PEIC-RS). Considerando a média em 12 meses, o endi-vidamento também apresen-tou queda, saindo de 56% em março de 2014 para 55,2% em abril de 2015.

SPC projeta melhora para 2016

De acordo com o SPC Bra-sil, o crescimento das dívidas em atraso neste mês ainda deve ser mais forte que o pa-drão dos anos anteriores. En-tretanto, a instituição projeta melhoras até o final do ano, após a conclusão do ajuste fiscal e retomada da expan-são econômica, o que levará a uma queda no número de ina-dimplentes em 2016.

Serasa registra aumento de 16% Como fazer o planejamento financeiroFaça um levantamento de tudo o que você recebe no mês e

das compras que entende serem necessárias (das quais não pode abrir mão).

Verifique quais compras fez a prazo. Elas se tornarão, nos pró-ximos meses, parte das contas a pagar.

Observe por quantos meses (número de parcelas) são essas com-pras a prazo e o que elas comprometerão da sua renda. Lembre--se que, nos próximos meses, terá que ser mais controlado, pois há uma parcela maior da renda que precisa ser destinada ao pa-gamento dessas contas.

Compare as taxas de juros antes de tomar um empréstimo. Fa-ça uma pesquisa nas lojas e nos bancos, e sempre busque a ta-xa mais baixa.

Antes de fazer uma compra, confira o seu planejamento finan-ceiro: ele lhe dirá o quanto ainda é possível gastar no mês.

Não faça dívidas que superem 30% do total da renda mensal. Procure poupar pelo menos 10% de seus ganhos, que poderá ser útil em caso de emergência.

Evite utilizar cheque especial e cartão de crédito, afinal, os juros dessas modalidades de crédito são altos.

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Sábado, 16 de maio de 201522 Geral

O presidente da ONG Patas e Focinhos, Alexandre Faccenda, diz que é importante ver a mo-bilização na Câmara dos Depu-tados porque mostra que ainda mais pessoas estão interessadas pela causa animal. Segundo ele, é fundamental que existam medidas de repressão. “Sabe-mos que existe uma grande di-ferença entre o que é aprovado pela Câmara e o que acontece, de fato. Nós torcemos para que ela também seja provada pelo Senado e que o que está prome-

Na última semana de abril, o Projeto de Lei 2833/11,

que aumenta a pena de deten-ção para quem comete crimes contra a vida, a saúde, a inte-gridade de animais domésti-cos, exóticos e silvestres, foi aprovado pela Câmara dos Deputados. A proposta é do deputado Ricardo Tripioli (PSDB) e ainda precisa ser votada pelo Senado. A Lei Fe-deral nº 9605/98 prevê que as agressões sejam tratadas como crimes desde a década de 1980, mas a pena detenção de um a três anos é enqua-drada como menor potencial ofensivo, o que significa que dificilmente alguém será pre-so diante desta legislação.

O novo projeto garante que exista a pena de reclusão de cinco a oito anos para quem matar um destes animais, mes-mo sendo cometido por contro-le populacional ou de doenças. A não prestação de assistência ou socorro para cães ou gatos também pode gerar pena. Há exceção para eutanásia, se o animal já estiver em processo de morte irreversível. O depu-tado alegou que a Lei Federal não tem sido efetiva para ini-bir estes tipos de crime e que, com uma pena mais alta, pode vir a funcionar.

O fiscal regional da Asso-ciação Rio-grandense de Pro-teção aos Animais e ao Meio Ambiente (Arpa), Jorge Acco, diz que, de fato, a aprovação do projeto de lei não mudará nada no trabalho que é realiza-

Projeto de Lei que aumenta a detenção para quem comete violência contra animais foi aprovado, mas não deve ser a solução

Trabalho voluntário de ONGs é solução temporária

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

Sargento Edjacson diz que é preciso diferenciar o que são maus-tratos

Pena de reclusão para maus-tratosCães e gatos

do aqui no município. Segundo ele, a assistência para cães e gatos abandonados são feitos por poucos agentes pagos e por muitos voluntários. “O bem estar animal em Bento Gon-çalves depende da boa vontade das pessoas que se identificam com os pets”, afirma.

Acco defende que a pena maior não determinará um serviço direcionado especial-mente os animais e diz que o ideal seria a construção de um canil e um gatil municipal

para que os animais recolhi-dos tenham um lugar onde fi-car. Entretanto ele lembra que é um projeto que precisa ser tratado com muita cautela, já que tende a virar um depósito de animais. “Precisa ser um lo-cal digno porque os bichos não merecem ser recolhidos da rua e ser colocados em um espaço ainda pior”, completa.

O secretário geral da As-sociação Ativista Ecológica (Aaeco), Gilnei Rigotto, des-taca a complexidade da situa-

ção e afirma que não adianta aprovar uma norma se ela não obrigar os municípios a traba-lharem. “Hoje não existe um mecanismo real para combater os maus-tratos de forma efeti-va, por isso eu acho que nada vai mudar. A pena aumenta, que bom, mas o que precisa ser modificada é a cultura da po-pulação”, defende.

Caracterizaçãodo que é crime

O responsável pelo Coman-do do 3º Grupo de Polícia Ambiental de Bento Gonçal-ves (GPA), segundo sargento Edjacson Rodrigues da Silva, destaca que é imprescindível saber diferenciar o que é, de fato, maus-tratos. Segundo ele, é trabalho da Polícia Am-biental atender ocorrências de crime ambiental, atendendo as normas legais. “Maus-tratos de animais é enquadrado como crime desde antes do decreto de Getúlio Vargas, mas as pu-nições até o momento são en-quadradas em menor potencial ofensivo e aí existem muitos recursos que podem ser utili-zados pela defesa e é muito di-fícil uma prisão ser executada”, explica. Os oficiais do GPA não terão interferência no seu tra-balho, mesmo se o Projeto de Lei for aprovado pelo Senado, já que a partir do momento em que o criminoso é encaminha-do para a delegacia e a pena altera, não é mais trabalho da Polícia Ambiental.

O GPA recebe denúncias diariamente de violência con-tra cães e gatos, mas o sar-

gento Edjacson lamenta que a maioria não seja verdadeira. O oficial diz que muitas liga-ções atendidas dizem respeito a animais que estão presos em coleiras ou sem comida por al-gum período, e que as pessoas precisam se conscientizar e saber realmente o que é crime ou não. “O que está havendo é uma humanização dos ani-mais, muitas pessoas acham que porque um cachorro não está vestindo uma roupa já é violência. Não é. Os animais têm organismos diferentes dos nossos e nem tudo o que o pet shop oferece é dever do dono ter no seu cão”, ressalta.

O sargento explica que rinha de animais, confinamento e abandono são considerados maus-tratos, assim como qual-quer tipo de ferimento que for diagnosticado e não tratado. “Mas precisamos ter cautela. Estar em uma coleira grande que permite o animal se loco-mover não é confinamento, as-sim como dar comida uma vez ao dia e um pouco de água não é abandono”, completa.

A incriminação de culpados por maus-tratos também é di-fícil, de acordo com o sargento, já que em casos de abandono dificilmente se sabe quem antes tomava conta daquele animal. “Quem faz uma denúncia pre-cisa estar disposto até o fim do processo, anotar placas de veí-culos quando ver animais sendo jogados em vias públicas ou não ter medo de se indispor com seu vizinho, porque, com exceção de uma prisão em flagrante é difí-cil o crime ter um desfecho sem testemunhas”, finaliza.

tido no papel ocorra na prática também”, afirma.

Segundo Faccenda, é difícil que ocorram punições para quem maltrata animais do-mésticos por dois motivos: a falta de uma equipe especia-lizada e as denúncias que não procedem. “Existem dois fis-cais que trabalham aqui na ci-dade e, por questões de outras funções, eles dedicam apenas a segunda-feira para verificar as denúncias. Como se perde muito tempo com o que não

tem procedência o trabalho não traz resultado”, explica.

O problema, segundo o Fac-cenda, é que uma ONG não exerce poder legal, então não pode recolher animais contra a vontade dos donos, não pode realizar qualquer ação além de tratar animais machucados. “O nosso trabalho é prestar assistência para cães e gatos feridos e sem dono, porém nós não realizamos recolhimentos de animais de rua que estão saudáveis por não termos es-

trutura física para acolhê-los”, relata.

A associação não possui sede física, por isso, os animais tratados pela agência são en-caminhados para lares tem-porários, onde voluntários se prontificam a cuidar dos cães e gatos até que estes estejam saudáveis o suficiente para ir para adoção. “Nós procura-mos fazer o trabalho de uma forma completa. Desde o re-colhimento e o tratamento até o encaminhamento para uma

adoção responsável. Para isso, nós fazemos entrevistas com as pessoas que querem adotar o animal e visitas para verificar se ela tem condições de cuidar bem daquele pet”, resume.

Faccenda diz que os interes-sados em ajudar podem entrar em contato com a organização por meio da página do Face-book “Ong Patas Focinhos”. “Precisamos de mais volun-tários para lares temporários, mas qualquer ajuda é bem vin-da”, completa.

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Sábado, 16 de maio de 2015 23Geral

Ivanice é protetora dos animais no bairro Santa Helena

Projeto do Poder Público aposta na prevenção

VITÓRIA

LOVAT

DIVU

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ÇÃO

O mascote da campanha ganhará nome em outubro, após concurso

Moradora pede ajuda da comunidade com doação de ração e remédios

Há mais de 10 anos, a diaris-ta Ivanice Flamia Bettiol cuida de animais abandonados no bairro Santa Helena, vítimas de maus-tratos. Ela tem 13 cães e 10 gatos dentro de casa, todos frutos de abandono ou algum tipo de violência, e cui-da de mais outros 20 gatos que estão em um terreno baldio perto de sua casa. Ivanice afir-ma que toma conta dos peque-nos com muito amor, mas com pouco dinheiro, já que todos precisam de comida e muitos também de remédios por esta-rem velhos e enfermos.

A protetora dos animais re-lata que já viveu experiências de extremo ódio e violência contra cães e gatos no seu bairro, mas que isso não a desmotiva de tentar acolher todos que pode e dar uma vida digna, mesmo aos mais velhos e doentes. “A incidência de maus-tratos aqui no bairro é muito grande. Se não fosse, eu não teria tantos animais comigo. As pessoas não se dão o trabalho de dar um prato de comida para o bichinho que está ali passando fome em

No segundo semestre de 2014, a prefeitura de Bento Gonçalves lançou o Grupo de Trabalho Cães e Gatos, um projeto do Gabinete da Primeira-Dama com o obje-tivo de fiscalizar e combater os maus-tratos, controlar a população de animais, enfa-tizar a ideia da adoção res-ponsável, promover feiras de adoção e fazer um estudo sobre a situação dos animais abandonados e em vulnera-bilidade no município. Nos três primeiros meses do ano, o projeto deu os primeiros passos, mas de acordo com a primeira-dama, Cynthia Pasin, só em outubro ele to-mará a força desejada.

Cynthia afirma que as ações educativas começaram junto com o ano letivo em Bento Gonçalves e que os profis-sionais estão passando nas turmas de terceiro ano para debater o assunto com as crianças. “Nós achamos im-portante começar pelas crian-ças porque são elas que levam os pensamentos e ideias para dentro de casa. Os pequenos vão ajudar a conscientizar a

frente a sua porta, mas se dão o trabalho de dar uma pedra-da e gritar insultos no meio da rua”, desabafa.

Segundo ela, algumas vizi-nhas a ajudam no cuidado, doando ração, medicamentos e até comida para manter os bichos. Contudo, a ajuda das amigas não é suficiente, prin-cipalmente quando se trata de remédios. “Eu vejo eles com dor, sem os medicamentos necessários e isso me deixa triste e impotente. Eu faço o que posso, sabe? Dou comi-da, água, um lugar quentinho para dormir e amor, mas tal-vez não seja suficiente. Eu te-nho um cão cego, outro com problema mental, sem contar quando preciso tratar alguns ferimentos dos recém-chega-dos”, lamenta.

A diarista ficou reconhecida no bairro por ser a protetora dos animais, o que faz com que ainda mais pessoas abando-nem animais em frente a sua casa. “Tem pessoas que deixam seus animais aqui. Quando eu sei de quem são e vou devol-ver, ouço de tudo, inclusive

que se eu não cuidar do bicho, ele será envenenado”, relata. O que deixa Ivanice mais tran-quila é saber que quase todos os animais são castrados e que os procedimentos foram reali-zados sem custo por meio do Poder Público Municipal. Se-gundo ela, só falta um fazer a cirurgia, que já está marcada para esta semana. “Sou muito grata por isso, mas o poder pú-blico ainda precisa avançar nos serviços de assistência aos ani-mais”, declara.

Ivanice conta que, em meio ao desespero, já tentou pedir ajuda para políticos, mas que poucos são os que estendem a mão. “Eu pedi ajuda para o vereador Gilmar Pessuto, que-ria ver se ele ou o Poder Le-gislativo podiam fazer alguma coisa por mim. Sabe qual foi a resposta que obtive? Ele disse que eu deveria abrir o portão e deixar todos irem embora. Simples assim”, lamenta. A diarista diz que qualquer aju-da é bem-vinda e que os inte-ressados em auxiliar podem entrar em contato por meio do telefone (54) 9100.2010.

família sobre os bons hábitos que são necessários com os cães e gatos e a adoção responsável. Esta ação deve gerar resultados a longo prazo, as mudanças não são imediatas”, afirma.

Cynthia lembra que a libe-ração de castrações é uma das prioridades da Prefeitura, já que inibe o crescimento de ani-mais nas ruas e destaca que o número de procedimentos só tem aumentado nos últimos meses. “Junto destas duas ações, nós queremos fazer uma campanha publicitária com enfoque infantil, para que as crianças tenham ainda mais fixa a ideia que já foi repassa-da em sala de aula”, enfatiza. A campanha publicitária será de-senvolvida no mês de outubro para que, junto das comemora-ções do aniversário do municí-pio, seja possível realizar a es-colha do nome do mascote da campanha da primeira-dama.

O canal para que as denún-cias de maus-tratos sejam fei-tas para a prefeitura é apenas pelo telefone 0800.979.6866. Cynthia explica que a ligação será tratada como qualquer outra que chegar ao Poder Pú-

blico. Ela ressalta que a partir do momento que a denúncia é recebida, ela é repassada para o setor responsável que irá pro-ceder de acordo com um pro-tocolo. “Existe uma fluência de trabalho, existem as vistorias por parte de nossos fiscais e, se a denúncia proceder eles são notificados e todo o processo será seguido. Porém, é preciso que se tenha muito cuidado já

que a maioria das que recebe-mos aqui não procede”, desta-ca. Ela destaca que, quando as denúncias são caracterizadas como crime, o poder público recorre a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram).

Sobre a construção de um ca-nil e gatil, a primeira-dama se mostrou totalmente contra, já que, para ela, esta é uma prática ultrapassada que não gera bene-

fício para o animal, tampouco para a sociedade. “Construir um lugar desses está fora de cogitação. Precisamos traba-lhar em formas de prevenir que os animais estejam na rua e não, simplesmente recolhê--los”, salienta.

Cynthia enfatiza que a parti-cipação das Organizações Não Governamentais e todos os vo-luntários que trabalham pela causa animal são de extrema importância para o município. Porém, ela diz que Poder Pú-blico se limita em ajudar estes órgãos, já que, de acordo com a legislação não é seu dever. “É preciso que se entenda o que é dever do Poder Público. Nós precisamos prestar contas de cada valor gasto aqui na Pre-feitura e não podemos regis-trar um gasto com ração, por exemplo, quando não temos a possibilidade de enquadrar isso em um gasto público. Eu, assim como outras pessoas que trabalham pela cidade, já ajudamos as Ongs, de uma forma particular, porque é o único jeito que encontramos, mas é difícil tirar dinheiro do bolso sempre”, ressalta.

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Sábado, 16 de maio de 201524 Geral

As obras de revitalização do bairro Municipal correm

um sério risco de serem inter-rompidas nos próximos dias. O bloqueio do repasse dos re-cursos para o projeto, feito pelo Governo Federal, deve fazer com que a empresa responsável pelos trabalhos paralise suas atividades até que seja realiza-do o pagamento de mais de R$ 600 mil que estão atrasados. A prefeitura corre contra o tem-po para evitar este transtorno àquela comunidade.

O diretor da empresa NCM Construções, responsável pe-las obras no Municipal, Niel-son Motta, revela que está preocupado com a falta de repasse dos recursos da obra. Ele informa que 42% dos tra-balhos foram concluídos, po-rém, apenas 5% foram pagos à empresa. Mesmo assim, o diretor salienta que todos os compromissos estão sendo honrados com funcionários

Os moradores denunciam que há vários problemas nas ruas do bairro e que o número de pes-soas trabalhando foi reduzido drasticamente. Na terça-feira, 14, um ônibus do transporte coletivo ficou desgovernado e chocou--se contra uma residência, pro-vocando sustos na vizinhança e também nos passageiros. Devido ao acúmulo de barro, mesmo tra-fegando por uma rua calçada, o veículo deslizou por cerca de 20 metros antes de colidir no imó-vel. A casa atingida é do serviços--gerais Emerson dos Santos e Silva, de 22 anos. Ele relata que foi o terceiro acidente no mesmo local e que construiu um reforço junto a rua, o qual foi fundamen-tal para segurar o coletivo.

A dona de casa Clair Nunes, 21, vive um verdadeiro drama ao lado de sua família. O local onde vive com o marido, a mãe e o filho de um ano e três meses está sendo soterrado aos pou-cos. “O problema é que quando a construtora veio colocar os tu-bos na rua, tiraram toda a terra e colocaram para cima. Ao invés

Empreiteira alega que não terá como continuar os trabalhos, caso o repasse de recursos não aconteça na próxima semana

Moradores denunciam abandono

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Verbas não estão sendo repassadas e prefeitura corre atrás de recursos para continuar projeto no bairro

Pedestres têm dificuldades para transitar pelas ruas do bairro

Clair Nunes acionou a Defesa Civil pois sua casa está sendo soterrada

Marcelo [email protected]

Obras podem ser interrompidasRevitalização do Municipal

e fornecedores. O proprietá-rio garante que não tem mais como arcar com os custos da obra se não receber os valores devidos nos próximos dias. “Infelizmente estamos enfren-tando este problema nos três estados do Sul que atuamos. Do jeito que está, teremos que

elencar prioridades e algumas obras terão que ser paralisa-das para não comprometer-mos o caixa da empresa”, ex-plica Motta.

De acordo com o secretário de Governo, Enio De Paris, os recursos não estão sendo liberados na Caixa Federal,

por determinação do Governo Federal. Com isso, a prefeitura pagou a primeira parcela com recursos próprios e negocia com a empreiteira para o pa-gamento da segunda parcela e a retomada dos trabalhos no Municipal. Ele explica que a cada 20% do trabalho conclu-

ído, técnicos da Caixa fazem o levantamento do que foi feito e encaminham seus pareceres para a liberação do dinhei-ro, o que não vem ocorrendo, mesmo com a obra atingindo mais de 40% de conclusão. “O que está acontecendo é que o recurso federal não está che-gando e a prefeitura está ten-tando resolver o problema, procurando a melhor solução e investindo recursos próprios para que a obra não pare”, afirma o secretário.

A Caixa Federal confirma que estão sendo feitos blo-queios de recursos. Por meio de sua assessoria de imprensa, o banco informa que o Gover-no Federal exigiu que a libera-ção de verbas fosse realizada de forma mais criteriosa, sen-do analisado caso a caso. As li-berações continuam sendo fei-tas, mas de forma mais lenta e seguindo uma série de normas exigidas pelo governo. Mesmo os recursos que estão disponí-veis não têm uma previsão de quando serão liberados.

de arrumar, deixaram ali. Com as chuvas, a terra veio por cima da minha casa, ela fica alagada e tudo vira um lamaçal. E outra questão é que os carros sobem esta rua patinando, imagina se um deles se desgoverna e inva-de a minha casa? Eu tenho meu nenê pequeno e durmo perto da rua. O medo é constante”, conta.

O presidente da Associação de Moradores do Bairro Municipal, José Natalício dos Santos, o Zé da Gaita, afirma que faz mais de duas semanas que as obras nas ruas estão paradas. “A situação da rua Lajeadense está crítica, pois os funcionários da empresa responsável pela obra não apa-recem por aqui faz duas sema-nas. Eles nos disseram que não receberam o dinheiro do gover-no e por isso não iriam continu-ar a obra”, salienta. A rua Lajea-dense é a principal via de acesso ao Municipal e, devido às chuvas constantes e ao trabalho de colo-cação das tubulações, está prati-camente intransitável.

Nielson Motta, da NCM Cons-truções, afirma que os traba-

lhos seguem acontecendo, mas de forma reduzida. Ele culpa o excesso de chuvas que caiu nas últimas semanas pela redução da mão de obra no bairro. “Sa-bemos que o pessoal quer ver as máquinas trabalhando, mas com o acúmulo de chuvas ficou impossível colocar o maquinário pesado para funcionar. Deixa-mos cinco funcionários fazendo pequenos reparos em alguns pontos até que o solo fique mais denso”, explica o diretor.

O secretário de Viação e Obras Públicas, Sérgio Gabrielli, con-ta que houve reclamações dos moradores sobre a péssima situação das ruas. Na quinta--feira, 14, medidas paliativas foram tomadas para amenizar os transtornos. Gabrielli explica que cargas de brita foram colo-cadas nas ruas sem calçamento para melhorar o tráfego de veí-culos no bairro. “Não podemos fazer muita coisa, pois há uma empresa contratada trabalhan-do”, revela o secretário. (cola-boraram Leonardo Lopes e Cleunice Pellenz)

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Sábado, 16 de maio de 2015 25Geral

São Roque

Imigração vai ser tema de palestraEm conjunto com o 6º BCOM, aspectos diversos serão debatidos durante as missas do final de semana na Paróquia

Neste final de semana, dias 16 e 17, as celebra-

ções de missas na Paróquia São Roque terão a presença do 6º Batalhão de Comunica-ções (6º BCOM) ministrando palestras sobre imigração. Os militares irão relatar suas ex-periências no Haiti.

Segundo o padre Celso Luís Ciconetto, o momento é opor-tuno para discutir esta ques-tão, em vista a proximidade de Corpus Christi, da presen-ça de haitianos no município e o período da Campanha do Agasalho. “Estamos traba-lhando com a coleta de cober-tores, o chamado tapete soli-dário. Mais do que doar, tem que ser criado um sentimento de irmandade e ver que a po-breza não é um castigo divi-no, mas tem causas sociais e políticas e que somente a soli-dariedade internacional pode vencer este e outros proble-mas. É necessária então a so-lidariedade”, reflete.

De acordo com o tenente--coronel José Augusto Bogno-ni Lós Reis, do 6º Batalhão de Comunicações, será repassada a população a experiência dos soldados que foram para o Hai-ti. “Os que foram para lá vão pa-lestrar sobre o tema para tentar ajudar a igreja”, salienta.

Imigração no Brasil

Conforme a ONG Human Rights Watch, além da guerra civil de 2004, o Haiti foi atin-gido, em 2010, por um terre-moto que destruiu a capital e deixou mais de 200 mil mor-tos, 300 mil feridos e aproxi-madamente um 1,5 milhão de desalojados.

Nesse cenário, a imigração foi o caminho encontrado por milhares de haitianos. E uma alternativa foi a busca de oportunidades no Brasil. Eles chegaram ao país com o in-tuito de trabalhar e dar con-dições dignas aos seus fami-liares. Segundo a Associação dos Haitianos, Bento Gonçal-ves conta hoje com uma po-pulação aproximada de 1.700 habitantes haitianos.

Cleunice [email protected]

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Sábado, 16 de maio de 201526 Geral

As crianças da era digital serão leitores no futuro?

Esse é um questionamento bastante comum em meio a tanta tecnologia ao alcance das mãos dos pequenos. A leitura é uma motivação para o crescimento intelectual e é fundamental os pais e profes-sores incentivarem o primei-ro despertar para a literatura. Segundo estudiosos, a área do cérebro responsável pela linguagem está muito mais ativa na infância. Em Bento Gonçalves são realizadas vá-rias atividades para influen-ciar desde cedo os alunos da educação infantil a tomarem gosto pela prática.

A secretária de Educação de Bento Gonçalves, Iraci Luche-se Vasques, acredita que o en-sino começa ainda no berçário das escolas de educação infan-til. “As crianças têm contato com a leitura, através do traba-lho realizado pelos educadores infantis”, cita Iraci. Ela explica também que quando eles en-tram no Jardim A, com quatro anos, já frequentam o labora-tório de informática para ati-vidades lúdicas, além do traba-lho realizado pelos professores regentes de classe e os profes-sores da parte diversificada, realizando a literatura infantil dentro do laboratório.

Outro projeto para cultivar a leitura é a “Contação de Histó-

Bruna Maria de Moura [email protected]

Alunos apreciam os livros e revistas durante o trajeto para a escola

Os pequenos aproveitam o intervalo para conhecer mais histórias

Criatividade no incentivo à leituraEscolas municipais de Bento Gonçalves desenvolvem diferentes formas de cultivar o hábito de ler desde a infância

Literatura infantil

rias”, realizado pela pasta e o Congresso Brasileiro de Poe-sia. Eles contemplam visitas de escritores e professores nas escolas, para realizar leituras e durante a Feira do Livro os escritores vão para as escolas com atividades relacionadas à leitura e educação. “Não temos uma feira itinerante, mas a se-cretaria traz escritores, como a Leia Cassol este ano, para ir às escolas e, junto com os profes-sores da rede municipal e par-ticular, dar aporte às aulas de literatura infantil”, conta.

Iraci também ressalta que as escolas estão oportunizando e incentivando o hábito para que tenham adultos leitores. A família também tem um fator determinante, pois pais leito-res consequentemente criam filhos leitores. “Temos que ter a responsabilidade de oferecer para nossas crianças leituras de qualidade e mostrar a eles que o livro nos proporciona viajar e conhecer outras reali-dades. Além de melhorar a ca-pacidade de escrita e interpre-tação”, explica.

Bolsa de livros

Uma atividade bastante cria-tiva é a da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tân-credo de Almeida Neves, que teve a ideia da criação de uma “bolsa de livros”. A diretora da escola, Nelita Zanovello, fir-mou parceria com a empresa que realiza o transporte dos

alunos, colocando no ônibus bolsos com livros e revistas que podem ser apreciados pe-los alunos durante o trajeto de ida e volta para a escola. Esse mesmo bolso também foi con-feccionado especialmente para ser colocado atrás das portas das salas de aulas, para eles le-rem nos intervalos.

Outro incentivo da escola é o projeto “Leitura e Escrita: Compromisso de Todos”, que tem como objetivo estimular de forma criativa a descober-ta do prazer de ler. A direto-ra explica que eles oferecem condições sistemáticas para desenvolver melhor as compe-tências de leitura e escrita por meio da compreensão dos di-versos gêneros textuais. “A es-cola tem o hábito de reservar meia hora semanal para isso e após o término os alunos tem uma ficha, onde respondem questionários sobre o livro lido. E a biblioteca também disponibiliza livros para eles levarem para casa”, ressalta.

Adriane Anghebem Litelven, professora de português do co-légio, conclui que a prática da literatura para todas as disci-plinas é fundamental. “A partir do momento que formamos bons leitores, eles conseguem resolver questões de matemá-tica, entender história e todas as outras disciplinas. Eles ad-quirem mais conhecimento, tem mais argumentos, vocabu-lário, transformamos pessoas mais autônomas”, salienta.

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Sábado, 16 de maio de 2015 27Geral

Formada em Bibliotecono-mia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Eloisa Dálmas Guerra traba-lha com foco no incentivo à leitura para crianças. O tema também foi explorado por ela na sua pesquisa de conclusão de curso. Para criar o hábito nos mais jovens, ela busca , por exemplo, formas criativas para a contação de história e salienta que a participação da família é fundamental neste processo.

JS - Como bibliotecária, de que forma você vê o in-centivo à leitura, na infância e na adolescência?

Eloisa - O bibliotecário pode trabalhar justamente com essa área de incentivo, e é o que eu mais gosto. Os jo-vens estão lendo muito pouco, principalmente a população brasileira, pois os valores dos nossos livros são mais caros do que em outros países que têm um número maior de leitores. Mas temos ótimas bibliotecas públicas em condições de aten-der a população.

“É uma construção em conjunto: família, escola e sociedade”

Bibliotecária Eloisa busca formas criativas de contar histórias às crianças

JS- Qual o sentido de cul-tivar o hábito da leitura na sua visão?

Eloisa - A leitura nos humani-za, informa, diverte, faz com que tenhamos interação com as pes-soas, repassando a informação ou discutindo com os amigos so-bre o que acabou de ler. Ela nos faz viajar e nos apaixona. Mas além de tudo, ela nos deixa mais inteligentes e conscientes. Preci-samos da leitura para tudo no co-tidiano. O incentivo é importante para que todos compreendam a necessidade dela. É necessário

que se torne um hábito prazeroso e não uma obrigação.

JS – Existe dificuldade nesse processo de incenti-vo? Quais as formas que po-deriam ser usadas para pro-vocar mais, principalmente na infância?

Eloisa - Eu trabalho muito com o incentivo, faço 11 horas do conto por semana, atenden-do todas as turmas do turno da tarde. Estamos sempre traba-lhando e pensando em formas diferentes de fazer essa conta-

ção, para cativar os alunos para esse mundo, principalmente nessa fase da infância, que é quando se formam os leitores com mais facilidade e que serão assim para a vida toda. Temos o Clube da Leitura, uma ação feita com os alunos dos 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, e esta-mos nos organizando para ini-ciar algo com o Ensino Médio, no sentido de trabalhar as leitu-ras obrigatórias do vestibular e demais leituras que sejam pra-zerosas. Para ambas as ações, trabalhamos em conjunto na es-cola, bibliotecária, professoras, coordenação e direção.

JS – Qual o sentido desse trabalho para a sua vida?

Eloisa - É um trabalho que deve ser feito com amor e de-dicação. Acho que nós temos que ser o exemplo. Eu amo ler, passaria o dia lendo, desde que aprendi, com quatro anos. O que tento fazer é passar para os alunos essa minha paixão por cada história, por conhecer coi-sas novas, por me encantar com cada personagem e entrar no mundo deles.

JS - Numa visão de futu-ro, qual a prática que seria ideal para formar leitores conscientes no amanhã?

Eloisa - É um trabalho de for-miguinha, vamos cativando um a um e passando essa corrente. Acho que o acesso à informação é fundamental, pois leitura não é somente literatura, mas tam-bém de jornais, revistas, entre outros. A questão do digital au-xilia muito sim, mas o contato com o livro, com o suporte pa-pel é fundamental para pegar o gosto por ele e pela leitura. Contar histórias e proporcionar momentos de leitura são fato-res importantes e a família se insere nesse contexto. É preciso ter o momento de leitura para o filho. A pessoa vai relacionar o momento gostoso que teve com seus pais e familiares com a lei-tura. É uma construção em con-junto: família, escola, sociedade, município. Podemos explorar textos divertidos e que incen-tivem a reflexão para assuntos atuais e os valores que são es-senciais na vida do ser humano, mas que às vezes, infelizmente, acabam se perdendo.

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Sábado, 16 de maio de 2015 28 Geral

Escolas do munícipio estão empenhadas em construir um trabalho para conseguir apro-ximar os alunos cada vez mais da literatura. A criatividade, segundo as diretoras, é a peça fundamental para realização para atingir esse objetivo.

Na escola municipal Aurélio Frare, não é diferente. A dire-tora, Stael Machado Inverniz-zi, diz que existem dois proje-tos em andamento. Um deles, chamado “Leitura dá Asas à Imaginação”, é um programa semanal, onde todas as terças--feiras as crianças tem trinta minutos de leitura. Além dis-so, as professoras tem a “saco-la literária”, que contém livros e revistas que os alunos po-dem levar para casa podendo dividir o momento literário no ambiente familiar. “Um gran-de objetivo da escola é trazer a comunidade para se aproxi-mar de nós, podendo envolver os pais dos alunos nesse in-centivo e eles poderem ajudar a criar o hábito em suas casas também”, explica.

A professora Eva de Andra-de diz que o projeto desen-volvido nos 3º e 4º anos é diversificado, montando um ambiente que desperte a ima-ginação e o conhecimento. “Levamos a literatura às suas casas, colocando dentro da sacola literária vários tipos de livros e revistas. Se construir-mos bons leitores, teremos bons escritores”, comemora a professora.

Na Escola Municipal Infan-til Recanto Alviazul, no bair-ro São João, os professores também envolvem os pais na magia da literatura. Segundo a diretora Bruna Bertuol, re-centemente foi realizada uma

Dificuldade é maior nas regiões periféricas

A “sacola literária” tornou-se um atrativo na escola Aurélio Frare

Alunos da Fenavinho não foram à Feira do Livro devido à falta de verbas

Professores usam a leitura para desenvolver aptidões nas crianças

atividade que envolve leitura e confecção de brinquedos. Alunos do berçário foram in-centivados a confeccionar pe-ças com base no livro “Saco de Brinquedos”, de Carlos Urbim. Enquanto escola, te-mos a responsabilidade, junto às famílias, de desenvolver o gosto pela leitura e isso ficou bem evidenciado no trabalho que viemos desenvolvendo ao

longo destas semanas. Ver a empolgação das crianças ao chegarem na escola, com os brinquedos feitos por eles com o auxílio dos pais, foi maravi-lhoso. As crianças ficaram fe-lizes em compartilhar com os colegas, professoras e auxilia-res de educação infantil o que tinham feito e puderam brin-car e explorar isso de forma prazerosa,” lembra a diretora.

Muitas escolas municipais têm como objetivo cultivar o hábito da leitura, porém algumas en-frentam grandes dificuldades para atingir essa meta. Criati-vidade e força de vontade são algumas características dos pro-fessores na hora de incentivar os alunos, mas o primeiro tropeço vem quando necessitam de apoio financeiro e oportunidades para levá-los aos eventos na cidade.

Na Escola Municipal Fenavi-nho, o trabalho é realizado du-rante todo o ano letivo. A dire-tora, Vania Arcari Orso, diz que procura incentivar as crianças dentro das condições que a es-cola oferece, mas enfrenta mui-tas barreiras. A instituição conta com ajuda financeira do Círcu-lo de Pais e Mestres (CPM) e do governo para poder comprar livros e abastecer a biblioteca. É dessa forma que também são arrecadados fundos para levar os alunos em feiras e eventos que incentivam a leitura. “In-clusive neste ano não tivemos como ir à Feira do Livro In-fantil do Sesc porque isso gera custos, os quais não pudemos arcar”, lamenta a diretora.

Vania conta que os alunos

estão empolgadíssimos com o projeto “Alice no País das Ma-ravilhas”. A ação envolve todo o corpo docente, que se reúne para desenvolver trabalhos durante o ano, baseados nessa história. “Disciplinas como literatura e musicalidade fazem ações dife-renciadas em cima do conto. São trabalhados os capítulos, eles desenham, escrevem, tudo rela-cionado a isso. E no final do ano a gente faz um espetáculo com teatro, dança, e as crianças se apresentam”, explica. Ela tam-bém salienta que a escola tem uma biblioteca e que os alunos podem pegar os livros uma vez por semana para ler em casa.

A supervisora, Suelen Minus-coli, também relata que esse projeto envolve todas as turmas, desde o jardim A ao quinto ano. “O nosso objetivo é incentivar a leitura e, neste ano, também trabalhar os valores, como o medo através desse clássico da Alice no País das Maravilhas”, conta. Ela ainda afirma que por conta da tecnologia, os alunos não tem o hábito da leitura, que é preciso chamar a atenção de forma diferente para conseguir prendê-los ao livro.

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Ações buscam envolver pais e alunos

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Sábado, 16 de maio de 201530 Geral

A pouco mais de duas se-manas da abertura da 25ª

edição da ExpoBento, a direto-ria está empenhada nos últi-mos ajustes e na divulgação do evento pela cidade e região. O trabalho de marketing foi de-senvolvido com base nos prin-cipais shows e projetos que ocorrerão no Parque de Even-tos. Isso além dos atrativos que o município de Bento Gonçal-ves oferece e toda a representa-tividade da imigração e cultura italiana presentes aqui. O enre-do da campanha homenageia a cidade não apenas em toda a identidade visual desenvolvi-da, mas também no discurso de convite ExpoBento.

O trabalho, segundo o diretor de marketing, Rafael Fantin, é divulgar a ExpoBento como se não houvesse fronteiras e fazer com que o evento chegue ao maior número de pessoas pos-sível. “Eu gostaria de trabalhar sem limitações de cidades ou Estados e dizer para todas as pessoas possíveis que aqui é um bom lugar de se conhecer e melhor ainda quando se pode desfrutar de um evento do por-te da ExpoBento”, afirma.

O desenvolvimento da edi-ção deste ano começou logo após a finalização da 24ª edi-ção, entretanto o planejamen-to de marketing começou a ser determinado no início de 2015 e ganha cada vez mais força a medida que a feira se aproxi-ma. “Nós, de certa forma, de-pendemos da comercialização dos estandes para começar o trabalho, porque o marketing precisa dos recursos finan-ceiros disponíveis para poder atuar nas mídias e fazer a di-vulgação planejada”, coloca.

O diretor de marketing, Rafael Fantin, fala sobre o trabalho de divulgação nos últimos dias antes da abertura do eventoVITÓ

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Rafael Fantin diz que os projetos que ocorrerão junto aos estandes são importantes para atrair o público

Vitória [email protected] Ingressos à venda

Os ingressos para a Expo-Bento estão a venda pelo si-te da Blueticket, nas Lojas Benoit, Papirus e Escola Info-serv. Na compra de ingresso para qualquer um dos shows, o consumidor ganha a entra-da da feira.

4/6 às 16h: Frozen e Lobo Mau e os 3 Porquinhos

5/6 às 23h: Jota Quest 6/6 às 20h: Show beneficen-

te Padre Ezequiel Dal Pozzo 9/6 às 22h30min: Teatro

do Pretinho Básico 12/6 às 23h: Universo Ale-

gria Serra (Jorge & Mateus, Lu-cas e Felipe, Guilherme & San-tiago e Hugo & Tiago)

13/6 às 23h: César Oli-veira e Rogério Melo e Luiz Marenco

Estratégias para levar a feira mais longe

A feira em todosos lugares

Na semana passada, Fantin, junto do presidente Laudir Piccoli e representantes da assessoria de imprensa Con-ceito Com, visitaram os prin-cipais órgãos de imprensa da cidade para enfatizar que, em breve, o Parque de Eventos abrirá suas portas. “Nós pre-cisamos investir nas mídias tradicionais já que é por meio delas que a maioria das pes-soas fica sabendo do evento. Nós também apostamos nas mídias regionais, entretanto, estamos mais criteriosos com estas, avaliando o alcance de público e o retorno que pode nos gerar em números de vi-sitantes”, explica.

Outra aposta do plane-jamento de divulgação é a

atuação em mídia alternati-va, como o site e as mídias sociais. No site do evento, as informações completas sobre a programação e projetos que ocorrerão ao longo da feira darão lugar também a uma co-bertura em tempo integral do que está acontecendo durante os períodos de visitação. Os eventos no Facebook ajudam a unir o público de cada show específico, sendo um lugar para discutir sobre o evento e trocar informações sobre os artistas. “Acreditamos que a divulgação na internet é fun-damental para o sucesso da ExpoBento, já que atinge um público diferente e que pode ficar sabendo com mais agili-dade das novidades”, destaca.

As tecnologias, como tablets e smartphones possibilitarão que o visitante tenha informa-

ções sobre o evento a qualquer momento e em qualquer lugar, podendo, inclusive interagir e publicar suas participações na feira. “As tecnologias possibi-litam que nosso planejamento seja fortalecido e vamos usar isso a nosso favor”, completa.

Além disso, os expositores também terão uma nova tecno-logia disponível, com a criação do Wobller, um display que percorrerá estabelecimentos já confirmados e que se soma-rão à divulgação tradicional, estabelecendo uma conexão entre a empresa, a feira e os visitantes. “A ExpoBento está presente em todos os canais. O desafio é incrementar nosso público com potencial com-prador, gerando negócios aos nossos expositores. Para isso, vamos seguir inovando, inves-tindo em nossos parceiros e

apostando em novas possibili-dades”, comenta.

O diretor Fantin diz que o trabalho é ainda mais intenso nestas últimas semanas, mas que ele é feito de forma cau-telosa. “Estamos trabalhando com os pés no chão, sem in-ventar nada de extraordinário, mas buscando trazer o resulta-do dentro daquilo que é garan-tido”, salienta.

A expectativa, segundo ele, é ultrapassar a marca dos 200 mil visitantes e ver, no fim da ExpoBento, que a estratégia utilizada foi bem sucedida. “Espero que saia tudo dentro do que foi planejado. Estou vendo os primeiros passos da montagem dos estandes, a fei-ra está ganhando forma e o tra-balho dos últimos meses está saindo do papel. Tomara que tenhamos sucesso”, finaliza.

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Sábado, 16 de maio de 2015 31Geral

Bento Gonçalves está ofe-recendo, desde o início

do ano, a possibilidade de cremação gratuita, para pes-soas de baixa renda ou que não possuam um local para sepultamento e queiram rea-lizá-lo no cemitério público. Estão autorizadas até 400 cremações por ano, sem cus-to para as famílias, mas, até o momento, o serviço não foi utilizado. A implantação do novo sistema visa auxiliar a redução de sepultamentos nos dois cemitérios públicos da cidade, que estão quase no limite de sua capacidade.

De acordo com o assessor de direção do Grupo L. Formolo, responsável pelo crematório, Mateus Formolo, este serviço já está disponível para a po-pulação de Bento Gonçalves desde que a empresa ganhou a licitação da Prefeitura, ainda no mês de dezembro do ano passado. “Qualquer funerária

Opção está disponível desde dezembro, mas não é divulgada à população

Mateus Formolo falou com representantes de funerárias, hospitais e polícia sobre o novo sistema

Bruna Maria de Moura [email protected]

Serviço de cremação não está sendo utilizado

Sepultamentos

pode solicitá-lo para a pessoa interessada. Em Caxias do Sul já funciona muito bem este procedimento”, explica. For-molo acredita que a falta de divulgação do serviço para a comunidade é um dos fatores que provocou a inexistência dos interessados na cremação.

O assessor explica que para solicitar este serviço é neces-sário que a família interessada entre em contato com a funerá-ria que realizará o velório, para fazer a intermediação com a empresa responsável pelas cre-mações no município. Ele lem-bra que esta opção está sendo oferecida gratuitamente pela Prefeitura para famílias que optarem pelo procedimento e que comprovem renda mensal de até três salários mínimos. O assessor destaca que a crema-ção é realizada no Cemitério São José , em Caxias do Sul. As cinzas são devolvidas aos fami-liares após 15 dias da concreti-zação do trabalho.

Segundo o titular da Secre-taria de Gestão Integrada e

Mobilidade Urbana, Mauro Moro, desde o ano passa-do, vem sendo realizada uma campanha permanente de recadastramento nos dois ce-mitérios municipais (Central e São Roque), onde há um nú-mero expressivo de sepulturas abandonadas ou ocupadas ir-regularmente. “Devido à falta de vagas, o Poder Público tem sido obrigado pela lei a locar carneiras em cemitérios parti-culares para suprir a deman-da”, informa o secretário.

Moro revela que outra tenta-tiva para minimizar o problema foi realizar uma reunião com todos os órgãos envolvidos em sepultamentos da cidade, fune-rárias, hospitais, secretarias do município e polícia. O objetivo do encontro foi para deixá-los cientes da importância de di-vulgar o serviço de cremação. O secretário espera que a par-tir deste mês, a opção comece a ser apresentada aos familiares e que as cremações passem a acontecer de forma mais acen-tuada até o final do ano.

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Sábado, 16 de maio de 201532 Bairros

São Vendelino

Hora do recreio fica mais divertidaEscola Municipal Doutor Tancredo Neves possibilita aos alunos um aprendizado diferenciado através da pintura do pátio

Cleunice [email protected]

Estímulos às crianças são ne-cessários para que elas pos-

sam crescer e se desenvolver de forma saudável. Em sala de aula, o aprendizado é constan-te, mas para continuar apren-dendo, diversas brincadeiras podem ser realizadas com esse intuito. Exemplo disso é o que acontece em uma instituição de Bento Gonçalves, no bairro São Vendelino, onde a hora do intervalo ficou mais divertida após pintura no pátio. A Esco-la Municipal de Ensino Fun-damental Doutor Tancredo de Almeida Neves investe na ação para promover atividades lúdi-cas nos horários de intervalo.

A escola atende aproxima-damente 400 alunos do Jar-dim A até o 9º ano e através do Círculo de Pais e Mestres (CPM) investiu na pintura do pátio. Dessa forma, durante os momentos de recreação, os es-tudantes aprendem as letras, a tabuada e os números que fo-ram desenhados no chão e na parede da quadra esportiva.

A atividade foi realizada no dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, e foi apoiada pelos professores desde o iní-cio. A diretora, Nelita Maria

Zanovelo, relata a importância da pintura para os alunos. “Os momentos de ludicidade são essenciais para que a apren-dizagem aconteça de forma significativa e os desenhos do

Humaitá

Nos dias 13 e 14 deste mês, a Escola Estadual Mestre Santa Bárbara, no bairro Humaitá, recebeu a Liga de Combate ao Câncer. O ob-jetivo da visita foi palestrar sobre os cuidados para pre-venção de doenças. Além dis-so, na ocasião também acon-teceu a doação de mechas de cabelo à entidade, as quais serão usadas para confecção de perucas para pessoas em tratamento.

As atividades iniciaram no ano passado, quando um aluno se recuperava de um tratamento contra o câncer. Devido a isso, uma mobili-

zação foi realizada durante a Tertúlia – evento que ocorre na semana Farroupilha, onde cada turma monta uma apre-sentação tradicionalista.

A turma 31M de 2014 re-fletiu sobre o que poderiam fazer em prol do colega e a professora Caroline Macha-do deu o pontapé inicial. “Começamos na Tertúlia, onde eu doei meus cabelos. A atividade foi realizada na sexta-feira à noite e eu cor-tei meus cabelos na tarde daquele dia. Poucas pessoas sabiam que eu faria isso. Foi uma surpresa para todos”, relata.

Campanha reativada

Além disso, a professora sa-

lienta que a campanha retor-nou neste ano e mais de 20 pes-soas, entre alunas e professoras da escola, realizaram a doação de cabelos para confecção de perucas. A entrega foi realiza-da na manhã de quinta-feira, 14, onde estiveram presentes os alunos, representantes da Liga de Combate ao Câncer, professoras e funcionárias da Escola. O Mestre conta com o apoio do Centro de Beleza Cira, que realiza o corte gratuito dos cabelos que são doados.

Escola Mestre realiza doação de cabelos à Liga

Alunas e professoras entregam as mechas para a entidade no dia 14

pátio externo são representa-ções dos conteúdos estudados em sala de aula”, ressalta.

Além disso, a diretora comen-ta que o nome da instituição também será desenhado. “Esta-

mos realizando também a pin-tura do nome da escola na parte lateral do prédio, para melho-rar a identificação do local, ten-do em vista que muitos não o enxergam agora”, salienta.

Atividade conta com apoio da comunidade

De acordo com o presiden-te do CPM da escola, Gilson Faccin, desde que a equipe assumiu a presidência, sem-pre foi prioridade dar a opor-tunidade para o aprendiza-do das crianças. “Tudo que pudermos pode fazer para melhor isso a gente faz, pois as crianças são o futuro do Brasil. Conversamos sempre com os pais, temos o retorno por parte deles, colocamos o porquê da contribuição es-pontânea, para que serve e no que vamos investir e depois mostramos os resultados. Um deles é a pintura que já está sendo utilizada”, relata.

Os alunos, por sua vez, apreciam os momentos de brincadeira ao chegarem a instituição, durante o lanche e também quando aguardam o transporte para ir para casa. Assim, segundo a diretora, a escola oferece mais seguran-ça aos estudantes. “Quem depende do transporte pode aguardar a chegada do mes-mo no pátio ao invés da calça-da da rua. Aqui elas estão em segurança e podem se divertir com as atividades disponí-veis”, finaliza.

Crianças se divertem nos horários de intervalo e continuam aprendendo fora das salas de aula

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Sábado, 16 de maio de 2015 33Regional

Segunda data de maior mo-vimento no comércio, perden-do somente para o Natal, o Dia das Mães levou um grande número de barbosenses aos estabelecimentos da cidade, que não deixaram passar em branco o segundo domingo de maio. Este ano, as compras para homenagear as mães ga-nharam um estímulo ainda maior: em parceria com a Câ-mara de Dirigentes Lojistas, a Associação do Comércio, In-

O 6º Horti Serra Gaúcha, que acontece de 20 a 22 de maio no Centro de Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul, propor-cionará ao público discussões sobre o agronegócio, seu poten-cial e futuro, tendo como temas centrais o desenvolvimento sustentável na vitivinicultura, fruticultura, horticultura e flo-ricultura. Haverá palestras com

especialistas do setor, oficinas, dinâmicas e feira tecnológica.

Os temas da quarta-feira, 21, serão: perfil setorial e tendên-cias dos mercados de hortaliças e frutas, mudas de qualidade e sustentabilidade da viticultu-ra, poda antecipada da videira, com depoimento de produtor, e aspectos fisiológicos do manejo da poda antecipada.

O Município de Monte Belo do Sul está executando quatro

obras importantes para a comu-nidade. Duas delas se referem à pavimentação asfáltica e uma à construção de uma escola. A expectativa é que o serviço de revestimento das ruas seja con-cluído ainda neste ano.

A principal obra em anda-mento é o asfaltamento de 1.622 metros na comunidade de Santa Bárbara – Capela Nossa Senhora da Saúde, que liga à localidade de Santa Rita. As máquinas inicia-ram os trabalhos na segunda-fei-ra, 11. O prefeito de Monte Belo do Sul, Lirio Turri, explica que “é uma obra muito importante para a população, pois é um trecho que está localizado entre duas outras partes que já possuem as-falto”. Por esta estrada, são trans-portados cerca de 40 milhões de quilos de uva por safra.

O prefeito esclarece que essa é a primeira etapa de pavimen-tação e que, na sequência, mais localidades serão contempla-das com o serviço. “O projeto iniciou em um local onde se constatou que há mais trafe-gabilidade e se concentra mais produção. Foi necessário esta-belecer alguns critérios, porém outras comunidades também serão contempladas”, afir-ma. A obra está orçada em R$ 1.328.161,36 e estão sendo apli-cados recursos do município.

A próxima rua a receber a pa-vimentação é a Sagrada Família sentido à comunidade Pedernei-

Zona urbana e rural são beneficiadas com as obras que irão melhorar o acesso nas comunidades e transporte da produção

Horti Serra Gaúcha inicia na próxima quarta-feira

Ação conjunta premia consumidores

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Terreno onde será construída a escola está sendo terraplanadoPrefeito Lirio Turri detalha os investimentos feitos no município

Estefania V. [email protected]

Pavimentação e escola são prioridades

Carlos BarbosaCaxias do Sul

Monte Belo do Sul

ra. Esta é uma obra considerada cara e para executá-la, o Muni-cípio recebeu recursos de uma emenda parlamentar do depu-tado federal Luiz Carlos Busato (PTB) no valor de R$ 700 mil. Porém, o serviço está orçado em R$ 1.149.125,14. Turri explica que é uma via com uma exten-são de cerca de 600 metros na zona urbana, onde está previsto o asfalto e a construção de uma calçada de acordo com as ques-tões legais estabelecidas pelo Ministério das Cidades e obede-cendo aos critérios da acessibili-dade. “É uma obra cara porque vai envolver água, luz, esgoto e asfaltamento. Vamos ter uma rua que parte da Casa Canônica e segue no sentido Santa Tereza, passando pelo Campo Munici-pal e será uma avenida”, detalha.

Outro investimento se refere a rua Oreste Franzoni localiza-da ao lado ao Campo Munici-

pal e contempla a Escola Es-tadual de Ensino Médio Pedro Migliorini, frequentada por aproximadamente 200 crian-ças e adolescentes. O investi-mento é de R$ 248.195,18. “É muito importante, pois é uma via de chão batido e agora vem o inverno e as crianças conta-rão com um melhor acesso”, afirma. Segundo o prefeito, é necessário fazer uma gestão prevendo o hoje, o amanhã e o depois de amanhã. “Para assim vermos o que acontece, porque daqui a pouco teremos um Mu-nicípio endividado sem poder atender o mínimo das necessi-dades”, observa.

Nova escola

A obra de construção de uma nova escola municipal de Ensino Fundamental já está em andamento. O terreno está

localizado próximo colégio es-tadual e ao Campo Municipal. Na área, está sendo realizada a terraplanagem. Os recur-sos foram articulados pelo deputado federal Luiz Carlos Busato com o Governo Fede-ral. O custo previsto é de R$ 1.018.483,70. Porém, a esti-mativa é que ultrapasse a R$ 1,5 milhão. “Primeiro é cons-truída a escola, mas após será preciso adequar o entorno e os acabamentos, e estes não se enquadram no recurso fe-deral. Assim, o Município terá que investir”, ressalta. O tra-balho passará a ser centraliza-do na instituição de ensino.

O Município fechou o caixa com mais de R$ 5 milhões. Es-ses recursos são resultado de uma economia, mas estão com-prometidos. “Estão sendo reali-zadas as obras porque já temos o dinheiro no banco. O recurso

tem que existir”, esclarece. Algu-mas obras precisam de recursos de contrapartida. “No futuro, se quisermos fazer e não tivermos recursos, pelo menos não estare-mos endividados”, comenta.

Projetos futuros

Em Monte Belo do Sul, existe o problema de quase 150 qui-lômetros de rede de água em condições precárias. “O ma-terial utilizado é de péssimas condições, mas devagar será necessário custear tudo e subs-tituir por itens aprovados pela Corsan. Vai custar um afortuna para fazer essa troca”, analisa. A rede possui 12 poços em fun-cionamento e três funcionários que realizam a manutenção. No momento, o Município está buscando recursos federais em Brasília para ter uma rede de água adequada.

dústria e Serviços de Carlos Barbosa (ACI), promoveu uma campanha envolvendo mais de 90 estabelecimentos. O sorteio ocorreu na sede da entidade na segunda-feira, 11.

Com grande adesão, a cam-panha se mostrou um sucesso. Ela é a primeira das várias ini-ciativas que a CDL está prepa-rando para movimentar e unir o comércio da região. Para a presidente da CDL e vice--presidente do comércio da

ACI, Silvânia Cislaghi, o pri-meiro sorteio foi um sucesso. “Conseguimos atingir a nossa meta de estabelecimentos par-ticipantes. Durante o mês, os clientes perguntavam sobre a campanha e hoje, no sorteio, os lojistas foram muito parti-cipativos. Já estamos prepa-rando a próxima, para o Dia dos Namorados”, pontua Sil-vânia. A lista completa de ga-nhadores está no site da ACI: www.acicb.com.br

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Sábado, 16 de maio de 201534 Regional

O Grupo Escoteiro Almi-rante José de Araújo Filho de Garibaldi, antecipando a che-gada do frio, promove hoje, 16, e amanhã, 17, a Campanha do Agasalho de 2015. Os donati-vos podem ser entregues no Museu Municipal. Os itens ar-recadados irão atender a popu-lação carente.

Durante este período, será fei-to um acampamento modelo no pátio do museu. A ação integra a programação dos 45 anos de fun-dação do grupo e tem como tema “140 anos da Imigração Italiana”.

A programação das pré--romarias ao Santuário de Ca-ravaggio encerra neste final de semana, com a realização hoje, 16, da 6ª Caminhada e Corrida da Fé e da 1ª Romaria das Crianças e Adolescentes; e amanhã, 17, será realizada a 37ª Romaria dos Motociclistas.

A Caminhada e Corrida da Fé – Cada um no seu ritmo, todos com a mesma devoção, contou na edição passada com 3.500 pessoas. Para este ano, se o tempo ajudar (em caso de chuva a caminhada será cancelada, mas a corrida per-manece), os organizadores es-timam uma participação ain-da maior. A missa ocorre às 10h30min, celebrada pelo frei Mauri Francescato.

A 1ª Pré-Romaria das Crian-ças e Adolescentes inicia às 14h, com concentração no iní-cio da avenida Dom José Ba-

A família Toesca se dedica há gerações na produção

de cachaça de forma artesanal. Atualmente, a responsabilida-de é do casal Ismael e Cibriane Toesca, que residem na locali-dade de Linha Ferri, Distrito de Faria Lemos.

A produção deste ano ini-ciou logo após a conclusão da colheita da uva. A agricultora Cibriane revela que é realizado na propriedade todo o proces-so desde o cultivo da cana-de--açúcar até o engarrafamento da cachaça.

O primeiro passo é prepa-rar o fermento para que ocor-ra a fermentação do líquido. “Cortamos a cana, moemos e o suco é depositado em caixas que comportam cerca de 250 litros”, afirma. A produtora esclarece que é necessário que o caldo fique límpido antes de ser depositado no alambique. Próximo a ele, um tanque de água para manter a tempera-tura. O primeiro produto que sai é um álcool que acaba sen-do utilizado na fabricação de sabão.

Quando a bebida é produ-zida com funcho é necessário depositar a semente dentro do alambique. O processo de pro-dução de oito garrafões pode durar até oito horas. O teor al-coólico também é monitorado.

Bebida artesanal é fabricada pelo casal Ismael e Cibriane na localidade

Três eventos encerram as pré-romarias em Caravaggio

Escoteiros arrecadam agasalhos

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Grupo Almirante José de Araújo Filho completa 45 anos de fundação

Mais de 17 mil motociclistas participaram da edição do ano passado

Agricultora frisa que todo o processo é desenvolvido na propriedade

Estefania V. [email protected]

Família Toesca aposta na fabricação de cachaça

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“A cachaça é retirada quando alcança o teor de 18%. Eu fico medindo até chegar à porcen-tagem certa”, ressalta.

Segundo a agricultora, a be-bida é produzida em grande quantidade, pois o casal para de fabricar no período em que é feita a poda dos parreirais. “A cachaça é depositada em pipas e armazenada no porão, pron-ta para o consumo”, ressalta. Após, concluída a fabricação, o alambique é aberto para lavar.

A cana utilizada é cultivada na propriedade da família. A fabricação de cachaça iniciou com os bisavôs de Cibriane,

após seus pais se dedicaram, e agora ela e o esposo. “São mais de 30 anos que produzi-mos para o consumo próprio”, destaca.

A produtora afirma que produzir cachaça exige mui-to trabalho. “A cana tem que ser cortada todo dia. Algumas pessoas vêm conhecer como é fazer a bebida e comentam que é fácil, mas para quem faz não é. Tem que cuidar tudo tem que ter a quantia certa”, analisa. Recentemente, a fa-mília investiu na compra de um novo alambique e cons-truiu uma nova estrutura.

rea (em frente ao Santuário) seguida de uma celebração e animação diferenciada. Uma programação diferenciada foi elaborada e o evento pretende reunir o público da catequese da Diocese de Caxias do Sul, participantes de projetos so-ciais e famílias que queiram le-var seus filhos para passar uma tarde especial no Santuário.

Amanhã, 17, será a vez da 37ª Romaria dos Motociclistas, com missa às 11h, celebrada pelo idealizador da atividade, Pe. Roque Grazziotin. No ano passado, mais de 17 mil moto-ciclistas rodaram até o Santuá-rio. A expectativa é de que esse número seja superado nesta edição pelo grande volume de motocicletas que existem atualmente, mas principal-mente pela tradição de agra-decer e pedir proteção à Nossa Senhora de Caravaggio.

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Sábado, 16 de maio de 2015 35Obituário/Publ. Legais

Falecimentos

LUIZ CARLOS PANDOLPHO, no dia 05 de Maio de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filho de Alcy Pandolpho e Thereza Domingas S. Pandolpho e tinha 50 anos.

ADÃO RODRIGUES DE VARGAS, no dia 07 de Maio de 2015. Natural de Triunfo, RS, era filho de Adão Vargas da Rosa e Manoela Maria Joaquina da Rosa e tinha 74 anos.

REGINA PAZ FOLETTO, no dia 03 de Maio de 2015. Natural de Oeste - Guaporé, RS, era filha de Luiz Foletto e Annunciada Corbari Foletto e tinha 79 anos.

GABRIELE SALVADOR, no dia 08 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Gilmar Jorge Salvador e Nilva Brusamarello Salvador e tinha 23 anos.

LENIRA NARDES DILL, no dia 09 de Maio de 2015. Natural de Ijui, RS, era filha de Odila Nardes Dill e tinha 44 anos.

LEONILDO FIORIN, no dia 09 de Maio de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Pasqual Fiorin e Albina Piovesana Fiorin e tinha 68 anos.

RUFINA ANTUNES DA SILVA, no dia 10 de Maio de 2015. Natural de Santana do Livramento, RS, era filha de Acacio Rosado da Silva e Marculina da Silva Antunes e tinha 72 anos.

PEDRO SOSNOSKI, no dia 06 de Maio de 2015. Natural de Antônio Prado, RS, era filho de Vicente Sosnoski e Maria Sosnoski e tinha 88 anos.

MERCEDES PRIMIERI NEGRI, no dia 06 de Maio de 2015. Natural de Vacaria, RS, era filha de Francisco Primieri e Herminia Zanella Primieri e tinha 70 anos.

JOSEPHINA SANCHES TABORDA, no dia 11 de Maio de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filha de Francisco Sanches e Maria Fachini e tinha 85 anos.

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Sábado, 16 de maio de 201536 Segurança

Acidente com vítima fatal em Barbosa

Um acidente entre um caminhão e uma motocicleta deixou uma vítima fatal em Carlos Barbosa na manhã desta sexta-feira, 15. Daiane da Sil-va Flores, 31 anos, era moradora de Bento Gonçalves e deixa duas filhas.

A colisão ocorreu por volta das 9h40min na estrada de Desvio Machado, que liga Carlos Barbosa a Farroupilha, em um trecho que está em obras. Os dois veículos tra-fegavam na mesma direção quan-

do o caminhão de uma empresa de concreto tentou dobrar para acessar o acostamento e acabou derrubando a motociclista.

Os Bombeiros de Carlos Barbosa foram acionados, porém a vítima foi encontrada já em óbito. O motorista do caminhão não teve ferimentos.

A vítima era natural de Cacequi. Até o fechamento desta edição, não estava definido onde ocorreria o sepultamento.

Homem é executado no Ouro Verde

Ednaldo Vicente de Oliveira, 48 anos, foi alvejado com cinco tiros

Nono homicídio

Você viu Jorgina?

A aposentada Jorgina Maciel de Oliveira desapareceu no dia 4 de dezembro do ano pas-sado na rua Caetano Darolti, no bairro Progresso. Ela esta-va vestida com uma saia cinza escuro e uma blusa azul com estampas floreadas. Quem ti-ver informações pode entrar em contato com a família pe-los telefones (54) 9681.9651 ou com a Polícia Civil pelo 197.

Idosa desaparecida

Família vive cinco meses de angústiaPolícia procura por Jorgina Maciel de Oliveira, que sofre de Alzheimer e se perdeu no bairro Progresso ainda em dezembro

Leonardo [email protected]

Os últimos cinco meses fo-ram de angústia para a

família de Elizângela Maciel de Oliveira. Desde o dia 4 de dezembro do ano passado, eles não possuem notícias da mãe, Jorgina Maciel de Oli-veira, 61. Na manhã daquele fatídico dia, a idosa, que sofre de Alzheimer, saiu caminhan-do sem rumo pelo bairro Pro-gresso. A 1ª Delegacia de Po-lícia investiga o caso. Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Jorgina pode entrar em contato pelo telefone 197.

Jorgina é natural de Sapi-ranga. Devido ao seu estado de saúde, há três anos, ela veio morar com a filha Eli-zângela em Bento Gonçalves. Além do Alzheimer, que afeta sua memória e a desorienta, a idosa também possui dificul-dades de caminhar e enxergar (é cega de um olho e de 40% do outro). “Ela nunca ficava sozinha, pois eu sabia que dava essas loucuras de sair

caminhando. Só que a chave da porta tinha quebrado no dia anterior. O meu marido voltou do serviço, por vol-ta das 8h, e eu estava com a nenê. Quando percebemos, corremos o bairro inteiro. Uns pedreiros viram uma se-nhora bem desorientada, mas nós não a encontramos mais”, lamenta a filha.

Desde o ocorrido, Elizân-gela reveza entre cuidar das duas filhas, de cinco meses e

oito anos, e procurar a mãe. Para conter a ansiedade, ela toma remédios. “Eu tenho es-perança. Quero encontrar ela viva. A gente vai quase toda a semana na delegacia, pergun-tamos nas ruas, colocamos cartazes. Pela saúde debilita-da dela, eu não acredito que esteja perambulando por aí. Acredito que alguém a reco-lheu, que ela está em alguma casa. Sozinha ela não conse-guiria ficar”, pondera.

Investigação complicada

A falta de testemunhas e in-formações dificultam o traba-lho da Polícia Civil. “Não rece-bemos nenhuma informação nova, de testemunhas ou que tenham visto ela em alguma. No início do ano teve uma informação de Santa Maria, mas que não se confirmou. No fim aguardamos alguma denúncia, pois está bem com-plicada a situação. Essa idosa tinha problemas para cami-nhar e se orientar, é um enig-ma como ela conseguiu sair de casa e poucos viram. Não temos nenhuma informação concreta que possamos apu-rar. É uma investigação bem difícil”, relata a delegada Ma-ria Isabel Zerman.

Até o momento está descar-tada a relação do desapareci-mento com algum outro crime. “Trabalhamos com a linha de desaparecimento, não tem ne-nhum indício que tenha ocor-rida algum outro crime, como homicídio ou suicídio”, afirma a autoridade policial.

Elizângela mantém esperança de encontrar a mãe em algum abrigo

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Um homem de 48 anos foi executado a tiros no bairro Ouro Verde final da tarde desta sexta--feira, 15. Ednaldo Vicente de Oliveira foi alvejado com, pelo menos, cinco disparos de arma de fogo. Os suspeitos seriam dois adolescentes. Este foi o nono ho-micídio de Bento Gonçalves nes-te ano.

Conforme as informações da Brigada Militar, o crime ocor-reu por volta das 17h20min em frente a um cabelereiro na rua Isidoro Cavedon. Testemunhas afirmaram ter ouvido cinco dis-paros. Um tiro atingiu o chão da varanda de uma residência pró-xima. Populares apontaram dois adolescentes como suspeitos.

Oliveira era natural de Caiçara, na Paraíba, e não possuía ante-cedentes criminais relevantes. A Brigada Militar isolou a área até a realização da perícia. Sua morte será investigada pela 1ª Delega-cia de Polícia (1ª DP).

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Sábado, 16 de maio de 2015 37Segurança

O lutador de kickboxing garibaldense Valmir Er-

thal, de 41 anos, o Garrincha, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Pedro desde segunda-feira, 11. Ele teve o intestino rompido em uma luta na tarde de sábado, 9. A família acusa o hospital de negligência com o esportista.

Erthal participava do Desafio Internacional de Kickboxing, realizado no Ginásio Munici-pal de Esportes de Garibaldi. Ele fez a luta principal do even-to, onde enfrentou o argentino Emmanuel Maciel. Até o sexto round, o experiente lutador dominava o combate contra o adversário, até que acabou le-vando dois chutes fortes na re-gião abdominal. Achando que tinha fraturado uma costela, ele acabou desistindo da luta.

Valmir Erthal rompeu o intestino após combate contra argentino e família acusa hospital de negligência médicaBRU

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Valmir Erthal (D) lutou seis rounds até ter o intestino rompido, depois de levar dois chutes de seu oponente

Geremias [email protected]

Lutador de Garibaldi vai parar na UTIKickboxing

Segundo a esposa do luta-dor, Marisete Erthal, ele foi foi encaminhado ao Hospital Beneficente São Pedro, onde recebeu atendimento médi-co. Ela explica que o médico

realizou um exame de Raio-x, o qual não mostrou a existên-cia de nenhuma costela que-brada. O lutador recebeu um remédio para dor e foi libe-rado. Na segunda-feira, 13, a

dor ainda não havia passado, e ficou mais intensa. Erthal voltou ao hospital, onde então teve novo atendimento, e des-sa vez realizou uma ecografia, que apontou o vazamento de

líquidos no intestino. Na terça--feira, foi submetido a uma ci-rurgia, onde então os médicos constataram o pior: o intestino grosso havia rompido e as fezes haviam se espalhado por toda a região do abdômen, causan-do uma grande inflamação. Ele teve o intestino grosso removi-do. O lutador segue na UTI do hospital, mas respira sem o au-xílio de aparelhos.

De acordo com Marisete, o que a família questiona é a de-mora para ser dado o diagnós-tico correto sobre o problema de saúde, que por pouco não levou o lutador à morte. Ela afirma que se o médico tivesse feito a ecografia ainda no sá-bado, poderia ter identificado o rompimento do intestino. A direção do Hospital São Pe-dro, enviou nota informando que Erthal foi atendido nor-malmente e que recebeu todos os cuidados possíveis ao che-gar na casa de saúde.

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Sábado, 16 de maio de 201538 Segurança

“Preocupação era o entorno, agora é dentro da escola”

A BM nas escolasO Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

(Proerd) é uma ação de prevenção e conscientização dos jovens. A metodologia Caindo na Real busca auxiliar o jovem na hora de tomar decisões e se manter seguro. São quatro passos de reflexão: defina, analise, atue e avalie.

Em Bento Gonçalves, os mesmos policiais qualificados pelo Proerd realizam a Patrulha Escolar, onde acompanham as movimentações de entrada e saída de alunos e conversam com diretores, profes-sores e guardas sobre a segurança da instituição e o comporta-mento dos alunos.

Menores em risco

Patrulha contra drogas nas escolasDenúncias de consumo no interior de instituições crescem. Parceria entre direções e Brigada Militar intensificará ações

Leonardo [email protected]

Os adolescentes são alvos preferenciais de trafican-

tes, principalmente nas esco-las. O trabalho das redes de proteção a criança e adoles-centes sempre foram intensas neste sentido. Porém, o núme-ro de relatos e denúncias de drogas chamou a atenção da Brigada Militar (BM) nas úl-timas semanas. Com apoio da Patrulha Escolar, na quarta--feira, 13, um adolescente de 14 anos foi apreendido com maconha na mochila.

O caso ocorreu no turno da manhã da Escola Estadual Pedro Vicente da Rosa, no Progresso. O aluno suspeito foi chamado para a sala da direção onde ocorreu a revista. Foram encontradas 12 pontas de cigarro de maconha. O adolescente foi apreendido e os pais chamados até a delegacia. A mãe afirmou não saber que o filho era usuário.

A direção da escola acredi-ta que este é um caso isolado. “Os pais inclusive elogiam pois na nossa escola conhe-cemos todos os alunos pelo nome. É uma escola peque-na e que preza por este lado humano, que busca orientar e conversar. Infelizmente mui-ta coisa foge ao nosso alcance. Por isso, temos a Patrulha Es-colar como uma grande par-

ceira”, explica a vice-diretora Rúbia Predebon Beal.

Compondo a direção há três anos, a educadora conta que a escola Pedro Rosa se preocupa com possíveis más influências aos seus alunos e ressalta que a Patrulha Escolar da BM é mui-to bem-vinda. “Estamos sem-pre de olho na entrada e saída. Se percebemos alguma movi-mentação suspeita, logo acio-namos a Brigada. Cuidamos os entornos da nossa escola. Este foi um fato isolado, algo mui-to triste, que mexeu com toda comunidade escolar”, salienta Rúbia.

O caso da escola Pedro Rosa não é único. Uma denúncia no dia seguinte, 14, levou a apreensão de dois adolescen-tes que estavam fumando ma-conha nas proximidades do Colégio Estadual Dona Isabel, no bairro Universitário. Foram apreendidas 8,7 gramas de drogas e os acusados conduzi-dos para a delegacia.

Escolas precisam denunciar

O capitão Diego Caetano, co-mandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), afirma que denúncias deste tipo se tornaram mais fre-quentes. Em uma delas, a BM recebeu uma série de imagens

O Ministério Público e o Conselho Tutelar atuam em parceria com as escolas e a Brigada Militar, tanto na pre-venção quanto no encaminha-mento do infrator. O promo-tor da Infância e Juventude, Élcio Resmini Menezes, afir-ma que a preocupação das es-colas têm aumentado.

Ele explica que os casos são mais comuns na rede esta-dual, pois, no município, estas recebem uma faixa etária mais elevada e também o Educação para Jovens e Adultos (EJA). Os diretores costumam procu-rar o MP em busca de apoio.

“Há a preocupação sobre o assunto. E é fato que tem au-mento o problema dentro das escolas. Antes a preocupação era maior com o entorno. São demandas que surgem e enca-minhamos para a Brigada Mi-litar, pois é uma atividade pró-pria do policiamento escolar”, relata o promotor Élcio.

O coordenador do Conselho Tutelar, Lauri Cunico, afirma que o órgão também possui grande demanda neste sen-tido. A atuação se restringe a uma provocação dos res-ponsáveis das instituições de ensino e o acompanhamento

junto a rede de proteção. “Os fatos ocorrem em todas as es-colas, pois é a idade mais con-dizente para (o traficante) en-trar com a droga, atrair este ‘cliente’. Tem muitas drogas que circulam nas escolas, por isso os diretores e guardas procuram o Conselho Tutelar. A drogadição ocorre em todos os setores da comunidade e há uma facilidade ao acesso a droga”, lamenta.

Por este cenário, Cunico exalta a importância da rede de proteção a criança e o ado-lescente existente em Bento Gonçalves. “A delegacia cos-

tuma nos mandar uma cópia da ocorrência e realizamos o encaminhamento deste me-nor para o Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps-AD), que faz um tra-balho belissimo. Precisamos atuar na prevenção e estar pronto para receber este jo-vem, sempre aconselhando e orientando”, comenta.

Apesar das inúmeras cam-panhas de conscientização e fácil acesso, os jovens conti-nuam caindo no vício da dro-ga. “É uma questão de curio-sidade, pressão de grupos de amigos, as redes sociais tam-

bém influenciam. Mas devia existir uma consciência maior. Anos atrás parece que a droga assustava mais o adolescente. Hoje virou algo rotineiro”, en-fatiza Cunico.

Em semelhança, o promo-tor e o conselheiro tutelar percebem a falta de estrutura familiar como um facilitador. “Percebo a falta de apoio ao jovem. Quando se reúnem na rua para um papo, onde poderiam tomar um chimar-rão, eles acabam fazendo em torno de bebida alcoólica e substâncias ilícitas”, debate o promotor Élcio.

(foto acima) de adolescentes ostentando maconha. “Per-cebemos este maior volume de denúncias relacionados ao consumo e tráfico de drogas em escolas e já foram feitas apreensões e registros de ocor-rências em três escolas. Mas esta é uma questão que requer mais que a repressão. Precisa-mos de uma ação conjunta com participação do Conselho Tu-telar e desta rede de proteção”, argumenta.

O oficial ressalta a importân-cia que os professores e direto-res denunciem comportamen-tos suspeitos. “O registro de uma ocorrência resulta na re-pressão, por parte da Brigada, e uma investigação da Polícia Civil, que irá procurar inclusi-ve os fornecedores dessa dro-ga. É importante professores e diretores terem bons relacio-namentos com seus alunos e os orientarem. Porém, quan-do perceberem que este aluno pode estar se envolvendo com crimes, tem que denunciar. Apenas a conversa pode carac-terizar uma futura omissão”, ressalta o capitão Caetano.

Justamente para facilitar esta inserção da BM nas esco-las que existe a Patrulha Es-colar. Além de fornecer apoio em situações de crime como estas, a presença dos policiais ajuda a inibir comportamen-tos violentos.

Imagens em denúncia revelam grupo adolescente ostentando maconha

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Sábado, 16 de maio de 2015 39Segurança

A investigação da 1ª Delega-cia de Polícia (1ª DP) intercep-tou uma entrega de maconha no bairro Maria Goretti no iní-cio da tarde desta quinta-feira, 14. Um adulto, de 31 anos, e um adolescente, de 17, foram detidos em flagrante com 1,2kg de maconha.

A ação ocorreu por volta das 13h na rua Celso Pazza. O ado-lescente, que estava de bicicleta, seria o responsável por entre-gar a droga para o adulto, que conduzia uma motocicleta. O veículo, um tijolo de maconha e

R$ 1 mil acabaram apreendidos.A investigação ocorria há

uma semana. A dupla foi in-diciada por tráfico de entor-pecentes. O adolescente, que completa 18 anos neste sába-do, 16, poderá responder ao processo em liberdade.

O adulto possui extensa fi-cha criminal com acusações de furtos e roubos. Ele estava cum-prindo pena em regime semia-berto do Presídio Estadual de Bento Gonçalves desde o dia 28 de abril. O indiciado foi recon-duzido para o regime fechado.

Um adulto e um adolescente foram detidos em flagrante com a droga

Prevenção

Polícia Civil apreendearmas no Cohab e MunicipalMandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a quarta-feira

Leonardo [email protected]

Operações da Polícia Civil apreenderam três armas

de fogo, nos bairros Cohab e Municipal, durante a quarta--feira, 13. Apesar deste tipo de investigação não chamar tanta atenção quanto outras ações da polícia, evitar a circulação de armas é considerada a melhor forma de prevenir de crimes.

O primeiro mandado foi cumprido na rua Cristiano Fio-ravante, no bairro Cohab, por volta das 7h30min. Chefiada pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), com apoio da 1ª DP, a ação apreendeu uma garrucha de calibre .36 e um revólver de calibre .38. Munições e uma cartucheira também foram lo-calizados.

Um indivíduo de 44 anos foi preso em flagrante. Ele possui antecedentes por posse de en-torpecente e furto com arrom-bamento. “São investigações que fazemos sobre a circulação de armas de fogo na cidade. São estes indivíduos muitas vezes que fornecem armas aos assaltantes. Quando há denún-cias temos que conferir e tirar de circulação. Como foi este caso com resultado positivo”, comenta o delegado Álvaro Pa-checo Becker, titular da 1ª DP.

Na parte da tarde os agentes da 2ª DP reforçaram uma ação

Maria Goretti

Investigação intercepta entrega de 1kg de maconha

Uma garrucha calibre .36 e dois revólvers .38 foram encontrados

Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) na rua Nunciante Antinolfi, no bairro Municipal. Um revólver cali-bre .38 e 27 munições foram apreendidos. Uma mulher de 32 anos foi detida, prestou depoi-mento e acabou liberado. O re-vólver seria de um familiar dela.

A autoridade policial reforça que quem tiver uma arma de

fogo em sua posse precisa regu-larizar a situação junto a delega-cia da Polícia Federal em Caxias do Sul. “Caso contrário pode ser denunciado e sofrer uma busca da polícia. Mesmo a pessoa sen-do de boa índole, terá que res-ponder por porte ilegal de arma. Se estiver raspada pior ainda, pois nem existe fiança”, explica o delegado Álvaro.

Roubos a farmácias foram registrados em Garibaldi e Carlos Barbosa no início da noite de quinta-feira, 14. Conforme as informações da Brigada Mi-litar, o primeiro crime ocorreu por volta das 19h50min na rua Jacob Ely, Cen-tro de Garibaldi. Dois indivíduos abordaram a funcionária afirmando estarem armados e anunciando o assalto. Ele roubaram R$ 380 do caixa e fugiram em direção a avenida Rio Branco. Mais tarde, por volta das 20h30min, um crime parecido foi registrado em Carlos Barbosa. Dois assaltantes invadiram uma farmácia da rua 25 de Setembro, no Centro, e renderam a funcionária. Eles fugiram levando o dinheiro que estava no caixa.

Farmácias assaltadas em Garibaldi e Barbosa

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Page 40: 16/05/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.130

Sábado, 16 de maio de 201540