13 homens que mudaram o mundo

7/21/2019 13 Homens Que Mudaram o Mundo

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í nd i c e

Pr e f ác i o 3

Li ç ão Andr é , o Ap ós t o l o A f á v e l. VM TMW flP, tá 4

Li ç ão Q ) F i l i pe , o Ap ós t o l o Pr á t i c o 9

Li ç ão Nat a nae l , o Ap ós t o l o Sonh ado i 14

Lição 4 M ateu s , o Ap ósto lo qiu- I o i Ucs ^nla do 18

Li ç ão § S i m ã o , o Ap ós t o l o Ze l o s o 23



I i n um c e r t o e l e vador , num a c i dade dos Es t ados Uni dos , do i s advogados

c onve r s avam . T i nham ac abado de r e s o l ve r um c as o de d i vór c i o . Um de l e s

d i s s e

"Já se fo i o tempo em que o divórc io era um est igma. Hoje é quase um

di s t i n t i vo de honr a ."

Ao que o outro repl icou:

"O que é que s e va i f az e r ? M udar o m undo? Ni ngué m pode m udar o

m u n d o . "



L I Ç Ã O 12

/

ANDRÉ,

/

O APOSTOLO AFAVEL

Utilizou o que T inha em Mãos

Ele achou primeiro ao seu próprio irmão Simâo, a quem

disse: Acham os o Messias... e o levou a Jesus. (Jo 1 .41 ,42 . )

E l e t i n h a s i d o u m d o s o u v i n t e s d e J o i l o B a t i s t a I ru um d o s q u e s a í r a m a o

d e s e r t o p a r a o u v i r a q u e l e p r o f e t a . E l e v i r a J o f l o a p o n t a i p a r u J e s u s e d i z e r :

Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo I 24 . ) Int r ig ado e

m u i t o i n t e r e s s a d o , e l e s e g u i u a J e s u s . P s t e v i u o s e g u i I O e p e r g u n t o u - l h e o

q u e d e s e j a v a . A n d r é e s e u a m i g o d i s s e r a m q u e d e s l a v a m I al .u > o m Ele . E fo i

a s s i m q u e e l e s p a s s a r a m a l g u m a s h o r a s j u n t o s . t o n v e i - . a n d o D e v e t e r s i d o

u m a p a l e s t r a m a r a v i l h o s a , p o i s a t é m e s m o a h o r a e m q u e s e d e u f ic ou

r e g i s t r a d a : Sendo mais ou menos a hora décima (Jo I .**>). I oi u m a h or a

m u i t o i m p o r t a n t e p a r a A n d r é ; h o r a U c d e c i s ã o , l i o u i li o p o r t u n i d a d e , u m a



I I M I I I q u e s t ã o d l ' m á s o r t e , c e r t e z a d e q u e e l e p o d e r i a s e r o p r i m e i r o s e a s

c i r c u n s t â n c i a s l o s s e m d i f e r e n t e s , s e e s t i v e s s e c e r t o d e q u e o m u n d o e s t a v a

e o n t i . i e le , m m c í i t e i i a c o n v i d a d o s e u f a m o s o i r m ã o p a r a se e n c o n t r a r c o m

J e su s t o d a v i a , A n d r é n ã o e r a r a n c o r o s o , n e m r a b u g e n t o , n e m c í n i c o . E l e

. 1

pi< I H I I - I I I A l o c a r b e l í s s i m a s m e l o d i a s , e m s e u s e g u n d o v i o l i n o .

I le (ichiiii primeiro ao seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos

u

A

/c. m

,i \

r n

levou a Jesus

( J o 1 .4 1 ,4 2 ) . N ã o h a v i a d ú v i d a s n e m i n t e r r o g a -

.,'•< I Ir l inha ccrte / .a do que af irm av a. Se e le es t iv esse duv id an do , Pe dr o

I I . I . I lh e le i i ,t d a d o a t e n ç ã o , n ã o c r e r ia n e l e . P e d r o t i n h a u m a p e r s o n a l i d a d e

i m i i l o r l c d e m a i s p a r a s e r i n f l u e n c i a d o p o r u m a p e s s o a i n d e c i s a . A n d r é ,

| iu i i iM e s t a v a c e r t í s s i m o : " A c h a m o s o M e s s i a s . "

i

1

i v e z , 1 ' cd r o t e v e q u e d a r o u v i d o s a o s e u i r m ã o m a i s n o v o . D e u - l h e

i ni l. i i s u a a t e n ç ã o . C o m s u a p e r s o n a l i d a d e v i b r a n t e , c o m s u a c à p a c i d a d e d e

i i . i i s e m p r e n o m e i o d o p a l c o , s u a n a t u r e z a e x t r o v e r t i d a , f o g o s a , e l e t e v e

q u e d a i o u v i d o s a o i r m ã o . E n t e n d e m o s a g o r a p o r q u e A n d r é er a u m b o m

v i o l i n o . t i n h a u m a v id a t ã o r e t a ,_ c | u e^ o ir m ão __ .m a is v e l h o o

i i ,i e r a o e x e m p l o d a q u e l e A n d r é q u i e t o , h u m i l d e e s e n s a t o . P e d r o

l i d o l In n ã o z o m b o u . A n t e s , f o i c o m e l e p a r a v e r i f i c i a r ...e o levou a Jesus.

I i l v iv A n d r é n ã o t i v e s s e a p e r s o n a l i d a d e n e m a f o r ç a d e p e r s u a s ã o d e s e u

II n i.

io ,

m a s ele levou seu próprio irmãol^ S c n ã o h o u v e s s e u m ' A n d r é , t a l v e z •

I I I I I I I , i h jr ia havido um Pedro ,

N o s E v a n g e l h o s , e n c o n t r a m o s n o v a m e n t e A n d r é a l g u n s m e s e s d e p o i s ,

li M I S e st i v er a f a l a n d o a u m a g r a n d e m u l t i d ã o d u r a n t e t o d a a t a r d e . O d i a j á

i . i a v a n ç a d o , e o p o v o t i n h a q u e r e g r e s s a r p a r a s u a c a s a . P a r a a l g u n s d e l e s ,

•i i i.i u m a l o n g a v i a g e m . A s m u l h e r e s j á e s t a v a m b e m c a n s a d a s , e a s c r i a n ç a s

I

t e a n d o i r r it a d a s . N ã o h a v i a a l i m e n t o b a s t a n t e , n e m d i n h e i r o p a r a a d q u i r i - l o .



c.c i i i ios Sua mis são era tota lm ent e para os jud eus . T alvez F i l ipe d eves se

pi

i

guntu r a João ou a Ped ro o que fazer . M as não Eles i r iam dizer (Fi l ipe até

podia ouvir um deles dizer) : "Diga a es tes gregos para i rem embora. A

missão de Jesus é para os i srae l i tas . Ele não tem tempo."

f e n t ão que um pe ns am e nt o l he oc or r e . Por que não f a l ar c om Andr é ?

André é sensato; e le saberá o que fazer . André é amável ; e le saberá o que

dize i ' . I sabe . André vai fa lar com os homens . Os gregos lhe dizem:

Senhor,

queremos ver a Jesus. (Jo 12.21) . E o ap ósto lo l eva-os a Cris to , apr esen ta-o s e

t a l ve z , a t é t e nha dado ao Se nhor um m om e nt o de f e l i c i dade ._Q c or aç ão de

Jesus v ibra: Mu itos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e

tomarão lugares à mesa no reino de Deus (Lc 13.29). E eu quando for

levantado da terra, atrairei todos a mim mesm o (Jo 12.32).

B e m , a g o r a c o n h e c e m o s A n d r é . N ã o h á o u t r a m e n ç ã o d e s e u n o m e n a

Bí b l i a , a l é m da s ua c i t aç ão na l is t a dos após t o l o s . E l e _^ par e c £ j i o s _Evangg - f

JJ i o s . f om e nt e t r ê s ve / . e ^ e _ i Ên^ 5t • e J ' az e l ^ do a m e s m ac o i s a : l e vando a l gué m u

JeSus.

ç ç , Pr i m e i r o , f o i e l e m e s m o . De po i s , e l e l e vou s e u i r m ão , Pe dr o . De po i s f o i o

gar o t o do l anc he , e , por f i m , o s gr e gos . Andr é , o após t o l o am i go ; Andr é , o

homem que l eva os outros a Jesus Cris to . Sem e le não há avanço. Os Andrés

t r az e m os Pe dr os . E l e s não s ão m anc he t e ; não a t r ae m publ i c i dade , ne m as

l uz e s , ne m os ap l aus os do púb l i c o . Não s ão o s a s t r os , m as o s " f i gur ant e s " .

Não s ão o s "pont as - de - l anç a" , m as o s "z ague i r os c e nt r a i s " . São o s que t odo

m undo m ai s ou m e nos i gnor a .

"Ah Agor a m e l e m b r o de voc ê ; é o i r m ão de Pe dr o ."

El e s t oc am o s e gundo v i o l i no . São hom e ns c om uns , m as s e m e l e s nada s e

r e s o l ve . São hom e ns de um s ó t a l e n t o ; ne m c i nc o , ne m de z . . . s om e nt e um .



I o i ass im qu e es tes treze ho me ns muriuui iu o iniMtilo lo i p or i s to

s o m e n t e L ass im que aco nte ce . É tão s imp les (> .

I I I I U I I M I I H

s r e s pa l hou

pe l o I m pé r i o r om a na , à m e d i da que o s hom e ns i am • i i ) i . nu l o c om

lt-sus ( i is lo, se nd o lev ad os a Ele — não pela s gr an de s pe>, .e. il» in, ma s

| iu i um Je s i e i n un ho pe s s oa l , de d i c ado e am i go .

Nus pie i i sam os de ho me ns Pre c i sam os de ma is An dres l Ni in .1. .• qui

to 11e lnados em seminários , que têm uma educação primorosa (e tnl io i . i

• i a s i n i s. is não de vam s e r de s pr e z ada s ) , ne m m e s m o daqu e l e s qm . .i li e m

m u l im de hom e ns ^ am ávei s e s a m i g os . H om e ns de um t a l e n t o a

ii li c o l aç ão v i br ant e c om pa i xão pe l a s a l m as , c om um pr opós i t o

• li

i m nl o H o m e ns que vão f a l ar , v i ve r , t e s t e m unh ar , andar ,_ s e r am i go s dos

i i e r : "Ac ham os o M e s s i a s " Cr i s t o or de na a t odos o s hom e ns que

i ii11 .1 lod o o m un do e pr ocl am em as boas -no vas d e qu e D eu s v i s i tou a terra,

.|in

I

teus ve io ao mu nd o, na pe ssoa de Jesus Cris to; que e le sofre u, mor reu,

I I

. susc i tou e es tá v ivo para sempre; que o maior evento da Histór ia já

,n m i i e c e u . que a m a i or pr ova de am o r j á f o i dad a: "A c ha m o s o M e s s i a s ."

( ) gr ande pr e gador . Dr . Cl ar e nc e M ac ar t ne y , i l u s t r ou um s e r m ão s obr e

\

iii11

v . com a narrat iva da seguinte v i são: "Eu vi o Rei assentado sobre o seu

ti uno De cada lado do tron o es ta vam os gra nd es anjos: U rie l , Ra fae l ,

Mienel , Gabrie l . Diante do trono es tava outro anjo: o que cuidava do l ivro. A

s e u l ado ac hava- s e um dos m or t a i s . ' Q ue m é e s t e hom e m que t r ouxe s t e , e o

que t em e l e a de c l ar ar ? ' pe r gun t ou o Re i . ' O Re i , e s t e ho m e m é um gr and e

I nve nt or , e e s pa l hou l uz pe l o s c am i nhos dos hom e ns , no m undo t odo . '

i nt f to ' , d i sse o Rei , 'd iga- lhe que f ique perto de Urie l , o anjo da luz ." E e le

lo l e se colocou ao lado de Urie l .

"O anj o apr e s e nt ou out r o hom e m . ' Q ue m é e s t e , e o que t e m a de c l ar ar ? '



Onde é que você está, André?

Há pessoas esperando para se encontrar com o seu Jesus.

Nada se sabe a respei to de André na Histór ia da Igreja Primit iva . Ele caiu na

obs c ur i dade . Na ve r dade , e l e nunc a e s t i ve r a m e s m o e m pos i ç ão de pr oe m i -

nê nc i a . De s de o pr i m e i r o d i a , f or a s e m pr e : "Pe dr o , Pe dr o , Pe dr o" . E l e f or a

s e m pr e a f as t ado do c am i nho por e s s e i r m ão a t i r ado , agr e s s i vo .

Conta a l enda que e le fo i para a Grécia e pregou na província da Acaia . Al i se

t or nou um m ár t i r e f o i c r uc i f i c ado num a c r uz e m f or m a de X. Al guns s é c u l os

mais tarde , seus restos foram levados para a Escócia . O navio que os l evava

nauf r agou e m um a ba í a , que m a i s t ar de f o i de nom i nada a Ba í a de S t o .

Andr é . O s m ar i nhe i r os c he gar am à c os t a e c ons e gu i r am ganhar m ui t os par a

Cris to .



l . IÇÀO 2

I ILIPE,

/

O APOSTOLO PRATICO

1 ilipe,

o Hom em Prático

Tal ve z voc ê j á o t e nha v i s t o no s upe r m e r c ado . É a l t o , j ove m , de boa

apar ê nc i a , be m ve s t i do . Em pur r a o c ar r i nho de c om pr as e e xam i na c u i dado-

s am e nt e o s pr odut os e xpos t os . I s t o é l i ge i r am e nt e r i d í c u l o . Em ve z de e s t ar

a l i, e l e de ve r i a e s t ar j oga ndo ba s qu e t e ou t a l ve z t ê n i s . Na m ã o , t e m um a l i s ta

de c om pr as , par a a qua l o l ha a t odo i ns t ant e . E l e s i m pl e s m e nt e não pode r i a

de i xar de t e r um a l i s t a , po i s após c ada m e r c ador i a que c o l oc a no c ar r i nho ,

loma de um lápis e corta-a da l i s ta .

Se qu i s e r m os obs e r var um pouc o m ai s e s t e s i m pát i c o r apaz , vam os

segui - lo ao passar pe la caixa e dir ig ir - se para o carro, o qual es tá impecavel -

m e nt e l i m po . E l e é um m ot or i s t a c aut e l o s o . N unc a t e n t a um a u l t r ap as s ag e m

pe r i gos a . Te m os que r e c onhe c e r , no e n t ant o , que e l e t e m bom c onhe c i m e nt o

das ruas da c idade . Ele sempre segue a rota mais curta . Parece que já



" Re l i g i ão? Q ue r s abe r m i n ha op i n i ão? Es t á be m ; e u l he d i go . Fr e qü e nt e i

.1 if• 11-1.i de s de pe que no . A pr e nd i m ui t a c o i s a . I s s o é bom . Sabe ? A s c r i an ç as

pi cr i sam ap rend er a respei to de D eus ; i s to ajuda a gent e a ter um a vida

melhor ,

"Se c r e i o e m D e us ? S i m Ac ho que c r e i o e m De us . Er a i m pos s í ve l e x i s t ir

um m undo , um un i ve r s o , s e não houve s s e um Se r s upr e m o , um c r i ador .

M e us pa i s e r am m ui t o de vo t os . I am à i gr e j a t odos o s dom i ngos , m as é l óg i c o

que e u não pos s o t e r a m e s m a f é que e l e s . Não pos s o c r e r num a c o i s a s ó

por que e l e s c r e r am ne l a . Te nho que andar por m i nhas pr ópr i as pe r nas ,

l e nho que de s c obr i r a ve r dade por m i m m e s m o .

"De i xe - m e d i z e r - l he um a c o i s a : e u s ou pr agm át i c o . Sabe o que é

pr agm át i c o? Nun c a ouv i u f a l ar e m Wi l l i am Jam e s ou John De w e y? Ah j á

ouv i u ; ç E ^ g n^ f i S ^ í - üJI l a s o f u i q u e e n c a r a a v i da de m o do pr á t i c o , i s t o é , . a

verdade so e provada na prát ica , e a crença, pe la açãux Uma pessoa

pr agm át i c a é aque l a que s o c r ê naqu i l o que pode s e r pr ovado . Eu c r e i o que

dois e doi s são quatro. Isso é fác i l de provar . Eu só cre io naqui lo que vejo ,

s i n t o , t oc o , c onhe ç o ou s e i .

"Fé ? Fé é um a c o i s a m e i o vaga . O que é f é ? Al gum as pe s s oas t ê m f é ;

out r as , não . O que a ge nt e f az quando não t e m f é ? Vou l he d i z e r um a c o i s a :

s e e u v i s s e , s e e u s oube s s e , s e a l gué m m e c onve nc e s s e de s s e ne góc i o de

re l ig ião, eu ter ia a fé , eu crer ia . A re l ig ião para mim tem de ser prát ica ,

pr e c i s a de pr ovas . Eu nunc a c ons e gu i r i a s e gu i r um a c o i s a que não c onhe ç o ,

que não e xpe r i m e nt e i . No e n t ant o , s e e u m e e nc ont r ar de ve r dade c om De us ,

eu lhe digo uma coi sa — serei um discípulo totalmen te devotado."

Is to é o que Fi l ipe dir ia . É ass im que e le fa lar ia agora, no século XX. E fo i

ass im que e le fa lou, no século I . Fi l ipe , o apóstolo prát ico . Fi l ipe , um homem



quem Moisés escreveu na lei, e a qiu m

ai

te feriram os projetas, Jesus, o

Nazareno, Jillio de Jose.

Q ue dei lai 11(*n«> mi n u c i osa e d e ta l h a d a f q u u se

e l c n tí l ic a . N ó s O a c h a m o s . M o i s t e s c r e v e u . 1 A , < t i i v .p n to I I I I lei ( ) S p rofe tas

l ah u am d E l e . É Jesu s , d a c i d ad e d e Nu / are , I 1 I I 1 0 d<- ,lo\i

An d ré t i n h a p rocu rad o seu i rmão Ced ro , c l h e d l s sn a

Achamos o

Mewius.

Foi só. Foi um a dec lara ção curta. Todavia, Ei l ipr um h om em

meticuloso, não agiu ass im. Ele d isse:

Achamo s aquele de quem Moisés

• w reveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de

/• • ••« Qu an d o seu am i go l evan ta u ma ob jeção:

De Nazaré pode sair alguma

11

u\a boa?,

e s t e F i l i p e , e s t e h omem p rát i co resp on d e:

Vem e vê.

(Jo 1.46.)

E l e n u n ca se d e i xar i a en gan ar p or u m i mp os tor , n em crer i a em to l i ces

.u p ers t i c i osas . E l e d i z : " Dê-me p rovas con vi n cen tes e eu sere i u m d i sc í p u l o

devotudo." Ele próprio foi e viu por s i mesmo, e por i sso dá esta resposta a

q u al q u er u m q u e q u e i ra sab er . S eu t ratamen to d o as su n to é c i en t í f i co ,

I spcri inental . Vem e vê. E i s to é tu d o q u e Cr i s to p ed e d aq u e l e q u e o b u sca .

Agora F i l i p e segu e em comp an h i a d e Jesu s . F o i e sco l h i d o p ara ser u m

ap ós to l o . Já começou a carre i ra , mas a i n d a t em mu i to q u e ap ren d er . E l e s e

i n ove d evagar , cau te l osamen te . Nu n ca se d i sp õe a d ar u m p asso à f ren te , s e

II ao t iver certeza de que está p isan do em terra f irme. Jesus nota i s to. Ele o

i oloeou entre os doz e escolh idos e está ans ioso p ara q ue e le se d esenv olva .

I is q u e su rge u ma op or tu n i d ad e , q u an d o u ma g ran d e mu l t i d ão se

a |u n tou p ara ou vi r Jesu s . Já é t ard e . O p ovo e s tá can sad o e f ami n to; as

1 1 lanças estão inqu ietas . Jesus vol ta-Se para Fi l ipe e perg unta - lhe:

Onde

comprarem os pães para lhes dar a comer?

(Jo 6.5. ) Por que logo Fi l ipe?

forq u e e l e é p or n atu reza mu i to p rát i co , t em u ma men te c i en t í f i ca , e é mu i to



Estes, po is, se dirigiram a Filipe, ... e lhe rogaram : Senhor, queremo s ver

a Jesus. (Jo 12.21. ) Fi l ipe era t ímid o. E des ses que o lham ba stan te antes de

dar qua l que r pas s o . A que s t ão e r a m e i o d i f í c i l : ge nt i o s que r e ndo ve r a Je s us

O Senhor não di ssera que fora enviado apenas à casa de Israe l? Qual ser ia

e nt ão a a t i t ude m a i s pr á t i c a a s e t om ar ? Ag i ndo c om m ui t a pr udê nc i a , Filipe

foi dizê-lo a André (Jo 12.22) . Ele nã o sabe que de l ib eraç ão tom ar. A nd ré

de c i de por e l e .

E André e Filipe o comunicaram a Jesus

(Jo 12.22).

Ent r e t ant o , a m e l hor aná l i s e do c ar á t e r de F i l i pe pode s e r f e i t a a l guns

dias depois , na úl t ima ce ia . Ele já es tava no grupo de Cris to há três anos: era

um dos após t o l o s . Er a do c í r c u l o í n t i m o de Je s us . Vem e vê, di ssera e le a

Na tan ael , e e le próprio fora e v ira . . Q ún ico pr oble ma é que e le v ira , ma s

a i nda e s t ava c e go . O uv i r a , m as não c om pr e e nde r a . Ac e i t ar a , m as , na r e a l i da -

de , será que e le sabia mui ta coi sa?

Par a e l e , a e s t r ada f or a í ngr e m e , ár dua e l onga . M e s m o as s i m , s e r á que

ele agora crê? Será que realmente já v iu a Deus? Está certo di sso? Jesus fa lou

t ant o s obr e De us ; Je s us t e n t ou e ns i nar t udo de m ane i r a be m c l ar a , m as ne m

t udo a i nda e s t á c l ar o . Al go a i nda e s t á m e i o ne bu l os o . Sua m e nt e , t ão l í m pi da

e prát ica , es tá envol ta em névoa. Al i , à mesa, e le interrompe o Mestre:

Senho r, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. (Jo 14.8).

Mui to obrigado por ter fe i to es ta pergunta, Fi l ipe . Ela me revela que você

ainda es tá tateando, e que apesar dos seus três anos com Jesus , você a inda faz

pe r gunt as , a i nda i n t e r r oga , a i nda pr oc ur a . É ve r dade que a s s i m voc ê e s t á

r e ve l ando s ua i gnor ânc i a , m as t am bé m m os t r a a s ua s e de de c on he c i m e nt o .

O b r i gado , F i l i pe. Es t ou e m d í v ida c om voc ê e s ua m e nt a l i d ade pr á t i c a , po i s

voc ê pr ovoc ou de Je s us a s pa l avr as m a i s e s pant os as , m a i s i m pr e s s i onant e s ,



que o Se nhor d i s s e a voc ê , na pás c oa?" F i l i pe não e s que c e aque l as pa l avr as ,

m as i s l o t am b é m j á é de m ai s , e e n t ão e l e gr i ta : "El e m or r e u "

El e a i nda não t r ê , m e s m o de po i s que Je s us apar e c e aos doz e . É um

f ant as m a , um e s p í r i t o . Ent ão Je s us Se r e ve l a a e l e s c om o o Se nhor

r e s s us c i t ado . Por f i m , e l e s e c onve nc e : "Nos s o M e s t r e e am i go , am ado

Se nhor " A gor a , e l e não pode m a i s ne gar . E l e é pr á t i c o — pr á t i c o par a

acei tar a prova, e prát ico para se submeter à evidência . E eu cre io que após a

ressurre ição, após sua longa busca, ,desde_ o es tágio da t imidez até o tr iunfò

l inal , e l e f inalmente chegou ao seu dest ino. "Se eu pudesse ver por mim

m e s m o, e u c r e r i a . Se e u e nc ont r ar a De us , s e r e i um d i s c í pu l o de d i c ado ."

Ne s t a é poc a do i m pé r i o da c i ê nc i a , ne s t a i dade da r az ão , ne s t a é poc a de

pr agm at i s m o e do i de a l pr á t i c o , há m ui t os F i l i pe s e x i g i ndo pr ovas , de s e j ando

l e r c e r t e z a de t udo . E l e s bus c am o c onh e c i m e nt o . Bus c am a ve r dade .

I ntreta nto , de todas as ideo logia s hu ma na s , de tod os os s i s te ma s f ilosóficos ,

de t odos o s m o dos de e nc ar ar a v i da ; s e j am e l e s c i e n t í f i c o s , e du c ac i on a i s ,

r om ânt i c os ou pr agm át i c os , a m e ns age m de Je s us Cr i s t o é a que apr e s e nt a a s

s o l uç õe s m a i s pr á t i c as : f o i i s t o que F i l i pe e nc ont r ou e m s ua l onga j or nada .

I ncontrou em Jesus Cris to tudo o que pr oc ur ava , t udo o que de s e j ava . A f é

era tes tada^pela experiência; "Quem me vê a mim vê o Pai ."

As s i m , a t odos o s que pr oc ur am , a t odos o s que bus c am s i nc e r am e nt e , o

após t o l o m a i s pr á t i c o dá o m a i s pr á t i c o dos c on v i t e s :

"Vem e vê por ti mesmo. '

N o c o m e ç o d o c r i s t i a n i sm o , q u a n d o o e v a n g e l h o c o m e ç o u a s er e s p a l h a d o

pe l o m undo , e s t e e r a dom i nado por m ág i c os or i e n t a i s e ad i v i nhos , que s e



NATANAEL,

O APÓSTOLO SONHADOR

O Visionário ftpflwsw

L I Ç Ã O 1 2

Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo.

(Jo 1.47.)

Natan ae l era d o t i p o " p rofes sor d i s t ra í d o" ; era u m mí s t i co , u m es t e ta ,

u m h o m e m d e s p r e n d i d o d o m u n d o , u m s a n to O t ip o d o h o m e m q u e e s t á

semp re com o cab e l o em d esa l i n h o , sap ato s d esamar rad os , gravata tor ta .

Con versan d o com e l e , t em-se a i mp ressão d e q u e fa l a sob re ou tra co i sa .

P ou ca a t en ção p res ta ao q u e l h e fa l a . f i can d o semp re com o o l h ar me i o

perdido no inf in i to. "Ele parece estar sempre ausente" , d ir ia você.

E s te ap ós to l o v i s i on ár i o era as s i m: u m son h ad or . T i n h a son h os . V i v i a

com a cabeça nas nuvens. Coi f lru ía custelos no ar. Em resumo, e le agia como

se est ivesse con stan tem ente ' lapãixonatfol l I c lógico que esta va; estava

ap ai xon ad o p or u m son h o , p or u ma P essoa , p o i u m Re i n o . Natan ae l , o



t am bé m Je s us t e r c ham ado F i l i pe . E l e é m ui t o s e ns a t o , t e m t i no par a

ne góc i o s e é m ui t o pr á t i c o . Andr é t am bé m . Es s e par e c e t e r ape nas um

talento , m as que é i : di spe nsáv el ao R eino de De us .

M as , por que Nat anae l , e s t e s onhador e v i s i onár i o? É t ão pe que no ,

m agr o , par e c e ndo s ubnut r i do , r o s t o e m ac i ado . e m bor a t ão r e f i nado e c om

aquele je i to de professor . . . Ele não trabalha como Pedro. Não rac ioc ina,

c om o F i l i pe . Cont udo , e l e f o i e s c o l h i do por Je s us par a s e r após t o l o . E a s s i m

el e vai s e gu i nd o o M e s t r e , c om a c abe ç a nas nuve ns , s o nh and o e t e nd o s u as

vi sòes — o apóstolo míst i co .

Se e xam i nar m os a B í b l i a , c r e i o que pode m os de s c obr i r por que Je s us

e s c o l he u Nat anae l . Logo que e l e va i t e r c om Je s us , Es t e o vê e s p i r i t ua l m e nt e .

I l e con hec e o seu inter ior .

Jesus viu Natanae l aproxima r-se e disse a seu

respeito: Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo({

Jo 1.47)?

Q ue e log i o Um ho m e m s e m m al í c i a , s e m h i poc r i s i a , s e m e ngano s , s e m

j m bu s t e s . E l e não pe ns a m a l de n i ngu é m . N ão pr oc ur a s e gun das i n t e nç õe s

em n i ngué m . Não ana l is a a s pe s s oa s c om qu e m f a l a . Ac e i t a c ada um c om o é .

0 após t o l o v i s i onár i o é a s s i m . Se u pe ns am e nt o é t ão e l e vado que não t e m

l ugar par a h i poc r i s i a s . Es t á ac i m a de qua l que r m a l dade .

Ent r e t ant o , an t e s daque l e e l og i o , t e m os um a v i s ão d i f e r e nt e do

c ar á t e r de Nat anae l . F i l i pe , s e u am i go , t i nha- s e e nc ont r ado c om Je s us . Nãos e

s abe c om o f o i que e s t e s do i s s e t or nar am am i gos . .F i l i pe é t ão pr á t i c o e f r i a ;

Nat anae l . t ão pr e oc upado c om as c o i s a s e s p i r i t ua i s . F i l i pe é t ão c u i dados o ;

Nat anae l , t ão de s l i gado . F i l i pe é t ão s e ns a t o ; Nat anae l , t ão s onhador . F i l i pe é

t ão ág i l no "ga t i l ho"; Nat anae l , t ão vagar os o .

Be m , F i l i pe e nc ont r ar a Je s us . Ent ão , e l e pr oc ur ou Nat anae l e d i s s e - l he :



an i nhando ód i o no c or aç ão . Pode não s e r ar d i l o s o , m as s e r va i dos o . Pode s e r

um a ó t i m a pe s s oa c om o Nat anae l . m as t r az e r e m s i o ve ne no do pr e c onc e i t o .

Natanael não t inha mal íc ia , mas i s to não quer dizer que e le fosse perfe i to .

Aque l e s e u c om e nt ár i o i n t o l e r ant e e s t á r e g i s t r ado nos Evange l hos .

Com o é que pode s e r i s t o? Um hom e m que e s t á s e m pr e de c abe ç a no ar ?

Um s onhador ? Um m e m br o de i gr e j a? Um c r e nt e ? Se r á que e l e a i nda não

s upe r ou um a que s t ão t ão s i m pl e s ? Com o é que e l e . j us t am e nt e e l e , pode t e r

tanto preconcei to? Este míst i co , es te "avoado", e le crê ser superior aos

out r os Pe ns a que é m e l ho r que t odo m u ndo . E l e te m e s t ado a e s t udar a s

Es c r i t ur as Sagr adas , e nquant o out r os hom e ns pas s am as hor as vagas e m

t r aba l hos de e ar p i n t ar i a , ou e n t ão pe s c ando . E l e s e apr o f unda nas c o i s a s

e s p i r i t ua i s , e nquant o o s out r os não e s t ão abs o l u t am e nt e i n t e r e s s ados ne s t a s

coi sas . De pois que se tornou cren te , e l e passou a es tu dar a Bíbl ia , e a co nh ece

r e gu l ar m e nt e be m . O s out r os , be m , o s outr os s ão pe c ador e s . É a s s i m que e l e

pensa: é o inte lectual que despreza o incul to; o r ico que o lha de c ima para a

c l a s s e ope r ár i a : o m e m br o de i gr e j a que s e c ons i de r a m e l hor que t oda aque l a

ge nt e de Naz ar é .

Com o é que s e r e s o l ve o pr ob l e m a do pr e c onc e i t o?

Respon deu-lhe Filipe:

Vem e vê.

(Jo 1 .46.) Nad a de di scu ssões Ve nha e veja por s i mes mo .

I n f or m e - s e , par a ve nc e r e s t e pr e c onc e i t o . Se voc ê qu i s e r c onde nar t oda um a

c i dade por c aus a de um de s e us hab i t ant e s , c onhe ç a out r a pe s s oa de l á . Ve r á

que terá de mudar de idé ia . Venha conhecer Jesus Cris to

1

. Ele acabará com

todo es te seu preconcei to . Ele vai lhe mostrar que o Deus , que de um só

ho m em fez . toda s as naçõ es , com o san gue de outro hom em irá redim ir a

todos os que se chegam a l i e . Venha e veja Jesus Cris to . Verá como Ele fará

c om que s e s i n t a e nve r gonhado , po i s l he d i r á :

Eis um verdadeiro israelita



N a t a n a e l n ã o d e m o r a a c r e r ; m a s , t a m b é m , u m v i s i o n á r i o n ã o e x i g e

m u i t a s p r o v a s . E le n ã o é c é t i c o c o m o T o m é , n e m p r á t i c o c o m o F i l i p e , q u e

s e m p r e t e m q u e o l h a r o t e r r e n o a n t e s d e p i s a r . N a t a n a e l p i s a e d e p o i s o l h a . '

A t é J es u s e s t á e s p a n t a d o c o m a r e a ç ã o d e l e . A c o n v e r s a m a l c o m e ç a r a .

E l e s e c o n v e n c e r a m u i t o r a p i d a m e n t e . A p r o v a f o r a t ã o p e q u e n a Ao que

Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois

maiores cousas do que estas verás.

E a c r e s c e n t o u :

Em verdade, em verdade

vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o

Pilho do homem. ( Jo 1 .5 0 ,5 1 . ) V o c ê t e r á v i s õ e s , v i s i o n á r i o V o c ê t e r á s e u s

s o n h o s , s o n h a d o r V o c ê v e r á o c é u a b e r t o . V o c ê v e r á a n j o s , f il ós of o d e c a b e ç a

n o a r . C o m t o d a a s u a m e d i t a ç ã o e o r a ç ã o , n u n c a i r á e l e v a r - s e m a i s d o q u e

q u a n d o v i r o F i l h o d o h o m e m e m t o d a a S u a g l ó r i a e v e r d a d e .

N a t a n a e l t a l v e z n u n c a c h e g u e a s e r u m d o s g r a n d e s d o R e i n o d e D e u s .

N ã o s e r á u m g r a n d e p r e g a d o r ; n ã o s e r á u m P e d r o , n e m u m J o ã o , n e m u m

T i a g o . E l e j á v i v e m u i t o n o c é u . C o n t u d o , e l e p o d e s e r u m a p ó s t o l o . E a o

v ê - l o s e g u i r e m c o m p a n h i a d a q u e l e g r u p o s e l e t o , n ó s p e n s a m o s q u e o

p r i m e i r o d e v e r d e u m h o m e m é a t e n d e r a o a p e l o d e D e u s . é b u s c a r a s a l v a ç ã o

d e s u a a l m a . é t e r v i s õ e s e s o n h o s ; é t e r u m a v i d a l i m p a d e m a l d a d e s e

e n g a n o s , e a v a n ç a r e m d i r e ç ã o à p u r e z a e à s a n t i d a d e .

N a t a n a e l é o p r e c u r s o r d e t o d o s o s h o m e n s d e a l m a s e n s í v e l q u e p r o -

c u r a m a c o m u n h ã o d o E s p í r i t o d e D e u s . S e g u e m - l h e o s p a s s o s F r a n c i s c o d e

A s s i s , T o m a s a K e m p i s , e m u i t o s o u t r o s . E n t r e e s t e s e n c o n t r a - s e o Q u a k e r

I h o m a s K e l l y , o q u a l d i s s e : " C a i r n a s m ã o s d o D e u s v i v o é u m a e x p e r i ê n c i a

m a g n í f i c a ; é m a r a v i l h o s o t e r o c o r a ç ã o i n v a d i d o p e l a S u a p r e s e n ç a . "

N a t a n a e l é o p r e c u r s o r d e t o d o s o s h o m e n s q u e f o r a m p o s s u í d o s p o r D e u s .

E l e é a r e s p o s t a à p e r g u n t a q u e o m u n d o l e v a n t a c o m m a i s f r e q ü ê n c i a :



L I Ç Ã O 1 2

MATEUS, O APOSTOLO Q UE

FOI RESGATADO

De Am bicioso

a

A póstolo

W

F/

Pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores.

(Mt 9 .13 . )

E l e e s t ava s e nt ado e m s e u pos t o de pe dág i o à be i r a da e s t r ada . Er a um a

guar i ta loca l i zad a à be ira de um a das es trada s pr inc ip ai s , que l igava Israe l a

Dam as c o , e que pas s ava pe r t o de Caf ar naum . Er a um bom l oc a l . Não ape nas

os v i a j ant e s , m as o s hab i t ant e s da c i dade t am bé m pagavam i m pos t o ; o s

pas s ant e s t i nham de par ar , apr e s e nt ar o s pr odut os i m por t ados ao o f i c i a l da

a l f ânde ga , e pagar um a t axa ant e s de pr os s e gu i r .

Agor a j á e s t ava quas e na hor a de f e c har o e xpe d i e nt e . E l e a j unt ou os

papéis , ver i f i cou as contas e rec ibos , e contou o dinheiro que havia recolhido.

" A h " d i ss e c o n s i g o m e s m o , " N a d a m a l O s n e g ó c i o s v ã o b e m e



Al é m do m ai s , e l e e r a um l e g í t i m o f i l ho de Abr aão . T i nha m ui t o or gu l ho

de s ua a s c e ndê nc i a j uda i c a . E l e s e m ant e r i a f i e l à s ua he r anç a . Nunc a

pode r i a ne gá - l a , m e s m o t e ndo que t r aba l har par a o s r om anos , dur ant e

a l g u m t e m p o .

O que m a i s o i nc om oda va e r a a a t i t ude dos out r os , quan do j a à

s i nagoga . De po i s que s e t or nar a pub l i c ano , e l e s t o l e r avam a s ua pr e s e nç a

a l gum as ve z e s , m as e l e s ab i a que o de s pr e z avam . E l e s não o que r i am na

c ongr e gaç ão . E l e s ab i a d i s s o ; s e n t i r a i s s o , e nunc a m ai s f or a l á . Al é m do

m ai s , e l e e s t ava s e m pr e m ui t o oc upado , m ui t o oc upado c om s e u t r aba l ho .

I

) e po i s que s e apos e nt as s e e n t ão po de r i a vo l t ar a f r e qüe n t ar a s i nagog a . Aí

e nt ão f ar i a s uas or aç õe s , e c um pr i r i a s e us de ve r e s par a c om De us .

No e nt ant o , e l e s e s e n t i a de s c ont e nt e , s e n t ado a l i , f az e ndo s uas c ont as ,

ve r i f i c ando os r e c i bos , e nc e r r ando s e u d i a de t r aba l ho . Es t ava i nqu i e t o .

Par e c i a - l he que o s núm e r os l he f a l avam c om voz e s hum anas , e gr i t avam :

" L a d r ã o G a t u n o E s c r o q u e " Q u e fo r a m e s m o q u e a q u e l a m u l h e r l h e

d i s s e r a? El a o c ha m a r a de " t r apac e i r o" . "E s t ou s ó c um pr i n do m i n ha

obr i gaç ão" , r e s ponde u e l e . "M i nha s e nhor a , e u não e s t ou ganhando nada

c om i s t o ; e a l gué m t e m que r e c o l he r o s i m pos t os . . . "

Er a s e m pr e a s s i m , t odos o s d i a s . E l e t e n t ou a f as t ar aque l e s pe ns am e n-

t os m as não c ons e gu i u . E l e e r a hone s t o . Te m i a a De us . Aque l a s i t uaç ão

e s t ava - l he aba l ando os ne r vos . Ni ngué m o c om pr e e nd i a . Aque l as pa l avr as

e c oavam e m s ua m e nt e c om o s e f o s s e m o s i no da e s c o l a .

"Ladr ão M i s e r áve lV' e wq/ }A/ Al X £ l

O povo o de s pr e z ava . Se us v i z i nhos o i gnor avam . O pe s s oa l da i gr e j a

de m ons t r ava c l ar am e nt e a ant i pa t i a que s e nt i a por e l e . O l havam - no c om



Todo m undo andava c om e nt ando a Se u r e s pe i t o . E l e c ur ar a l e pr os os e

e nd e m oni n had os . H av i a ge nt e v i ndo de t oda a par t e par a vê - l O e ouv i - 10 . Um

dia. e le próprio se juntara à mul t idão que O seguia . Ele quisera ver por s i

m e s m o . Não c ons e gu i u ve r o que e s t ava ac ont e c e ndo no c e nt r o do povo ,

m as e s c ut ou c l ar am e nt e quando El e d i s s e :

O Filho do homem tem sobre a

terra autoridade para perdoar pecados.

(Mt 9.6) .

F i l ho do ho m e m ? A ut or i da de par a pe r doar pe c ados ? M e di t ou nova-

m e nt e naque l as pa l avr as . E l e e r a pe c ador ; s ab i a d i s s o m ui t o be m . Sua v i da

d e a m b i ç ã o , a q u e l a i d é i a d e q u e ^ a d i n h e i r o m a n d a " , n a d a d a q u i l o e r a c e r t o .

I nc l i nou- s e s obr e o s e u t r aba l ho , apar e nt ando e s t ar pr o f undam e nt e e m be b i -

do ne l e , m as , na ve r dade , não pe ns ava no t r aba l ho . O Filho do homem tem

sobre a terra autoridade para perdoar pecados.

Foi então que e le mais sent iu do que v iu o que acontec ia . Nem prec i sou

e r gue r o s o l hos . Pe r c e be u que o M e s t r e , o F i l ho do hom e m , c om o El e s e

de s i gnava , e s t ava de pé d i ant e de l e . Agor a , e l e t i nha m e s m o que l e vant ar a

c abe ç a . E aque l e s o l hos que o hav i am f i t ado t ant as ve z e s ant e s , agor a s e

f ixavam nele . . . e parec iam vará- lo de lado a lado, e enxergar seus l ivros , seus

regi s tros , sua v ida vazia .

De r e pe nt e , c om e ç ou a s e s e n t i r s u j o i n t e r i or m e nt e , c om pl e t am e nt e

i m undo . F i c ou i nqu i e t o e pas s ou a r e m e xe r o s pé s e a t or c e r a s m ãos

ne r vos am e nt e . Se r á que o F i l ho do hom e m i r i a de s ac a t á - l o c om o f az i am

t odos ? Ent ão , que o f i z e s s e l ogo . M as não ; E l e não f e z nada daqu i l o . Pe l o

contrário , Ele sorr iu e di sse: Segue-me. ( M t 9 .9 . ) Se gu i - l O ? El e que r que eu O

s i ga? Eu , um publ i c ano? Um pr os c r i t o? Um e s c r oque ? Um l adr ão? Se r á que

El e c onf i a e m m i m e que r que e u s e j a Se u d i s c í pu l o?



i n t e l i ge nt e e or de i r o . E l e t e m obj e t i vos e s e m pr e o s a l c anç a . Suas a t i v i dade s

de pub l i c ano o pe r t ur bam , e s e u c or aç ão e s t á vaz i o . M at e us j á e s t á c ans ado

de s t a bus c a i nc e s s ar . t e das r i que z as . Q ue r s a i r de s s e t r i l ho . H um anam e nt e

t a l ando , i s t o s e r i a um a t o l i c e , m as do pont o - de - v i s t a d i v i no , é um a e s c o l ha

m agní f i c a . E qua l é a pr ova d i s t o? O Evange l ho de M at e us .

O pr i m e i r o l i vr o do Novo Te s t am e nt o é pr odut o da pe na háb i l de

M at e us . Daque l e m om e nt o e m d i ant e , t oda ve z que Je s us pr e gas s e ou de s s e

a l gum e ns i nam e nt o , M at e us e s t ar i a a Se u l ado . A pe na que ant e s us ar a par a

• •n inar c i f r as , de d i nhe i r o , ago r a s e r v i a par a ãn õt ã F õs ~~ãc ont e c i m e nt os

n l ac i onados

eom Cr isto.

Sua m e nt e v i v i da , que ant e s s e pr e oc upava ape nas

c om dé b i t o s e c r é d i t o s , agor a s e de d i c ava a pr e s e r var par a a pos t e r i dade a

Palavra de Deus .

De ve - s e ac r e s c e nt ar m a i s um c om e nt ár i o a r e s pe i t o de s t e hom e m

pe que no e i n t e l i ge nt e , que ant e s ac r e d i t ava na f i l o s o f i a de que o d i nhe i r o

m anda . E l e e s c r e ve u um Evange l ho a r e s pe i t o de Je s us , e e m ne nhum

m om e nt o f e z m e nç ão de s i m e s m o . Pe dr o , T i ago e João e s t ão s e m pr e na

pr i m e i r a f i l a , m as M at e us não .^ A hum i l dade é a ve r dade i r a m ar c a da

m m ve r s ão . H á ape nas um i nc i de nt e e m que M at e us e s t á e nvo l v i do pe s s oa l -

m e nt e , m as e l e é hum i l de de m ai s par a c o l oc ar s e u nom e . Par a s abe r do f a t o ,

prec i samos nos dir ig ir ao l ivro de Lucas .

Logo após s ua c onve r s ão , M at e us c onv i dou Je s us par a i r à s ua c as a .

onde Lhe pr e par ar a um gr ande banque t e . Em s ua m odé s t i a , e l e i gnor a o

l a t o , m as Luc as não . Todos o s s e us ant i gos am i gos e c onhe c i dos ac havam - s e

a l i . Er a c om o um a f e s t a de de s pe d i da . M at e us e s t ava à c abe c e i r a da m e s a , e



M at e us r e a l m e nt e f o i s a l vo . Sa l vo de s e us pe c ados , s a l vo de um a v i da

vaz i a , de um a v i da de ganânc i a , da f é num a i de o l og i a i l u s ór i a que d i z : "O

di nhe i r o m anda ." Sa l vo de um a v i da que e l e pr ópr i o e s c o l he r a e que

de s c obr i r a de po i s s e r i ns a t i s f a t ór i a , s e m r az ão de s e r , vaz i a m e s m o . M at e us

m al pod i a ac r e d i t ar . H av i a e nc ont r ado a "pé r o l a de gr ande pr e ç o" . A gr aç a e

o am or de De us c he gar am à s ua v i da m i s e r áve l .

E voc ê ? P r e c i s a s e r s a l vo? Se r r e s ga t ad o de um a v i da de pe c ad o? de um a

v i da de e go í s m o? l i be r t o de um a m e nt e c a l e j ada e obs t i nada? de um a

exis tê ncia sem s ign i t i cado , sem prop ós i to? d ê TITTrcrvidá sem De us ? Qu er

l i be r t ar - s e de t udo i s t o? Se Je s us c ham ou um t r apac e i r o c om o M at e us , e n t ão

há e s pe r anç a par a nós . Se Je s us c ham ou um de s pr e z í ve l pár i a , um pe c ador

c om o M at e us , e n t ão El e pode abr i r Suas por t as a t odos nós . É ve r dade ; E l e

não ve i o par a

chama r justos e, sim, pecadores.

M a i s t ar de , M at e u s i ri a d i z e r de t odo o c or aç ão : O Filho do homem tem

sobre a terra autoridade para perdoar pecados. E e le sab e do que es tá

falando, poi s passou por es ta experiência de ser salvo. Ele sabe que você

t am bé m pode t e r a m e s m a e xpe r i ê nc i a . E é por i s s o que t om a de s ua pe na e

e s c r e ve o s e gu i n t e e m pa l avr as de f ogo : Que vos parece? Se um homem tiver

cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa

e nove, indo procurar a que se extraviou? E, se porventura a encontra, em

verdade vos digo que maior prazer sentirá po r causa desta, do que pelas

noventa e nove, que não se extraviaram. Assim, pois, não é da vontade de

vosso Pai celeste que pereça um só destes pequenin os. (Mt 18.12 -14. )

Não: nem Mateus pode se perder;



I I Ç A O 5

SI MÃO,

/

O APOSTOLO ZELOSO

O Z elote í̂ /au/^a^yw ^

Assim os inimigos do homem serão os da sua própria

casa. (Mt 10.36. )

"O s b i ógr a f os de nos s os d i a s , e s c r e ve ndo par a um públ i c o m ór b i do ou

s i m pl e s m e nt e c ur i o s o , apr e c i am dar de t a l he s par t i c u l ar e s , de um a pe c u l i ar i -

dade t oda pe s s oa l . O s aut or e s dos Evange l hos não f or am a f e t ados pe l o

m i c r ób i o de s s a m ani a b i ogr á f i c a ." Na ve r dade , é m ui t o pouc o o que

s abe m os . Com r e s pe i t o aos doz e após t o l o s , há pouc o ou nada e s c r i t o . Um

de s t e s é S i m ão , o qua l ve m e m dé c i m o- pr i m e i r o l ugar na l i s t a dos d i s c í pu l os .

I o núm e r o onz e , por t ant o , be m obs c ur o .

Ne s s a l i s t a há do i s após t o l o s c om o nom e de S i m ão . O pr i m e i r o é S i m ão

Pe dr o . Todos s abe m os que m e l e é . Pe dr o , o gr ande pe s c ador , o or ador do



r e be l de s pa t r i o t as que t i nham t ant o z e l o pe l a c aus a de I s r ae l . Nós t am bé m

t e m os de s s e s l i be r t ador e s e m nos s os d i a s . Tê m apar e c i do l i be r t ador e s na

H ungr i a . Po l ôn i a , G r é c i a , B i r m âni a , na Am é r i c a do Su l , e m Cuba , no Congo e

e m t odo e s t e c ont i ne nt e e f e r ve s c e nt e que é a Áf r i c a . O s z e l o t e s e r am os

patr iotas de Israe l , lutadores pe la pátr ia , que desejavam a l iberdade re l ig iosa

e pol í t i ca de sua terra.

Agor a , t e m os que adm i t i r que i s t o é t udo que s abe m os a r e s pe i t o de

S i m ão . I s t o é t udo que o s Eva nge l hos n os f a l am de l e . No e nt ant o , pod e m os

r e c ons t r u i r t odo o s e u c ar á t e r s obr e e s t a i n f or m aç ão . Por e l a , pode m os

de s c obr i r t oda a s ua pe r s ona l i dade .

S i m ão r e s o l ve u ouv i r Je s us de Naz ar é . Por quê ? Não s abe m os c om o e l e

ve io a conhecer Jesus; mas como foi que e le se dec idiu a segui - IO? Ser ia

porque os ze lotes não possuíam um l íder? Será que e le sent ia que Jesus

poderia ser aquele l íder perfe i to? Será que e le sabia que Jesus fora ao templo

e e xpu l s ar a da l i o s c am bi s t a s ? Se r á que e l e ouv i r a a pr e gaç ão i n f l am ada ,

ar r e bat ador a e de s a f i ant e de s s e pr o f e t a de Naz ar é ? Se r á que e l e pe ns ava que

Jesus era o Mess ias? Será que os rumores a respei to de Cris to eram tão fortes

na G a l i l é i a? Ta l ve z o M e s s i a s t i ve s s e m e s m o c he gado . Ent ão , E l e r e i nar i a ;

Ele restabelecer ia o trono de Israe l . Ele os l ibertar ia do jugo romano. O

Me ss ias O l íder ideal para os ze lotes .

S i m ão não e r a o ún i c o a pe ns ar a s s i m . O povo e m ge r a l t am bé m

esperava o Mess ias . Eles até quiseram coroar a Jesus como Rei . Eles O

s audar am aos gr i t o s , c om o a um he r ó i , quando El e e n t r ou t r i unf a l m e nt e e m

Jerusalém. Eles esperavam um golpe mi l i tar v i s íve l , uma revolução. Os

pr ópr i os após t o l o s pe ns avam n i s t o . M e s m o depois da ressur re ição de Jesus ,



X / w , S ^ í r * * , i W t ò o ,

ar r i s c ado , c ham ar par a s e r Se u d i s c í pu l o um hom e m c om o S i m ão . Nat ur a l -

m e nt e , é m ui t o ar r i s c ado par a Je s us c ham ar a nós t am bé m .

Je s us e s c o l he u aque l e z e l o t e por um a r az ão be m d i ve r s a . E l e de s e j ava

var i e dade , d i ve r s i dade de t i pos no gr upo . Ne m t odos de v i am s e r hom e ns

r e s pe i t áve i s , de " t e r no e gr ava t a" , c l a s s e m é d i a , r e nda m é di a , c i dadãos be m

ac e i t o s na s oc i e da de . E l e e s c o l he u os doz e de e n t r e a s vár i a s c am a da s s oc i a i s .

Ve j am os , por e xe m pl o . S i m ão e M at e us . S i m ão , o Ze l o t e , que r i a a que da

d e R o m a ; M a t e u s , o p u b l i c ã n õ T f r a b a l h a v a d e m ã o s d a d a s c o m o g o v e r n o

r om ano . S i m ão de t e s t ava o i m pos t o ; M at e us o r e c e b i a . S i m ão e r a um j ude u

patr iota; Mateus parec ia ser um traidor da pátr ia . É di f í c i l imaginar doi s

e xa l t ados no m e s m o gr upo . Cont udo , i s t o ac ont e c e na I gr e j a : var i e dade ,

t i pos opos t os , que s e e nc ont r am j unt os e m um s ó c or po .

Ai nda há out r a r az ão por que Je s us e s c o l he u S i m ão; e e s t a é a pr i nc i pa l ,

l e s us c ham ou aque l e z e l o t e , por que , c om o s e u ape l i do i nd i c a , e l e e r a z e l o s o ,

l i e e r a um hom e m j è r vor os o , que , à s ve z e s , pos s u í a um a de voç ão f anát i c a ; e r a

de vo t ado , ar dor os o , t i nha um am or i n t e ns o , que o c ons um i a ; e r a um hom e m

nu.encalço de seus objet ivos . Jesus o queria em Seu Reino. Queria es te ze lo

ar de nt e e m Se u gr upo . Se aque l e . e n t us i a s m o de s e nf r e ado pude s s e s e r

c o l oc ado na t r i l ha c e r t a , que l abar e da de f ogo , que "r e vo l uc i onár i o" e l e não

s e r ia Por i s s o E l e c ha m o u e s t e ho m e m q ue er a t ão^ p r of un dam e nt e l e al a .

u m a c a u sa ^ f ^ c ^ ^ / C o /i / / /

c

a / e / y ? / < ? > ? £ > e > - / i ú l / Ç / P A t j

Al g ué m de u a a l guns j ove ns o s e gu i n t e c ons e l ho : "G u ar de _ c o j i s i gpj i m a

boa qua nt i da de de e n t us i a s m o dur ant e a j uve n t ude , po i s pe r de r á m ui t o d e l e

f ia c a m i n h a d a . " P a r e c e c i n i s m o ? O u s e rá r e a l m e n t e u m p e n s a m e n t o q u e t e m

s ua or ige m nas e xpe r i ê nc i a s da v i da? A j uve nt ude t e n t a r e a l i z ar o i m pos s í ve l ,



c ont r a e l e . Se us am i gos a i nda c onf i avam num a e s pada de aç o , ao pas s o que

e l e , S i m ão , c onf i ava na e s pada da ve r dade . E l e s e c onve r t e r a .

O pont o c e nt r a l de t udo , e n t ão , é e s t e : a s s i m c om o S i m ão f or a ar dor os o

pe l a c aus a dos z e l o t e s , a s s i m t am bé m s e t or nou ar dor os o par t i dár i o do Re i no

de De us . S i m ão v i u e m Je s us um hom e m que não r e a l i z ava c am panhas

po l í t i c a s , e que não e st ava i n i c i ando n e nh um a r e f or m a e c on ôm i c a , e não

inst igava o terrori smo. Por i sso , seu ze lo aumentou: seu ze lo pe lo Cris to

pac í f i c o , pe l o Cr i s t o que t i nha c om pa i xão , que dava Sua v i da pe l a das

ove l has e que de s e j ava e n t r ar e pos s u i r o c or aç ão dos hom e ns pe l o am or .

Jesus ampl iou a v i são de Simão, o Zelote . Antes , e l e v ia apenas o re ino

da Judé i a , agor a pas s ava a ve r o Re i no de De u s oc up an do o m un do t odo . E l e

pos s u í a um pat r i o t i s m o ba i r r i s t a ; Je s us de u- l he um a pa i xão m a i s am pl a pe l a

alma de todos os homens . Cri s to e levou seu olhar para uma cruz , através da

qua l E l e m ove r i a o m undo . Le vou S i m ão a um z e l o m a i or , e e l e ac abou

dando s ua v i da c om o um dos m ár t i r e s de s s e Re i no .^ Aj r ad i ^ ão_dÍ £_que _e l e

m or r e u c r uc i f i c ado .

Sírnão, o Zelote . Só uma palavra o descreve , mas es te apel ido o segue até

o d i a d e h o j e — u m h o m e m o u s a d o , . u r n J u i m e m x o m - 4 m i a ^ r a r i d Ê . y h ã o , u m

gr ande e n t us i a s m o: o após t o l o l abar e da de f ogo , o após t o l o de s angue

ar dor os o — aque l e que s i gn i f i c ava um r i s c o par a o s e u gr upo .

Jesus usa homens ass im e Ele es tá di sposto a se arr i scar conosco

t a m b é m .

Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim

(Mt

10 .38 ) . Te m os a i m pr e s s ão de que S i m ão de v i a gos t ar de s t a f r as e . Er a

i m pul s i onado por e l a . A um Cr i s t o c om o e s t e e l e pode r i a de d i c ar s ua v i da

a l e g r e m e n t e , c o m p l e t a m e n t e .

E voc ê ? El e _ t am bé m o i m pul s i ona à aç ão?



L I Ç Ã O 1 2

TIAGO,

/

O APOSTOLO DESCONHECIDO

Um

Cristão

Obscuro

Alegrai-vos... porque os vossos nomes estão arrolados nos

céus.

(Lc 10.20.)

Se o nom e de um hom e m s e e nc ont r a na Bí b l i a , m as t oda a i n f or m aç ão

i | i i e há a seu respei to é o nome de seu pai mais a menção de que e le é apóstolo

de Je s us , i s t o não é m ui t o . Es t a é a s i t uaç ão de T i ago , o m e nor , ou Ti ago , o

pe que no , ou a i nda Ti ago I I . O nom e de s e u pa i e r a Al f e u . Sua m ãe e r a um a

das m ul he r e s que s e gu i am a Cr i s t o . E l e , T i ago , um dos após t o l o s . E i s t o é

l udo que s abe m os . E l e é m e nc i onado c om os doz e d i s c í pu l os , m as s e u nom e

não apar e c e e m ne nhum out r o t r e c ho das Es c r i t ur as .

Sobr e o out r o após t o l o T i ag o , i r m ão de João , há m ui t a c o i s a e s c r i t a , m a s

nada s obr e T i ago I I . Não há ne m m e s m o um e p í t e t o c om o o de "Ze l o t e " , que

l o i ap l i c ado a S i m ão . Não há r e g i s t r o de ne nhum a pe r gunt a que e l e t i ve s s e



f am os os , o s hom e ns de s uc e s s o? Por que s e r á que Ni c ode m os e o j ove m r i c o

não e r am dos doz e ? Por que have r i a e n t r e e l e s um j ove m de nom e Ti ago?

( Ti ago , o quê ? ) Por que m ui t os s ão c ham ados , m as pouc os , e s c o l h i dos ?

" E m b o r a o p e s o d o m u n d o t o d o r e p o u s a s s e s o b r e o s S e u s o m b r o s ,

e m bor a Cor i n t o , Éf e s o , At e nas , c ont i ne nt e s i n t e i r os c om t odas a s s uas

i m e ns as d i f i c u l dade s e pr ob l e m as , f o s s e m t odos pr e c i o s os ao Se u c or aç ão ,

e m bor a o s s o f r i m e nt os e o s pe c ados c om e t i dos e m a l c ovas , r uas , c a s t e l o s ,

f ave l a s f o s s e m v i s t o s s ó pe l o F i l ho de De us , e m bor a t oda e s t a i m e ns ur áve l

m i s é r i a e i n f e l i c i dade c l am as s e por um m é di c o , E l e t i nha t e m po de par ar e

f a l ar c om i nd i v í duos . E l e Se a s s oc i ava c om publ i c anos , v i úvas s o l i t ár i a s e

pr os t i t u t as de s pr e z adas . E l e andava e nt r e o s m ar g i na l i z ados da s oc i e dade ,

e s f or ç ando- s e par a ganhar a s a l m as dos i nd i v í duos . E l e par e c i a não Se

i nc om oda r c om o f a t o de que aque l as pe s s oas e r am t ão s e m i m por t ân c i a , e

não r e pr e s e nt avam f i gur as - c have , m as ape nas f i l hos i n f e l i z e s de s v i ados do

Pa i c e l e s t i a l . E l e par e c i a i gnor ar c om um a i nd i f e r e nç a t o t a l a s c ham adas

pe r s pe c t i vas h i s t ór i c as m undi a i s de Sua m i s s ão quando t i nha que Se vo l t ar

par a um m e ndi go i ns i gn i f i c ant e , c e go , m a l c he i r os o , um j oão - n i ngué m , e que

no e nt an t o e r a t ão c ar o ao c or aç ã o de Je s us , e pr e c i s ava s e r s a l vo ."

1

É por i sso

que e l e nos c ham a. É por i s s o que nós , voc ê e e u , uns j oõe s - n i n gué m po de m os

g o z a r d e S u a c o m p a n h i a t a m b é m .

Ti ag o , um dos e s c o l h i dos por Je s us , andava e m Sua c om pan hi a . I s t o f az

c o m q u e n o s s a i m a g i n a ç ã o t o m e a s a s . " B e m - a v e n t u r a d o s o s o l h o s q u e v ê e m

as cousas que vós vedes", e le ouvira Jesus dizer; "pois eu vos af irmo que

muitos profetas e re i s quiseram ver o que vedes , e não viram, e ouvir o que

ouvis , e não o ouviram" (Lc 10.23,24) .

E l e v i u Je s us c ur ar e n f e r m os , e xpe l i r de m ôni os , r e s s us c i t ar m or t os . E l e



I i ago , c João , e s t ava Ti ago , o m e nor , a pr oc l am ar o R e i no d e D e us . E l e

t e s t e m unhou as boas - novas e m c i dade s , a l de i a s e v i l a s .

A i gr e j a de ho j e l e m br a m ui t o um a i ns t i t u i ç ão onde a s pe s s oas c r ê e m

nus coi sas certas , fazem as coi sas certas , dizem a coi sa certa , mas não têm

m ul a que ve nha i nc i t ar a c ur i o s i dade e o i n t e r e s s e e a i m ag i naç ão do hom e m

d o m u n d o .

Pe r gu nt ar am c e r ta ve z à Ra i nha Vi t ór i a qua nt o t e m po de m or ar i a par a

q u e u m a o r d e m s u a c h e g a s s e a c a d a h o m e m , m u l h e r e c r i a n ç a d o m u n d o .

I I a r e s ponde u: "Um ano e m e i o ." E quant o t e m po e s t á de m or ando par a que

um a or de m de Je s us a l c anc e o m undo t odo? Ent r e t ant o , e s t a de m or a não é

c u l pa dEl e . H ouve um a s é r i e de f i l m e s par a TV, de pr oduç ão am e r i c ana ,

c uj o t í t u l o e r a m ui t o s uge s t i vo : "Te nho Ar m a — Pos s o Vi a j ar " . E a I gr e j a?

l e n ho o Eva nge l h o — P os s o Vi a j ar ." Ta l ve z s e j a m e l hor : "T e nh o o

i v .m gelho (e é certo que nós o tem os , m as ta lvez e le não nos poss ua ) — ma s

l o

V ia jo . f ^ A / ^ / e s ^ e ? - - y Z t * ^ tx, & &

Ni ngué m pr e c i s a s e r um gr ande p i an i s t a , ne m m e s m o m ús i c o par a l e var

out r os a s e i n t e r e s s ar e m pe l a m ús i c a de De bus s y e de Chopi n . Tudo o de que

e s t a pe s s oa pr e c i s a é um pouc o de apr e c i aç ão pe l a m ús i c a de l e s . Q ua l que r

um pode f az e r i s t o . At é m e s m o e s t e após t o l o de s c onhe c i do e r a um a

l e s t e m unha de Cr i s t o . I s t o nós s abe m os a s e u r e s pe i t o , po i s Je s us e nv i ou o s

doz e . E e l e c ont i n uou a t e s t e m unh ar a t é o fim de s ua v i da . A t r ad i ç ão d i z que

el e m or r e u c om o m ár t i r , e o m ár t i r é um a t e s t e m unha t am bé m .

Es t e após t o l o de s c onhe c i do , c ham ado por Cr i s t o , t e s t e m unha dEl e , t e ve

se u

nom e e s c r i t o nos c é us . De s c onhe c i do par a nós , m as c onhe c i do par a

I

> eus. De s c o nh e c i d o na t e rr a , m as c on he c i d o n os c é us . O s d i s c í pu l os

l e i or nar am de s ua v i age m de t e s t e m unho r e goz i j ando . "Se nhor , o s pr ópr i os



d o e m c o n c r e to , p e r m a n e n t e m e n t e . I m o r t a l i z a d o ? P a r a s e m p r e ? P e r m a -

ne nt e m e nt e ? Q ua l que r d i a de s t e s pode have r um t r e m or de t e r r a e t udo

aqui l o s e de s f ar á . O s bab i l ôn i os pe ns avam que s ua c i dade s e r i a pe r m ane n-

t e . O i m pé r i o r om ano c r i a - s e i nde s t r ut í ve l . Conc r e t o? Não há nada de

c onc r e t o ne s t e m undo . No e nt ant o , t odos par e c e m s e e n t us i a s m ar t ant o c om

aque l as i m pr e s s õe s gr avadas no c i m e nt o . "Al e gr a i - vos . . . por que o s vos s os

nom e s e s t ão ar r o l ados nos c é us ." Não é pr e c i s o que s e j am os a s t r os de

c i ne m a par a que nos s o nom e e s t e j a gr avado naque l e l i vr o . Lá e s t á o nom e

de m i l har e s de de s c onhe c i dos . Todos o s s e gu i dor e s de Cr i s t o , t odos o s que

têm fé nEle , que são novas cr iaturas nEle , terão seus nomes inscr i tos no l ivro

da vida.

Se r á que voc ê é dos que pe ns am que ne s t a v i da não i m por t a que s e j am os

fal sos ou verd adeiros , f ié is ou inf ié i s , v ir tuosos ou não? qu e não impo rta se

e s t am os v i vos ou m or t os ? Dur ant e a s e m ana c ada um de nós f az o s e u

t r aba l ho : e m um e s c r i t ór i o , e m um banc o , e nc a i xo t ando obj e t os , e nc he ndo

gar r a f as , ar qu i vando doc um e nt os , d i r i g i ndo ôn i bus , e s c r e ve ndo à m áqui na ,

ou l avando pr a t os . Dom i ngo , vam os à i gr e j a e nos s e n t am os a um c ant o ,

de s e j ando que n i ngué m pr e s t e a t e nç ão e m nós . E o que f az e m os de nos s a

$ v i d a r e a l m e n t e n ã o i m p o r t a . N ó s , m u d a r m o s o m u n d o ? Q u e p i a d a O m u n d o

^ não l i ga par a nós . A ge nt e m or r e , o m un do c ont i nu a . Al gu ns vo l t am - s e par a

^ ^ nos o l har , m a s l ogo de po i s c a í m os no e s que c i m e nt o .

Por t ant o , que s e pode f az e r ? Q ua l é o va l or da d i r e ç ão que dam os à

£ | nos s a v i da? o va l or de e s t ar m os v i vos ou m or t os ? Som os t ão i ns i gn i f i c ant e s

^ I ns i gn i f i c ant e s ? O á t om o t am bé m é . E l e ne m ao m e nos pode s e r v i s t o . No

^ j | e n t ant o , e m um c e nt í m e t r o c úb i c o de água , há e ne r g i a a t ôm i c a s u f i c i e n t e

^O

1

par a i m pu l s i onar um t r ans a t l ânt i c o , num a v i age m de i da e vo l t a à Eur op a .



L I Ç Ã O 1 2

JUDAS,

O APÓSTOLO PERSEVERANTE

Ele Permaneceu

Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai

o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. (Jo 14.2 3.)

Ce r t a ve z apar e c e u um anú nc i o e m um a r e v is t a que c ons t av a do r e t r a t o

de um a c ade i r a de e s c r i t ór i o , c onf or t áve l , i m pone nt e , m as vaz i a . Por t r ás da

c ade i r a , na par e de , hav i a um gr á f i c o que m os t r ava um avanç o nos ne góc i o s . . .

e de po i s , um pont o ne gr o de onde par t i a um de c l í n i o be m ac e nt uado na l i nha

dos ne góc i o s . Junt o ao pont o pr e t o e s t ava a e xp l i c aç ão t ant o do de c l í n i o

quant o da c ade i r a vaz i a . Di z i a : " I s t o ac ont e c e u quando m or r e u o hom e m -

c have ."

I s t o n ã o a c o n t e c e s o m e n t e q u a n d o o h o m e m - c h a v e m o r r e , m a s t a m b é m

q u a n d o u m h o m e m i m p o r t a n t e d e i x a o q u a d r o . . . q u a n d o u m a p e s s o a q u e t e m



pe s s oa pe r s e ve r ant e não de s e r t a do s e u pos t o . É um a pe s s oa e m que m s e

pode c onf i ar ; é f i r m e e t e m um obj e t i vo f i xo .

U m a ve z , e s om e nt e um a ve z , Judas f e z um a pe r gunt a que f ic ou

r e g i s t r ada nos Evange l hos . O c e nár i o é a "Ul t i m a Ce i a" . A hor a , após a c e i a .

A oc as i ão : a s ú l t i m as i ns t r uç õe s de Je s us aos Se us d i s c í pu l os . O pr ob l e m a:

c om o e xp l i c ar o s ac ont e c i m e nt os f u t ur os aos d i s c í pu l os . A nova r e ve l aç ão :

após Sua ressurre ição, Jesus enviará o Espír i to Santo para f i car sempre com

eles , nã o em pessoa, mas em espír i to; não f is icamente, é verd ade , mas em

r e a l i dade .

Judas e s t i ve r a ouv i ndo . Dur ant e t r ê s anos , e l e c am i nhar a c om Cr i s t o ,

f ie lmente . Ele havia s ido persev erante e dig no de con f ian ça, um obreiro

s i l e nc i o s o e s e m pr e à s or de ns do M e s t r e . Se ne s s e m om e nt o de ve oc or r e r um a

m udanç a , s ua m e nt e vagar os a pr e c i s a a s s e gur ar - s e de c om o s e r á e l a . E l e

que r e n t e nde r t udo m ui t o be m ant e s de dar o s e u apo i o i n t e gr a l . Com o s e

dar á e s t a m udanç a? O que r e pr e s e nt ar á par a e l e s o a f a s t am e nt o de Je s us ?

Com o é que O r e c onhe c e r ão?

Disse-lhe Ju das, não o Iscariotes: Dond e procede. Senho r, que estás

para manifestar-te a nós e não ao mundo? (Jo 14.2 2.)

Com o s e de ve r e s ponde r a um a pe r gunt a de s t a s ? O que voc ê r e s ponde -

r i a? Com o é que s e e xp l i c a a um a c r i anç a o f unc i onam e nt o da e ne r g i a

e l é t r i c a? Com o é que o s c i e n t i s t a s e xp l i c ar i am ao púb l i c o l e i go o pr oc e s s o de

se colocar um saté l i te em órbi ta?

C o m o , e n t ã o , p o d e r í a m o s e n t e n d e r p e r f e i t a m e n t e o m o d o c o m o D e u s S e

revelará a nós?

Jesus não tentou expl icar com detalhes . Tudo o que Ele di sse fo i : Se

a l gué m age a s s i m , ac ont e c e i s t o e i s s o .

Se alguém me ama. guardará a minha



bás i c as . Tudo g i r a e m t or no d i s t o . "Se a l gué m m e am a . . ." Se a l gué m —

qua l que r pe s s oa — obs e r var e s t a s r e gr as bás i c as , e l e pode r á t e r — t e r á — a

pr e s e nç a de Cr i s t o e m s ua v i da . Nos s o de s e j o m a i s ar de nt e pr e c i s a s e r "am ar

a De us " . A i dé i a de pe r s e ve r anç a s uge r e a i dé i a de um de s e j o c ont í nu o . O

hábi t o de c u l t uar a De us t odos o s dom i ngos e nc or a j a a pe r s e ve r anç a . O

hábi t o c ons t ant e de obs e r var um m om e nt o de voc i ona l pe s s oa l , c ons e r va o

crente semp re f ie l.

"O s e gr e do do s uc e s s o é a c ons t â nc i a na b us c a d o obj e t i vo" , d i s s e o

f am os o e s t ad i s t a Di s r ae l i . Se não de s e j ar m os r e s i s t i r ao d i abo , não r e s i s t i r e -

mos . Se nã o dese jarm os per ma nec er f ié is até o f im, fa lha rem os . Se n ão

de s e j ar m os am ar a De us , não c he gar e m os ao f i na l . É f ác i l de s i s t i r ; o m a i s

d i f í c i l é pe r m ane c e r no c am i nho c e r t o .

Em 1815 , We l l i ng t on f a l ava aos s e us c om andados que s e e nc ont r avam

aquar t e l ados e m Wat e r l oo , e d i s s e o s e gu i n t e : "Vam os t e r um a l u t a ár dua ,

s o l dados . Ve r e m os que m r e s i s t e por m a i s t e m po ." Es t e é o s e gr e do . Q ue m

r e s i s t e por m a i s t e m po? Par a e s t e , o s de s po j os da ba t a l ha . Com o? A r e s pos t a

não é f ác i l ne m é nov i dade , t am bé m . Tr a t a - s e do s e gu i n t e : c ont i nuar a

ins i s t i r , seguir em frente , com um propós i to f ixo . Guardai-vos no amor de

Deus.

Em outras palavras , conservem os o lhos f i tos em Jesus . Conservem os

olhos no objeto do seu amor. Conservem os o lhos f i tos no professor , e não

have r á o de s e j o de c o l ar . Cons e r ve m os o l hos no m ar i do ( ou na e s pos a ) e não

serão inf ié i s .

H á um a h i s t ór i a i n t e r e s s ant e a r e s pe i t o de Le onar do da Vi nc i e s e u

quadr o "A Ul t i m a Ce i a" . H av i a um gr upo de pe s s oas ao s e u r e dor que

obs e r vava s e u t r aba l ho . E l e e s t ava p i n t ando as f r u t as na m e s a , e o povo



i s to po de m os af irm ar: e le persev erou. Ele procla mo u a Cris to f ie lmente .

Diz-se que quando já se aproximava do f im de seus dias e le fo i pregar em

Edessa, na Armênia e na Pérs ia . Ele perseverou até o f im.

H á um m ar c o no m ont e Was h i ng t on , nos Es t ados Uni dos , que i nd i c a o

l oc a l onde um a a l p i n i s t a c a i u de s f a l e c i da e m or r e u . E l a e s t ava t ão pe r t o do

c um e do m ont e , que pode r i a t e r a t i r ado um a pe dr a ne l e . Se t i ve s s e dado m ai s

c e m pas s os t e r i a a l c anç ado um a c abana , o r e f úg i o que pr oc ur ava , m as e l a

não s ab i a d i s s o . Pe r de r a t odo o ân i m o por c aus a da t e m pe s t ade que a

i m pe d i a de ve r o c am i nho à s ua f r e nt e . E l a e s t ava abat i da de c or po ,

derrotada no espir i to , e no f im de suas forças . Não podia aval iar a di s tância

ainda a percorrer . Morreu a cem passos do seu objet ivo .

Nã o pod e m os f az e r t udo , m as pode m os f az e r um a c o i s a pe l o m e no s :

p o d e m o s p e r s e v e r a r , p o d e m o s s e m p r e d a r m a i s u m p a s s o . M e s m o q u a n d o

pe n s am os que c he ga m o s ao fi m de nos s as f or ç as , que j á de m os t udo ,

pode m os dar m a i s um pas s o . Judas Tade u c ons e r vou os o l hos e m Cr i s t o . E l e

experimentou o poder de Cris to até o f im de seus dias . E e le guardou

c i os am e nt e a s pa l avr as de Cr i s t o que f or am d i r i g i das a e l e ( e a nós t am bé m ) :

Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e

viremos pa ra ele e faremos nele morad a.



L I Ç Ã O 1 2

JUDAS, O TRAIDO R

Um dentre v ós me trairá. Então os discípulos olharam uns

para os outros, sem saber a quem ele se referia. (Jo 13.21,22. )

Não m e agr ada m ui t o a c ar ac t e r i z aç ão c om um que s e f az de Judas . E l e é

apr e s e nt ado s e m pr e ve s t i do de ne gr o par a c ont r as t ar c om o br anc o de Cr i s t o .

Es t á s e m p r e e s pr e i t an do das t r e vas, r o s to c ont o r c i do de i r a , c ar r anc a am e aç a -

dor a , c abe l o r e vo l t o , c om o s e t i ve s s e s a í do r e c e nt e m e nt e de um ar qu i vo de

fotos pol ic ia i s .

I s t o par e c e be m c onve n i e nt e . Faz de Judas um s e r e s t r anho , um

"gangs t e r " t r a i ç oe i r o , um bando l e i r o s u j o c om o qua l nada t e m os a ve r . A

ve r dade , por é m , é que pode r í am os t opar c om e l e e m qua l que r l ugar , ou f az e r

ne góc i o s c om e l e d i ar i am e nt e . E l e pode a t é e s t ar a nos s o l ado na i gr e j a . E l e

e r a um dos após t o l o s .



Ve j am os o que a s Es c r i t ur as d i z e m a r e s pe i t o de Judas . Vam os f or m ar

nos s a op i n i ão a r e s pe i t o de l e pe l o que a B í b l i a f a l a :

Naqu eles dias retirou-se

para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando

aman heceu, chamo u a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos

quais deu também o nome de apóstolos: ... e Judas Iscariotes que se tornou

tra^.JLcòA2zW-

Um a no i t e de or aç ão , de po i s a e s c o l ha dos após t o l o s , i nc l us i ve Judas .

Is to es tá bem c laro: Judas fo i escolhido para ser um apóstolo , não para trair a

Cris to . Não fo i escolhido para se tornar um traidor . Ele teve a mesma

opor t un i dade dada a Pe dr o , João , T i ago , F i l i pe e Nat anae l . E l e s e ve s t i a do

m e s m o m odo que e l e s . Sua apar ê nc i a e r a a m e s m a de l e s . E l e ouv i u a s

m e s m a s m e n s a g e n s ; p r e s e n c i o u a s m e s m a s c e n a s . E l e t a m b é m p r o c l a m o u a

m e n s a g e m d o R e i n o d e D e u s . E l e t a m b é m s a i u a t e s t e m u n h a r , c o m o o s

outros saíram. Durante aqueles três anos , e l e fo i apóstolo de Jesus Cris to . Por

t r ê s anos e l e andou no gr upo dos após t o l o s de Je s us .

Não Nã o o c o l oq ue m os e m ar qu i vos c r i m i na i s . De ve t e r hav i do a l gum a

c o i s a ne l e par a que Je s us o e s c o l he s s e — t a l ve z um a c apac i dade de l i de r anç a ,

ta lvez um a inte l ig ênc ia br i lha nte . ÇL fato é qu e e le era o _único di sc ípu lo

pr ove n i e nt e do Su l . O s out r os e r am da G a l i l é i a . Judas j m j _d aj r gg i ãõ ~d a

Judé i a . O que hav i a ne l e par a qua l i f i c á - l o e n t r e aque l e s ga l i l e us ?

O poe t a Dant e Al e gh i e r i s i t ua Judas no i n f e r no m ai s ba i xo , m as i s t o

s i gn i f i c a que e l e pode r i a t e r a t i ng i do o m a i s a l t o dos c é us . Aque l e que t e m

s om e nt e um t a l e n t o , pode pe r de r ape nas um . O que t e m de z , pode pe r de r o s

de z . O p i or hom e m é aque l e que , t e ndo as m e l hor e s pos s i b i l i dade s , de i xou- s e

c or r om pe r .



i i i n m o m e n t o p a r a o o u t r o . N ã o s e f o r m a u m v i l ã o d a n o i t e p a r a o d i a . H á

s e m p r e a l g u n s p a s s o s p r e l i m i n a r e s , p a s s o s e s s e s q u e l e v a m a o d e s a s t r e .

A m u l t i d ã o q u e se g u i r a a C r i s t o p o r a l g u m t e m p o , d e i x a r a - o . S e u e n s i n o

t o r n a r a -s e m u i t o d i f í c i l, e e l e s s e e s c a n d a l i z a v a m . Então perguntou Jesus aos

doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? Respond eu-lhe

Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? tu tens as palavras da vida eterna:

r nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus. Replicou-lhes Jesus:

Não vos escolhi em número de doze? Contudo um de vós é diabo. (Jo

(i,f>7-70.)

J e s u s j á s a b i a o q u e e s t a v a - s e p a s s a n d o c o m J u d a s . E c o m o é q u e E l e

• „ d > i a ? A s E s c r i t u r a s j á h a v i a m p r o f e t i z a d o q u e u m d e l e s O i r i a t r a i r ; m a s

p o r q u e J u d a s ? C o m o é q u e J e s u s s a b i a q u e s e r i a J u d a s ? E l e p e r c e b e u . H a v i a

i n d i c a ç õ e s c l a r a s . ( S e m p r e h á i n d i c a ç õ e s ) E r a u m a i n q u i e t a ç ã o n o s c u l t o s d e

p r e g a ç ã o , t e i m o s i a , a u s ê n c i a d e o r a ç ã o , r i x a s n o g r u p o , p e q u e n a s d e m o n s -

t r a ç õe s d e c i ú m e s , r e s s e n t i m e n t o s , a f i r m a ç õ e s c o m s i g n i f i c a d o a m b í g u o ,

u r g u l h o d o c r e s c i m e n t o e s p i r i t u a l , e x i b i ç ã o d e v a n t a g e n s e s p i r i t u a i s , e t c .

J e s u s p e r c e b e t u d o , m a s J u d a s n ã o s a b e d e n a d a . J u d a s n e m m e s m o

p e n s a n i s s o . T u d o e s t á b e m c o m e l e . E s t á g o s t a n d o d a q u e l a v i d a r e l i g i o s a .

S e n t e - s e f e l i z n o c u l t o . Ê u m d o s a p ó s t o l o s , u m d o s s e g u i d o r e s d e C r i s t o ; e l e

e s tá c r e s c e n d o e s p i r i t u a l m e n t e . T r a i d o r , e l e ? V i l ã o ? A p o s s i b i l i d a d e e r a

m u i t o r e m o t a . S e a l g u é m l h e h o u v e s s e p e r g u n t a d o i s s o , e l e t e r i a r i d o n a c a r a

d a p e s s o a : " E u ? T r a i r J e s u s ? V o c ê d e v e e s t a r l o u c o N u n c a E s t e H o m e m é o

m a i o r E l e é o M e s s i a s , o F i l h o d e D e u s . P o r q u e e u O t r a i r i a ? "

O p a s s o s e g u i n t e q u e e l e d e u e m d i r e ç ã o à d e r r o t a f o i n o d o m i n g o

a n t e r io r à e n t r a d a t r i u n f a l d e J e s u s e m J e r u s a l é m . F a l t a m a p e n a s a l g u n s

d i a s p a r a o a t o d e t r a i ç ã o . A s l i n h a s i n i m i g a s j á e s t ã o f o r m a d a s . J u d a s a i n d a



palavras certas , mas age errado, ou não age . . . que serve ao seu eu, em lugar

de obe de c e r a Cr i s t o . "El e s e gu i u a Cr i s t o l e vando c ons i go s e u pe c ado e da i

ve i o s ua que da ."

1

Agor a e n t ão ve m o a t o de t r a i ç ão . Ora, Satanás entrou em Judas

chama do Iscariotes, que era um dos doze. Este foi entender-se com os

principais sacerdotes e os capitães de como lhes entregaria a Jesus; en tão eles

se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. Judas concordou e buscava

uma boa ocasião de lho entregar sem tumulto. ( Lc 22 .3 - 6 . ) Nos s a gr and e

interrogação é: por que e le fez i s to? Por que e le se^fcrnoi i de lator? Por que

ele t inha de ma goa r Jesus? /

Q ua l que r r e s pos t a que l e vant ar m os t e m que s e a j us t ar à e xp l i c aç ão

dada pe l a s Es c r i t ur as : Ora. Satanás entrou em Judas. Na t ur a l m e nt e i s t o não

ri^n c .- m que pIp ^ ^ ^ Z l í l ^ C ' '

i r l a

*

; > h r l

" •' p™ tã"F ip t inha dad o os pa ssos

prel iminares , que o l evariam a ruína. Com i sso a porta se fechou para Jesus .

A c e n a d a tr a i ç ã o é j u s t a m e n t e a m e s a d e . c o m u n h ã o . T u d o c o m e ç o u

c om aque l e a t o hum i l de de Je s us . E l e l avou os pé s dos d i s c í pu l os . Tom ando

de um a t oa l ha e um a bac i a e pondo- s e de j oe l hos , E l e f o i de um e m um , e

l avou os pé s daque l e s hom e ns que O o l havam e m s i l ê nc i o . E Judas t am bé m

El e l avou os pé s de Judas . Es t e de ve te r f i c ad o t e ns o , s e n t i nd o- s e i nqu i e t o ,

pe ns ando e m s ua t r a i ç ão . Não hav i a nada que e l e pude s s e f az e r , s e não

consent ir . Jesus lavou os pés de Judas , o lhou para e le sem dizer palavra,

t e n t ou c onqui s t ar s ua l e a l dade , ape l ar par a s ua c ons c i ê nc i a . I s t o s ó f e z c om

que e l e s e e ndur e c e s s e a i nda m ai s . E l e pe r m ane c e u i m óve l .

Agora es tão ao redor da mesa. Jesus vai inst i tuir a Ceia Memorial , mas

não pode f az ê - l o e nquant o Judas e s t i ve r pr e s e nt e . M ui t o pe r t ur bado , E l e

s o l t a a " b o m b a " : Um dentre vós^auulrairá. ( Jo 13 .21 . ) Ni n gué m apon t ou



l esus se encontrava; mas não, e le teve que i r , e l e mesmo e indicar quem era

Jesus , com um bei jo . Não por causa das tr inta moedas de prata , mas por

vingança:

r e s s e nt i m e nt o , ód i o , c i úm e s , f r us t r aç ão , or gu l h o f e r i do .

Judas e n t r e vê , no m e i o das ár vor e s , um a ve s t i m e nt a br anc a . Ac e na aos

s o l dados que par e m , e ad i ant a - s e s oz i nho . . . Salve, Mestre ( M t 26 .49 . ) Ent ão ,

e nquant o e l e be i j a o Se nhor , Je s us f az - l he m a i s um ape l o — o ú l t i m o ape l o :

\migo

( A M I G O )

para que vieste

? (Mt 26.50. ) Mas já é tarde dem ais . A

m e nt e de Judas e s t á f e c hada . O s s o l dados avanç am , pe gam Je s us e O l e vam

dal i . "Bem, agora você já O traiu. Judas . E ao fazê- lo , você cometeu outra

ação tão v i l quanto es ta: traiu-se a s i mesmo "

Isto , porém, não é o t ini da hi s tór ia . O traidor vê Jesus novamente ,

naque l a m e s m a no i t e . E l e vê o M e s t r e s e r ac us ado , j u l gado e c onde nado . Na

m anhã s e gu i n t e , e s t á c he i o de r e m or s os . Um a onda de c u l pa t om a c ont a

de l e . Um a t r i s t e am ar gur a c om e ç a a que i m ar de nt r o de l e , um vu l c ão de

l e m br anç as a t e r r ador as : e l e t r a i u s angue i noc e nt e

I s t o nos c onf unde , não é ? Com o pôde e l e t r a i r Je s us ? I s t o é um a gr ande

interrogação. Por que será que e le teve remorsos? É outra questão. Uma

pr ováve l e xp l i c aç ão par a s e u r e m or s o é que e l e não e r a um c r i m i nos o

e ndur e c i do , um r e ne gado m al vado e s e m s e nt i m e nt os . É um hom e m s e ns í ve l

.1 voz do E spír i to Santo. Ele fo i toc ad o pelos en s in am en tos de Jesus . Sua

c ons c i ê nc i a não e s t á c aut e r i z ada . E l e não pode de i xar de s e n t i r um a c e r t a

culpa.

Se ant e s hav i a avar e z a , am bi ç ão , am or ao d i nhe i r o , e s t a s c o i s a s agor a

par e c e m t e r s um i do da c e na . E l e c or r e de vo l t a ao t e m pl o . Conf e s s a :

•Pequei, traindo san gue ino cente. (Ver Mt 27.4 . ) Ab re sua bol sa , arra nca dal i

, i s t r i n t a m oe das de pr a t a , e j oga - as v i o l e n t am e nt e no a s s oa l ho do t e m pl o .



of e r e c e , dá a s c os t a s a E l e , e s t e t am bé m é t r a i dor . Voc ê e e u t e m os a s m e s m as

pa i xõe s que Judas .

Je s us t i nha m ui t o a d i z e r a Judas , t odos o s d i a s . Judas ouv i u , m as não

ouv i u de ve r dade . As adve r t ê nc i a s , o s ape l o s e a Pa l avr a de De us o a l c anç a -

r am , m as nunc a r e a l m e nt e t oc ar am s e u c or aç ão . E l e s e t or nou um t r a i dor

ape s ar dos ape l o s de Je s us .

E nós: você e eu? Nós ouvimos Jesus. Sabemos o que devemos fazer. Será

que deixamos que Ele nos modifique? Pensamos que estamos muito bem e

continuamos a chamá-lO "Senhor, Senhor", mas não fazemos o que Ele diz?

Este foi o problema de Judas.

Examinemos nosso coração. Quando Jesus diz: "Um dentre vós me

trairá", vamos fazer como os discípulos e perguntar: "Acaso sou eu,

Mestre?

"Eu c om e t i um a aç ão t ão t e r r í ve l que o pr ópr i o i n f e r no e s t á e nve r go -

nhado . O l adr ão m ai s v i l t e m um pouc o de l e a l dade , e a t é m e s m o o c ão

de um pat i f e qua l que r é f i e l ao s e u dono . No e nt ant o , m e u M e s t r e e r a

inocente e eu O di famei ; inocente , e eu O acuse i ; inocente e eu O traí .

"É ve r dade que e s t ava e s c r i t o que El e t i nha de s o f r e r . E por quê ?

Por que há m ui t as pe s s oas ne s t e m undo que s ão c om o e u . . . Eu qu i s e r a

c r e r que El e é c u l pado , po i s não c ons i go s upor t ar o f a t o de que El e é

i noc e nt e . . . Sabe o que é o f ogo do i n f e r no? É a l uz da i ns upor t áve l

i n o c ê n c i a d e D e u s q u e q u e i m a e a r d e c o m o c h a m a , e m o s t r a c o m o a

ge nt e é . É t e r r í ve l ve r - nos a nós m e s m os e xa t am e nt e c om o s om os ,



ri I)R0, (t>/9-n

<) AróSTOLO MAGNÍFICO

i i< A o 9

></

Areia

Para

a Rocha

Senhor, retira-te de mini, porque sou pecador. (Lc 5.8 .)

Senhor, para quem irem os? tu tens as palavras da vida eterna

(Jo 6.68).

Sim. Senh or, tu sabes que te amo.

(Jo 21.16. )

Q ua l que r c o i s a que s e d i s s e r a r e s pe i t o de l e , qua l que r e l og i o , qua l que r

i d l e t i vo , qua l que r pa l avr a honr os a , c abe - l he be m . Pode m os c ham á- l o de

m agní f i c o , s obe r bo , f e nom e na l , adm i r áve l , gr ande . . . a t é m e s m o a um publ i -

• i iar io fa l tar iam pa lavras e qu al i f i ca t ivos para descrev ê- lo . É verd adeir o

t i ldo i s to que se diz deste pr inc ipal dos apóstolos , deste grande pescador da

i ml i l é ia , Pedr o, o ma gn i f i co .

Já de m os vár ia s i n f or m a ç õe s a r e s pe i t o de out r os após t o l o s , qu e m os -

n ,m i que e l e s e r am hom e ns be m c om un s . T i n ham pou c os t a l e n t os . Al -

( M I I I S

l i nham pouc as hab i l i dade s . Andr é , i r m ão de Pe dr o , t i nha ape nas um



ous ad i a e i m pe t uos i dade , e l e e r a s e ns í ve l e t i nha um a c ons c i ê nc i a s e ns í ve l

t am bé m . E l e c onhe c i a s e u pr ópr i o c or aç ão .

Ê isto que o torna grandel E l e n ã o a d u l t e r o u s e u s d o n s u s a n d o - o s e m

pr ove i t o pr ópr i o ; s ab i a de s ua i nc apac i dade e s e c onhe c i a m ui t o be m . É

as s i m que e l e apar e c e de s de o c om e ç o .

E l e s h a v i a m p a s s a d o a n o i t e p e s c a n d o , e n ã o t i n h a m a p a n h a d o n a d a .

Vo l t ar am à t e r r a c ans ados . Je s us e s t ava na pr a i a e d i s s e a S i m ão: Faze-te ao

largo, e lançai as vossas redes para pescar

( Lc 5 .4 ) . Na t ur a l m e nt e , e l e

o b j e t o u : Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos ( e n t ão

e l e dá um s us p i r o de r e s i gnaç ão e m uda de i dé i a )

mas sobre a tua palavra

lançarei as redes

(Lc 5 .5) . Eles for am . E, após aqu ela noi te de fraca sso , q ue

pe s c a O s pe i xe s e r am t ant os que a s r e de s s e r om pe r a m .

Andr é não e r a i m pe n i t e n t e e João e r a pr o f undam e nt e s e ns í ve l . Pe dr o ,

por é m , pr e s e nc i ando aque l e m i l agr e , s a i do bar c o , c a i de j oe l hos e d i z :

Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. E l e não c ons e gu e s upor t ar .

Aque l a hum i l dade s úb i t a e i m pul s i va — aque l a c ons c i ê nc i a s e ns í ve l , m ar -

c a m P e d r o c o m o c a p i tã o d a q u e l e p e q u e n o g r u p o d e p e s c a , r e c é m - f o r m a d o , o

l í de r dos doz e : Não temas: doravante serás pescador de homens (Lc 5.10 ).

E a s s i m f o i t oda a s ua v ida — u m a h um i l dad e ge nu í n a . O Se n hor p od i a

s e c om uni c ar c om Pe dr o . E l e s ó dá Sua gr aç a ao hum i l de . E e s t a é

e xa t am e nt e a d i f e r e nç a e n t r e Judas e Pe dr o : am bos ne gar am a Cr i s t o , m as

Pe dr o t e ve a hum i l dade que o s a l vou do de s e s pe r o . Judas não t e ve hum i l da -

de , da í o de s e s pe r o que o l e vou à de s t r u i ç ão .

M ai s t ar de e l e s e r i a r e pr e e nd i do pe l o após t o l o Pau l o . Es t e de f r ont ou- s e

c om Pe dr o , e f a l ou- l he c om o e l e t i nha m udado de a t i t ude e c aus ado t um ul t o

e c onf us ão e n t r e o s c r e nt e s . Pe dr o r e c e be u a r e pr e e ns ão c om o um hom e m .



i i i i s lazer o que Cris to es tava fazendo. Se é Ele , então Pedro tem que andar

Hthre as águas também: Se és tu, Senho r, mand a-me ir ter contigo, /><>r sobre

>M águas. E o Sen hor diz: Vem. E Pe dr o s a i u do bar c o , i m pul s i v am e nt e ,

• i au men te .

De r e pe nt e e l e s e de u c ont a do que e s t ava f az e ndo: andando s obr e a

i i' ii a Q ue r id í c u l o Q u e c o i s a m a i s abs ur da I s t o não f az s e n t i do Ve n c i do

pe l o t e m or , c om e ç ou a a f undar : Salva-me, Senhorl E Jesu s estav a al i , e

li ' .mtou -o e l e vou -o pa ra o barco .

I Vdr o , c om s ua i m pe t úos i dade par a f a l ar , f e z a gr ande c onf i s s ão . Je s us

lln , havia dir ig id o um a pe rgu nta v i ta l : Mas vós... quem dizeis que eu sou?

'Mi I (> .I5 . ) Ped ro, o exp los ivo , o ho m em d a respo sta na ponta da l íng ua, fo i

q u e m r e s p o n d e u : Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

Je s us e n t ão d i s s e c l ar am e nt e que aque l a r e s pos t a não v i e r a de Pe dr o

m e s m o , m a s d e D e u s . Não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai

/I/I está nos céus. ( M t 16 .17 . ) E de po i s E l e ac r e s c e nt ou: Tu és Pedro, e sobre

. wii pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão

i

outra ela

(Mt 16.18) .

M al E l e o d i s s e r a , e a "r oc ha" s e de s i n t e gr ou . Je s us c om e ç ou a f a l ar aos

npostolos sobre o que Ele dever ia sofrer , Sua perseguição e morte . (Era a

| ii i ine ira vez qu e o faz ia . ) Ped ro não q uis acredi tar . Ele ch am ou Cris to para

um c ant o : Tem compaixão de ti. Senhor; isso de modo algum te acontecerá

(V

.'-

1

) . Ent ão o Se nhor o r e pr e e nde : Arreda Satahás;.tu és para mim pedra

ile tropeço, porque não cogitas das cousas de Deus, e, sim, das dos homen s.

um m om e nt o e l e e s t i ve r a i ns p i r ado por De us ; no m om e nt o s e gu i n t e , e r a

um i ns t r um e nt o do d i abo . H ouve m ui t as f a l has e m ui t os t r ope ç os ant e s que

IVdro se tornasse a rocha de grani to .



Ele se aquecia ao togo. Fazia fr io naquela noi te . Ele já es tava nervoso,

i r r i t ado , i nqu i e t o , e s e n t i a - s e be m , aque c e ndo- s e j unt o à f ogue i r a . H av i a um

gr upo de pe s s oas por a l i , c onve r s ando , br i nc ando e d i s c u t i ndo o s ú l t i m os

a c o n t e c i m e n t o s .

Uma cr iada que es tava por perto , e que ta lvez o t ivesse v i s to em alguma

par t e , o l hou- o e s t r anham e nt e , e a f i r m ou: Tu também estavas com Jesus, o

Nazareno ( M c 14 .67) . Sua r e s pos t a ve i o num m ur m úr i o , c o m o s e f a l a s s e

c ons i go m e s m o , e o s out r os m a l o ouv i r am :

Não o conheço, nem compreendo

o que dizes (v . 68) . E o suor com eç ou a brotar de sua tes ta . Ele bem

c o m p r e e n d e u o q u e e s t a v a f a z e n d o .

Se nt i u que o s o l hos de t odos e s t avam f i xos ne l e . Fa l avam a s e u r e s pe i t o ,

e e le sabia di s to . Por i sso , conservou os o lhos baixos , f i tos no fogo. Outra

m oç a apr ox i m ou- s e da l i , e vo l t ou- s e par a e l e : Este é um de les (v. 69), disse ela

aos que a l i s e ac havam . De s t a ve z , Pe dr o r e s ponde u um pouc o m ai s a l t o .

T o d o s o u v i r a m b e m , q u a n d o e l e n e g o u n o v a m e n t e .

"Pe dr o . . . um a r oc ha?" El e hav i a a f i r m ado c om t ant a s e gur anç a que

nunc a ne gar i a o Se nhor . E agor a . . .

Por f i m f o i aque l e s o l dado . Ta l ve z f o s s e um dos que hav i am pr e nd i do

Jesus no jard im. Ele o lho u para Pedr o, e es te sent iu o sang ue sub ir- lhe ao

r os t o . Ent ão o s o l dado d i s s e :

Este é um d eles.

E out r a pe s s oa d i s s e :

Verdadeiram ente és um deles, porque também tu és galileu (v. 70) .

Ent ão e l e c om e ç ou a pr ague j ar e a j ur ar , us ando pa l avr as que abando-

nar a há anos . E t odos s e c a l ar am d i ant e de s ua ve e m ê nc i a . Não conheço esse

homem de quem falais ( V. 71 . ) Ent ã o , n aqu e l e i ns t ant e de s i l ê nc i o , e l e ouv i u ,

e m a l t o e bom s om , c om o o t oque de um a c om e t a , o c ant o do ga l o . Aí e l e s e

l e m b r o u :

Antes que duas vezes ca nte o galo, tu me negarás três vezes

(v. 72).



P o r fi m , c h e g o u a q u e l a m a n h ã , à s m a r g e n s d o m a r d a G a l i l é i a I*«

• I• • •

li i j i . i tod os de vo l ta à pes ca , de vo l ta a o seu a nt igo m od o de v id a , qu e l li

I

I

i . lo f a m i l i a r , d e v o l t a à v e l h a v i d a , a f im d e e s q u e c e r o s

f r a c a s s o s

i|

i n . l i v . a s r e c e n t e s . N a q u e l a n o i t e n ã o p e g a r a m n a d a .

H a v i a u m h o m e m d e p é n a p r a i a , e E l e l h e s d i s s e q u e l a n ç a s s e a s r e d >

In I n do d i r e i t o . E l e s f iz er am o q u e E l e d i s s e r a , e c o n s e g u i r a m a p a n h a r u m a

i

i

a n d e q u a n t i d a d e d e p e i x e s . J o ã o g r i t o u : " É o S e n h o r " (J o 2 1 .7 . ) A q u i l o l o l

b a s t a n t e p a ra P e d r o . I m p e t u o s a m e n t e , e l e s e l a n ç o u n a á g u a , e n a d o u a l i a

|n i la . O S e n h o r t i n h a f e i t o u m a f o g u e i r a z i n h a , e e s t a v a a s s a n d o a l g u n s

I I M

S — o d e s j e j u m e s t a v a p r o n t o . A s s i m , n a q u e l a m a d r u g a d a e l e s c o m e -

• n u c o m E l e . P e d r o n ã o o u s a v a d i z e r n a d a .

A p ó s a r e f e i ç ã o , J e s u s q u e b r o u o s i l ê n c i o . C o m u m o l h a r p e n e t r a n t e , E l e

n l l o u s e p a r a P e d r o : Simão. filho de João. am as-me mais do que estes

.iii/n i.v ." ' ( E l e o c h a m o u p e l o s e u a n t i g o n o m e , S i m ã o , e n ã o p e l o n o v o n o m e ,

l'i l i o — a r o c h a . ) I s t o m a g o o u - o m u i t o , m a s s e r á q u e e l e p o d e r i a d i z e r q u e

> >

i i n av a , a p ó s t ê - l O n e g a d o ? Sim. Senhor, tu sabes que te amo.

l e s u s , e n t ã o , d i r i g i u a S i m ã o a m e s m a p e r g u n t a : Simão, filho de João. tu

mi amas? E l e O h a v i a n e g a d o , a b a n d o n a d o e d e s m e n t i r a q u a l q u e r l i g a ç ã o

" M l E l e . S e r á q u e a i n d a p o d e r i a d i z e r q u e O a m a v a ? Sim. Senhor, tu sabes

•/iii' le amo.

P e l a t e r c e i r a v e z J e s u s r e p e t e a p e r g u n t a :

Simão. filho de João. tu m e

•

miiM?

Senhor, tu sabes todas as cousas, tu sabes que eu te amo.

E l e O h a v i a

mi m u l o p o r t r ê s v e z e s . T r ê s v e z e s e l e t e v e o p o r t u n i d a d e d e r e a f i r m a r s u a

•

ii I ., .i o p o r J e s u s . N ã o h o u v e p a l a v r a s d e c o n d e n a ç ã o , a p e n a s a c h a n c e d e s e

i i i i i l i l a r c o m o a m i g o d e C r i s t o . A s s i m é a g r a ç a d e D e u s p a r a q u e m é

iniiMilde.



O l i vr o de At os dos Após t o l o s t am bé m vo l t a o s ho l o f o t e s par a Pe dr o . E l e

pr e ga o pr i m e i r o s e r m ão , s o f r e pe r s e g u i ç ão e e n f r e nt a a s aut or i dad e s . E l e é a

gr ande f or ç a da j ove m c om uni dade c r i s t ã j uda i c a , e de po i s é gu i ado pe l o

Es p í r i t o Sant o a l e var o e vange l ho t am bé m aos ge nt i o s . E l e pr e ga a s

boas - novas par a Cor né l i o , um c e nt ur i ão r om ano .

Entretanto , durante o pr imeiro conci l io da Igreja , em Jerusalém (o qual

está regi s trado em Atos 15) . Pedro reconhece a l iderança de Tiago. Ass im, e le

de i xa a i gr e j a de Je r us a l é m s ob a or i e n t aç ão de T i ago , e a c onve r s ão do

m u nd o ge nt i o s ob a r e s pons ab i l i dade de Pau l o . E l e vai a An t i oqu i a (G 1 2 .1 ), e

também a Corinto (1 Co 1 .12) , mas pouco se sabe de suas v iagens e de seu

trabalho poster ior .

Re c e be m os i n f or m aç ão de s e u c r e s c i m e nt o e s p i r i t ua l e c om pr e e ns ão da

fé cr i s tã somente através das cartas que escreveu. Elas reve lam um grande

c a l or hum ano e um a gr ande s i nc e r i dade , a s s i m c om o s ua f é e m t e m pos de

pr ovaç ão , s ua i m e ns a c onf i anç a e m Cr i s t o , e m m e i o ao s o f r i m e nt o , e s ua

imperec íve l esperança da glór ia .

De ac or do c om a t r ad i ç ão , e le m or r e u e m R om a . Nã o s e s abe qua nt o

tempo e le res idiu a l i antes de ser morto . As fontes de informação são

contradi tór ias . Sua morte havia s ido predi ta por Jesus: Quando eras m ais

moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém,

fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará p ara onde

não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte P edro havia

de glorificar a Deus. (Jo 21.1 8,19 . ) Ele fo i cru ci f i ca do, ma s não se sabe a o

c e r t o s e o f o i m e s m o de c abe ç a par a ba i xo , c om o d i z a t r ad i ç ão .



I IÇ ÀO 10

MAGO

() APÓSTOLO AM BICIOSO

Então se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos

e, adorun do-o, pediu-lhe um favor. ( M t 20 .20 . )

I

odos e le s t i nham m ãe s , é l óg i c o . Cont ud o , s om e nt e u m a da s m ãe s t e m

.ou caráter de l ineado nas Escr i turas , em cores v iv idas . É a esposa de

be de u , o pe s c ador . E l a t e m um a i r m ã que s e c ham a M ar i a ( t a l ve z a m ãe de

I ' i i s ) . É a mãe dos apóstolos Tiago e João.

Ce r t a oc as i ão , dur ant e o m i n i s t é r i o de Je s us , e l a s e apr ox i m ou dEl e , c om

i i us doi s f i lhos . Tinha um pedido a fazer- lhe: Man da que, no teu reino, estes

meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda (Mt

it . 'I ) . Ela pediu a Cris to os lugares de h onra . "M eu s do i s f i lhos : um

»l i ' e pres idente e o outro pr imeiro minis tro ."



Ti ago e r a o m a i s ve l ho e e xe r c i a a pr o f i s s ão de pe s c ador , de s oc i e dade

c om s e u pa i . Je s us ape l i dou- o "Fi l ho do t r ovão" , po i s t i nha um t e m pe r am e n-

t o agr e s s i vo e um a pe r s ona l i dade f or t e .

Is to expl ica sua reação contra os samari tanos certa vez . Jesus resolvera i r

para Jerusalém e ter ia que passar por Samaria . Havia um certo mal -es tar

e nt r e j ude us e s am ar i t anos . Ao pas s ar por a l i , J e s us m andou um r e c ado par a

um a c e r t a a l de i a s am ar i t ana , par a que pr e par as s e m hos pe dage m par a El e e

S e u s d i s c í p u l o s . O s s a m a r i t a n o s s i m p l e s m e n t e r e c u s a r a m .

Ti a go e João f i c ar am i nd i gn ado s . E l e s s e l e m br ar am , e n t ão , de c om o o

pr o f e t a E l i a s hav i a pe d i do f ogo dos c é us . I m pe l i do por um a gr ande i r a c ont r a

aque l e povo , T i ago s uge r i u o m e s m o a Je s us : Senhor, queres que mandemos

descer fogo do céu para os consumir? ( Lc 9 .54 . ) Va m o s m os t r a r nos s a

aut or i dade . Todos vão f i c ar s abe ndo que pode m os pe d i r f ogo dos c é us .

Vam os apar e c e r nas m anc he t e s dos j or na i s .

Je s us , por é m , r e pr e e nde u- os :

Vós não sabeis do vosso espírito; o Filho

do homem não veio para destruir vidas mas para salvar.

De p o i s , f or am par a

outra a lde ia .

M ai s t ar de , e n t ão , nós o s e nc ont r am os c om aque l e pe d i do audac i os o :

Permite-nos que na tua glória nos assentemos um à tua direita e o outro à tua

esquerda ( M c 10 .37 ) . Na que l e m o m e nt o , e l e apr e n de um a ve r da de m ui t o

i m por t ant e c om Je s us : no r e i no dos c é us , o s l ugar e s de honr a não s ão

c onc e d i dos por f avor i t i s m os m as por c apac i t aç ão . Não sabeis o que pedis.

Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? (Mt 20.2 2. )

Ans i o s o de obt e r o que am bi c i ona , e l e pr om e t e qua l que r c o i s a . T i ago

não s abe o que e s t á pr om e t e ndo , e ne m que r s abe r . Va i l ogo a f i r m ando:

Podemos. (Mt 20.2 2. )



di s c í pu l os ? O u s abe m os o que que r e m os quando s e gu i m os a Cr i s l o ' < . ) ue i n

quiser seguir a Cris to tem que carregar a Sua cruz também.

Tiago i r ia provar daquela taça. Ele i r ia tornar-se um márt ir . Na

nnl ade , e l e f o i o pr i m e i r o após t o l o a pe r de r a v i da . Fo i m or t o à e s pada por

or de m de H e r ode s . As s i m , e l e t om ou da m e s m a t aç a , e r e c e be u o m e s m o

1'iilismo.

Che gam os agor a a um por m e nor de nos s a h i s t ór i a que nos f az de s e j ar

apagar a pa l avr a s ant o de d i ant e do nom e de Andr é , M at e us e Pe dr o .

Ora,

iiuvindo isto

— ouv i ndo o am bi c i o s o pe d i do de T i ago e João — ve ndo que

i li s que riam os lug ares d e h onra —

Ora. ouvindo isto, os dez indignaram -se

i

omra os dois irmãos

(Mt 20.24) .

F i e s f i c ar am c om c i úm e s . Par a s e r m os m a i s e xa t os , m os t r ar am - s e

am bi c i o s os t am bé m . Er am t ão am bi c i o s os quant o o s " f i l hos do t r ovão"; a

i l i lorcnça é que e les não t iveram a coragem de pedir o mesmo.

O u e d e c e p ç ã o p a r a n ó s P e n s á v a m o s q u e a q u e l e s d o z e h o m e n s e r a m t ã o

a u t o s . I m ag i návam os que f o s s e m he r ó i s . Af i na l de c ont as , e l e s m udar am o

i nundo . E l e s m ove r am m ont anhas . Nós o s c o l oc am os e m pe de s t a i s t ão

e l e vados , e agor a ve m os que s ão i gua i s a nós . São i m pe r f e i t o s , e go í s t a s ,

ambic iosos e por f im são hipócr i tas .

Cont udo , o que r e a l m e nt e nos i m por t a é ape nas um f a t o : Je s us us ou

• i r s h o m e n s . E l e s r e a l m e n t e m u d a r a m o m u n d o e m o v e r a m m o n t a n h a s .

\ e m os e n t ão que Cr i s t o não us ou ho m e ns pe r f e i t o s , ne m m e s m o t e n t ou

m e l hor á - l o s . E l e us ou e s t e s hom e ns i nve j os os , e go í s t a s , am bi c i o s os , de s e j os os

• li pos i ç ão ; us ou a t é m e s m o Ti ago , o m a i s am bi c i o s o de t odos . E l e o s us ou

I mu que o s m o di f i c ou . E c om o f o i i s t o?

Com Seu exemplo. E l e s O obs e r vava m e v i r am - nO i nc l i nar - Se par a l avar



am or , e c ar r e ga s obr e S i o s pe c ados do m undo i n t e i r o . O Filho do homem

não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por

muitos.

Por t ant o , t e m os que e s c o l he r e n t r e r e a l i z ar nos s as pr ópr i as am bi ç õe s ,

ou a s dEl e ; e s c o l he r e n t r e t om ar o nos s o "c opo" , ou be be r da " t aç a" dEl e .

Sempre existirá a Igreja e o mund o; e o coração do homem oscilará entre os

dois, tremendo e esvoaçando aqui e ali. Escolhen do e escolhido... balançan do

entre o portão do inferno e os portais do céu.

Nós s abe m os o que ac ont e c e u a T i ago . A Bí b l i a r e g i s t r a s ua m or t e

pr e m at ur a .

O Re i H e r ode s e s t ava no t r ono . Es t e H e r ode s e r a i r m ão de H e r od i as , a

que f or a r e s pons áve l pe l a e xe c uç ão de João Bat i s t a . H e r ode s m andou

pr e nde r a Pe dr o e de c ap i t ou Ti a go , e m Je r us a l é m , no ano 44 . ( Ve r At os 12 .2 . )

Tiago fo i o pr imeiro apóstolo a dar a v ida pe la fé . Ele conseguiu real i zar

s ua am bi ç ão be m c e do . Be be u daque l a t aç a am ar ga , e f o i e nc ont r ar - s e c om

Jesus em Seu re ino.



i K ÃO 11

i< )ÀO,

() APÓSTOLO DO AMOR

Ihi Cólera ao Amor

/

y

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros;

m)' assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

(João 13.24.)

( Sc qu i s e r m os apr e nde r t e o l og i a , t e r e m o s que l er a s c ar t as de Pau l o ; s e

qu i s e r m os s abe r é t i c a , a de T i ago , m as s e qu i s e r m os apr e nde r t udo a r e s pe i t o

• 1 • • amor, que é o âmago do cr i s t ianismo, temos que l er os l ivros de João. Três

i lns doz e após t o l o s p ar e c i am f or m ar o c í r c u l o í n t i m o de C r i s to : T i ago , Pe dr o

i Inf lo . Destes três a inda houve um que se aproximou mais de Jesus: João, o

•

li

rí p u lo a m a d o . D e s s a c o m u n h ã o í n t i m a , d e s sa g r a n d e a m i z a d e , d e s s e

n l . i e ionam e nt o de c or aç ão par a c or aç ã o , r e s u l t ou u m a b e l í s s i m a v i vê nc i a ,

um espír i to sens íve l , um apóstolo do amor.

Is to provoca logo uma interrogação: será que Jesus não amava todos os

d i s c í pu l os ? Nat ur a l m e nt e que s i m . E l e não Se i n t e r e s s ava por

todos

o s



Q uando e l e ouv i u f a l ar de um pr o f e t a pr e gando no de s e r t o , um hom e m

que es tava bat iza nd o no r io Jordão , ped iu ao seu pai uns dias de l i cenç a para

ir ouv i - l o . E l e e Andr é , s e u am i go que t am bé m e r a pe s c ador , f or am ouv i r

João Bat i s t a . Par a e s t e r apaz de c or aç ão s e ns í ve l , f o i e m oc i onant e ve r

hom e ns e n t r ando no r i o Jor dão par a s e r e m bat i z ados , a t e nde ndo ao ape l o

par a dar e m um t e s t e m unho e x t e r no de um ar r e pe nd i m e nt o e c onve r s ão que

s e pr oc e s s ar am no s e u í n t i m o . E v i ve u um m om e nt o de gr ande i m por t ânc i a

quando ouv i u João Bat i s t a d i z e r :

Eu batizo com água; mas no meio de vós

está quem não conheceis, o qual vem após mim. do qual não sou digno de

desatar-lhe as correias das sandálias... Eis o Cordeiro de Deus que tira o

pecado do mundo (Jo 1 .26,2 7,29) .

João vol tou-se para ver a quem João Bat i s ta indicava. E ao fazê- lo , t eve

um grande choque — era seu pr imo. Jesus , o f i lho de José e Maria , seus t ios .

Jesus , o carpinte iro , o seu pr imo de Nazaré . Cordeiro de Deus? Ele se sent iu

de s nor t e ado . Aqui l o pe r t ur bou- o t ant o que no d i a s e gu i n t e e l e f o i a t r ás de

Jesus para fa lar com Ele a respe i to do assun to. V ocê pen sa qu e fo i fác i l para

João crer? Pensa que fo i fác i l para e le ace i tar aqui lo? Ele conhecia Jesus

c om o s e u pr i m o . Ta l ve z , quando a f am í l i a s e r e un i a par a a s f é r i a s , s e us pa i s

vi s i tassem os parentes de Nazaré , e ta lvez e le br incasse com seu primo.

"Cordeiro de Deus?" Ser ia fác i l para você crer que um primo seu era enviado

de De us ?

E João cr e u naqu i l o , a par ti r daq ue l e pr i m e i r o m om e nt o , e de po i s da

conversa com Jesus , e até o f im. Ele dá mui to valor à fé . Crer é uma das

palavras-chave de seu l ivro. Ela aparece 98 vezes , nos seus v inte e um

"capí tulos: crer , crer , crer fcle próp rio exper ime ntar a a fé no coraç ão.

Ele

sabe que diz a verdade, para que também vos creiais (Jo 19.35). Jesu s am a a



I l m e s p í r i t o s e e t ar i st a e s e par a t i s t a Só nós pod e m os e xpe l i r de m ôni o s

f t t n i e n t c nós s om os o s ve r dade i r os d i s c í pu l os ; não o s m e t od i s t a s , ne m os

i• i• .copais , nem os luterano s , ne m os pen teco stai s , nem os presb i ter iano s ,

ni in os bat i s tas , e tc , e tc . E les não n os seg uem e por i sso nós os proib imo s l i e

l l I I isto.

De us não e s t á l i m i t ado . O Es p í r i t o Sant o é s obe r ano . Não l i m i t e m os a

l i i i r . r e s t r i ng i ndo- O ao nos s o m odo de pe ns ar , ou ao nos s o gr upo . Je s us

i o i idonou o s e c t ar i s m o , o s e pa r a t i s m o , a d i v i s ão e a e xc l us i v i dade qu and o

Mie: Ninguém há que Jáça milagre em meu nome e logo a seguir possa falar

iihil ile mim.

E João . que e r a hum i l d e bas t an t e par a ac e it ar a r e pr e e ns ão ,

disse vár ias e vár ias vezes:

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o

iiomi procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus. e conhece a

/Vnv ( I Jo 4 .7 . )

Não pe ns e m os , por é m , que João e r a um hom e m m ans o e s e m pr e

i ni dato . É verd ade qu e e le era sens íve l e de espír i to gent i l , m as t inha ta m bé m

• m i nsi a sm o . audác i a , c or a ge m , e um t e m pe r am e nt o f or t e . E l e e s e u i r m ão

I

li mo f or am c ha m a dos de " f i l hos do t r ovão" por Je s u s . t M c 3 .17 . )

l a l ar de l e c om o um após t o l o am áve l pode dar u m a i m pr e s s ão d e

|VlU|ue/a . I bom lembrar que até onde sabemos , a lém de João nenhum outro

f lnóstolo achava-se ao pé da cruz . Como é que Jesus deve ter-se sent ido ao

Ihai para baixo e contemplar aquele mar de rostos à sua frente . Eles

l ' i e s s avam ód i o . z om bar i a , i nd i f e r e nç a e t am bé m c ur i o s i dade , m as hav i a

i unhe m o r os t o am i go , c om pr e e ns i vo e p e na l i z ad o de João . Fo i ne c e s s ár i a

i i i i i i ia dedicação da parte de le para permanecer a l i? Ele prec i sou de coragem

pitra f i car a l i entre os seus inimigos? E verdade, mas . e de amor? Is to s im, é

I J I I I

i

é am or , um am or c or a j os o .



a am ar ? Com o é que s e t or na um dos am ados de Je s us ? Cr e ndo nEl e ?

H u m i l h a n d o - s e d i a n t e d E l e e a c e i t a n d o a r e p r e e n s ã o ? T e n d o c o r a g e m p a r a

segui - lO e f i car ao Seu lado? Sim; mas há um segredo para se ter uma vida

s e m e l hant e à de Cr i s t o . H á um m odo de s e c r e s c e r e m am or .

Es t e s e gr e do de s e c r e s c e r e m am or , de t or nar - s e um a pe s s oa am ada não

é apr e nd i do a t r avé s do i n t e l e c t o . João t i nha um a adm i r áve l c om pr e e ns ão das

ve r dade s e s p i r i t ua i s . E l e t i pha gr ande v i s ão i n t e r i or . Pos s u í a um a m e nt e be m

dot ada . É e l e que m nos r e ve l a o m i s t é r i o da e nc ar naç ão de Cr i s t o . João

e nt e n de a v i nda do F i l ho de De u s ao m un do . Al é m d i s s o , f o i João q ue m

e s c r e ve u aque l a r e ve l aç ão m agní f i c a : No princípio era o Verbo, e o Verbo

estava com Deus. e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre

nós. (Jo 1.1,14.)

Esta frase inic ia l do Evangelho de João é um dos pontos a l tos de toda a

l i teratura, re l ig iosa ou não.

João c om pr e e nde Je s us m e l hor que qua l que r out r o d i s c í pu l o . E l e t e m

e s t a f ac u l dade . E l e s e n t e t udo pr o f undam e nt e . E l e s abe s e apr ox i m ar de s e u

Senhor, e sabe que i s to é o segredo de tudo, e e le diz i sso em sua carta .

Se,

porém, andarm os na luz. como ele está na luz... Aquele que diz que

permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou

(1 Jo 1.7;

2.6) . Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros (Jo 13.3 4). E

d i z m ui t o m a i s a i nda s obr e o am or . Po i s c om o é que pode m os am ar a não s e r

a p r o x i m a n d o - n o s d a fonte do am or ? Com o pode m os c r e s c e r e nos ape r f e i -

ç oar e m am or a não s e r que nos ac he gue m os t ant o a Cr i s t o que a Sua v i da

s e j a de r r am ada e m nos s o c or aç ão?

O segredo de se crescer em amor não é aprendido através de uma

e duc aç ão e s c o l ar , m as de um a e xpe r i ê nc i a pe s s oa l . Não que r e m os d i z e r c om



. ii respeito ao Verbo da vida, (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e

i/r/il damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com

ii l\u e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também

•i riiv outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a

imwii comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.

(1 Jo 1.1-3. ) Nã o ó

I I I I razão q u e o s í mb ol o d e João é u ma águ i a . João é as s i m: su b i r como se

li ndo asas , voar sempr e ma is al to, viver perto do céu . E i s to s ign i f icou um a

l on ga cami n h ad a p ara e l e , o d i sc í p u l o amad o; d a có l era p ara a t ern u ra , d a

ii ii para a adora ção , do se ctar ism o par a a força d o am or.

P. uma estrada pela qual você poderá ter que passar também, se desejar

i lunar m ais perto de Jesus.

I'. i Iro e João eram bon s am igos . Eles fora m juntos ao tú m ulo do Sen hor e

l i i n l os o en con traram vaz i o . Ap ós o d erramamen to d o E sp í r i to d e Deu s , e l e s

i" i iii ii ao tem plo, junto s . Al i e les cura ram um ale i jado. Juntos , for am levad os

l" i .u ite o S inédrio e postos na prisão . M ais tarde, fora m env iado s a Sa ma ria

l ' i i rn fortalecer a Igreja. Em Jerusalém, foram considerados p i lares da igreja

IHlniitiva (G1 2.9).

\ p regação d o evan ge l h o l evou João a vár i os l u gares d a As i a M en or . É q u ase

i i l o q u e e l e p assou seu s ú l t i mo s d i as em É feso . D u ran te aq u e l es ú l t i mo s

i i l ios , e le escreveu o seu Evangelho e as cartas que fazem parte do Novo

i . lame nto, os livros de João, e 1, 2 e 3 João. Três dos ma is fam oso s l íder es

11 Igreja primit iva a ssen tara m- se a seus pés: Pol ica rpo. Papia s e lnác io.

1



o, u: (5 - t "«a-

L I Ç Ã O 1 2

TOME,

/

/

Porque me viste, creste? Bem -aventurados os que não vi-

ram, e creram.

(Jo 20.2 9. )

~

El e e r a , s e m dúv i da , o m a i s pe s s i m i s t a , o m a i s m e l anc ó l i c o , o m a i s l e n t o ,

e t am bé m o m a i s t e i m os o dos após t o l o s . E l e não c r i a e m nada que não

pudesse ver . Era tão real i s ta que o lhava para a v ida, para o mundo e para o

s o f r i m e nt o a t é s e n t i r - s e pe s s i m i s t a , m a l - hum or ado . Cham á- l o de i nc r é du l o

a i n d a n ã o é t u d o . T e i m o s o c o m o u m a m u l a , s er ia u m a c o m p a r a ç ã o

m e l h o r : o b s t i n a d o , e m p a c a d o , z a n g a d o , l e n t o .

Por que será que e le era apóstolo de Jesus? Por que será que Cris to o

e s c o l he u par a d i s c í pu l o? Não t e m os out r a e xp l i c aç ão , a não s e r a de que



ii ii ( asa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o

Um tle todos os homens ( Ec 7 .1 ,2 ) . Q ua l é e n t ã o o r e s u l t ado ? Vamos também

Min para morrermos com ele.

Enc ont r am os To m é n ovam e nt e no c e nác u l o . Je s us e s t á f a l and o aos •

d i s c í pu l o s . Es t e s O ouve m e m s i l ê nc i o .

Não se turbe o vosso coração: credes

. ai Deus. crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se

iiwint não fora. eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu

/

ii

/

c

vos preparar lugar, voltarei e

vos

receberei para mim mesmo, para que

niiile eu estou estejais vós também . E vós sabeis o caminho para onde eu vou.

•

l.. 1 4.1- 4.)

C o n t u d o , T o m é , o p e n s a d o r , o h o m e m m a l - h u m o r a d o , l e v a n t a u m a

|n igunta: Senhor, não "sabemos para onde vais: como saber o caminho? Ele

nrto se de i xa l evar ass im. E le quer saber com certez a, e faz uma per gun ta

IN in prática: "Aonde vai s? Como p o d e r e m o s s a b e r o c a m i n h o ? "

Je s us r e s ponde :

Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.

( J o J ^ f t , ) O n d e

. II vou? Par a o Pa i . Q ua l é o c am i nh o? Eu s ou o c am i nh o . Co m o

In ont r á - l o? Por m i m . To m é r e c e be u m ai s do que pe d i r a . Cr i s t o é o c am i nh o

| i iu . i Deus; a verdade es tá em Sua pessoa, Ele é a v ida que deve ser v iv ida.

De po i s , ve m os Tom é um a out r a ve z . É o dom i ngo de Pás c oa . Je s us

n ssurgira de entre os mortos e aparecer a a M aria . M ais tar de . Ele Se

i |nrsenta a todos os apóstolos , menos a doi s de les : Judas , que es tá morto , e

l um e que s e e nc ont r a aus e nt e . Por que e s t ar i a e l e aus e nt e ? Pr ovave l m e nt e

I »hque e r a s e ns í ve l e m e l anc ó l i c o e pe s s i m i s t a e e s t ava t ão abat i do que não

l i por t ava ne m ve r o s o f r i m e nt o de s e us am i gos . Por i s s o f e c har a - s e de nt r o

ili s i m e s m o , Pas s ou a v ive r c om aque l a f r us t r aç ão , de c e pc i ona do e

i l i i ludido. Ele es tava ausente quando Jesus apareceu.



sinal dos cravos... E l e s ó pe r m i t e um a c on d i ç ão , um a s ó , e De u s a t e nde s e u

pe d i do . De us pr e c i s a a t e nde r s ua c ond i ç ão .

Pas s a - s e um a s e m ana . O s out r os f a l am c om e l e t odos o s d i a s . E l e

cont inua se recusando a unir-se com e les , a orar com e les . Que terr íve l

ba t a l ha par a e s t e t e i m o s o To m é M as e l e va i à r e un i ão do do m i ngo s e gu i n t e ,

após m ui t a i ns i s t ê nc i a dos out r os .

E Je s us apar e c e . E l e Se s ubm e t e à t e i m os i a do c é t i c o . E l e Se hum i l ha

d i ant e do i nc r é du l o , do pe s s i m i s t a . E l e ve m c om as m e s m as pa l avr as de

Tom é — El e s abe o que Tom é d i s s e r a — e agor a o m e nc i ona: Põe ar/ui o teu

dedo e vê as minhas mãos: chega também a tua mão e põe-na no meu lado;

não sejas incrédulo, mas crente (v. 27).

Aqui l o f o i de m ai s par a Tom é . No m e s m o i ns t ant e e l e pas s a de

hos t i l i z ador par a a l i ado ; pár a de ne gar e c om e ç a a c onf e s s ar ; m uda de

incrédulo para crente . E vai a lém disso; e le ul trapassa todos os apóstolos ,

poi s cai de joe lhos e exc lama:

Senhor meu e Deus meu

(v. 28). Coube a este

c é t i c o m a l - hum or ado o pr i v i l é g i o de f az e r a m a i s

vibrante

de c l ar a ç ão de f é .

Ele não quis provar nada. Não colocou o dedo nas fer idas; não era

necessár io .

Após t odas a s dúv i das e t e m or e s , Tom é c he gava e m t e r r a f i r m e . Nada

agora é tão f i rme quanto a verdade da qual outrora duvidara. A tradição diz

que e le fo i pregar na índia , onde ve io a morrer como márt ir . É verdade: "Há

m ai s f é e m um a dúv i da hone s t a que e m m e t ade dos c r e dos ."

Je s us d i s s e a i nda um a out ra c o i s a a To m é , e a d i s s e par a nós t am bé m . Fo -

r am Su as ú l t i m as pa l avr as ao i nc r é d u l o que s e t or nar a c r e nt e . Porque me viste,

creste? Bem -aventurados os que não viram, e creram (Jo .20.29) . I s to s igni f i c a

que o s após t o l o s não l e vam vant age m a l gum a s obr e nós . Não t e m os bas e



I s ta me sm a f é , q u e é a m ão es t en d i d a d a a l m a h u m an a , vem d e fora e é d om

• lc Deu s . O h omem n ão a p rod u z em s i p róp r i o . É Deu s q u em a con ced e a

• I r . . O esp í r i to d o h omem en con tra o Deu s v i vo , reve l ad o em Cr i s to ,

o ' u n h ecen d o com ad mi ração i n f i n i ta o amor san to q u e o t em b u scad o d esd e

n l u n d açã o d o mu n d o, e q u e avan ça ao seu en con tro , e o h om em se ren d e a

. . ir amo r grand e e incan sáve l , sem re strições , sem reservas , ne m dúvid as ,

Mini com u ma at i tu d e d e l i b erad a , vee me n te e e t e rn a ."

Cr i s to res su sc i tou . E l e ap areceu aos ap ós to l os . Ap areceu a T omé

i i i iubém. Não há dúvida a respei to d isso. Há muitas evidências . A rel igião

i r .tá é fu n d am en ta d a n o sen h or i o d o Cr i s to res su sc i tad o . Ass i m sen d o ,

missa escolha é uma decisão de fé: "O ponto vi tal da nossa existência é a

r i i i n d e e sco l h a ."

2

É uma esco lha terrível , se for errad a. Se certa, não é

II n ível , ma s che ia de aleg ria.

O Fi lho de Deus, ressurreto — o Senhor vivo — está d iante de nós , de

maus e s t en d i d as , m os tran d o as f er i d as , e d i zen d o:

Põe aqui o teu dedo e vê as

mutlias mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas

iii. rédulo, mas crente. Bem-aventurados os que não viram, e creram. (Jo

•o 27.29.)

ü l ivro de Atos de Tomé, escri to durante o século II , registra a d ivisão

In i n u n d o . A cad a ap ó s to l o t er ia s i d o d ad a u ma p orção d a t erra , p ara n e l a

• w rcer seu m i n i s tér i o . T om é receb eu a í n d i a . T e i m oso com o sem p re , a

ia incíp io e le se recusou a ir . De pois teve u ma v isão, na qual se viu com o um

• a ravo q u e fora ven d i d o p ara u m merca d or i n d i an o . Com p reen d eu q u e

aquela era a vontade de Deus para sua vida, e foi para lá, obedecendo a

urdem

d o S en h or .



L I Ç Ã O 1 2

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/ / - A ^ ^ u a

l ê

O APOSTOLO PAULO

O Grande Apóstolo

Sou grato para com aquele qu e me fortaleceu, a Cristo

Jesus nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me

para o ministério, a mim qu e noutro tempo era blasfemo e

perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na

ignorância, na incredulidade... Cristo Jesus veio ao mund o

para salvar os pecadores dos quais eu sou o principal. (1 T m

Aq ui l o e ra s i m pl e s m e nt e o m a i or abs ur do r e l i g i o s o que e l e j á ouv i r a . E l e

não c ons e gu i a e n t e nde r c om o é que um a pe s s oa de m e nt e s ã ac r e d i t ava

naq ui lo . Aq uela hi s tór ia era incr íve l , r idícula .

E l e não e r a ne nhum t o l o . Já ouv i r a f a l ar m ui t o de s s as f ant as i a s

r e l i g i o s as . E l e e r a m e s m o um e s t ud i os o do a s s unt o , e s e de d i c ar a m ui t o a

1 .12 ,13 ,15 . )



Q uando a f i na l Se v i u e m d i f i c u l dade s , t e ve a pr e t e ns ão de pur i f i c ar o

i i m pl o . Aqui l o f o i de m ai s . Q ue d i r e i t o t i nha El e de f az e r a l gum a c o i s a a l i ?

i >ue aut or i dad e ? Log i c am e n t e , Ca i f á s t inha ag i d o ac e r t ad am e nt e ao e n t r e gá -

n

»

para ser morto . A cruci f i cação t inha s ido um cast igo terr íve l , mas , quem

I. .us pensava que era?

E agora essa conversa absurda sobre a ressurre ição de Jesus . Seus

disc ípulos es tavam dizendo que Jesus ressurgira de entre os mortos . Eles

de vi am e st ar l ouc os Re s s u r r e i ç ão? Er a m ai s um c onc e i t o da m i t o l og i a gr e ga ,

miiiu crenç a inspira da p elos miste r ioso s cul tos a Is is ou Mitra , ou qu an do

l i m i t o um e ve nt o do f i m dos t e m pos . Re c e nt e m e nt e , i s t o t i nha- s e t or nado

um

doutr ina ace i ta entre os far i seus , mas a se real i zar nos f ins dos tempos .

Je s us r e s s us c i t ar a? Aque l e s i gnor ant e s pe s c ador e s da G a l i l é i a t i nham de

>

i s i l e nc i ados . E l e s não s ab i am do que e s t avam f a l an do . A qui l o n ão pas s ava

i ' pur a s upe r s t i ç ão . Um s onho s upe r s t i c i o s o . Com o pode r i am a f i r m ar que

li M IS e r a o M e s s i a s ? Q ue b l a s f ê m i a

Com o um f i l ho be m e duc ado , um hom e m e nt e nd i do e m l e i s , um j ude u

li voto e líder da se i ta dos far i se us , e l e , Pau lo , t in ha jur ado exte rm inar es ta

l i e ies ia . Ele não podia to lerá- la . E o Deus de Israe l , o verdadeiro Deus , o

i

'<

ii s v ivo, f icaria fe l i z com Seu s obreiros dedic ad os . Qu e melh or m eio p odia

i i i iwr de se passar a v ida do que lutar contra a heres ia e destruir os herét icos?

Um daque l e s pobr e s c r e nt e s i l ud i dos a t é f or a ape dr e j ado , e e l e , Pau l o ,

n i i vc r á l á . E l e t e s t e m unh ar a t udo . A que l e hom e m t e nt ar a pr e gar , t e n t ar a

- i i iar a e les . os far i seus , a hi s tór ia dos judeus . Ele se atrevera até mesmo a

H usá- los:

Hom ens de dura cerviz e incireuncisos de coração e de ouvidos,

vós

ii inpre resistis ao Espirito Santo, assim como fizeram vossos pais, também

1É| o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não perseguiram ? Eles mataram os



pe r m i t i r a m e nt i r a? El e s ab i a que o s pr ópr i os pr o f e t as do Ant i go Te s t am e nt o

c onde navam os f a l s o s pr o f e t as .

M a s , e s e Jes us fo s s e m e s m o o M e s s i a s ? E s e E l e f o s s e o L i be r t ador ? E

f or a r e j e i t ado , c om o d i s s e r a aque l e s i m pl ór i o — c om o e r a m e s m o o s e u

nom e ? — Ah Es t ê vão . E s e Je s us t i ve s se r e s s us c i t ado de ve r dade ? H av i a

r e a l m e nt e um a pr o f e c i a que d i z i a : Pois não deixarás a minha alma na morte,

nem permitirás que o teu Santo veja corrupção (SI 16 .10) . Nã o Aq ui lo não

devia se apl icar a Jesus . Estava bem c laro que o negócio todo era uma enorme

f r aude .

De r e pe nt e , be m ac i m a de s ua c abe ç a , s ur g i u um c l ar ão br i l hant e , c om o

a luz do sol ao meio-dia . Era ainda mais br i lhante que o sol . Que ser ia

aqu i l o? Um a v i s ão? El e c a i u ao c hão . A l uz e r a o f us c ant e , c e gava - o e e l e não

c ons e gu i a e nxe r gar nada .

Saulo. Saulo. porque m e persegues?

Um a voz Um a voz o c ham ava pe l o nom e .

Quem és tu. Senhor?

Ele mal conseguia fa lar .

Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te. e entra n a cidade,

onde te dirão o que te convém fazer. (At 9 .4-6 . )

A v i s ão t e r m i nar a . Tão s ub i t am e nt e quant o s ur g i r a , e l a s e de s vane c e u .

"Voc ê s ouv i r am i s t o?" pe r gunt ou Pau l o aos s e us c om panhe i r os de

v i age m .

" O u v i m o s o q u ê ? "

" A q u e l a V o z . V o c ê s o u v i r a m a q u e l a V o z ? "

"Não . m as v i m os a l uz ."

" E n ã o o u v i r a m n a d a ? "



T r ê s d i a s d e p o i s , u m c e r t o j u d e u q u e e ra m u i t o c o n c e i t u a d o n a

c o m u n i d a d e , e t a m b é m e r a c r e n t e e m J e s u s , b a t e u à p o r t a . L e v a d o d i a n t e d e

1'aulo , disse- lhe: Saulo... o Senhor me enviou... para q ue recuperes a vista. E

Irto rep ent i na me nt e qu an t o sua v i são s e f ora , e l a l he vo l t ou . P i s co u a l g um as

v i ve s para cer t i f i car - se .

O Deus de nossos pais de antemão te escolheu para conh eceres a sua

vontade, ver o Justo e ouvir uma voz da sua própria boca, p orque terás de ser

U

testemunha diante de todos os homens, das cousas qu e tendes visto e

nvido. E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava

Iru.i pecados, invocando o nome dele. ( At 22 . 14 - 16 . )

B a t i z a d o ? B a t i z a d o p e l o s s e g u i d o r e s d e J e s u s ?

N o s á b a d o s e g u i n t e , s e n t i u v o n t a d e d e i r à s i n a g o g a . A l i t e v e q u e

• n l r en t a r o g r u p o d o s j u d e u s d a c o m u n i d a d e . E l e , o f a r i s eu d e J e r u s a l é m ,

q ue h a v i a s i d o e n v i a d o a D a m a s c o c o m o o b j e t i v o e x p r e s s o d e e x t e r m i n a r

n | i i e l a heres i a a r e spe i t o de Je sus , f a l ou de t udo que l he acont ecera na

• . l i ada de Da m as co . E l e con t ou t ud o , f a l ou de sua conver sa com o Senho r , e

• k - c larou que Je sus era o Sen hor re s susc i t ado , o M ess i a s . As Escr i t u ras

l i / i am: Nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. E l e m e s m o d u v i d a r a

l i s s o , m a s era v e r d a d e .

E l e s e s t avam espant ados , a t urd i dos . Mai s t arde , e l e vo l t ou a reun i r - s e

VUni e l e s . Fo i a t oda s a s s i na gog as . M as o s ou t ros n ão go s t ar am da qu i l o .

I u . ir a m t ã o ir a d o s c o m P a u l o , q u e d e c i d i r a m m a t á - l o . Q u a n d o o s c r e n t e s

' l . f scobrirani i s to , ajudaram Paulo a fugir .

Tudo f ora t ão repent i no , que Pau l o t eve que i r para um deser t o a f i m de

medi t ar . O que rea l ment e acont ecera? O que s erá que e s t a v i são f ar i a de sua

n l . i agora? Qua l s er i a o s eu obj e t i vo da l i por d i ant e? Tudo mudara . Tudo



m e i o m e l hor , c om o o que Abr aão de s c obr i u . Pe l a f é ? H abac uque d i s s e r a

i sso . O justo viverá pela fé ( G n 3 .11 bas e ado e m H c 2 .4 ) . Ent ão é evidente que

pela lei ninguém é justificado diante de Deus. po rque o justo viverá pela fé...

a lei não procede de fé... C risto nos resgatou da maldição da lei. fazendo-se

ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo

aquele que Jbr pendurado em madeiro. Porque se fosse promulgada uma lei

que pudesse dar vida. a justiça, na verdade, seria procedente da lei... a lei nos

serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados

por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. (Gn

3 .11 ,12 ,13 ,21 ,24 ,25 . ) Em Cr i s t o , a obs e r vânc i a da l e i c om o f i m de s e obt e r

just iça própria tem um f im.

Agora, então, esquecendo as coi sas que f i cavam para trás , e l e t inha que

s e gu i r e m f r e nt e , c om novos obj e t i vos . Na e s t r ada de Dam as c o , e l e f or a

ve nc i do por Je s us . Nunc a m ai s vo l t ar i a a t r ás . De i xou a Ar áb i a , no Es p í r i t o , e

f o i par a Je r us a l é m ao e nc ont r o dos após t o l o s de Cr i s t o . H av i a r e c o l h i do t odas

as informações poss íve i s sobre a v ida de Jesus , Sua morte e ressurre ição.

De p o i s d i s t o e l e s e v i u l anç a do be m no m e i o do m ov i m e nt o . Ant i oq u i a ,

Chi pr e , L i s t r a , De r be , Éf e s o , Tr oas , F i l i pos , Te s s a l ôn i c a , At e nas , Cor i n t o ,

de po i s Je r us a l é m nova m e nt e , e de p o i s Rom a . Jude us , gr e gos , r om a nos ,

bár bar os , e s c r avos e l i vr e s , t odos s e n t i r am o i m pac t o da obr a de s t e hom e m

de De us .

A h i s t ór i a da i gr e j a pr i m i t i va é e m oc i onant e . Fa l a s obr e Pau l o e o s

out r os após t o l o s , t odos ope r ando um a r e v i r avo l t a no m undo . Nunc a m ai s o

m undo s e r i a o m e s m o . Se o l har m os par a t r ás e c ont e m pl ar m os a r e vo l uç ão

que houve naque l e pr i m e i r o s é c u l o , c om pr e e nde r e m os que e s t á m a i s do que



ncei tavapi ou reje i tavam a Cris to . O Senhor ou era um Caminho de salvação,

ou um a pe dr a de t r ope ç o . Todos f i c avam s abe ndo que Pau l o e s t i ve r a l á , e

pouc os e r am os que pe r m ane c i am i nd i f e r e nt e s . Se não e r am Se us ar dor os os

i i de pt os , e r am i n i m i gos ac i r r ados . Não hav i a m e i o - t e r m o; e r a s om e nt e s i m ou

não . Da i o s ape dr e j am e nt os , a s c h i c o t adas , e o s a t aque s c ons t ant e s . E l e

t am bé m v i r ou o m undo de c abe ç a par a ba i xo . A m e ns age m que e l e pr e gava

trouxe conf l i to entre a Palavra de Deus e a v ida exter ior do homem.

Ent r e t ant o , s e r á que e l e r e a l m e nt e v i r ou o m undo de c abe ç a par a ba i xo?

Não s e r ia m e l hor d i z e r que e l e c o l oc ou o m u nd o na pos i ç ã o c or r e t a? N ão é

ve r dade que e s t e m undo c a í do e s t ava d i s t ant e de De us ? Não é ve r dade que

• lc já es tava de p erna s para o ar? N ão ser ia m ais c erto dize r que e le v irou o

m undo de c abe ç a par a c i m a?

Es t a pe r gunt a é par a nós t am bé m . Nos s a v i da e s t á de c abe ç a par a ba i xo

uu para c ima? Quais são os nossos valores , nossas idé ias e nossos objet ivos? E

a l gué m s e apr ox i m as s e de voc ê d i z e ndo- l he par a m udar de v i da , par a s e

i i trepender , para de ixar de mostrar sua just iça própria , e ace i tar o dom

di v i no da v i da . voc ê não r e ag i r i a v i o l e n t am e nt e ? Se nos s o m undo e s t á de

pernas para o ar , Cri s to tem que vir e acertá- lo . I s to é uma revolução. O

m e s m o que ac ont e c e u no s é c u l o I , de ve ac ont e c e r no s é c u l o XX.

Não é de s e adm i r ar , po i s , que e l e t e nha pas s ado s e us ú l t i m os d i a s de

i i i , i na pr i são e tenha sofr ido morte de márt ir em Roma. E durante todo o

tempo, e le se manteve ot imista , a legre , f i e l e de bom ânimo. Ele não se de ixou

venc er pe l o de s e s pe r o , e i n t i t u l ou- s e a s i m e s m o ve nc e dor . Co m o ? E l e e s t ava

pns s ando por um pe r í odo de t r e vas , m as c ont e m pl ava a l uz . E l e c onhe c i a

m i ns f r aque z as pe s s oa i s , e nquant o a v i da e t e r na f l u í a e m s e u c or aç ão .

Levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida



são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós. A ardente

expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.

Se Deus é por nós quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu

próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará

graciosamente com ele todas as cousas?

Quem nos separará do amor de Cristo? Será trihulação. ou angústia, ou

perseguição, ou fome. ou nudez, ou perigo, ou espada? Porque eu estou bem

certo de que nem morte, nem vida. nem anjos, nem principados, nem cousas

do presente, nem do por\'ir. nem poderes. nem altura, nem profundidade,

nem qualquer outra criatura poderá, separar-nos do amor de Deus. que está

em Cristo Jesus nosso Senhor.

( 2 T m 4 . 6 - 8 ; R m 8 . 1 8 , 1 9 , 3 1 , 3 2 , 3 5 , 3 8 , 3 9 . )

A P Ó S T O L O E D I S C Í P U L O

Discípu lo é o que aprende

Apóstolo é o que é enviado

O d i s c í p u l o r e c e b e a m e n s a g e m

O a p ó s t o l o t r a n s m i t e a m e n s a g e m

Há mui tos d i scípu los

H o u v e a p e n a s d o z e a p ó s t o l o s

Há mui tos a lunos

H á p o u c a s t e s t e m u n h a s

Temos que saber antes de poder d izer

P r e c i s a m o s c o n t a r o q u e s a b e m o s

Aprender é a base da v ida

U m a v i d a t r a n s f o r m a d a é o r e s u l t a d o d o a p r e n d i z a d o

Jesus preci sa de d i scípu los antes que possa ter "apóstolos"

Ele quer tornar em "apóstolos" todos os seus d i scípu los

" A s s i m c o m o o P a i m e e n v i o u e u t a m b é m v o s e n v i o . "

1

' J o ã o 2 0 .2 1

66

13 homens que mudaram o mundo

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