1. estrutura e teologia da sacrosanctum concilium

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Estrutura e teologia da Sacrosanctum Concilium - elementos para sua compreensão e estudo - apontamentos para reflexão com os participantes da I Semana de Liturgia de Cajazeiras Pe. Marcelino Sivinski

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Page 1: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Estrutura e teologia da Sacrosanctum Concilium -

elementos para sua compreensão e estudo

- apontamentos para reflexão com os participantes da I Semana de Liturgia

de CajazeirasPe. Marcelino Sivinski

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Sacrosanctum Concilium: estrutura e teologia

• A SC não são só palavras, ideias, resumo de uma parte do Vaticano II, síntese das reflexões dos bispos ou simples orientações para a liturgia

• Fala de quem é o nosso Deus e do que nós somos chamados a ser a viver com Ele

• A SC descreve e medita sobre a estrutura teológica do nosso relacionamento, encontro, amizade e comunhão com Deus, expresso, vivido e celebrado na ação íntima e sagrada que é a SANTA LITURGIA.

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A SC é tesouro da nossa fé

• Fala do Deus em quem acreditamos, revelado e mostrado na pessoa humana e amiga do seu Filho, enviada ao mundo para ser nosso irmão solidário (pão da vida) que reparte e ensina a partilhar o pão que dá e gera vida.

• As páginas da SC falam da nossa identidade como pessoas da família de Jesus.

• O texto registra aquilo que somos e queremos ser em Deus e com Deus na história.

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A SC é um código ou “segredo”

• Não é um texto de simples leitura e estudo, mas alegria, meditação, recordação, memória, oração, revigoramento e inspiração,

• Não pode ser tratado de qualquer jeito e em qualquer ambiente pois fala dos “nossos santos segredos com Deus”

• Merece ser guardado com respeito e mostrado como nosso DNA cristão, nossa carteira de identidade.

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A SC diz que a Igreja tem uma “LITURGIA”

• Não é a liturgia da Igreja mas descreve um pouco essa liturgia e fala do que ela significa para Deus, para a Igreja, para nós e para a humanidade.

• TOCAR na SC ou falar da SC é refletir ou mexer com aquilo que conta, que é decisivo, que dá sentido para a vida e para o amor.

• Na verdade, falar da SC é falar de nós mesmos, é deliciar-se com aquilo que constitui o ser e o existir da Igreja, a família de Jesus ou a casa de Jesus.

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• 50 ANOS DA SACROSANCTUM CONCILIUM

• Um jubileu. 50 anos de caminhada.• Muitas coisas a serem avaliadas.• No coração da Igreja: Hino de ação de graças• Tempo de retomada e aprofundamento• Volta às fontes. Onde estão as fontes?• Como chegar-se a elas?• E pergunta permanece: o que é LITURGIA? Como se faz liturgia?

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O que buscamos:

• Que visão de liturgia nos apresenta a SC?• O que se celebra na santa liturgia?• Quem celebra a liturgia?• O que de novo e transformador traz para a Igreja

e para a humanidade a celebração litúrgica?• Fazer uma avaliação entre a liturgia sonhada e

querida pelos padres do Vaticano II e a liturgia que temos hoje ou a liturgia que celebramos nas comunidades.

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Sabemos que desde o início do século XXalimentava-se na Igreja o visível desejo de reforma (renovação teológica, espiritual e pastoral) no campo da Liturgia. Ela estava sofrendo o danoso fixismo erubricismo de quatro séculos tridentinos, somados à forte influência das tendências do IIº milênio, com seus acentuados

“deslocamentos de eixo”.

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O Concílio de Trento• No dia 4 de dezembro de 1563, encerrava-se o

XIX Concílio Ecumênico. Marcou a liturgia da Igreja nos ritos e nas devoções populares, tendo no seu contexto o movimento e a reforma protestante.

• Após, por ordem do papa, foram elaborados o novo Breviário Romano (1568), o Missal Romano (1570) e o Pontifical Romano (1588) que estruturaram e unificaram a liturgia da Igreja.

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Dom Boaventura Kloppenburg:

• Tal unificação significou de fato uniformização rigorosamente prescrita, gravemente imposta e zelosamente vigiada, até nas mínimas particularidades das cerimônias mais insignificantes.

• Isso criou uma maneira de ver e entender a liturgia. Criou-se uma mentalidade. Ou talvez uma cultura litúrgica na Igreja Católica.

(in REB, fasc. 251, julho 2003, Vozes, Petrópolis, p. 582-83).

Page 11: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Por que Kloppenburg diz isso:

• O campo em que se sentia mais a necessidade da renovação era o da liturgia. A liturgia tinha sido considerada nos últimos séculos como conjunto de cerimônias e ritos, que se compreendiam até nos menores detalhes como leis imutáveis e universais para toda a Igreja.

• Este conceito de liturgia tinha sido questionado desde o início do século 20 pelo movimento litúrgico.

• Seus promotores chegaram a uma compreensão teológica e não mais rubricista e juridiscista da liturgia, que Pio XII sancionou em sua encíclica “Mediator Dei” sobre a liturgia.

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Pio XII na Mediator Dei diz:

... “da verdadeira e genuína noção da sagrada liturgia se afastam totalmente aqueles que a entendem como a parte externa e sensível do culto divino, e não se afastam menos aqueles que a consideram como a soma de leis e prescrições, dos quais a hierarquia manda estabelecer e ordenar os sacros ritos... a liturgia não é algo meramente externo ou uma decoração estética, nem uma mera coleção de rubricas”.

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Definição de Liturgia de Pio XII

“O culto público que o nosso Redentor, cabeça da Igreja,presta ao Pai celeste, e que a comunidade dos fiéis presta ao seu fundador e através dele ao Pai”.

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Há uma evolução na compreensão e na participação

• O último meio século trouxe mudanças nas relações entre o ministro e a assembleia.

• Essa mudança influenciou a compreensão das relações entre o sagrado e o profano e mesmo entre Igreja e o mundo. Antes da reforma, a distância entre o ministro e o povo era claramente marcada.

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O Vaticano II, o Concílio inesperado

• Quando, em 25 de janeiro de 1959, três meses após sua eleição, o “bom Papa” João XXIII anunciou, na Basílica de São Paulo fora dos muros, que iria convocar um “Concílio geral para a Igreja universal”, a surpresa foi absoluta.

• O papa, usando de seu poder, não havia falado sobre isso com ninguém, ou com quase ninguém...

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Papa João XXIII

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Papa ousou...

• Ninguém lhe impôs essa ideia. • A essa altura dos acontecimentos, o Papa

Roncalli se contentou em evocar apenas objetivos gerais:

• a renovação interior da Igreja, • a intensificação de seu testemunho no mundo• e sua vontade de diálogo com as outras

confissões cristãs.

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E no dia 11 de outubro de 1962

• Gente de todo o mundo acorreu à Basílica de São Pedro. Data histórica e memorável.

• Nunca a Igreja católica tinha tantos bispos e nunca tinham sido vistos juntos: 2.251, vindos de 136 países. Certamente, os europeus eram a maioria (835, dos quais 385 eram italianos e 122 franceses).

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João XXIII Convocou o Concílio Vaticano II

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No dia 11 de outubro: América presente

• Mas a América Latina veio com força (517, dos quais 171 brasileiros), seguida pela América do Norte (273, 196 dos quais eram dos Estados Unidos),

• pela Ásia (290), pela África (273) e pela Oceania (63).

Page 22: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Um Pentecostes• “Esses bispos de todas as raças, de todas

as cores que acorrem para Roma anunciam que os tempos da conquista e da dominação acabaram e que nós nos tornamos irmãos em todos os lugares onde nos encontramos”.

• Esse pentecostes embasa o Concílio, resgata a cidadania dos cristãos na Igreja e dita as palavras da SC

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Concílio e os “sinais dos tempos”

Mas, sobretudo – e essa é uma grande inovação em relação ao Concílio anterior, o Vaticano I –, 17 Igrejas cristãs não católicas marcam presença na Basílica São Pedro nesse 11 de outubro, como observadores – algo inédito e bem vindo. A última sessão, em 1965, reunirá 29 Igrejas. De fato “no primeiro dia os bispos eram todos estranhos uns para os outros”.

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• O Concílio introduziu uma linguagem nova. Termos como carisma, diálogo, colaboração, amizade etc. revelam um estilo diferente nas relações humanas e de poder e exigem mudança no pensamento, na palavra, nas atitudes e nos comportamentos. O Vaticano II, antes de tudo, propôs um modelo novo de relações dentro da Igreja.

• Um jeito de ser Igreja e construir o Reino

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II: A CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM

Page 27: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II: A CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM

O ESPIRITO DOS TRABALHOS

• O trabalho inicial durou 4 meses e passou por três revisões integrais. Tudo num clima de grande liberdade, revestido de alegria na força da esperança cristã

O TRABALHO EM EQUIPE

• Talvez não se tenha avaliado o suficiente que o trabalho da construção da SC se deu num mutirão, com a colaboração de muita gente, numa ação em equipe e com a equipe.

Page 28: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Uma primeira síntese ou aproximação de Ideias

• Para ajudar aos que não estão muito acostumados a manusear a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, apresento em gráficos uma visão global visando uma leitura teológica.

• Aliás é o que se me pede nessa reflexão.

Page 29: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

SUMÁRIO

01......04 Proêmio

05......46 Capítulo I – Os princípios gerais da reforma e do Incremento da Liturgia47.......58 Capítulo II – O Sacrossanto Mistério da Eucaristia59.......82 Capítulo III – Os demais sacramentos e sacramentais83.....101 Capítulo IV – O Ofício Divino102...111 Capítulo V – O Ano Litúrgico112...121 Capítulo VI – A Música Litúrgica122...130 Capítulo VII – A Arte Sacra e as Sagradas Alfaias

Apêndice

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IntroduçãoCom a Constituição sobre a Sagrada Liturgia (SC), o Concílio Vaticano II quis responder à necessidade da reforma da Liturgia romana. Consciente de que não poderia realizar tudo que tal reforma iria exigir, apenas orientou para ela e estabeleceu princípios gerais no primeiro capítulo; nos demais seguem orientações para as diferentes celebrações e dimensões da liturgia.

Page 31: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Estabeleceu: Que Liturgia queremos? Depois de definida a natureza da liturgia, indicou o seu lugar no conjunto da vida da Igreja e dos fiéis. Concluiu que todos os batizados têm direito e o dever de participar ativa, consciente e plenamente das ações litúrgicas; mas isso não seria possível sem formação litúrgica dos leigos e do clero.

Page 32: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

O Concílio visava não apenas uma reforma externa dos ritos litúrgicos, mas uma nova compreensão da Liturgia, uma nova mentalidade litúrgica, uma renovação também interna, espiritual da celebração e da Igreja.Logo uma nova compreensão, uma nova teologia e uma redefinição dos sujeitos da ação litúrgica.

Page 33: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Proêmio

Page 34: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

O Sacrossanto Concílio propõe:

Fomentar sempre mais a vida cristã

entre fieis

Acomodar melhor as necessidades de

nossa época as instituições que são

suscetíveis de mudanças.

Favorecer tudo o que possa contribuir

para a união dos que creem em

Cristo

Promover tudo o que conduza ao

chamado de todos ao seio da Igreja

Por isto: Julga ser o seu dever cuidar de modo

especial da reforma e do incremento da liturgia.

Nº 01

Page 35: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Nº 02 – Torna explícitas as motivações expressas no nº 01. Vejamos a versão da edição popular

Nº 03 – Há certos princípios e normas que podem e devem aplicar-se tanto ao rito romano quanto a todos os demais ritos. As normas práticas aqui mencionadas devem ser entendidas somente como referência ao rito romano, a não ser que se trate de assuntos que por sua própria natureza afetam, também, os outros ritos.

Page 36: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Nº 04 – A Santa Mãe Igreja considera todos os ritos legitimamente reconhecidos com igual direito e honra, os quer defender e favorecer, desejando que, onde for necessário, sejam cuidadosa e integralmente revistos, conforme o espírito da sã doutrina e se lhes dê novo vigor em vista das atuais condições e necessidades.

Page 37: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo I

Os princípios gerais da reforma e do incremento da liturgia

1ª Parte: nº 05 a 13

Page 38: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

5. A obra da salvação realizada por Cristo

7. A presença de Cristo na liturgia

6. É continuada pela Igreja e se realiza na

liturgia

8. Dimensão escatológica da liturgia terrena

9. Presença da liturgia nas

atividades da Igreja

10 e 11. Liturgia, cume e fonte da

vida da Igreja

12 e 13. Validez de outros exercícios piedosos

Natureza da Liturgia

Importância da Liturgia na vida da Igreja

Page 39: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo I

Necessidade de promover a educação litúrgica e a ativa participação

2ª Parte: nº 14 a 20

Page 40: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Necessidade de promover a educação litúrgica e a participação ativa

14. Objetivo da reforma e incremento da Sagrada liturgia:

Participação plena, consciente e ativa de todo o povo nas celebrações litúrgicas

15. Formação de Mestres em

Sagrada liturgia

16 a 18. Formação

litúrgica do clero

19 e 20. Formação dos fieis. Discrição

e decoro no uso do rádio e

da TV

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Capítulo I

Reforma da Sagrada Liturgia

3ª Parte: nº 21 a 40

Page 42: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

A) Normas Gerais

Reforma da Sagrada Liturgia

23. Conserve-se a Tradição e admite-se o legítimo progresso

22. Cabe a hierarquia regulamentar a Sagrada Liturgia

24. Necessidade de promover o amor pela Sagrada Liturgia

21. Preâmbulo, objetivos, critérios.

SC versão popular p.34

25. Urgência na revisão dos livros da Liturgia

Page 43: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

B) Normas tiradas da índole da liturgia

como ação hierárquica e comunitária

27. Preferência da celebração comunitária

26. As ações litúrgicas são celebrações da Igreja, povo santo, unido e organizado mas

diversificado em suas funções.

28 Caráter sinfônico das celebrações (cada qual só faz aquilo que lhe compete.

29. Ministérios litúrgicos cuja função exige piedade e ordem da parte de auxiliares

bem instruídos.

30 e 31. Promover a participação ativa dos fieis, de antemão preparada.

32. Na liturgia não haja nenhuma acepção de pessoas ou classes sociais.

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C) Normas litúrgicas da

índole didática e pastoral

33. ...........Preâmbulo – ver edição popular

34. Os ritos devem ser simples, breves e claros

35. Abundantes, variadas e apropriadas leituras bíblicas. Importância da homilia e da catequese mais diretamente litúrgica.

Incentivar a celebração sagrada da Palavra de Deus

36. Autorizado o uso de línguas vernáculas

Page 45: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

D) Normas para conseguir a adaptação à

mentalidade e tradições do

povo

37. Cultivo e desenvolvimento dos valores e dotes de espírito das várias nações e povos,

quando não contrários a fé.

38 e 39. Admite-se adaptação às necessidades dos lugares desde que não

firam a unidade substancial do rito romano, com autorização da competente autoridade

territorial eclesiástica.

40. Quanto à urgência de adaptações mais profundas, cabe à autoridade territorial eclesiástica permitir, sob controle da Sé

Apostólica e contando com homens peritos na matéria em questão.

Page 46: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo I

O incremento da vida litúrgica na diocese e na paróquia

4ª Parte: nº 41 e 42

Page 47: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Incremento da vida litúrgica

Na Diocese Na Paróquia

41. Todos, particularmente na Catedral, deem importância à vida litúrgica da diocese em

redor dos bispos, para a plena e ativa participação de todo povo de Deus nas mesmas

celebrações litúrgicas, especialmente na liturgia

42. A paróquia é a comunidade de fieis, presidida por um pastor local que faz as

vezes do Bispo, mantendo vivo o mútuo relacionamento.

Page 48: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo I

A promoção da ação pastoral litúrgica

5ª Parte: nº 43 a 46

Page 49: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

43. Promoção e reforma litúrgica: passagem do Espírito Santo em sua Igreja.

Como resposta, para promover ainda mais a ação pastoral litúrgica, o Sagrado concílio

decreta:

44. Criação de comissões litúrgicas

nacionais

Para organizar a

pastoral litúrgica

45. Criação de comissões litúrgicas diocesanas e outras

Para promover a ação litúr-gica sob a orientação do bispo

Música Sacra e Arte

Sacra

Promover estudos e

experiências quanto às

adaptações

Page 50: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo II

O sacrosanto mistério da Eucaristia

nº 47 a 58

Page 51: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

47. FUNDAMENTO DOUTRINAL

50. Reforma do ordinário da Missa

48. EXIGE PARTICIPAÇÃO CONSCIENTE, PIEDOSA E ATIVA

49. PARA OBTER ISTO O CONCÍLIO DECRETA:

51. Maior riqueza bíblica do Missal

52. A homilia não deve ser omitida nos domingos e dias de guarda com

assistência de povo

53. A oração dos fieis com a participação do povo

54. Permitindo o uso da línguas vernáculas

55. Recomenda-se a participação dos fieis na comunhão. Permitindo comungar nas duas espécies.

Para facilitar a participação

Simplificação dos ritos

Supressão dos excessos inúteis/repetições

Reestabelecendo alguns ritos em desuso

56. Exorta-se os pastores a instruírem os fieis sobre a participação em toda a missa.

57. Ampliada a faculdade de concelebração

58. Elaborem-se novos ritos

Page 52: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo III

Os demais sacramentos e sacramentais

nº 59 a 82

Page 53: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

59. Natureza dos Sacramentos

60. Natureza dos Sacramentais

61. Valor Pastoral de sua liturgia e seu relacionamento com o mistério Pascal

62. Os motivos da reforma dos ritos e o que se deve ter em conta para sua revisão

PRINCÍPIOS DOUTRINAIS

63. Uso da língua vernácula

Pode ser usada na administração dos sacramentos e dos sacramentais

À autoridade eclesiástica compete preparar os Rituais Particulares acomodados às necessidades da

línguacontinua...

Page 54: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

64 e 65. Restaurado o catecumenato de adultos. Nas missões, pode-se admitir elementos acomodados ao rito cristão.

66 a 70. Reforma dos

Ritos Batismais

Batismo de crianças com maior participação dos pais e padrinhos

Batismo de adultos

Adaptações segundo os casos: numerosos batizados, nas missões, em perigo de morte se

não houver sacerdote ou diácono

Para o rito breve e os batizados validamente e convertidos à doutrina católica.

Possibilidade de benzer a água batismal fora do Tempo Pascal

continua...

Page 55: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

71. Reforma do Rito da Confirmação

72. Reforma do Rito da Penitência

73 a 75. Explicação sobre o sacramento da Unção dos Enfermos. Reforma do Rito.

76. Revisão do Rito da Ordenação

77 e 78. Reforma do Rito do Matrimônio. Como celebrá-lo.

79. Reforma dos sacramentais, tendo-se em conta a norma fundamental: participação constante, ativa e fácil dos fieis.

continua...

Page 56: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

80. Revisão do Rito da Consagração das Virgens, incluído no Pontifical Romano

81. O Rito de Exéquias deve exprimir claramente a índole pascal da morte cristã

82. Revisão do Rito do enterro das crianças com missa própria

Page 57: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo IV

O Ofício Divino

nº 83 a 101

Page 58: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

MARCO DOUTRINAL

84. Oração de Cristo, com seu próprio corpo,

ao Pai

REFORMA DO OFÍCIO DIVINO

ÁREAS DA REFORMA

86. Valor pessoal do ofício divino

88. Motiva-se o curso tradicional das

horas

90. Como fonte da piedade e alimento da oração pessoal, requer instrução litúrgica e bíblica

83. Participação na função sacerdotal de

Cristo

85. Honra de quem exerce esta função

87. Objetivo e motivação

89. Restabelecer o curso tradicional das

horas

continua...

Page 59: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

92. Ordenação das Leituras

100. Recomendada a participação dos

fiéis101. Autorização da língua vernácula

REFORMA DO OFÍCIO DIVINO

ÁREAS DA REFORMA

98. Podem unir-se à oração pública da Igreja os institutos

religiosos

99. Valor comunitário da

oração

91. Salmos

93. Hinos

95. Obrigações das comunidades

do coro

MINISTROS DA ORAÇÃO OFICIAL

DA IGREJA E MODOS DE REZAR

96. Clérigos com ordens menores

97. As rubricas. Os Bispos podem dispensar parcial ou totalmente da

recitação do ofício

Page 60: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo V

O Ano Litúrgico

nº 102 a 111

Page 61: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

SENTIDO DO ANO LITÚRGICO

104. Celebração dos Mártires e Santos

105. O aperfeiçoa-mento dos fieis

108. Primazia das festas do Senhor

111. Sentido das festas dos Santos. Critérios Pastorais

102. Caráter central do mistério Pascal

103. Veneração da Virgem Maria

106. Valor do domingo, dia do Senhor, festa da

comunidade

107. Reforma do Ano Litúrgico

POR ISTO, O SACROSSANTO CONCÍLIO VEM DETERMINAR:

109 e 110. Particular relevo do Tempo

Pascal

Page 62: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo VI

A Música Sacra

nº 112 a 121

Page 63: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

112. Dignidade da Música Sacra

Expressa a oração, fomenta a

unanimidade, dá solenidade aos ritos

sagrados

Faz parte necessária ou integrante da

liturgia solene

A Sagrada Escritura, os Santos Padres e

os Romanos Pontífices a exaltam

Page 64: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

113 e 114. Primazia da Liturgia solene e importância da

participação ativa dos fiéis

118. Incentivar o canto popular religioso para promover maior

participação dos fieis

115. Formação musical nos seminários, noviciados, casas de

estudos, institutos e escolas católicas

116. Valor do canto gregoriano e da música polifônica

117. Completar a edição típica dos livros de canto gregoriano, preparar

edição mais crítica dos livros já editados

119. À tradição musical própria dos fieis sejam dados estima e lugar

conveniente nas celebrações

120. Grande consideração ao órgão de tubos e admissão de outros

instrumentos, de acordo com as condições estabelecidas

121. Os compositores devem cultivar a música sacra em benefício da

participação ativa dos fieis

POR ISTO, O SACROSSANTO CONCÍLIO DETERMINA:

Page 65: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Capítulo VII

A arte sacra e as sagradas alfaias

nº 122 a 130

Page 66: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

É a expressão mais alta do engenho humano

122. DIGNIDADE DA ARTE SACRA

Serve para orientar para Deus

Expressa de certo modo a beleza de Deus

Page 67: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

123. Aceitar diversas formas e estilos, contanto que manifestem reverência e

honra

127. Incutir nos artistas o espírito de Arte Sacra e da Sagrada Liturgia.

Instituição de Escolas ou Academias de Arte Sacra

124. Exclusão do que repugna a fé, a piedade cristã e ofendem o verdadeiro senso religioso. Construção de igrejas

funcionais para as celebrações e participação ativa dos fieis

125. Manter a prática de expor imagens nos templos, com moderação em

número e critério educativo

126. Para julgamento das obras de arte os bispos recorram à Comissão Dioce-

sana de Arte Sacra e eminentes peritos

128. Rever a legislação referente à Arte Sacra quanto aos templos, sacrários,

batistérios, imagens, decoração e ornamentação

129. Ensino da Arte Sacra e sua evolução aos clérigos, para que a

apreciem e conservem

130. Insígnias Pontifícias sejam reservadas aos Bispos e aos de alguma

jurisdição especial

POR ISTO, A IGREJA APRECIA E PROMOVE. EM CONSEQUÊNCIA, DETERMINA:

Page 68: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

A Constituição termina com um apêndice que indica, de acordo

com os irmãos separados, a fixação de um dia da páscoa e de

um calendário perpétuo

Page 69: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

Cap. I: A natureza da sagrada liturgia e sua importância na vida da Igreja.

• A liturgia celebra a salvação realizada por Cristo, sobretudo em seu misterio pascal; ela é entregue à Igreja para que torne participantes todos os humanos (n. 5-6).

• A liturgia é “o exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santificação do homem; e é exercido o culto público integral pelo Corpo místico de Cristo, Cabeça e membros” (n. 7).

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II: A CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM

Os conteúdos da SC

Page 70: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

• “A liturgia, porém, “não esgota toda a ação da Igreja”; antes, exige-se “a fé e a conversão”, a partir do anúncio da Palavra (n. 9); “todavia, a liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força” (n.10).

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II: A CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM

Os conteúdos da SC

Page 71: 1. Estrutura e Teologia Da Sacrosanctum Concilium

CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II: A CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM

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• Com o batismo, os fiéis são incorporados a Cristo-sacerdote, por isso eles têm o direito e o dever de participar das celebrações segundo seu papel próprio, “com conhecimento de causa”, de maneira “plena e ativa”.

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• É preciso, antes de tudo, prover a formação do clero; de fato, não poderá se realizar reforma alguma “se os próprios pastores de almas não estiverem profundamente imbuídos de espírito e da força da liturgia e dela se tornarem mestres” (n. 14).

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• A obra de reforma compete unicamente à autoridade da Igreja, papa e bispos; ninguém outro “tire ou mude por própria conta qualquer coisa à liturgia” (n. 22, 3).

• Uma insistência: “as ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é ‘sacramento da unidade’ (São Cipriano)” (n. 26);

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• A liturgia tem um caráter didático e pastoral. • Um princípio: “As cerimônias resplandeçam de

nobre simplicidade, sejam transparentes por sua brevidade e evitem as repetições inúteis, sejam acomodadas à compreensão dos fiéis e, em geral, não careçam de muitas explicações” (n. 34).

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• Restaurar a leitura da Sagrada Escritura “mais abundante, variada e apropriada” (35,1);

• a homilia (‘sermão’), “parte da ação litúrgica”, seja bem preparada (35,2);

• o Concílio debateu, de forma intensa, a respeito da língua litúrgica;

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• se adapte a liturgia “à mentalidade e às tradições dos povos”; o que não está ligado “a superstições e erros” e, ainda, “salva a unidade substancial do rito romano, dê-se lugar a legítimas variações e adaptações” (n. 37-38).

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• O I capítulo termina pedindo que dioceses e paróquias “deem a máxima importância à vida litúrgica”, façam florescer “o espírito de comunidade paroquial, mormente na celebração da missa dominical” (n. 41-42) e, por isso, sejam instituídas e funcionem as Comissões litúrgicas, de Música e Arte Sacra aos diferentes níveis (n. 44-46).

• De fato, a reforma da sagrada liturgia “é tida com razão como sinal dos desígnios de Deus sobre nossa época, como passagem do Espírito Santo em sua Igreja” (n. 43).

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Cap. IV: O Ofício divino• “É a voz da própria Esposa, que fala com o Esposo, ou melhor, é a

oração de Cristo, com Seu próprio Corpo, ao Pai”: “todo o curso do dia e da noite é consagrado pelo louvor de Deus” (n. 84);

• “oração pública da Igreja, fonte de piedade e alimento da oração pessoal”; por isso, todos adquirem “um conheci-mento litúrgico e bíblico mais amplo, principalmente dos Salmos” (n. 90);

• Laudes e Vésperas, sejam celebradas por todos os fiéis (cf. n. 89 a, 100) e, “na medida do possível, voltem as Horas à realidade do tempo” (n. 88) .

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Cap. V: O Ano litúrgico• “A Santa Mãe Igreja julga dever seu celebrar ... a obra

salvífica de seu divino Esposo... no dia que ela chamou de Domingo, comemora a Ressurreição do Senhor, celebrando-a uma vez também, na solenidade máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada Paixão. No decorrer do ano, revela todo o misterio de Cristo” (n. 102).

• Venera com especial amor a Bem-aventurada Mãe de Deus Maria” (n. 103) e, “no decorrer do ano a Igreja inseriu ainda as memórias dos Mártires e dos outros Santos” (n. 104).

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Cap. VI: A música sacra• “A tradição musical da Igreja inteira constitui um tesouro de

inestimável valor”; “o canto sacro... faz parte necessária ou integrante da liturgia solene” (n. 112);

• algumas exigências: sejam incentivadas as ‘Scholae cantorum’ (cf. n. 114);

• nos institutos de formação seja dada formação musical ;• “a música sacra será tanto mais santa quanto estiver ligada à ação

litúrgica” (n. 112);

• “os textos destinados aos cantos sacros sejam conformes à doutrina católica e sejam tirados principalmente da Sagrada Escritura e das fontes litúrgicas” (n. 121).

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Cap. VII: A Arte sacra• “A santa Mãe Igreja sempre foi amiga das belas-artes” (n. 122).

• Algumas orientações práticas: “A Igreja nunca considerou seu nenhum estilo de arte”, mas admite todo estilo ... tudo caracterizado de “nobre beleza” (n. 124).

• As imagens: “sejam expostas com moderação quanto ao número, com conveniência quanto à ordem, para que não causem admiração ao povo cristão nem favoreçam devoções menos corretas” (n. 125).

• Dar atenção e cuidar da formação dos artistas (n. 127);• os clérigos recebam adequada formação na arte sacra.

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• Finalidade da reforma: uma maior e melhor participação dos fiéis nas celebrações; a Constituição –em conjunto com os demais documentos conciliares – deu um sólido alicerce.

• Os princípios teológicos do documento conciliar vão “permanecer para sempre como um farol a iluminar a vida da Igreja, ainda depois que a reforma estiver encerrada e a participação ativa do povo for conseguida” (Pe. Vagaggini).

• A Constituição SC faz uma leitura profundamente teológica, considerando-a nas dimensões do mistério pascal de Cristo e dentro de uma perspectiva histórico – econômica. A visão teológica pós-conciliar recuperará a dimensão do sacerdócio de Cristo na vida dos cristãos.

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3. PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS E CRITÉRIOS HERMENÊUTICOS

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A liturgia é a vida da Igreja chamada a ser memorial do Mistério pascal

• “O admirável sacramento de toda a Igreja” (SC 5) “nasce do lado de Cristo dormindo na cruz”, qual fruto do dom que Cristo fez à sua Igreja entregando-se “livremente à sua paixão” (Prece Euc. II) para a salvação de todos: o mistério pascal de Cristo é a vida da Igreja!

• A liturgia seja sempre mais vida da Igreja e expresse em sua existência o memorial do mistério pascal de Cristo.

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PARA CONCLUIR

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Caridade e liturgia

• A caridade eclesial encontra, desse modo, sua origem e seu rumo. Só com a experiência do amor de Cristo o cristão tem a capacidade de orientar sua vida no seguimento de Jesus Cristo e testemunhar o amor que caracteriza os discípulos e as discípulas d’Ele.

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A liturgia é a vida dos cristãos.• “A liturgia é a primeira e necessária fonte, da

qual os fiéis haurem o espírito verdadeiramente cristão” (SC 14).

• A liturgia, na visão e nas palavras de SC é a primeira e a indispensável experiência de fé que todo cristão é chamado a viver para experimentar e compreender o autêntico espírito cristão.

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PARA CONCLUIR

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A liturgia é a vida dos cristãos.

• A liturgia: “fonte de água viva, límpida como cristal” (Ap 22,1) na qual nós encontramos a imagem de nossa vida cristã, do que somos chamados a sermos o que nos já somos em Cristo mediante os Sacramentos pascais.

• Na liturgia, nós nascemos para a fé e a alimentamos.