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CONVERSANDO SOBRE CONVERSANDO SOBRE

ECONOMIA SOLIDÁRIAECONOMIA SOLIDÁRIA

Vera SchmitzVera Schmitzverasc@unisinos.brverasc@unisinos.br

Escola de Formação Fé, Política e TrabalhoEscola de Formação Fé, Política e TrabalhoTema: Trabalho, Renda e Desenvolvimento SustentávelTema: Trabalho, Renda e Desenvolvimento Sustentável

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- Diminuição dos contratos de trabalho por tempo indeterminado;- ampliação do trabalho temporário;- trabalho autônomo;- subcontratação;- trabalho à domicílio;- feminização da força de trabalho.

Algumas transformações do Algumas transformações do mundo do trabalhomundo do trabalho

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- Desemprego;- precarização;- flexibilização do mercado de trabalho;- terceirizações;- falta de identidade;- relacionamento formal, falta de outros vínculos (confiança, lealdade, conhecimento institucional);- desregulamentação do processo produtivo, dos contextos e de toda a organização do trabalho.

Alguns impactos na sociedade e Alguns impactos na sociedade e nas organizaçõesnas organizações

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Iniciativas solidárias

- A economia solidária nasce como uma propostade inclusão social, como uma busca de alternativa coletiva de geração de trabalho e renda para o trabalhador e suas famílias.

- Reação ao desemprego estrutural e à exclusão (alternativa ao desemprego, complementação de renda, obtenção de maiores ganhos, acesso à crédito).

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“A economia solidária foi inventada por operários, nos primórdios do capitalismo industrial, como resposta à pobreza e ao desemprego resultantes da difusão “desregulamentada” das máquinas-ferramenta e do motor a vapor no início do século XIX” (SINGER, 2002, p. 83).

Surge no Brasil a partir dos anos 80, originadas de experiências ocorridas nos meios populares rurais e urbanos. Porém, é nos anos 90 que se generaliza e adquire maior espaço e reconhecimento.

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- Constituem-se sob forma de grupos informais, associações, cooperativas, empresas de autogestão;

- Combinam atividades econômicas e sociais, tais como ações educativas e culturais;

- Desenvolvem atividades econômicas nos setores da produção, distribuição, consumo, prestação de serviços, reciclagem, crédito, etc.

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“... compreendida como o conjunto de atividades e-conômicas – de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito – organizadas e realizadas so-lidariamente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma coletiva e autogestionária” (Atlas, 2005, p. 11).

“... as diversas modalidades de organização econô-mica, originadas da livre associação dos trabalha-dores, com base em princípios de autogestão, coo-peração, eficiência e viabilidade” (GAIGER, 2003, p. 135)

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“A Economia Solidária é uma prática regida pelos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano, tendo em vista um projeto de desenvolvimento sustentável global e coletivo. Também é entendida como uma estratégia de enfrentamento da exclusão social e da precarização do trabalho, sustentada em formas coletivas, justas e solidárias de geração de trabalho e renda” (SENAES)

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“... a economia solidária é uma forma da economia que se desenvolve através de empreendimentos autogestionados, uma forma coletiva e participativa em que os próprios trabalhadores são produtores, proporcionando uma distribuição mais justa da renda e estimulando relações sociais de produção e consumo baseadas na cooperação, na solidarie-dade e na satisfação e valorização dos seres hu-manos e do meio ambiente” (MELLO, p. 151-2, 2005).

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- Solidariedade: Preocupação com a distri-buição justa dos resultados; compromisso com o meio ambiente e com a comunidade, com os mo-vimentos emancipatórios e com o bem estar dos trabalhadores e consumidores.

- Cooperação para o trabalho: interesses e objetivos comuns; união de esforços; partilha dos resultados; responsabilidade solidária diante das dificuldades.

Algumas características dos empreendimentos (SIES)

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- Autogestão: Participação nos processos de trabalho, nas estratégias, decisões e coordenação das ações. Caracteriza a natureza democrática da tomada de decisões nos mais diversos graus e interesses. Retrata a autonomia de um grupo.

- Atividade econômica: Soma de esforços para viabilizar as iniciativas coletivas dos EES.

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- A economia solidária tem característica local,

- são empreendimentos imersos às comunidades a que pertencem, pois trabalham com recursos locais disponíveis,

- vínculos mais próximos.

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“A economia solidária compõe-se das empresas que efetivamente praticam os princípios do cooperativismo, ou seja, a autogestão. Ela faz parte, portanto, da economia cooperativa ou social, sem no entanto confundir-se com as cooperativas que empregam assalariados” (SINGER, 2002, p. 86).

- Uma das principais diferenças entre a economia capitalista e solidária é o modo como as empresas são administradas. A primeira aplica a heteroges-tão, e a segunda a autogestão.

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Quadro de comparação entre economia capitalista, os PACs e a EPS

Aspectos Economia Capitalista

PACs EPS

Lógica Acumulação/lucro

Auto-sustentação comunitária

Ampliação da qualidade de vida

Relações internas

Patrão x empregado Distribuição comunitária de tarefas

Autogestão cooperativa

Protagonismo Representações empresariais

Representações comunitárias

Organizações do movimento da EPS

Educação Para a competitividade/ individualista

Para a solidariedade/ comunitária

Para a solidariedade em rede

Projeto de desenvolvimento

Monopolista, explorador de meio ambiente e pessoas

Promoção humana, local

Desenvolvimento/ sociedade sustentável

Políticas Excludentes e compensatórias

Relações comunitárias

Fortalecimento de redes e de suas representações

Cadeias produtivas

Rede de competição e exploração monopolista

Subsistência em articulação

Rede de complementaridade solidária

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- carência de capital de giro e créditos;- dificuldades de comercialização; - perda de mercados;- atrasos tecnológicos;- falta de capacidade gerencial;- carência de fornecedores de matérias-primas, etc.

Algumas dificuldades da economia solidária

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- geração de novos processos de inserção social e de desenvolvimento local;- importante dinâmica de expansão e articulação entre as experiências;- a participação no grupo gera espaços de cidadania para seus membros;- inclusão de mulheres no mercado de trabalho, de idosos, portadores de necessidades especiais, etc...

Alguns aspectos positivos da economia solidária

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Referências BibliográficasAtlas da Economia Solidária no Brasil 2005. Brasília: MTE, 2006

CATTANI, Antonio David (Org.). A outra economia. Porto Alegre: Veraz, 2003.

ICAZA, Ana Mercedes Sarria. Solidariedade, autogestão e cidadania: mapeando a economia solidária no Rio Grande do Sul. IN: GAIGER, Luiz Inacio Germany. Sentidos e experiências da economia solidária no Brasil. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.

MELLO, Sylvia Leser de. Economia Solidária e democracia. In: FÍGARO, Roseli (Org.) Gestão da comunicação no mundo do trabalho, educação, terceiro setor e cooperativismo. São Paulo: Atlas, 2005.

SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.

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Alguns dados do Atlas da Economia Solidária no Brasil 2005

Atlas da Economia Solidária no Brasil 2005. Bra-sília: MTE, 2006.

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Os Empreen-dimentos Econômicos Solidários no Brasil

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Formas de organização

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Participação de Mulheres e Homens

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Participação de Mulheres e Homens segun-Participação de Mulheres e Homens segun-do o porte dos EESdo o porte dos EES

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Área de Atuação dos EES

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Produtos e Serviços da Economia Solidária

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Produtos e Serviços da Economia Solidária

25 anos de economia popular solidária/Cáritas Brasileira25 anos de economia popular solidária/Cáritas Brasileira . Brasília: Cáritas Brasi-. Brasília: Cáritas Brasi-leira, 2006.leira, 2006.

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Remuneração

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Gestão Coletiva

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Dificuldades enfrentadas

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Entidades de Assessoria, Apoio e Fomento a Economia Solidária - EAFs

Apoio direto, capacitação, assessoria, incubação, assistência técnica e gerencial a Empreendimentos Econômicos Solidários.

Organização Social (OS);Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); Fundação privada; ONG com natureza jurídica de associação; Serviço social autônomo (Sebrae, Senar etc); Incubadoras universitárias ou núcleos de extensão universitária.

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Entidades de Assessoria Apoio e Fomento à ES