09/01/2016 - jornal semanário - edição 3.196

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BENTO GONÇALVES Sábado 9 DE JANEIRO DE 2016 ANO 49 N°3196 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Período de incertezas Saída do coordenador da UPA agrava crise iniciada com a greve dos médicos Página 11 CRISTIANO MIGON Impasse na Saúde Pública

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09/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.196 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 09/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.196

BENTO GONÇALVESSábado9 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3196

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Período de incertezas

Saída do coordenador da UPA agrava crise iniciada com a greve dos médicosPágina 11

CRISTIANO MIGON

Impasse na Saúde Pública

Page 2: 09/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.196

Da tributação e dos riscos dos atos não cooperativadosSegundo o Presidente da Uvibra, Dirceu Scotta, no Brasil

a tributação é regida pelo Princípio da Legalidade, o que significa dizer que sempre que houver a prática do ato pre-visto em lei, ocorre à obrigação do recolhimento do valor correspondente aos cofres do Ente Público ao qual a Cons-tituição Federal atribui-lhe o Poder de Arrecadação, seja este a União, os estados membros ou os municípios, cada um de acordo com a sua alçada de competência.

Observe-se que no âmbito empresarial existem dois grandes seguimentos que contemplam a produção de bens e serviços, quais sejam, as Sociedades Empresarias e as So-ciedades Cooperativas, sendo que ambas, em determina-dos aspectos, atuam como protagonistas nos diversos se-guimentos da economia, fato que resulta, neste particular, no cumprimento das obrigações tributárias previstas em Leis.

Se considerarmos apenas o âmbito Federal, além das obrigações trabalhistas e previdenciárias, todo o segui-mento empresarial, exceto aqueles enquadrados na condi-ção de micro e pequenas empresas, tem o dever de recolher periodicamente uma gama de “impostos” à União Federal, dentre eles cite-se a CSLL - Contribuição Social sobre o Lu-cro Líquido; o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializa-dos; o PIS e a Cofins, e o IR – Imposto de Renda, dentre outros, todos incidentes sobre o faturamento.

Sobre esse aspecto, importa destacar que existe notável diferença quanto ao tratamento tributário dispensado pela União Federal às Sociedades Empresariais e às Sociedades Cooperativas, haja vista que a Lei nº 5.764/71, definiu tra-tamento diferenciado instituindo o Regime Jurídico das Cooperativas, dentro do Plano Nacional de Cooperativis-mo, tudo com a finalidade de incentivar a associação de pessoas que, dentro de um processo organizado, resultasse na prestação de serviços aos seus associados, de forma a possibilitar uma atividade econômica comum, porém, sem fins lucrativos.

Esse aspecto, no entanto, não é diferente na cadeia eco-nômica da Uva e do Vinho, onde existem “Empresas Viní-colas” e “Cooperativas Vinícolas”, todas voltadas ao mes-mo objetivo, qual seja, adquirir a matéria prima (uva) e mediante o processo de elaboração produzir o vinho e suco de uva sobre o qual incidem todos os tributos (federais) antes mencionados.

Ocorre que as Cooperativas, por ter regime jurídico di-ferenciado, estão isentas de algumas espécies de tributos,

tais como a CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Lí-quido e Imposto de Renda, cuja finalidade é reduzir custos de produção, obter melhores condições de preços e melho-rar a remuneração dos associados.

Entretanto, existe no sistema cooperativo entendimento distinto entre o que se pode classificar de Atos Coopera-dos e os Atos não Cooperados, cada um com uma forma jurídico-obrigacional distinta, e que deve ser observada pelos Cooperativados por ocasião da tributação da produ-ção realizada pela Cooperativa, condição que recai sobre a tributação da produção da Sociedade Cooperativa.

É importante deixar claro, para efeitos de tributação, que os chamados Atos Cooperativos são aqueles praticados en-tre as Cooperativas e seus associados, visando unicamente o atingimento do objetivo comum, qual seja, a produção do vinho e suco de uva resultante da uva entregue pelo asso-ciado à cooperativa da qual faz parte.

Já os denominados Atos Não Cooperativos são aqueles realizados por terceiros não associados, onde as Cooperati-vas adquirem uva de terceiros não associados das coopera-tivas, e que, portanto, nenhuma ligação tem com a Coope-rativa, caracterizando aí uma simples transação comercial, seja ela pela entrega da uva, pela subseqüente elaboração do vinho e/ou suco de uva, bem como a todos os demais atos decorrentes e relacionados a essas atividades, por se-rem estranhos a sua finalidade, quando em todos os casos a tributação ocorre na mesma modalidade das Sociedades Empresarias, em especial, quanto a tributação do PIS e da Cofins, (9,25%), sob pena de ocorrer autuação fiscal e a im-posição de multas pelo descumprimento da norma legal.

Portanto, é importante observar - quando da ocorrência das operações relacionadas aos Atos Não Cooperativos - o procedimento legal a ser aplicada a cada caso, quando, nessas situações, a própria Cooperativa poderá ser respon-sabilizada pela correspondente tributação, assim como os terceiros não associados, sobre os quais recairá o ônus da tributação e sua cobrança, com todas as graves consequên-cias daí decorrentes, tais como, lançamento em divida ati-va e posterior execução fiscal, sem prejuízo da possibilida-de de expropriação de bens daqueles que forem indicados como contribuintes do tributo ou como responsáveis pela obrigação tributária.

Artigo

O que está em jogo é a saúdeEditorial

A saúde é sem dúvida um dos pontos mais importantes para o ser humano. Um assunto tão relevante merece toda atenção dos órgãos públicos do país. O ano começou e justamente numa área tão delicada encontra-mos alguns entraves como a falta de médicos e pedido de afastamento do coordenador mé-dico da Unidade de Pronto Atendimento Mé-dico, Paulo Jandrei Martins Rodrigues. Ele aponta falta de medicação, equipamentos bá-sicos para um paciente e falta de respeito quanto a hierarquia. A resposta da prefeitura contradiz as informações repassadas pelo ex-coordenador.

Para agravar cerca de 80 médicos terceirizados do município

“A população brasileira é campeã em pagar

impostos e quer retorno em serivços “

seguem em greve pelo menos até segunda-feira, 11, quando a categoria irá avaliar a situação. Mesmo com a prefeitura apa-

ziguando o clima ruim que as duas situações geraram, ainda fica no ar o clima de incerteza para a população.

É certo que ninguém quer ficar doente, mas a população brasileira é campeã em pagar im-postos e espera ter os atendimentos médico, educacional e de segurança em dia. O cidadão

não quer esmola e nem favores. Quer ter de volta o que pagou ao longo do ano em bons serviços. O ano está começando e vamos esperar que as melancias se arrumem com o andar da carruagem. E logo.

Sábado, 9 de janeiro de 2016 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

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FAZ PARTE DA SUA VIDA

Comitê Tributário/UVIBRA

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PainelA campanha para ajudar Va-

lenthina Zaffari Ferrarez, 1 ano e meio, continua. Ela e a mãe Jovana Zaffari Ferrarez estão morando em Porto Alegre para facilitar o tratamento da me-nina. O gasto entre exames, consultas, fisioterapia e alu-guel chega a R$ 4 mil por mês. “Ela nasceu com má formação congênita. Tem sequência de Pierre Robin e uma alteração no cromossomo 8 que esta

sendo investigada”, explica a mãe. A menina tem ainda pro-blemas pulmonares, cardio-patia, já passou por inúmeros procedimentos cirúrgicos e deve realizar outros em breve. Para colaborar com a família qualquer valor pode ser de-positado no Banco do Brasil, Agência: 0486-3, Conta Pou-pança: 39759-8 Variação:51 CPF:04526168084 em nome de Valenthina Zaffari Ferrarez.

Uma ajuda para Valenthina

Sábado, 9 de janeiro de 2016 3

CURTI!

NÃO CURTI...

O otimismo apresentado pelas lide-ranças locais nas páginas especiais do Semanário desta edição, em rela-ção ao crescimento de Bento Gonçal-ves para este ano.

Os constantes atrasos nos repasses do Governo Federal ao município que atrapalham o prosseguimento das obras do Ceacri, no Municipal.

Painel

Eu sei, tu sabes, ele sabe. Nós sabemos, vós sabeis, eles sabem. Quem não sabe sobre o apartamento, “ninho de amor”, lá pelas bandas de São Roque? Patético, não?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Após denúncia do Semanário na edição de quarta-feira, 6 de janeiro, a Secretaria Mu-nicipal do Meio Ambiente (SMMA) recolheu os cerca de dois mil pneus que estavam a céu aberto no kartódromo da Fundaparque. Os pneus estavam com água acumulada ocasionando possíveis focos do mosquito da dengue. O material teve como destino o depósito do transbordo para até posterior recolhimento por uma empresa licenciada. Outros possíveis focos da dengue podem ser denunciados pelo 0800.979.6866.

Flagrante

Mande seu flagrante para o e-mail [email protected]

Colônia de férias Maria Folia

IFRS abre concurso

CARLO

S QUA

DRO

S, DIVU

LGA

ÇAÕ

HUMOR Moacir Arlan

A casa de festas Maria Folia, inova e lança uma Colônia de Férias que inicia no dia 11 e segue até o dia 29 de janei-ro. Em um espaço amplo para receber a criançada, de quatro a dez anos que, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, terão oficinas lúdicas e literárias, brincadeiras, cineminha, festa à fanta-sia e muito mais para passar o tempo. A cada tarde será uma oficina diferen-te, com lanche e diversão nos brinque-dos. A Casa de Festas Maria Folia está localizada na rua Nelson Carraro, 111, divisa entre os bairros Botafogo e San-to Antão. Telefones (54) 3453.6726 ou 8407.0471.

O Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) di-vulgou a abertura de concurso público para os cargos de do-cente e técnico-administrativo em educação. São 24 vagas e as inscrições ocorrerão de 15 de fevereiro a 17 de março de 2016, pelo site www.ifrs.edu.br/concursos, no qual estão publicados os editais e mais informações. A data prevista para a aplicação da prova es-crita é 17 de abril de 2016.

Vestibular da UFRGS em BentoA partir de amanhã, Bento

Gonçalves será uma das sedes do Vestibular da Universida-de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As provas acon-tecem até o dia 13, e também serão realizadas em Porto Ale-gre, Imbé e Tramandaí. Serão oferecidas 4.017 vagas em 91 cursos de graduação. As provas

serão realizadas na Faculdade Cenecista, Escola Cenecista, IFRS, Colégio Estadual Mestre Santa Bárbara, Colégio Landell de Moura, Escola Estadual Ge-neral Bento Gonçalves da Silva e Cecília Meirelles. Mais infor-mações no site www.ufrgs.br/coperse/concurso-vestibular/vestibular-2016

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Sábado, 9 de janeiro de 20164 Geral

Terra sem lei?

Era de se esperar

Nesta primeira coluna de 2016 começo abordando um assunto muito complicado. A maioria da população des-conhece o sistema como um todo e só sabe, mesmo, é que “tem direitos”. Aliás, no tocante às “obrigações” os brasi-leiros não são muito de obter informações sobre elas. O assunto é saúde. Nos últimos meses a saúde tem tomado conta de todas as rodas, de todas as notícias na imprensa e, principalmente, nas redes sociais. É nessa “terra sem lei” das redes sociais que se leem os maiores absurdos, patetices, ignorâncias, palpites, opiniões sem noção e, claro, agressões, ofensas, injúrias, difamações, etc. Pou-cos procuram informações concretas antes de emitirem suas “abalizadas opiniões”. E não se restringem aos fa-tos. Atacam e ofendem pessoas. Tudo sob o inacreditável “manto da impunidade” que pensam ter na internet.

As pessoas que têm um pouco de vivência no assunto ou se preocupam em obter informações a respeito sa-biam que tudo era uma questão de tempo. Sim, quem leu a avaliou com profundidade o artigo da Constituição que diz: “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômi-cas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e ser-viços para sua promoção, proteção e recuperação” deve ter percebido que faltava algo nele. Uma “regulamen-tação” séria, explicativa era imperiosa. Ninguém disse, em momento algum de onde sairia o dinheiro para ban-car a saúde de todos os brasileiros igualitariamente. Os percentuais dos entes federados levaram muito tempo para serem definidos e, até hoje, continuam sem serem cumpridos por Estados e pela União. O que se vê, por-tanto, era de se esperar, obviamente.

ÚLTIMASPrimeira: Estou fazendo uma série

de pesquisas e consultas sobre a eco-nomia brasileira. Sou um tanto leigo no assunto, apesar de estar formado em Economia com pós-graduação, mas tenho lido tanto leigo dando “palpites”, resolvi estudar para “opinar” sobre da-dos concretos. É que essa “crise” está preocupante, não?

Segunda: Já descobri que a infla-ção de 2015, 10,67%, é um pouquinho menor que a de 2002, 12,53%, e que a taxa de juros de 14,25% é bem menor do que a de setembro de 1997, 45,67% e menor, também, do que a de dezembro de 2002, 21,9%;

Terceira: E as Reservas Cambiais brasileiras no dia 6 de janeiro de 2016 eram de 368 bilhões de dólares; em de-zembro de 2002, 38 bilhões de dólares;

Quarta: Vi, também, que o PIB bra-sileiro de 2002 foi de 508 bilhões de dólares e que em 2014 foi de 2 trilhões e duzentos bilhões de dólares, crescendo “apenas” 335% (em dólares) no perío-do;

Quinta: Em 2002 a população brasi-leira era de 174 milhões e em 2014 de 202 milhões. Isto é, o PIB per capita era de 2.919 dólares em 2002 e em 2014, 10.419 dólares. O crescimento, em dó-lares, foi pífio, né?;

Sexta: Ironias à parte, pretendo con-cluir meus estudos a respeito e depois publicá-los. Vai que a “crise” seja bem maior do que se imagina e o Brasil não consiga sair dela;

Sétima: Valor registrado no Impos-tômetro da Fiesp, no dia 30.12.15, ás 21h12min: 2 trilhões e 200 bilhões de reais. Valor registrado no mesmo dia e horário (mas não divulgado pela im-prensa) no Sonegômetro dos Agentes da Fazenda Federal: 516 bilhões e R$ 319 milhões;

Oitava: Conclusão: se todos pagas-sem os impostos que cobram do povo não precisaria haver aumento de im-postos e não faltaria dinheiro para a saúde e outras coisas, antes pelo con-trário;

Nona: A Operação Golfinho fez 79 salvamentos no mar do dia 17 ao dia 28 de dezembro. E todos foram pagos por nós, que não abusamos das águas;

Décima: Futebol volta a ser assunto. Grêmio não contratou ninguém, apenas cobriu os que saíram. E sem contratar dois atacantes e um meia-armador, não irá a lugar algum. A conferir!

Décima primeira: O grupo no WhatsApp “Tricolor Gaúcho” tem chur-rasco marcado para esta terça-feira. Se todos os grupos tiverem essa iniciativa, vai faltar carne no Estado.

Antô[email protected]

Operação marca entrada de companhia no Brasil

Multinacional compra empresa de embalagens

Economia

Evolução das verbas

Tirar de onde?

Pesquisei e consegui obter alguns números sobre o orçamento federal para a saúde. Em 1995 o orçamento foi de R$ 25 bilhões; em 2002, R$28 bilhões; em 2003, R$ 30 bilhões; em 2010, R$ 67 bilhões; em 2014, R$ 106 bilhões. Como se constata, de 2002 a 2014 houve um crescimento no orçamento da saúde por parte do governo federal de 278%. Bom? Não, claro. Deveria ser bem mais já que o crescimento populacional foi grande. Mas, como investir mais na saúde com os gastos com o funcionalismo dos três poderes crescendo geometrica-mente? E a segurança pública? A educação? A infraes-trutura? Há muito mais coisas a serem administradas pelos Poderes Executivos além da saúde.

É comum se ler ou ouvir que os governos têm que gas-tar menos, que gastam mal, etc. Mas, onde devem “gastar menos”? Na saúde? Na educação? Na segurança pública? Na infraestrutura? Até as pedras sabem qual é o grande dreno da arrecadação pública dos estados, municípios e da União. Poucos, porém, têm coragem de abordar o assunto. O problema é o excesso de funcionalismo público nos três poderes, ativos, inativos e pensionistas. Criaram-se inú-meras leis, direitos, vantagens, avanços e outros penduri-calhos que tornaram insustentável o sistema todo. Creio, piamente, que tudo é apenas uma questão de tempo. Uma infinidade de “direitos adquiridos” de todos os brasileiros terá que ser revista sob pena de termos prefeituras, esta-dos e a União inviabilizados. E isso não irá demorar mui-to, não. A população não está mais “tolerante” e “nem aí” como sempre esteve. Voltarei ao assunto, sem dúvidas.

Cristiane Grohe [email protected]

Uma das maiores fabricantes de embalagens de papel reci-clado do mundo, a irlandesa Smurfit Kappa comprou 100% das quotas da Paema Embala-gens, com matriz em Bento e unidade fabril em Maranguape (CE). A operação, que marca a entrada da companhia euro-peia no Brasil, envolveu ainda a compra da Inpa Embalagens, de Minas Gerais, somando 186 milhões de euros (R$ 800 mi-lhões) por ambas as empresas.

A Paema atua principalmen-te no Sul e Nordeste do Brasil e atende aos segmentos calçadis-

ta, alimentos e moveleiro, entre outros. A Smurfit Kappa passa a ter agora três recicladoras de pa-péis com capacidade de 210 mil toneladas e quatro instalações de papelão ondulado. A negociação entre Smurfit Kappa e Paema começou em 2015 e foi concluída no final do ano, sendo anunciada ao mercado na segunda-feira, 4 de janeiro de 2016.

A Paema foi assessorada pela empresa gaúcha StoneCapital Investimentos, especializada em fusões e aquisições, com escritórios em Porto Alegre e Caxias do Sul e contou também com assessoria jurídica do es-critório Tozzini Freire Advoga-dos, de Porto Alegre.

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Sábado, 9 de janeiro de 2016 5

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Sábado, 9 de janeiro de 20166 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 2.008

IGVariedades

A FRASE PREPARE-SE para enfrentar 2016 com

ousadia, respeito, educação e honestidade! Mas cuidado com os oportunistas!(.)

Raízes de Bento GonçalvesCom a iniciativa da Famiglia Trentina di Santo Antão-Bento Gon-

çalves-e parceria com o maestro e produtor da peça Geraldo Farina, mais os Corais- Vale dos Vinhedos, Trentino di Santo Antão, Cami-nhos de Pedra, Famiglia Trentina di Adolorata e Padres da Paróquia de Cristo Rei Gilmar Marchesini e Renan Dal’Agnol foi brilhante o Evento –Raízes de Bento Gonçalves –RS- realizado sob os olhares de centenas de pessoas, na noite de 18 de dezembro 2015, na bela Igreja e Praça Pe.Rui Lorenzi. O presente evento fez parte da programação Natal Bento 2015 dentro das comemorações dos 140 anos da Imi-gração Italiana. A encenação da chegada, o árduo trabalho braçal, a derrubada de árvores, encontro com a família e a Celebração da Pala-vra, a história e reconhecimento aos imigrantes na construção desta abençoada terra de Bento Gonçalves, foi emocionante. Despertando valores e valorizar as tradições italianas é reconhecer o passado. E na pessoa de Ineri Copat, fraternal abraço a todos!

Como nasce um artista

Movergs- Novo Presidente

Movelsul Brasil 2016

Fiema Brasil 2016

Empresarial

A recente exposição da artista plástica Dionette Tesser Ferrari, na Casa das Artes, foi uma tentativa de fazer passar para o públi-co e alunos de todas as escolas e idades, as experiências coletadas pela artista nos anos de dedicação à arte. Foi observado em 36 anos de estudos em diversos ateliês e na Escola Pan Americana de Arte de São Paulo que o artista, além da inspiração, precisa se munir de muito trabalho, dedicação, esforço, constância e muito amor. Observou, que estes são os mesmos elementos necessários para aplicar na própria vida e assim buscar a preciosa felicidade, ele-mentos que aprendeu a aplicar buscando a inspiração na Logoso-fia, ciência da sabedoria, que a artista Dionette estuda desde 1994. Dionette gostaria passar seu trabalho, a todos que assim como ela compreendeu que a luta é a lei da vida. Fica o registro!

O empresário Ivo Cansan deixa o comando da Associação das In-dústrias de Móveis do Estado (Movergs) do Rio Grande do Sul. Um legado de lutas e conquistas para o setor moveleiro. Em seu lugar assume a presidência da Movergs o experiente empresário Volnei Benini-BRV-Móveis para o período social 2016/2017. A nova dire-toria da Movergs encabeçada por Volnei Benini deverá tomar posse nos próximos dias. Parabéns Volnei e sucesso!

SEGUEM os preparativos da 20ª Movelsul Brasil, Parque de Eventos em Bento Gonçalves – RS de 14 a 18 de março 2016. O presidente do Sindmóveis e da feira empresário Henrique Tecchio e equipe Diretiva destacam a maior feira de móveis da América La-tina conhecida por sua organização e credibilidade. Henrique Tec-chio, diz que a feira vem crescendo a cada edição motivando lojis-tas, importadores e visitantes na busca de novidades e negócios. A Movelsul Brasil 2016 espera superar as expectativas, mesmo diante das dificuldades que o país atravessa! Prepare-se!

VEM aí a 7ª Fiema Brasil – Fundaparque – Bento Gonçalves – RS de 05 a 07 abril 2016. O presidente da Proamb, Neri Gilberto Basso, entidade promotora e presidente da Fiema Brasil 2016 Jo-nes Favretto e equipe destacam que o objetivo da feira é encontrar caminhos na preservação do Planeta. O presidente Jones Favretto, diz que Bento Gonçalves vai se transformar na Capital Mundial do Meio Ambiente. Fique ligado!

O Plano de Saúde Tacchimed vem oferecendo inúmeras opções! Pla-nos de Saúde oferecidos às empresas da cidade e região. É propiciar serviços de saúde, buscando o bem estar de todos os funcionários. Uma questão de princípios das empresas proporcionando aos seus funcio-nários benefícios diferenciados, tranquilidade e segurança para todos!

Congresso irá definir os rumos do tradicionalismo

Plano de trabalho

Juliana [email protected]

Até amanhã, cerca de duas mil pessoas devem se re-

unir no CTG Laço Velho e na Fundação Casa das Artes para tomar decisões quanto aos rumos do tradicionalismo. A 64ª edição do Congresso Tra-dicionalista Gaúcho iniciou ontem pela manhã com o cre-denciamento, sessão plenária, apresentação do filme Peão Farroupilha e a chegada da Chama Crioula. A realização é do Movimento Tradiciona-lista Gaúcho, da Prefeitura de Bento Gonçalves e da 11ª Re-gião Tradicionalista.

A programação continua hoje com sessões plenárias, instalação da assembleia ele-tiva para o conselho diretor e a prestação de contas da atual gestão. De acordo com o pre-sidente da Comissão Execu-tiva do Congresso, Adiles de Freitas, na ocasião será ela-

borado o plano de trabalho para este ano em todos os CTGs do estado.

O encontro prossegue amanhã com a 1ª reunião do Conselho diretor e 1ª re-união dos coordenadores re-gionais, além de sessão sole-ne de encerramento e posse do novo Conselho Diretor, Junta Fiscal, Departamento Jovem e dos 30 coordenado-res regionais.

Bento Gonçalves foi esco-lhida para sediar o congresso ainda no ano passado duran-te a 63ª edição, que ocorreu em Uruguaiana.

A Chama Crioula vinda da 4ª Região Tradicionalista, que abrange os municípios de Ale-grete, Barra do Quaraí, Quaraí e Uruguaiana, permanecerá em Bento Gonçalves até ja-neiro de 2017, quando parte rumo ao próximo destino, que será escolhido durante o en-contro deste final de semana.

No evento, também será

realizada a primeira reunião ordinária do ano do Conselho Diretor e dos Coordenadores Regionais. Um dos pontos al-tos do Congresso é a eleição do próximo presidente e vi-ces. Nairo Callegaro é candi-dato na sucessão a Manoelito Savaris. No total, serão reali-zadas cinco sessões plenárias, nas quais os tradicionalistas apresentarão propostas e su-gestões para as atividades rea-lizadas pelo MTG. Além dos CTGs, a comunidade está con-vidada a participar do evento.

O evento abrange os mu-nicípios de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Cotiporã, Dois Lageados, Fagundes Varela, Garibaldi, Guabijú, Guaporé, Montauri, Monte Belo do Sul, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Prata, Paraí, Protásio Al-ves, Santa Tereza, São Jorge, São Valentim do Sul, São Ven-delino, Serafina Corrêa, União da Serra, Veranópolis, Vila Flores e Vista Alegre do Prata.

Encontro que ocorre até amanhã deve receber mais de duas mil pessoas

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Sábado, 9 de janeiro de 2016 7Geral

Mudanças no calendário de vacinasPrevenção

Foram alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da pólio

Os postos de saúde de todo o país já estão com novo

calendário de vacinação para este ano. Estão sendo altera-das doses de reforço para vaci-nas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o nú-mero e doses da vacina de HPV, que não será mais necessária a terceira dose. As mudanças, realizadas pelo Ministério da Saúde, começaram a valer des-de segunda-feira, 4 de janeiro.

“Essas mudanças são roti-neiras. O calendário tem mu-danças periódicas em função de diferentes contextos. Sem-pre que temos uma mudança na situação epidemiológica,

nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas, fazemos modificações no ca-lendário”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Antô-nio Nardi.

Um das principais mudan-ças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas do-ses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose. Os estudos recentes mostram que o esque-ma com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de nove a 14 anos não inferior quan-

do comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre nove a 26 anos devem continuar recebendo o esque-ma de três doses

Para os bebês, a principal di-ferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será apli-cada em duas doses, aos dois e quatro meses, seguida de re-forço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os quatro anos. Essa reco-

mendação também foi tomada em virtude dos estudos mos-trarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema de três doses mais um reforço.

Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, adminis-trada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser inje-tável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a pro-ximidade da erradicação mun-dial da doença. No Brasil, o úl-timo caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança re-cebe as três primeiras doses do

esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vaci-na inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) conti-nua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crian-ças de um a quatro anos.

Também haverá mudança da vacina meningocócica C, que protege as crianças contra meningite causada pelo me-ningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser apli-cado aos 12 meses, preferen-cialmente, podendo ser feito até os quatro anos.

Bebês

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Sábado, 9 de janeiro de 20168

[email protected]

DenisedaRé

Juro que não aconteceu comigo! Até porque abomino dietas, com suas fichinhas, pontinhos, tabelas, cálculos, restrições e promessas. Se bem que, de vez em quando, caio na tentação de pôr a mão num livro que aborde o tema de forma diferente...

O penúltimo que comprei jaz na prateleira, com as páginas do segundo capítulo em diante ainda grudadas. Perdi o interesse quando cheguei às tarefas. A primeira incluía a reunião de dois conjuntos de cartões, caderno, balança digital, papel milimetra-do, caixas de diferentes tamanhos e outros materiais que não vou citar porque não virei a folha. Afinal a proposta era ensi-nar a “Pensar Magro” ou desenvolver a coordenação motora dos gordinhos?!

Então troquei a leitura daquela encrenca pelo “Textículos de Ary Toledo”. Valeu a pena, pois ri durante o ano inteiro, antes de dormir. Na verdade, eram menos que 365 piadas, mas como mi-nha memória não é lá aquelas coisas, eu retomava alguns textos que já estavam no limbo. E ria de novo.

Durante a Feira do Livro do ano passado, fui tentada pelo mais recente lançamento sobre o assunto. Eu e minha neta per-corríamos os estandes à procura de livros infantis que a interes-sassem, quando, de repente, ambas pusemos os olhos no livreto de capa vermelha com um ângulo amarelo e letras grandes e re-dondas bem sugestivas, de Flávio Gikovate.

-Compra esse, vó! Olhei para a baixinha solidária, olhei para o livro insinuante,

olhei para o futuro promissor... Como resistir aos apelos? Então comprei a obra e garanti à minha neta que, ao fim da leitura, estaria magra.

-Vóóóóó! – que significava, “pensa que está falando com quem?”.

É evidente que ela não imaginava que eu demoraria um sécu-lo para ler 140 páginas, tempo suficiente para perder todos os pneus. Mas, na verdade, a única coisa que perdi até agora foi a vontade de sacrificar o sono pra concluir a leitura.

Olha só! Entrei em tantos labirintos que acabei me distancian-do da proposição inicial: a dieta da qual não fui protagonista.

O personagem envolvido tem uns 20 anos e alguns quilinhos de estepe, nada assim que exija ações radicais, mas sabe como é jovem! “Jovem é outro papo!” Quando põe uma idéia na ca-beça, não há argumento que o faça reconsiderar. E a idéia era: mudança total.

Então nosso amigo aproveitou os derradeiros dias de 2015 para se empanturrar de M&M’s e coca-cola, que, segundo ele, são seus únicos vícios. E prometeu adentrar 2016 com a tal dieta tirada da internet. Dito e feito! Gastou metade do salário para equipar a despensa com chás, cereais, farelos e outras comidas de passarinho...

Os primeiros dias da semana foram relativamente tranquilos, até que, na sexta, o cara teve um piripaque ao conferir o cardá-pio do jantar: uma fatia de pão preto e chá de boldo. A dor de cabeça virou enxaqueca, e ele, quase cego de dor, deu um grito que chegou a trincar o vidro da cristaleira. Em seguida digitou alguma coisa no celular.

Quinze minutos depois, bateram à porta de sua casa. Era o motoboy com uma pizza gigante e dois litros de coca-cola. A ce-faleia? Foi pro espaço junto com a dieta.

Desde dezembro, comunidade pode apreciar diversas apresentaçõesDegustação harmonizada de queijos e vinhos, ministrada pelo enólogo da empresa.Horário: 18hLocal: Jardim da Vinícola Cai-nelli - BR 470 - Km 202,6 - Distrito TuiutyRealização: Vinícola CainelliMais informações pelo telefone (54) 3458 1441 ou e-mail [email protected]

Entardecer entre queijos e vinhos

A Dieta

ARQ

UIVO

Geral

Programação

Último dia para aproveitar as atrações do Natal BentoEntardecer entre queijos e vinhos ocorre às 18h, na vinícola Cainelli

A programação do Natal Bento encerra hoje, mas

ainda dá tempo de conferir a última atração do período. A partir das 18h, ocorre o En-tardecer entre queijos e vi-nhos, na vinícola Cainelli. A degustação harmonizada será ministrada pelo enólogo da empresa, no entanto é neces-sário agendar a participação.

Na noite desta quarta-feira, 6 de janeiro, na Capela Nossa Se-nhora das Neves, foi realizado o

Notte dei Rè Maggi – Noite de Epifânia. O público realizou um roteiro passando por famílias e capitéis com o Coral do Vale dos Vinhedos e seus tradicionais cantos em italiano dos Reis Ma-gos. Após, ocorreu a partilha no Salão da Comunidade da Glória.

As festividades do Natal Ben-

to 2015 teve início no dia 4 de dezembro, através da promo-ção da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Tu-rismo (Semtur), em parceria com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/BG) e apoio de entidades e empreendimentos do setor turístico.

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Sábado, 9 de janeiro de 2016 9Geral

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Ainda sem solução

Greve dos médicos persiste até segundaSegundo Fundação Araucária, retorno por parte do banco é aguardada e questão deve ser resolvida na próxima semana

Cleunice [email protected]

Os médicos terceirizados do município continuam em greve até a segunda-feira, 11. A decisão foi tomada em assembleia realizada no fi-nal da tarde de quinta-feira, 7. Conforme o Presidente do Sindicato dos Médicos, Mar-lonei Silveira dos Santos, até as 16h de ontem o depósito do salário de dezembro para parte dos médicos não havia sido efetuado.

Conforme o presidente, o pagamento de metade dos salários deveria ter sido rea-lizado na quinta-feira, 7 de janeiro, mas o dinheiro não entrou nas contas. “Devido a isso, decidimos continuar em greve até a segunda-feira, 11. Se os pagamentos forem efe-tuados, estaremos fazendo uma avaliação para ver se vol-tamos ou não. Também temos

outras questões que devem ser resolvidas”, comenta.

De acordo com a Assessoria de Comunicação Social da Pre-feitura, o quinto dia útil para

pagamento foi ontem, portan-to, em tese, o valor referente a parte dos médicos seria depo-sitado neste dia. A outra parte deve receber amanhã, devido

ao regime de contratação. De acordo com o Diretor

Administrativo da Funda-ção Araucária - filial de Bento Gonçalves, Lidio Bassani, a

Fundação está aguardando o retorno do Banco para resolver o problema no início da próxi-ma semana. “Fizemos o enca-minhamento ainda no início desta semana, mas sabemos que existe também a parte bu-rocrática do Banco para isso. É um processo demorado, pois passa também por liberações”, comenta o diretor.

Além disso, ele salienta que no máximo até segunda, 11, ou terça-feira, 12, se espera solu-cionar a questão. “Aguardamos o Banco para poder também cumprir com a organização”, destaca Bassani.

O caso

Os médicos terceirizados entraram em greve no dia 28 de dezembro, após atrasos no pagamento dos funcionários. Cerca de 80 médicos que pres-tam serviços à cidade paralisa-ram as atividades.

Cerca de 80 médicos paralisaram as atividades e aguardam o pagamento do salário do mês de dezembro

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Sábado, 9 de janeiro de 201610 Geral

Os cinco novos conselhei-ros tutelares de Bento

Gonçalves foram empossados pelo Executivo durante soleni-dade realizada no Salão Nobre da prefeitura, ontem. O ato contou com as presenças de representantes do Executivo, vereadores, membros do Con-selho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e, também, fami-liares dos empossados.

Os novos conselheiros, Leo-nides Lavinicki; Renata Coelho Cardoso; Sonia Maria Padilha; Paulo Ricardo de Souza e Sil-vana Teresinha Lima, eleitos pela comunidade em votação realizada em outubro do ano passado, passaram por uma série de seis etapas antes da diplomação e posse. Além da comprovação dos requisitos, os candidatos eleitos como ti-tulares e os sete suplentes pas-saram por um curso preparató-

Os candidatos passaram por seis etapas preparatórias antes da posse

O prefeito Guilherme Pasin e a presidente do Comdica, Débora Frizzo, realizaram a entrega dos diplomas

Cinco novos conselheiros tutelares são empossados

Infância e juventude

AssuntaDeParis

O ano inicia...O ano não tem velocidade. Os humano, sim, têm

pressa. Enquanto o tempo passa, nós passamos. O mais significativo não é passar, mas deixar pega-das... Alguns deixam rastros. Bom mesmo é marcar de forma suave, mas com uma firmeza sem igual, a passagem por esta e outras paragens. As pegadas do bem realizado tem contornos... Outros horizon-tes se apresentam...

A bagagem precisa ser revisada. Não faz bem co-meçar algo novo, com esquemas superados, for-matos defasados. No entanto, toda renovação tem um começo. O que necessita ser novo é o coração humano. Foram tantos desencontros, algumas de-cepções, incontáveis mágoas, insistentes medos, incontidas lágrimas. A cada nova jornada, a supe-ração era invocada, os compromissos repassados, as forças restituídas. Impossível voltar atrás, quan-do a única opção é dar um passo adiante.

Fatos aguardavam por molduras. Sentimentos buscam expressão. Laços insistem em abraços. A saudade tem uma certa autonomia; chega e sai sem avisar. A vida não pode se resumir numa coletânea de momentos.

O sabor da felicidade merece o melhor brinde. Nem tudo está como fora imaginado, mas há um sentimento de gratidão, que emerge de dentro da serenidade. As projeções para o novo ano devem ser otimistas. A esperança faz acontecer um movimen-to ascendente. É necessário ir adiante, carregan-do no peito a certeza da fé, sentindo nos ombros a mão divina, imprimindo confiança e fortaleza. Um longo caminho provoca passos lentos e firmes... Os dias sempre terão que acolher o anoitecer... Porém, a madrugada antecipa a claridade. Assim enten-deremos melhor a luz do mundo, que deve estar presente todos os dias da nossa vida, através da espiritualidade... Se assim for, de lá, pra cá, viver é abraçar a luminosidade do amor. É maravilhoso viver e saudar todos os dias de 2016.

Feliz e abençoado ano para todos os que desper-tam ao som de preces e agradecem o dom maravi-lhoso da vida.

Novo seja o ano daqueles que não tropeçam na própria língua, sonegam palavras ácidas, mas se-meiam fragrâncias de verdades e de paz, em todos os recantos de sua vida...

CAIA

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ARTIN

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Caiani [email protected]

rio de caráter obrigatório para trabalhar durante o mandato de quatro anos.

A conselheira reeleita, Re-nata Coelho Cardoso, afirma que pretende continuar com a mesma linha de trabalho e se esforçar ao máximo para servir a comunidade de Bento Gonçalves. “Queremos mon-tar um colegiado unido, para que consigamos alcançar nos-sos objetivos e, assim, corres-ponder melhor à sociedade. Estou para ajudar e auxiliar no que for preciso”.

Já para o seu colega, Leo-nides Lavanicki, eleito com o maior número de votos, (575) e com experiência como po-licial militar, o trabalho no Conselho será para orientar os jovens. “Acredito que a minha história como policial militar possa ajudar na nova função, porém a Brigada Mi-litar trabalha mais com a re-pressão. Já o papel do conse-lheiro não é reprimir, e sim, aconselhar. Vou buscar ao

máximo orientar os jovens, ajudar os pais e também os professores”, esclarece.

Apesar da evasão escolar e a drogadição serem os princi-pais problemas dos jovens da Capital do Vinho, o Conselho Tutelar enfrenta outra adver-sidade, como a falta de conhe-cimento sobre o seu papel. “A comunidade não aciona o Conselho nas situações que deveria acionar, ou algumas vezes imagina que o Conselho Tutelar tenha poderes maio-res do que ele realmente tem. Essa é uma preocupação do Comdica para 2016, esclare-cer a população sobre a real função do Conselho Tutelar,” declara a presidente do Com-dica, Débora Frizzo.

O bento-gonçalvense que necessitar dos serviços do Conselho Tutelar, deve uti-lizar o telefone celular de plantão (54)9159-5744 ou di-retamente na sede, localizada na rua General Vitorino, 173, bairro São Francisco.

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Sábado, 9 de janeiro de 2016 11Geral

Jornal Semanário: O que motivou a elaboração do pedido de afastamento?

Paulo Jandrei Martins Rodrigues: Foi uma crítica a UPA e um desabafo. Estou na saúde pública há mais de 20 anos, e no período em que pas-sei no antigo Pronto Atendi-mento, sempre realizamos um trabalho íntegro e adequado. Na transformação do PA para UPA, foi exibido para a popula-ção e imprensa o que era o novo edifício, porém, não foi deta-lhado como seria o funciona-mento do sistema por trás des-sa troca. Travei uma batalha que perdurou seis meses pelo melhoramento da unidade, me deparando com problemas como a falta de equipamentos e medicamentos, quando, na segunda-feira, chegando a um ponto de cansaço extremo, so-licitei meu afastamento.

JS: Como a falta de me-dicamentos tem impacta-do o atendimento na uni-dade?

Rodrigues: Influenciou

edifício. Pouco menos de 24 horas após a divulgação do ofí-cio na mídia, o caso ganha uma nova afiguração, desta vez por parte do Governo Municipal que, embora não contradiga todas as afirmações de Rodri-

gues, explana alguns pontos. De acordo com a nota, quanto

à falta de medicamentos apon-tada, “em nenhum momento a UPA 24h deixou de disponi-bilizá-los. Eventualmente, po-dem estar em falta na farmácia

pública ou em postos devido a impedimentos nos processos de licitação ou a atrasos nos re-passes dos medicamentos por parte dos Governos Federal Estadual, uma vez que grande parte das medicações compete à Secretaria Estadual e ao Mi-nistério da Saúde”.

Outro ponto abordado na de-claração aberta da Prefeitura foi a acusação feita por Rodri-gues quanto ao novo contrato realizado entre o Governo Mu-nicipal e o Hospital Tacchini. Segundo o ex-coordenador, o acordo resultou na complica-ção do desenvolvimento das atividades dos plantonistas da UPA. O profissional afirma que o encaminhamento de pacien-tes com quadro de saúde gra-ve ficou centralizado ao único hospital da cidade, deixando assim de utilizar os leitos ce-didos pela central de Caxias do Sul. A prefeitura rebateu as afirmações ressaltando que “o médico participou efetiva-mente das reuniões destinadas à elaboração do contrato e em

nenhum momento manifestou qualquer contrariedade aos termos acordados”.

Questões particulares

As afirmações expressas na nota oficial são corroboradas pela opinião do coordenador médico da Secretaria de Saú-de, Marco Antônio Ebert. Para ele, as adversidades na admi-nistração da UPA fazem parte da realidade, entretanto, não tem mérito suficiente para embasar um pedido de afas-tamento. Ebert ressalta que as acusações deferidas por Ro-drigues quanto a influências partidárias e a interpolação de terceiros nas decisões da unidade serão investigadas no decorrer do ano.

De acordo com o coordena-dor, alguns nomes já foram cotados para assumir o cargo e substituir Rodrigues na coor-denação da equipe médica da unidade. A expectativa é que o nome do novo líder seja apre-sentado até a próxima semana.

Corroborando com o atual cenário de incertezas no se-

tor de Saúde Pública Municipal, o então coordenador médico da Unidade de Pronto Atendimen-to (UPA), Paulo Jandrei Mar-tins Rodrigues, solicitou des-ligamento de suas atividades na terça-feira, 5 de janeiro. Em ofício direcionado à Fundação Araucária e ao Governo Muni-cipal, o profissional cita diver-sas irregularidades e entraves no atendimento à pacientes, como a constante falta de me-dicamentos básicos para aten-dimento e sua contrariedade à influência política por parte de alguns funcionários como moti-vo do afastamento.

Criticando severamente a gerência de alguns elementos referentes ao funcionamento da unidade, o profissional faz menção em sua nota à fragili-dade do sistema de saúde mu-nicipal no interior dos recém--inaugurados corredores do

À frente da unidade por seis meses, Paulo Jandrei Martins Rodrigues revela problemas e critica gerenciamento do local

“Atualmente existe um clima de terror na unidade”

Paulo Jandrei Martins Rodrigues

Profissional solicitou desligamento na segunda-feira, 4, por carta

Ex-coordenador aponta irregularidadesUPA

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Cristiano [email protected]

tanto que tive que comprar medicamentos básicos para um paciente que apresentava quadro de infarto no miocárdio com dinheiro próprio. A falta de medicamentos teve início com a inauguração da UPA, porque até então não realizá-vamos atendimentos de maior complexidade. Teoricamente a unidade deveria oferecer todos os tipos de tratamento, contu-do, na prática, a atual gestão deu preferência a problemas como saber se o funcionário está cumprindo rigorosamente o horário e transferências de função, a problemas realmente relacionados à saúde.

JS: Quais as outras ad-versidades presentes na UPA?

Rodrigues: A falta de equi-pamentos básicos, como apa-relho de Raio X móvel, visto que o atual é antigo, datando de 1970, de péssima resolu-ção, e localizado fora da UPA, o que implica na necessidade de transporte para os pacien-

tes acamados por ambulância, e aparelhos de tomografia, que a unidade não possui.

JS: Este transporte de acamados entre os edifícios pode apresentar riscos?

Rodrigues: Sim, poderia gerar inúmeros problemas en-tre o percurso. Todos os mé-dicos que exercem atividades

na UPA sabem o que é traba-lhar com poucos recursos e sob pressão, dependendo muitas vezes da generosidade de cole-gas para ajudar na transferên-cia do paciente.

JS: Ao que se referia quando citou ingerência de funcionários no pedido de afastamento?

Rodrigues: Uma das fun-cionárias que exerce cargo de confiança na instituição utiliza técnicas de coação para forçar os demais colegas a se filiarem ao seu partido político. A fun-cionária já foi levada a justiça antigamente pela mesma de-núncia. Atualmente existe um clima de terror na UPA, onde a equipe teme diariamente por retaliações. Não existia respeito sobre hierarquia de comando, mas sim, decisões tomadas com base em interesses políticos.

JS: As críticas expressas na carta já haviam sido ex-postas à SMS?

Rodrigues: Sim, tanto os

aspectos da parte operacional da UPA quanto a situação en-volvendo os funcionários são de conhecimento do Governo Municipal. Foram realizados encontros e acordos para sanar as adversidades, contudo, até minha carta de recisão contra-tual, nada havia mudado.

JS: Quais os problemas originados pelo novo con-trato firmado com o Hos-pital Tacchini?

Rodrigues: É importante ressaltar que na nota divulgada pela prefeitura foi mencionada minha participação nas reu-niões para elaboração do con-trato. Dos 10 encontros parti-cipei apenas de dois, e sem que minhas opiniões fossem leva-das em conta, portanto, não tive influência na criação do docu-mento. Quanto aos problemas, acredito que o detalhamento da transferência de pacientes graves, por exemplo, poderia ter sido mais bem elaborado e evitar o aleitamento de pacien-tes em estado delicado na UPA.

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Sábado, 9 de janeiro de 201612 Geral

te a realização das atividades, foram comprometidos, possi-bilitando a ação de ladrões e a invasão de usuários de drogas no local, prática que de acordo com relatos da comunidade se tornaram rotineiras.

Um dos relatos parte de Maria Janice de Souza, de 65 anos. Com vista privilegiada para a obra, a aposentada ga-rante que após a suspensão das atividades, em diversos mo-mentos constatou a presença de pessoas estranhas no local. “Ouvíamos pessoas conver-sando no interior do murado, entretanto, os portões perma-neciam trancados com cadea-dos”, garante.

A informação é corroborada pelo vigilante Guerino Fillipi-ni, 57, que revela a presença de furos nas cercas de con-tenção, falhas que possibili-tariam a entrada. “Durante a execução da obra eu era res-ponsável pela vigilância do local, contudo, com a parali-sação, fui dispensado do tra-balho, e aí a situação come-çou a ocorrer”, explica.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, o Governo Central repassou me-nos de 30% do montante total direcionado para a construção do local. Ainda, de acordo com

a assessoria, na próxima se-mana o secretário de Governo, Enio de Paris, viajará para Bra-sília com objetivo de reivindi-car o repasse.

No local estão sendo cons-truídos dois prédios com 848,12 metros quadrados de área que irão abrigar um cen-tro de inclusão digital, play-ground e quadra poliesportiva. O prédio principal terá labora-tório de informática, bibliote-ca, salas multifuncional, sala de vídeo e sanitários. Já no segundo pavimento, ficará o refeitório, cozinha, lavanderia, sala dos professores, salas de apoio e atendimento.

Lajeadense

Apesar do prazo de conclusão das obras de pavimentação da rua Lajeadense ter sido prorro-gado pelo Governo Municipal, a obra segue a passos lentos. Isto porque a colocação de calçamento basáltico depende de clima seco para ser realiza-da. Segundo funcionários que trabalham na colocação das pedras, até o momento foram sentados aproximadamente 3.500 metros quadrados dos 7.000 que compõem a totali-dade. A expectativa de conclu-são da obra é março deste ano.

Projetado objetivando a in-corporação de diversos

elementos culturais e tecno-lógicos à vida de jovens caren-tes, o Centro de Atendimen-to à Criança e Adolescentes (Ceacri) Carrossel da Espe-rança, no bairro Municipal, é mais um reflexo das atuais complicações econômicas que emperram o país. Orçada em mais de R$ 1 milhão, a cons-trução dos dois prédios que compõem o local está parali-sada desde setembro, e sem grandes expectativas de retor-no pela prefeitura nos primei-ros meses de 2016.

Os prédios, que estão com pi-sos, vigas de sustentação e par-te dos tetos concluídos, tinham previsão inicial de entrega para o final do segundo semestre de 2015, contudo, com os cons-tantes atrasos nos repasses do Governo Federal ao município, que se arrastam desde janeiro, a obra foi interrompida. Com a paralisação das atividades, iniciaram os transtornos da comunidade. Com o passar dos meses os tapumes, de apro-ximadamente três metros de altura, construídos para prote-ger o canteiro de obras duran-

Construção foi interrompida em setembro, após atrasos em repasses

Centro, que é composto por dois prédios, foi projetado para atender até 200 crianças carentes da comunidade

Falta de recursos paralisa obra do Ceacri no Municipal

Sem verbas

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Cristiano [email protected]

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Os carnês serão entregues a partir da segunda quinzena de fevereiro e serão enviados pelo correio

CRISTIAN

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Sábado, 9 de janeiro de 2016 13Geral

Os bento-gonçalvenses já po-dem conferir o calendário

de entrega das notificações do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2016, dispo-nibilizado pela Prefeitura. Este ano o reajuste é de 10,54%, no entanto, o índice ficou abaixo

O contribuinte que optar pelo pagamento em parcela única, até o dia 15 de março, terá 10% de desconto

IPTU deve arrecadar R$ 8 milhões Imposto

Caiani [email protected]

da inflação oficial prevista em 2015, de 10,72%. A previsão de arrecadação para o IPTU para 2016 é de R$ 8 milhões. As no-tificações contêm os principais elementos usados para o cálculo do imposto, tais como as áreas construídas, o terreno e uso do imóvel, além do valor a ser pago.

De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças, os car-

nês serão enviados, via Correio, a partir da segunda quinzena de fevereiro. “Quem, porven-tura, não receber o carnê até o dia 15 de março, deve bus-car as guias na Secretaria da Fazenda ou através dos meios eletrônicos. Os boletos estão disponíveis no site da prefeitu-ra”, explica o secretário adjun-to de Finanças, Nestor Stefani.

Para evitar constrangimentos a primeira parcela não pode ser paga após o dia 15 de março, pois a partir do dia seguinte in-cidirão os encargos por atraso.

O contribuinte que optar por pagar o IPTU em parcela única, até o dia 15 de março de 2016 terá 10% de desconto. A outra opção é efetuar o pagamento em até quatro parcelas bimestrais e iguais nas datas: 15/3, 16/5, 15/7 e 15/9. Essa escolha é feita no pagamento da 1ª parcela e, neste caso, não haverá desconto.

Inadimplentes

Os inadimplentes que de-sejam colocar em dias os seus atrasos, devem procurar a Se-cretaria de Finanças e negociar as condições que melhor se adaptem ao seu orçamento. Po-rém o valor mínimo das parce-las não pode ser inferior a uma Unidade de Referência Munici-pal (URM), hoje no valor de R$

112,23, com prazo máximo de 60 meses “Esse dinheiro será gasto em coberturas de gastos administrativos, obras, saúde e educação”, declara Stefani.

A Secretaria de Finanças está

localizada na aveni-da Osvaldo Aranha,

1075, sala 202, Bairro Cidade Alta, ao lado do Ipurb. Mais infor-mações pelo telefone

(54) 3055-7118 ou pelo site: www.bentogoncalves.

rs.gov.br.

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Cláudia Biazus descobriu no ano passado a corrida como uma grande paixão e esse ano quer buscar mais resultados

Sábado, 9 de janeiro de 201614 Geral

Existe uma grande expectativa e também pressa em mudar, mas muitas vezes se criam metas surreais, que acabam facilmente sendo colocadas de lado porque se ignora o tempo e recursos necessários

Tênis, sapatilha e cronômetro

Concretizar planos e desejos de ano-novo podem dar certo com organizaçãoResoluções

Cristiane Grohe [email protected]

Começar uma atividade fí-sica, voltar a estudar, trocar de emprego, ler mais, ter um filho, parar de fumar, conhe-cer novos lugares, fazer novos amigos ou economizar para uma poupança. Nos primeiros dias de janeiro e principal-mente na virada do ano é nor-mal fazer promessas ou listar determinações para os próxi-mos meses. Podem ser deci-sões simples como voltar para academia ou mais elaboradas como mudar de cidade. Fazer um brinde, usar branco, comer sete grãos de uva e algumas colheradas de lentilha podem não garantir sucesso durante os 12 meses – apesar da tradi-ção nas famílias brasileiras.

Segundo a psicóloga, Priscila Genrich, o início do ano signi-fica um recomeço e natural-mente são criadas novas expec-tativas, planos e metas. “Isso é semelhante há quando se dá o fim ou início de um relaciona-mento: em ambos os casos há necessidade de corrigir erros cometidos”, explica Priscila.

Para ela fazer as mesmas promessas não cumpridas todo o ano é um hábito mui-to comum. “É natural aban-dar o que foi desejado quando não há resultados imediatos e quando existe a tendência de depositar expectativas em ou-tras pessoas”, avalia. Priscila lembra que como consequên-cia isso pode gerar uma sensa-ção de frustração.

Para manter as determina-ções de ano-novo e alcançar os objetivos é importante saber das possibilidades reais, além de planejar e ser organizado. “É importante a conscientiza-ção de que apenas a própria pessoa é responsável pelas conquistas ou por uma possí-vel autossabotagem”, ressalta. Se o objetivo é emagrecer, por exemplo, e o orçamento não comporta um pagamento men-sal de academia, caminhar em algum horário determinado pode ser uma opção. “Estabe-leça seus objetivos dentro da realidade, se movimente a fa-vor deles e consequentemente os resultados irão aparecer”.

Além disso, ela explica que

definir uma data limite para a concretização das promessas e colocar tudo no papel ajuda a reforçar o compromisso com a meta estabelecida. “Escrever os passos do que deve ser feito para que aquilo aconteça tam-bém é uma boa maneira de se manter firme nos objetivos.”, reforça. Na opinião da profis-sional, ser persistente é muito importante para ter resulta-dos. “Mantenha o foco naquilo que você deseja e defina clara-mente o que precisa ser feito para o objetivo ser alcançado”, sugere Priscila.

À primeira vista pode pare-cer difícil colocar em prática certas metas e ser organizado. Mas basta uma dose de per-sistência. A pedagoga Claudia Biazus, 43 anos, é coordena-dora da Associação Pró Au-tistas Conquistar, que atende jovens e adultos. Ela é casada há 16 anos com o industriário André Biazus e tem uma filha, a Luise, há 12. A rotina exige bastante de Claudia e poderia ser uma desculpa para deixar outras metas de lado. Poderia. Mas não é. Na virada do ano ela

pediu muita saúde para conti-nuar fazendo o que gosta. E co-locou uma meta: correr muito mais. Mas não só no trabalho ou na família. Na rua mesmo. “Em 2015 me apaixonei pela corrida de rua, comecei a trei-nar com um profissional es-pecializado e a participar de provas em diversas cidades”, conta. Em pouco tempo ela conquistou ótimos resultados e subiu ao pódio várias vezes. “Sou bastante disciplinada e organizada para dar conta do trabalho, família e atividade fí-sica”, afirma.

Tudo isso já garante uma agenda lotada e complicada, certo? Nada disso. No ano que passou ela também voltou ao balé clássico, que já havia feito na infância, e encerrou o ano apresentando uma coreogra-fia ensaiada todas segundas à noite junto escola onde faz aulas.“Sei que quanto mais coisas tenho pra fazer no dia mais eu consigo me organizar. Mas, também é tudo cronome-trado para dar conta de todas atividades”, diz Cláudia. Ela conta que não falta aos treinos, faz atividade física por prazer e não se cobra. “E ainda tenho o apoio da minha filha e esposo”, comemora.

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Cláudia Biazus descobriu no ano passado a corrida como uma grande paixão e esse ano quer buscar mais resultados

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Existe uma grande expectativa e também pressa em mudar, mas muitas vezes se criam metas surreais, que acabam facilmente sendo colocadas de lado porque se ignora o tempo e recursos necessários

Dinheiro na mão não é vendaval

Concretizar planos e desejos de ano-novo podem dar certo com organização

Esta é sem dúvida uma das re-soluções de ano novo mais popu-lares e também a maior promessa não mantida por muitos. Consulte um nutricionista, faça todos os exames solicitados para saber se o motivo de estar acima do peso não está relacionado a algum problema de saúde, siga a dieta prescrita por um profissional e pratique uma atividade física.

Para a nutricionista Renata Gabbardo, começar uma dieta é fácil, mas o grande desafio é mantê-la. “Hoje com tantas dietas disponíveis nos meios de comuni-

cação, a maior parte das pessoas desiste porque são restritas em calorias ou por não se adequar aos alimentos”, avalia a profis-sional. Para não desistir no meio do caminho e ter uma dieta bem sucedida ela dá as seguintes dicas:Tenha objetivos e estabeleça me-tas

Não opte por dietas com alta restrição calórica e cheia de pri-vações. Passar fome não garante a perda de peso

Fixe horários para se alimentar Evite a monotonia alimentar:

varie os alimentos

Não abuse de produtos diet e light, sem glúten e sem lactose sem que haja restrição específica

Livre-se dos doces e alimentos gordurosos

A água é fundamental! Gelada e com gengibre auxilia na perda de peso.

Mantenha-se e ocupado e pra-tique atividade física!

Para potencializar os resul-tados, ter um plano alimentar individualizado de acordo com as necessidades biológicas, pre-ferência alimentar e com a sua rotina, procure um nutricionista.

Perder peso

Sábado, 9 de janeiro de 2016 15Geral

compra específica ou um pé de meia para o futuro, o segredo é planejar. “A poupança ainda é a forma de economizar mais indi-cada de guardar dinheiro”, ana-lisa Tasca. Ele lembra que uma forma de guardar dinheiro é de-

positar na poupança logo que se recebe o salário. “Se o dinheiro não for depositado imediatamen-te a chance de ser gasto em outras coisas é muito grande”, aponta. Quem tem um objetivo de com-

prar alguma coisa de valor mais alto precisa saber quanto custa e quanto do orçamento precisa ser reservado para isso. “Essa é uma maneira de não perder de vista a realização de uma compra”, diz.

Organizar as finanças também parece uma tarefa complicada. Depois do período de festas che-gam as contas de início de ano, como o IPTU, material escolar, por exemplo. Para não entrar o ano no vermelho o mestre em economia da Universidade de Ca-xias do Sul (UCS), Jaci Tasca, diz que é importante visualizar todos os gastos. “Ter uma planilha com todos as contas e é uma forma de saber quanto se está gastando por mês e ter o montante suficiente para pagar as contas que já são tradicionais nessa época”, ensi-na. Compras pequenas também devem ser levadas em conside-ração. “Gastos com lanches não programados ou refeições fora de casa podem não parecer, mas pe-sam no orçamento. Por isso anote tudo que gastar”.

E, se entre as promessas de ré-veillon está economizar para uma

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- Sábado, 9 de janeiro de 201616Empresas Empresários&

Prevenir é o melhor remé-dio, esse ditado popular existe há tempos e não é por acaso, pois ninguém consegue prever o futuro e está livre de sofrer um infortúnio, como um aci-dente de carro, perda da casa ou dinheiro. Por isso, fazer um seguro e garantir os seus bens é de fundamental importância.

Para a Vitta Giusta Correto-ra de Seguros, que há oito anos atua em Bento Gonçalves, não basta só garantir a preservação dos bens dos seus clientes, mas sim, torná-los amigos e par-ceiros. “Nós procuramos ser

Vitta Giusta comemora oito anos de trabalhos

Capa de Jan/2016 ( A queda do Brasil )

Capas de 2009( O Brasil Decola ) e de 2013 ( O Brasil estragou tudo ).

De pé (E) Jucileide Toniolo e Jordana Fronza, sentadas (E) Leânia Gromovski ao lado de Neide Toniolo

Adelgides Stefenon, MSc.

Negócios& Empresas

Por que o Brasil precisa do superman?

Um dos grandes problemas que os países subdesenvolvi-dos enfrentam, notadamente a América do Sul, reside na es-fera política onde o populismo, muitas vezes, é a tônica dos governos. O populismo é caracterizado, em resumo, por não atacar os problemas de frente, empurrando-os com a barri-ga, e apresentar à população uma realidade mais positiva do que ela realmente é.

O Brasil e você não precisam da “The Economist”, publi-cação Inglesa, uma das mais respeitadas do mundo, para sa-ber que nosso país atravessa uma turbulência grande. Desde 2011 eu já venho escrevendo que o país está parando. Sei que turbulência não derruba avião mas, dependendo dos pilotos, o avião pode cair. Você e muitos nesse país já sabem que a qualidade de nossos “pilotos” governantes não é das melho-res. E ainda pior, falta liderança a nossa principal governan-te, a presidente Dilma. Portanto, a The Economist está atra-sada e vem constantemente atacando nosso país.

O superman bem que poderia dar uma mãozinha. Com sua força, poderia ajudar a locomotiva da economia a andar mais rápido para frente. Com sua visão laser poderia queimar todo o dinheiro dos corruptos. Com seu sopro congelante, poderia congelar a inflação. Com seu disfarce de Clark Kent poderia escutar todas as maracutaias e abrir o bico para o Juiz Moro. Com sua visão de raio X, poderia encontrar onde colocaram o dinheiro da saúde e da segurança.

Porém, como todos sabem a fraqueza do superman, a krip-tonita (além da Lois Lane é claro), nem ele daria conta de ajudar pois muitos por aqui logo encontrariam este e um me-tal mais precioso ainda para oferecer: o ouro.

Perguntar não ofende: de onde saíram os mais de R$120 Bi para pagar o déficit público ( diga-se “má gestão” ) de 2015 mais as pedaladas fiscais de 2014 e anos anteriores? Do Te-souro Nacional, um Fundo para ser usado em situações ex-tremas. Não, portanto, para pagar pedaladas fiscais ou erros de má gestão. Isto vai gerar mais inflação mas ninguém está falando nisto. Qual a preocupação com o povo quando se ad-ministra tão mal as contas públicas e se toma uma decisão como esta?

Bem, termino dizendo que o Brasil não precisa do super-man do cinema mas de uma pessoa real que lidere este país para frente sem pensar em perpetuação de poder. Não pode-mos depender tanto dos governos e de políticos. Como eles aumentam impostos!!!!! Temos que ser mais autossuficien-tes e acreditar que Deus é brasileiro só de vez em quando, não sempre. O resto é por nossa conta. Acredite mais em você, cobre mais dos governantes, faça sua parte e busque novos horizontes com ética, honestidade e suas próprias forças.

Pense nisso e vá em frente.

Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor nacional e internacional, professor universitário.

Envie seus comentários e/ou sugestões para [email protected]

mais do que intermediadores de nosso negócio, somo con-selheiros, ouvintes, trocamos experiências e acima de tudo nos envolvemos na busca da melhor solução para o cliente”, afirmam as sócias proprietárias Jordana Franceschina Fronza e Jucileide Persico Toniolo.

A história da Vitta Giusta passou por muitos desafios, mas acima de tudo, por su-peração das expectativas, fa-zendo com que a convivência com os clientes formasse no-vas amizades e novos aprendi-zados. “Com isso, superamos

obstáculos e chegamos aos oito anos maduras e conscien-tes no trabalho sério que apre-sentamos”, salientam.

Quem faz aniversário é a Vitta Giuta, mas quem ganha o presente é o cliente. Em fun-ção da boa relação da corre-tora com os clientes, aqueles assegurados que indicarem um novo cliente ganhará um presente da corretora. A Vitta Giusta está localizada na rua Emílio Pozza, 576 - Maria Go-retti. Mais informações pelo telefone:(54) 3453-5936.

O compromisso diariamente renovado pela Meber com a ex-celência dos produtos e servi-ços que oferece ao mercado foi, mais uma vez, reconhecido pe-los parceiros. A marca foi eleita como ‘Fornecedor Destaque’ pela Redemac, com premiação entregue em solenidade realiza-da na noite de 8 de dezembro, em Porto Alegre (RS).

Critérios como negociação, atendimento, entrega, participa-ção efetiva nas ações da rede e relacionamento foram avaliados pelos associados à rede a fim de determinar os contemplados.

Meber é destaque da Redemac 2015 Atualmente, a Redemac tem quase 70 fornecedores – sendo que apenas cinco são premiados – por votação, fazendo com que os indicados sejam criteriosa-mente avaliados. “Ficamos mui-to orgulhosos em receber, nova-mente, essa homenagem. Esse é um importante reconhecimento ao trabalho de toda equipe, que ano após ano, não mede esfor-ços para atender de forma dife-renciada os parceiros da rede”, avalia o gerente nacional de ven-das, Jael L. Zardin.

A Redemac é uma rede asso-ciativa de lojas de materiais de

construção, com 70 pontos de venda no Rio Grande do Sul. É formada por empresas tradi-cionais já consolidadas no mer-cado. Com mais de 10 anos de atuação, é uma das fortes redes originadas do projeto Redes de Cooperação da Sedai (Secretaria do Desenvolvimento dos As-suntos Internacionais do Estado do Rio Grande do Sul).

A decisão de ampliar o nú-mero de associados gerou a ne-cessidade de oficializar a união do grupo de lojistas, fazendo com que procurassem o apoio e orientação da Sedai.

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Ftec oferece curso inédito de Engenharia no estado

A Ftec Faculdades é a única instituição do Rio Grande do Sul a ofertar o bacharelado em Engenharia da Mobilida-de, e uma das poucas do Bra-sil. O Ministério da Educação (MEC) autorizou o curso na unidade de Caxias do Sul, por meio da portaria nº 1040, de 24 de dezembro de 2015. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União.

O objetivo do curso é prepa-rar profissionais com um perfil multidisciplinar e visão sistêmi-ca, capazes de planejar, execu-tar e gerir soluções de mobili-

O automóvel Palio Fire 0Km ficou com a ganhadora Caroline Catania O curso de Engenharia da Mobilidade terá 50 vagas disponíveis para o próximo Vestibular de Verão

- Sábado, 9 de janeiro de 2016 17Empresas Empresários&

Comprometida com a res-ponsabilidade social, a MO-VERGS foi uma das apoiado-ras do “Ser Senai” – projeto voluntário coordenado pelo Senai Cetemo de Bento Gon-çalves. Com o objetivo de de-senvolver e incentivar o vo-luntariado entre profissionais e alunos, o programa atuou em melhorias e reformas na “Casa de Acolhimento” do município, que atualmente abriga cerca de 11 crianças e adolescentes.

Para a ação, 35 alunos e professores empenharam-se no desenvolvimento de no-vos móveis para o lar, além de pintura de salas e novos ambientes. Entre os meses

de novembro e dezembro, os voluntários usaram seus conhecimentos técnicos para instalação de mobiliário na lavanderia, sala de estudo, brinquedoteca, quartos, sala e recepção. “O ‘Ser Senai’ foi pensado para desenvolver um espírito de solidariedade entre alunos e profissionais. A oportunidade é de colocar em prática o que foi aprendi-do em sala de aula e também fazer o bem. Com a colabo-ração de todos conseguimos transformar o mundo dessas crianças”, destaca o diretor do Senai Cetemo, Cesar Modena.

O projeto “Ser Senai” teve apoio da MOVERGS, Multi-móveis e Pinusplac.

MOVERGS apoia o projeto voluntário “Ser Senai”

dade de pessoas e produtos, com eficiência, aliadas à sus-tentabilidade ambiental. É um profissional cada vez mais re-querido na busca das soluções no mundo contemporâneo, no qual pessoas e objetos precisam se movimentar com agilidade, segurança e bem-estar.

De acordo com o Eng. MSC. Claudio Fernando Rios, vice-presidente Estudantil da SAE - Regional Caxias do Sul, o curso de Engenharia da Mobilidade que a Ftec Caxias do Sul criou é uma oferta ino-vadora considerando que não

há outro na região e poucos no Brasil, oportunizando aos egressos um vasto campo de trabalho. “Seus egressos se-rão profissionais de criação de soluções de mobilidade para cidades e para produtos, au-mentando a qualidade de vida das pessoas, um bem cada vez mais valorizado”, relata.

O curso tem duração de cinco anos e serão disponibilizadas 50 vagas para o Vestibular de Ve-rão. A próxima prova acontece no próximo dia 12 de janeiro. Inscrições e informações: www.fazftec.com.br 0800 606 0 606.

O tradicional galeto al pri-mo canto do Casa DiPaolo cruzou as fronteiras do Esta-do. Desde o dia 22 de dezem-bro, está oficialmente aberto o décimo primeiro restauran-te da marca e o primeiro fora do Rio Grande do Sul. A nova unidade fica no complexo das lojas Flamingo, na BR-101, entre Itapema e Camboriú (SC), gerenciada pelo sócio Roberto Geremia, irmão do fundador do Casa DiPaolo, Paulo Geremia. O restauran-te, com capacidade para 140 pessoas, serve a típica culiná-ria italiana, como radicci com bacon, salada de maionese, galeto al primo canto, massas e molhos, polenta, queijo à

O restaurante serve a típica e saborosa culinária italiana

Casa DiPaolo inaugura nova filial

dorê, sobremesa e uma seleta carta de vinhos.

Hoje, o DiPaolo está pre-sente em Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul,

Gramado, Porto Alegre e Re-canto Maestro e é considera-do o melhor galeto do Brasil pelo Guia Quatro Rodas há 13 anos consecutivos.

Quem dedicou seu tempo, es-forços e criatividade para espa-lhar o espírito natalino recebeu seu merecido reconhecimento na manhã do dia 24 de dezem-bro, quando foram divulga-dos os resultados do concurso Natal Bento 2015, promovido pelo CDL, com apoio da Pre-feitura e Secretaria de Turismo. Neste ano, a promoção regis-trou a participação de mais de 30 inscritos – 27 lojas e cinco residências. Na categoria lojas, os contemplados com o troféu

CDL realiza entrega dos prêmios do Natal Bento 2015

foram Ideias e Presentes, se-guida por Mundo do Presente e Horos (São Bento). Na cate-goria residência, os vencedores foram Ademar Rodrigues da Silva, Thereza Ferrari Tumelero e Leda Marignan Mazzochin.

Por outro lado, entre os cerca de 300 mil cupons distribuídos pelas 117 lojas na promoção Bento Natal Premiado, o au-tomóvel Palio Fire 0Km ficou com ganhadora Caroline Ca-tania, com tichket de compra registrado na Loja Collecione .

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Sábado, 9 de janeiro de 201618

A 7ª edição do Bento em Vindima ocorre de 14 de

janeiro a 13 de março e envolve ações ligadas à colheita de uva e a cultura da região. Segundo o secretário Municipal de Tu-rismo (Semtur), Gilberto Cris-tino Durante, o município deve receber mais 120 mil pessoas. “Sabemos que o turismo inter-no está crescendo e deve refle-tir em Bento”, avalia Durante.

Ele explica que o evento é uma grande festa com muitas atrações que valorizam a cultura e tradi-ção do município. “É época de celebrar a colheita do fruto que dá origem ao principal produto

*CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES SEMANÁRIO OU NO SITE JORNALSEMANARIO.COM.BR

Programação envolve experiências como piquenique nos parreirais, passeios de Tuc Tuc, jogos italianos e gastronomia

Vivenciar a colheita da uva é um dos programas mais procurados pelas pessoas que vem ao município

7ª Edição do Bento em Vindima abre dia 14Colheita da uva

Dia 14 de janeiroAbertura da Vindima

Momento para desfrutar uma experiência sensorial envolven-do os cinco sentidos humanos.Horário: 18h30minLocal: Sítio de Lazer Zucchi

Onde: Rota Rural Encantos de Eulália - Linha EuláliaGratuito

Abertura da Vindima no Vale dos Vinhedos

Curso de degustação de vinhos e espumantes da Vinícola Tor-cello. (Hotel Villa Michelon)

Pisa de uvas e celebração reli-giosa. (Salão da Comunidade do 8 da Graciema)

Filó Italiano com corais típicos da região, conjunto de acor-deões de Santa Tereza e degus-tação de vinhos. (Salão da Co-munidade do 8 da Graciema)

Dia 23 de janeiroHorário: 17h às 00hLocal: Dal Pizzol Vinhos Finos

Onde: Rota Cantinas Históricas, RS 431, Km 5,3 - Distrito de Faria Lemos

Colheita Simbólica no Vinhedo do Mundo

Horário: 10h30min Local: Dal Pizzol Vinhos FinosEndereço: Rota Cantinas Histó-ricas, RS 431, Km 5,3 - Distrito de Faria Lemos

Realização: Dal Pizzol Vinhos Finos, Adega e Ecomuseu da Cultura do Vinho

Curso de Harmonização de Vi-nhos e EspumanteLocal: Vinícola Salton Horário: 18h

Onde: Farina Park Hotel - RST 453, Km 106Evento gratuito

Colheita e Pisa de UvasApresentação do Coral Italiano, merendin (polenta mole, coxi-nha de frango, salame, copa, pão colonial e geleias), degus-tação de vinhos e sucos, pas-seios de Tuc Tuc.

Dias: 31 de janeiro e 14 de fevereiro Horário: 10h às 16hLocal: Sitio de Lazer ZucchiEndereço: Rota Rural Encantos de Eulália - Linha Eulália

Dia 6 de fevereiro 2ª Festa da Cuccagna Pisa da uva, sabragem, cam-peonato árvore da cuccagna, merendin, vinhos e sucos de uva.Horário: 19hOnde: Capela Nossa Senhora da Glória

Onde: 40 da Leopoldina – Dis-trito Vale dos Vinhedos

Início da programação*

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Cristiane Grohe [email protected]

Geral

turístico do município, o vinho. Além disso, os turistas e morado-res podem ter experiências úni-cas como participar da colheita ou fazer piquenique embaixo de uma parreira”, conta. De acordo com Durante, os parreirais estão carregados de uvas, esperando para serem colhidas. “Bento em Vindima vem agregando a cada ano mais atrativos a sua progra-mação, buscando resgatar a tra-dição e cultura dos imigrantes”.

As atrações que integram a pro-gramação do Bento em Vindima vão desde a colheita simbólica e a pisa das uvas, apresentações cul-turais de corais, jogos italianos e gastronomia típica. A programa-ção ocorre também nos hotéis, vinícolas e restaurantes.

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2016Perspectiva

O que esperar de 2016 depois das turbulências econômi-cas e políticas vividas por diversos segmentos? Após

um ano conturbado, lideranças de diversas áreas do mu-nicípio continuam apostando no trabalho em conjunto, otimismo, inovação, investimento em exportações e qua-lificação de trabalhadores para retomar o crescimento. Em 2015 as lideranças já se movimentaram no sentido de buscar alternativas para a crise. A expectativa é de que du-rante os próximos meses as mobilizações em prol do cres-cimento continuem.

Apesar dos economistas apontarem mais um ano difícil, as lideranças apostam num crescimento principalmente no segundo semestre. Ouvidos pelo Semanário, a maior parte dos presidentes de entidades não gosta de usar a pa-lavra crise, e sim superação.

Trabalham com otimismo e expectativa de melhora para esse ano, apesar das indicações negativas para o restante do país. Confira nas próximas páginas o que esperam as entidades do município para o ano que começou.

Sábado, 9 de janeiro de 2016 19

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Ações conjuntas serão o caminho para as prefeituras

Um ano de busca por rentabilidade em meio à crise

Amesne

CIC/BG

Presidente da Associação, prefeito barbosense Fernando Xavier da Silva

Piccoli destaca as dificuldades do próximo ano, mas aposta em união e bastante trabalho como solução

A Associação dos Municí-pios da Encosta Superior

do Nordeste (Amesne) é pre-sidida pelo prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva. A entidade foi fundada em 3 de junho de 1966 e possui 33 cidades filiadas. De acordo com o diretor, a entidade pos-sui condições de propor estu-dos de cunho científico, mas acaba discutindo assuntos do cotidiano dos municípios, que na região são semelhantes.

Para Xavier, mesmo diante das dificuldades é necessário que não se perca o entusiasmo. Ele sugere que as lideranças se unam mais. “No passado, a Serra Gaúcha se uniu. Foi rea-lizada uma ação conjunta entre empresários, gestores e seto-res, e hoje quem sabe não seria necessária uma nova mobili-zação e começar por aqui essa mudança no Rio Grande?”, questiona. O presidente da entidade aponta que é preciso pensar de forma estratégica em conjunto e deixar um pou-co de lado as vaidades pessoais e focar naquilo que é público e influencia diretamente na po-

Nos últimos dias do ano, Laudir Piccoli assumiu a

presidência do Centro da In-dústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves. A partir de agora, o ex-presi-dente da ExpoBento assume a responsabilidade da entida-de em período de dificuldades econômicas e muitos desafios. Entretanto, Piccoli aposta em uma melhora do cenário político-econômico brasileiro a partir do segundo semestre. “Para 2016, acredito que a eco-nomia continue em recessão no primeiro semestre e partir do segundo semestre comece a melhorar. Para isso é preciso que sejam resolvidas as ques-tões políticas, o que promoverá o aumento do crédito do país resultando em mais consumo e novos investimentos”, salienta.

Leonardo Giordani, que es-teve à frente da entidade em 2015, também precisou en-frentar as dificuldades que co-meçaram ainda em 2014, mas ações em conjunto com as in-

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pulação. “É uma difícil tarefa para 2016”, avalia.

A gestão frente à Associação se estende até o mês de março, quando ocorre mais uma elei-ção para a diretoria. O man-

dato é de um ano. Em 2015, Xavier propôs um trabalho diferenciado para os prefeitos, onde foram constituídas co-missões para debater diversos temas como agricultura, segu-

rança, saúde e propor ações. “Alguns grupos avançaram e outras nem tanto. Tem que partir de nós questionar para pedir e tentar solucionar as demandas”, revela. De acordo com ele, é fundamental a orga-nização e, a partir dela, montar estratégicas para que se avance e os projetos sejam concreti-zados. Entre as comissões que tiveram um resultado positivo está a da regulamentação da comercialização dos produtos da agroindústria familiar.

Uma dos exemplos citados pelo chefe do Executivo barbo-sense, que podem ser trabalha-dos em conjunto, é a criação de uma Central Coletiva de Moni-toramento para a Segurança. “Ao invés de ficarmos pedindo um soldado para o Estado, que não possui recursos, podemos formar um consórcio entre os municípios”, sugere. Xavier acredita que é necessário pen-sar em estratégias para obter recursos, tendo em vista a crise financeira que assola o país. “É preciso evoluir na região e dei-xar o ‘eu’ e começar a pensar e agir com o ‘nós’”, reflete.

Entre as situações que se-guem sem definições está a cidade para a instalação do campus da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra Gaúcha. A Associação sugeriu uma área localizada no Vale dos Vinhe-dos, entre os municípios de Bento Gonçalves e Garibal-di. “É preciso abrir mão das vaidades e buscar o envolvi-mento regional para se obter resultados em 2016”, projeta. Ele lembra que, mesmo o pró-ximo ano sendo de eleições municipais, é preciso que os prefeitos tenham a responsa-bilidade e atendam as deman-das de cada cidade.

No ano que passou, entre as ações realizadas pela Ames-ne esteve a Missão Técnica a Israel. A viagem foi realizada entre os dias 6 a 14 de novem-bro. Para Xavier é preciso que esse tipo de atividade continue sendo desenvolvida, tendo em vista que proporciona um co-nhecimento para os gestores que podem ser aplicados em seus municípios de acordo com a sua realidade.

dústrias ajudaram a manter as boas expectativas para 2016. O ano que passou também foi marcado pelo centenário da entidade e uma série de come-morações lembrou a importân-cia da atuação do CIC em Ben-

to Gonçalves. Para o seu mandato, Picco-

li espera encontrar soluções para enfrentar as dificuldades, principalmente nos setores mais atingidos como o metal-mecânico e o moveleiro. Se-

gundo ele, a falta de crédito e os juros altos têm ocasionado a redução do consumo, principal fator que precisa mudar para 2016. “O atual momento é de-licado e exige muita atenção. Reduzir custos, rever proces-

sos e esperar que o momento político melhore, sempre tra-balhando bastante e focado na rentabilidade do negócio, pode ser uma alternativa para os empresários. Acredito que a solução parcial para demissões e a melhora da economia vem com a qualificação profissio-nal, precisamos inovar e traba-lhar muito pensando sempre no progresso”, destaca.

Apesar das dificuldades que apontam surgir, o presidente do CIC/BG destaca que a união entre as cidades da região pode ser positiva para um crescimen-to em conjunto. Além da junção de forças, o trabalho contínuo também deve amenizar a situa-ção. “A união entre municípios da região cria o fator positivo na construção de soluções que atendam a demanda dos muni-cípios com necessidades e pro-jetos em comum. Deixo a men-sagem de que as crises sempre aconteceram, são cíclicas, e a solução é continuar trabalhan-do bastante”, finaliza.

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2016Perspectiva20 Sábado, 19 de dezembro de 2015

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Geral

Associados

Projetos

Confiança e pensamento positivo para o próximo anoSitracom

Itajiba Lopes sugere que os trabalhadores se mantenham atualizados

O Sindicato dos Trabalha-dores nas Indústrias da

Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom) começa 2016 conseguindo um aumento antecipado de salário em 5% para os trabalhadores das indústrias de móveis. O presidente da entidade, Itajiba Lopes, enfatiza que em meio às dificuldades presenciadas em 2015, o sindicato optou por co-meçar 2016 de forma positiva conseguindo um adiantamento de aumento em 5% para esta categoria.

Lopes afirma a importância de se começar o ano com mais ânimo, assim as expectativas tendem a aumentar e as pos-sibilidades de 2016 ser melhor do que 2015 também crescem. “Esse aumento ajuda a dar mais ânimo para os trabalha-dores. Os primeiros meses do ano são marcados pelos gastos extras e pelo salário reduzido devido às férias coletivas. O aumento deve ajudar os traba-lhadores a ficarem mais tran-quilos e terem mais esperança em 2016”, justifica.

Apesar das dificuldades de

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2015, o presidente do sindi-cato enfatiza a necessidade de se manterem as boas expecta-tivas, o pensamento positivo e o trabalho contínuo pensando

em melhorias. “No primeiro semestre ainda devemos sen-tir alguns reflexos. Entretanto, acreditamos que, a partir do segundo semestre, já come-

çaremos a verificar melhoras. Precisamos estar confiantes”, estima.

As boas estimativas para 2016, entretanto, não se de-vem apenas à necessidade de se pensar em crescer. O presi-dente do sindicato lembra que 2015 não foi o melhor ano, mas que Bento Gonçalves pode ce-lebrar a estabilidade que con-seguiu atingir nos indicativos na maioria dos setores eco-nômicos. “Este ano foi difícil, como todos já sabemos. No en-tanto, acredito que Bento Gon-çalves ainda possa comemorar, já que os índices de desempre-go não foram tão altos se com-pararmos com os de outras cidades. Além disso, o número de demissões na cidade não foi tão superior ao de 2014, por isso acredito que conseguimos manter uma média e ordem na economia do município”, ex-plica.

Entre outras conquistas do Sitracom, Lopes destaca o fe-chamento das duas conven-ções coletivas e do ganho real atingido para o salário dos tra-balhadores do mobiliário e da

construção civil. Em tempos de crise, ele adianta, fechar acor-dos salariais se tornam tarefa difícil. Outro ponto que pode dar ainda mais ânimo para os funcionários destas categorias é que as demissões não devem ocorrer como em 2015. “As empresas já fizeram as demis-sões que tinham pra fazer. Os empresários estão trabalhando com um quadro tão reduzido de funcionários que acredito que seja difícil as demissões aumentarem no que vem”, completa.

Contudo, o presidente do sindicato lembra a importância da preparação profissional, das qualificações que os empre-gados precisam fazer para se manterem atualizados no mer-cado de trabalho. “O mercado está cada vez mais competitivo e, em um ano como 2016, vai se sair bem quem estiver mais preparado. Não é porque o nú-mero de demissões deve dimi-nuir que as pessoas podem se acomodar. Os funcionários e empresários precisam traba-lhar juntos para crescer jun-tos”, finaliza.

Atuaserra

Meta é dar continuidade ao fomento do turismoHá 30 anos, a Associação

de Turismo da Serra Nor-deste (Atuaserra) unifica suas ações voltadas a promover o desenvolvimento do turismo sustentável na Região Uva e Vinho através da articulação, integração e aporte de conhe-cimentos para seus associados, buscando a melhoria da quali-dade de vida nas comunidades envolvidas. A meta é continuar com este objetivo para 2016.

A Atuaserra coordena as ações de desenvolvimento do turismo regional e mais, a sus-tentabilidade das comunida-des, a manutenção da cultura e do ecossistema em potencial existente na região.

Criada em Caxias do Sul, atualmente 24 cidades es-tão ligadas à Associação, que em julho deste ano elegeu a nova diretoria para o biênio 2015/2017. À frente da entida-de está o empresário de Nova Prata e representante da CIC--CDL- Sindilojas, Jorge Cape-lari, um dos fundadores da en-tidade e que já ocupou outros

cargos na Atuaserra.Para o ano de 2016 constam

nos planos a continuidade das ações de desenvolvimento do turismo, atividades que envol-vem o Vale dos Vinhedos, espe-cialmente a integração dos três municípios que o constituem: Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.

Para que as ações planeja-das sejam colocadas em práti-ca no próximo ano, a diretoria conta com o mínimo de estabi-lidade econômica e vai além: “Esperamos que o governo do Estado assuma a sua parce-la de responsabilidades para que os municípios possam investir no desenvolvimento local”, explica o presidente Jorge Capelari. A principal preocupação da diretoria para a continuidade das atividades programadas para 2016 é a falta de recursos para investi-mentos no turismo.

Em 1995, já com 19 muni-cípios integrantes, decidiu-se

implantar uma contribuição mensal, incentivar a participa-ção dos novos municípios que se originaram a partir dos pro-cessos de emancipação desta década. Hoje com 30 associa-dos, conta também com a par-ticipação da iniciativa privada através dos Centros de Indús-tria e Comércio, Sindilojas e

CDLs e os Sindicatos de Hotéis Restaurantes Bares e Similares da Região.

Desta forma, em 1997 foi eleito o primeiro presidente da Atuaserra proveniente da iniciativa privada, que passou a dar o cunho de execução, ca-pacitação, profissionalização da entidade, estruturando-a e

contratando profissionais para que desenvolvessem as ações de implementação e promoção da Região Uva e Vinho.

Entre suas ações estão a preocupação de planejar me-canismos que tragam o desen-volvimento sustentável para a região, que possui riquezas em aspectos naturais e culturais. As atividades se fundamentam no conhecimento técnico do lo-cal, a criatividade, a compreen-são da realidade como um todo, os recursos financeiros disponíveis e o envolvimento ativo da comunidade alvo em todas as etapas do trabalho.

Atualmente a Atuaserra coordena e desenvolve os se-guintes projetos na Região Uva e Vinho: PAC Santa Tereza e Antônio Prado; Projeto Pu-lando Janelas; Projeto Monu-menta; Projeto Sinalização Tu-rística; Projeto Fortalecendo o Roteiro Vales da Serra; Projeto Tecendo Fios; e Projeto Embu-tidos da Serra Gaúcha.

Jorge Capelari está preocupado com a falta de recursos para o setor

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212016PerspectivaSábado, 19 de dezembro de 2015

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Orildes pretende fortalecer o trabalho do sindicato na região

SEC-BG

Trabalhar para defender melhorias da categoria comerciáriaO Sindicato dos Empregados

no Comércio de Bento Gon-çalves (SEC-BG), é presidido por Orildes Maria Lottici. Para ela, 2015 foi um ano de vários desafios, mas com a visão de superar os reflexos negativos da crise política e financeira no Brasil e para o ano de 2016 não será diferente. “Nós somos espe-rançosos por natureza. O ser hu-mano é assim. Continuaremos defendendo melhorias nas con-dições de trabalho e nos salários da categoria comerciária e tra-balharemos ainda mais na busca de convênios e de serviços para nossos associados”, comenta.

Além disso, ela afirma que está trabalhando para a ins-talação de uma academia dos comerciários, com horários flexíveis e acompanhamento de profissionais, bem como na instalação de um serviço dirigi-do à beleza da mulher comer-ciária, na sede do Sindicato. “Também queremos consoli-dar o uso dos serviços do res-taurante do Sesc por parte dos comerciários de Bento Gonçal-ves, que é de qualidade e preço subsidiados aos trabalhadores dos setores do comércio e ser-viços”, comenta.

Segundo Orildes, uma nova diretoria assume agora com vá-rios novos integrantes. “Isso nos faz mais renovados e em condi-

ções de ampliar o trabalho na formação de nossas lideranças. Vamos fortalecer nosso trabalho nos municípios da nossa região e implementar os trabalhos já realizados nos quatro escritórios regionais”, destaca.

Quanto a novos avanços, a presidente esclarece que em um mundo cada vez mais globalizado e tecnológico, as novidades e os avanços são constantes. “Ao mesmo tem-po em que isso é importante e fascinante, às vezes nos causa certos receios. A aproximação que a tecnologia nos oferece faz com que as informações nos cheguem com uma veloci-dade impressionante e facilita o contato com pessoas distan-tes”, salienta.

Porém, no que diz respeito ao comércio, ela comenta que se vê a necessidade de os negó-cios locais se aperfeiçoarem em todos os sentidos. “O comércio eletrônico vem ocupando es-paços cada vez maiores. Somos sabedores de que quanto mais pessoas tiverem acesso à inter-net, maior a possibilidade de aumento das vendas através do e-commerce, e obrigatoria-mente maior é a necessidade do nosso aperfeiçoamento lo-cal nas lojas físicas, para man-termos os negócios e os empre-gos do setor”, afirma.

muito trabalho e compromis-sos. “Independentemente de elas existirem ou do tamanho destas, sempre trabalhamos e buscamos atualização e conhe-cimento, e é isto que vamos con-tinuar fazendo. Afinal, como diz o ditado, enquanto uns choram, outros vendem lenços. Nós, co-merciários, temos que vender os lenços”, aborda.

Com a expectativa de um novo ano próspero, a presi-

Aquecer exportação e serviço de design estão entre as medidas Sindmóveis

O Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento

Gonçalves (Sindimóveis) é, na verdade, um conceito muito mais amplo do que aquele que a expressão – sindicato – com-portaria. Ele atua como autor e também ator no desenvolvi-mento da indústria moveleira, seja em termos numéricos ou de qualidade.

Impulsionar a produção para o mercado externo e focar no aperfeiçoamento dos produtos por meio do design estão entre as principais ações do Sindica-to das Indústrias do Sindmó-veis para o ano de 2016. Ain-da que as exportações do polo moveleiro da região tenham registrado queda de 29% de ja-neiro a outubro de 2015, o se-tor visa estimular a comercia-

dente complementa que será implementado um programa de formação e qualificação da diretoria. “Queremos que este conjunto de 20 dirigentes este-jam capacitados a contribuirem na diminuição de possíveis con-flitos da relação de trabalho na categoria”, esclarece.

Muito são os projetos ideali-zados pela entidade para o ano vindouro. Segundo ela, além da viabilização da academia dos comerciários e do espaço da beleza da mulher comerciá-ria, serão promovidos encon-tros da categoria profissional em datas comemorativas. “Al-gumas datas como 8 de março, 1º de maio, 30 de outubro (Dia do Comerciário) e no 28 de no-vembro, que é o aniversário do Sindicato devem ser comemo-radas”, afirma.

Além disso, ela acredita que a vida institucional do sindi-cato apresenta uma agenda e não são medidos esforços para cumprir com qualidade todos os projetos que envolvem os in-teresses da categoria comerciá-ria na região, no Estado do Rio Grande do Sul e no Brasil. “ Va-mos cumprir a agenda dos co-merciários com os compromis-sos que temos com a Fecosul, nossa federação, a CNTC, nossa Confederação e a UGT a nossa Central Sindical”, finaliza.

lização de produtos locais no mercado internacional como forma de driblar a crise. “Que-remos fortalecer ainda mais o mercado externo, com ações como o Projeto Raiz, destinado à promoção internacional do serviço do designer. A questão do design segue como priori-dade, incluindo a realização do prêmio Salão Design, que entendemos ser um grande diferencial para que as nossas indústrias possam brigar por mercado com qualidade e dife-renciação”, pontua o presiden-te do Sindmóveis, Henrique Tecchio.

Além disso, para comemorar as 20 edições da Movelsul Bra-sil – principal feira de móveis e complementos da América Latina –, a entidade criou o

projeto Somos Móveis. Entre as ações, está a revitalização da praça Achyles Mincarone, no bairro São Bento. Para viabi-lizar esse trabalho, o Sindmó-veis convidou os estúdios Bria Design, Eduardo Nuncio, In-tervento Design, Studio Mar-ta Manente, Projeto 3 e UNT Design a criarem novas peças para o parquinho. O projeto ainda prevê outras ações para a comunidade, como memó-rias da feira na internet e um evento itinerante de janeiro a março, período que antecede a Movelsul. As pessoas também serão convidadas a comparti-lhar todas as ações nas redes sociais com a #SomosMóveis. A ideia é reforçar Bento Gon-çalves como o principal polo moveleiro do país.

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Impulsionar a produção para o mercado externo faz parte das ações

2016Perspectiva22

Este é um dos motivos, segun-do a presidente, pelo qual o nos-so comércio deve se reinventar constantemente, treinar os fun-cionários no local de trabalho, facilitar o conhecimento de pro-dutos, serviços e tecnologias de vendas para conquistar o espaço das vendas eletrônicas.

Para enfrentar as adversida-des no próximo ano, Orildes esclarece que não há outra for-ma de enfrentá-las se não com

Sábado, 19 de dezembro de 2015

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Presidente Daniel Amadio aposta em parcerias e convênios contra crise

O sindicato do Comércio Va-rejista de Bento Gonçal-

ves (Sindilojas-BG), presidido por Daniel Amadio, é realista quanto ao cenário econômico nacional para este ano. Com previsão de continuidade da estagnação comercial, o líder da entidade revela que a apos-ta do grupo para resistir as adversidades de 2016 é a pro-moção de capacitação de asso-ciados e a abertura de novos convênios com bancos para acesso ao crédito.

Com expectativa de tornar a entidade mais transparente e participativa nas ações em prol dos representados, Amadio ressalta alguns dos pontos de engajamento da entidade para este ano. “Teremos pela frente as discussões que envolvem a Convenção Coletiva de Traba-lho e esperamos contemplar os propósitos do Comércio e dos Serviços da nossa base territorial sem prejudicar os interesses da categoria laboral. Também queremos ampliar a campanha firmada com a Feco-

mércio, que visa unir os repre-sentados na luta contra a volta da CPMF, onde já estamos mo-bilizando lideranças para que o movimento seja bastante re-presentativo. Também vamos continuar colaborando com as

entidades assistenciais do mu-nicípio como a Abraçaí, a Liga de Combate ao Câncer, o Lar do Ancião e órgãos de seguran-ça da cidade”, afirma.

Quanto às ações planeja-das, o presidente revela como

uma das prioridades a busca por firmação de novos convê-nios para atender os anseios dos representado. “Também queremos aumentar a nos-sa base de associados através dos nossos acordos e serviços, assim, queremos conquistar mais empresas para fazerem consultas ao banco de dados do SCPC/Boa Vista”, afirma. Amadio também ressalta a ampliação em 50% do núme-ro de linhas telefônicas das operadoras Vivo e Claro, par-ceiras da entidade e oferecer mais serviços bancários por meio do Banrisul e Sicredi.

O negativismo proveniente da estagnação econômica não é desconsiderado pelo presiden-te como elemento incitante a duras perspectivas para 2016. “Para o ano que se apresenta, infelizmente não é possível traçar boas projeções. Acre-ditamos que a crise política e financeira continue a afetar nossa economia e esperamos que se mantenha recessiva. Nossos representados conti-

nuarão tendo extrema cautela e, infelizmente, registrando vendas abaixo do que se pre-via. Acreditamos que nossos representados estão prepara-dos para mais um ano difícil e juntos, sindicato e associados, vamos conseguir atravessar esta fase difícil. A crise está aí e não descartamos que alguns associados atrasem o paga-mento de suas mensalidades junto à nossa entidade. Isso é fato comum em época de crise. Como existe ainda essa pos-sibilidade da volta da CPMF, talvez tenhamos que cortar a gratuidade nos serviços bancá-rios que oferecemos, pois não poderemos onerar nossa enti-dade” revela.

Amadio também ressalta que sempre que a entidade possuir condições buscará a ampliação da gama de con-vênios que oferece. “Também queremos ampliar a represen-tatividade da nossa base ter-ritorial e buscar projetos que visem o crescimento da nossa comunidade” finaliza.

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Sindilojas

Aposta em novas alternativas para o crescimento dos associados

Busca pela união do setor para amenizar dificuldadesSindal

O Sindicato da Indústria de Alimentação de Bento

Gonçalves (Sindal) agora está com escritório situado junto ao Simmme, na alameda Fenavi-nho. Segundo Valdecir Durli, presidente do Sindicato, a en-tidade vem, há alguns anos, mantendo e fortalecendo os laços entre os associados para mostrar a importância do asso-ciativismo e sua segurança.

Ainda, segundo o presidente, dando segmento às atividades já realizadas, o Sindal preten-de, em 2016, continuar a busca pela união do setor para ame-nizar as dificuldades e dar se-guimento às reuniões palestra com temas importantes. Além disso, realizar um jantar bai-le do panificador no mês de julho. “Queremos prosseguir com os trabalhos que deram certo em 2015 como é o caso do curso de comunicação efi-caz: ‘Vendendo mais falando melhor’. Também continuar a campanha, através dos canais de comunicação ‘Comprar ali-mentos com procedência segu-ra’, demonstrando os cuidados que as pessoas devem ter ao

comprar seus alimentos com qualidade”, relata.

Quanto às expectativas para o ano, o presidente não vê di-ficuldades para a entidade em si, mas para as empresas que compõem seu quadro associa-tivo. “As dificuldades vem acu-mulando de uma maneira que deverá haver, por parte dos empresários do setor, muita habilidade e informação para superar e se manter aceso no mercado, que por si só já é um grande desafio”, comenta.

No setor de farinhas, de acor-do com Leomar Tondo, pela primeira vez se percebeu o im-pacto da recessão econômica no segmento de alimento básico. “No Brasil, estima-se que a que-da de moagem de trigo tenha caído entre 3% e 10%, conforme a região. Os aumentos de cus-tos, sobretudo, do câmbio e da frustração da safra de trigo, não foram possíveis seu total repas-se. Assim as rentabilidades do setor caiu sensivelmente”, es-clarece. Segundo ele, 2016 co-meça marcado com a manuten-ção da pressão de custos e com a necessidade de repasse aos

preços, para não comprometer a saúde financeira das empre-sas. “Todas terão que se adap-tar a este novo padrão de con-sumo. Esperamos um segundo semestre de 2016 melhor que o primeiro”, ressalta.

Já no setor de congelados, de

acordo com Francisco Acosta, as expectativas para o próximo ano não são nada boas, pois o cenário indica que será um ano difícil, parecido com 2015. “O que nos resta fazer é trabalhar-mos duro para não perdermos clientes. Para isto temos que

cuidar ainda mais da quali-dade dos produtos e de um melhor atendimento, pois na crise eles ficam mais exigen-tes e dão muito mais valor ao pouco dinheiro que lhes resta”, comenta. Além disso, ele acre-dita que a união é necessária. “Temos que nos unir e pensar criativamente para fidelizar nossos clientes, ao mesmo tempo em que não podemos aumentar os custos de nossos produtos”, relata.

De acordo com Acosta, não se imagina uma melhoria da economia em curto prazo. “As dificuldades que estamos en-frentando hoje, provavelmen-te continuarão nos próximos dois ou três anos. Com este horizonte pela frente, não bas-ta apenas não perder clientes e tentar vender mais aos que já temos, ‘temos que sentar em cima do caixa’ (como diz o professor Luiz Marins). Será preciso combater toda forma de desperdício de inadimplên-cia, manter estoques baixos e o quadro funcional reduzido. A regra é fazer mais com menos”, esclarece.Valdecir Durli comanda o Sindicato da Indústria de Alimentação

2016Perspectiva 23Sábado, 19 de dezembro de 2015

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Com mais de meio século de atividades em Bento Gon-

çalves, o Sindicato dos Traba-lhadores Rurais (STR/BG) pla-neja as ações para 2016. Para a atual presidente, Inês Faghe-razzi, primeira mulher a assu-mir a entidade em 2002, a ex-pectativa é continuar atuando junto aos agricultores de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Pinto Bandeira, além de estar atento a todas as necessidades e dificuldades enfrentadas pela categoria.

Entre as ações planejadas para o próximo ano está a rea-lização da Festa do Agricultor no dia 1º de maio e uma via-gem técnica para que alguns associados possam estudar e se atualizar. Também faz par-te do calendário de atividades para 2016 o Dia Internacional de Mulher comemorado em 8 de março, encontro de mulhe-res e de jovens, além de outros eventos que estão sendo plane-jados e de interesse do agricul-tor. “Precisamos comemorar as conquistas, descontrair, por isso já marcamos a festa para maio”, afirma Inês.

O objetivo do Sindicato é

Inês Fagherazzi projeta ano difícil para a agriculturaSindicato dos Trabalhadores Rurais

Presidente quer dar continuidade às ações em prol dos agricultores

Andréia espera uma reação positiva do setor no segundo semestre

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Bento Convention Bureau

Andréia planeja ações para incrementar o fluxo turístico

atender a demanda e as ne-cessidades dos agricultores, além de atuar e reivindicar o melhor para a categoria. “Sa-bemos que quanto melhor a

O Bento Convention Bureau continua traçando suas

ações para fomentar, atrair, ge-rar, organizar e estimular a cap-tação e a realização de eventos nacionais e internacionais para Bento Gonçalves, assim como estimular e incrementar o fluxo turístico. Para 2016 a entida-de planeja algumas estratégias, como apresentar e aproximar o Bento Convention e as organiza-doras de eventos do Rio Grande do Sul, aumentar o número de associados e oportunizar a gera-ção de negócios para os mesmos, além de apoiar a captação de eventos para a cidade.

Conforme a presidente da entidade, Andréia Zucchi, está previsto realizar oficinas de ne-gócios entre organizadores de eventos e associados do Bento Convention, participar de feiras e congressos do setor de eventos para o aperfeiçoamento, visitar organizadoras de eventos e pros-pectar novas, promover visitas técnicas em Bento Gonçalves para os organizadores de eventos

agricultura, melhor será para todos nós, pois sem agricultu-ra a cidade não almoça e não janta”, destaca.

Em meio ao cenário de proje-

tos para 2016 surge uma preo-cupação. A instabilidade econô-mica que afeta vários setores, aliada às variações climáticas que impactam diretamente no cultivo da uva, a presidente projeta um ano muito difícil. “Sabemos que a produção não será forte neste ano, além do que, os agricultores investiram muito mais que nos anos ante-riores e vão colher uma safra muito menor”, avalia.

A presidente acredita que outras dificuldades podem ser enfrentadas ao longo do ano, especialmente relacionada ao preço mínimo da uva, já que o custo de produção é superior ao preço pago. “Tem também a questão do seguro agrícola que é lei, mas os valores da subven-ção nunca são suficientes para cobrir a demanda”, lembra.

Outra questão que preocu-pa a presidente são os atos governamentais, incluindo as mudanças na previdência social, com isso a idade mí-nima para a aposentadoria dos agricultores passaria para 65 anos para homens e mu-lheres. “Não podemos deixar isso acontecer. Temos que nos

organizar e lutar contra essa ideia, para isso que temos uma entidade de classe. Mas, para conseguirmos nossos di-reitos e benefícios precisamos estar unidos e fortes”, diz.

Estas questões contribuem de forma significativa para o aumento do êxodo rural, es-pecialmente entre os jovens, que buscam cada vez mais um salário garantido no final do mês com um emprego na cidade. “Muitos fatores cons-piram contra o agricultor, as intempéries climáticas, a re-muneração pela uva colhida e, principalmente, o enve-lhecimento de nossos agri-cultores, mas mesmo assim adotamos políticas para que o trabalhador tenha na nossa entidade a mesma força que possibilitou alcançarmos os benefícios do Pronaf, Mais Alimento, aposentadoria, licença-maternidade, auxílio--doença, acidente de traba-lho, entre tantos outros, sem esquecer as forças ocultas que a cada dia que passa buscam tirar do agricultor seus di-reitos alcançados com muita luta”, conclui a presidente.

a fim de apresentar as estruturas disponíveis, continuar apoiando os eventos que estão previstos para Bento Gonçalves, trabalhar em parceria com a Secretaria de Turismo e o Sindicato Empresa-rial de Gastronomia e Hotelaria (Segh) no que tange à promoção do destino Bento Gonçalves e promover cursos e oficinas de qualificação ao trade com foco aos associados.

Andréia reconhece que 2015 foi um ano recessivo devido à retração da economia, mas prevê para 2016 uma retomada de crescimento para os eventos corporativos em função da ne-cessidade das empresas de rea-linhar as estratégias e reagir frente ao crescimento.

Quanto aos eventos promovi-dos por associações de classes e entidades, normalmente são eventos de grande volume e iti-nerantes, a perspectiva é que se mantenha estável, com possibi-lidade de um pequeno encolhi-mento entre 10% e 15% em rela-ção ao número de participantes.

“Em 2015 crescemos no seg-mento de eventos sociais e a pre-visão é que se mantenha assim para 2016, visto que Bento Gon-çalves é um cartão postal quan-do se fala em paisagens naturais e ambientes ideais para festas. Estamos trabalhando dentro desta perspectiva para o primei-ro semestre, podendo reagir no segundo semestre”, explica.

Andréia acredita que a crise política institucional gera um ambiente de insegurança no mercado nacional que faz com que os empresários e líderes das entidades e associações aguar-dem o momento de confiança no ambiente econômico e político para voltar a investir em novos negócios, bom como em obras de melhorias em infraestrutura nos equipamentos para eventos.

A entidade pretende promover o desenvolvimento e capacitação dos associados, através de ações que possam ajudá-los a melhorar seus negócios e torná-los compe-titivos e preparados para atender as necessidades dos clientes.

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2016Perspectiva24 Sábado, 19 de dezembro de 2015

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252016Perspectiva

Paviani espera que a crise econômica começe a diminuir em 2016

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Para 2016, ações que aproximam viticultor e vinícolaIbravin

O Instituto Brasileiro do Vi-nho (Ibravin) passou por

um 2015 de desafios e inter-venções nos preços dos vinhos, entretanto, sem desanimar, o setor buscou os melhores resul-tados até as últimas vendas de dezembro. Segundo o diretor--executivo da entidade, Carlos Paviani, o setor tem a expecta-tiva de que a crise econômica e política diminua a intensida-de neste ano. “Mesmo com as dificuldades, crescemos cerca de 6% em vendas de janeiro a outubro de 2015 e seguimos atuando na divulgação do vi-nho brasileiro, entendimento dos governos quanto às espe-cificidades do nosso setor, que é basicamente formado pela produção familiar. O desafio é conseguir formalizar produto-res que têm condições de se es-tabelecer no mercado, melho-rar a qualidade dos produtos, a infraestrutura e sermos ainda mais competitivos”, adianta.

Para isso, o Ibravin deve trabalhar junto à outras ins-tituições de uva e vinho na formatação de um protocolo simplificado de registro de es-tabelecimentos produtores de

vinhos coloniais. Um grupo multi-institucional já foi criado com este objetivo. “Podemos adiantar que estarão no pla-nejamento ações como cam-panha de promoção e imagem, participação em feiras, aporte de recursos para contraparti-das em convênio com institui-ções como Sebrae e execução de programas estruturantes.Também devemos intermediar questões como o preço mínimo da uva, a redução de tributos e a busca pelo Simples Nacional para as micro e pequenas viní-colas”, comenta Paviani.

Mesmo com as boas expec-tativas para o próximo ano, o diretor-executivo lembra que haverá dificuldades a serem enfrentadas como a redução de volume da uva, devido ao clima que não favoreceu na primavera passada, com exces-so de chuva, granizo e geada. “Seguramente não vamos co-lher os mesmo 700 milhões de quilos da última safra. Outras dificuldades que teremos que enfrentar é a retração geral no consumo das famílias e na es-tagnação do poder de compra dos consumidores. Devemos

ter mais um ano difícil econo-micamente e isso se reflete nas vendas”, cita. Além destas, Pa-viani cita outras dificuldades históricas para o setor, como a alta carga tributária do vinho brasileiro, a entrada de vinhos estrangeiros sem fiscalização, os gargalos logísticos que mi-nimizam a competitividade e a instabilidade climática.

O Modervitis é uma das principais apostas para 2016. O início do Programa de Mo-dernização da Vitivinicultura ampliará ações de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural, possibilitará crédito para vi-nícolas e viticultores para am-pliar sua produtividade, quali-ficar a produção e estabelecer relações mais duradouras e comprometidas entre viticul-tores e vinícolas. “Outro ob-jetivo para o próximo ano é a implementação de um Obser-vatório da Vitivinicultura, que possibilitará trabalhar com o que se denomina Inteligência Estratégica, buscando infor-mações para produzir conhe-cimento que possam ser úteis para todos os envolvidos na atividade”, completa.

Andrey Arcari estará à frente da entidade nos próximos dois anos

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Ascon Vinhedos

Entidade se prepara para celebrar 20 anos de fundaçãoA Associação dos Construto-

res da Região dos Vinhedos (Ascon Vinhedos) inicia 2016 com o novo presidente Andrey Arcari empossado no dia 11 de dezembro de 2015. A sua gestão será em 2016 e 2017. Ele substi-tue Diego Panazzolo, que ficou dois anos à frente da entidade.

O ano será especial, ano em que a Ascon Vinhedos completa 20 anos. “Estamos programan-do ações e eventos alusivos a essa importante data. Mante-remos iniciativas de sucesso como o Salão do Imóvel junto à Expobento, o Meeting da Cons-trução, o Censo Imobiliário, o Dia Nacional da Construção Social, realização de palestras técnicas sobre os assuntos mais importantes da atualidade, além de visitas técnicas, partici-pação em feiras, entre outros”, aponta o presidente.

Quanto ao futuro, a atual gestão possui metas focadas na continuidade do trabalho de-senvolvido até o momento, com acréscimo de algumas inova-

ções com a intenção de promo-ver o crescimento e a melhoria contínua do setor e da entida-de. Arcari revela que visando o crescimento e fortalecimento da associação, haverá empenho

em buscar novos associados e o aumento na participação nos eventos. Uma entidade somente se faz forte com a união e o en-gajamento dos seus associados.

Hoje, a construção civil em-

prega em Bento Gonçalves aproximadamente 2.800 fun-cionários, segundo a Revista Panorama Socioeconômico do Centro da Indústria, Comér-cio e Serviços (CIC-BG), e gera em torno de R$ 300 milhões em vendas anuais, segundo o Censo Imobiliário 2015. Esses dados ratificam a importância do setor e da Associação dos Construtores da Região dos Vinhedos (Ascon Vinhedos). A entidade, fundada em 1996 por um grupo de empresários visionários que buscavam a união e o desenvolvimento do setor na cidade, é composta atualmente por 85 associados.

Em 2014, Arcari lembra que foi dado um importante passo para a qualificação do setor com a formação da primeira turma do programa Aprendiz na Construção em parceria com o Senai. Em 2015 aconte-ceu a formatura de dez jovens e nesse mesmo ano iniciou uma segunda turma. “Isso confirma o papel social da entidade e das

empresas em dar oportunidade aos jovens e, ao mesmo tempo, formar mão de obra qualifica-da para o setor, que tanto ca-rece. É um pequeno passo mas, certamente, trará bons frutos para todos nós”, afirma.

Um assunto importante que já está em pauta atualmente é a revisão do Plano Diretor. Recentemente a Universida-de Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) foi contratada pela Prefeitura de Bento Gonçalves para essa tarefa e entregou um documento final ao prefeito Guilherme Pasin. O presidente da entidade explica que se trata de um novo plano, com conteú-do avançado, mas que, segundo a visão da Ascon Vinhedos, ne-cessita de adaptações à realida-de da cidade. “Recebemos um prazo para apreciação do texto e apresentação das considera-ções e, dessa forma, nós, dire-toria e associados da entidade, já estamos nos reunindo, sob a coordenação do engenheiro Ce-damir Poletto”, pondera.

Sábado, 19 de dezembro de 2015

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Palestras, visitas e cursos para buscar inovação

Hora de arregaçar as mangas e buscar oportunidades

SIMMME

SEGH Bento Gonçalves

A diretora Márcia Ferronato diz que é preciso buscar oportunidades

O presidente Juarez Piva espera que a economia apresente melhoras

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O ano de 2015 foi marcante para o Sindicato das In-

dústrias, Metalúrgicas, Mecâ-nicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (SIMMME). Além de celebrar 39 anos, a entidade comemorou a cons-trução da sede. O novo prédio, localizado no bairro Fenavi-nho, conta com cinco pavimen-tos incluindo garagem para 18 veículos, auditório, salas de cursos e salão de festas. Segun-do o presidente do SIMMME, Juarez José Piva, estar numa sede nova é a realização de todo o setor. “Atendemos cer-ca de 350 indústrias em nossa base. Chegamos neste patamar porque as empresas cresce-ram. O nosso setor está cada vez mais forte e com diversos segmentos”, complementa o presidente. Piva diz ainda que ver o prédio construído foi a realização de um sonho e ficou melhor do que havia pensado do que quando a obra estava ainda em projeto. “A nova sede é a realização de todos que tra-balharam juntos em prol de um objetivo”, enaltece.

Hoje o SIMMME conta com mais de 100 sócios e o presi-

dente acredita que esse núme-ro deve aumentar. “À medida que vamos mostrando nosso trabalho e os benefícios que oferecemos, a procura para se associar acaba sendo uma

consequência”, opina. Hoje o segmento se destaca na eco-nomia de Bento, ficando logo atrás do moveleiro. “Sempre trabalhamos para divulgar o conhecimento entre as em-

presas, além buscar inovação. Todos esses fatores colaboram para o bom desempenho do setor”, descreve Piva.

Com a nova sede os encon-tros, cursos e palestras devem ser ampliados, pois anterior-mente o SIMMME precisava locar outros locais. “Quanto mais nós temos a possibilida-de de difundir conhecimento, mais fortes as nossas empresas vão se tornar tanto no mercado interno, quanto no externo”, frisa Piva. Segundo ele, Bento Gonçalves é referência na pro-dução de máquinas para enva-se. “Temos uma veia de fazer o desenvolvimento acontecer e investir em novos processos. Nessa área é fundamental in-vestir em tecnologia e inova-ção”, destaca. Outro setor que precisa ser desenvolvido, se-gundo Piva, é o de matrizaria. “É uma área que ajuda muito a automação, ou seja a elabora-ção de peças prontas”.

Segundo o presidente a atua-ção para o próximo ano será e está definida em ajudar ainda mais os empreendedores na sua formação em gestão em-presarial e colocar em prática

a Programa de Fortalecimento das Cadeias e Arranjos Produ-tivos Locais (APLs) no setor metalúrgico da serra. “Nossas ações serão em cursos, pales-tras, visitas, e no processo de entendermos e de colocarmos em prática o assunto ‘inova-ção’”, afirma Piva.

O presidente da entidade es-pera que a economia dê sinais de melhora para que se tenha perspectivas de investimentos e otimismo para trabalhar, de-senvolver, criar e gerar rique-zas. “A economia pode influen-ciar em muito e sinto quanto nossas empresas estão fechan-do, não conseguindo superar esta recessão”, reflete. Segun-do Piva, esta é a maior preocu-pação porque atinge toda uma cadeia de empregos.

Piva afirma que o objetivo para 2016 é continuar a defen-der os interesses das indús-trias em todas as demandas. “Queremos lutar por uma re-forma tributária, trabalhista e investimentos em infraestru-tura”, acrescenta. O presiden-te diz ainda que pretende ter uma maior relação entre todos os associados.

O ano de 2015 foi marcado pela nova denominação do

Sindicato Empresarial de Gas-tronomia e Hotelaria (SEGH) da Região Uva e Vinho, que an-tes era chamado de Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Shrbs). A entidade representa 1645 restaurantes, 98 bares e casas noturnas e 133 hotéis em 20 municípios. São 67 anos de atuação em 20 mu-nicípios da Serra, com sede em Caxias e escritório de atuação em Bento Gonçalves.

A diretora executiva da SEGH Bento Gonçalves, Már-cia Ferronato, acredita que 2016 é um ano para agir com cautela, mas sempre em busca de oportunidades. “É preciso seguir trabalhando, existem negócios e pessoas que depen-dem da gente, seja ampliando o mercado com consumidor local ou apostando em parce-rias e inovações que ampliem o fluxo de turistas de lazer ou a captação de eventos”, afir-ma. Márcia comenta que segue

num movimento para estreitar as relações e atuação junto ao associado. “Acreditamos que para ser uma entidade que seja referência para os associados é preciso comprometimento, confiança, descentralização e ter sempre em mente que re-presentamos várias categorias: empresários do setor de gas-tronomia, hotelaria e entrete-nimento”, completa a diretora. O planejamento estratégico do SEGH para os próximos anos prevê a continuidade na dis-seminação da nova logomarca, a comunicação entre entidade e associados, a realização de pesquisa com a finalidade de levantar as reais necessidades e a obtenção de um panorama da categoria representadas. “Queremos ampliar a descen-tralização da entidade criando núcleos de representação com lideranças locais nos municí-pios da base, apresentar no-vos programas de qualificação do empreendedor e equipes, e claro, seguir apostando em

iniciativas e parcerias que pro-movam a região com foco no turismo”, explica.

Para Márcia, a turbulên-cia do país seja econômica ou política afeta todos os seto-res. “Nosso empresário segue preocupado, pois são vários aumentos, sejam de produtos ou serviços, que não foram re-

passados”, analisa. Em 2015 o setor se manteve relativamente equilibrado graças aos esforços coletivos e, principalmente, com a participação criativa dos empresários seja adequan-do a gestão a nova realidade, captando eventos, ofertando experiências e programações diferenciadas, abrindo no-

vos espaços como o centro de eventos do Dall’Onder Grande Hotel, participando de eventos e ações de promoções em par-ceria com a Secretaria Munici-pal de Turismo (Semtur).

Segundo a diretora, o ano de 2016 parece chegar com dificuldades mais profundas e persistentes. “A maioria dos empresários do SEGH já vive-ram outras crises junto com a entidade, a atitude não será di-ferente: arregaçar as mangas e trabalhar nos 365 dias do ano, com olhos bem atentos para as oportunidades. Afinal, se-gundo palavras do presidente do Sindicato, João Leidens, o que seria da sociedade sem a gastronomia, entretenimento e hotelaria?”, reflete.

Márcia explica que para o próximo ano o objetivo é se-guir pensando no coletivo e honrando com a missão: Asse-gurar a representação e defesa dos interesses das categorias e apoiar o desenvolvimento sus-tentável.

2016Perspectiva26Sábado, 19 de dezembro de 2015

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OAB/BG

Concluir a obra da sede é prioridade para a entidadeA Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB) de Bento Gon-çalves conta com novo presiden-te desde o dia 1º de janeiro: o advogado Cleber Dalla Colletta.

A nova gestão deve enfren-tar inúmeros desafios dentre as proposições para este ano que se inicia. Colletta pretende condensar os esforços na con-clusão da obra da sede da OAB local, colocando-a efetivamen-te à disposição do advogado toda a estrutura física da Casa do Advogado. “Como uma das proposições de campanha que-remos buscar uma real aproxi-mação com a classe, possibili-tando a valorização e a defesa do advogado em todos os seg-mentos”, explica o presidente.

Para enfrentar as adversida-des previstas, a ideia é buscar junto à classe as demandas e os problemas que se colocam e, fundamentalmente, a busca de sugestões e soluções próprias para isso. Ao invés de assem-bleias gerais, o presidente quer

buscar a reunião de advoga-dos por segmento de atuação, como por exemplo: audiência pública dos advogados que mi-litam na Justiça do Trabalho, audiência pública dos advo-gados que militam na Justiça Comum, audiência pública

dos advogados que militam na Justiça Federal. “Esperamos escutar problemas específicos que se colocam para cada pro-fissional e buscar soluções de consenso”, avalia.

Em relação às novidades e avanços da categoria, Colletta acredita que a principal é a en-trada em vigor do novo Código de Processo Civil, rompendo uma legislação de mais de 40 anos, impondo novos desafios à classe quanto à atualização profissional. Da mesma forma, a adoção do processo eletrô-nico também na justiça esta-dual, iniciando pelo Juizado Especial Cível, é outra novi-dade que obrigará a constan-te atualização dos advogados, considerando-se os problemas que vêm sendo enfrentados no Processo Judicial Eletrônico (PJ-E) da Justiça do Trabalho.

Para este ano, a entidade pretende colocar em prática alguns projetos desenvolvidos ao longo de 2015. O presidente

afirma que a série de conquis-tas da gestão do colega Felipe Panizzi Possamai será privi-legiada e mantida. Um dos destaques é a tramitação do pedido de retomada de um es-paço adequado aos advogados no foro local, especialmente para dotar a advocacia de equi-pamentos para a consulta ao processo eletrônico, que é uma realidade. “Também mante-remos as campanhas sociais de agasalhos e alimentos que vêm ocorrendo há seis anos e outras ações especificamente voltadas ao advogado, como as cerimônias de entregas de carteiras da Ordem, campanha de vacinação e distribuição de agendas”, diz.

No que se refere a projetos, juntamente com a finalização da reforma da sede, a diretoria quer buscar uma aproximação com a Caixa de Assistência de Advogados do Rio Grande do Sul (CAARS), com o objeti-vo de trazer para a comarca a

comercialização de itens per-sonalizados da OAB. “Busca-remos a retomada de cursos ou seminários presencias, sem deixar de incentivar os cursos telepresenciais que nunca dei-xaram de ser disponibilizados. Também incentivaremos a rea-lização dos grupos de estudos sob a coordenação da Comis-são Especial do Jovem Advo-gado”, destaca.

No plano interno está em fase de implantação a criação de um cartório de gestão de processos éticos, facilitando a instrução dos procedimen-tos internos. Além disso, o objetivo é buscar a criação de sessões coletivas, onde os conselheiros subseccionais poderão trocar experiências, e também implantar o Con-selho Subseccional de ex--presidentes, com o intuito de trazer experiências passadas para a atual gestão, inclusive, como forma de aprendizado e projeção do futuro.

Cleber quer aproximar a classe

Ano será de cautela para o setor metal mecânicoSTIMMME/BG

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias Metalúrgicas, Me-cânica e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (STIMM-ME/BG), Elvio de Lima, pro-jeta que 2016 será um ano de bastante cautela. Os setores produtivos passam por um momento de incerteza, decor-rente da turbulência política e que afeta também a econo-mia. Enquanto entidade re-presentativa de trabalhado-res, o STIMMME/BG tem seu foco de atuação na manuten-ção dos direitos dos profissio-nais do setor e pretende arti-cular, sempre que necessário, junto às indústrias, a busca por soluções e alternativas justas para empregado e em-pregador com o objetivo de superar as adversidades cau-sadas por esse cenário.

Para Lima é importante que os trabalhadores do setor metalúrgico continuem in-vestindo em sua formação e qualificação. “Quanto melhor preparados estiverem para atender às necessidades do

mercado, mais facilidade terão em garantir a consolidação de suas carreiras”, diz. Quanto à crise que atinge a economia brasileira e resulta no aumento no número de desempregados, especialmente no setor in-dustrial, o presidente salienta que a onda de demissões não atingiu de forma preocupante as empresas atuantes na base do STIMMME/BG. Segundo estimativas do Sindicato, no comparativo com 2014, o ano de 2015 registrou cerca de cem demissões a mais, consideran-do que teve casos pontuais de empresas encerrando suas ati-vidades na região ou passando por situações de recuperação judicial. O STIMMME/BG tem articulado junto às empresas em busca de alternativas de negociação, quando necessá-rio, para preservar os postos de emprego, seja por meio de recursos como flexibilização da jornada de trabalho, banco de horas, entre outros. “As indús-trias metalúrgicas sabem da dificuldade que é formar mão de obra qualificada e de quan-

to esse processo é oneroso. Por isso, consideram a demissão como último recurso”, explica.

Entre os projetos para este ano, o STIMMME/BG conso-lidou uma ampla variedade

de serviços que são oferecidos aos associados e familiares em seus quase 50 anos de história. A entidade garante facilidades como atendimento médico, odontológico, assessoria jurí-dica e previdenciária, convê-nios e muitos outros benefícios para a classe metalúrgica. “A diretoria trabalhará pela ma-nutenção, continuidade e am-pliação desses projetos”, diz Lima. Outro foco do trabalho serão as promoções sociais e de lazer. Atualmente, o Sindi-cato mantém um amplo calen-dário de eventos, com opções de diversão para a família me-talúrgica e integração entre os colegas de setor. Por fim, a entidade pretende inten-sificar sua atuação política e junto ao movimento sindical, representando os trabalhado-res em atividades e eventos do setor, além de atuar de for-ma permanente na defesa dos interesses dos profissionais, seja nas negociações de acordo coletivo ou na fiscalização do cumprimento de seus direitos junto às empresas.

Elvio reforça que os trabalhadores devem investir na qualificação

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Sábado, 9 de janeiro de 201628 EsporteCA

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Bento Snakes

Após o recesso e um ano pro-dutivo em 2015, o Bento Gon-çalves Snakes retoma as ativi-dades amanhã, 10 de janeiro, às 15h, no Campo Municipal de Bento Gonçalves. O time joga, neste ano, o Campeonato Gaú-cho de Futebol Americano.

Após um ano de treinamentos intensos, o time evolui rapida-mente mostrando força, muita qualidade individual e coletiva para representar a cidade no

principal campeonato de fute-bol americano do Estado. Na reapresentação, a diretoria e a comissão técnica passarão aos atletas um novo planejamento e uma proposta ousada visando a disputa do Campeonato Gaú-cho. “Temos muito caminho pela frente”, destacou o Head Coach do Bento Gonçalves Sna-kes, Gustavo Rech. Novos refor-ços devem ser anunciados pela diretoria nos próximos dias.

O Bento Vôlei entra em qua-dra hoje para a disputa da Su-perliga Masculina. A equipe bento-gonçalvense está em solo mineiro para buscar a terceira vitória consecutiva na competi-ção. O desafio é contra um ve-lho conhecido do time, o Sada Cruzeiro, às 19h, em Contagem.

O técnico Paulão ressalta que o confronto é difícil. “Sabemos que é complicado, mas a equi-pe está mais bem preparada. Vencemos muito bem jogando aqui contra eles e esperamos conquistar a vitória fora de casa”, comenta.

A volta às quadras em 2016 não começou com o pé direi-to para a equipe. Na noite de quarta-feira, 6 de janeiro, o time bento-gonçalvense es-treou na Copa Banco do Bra-sil, fora de casa. Os atletas foram até a região metropo-litana para conquistar a vitó-ria e continuar no Campeo-nato, mas foram superados pelo Lebes/Gedore/Canoas por 3 sets a 2. A partida va-lia vaga na segunda fase da Copa. O resultado negativo eliminou a equipe da Capital do Vinho da competição.

Time enfrentou o Canoas pela Copa Banco do Brasil na quarta-feira

Divisão de Acesso

Um zagueiro, um goleiro, um meia e um lateral foram anunciados

Cleunice [email protected]

O Esportivo começa 2016 com novidades. Para disputar a Divisão de Acesso do Cam-peonato Gaúcho deste ano, quatro contratações foram anunciadas nesta semana. Dois jogadores foram revela-dos na quinta-feira, 7 de ja-neiro, e outros dois na manhã de ontem. Os quatro atletas se somam a outros oito jogadores que já haviam sido apresenta-dos à torcida.

Os dois primeiros reforços apresentados na quinta-feira foram um lateral e um goleiro. O zagueiro é Ilson Soares da Rosa, de 27 anos. O defensor é tarimbado no que se refere a campeonato gaúcho da Série B. Ele iniciou sua carreia no Gua-rany de Bagé em 2009 e atuou

Superliga

no clube até 2011. Posterior-mente, jogou no Milan de Jú-lio de Castilhos em 2012 e no Panambi em 2013. Em 2014 foi destaque na equipe do União Frederiquense, na campanha do acesso. Em 2015 atuou no Grêmio Bagé.

O outro reforço anunciado no mesmo dia é o goleiro Sa-muel Rickes, 21 anos, formado nas categorias de base do Far-roupilha de Pelotas. Na Zona Sul do Estado é considerado destaque por seu reflexo e boa colocação.

Já na manhã de ontem, 8, foram apresentados um meia e um lateral esquerdo. Ambos com passagem pelo exterior, foram anunciados pelo Clube. O primeiro deles é o meia Na-tan Araújo, 25 anos. O jogador foi revelado nas categorias de base do Internacional, e in-

tegrou o elenco colorado de 2007 a 2011, ano em que se transferiu para o Ituano-SP. O atleta ainda jogou no Joinvile (2012), Canoas (2013), Inter de Santa Maria (2013), San-ta Cruz-RS (2014) e em 2015 atuou no Hakoah Ramat Gan, de Israel. É um jogador versá-til e habilidoso, com bom to-que de bola.

O segundo reforço confir-mado também é um atleta ex-periente. Trata-se do lateral esquerdo Márcio Garroni, 24 anos. Trata-se de um habilido-so canhoto revelado pelo Ju-ventude de Caxias do Sul em 2009. Apesar de jovem, já é rodado no meio futebolístico. Do Juventude, em 2011 jogou na Europa, atuando no Royal Chareloi da Bélgica (2010) e no Cercle Brugge, também da Bélgica em 2011.

Esportivo apresenta quatro reforços rumo ao estadual

Bento Vôlei encara o líder Sada Cruzeiro em Minas

Ubirajara Natan de Souza de Araujo28/06/1990Peso: 78 KgAltura: 1,75Posição: Meia

Ilson Soares da Rosa18/07/1988Altura: 1,82Peso: 85 kgPosição: Zagueiro

Márcio Sergio Farias Duarte (Garroni)01/06/1991Peso: 74 KgAltura: 1,78Posição: Lateral

Samuel S. Rickes19/06/1994Peso: 82 KgAltura: 1,88Posição: Goleiro

Time retorna às atividades amanhã com foco no Gaúcho

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Novas regras entram em vigorAcordo Ortográfico

Sábado, 9 de janeiro de 2016 29Obituário

Entre as principais mudanças está a ampliação do alfabeto para 26 letras e a retirada do trema

Cristiane Grohe [email protected]

Falecimentos

DILVA JOANNA FERRARI TECCHIO, no dia 31 de Dezembro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Francisco Antonio Ferrari e Rosina Manfredini Ferrari e tinha 82 anos.

PATRÍCIA DAS TREVAS LOPES, no dia 31 de Dezembro de 2015. Natural de Quaraí, RS, era filha de Gildo Barcelos Lopes e Marta Pereira das Trevas e tinha 25 anos.

WALDYR EMILIO SAIM,no dia 31 de Dezembro de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Steffano Saim e Davida Spada Saim e tinha 87 anos.

LOTAR ALOIZIO KOTZ, no dia 01 de Janeiro de 2016. Natural de Gravataí, RS, era filho de Reynaldo Kotz e Frida Kotz e tinha 80 anos.

LUCAS DA SILVA SOLIGO, no dia 01 de Janeiro 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de José Carlos Soligo e Neusa Maria da Silva e tinha 17 anos.

SELMIRA EGGERS, no dia 02 de Janeiro de 2016. Natural de Poço das Antas, RS, era filha de Silfredp Henrique Zirbes e Anita Zirbes e tinha 69 anos.

ROBERTO BECHELIN SOBRINHO, no dia 02 de Janeiro de 2016. Natural de São José do Herval, Fontoura Xavier, RS, era filho de Orlando Bechelin e Anair Minusculi Bechelin e tinha 56 anos.

VALMYR ANTONIO PANIZZI, no dia 30 de Dezembro de 2015. Natural de Santa Tereza, RS, era filho de Ricieri Panizzi e Angela Gerortto e tinha 82 anos.

DERLÍ ANTÔNIO RIBEIRO, no dia 05 de Janeiro de 2016. Natural de Passo Fundo, RS, era filho de Luiz Dias Ribeiro e Delfina Oliveira Ribeiro e tinha 65 anos.

LEONIDES MARIA BESSEGA KUNZ, no dia 06 de Janeiro de 2016. Natural de Cotiporã, RS, era filho de Fioravante Bessega e Emilia Luiza Calza e tinha 75 anos.

ITONINA LOURENÇO DE ALMEIDA, no dia 06 de Janeiro de 2016. Natural de Arapongas, RS, era filha de Pedro Lourenço Cavalheiro e Lucidia Ferreira e tinha 81 anos.

TEODOLINDA MASUTTI GAVA, no dia 05 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Angelo Masutti e Maria Joanna Coleone Masutti e tinha 78 anos.

As regras do Acordo Ortográ-fico da Língua Portuguesa se tornaram obrigatórias no Brasil neste mês. Em uso desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são oficiais com a entrada em vi-gor do acordo.

Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comuni-dade de Países de Língua Portu-guesa (CPLP) para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatorie-dade em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobra-das oficialmente a partir de janei-ro de 2013, mas, após polêmicas, o governo adiou a entrada em

vigor para 1° de janeiro de 2016.Com a padronização da língua,

a CPLP pretende facilitar o inter-câmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em lín-gua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários entre os países.

Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto ofi-cial para 26 letras, com o acrés-cimo do k, w e y. As letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.

O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. Os acentos diferenciais também deixaram de existir. De acordo com as novas regras, eliminando

a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que tiveram os acentos di-ferenciais mantidos.

O acento circunflexo foi reti-rado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e em substan-

tivos como enjoo e voo.O acento agudo foi eliminado

nos ditongos abertos “ei” e “oi”, dando nova grafia a palavras como colmeia e jiboia. O hífen deixou de ser usado em dois ca-sos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r, com exceção de quando o prefixo ter-minar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da pala-vra termina com vogal e a segun-da parte começa com vogal.

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Sábado, 9 de janeiro de 201630 Segurança

Seriam necessários outros cinco patrulheiros para a fiscalizar o trecho

Com intuito de esclarecer mais crimes de roubos, o setor de investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) divulgou a identidade do líder da quadri-lha desmantelada pela Opera-ção Máscara, na segunda-feira, 4 de janeiro. Thiago Cristian Caurio, 30 anos, foi preso na rua Augusto Pasqualli, no bair-ro Botafogo, com um veículo Siena, de cor prata e placas de Lajeado, que estava em situação de roubo. A Polícia Civil ainda procura por outros automóveis roubados, como um Honda Ci-vic de cor escura e uma moto Shadow, e espera que mais víti-mas reconheçam o acusado.

Caurio possui uma extensa

“Cobertor curto”

PRF tem dificuldades para completar efetivo na BR-470Outras regiões não estariam disponibilizando agentes para transferência

Leonardo [email protected]

Injúria racial

Homem preso após ofender haitianos na Walter Galassi

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Indivíduo de 38 anos ameaçou vítimas com uma faca de serrinha

Um homem de 38 anos foi preso acusado de injúria racial qualificada no Centro, na tarde de quarta-feira, 6 de janeiro. De acordo com a Brigada Mi-litar (BM), o indivíduo amea-çava dois imigrantes haitianos, de 30 e 34 anos, com uma faca de serrinha na praça Walter Galassi.

Além das ameaças, o acusa-do chamou as vítimas de "ma-cacos". O homem apresentava visíveis sinais de embriaguez e recebeu voz de prisão em

flagrante. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pron-to Atendimento (DPPA), onde foi estipulada a fiança de R$ 2,5 mil. Esta não foi paga e o indiciado foi conduzido para o Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

A faca de serrinha também foi apreendida pelos policiais. O acusado possui antecedentes criminais por tráfico de entor-pecentes, furto e tentativas de homicídio (a última registrada em 2007).

Após denúncia anônima

BM apreende pistolas no residencial Novo Futuro

Foram encontradas armas e munições de calibres .32 e .22

Um indivíduo foi flagrado com duas armas de fogo e um colete balístico no residencial Novo Futuro, bairro Ouro Ver-de, na tarde de quarta-feira, 6 de janeiro. Vitor Paulo do Ama-ral, 37 anos, tentou fugir ao per-ceber a aproximação policial.

Conforme a ocorrência, uma guarnição do Pelotão de Opera-ções Especiais (POE) foi deslo-cada até a rua Bramante Mion para averiguar uma denúncia de venda de drogas. Ao perce-ber a aproximação, um suspei-to, que estava próximo a um Gol, empreendeu fuga rumo ao próprio apartamento.

Após a abordagem e revista, foram localizadas duas pistolas, uma modelo 765 de calibre .32 e outra 635 de calibre .25, um colete balístico, 11 cartuchos ca-libre .25 e 10 munições de .32. Nenhum entorpecente foi loca-lizado. O acusado foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pron-

to Atendimento (DPPA) para lavratura do flagrante.

Amaral também é indiciado por uma tentativa de homicídio ocorrida no residencial Novo Futuro na noite de 19 de abril de 2014. Na ocasião, a vítima de 32 anos pulou o muro do re-sidencial para fugir do atirador.

ficha criminal, com indiciamen-tos por roubos, furtos, extorsão, receptação e porte ilegal de arma

de fogo. Ele era apenado do regi-me semiaberto desde 16 de julho do ano passado e era monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

Além da residência no bairro Botafogo, a 2ª DP descobriu um desmanche de veículo na rua José Lunelli, no Loteamen-to Cembranel. Os investigado-res acreditam que existem na cidade outras garagens e ende-reços alugados para esconder os veículos roubados/furtados.

Qualquer denúncia ou infor-mação do paradeiro de veícu-los roubados pode ser denun-ciado pelo aplicativo Whatsapp no número (54) 9191.5428 ou pelo telefone padrão 197. A Po-lícia Civil garante o sigilo.

Divulgada foto de líder de quadrilhaPara as vítimas reconhecerem

Desde o término da Opera-ção Vinhedos, que deu início à ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-470, a 5ª Delegacia da PRF, com sede em Caxias do Sul, tem dificul-dade em completar o efetivo que fiscaliza a rodovia. Hoje, são necessários mais cinco pa-trulheiros para o trecho entre Montenegro e Barracão. O pro-blema é que as demais regiões não estão cedendo agentes.

No ano passado, a Prefeitu-ra de Veranópolis liderou uma mobilização diante das incer-tezas sobre a continuação da Operação Vinhedos. O chefe da 5ª Delegacia, Alfonso Wil-lembring Júnior, explica que até 18 de dezembro do ano passado havia esta indefinição. “Participei da comitiva que foi até Brasília e expus o trabalho satisfatório e as boas repercus-sões. Nosso trabalho conse-guiu mudar comportamentos e trazer mais segurança para a rodovia”, relembra.

O apelo da comunidade foi ouvido e a continuação do posto da PRF em Veranópolis, além de recursos para manter o efetivo foram garantidos. A

Thiago Cristian Caurio, 30 anos

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intenção era que, a partir de janeiro, metade dos policiais fossem destinados permanen-temente para a região e os de-mais continuassem em regime de operação, com rodízio a cada 30 ou 60 dias.

“O problema é conseguir o efetivo para transferência. Para ter uma ideia, os dois es-tados que mais conseguimos policiais foram Rondônia e Roraima, lá do Norte. Preci-samos chegar a um entendi-mento com as devidas chefias regionais. Hoje, precisariam de mais cinco policiais. Por enquanto, estamos nos desdo-brando para manter a qualida-de do serviço. Porém, sofremos com o popular cobertor curto”,

resume Willembring.

Insatisfação nacional

Em todo o país, surgem re-latos de insatisfação dos agen-tes PRF. Eles reivindicam uma reestruturação de carreira, após a definição da necessidade de Ensino Superior para o cargo. Os sindicatos ainda discutem a melhor estratégia de atuação. “É uma busca que existe há dois anos e esta insatisfação está vindo a tona. E, neste momento de crise, a questão não recebe atenção como em outros tem-pos. Não há uma previsão de paralisação dos servidores. Mas a insatisfação existe”, admite o chefe da 5ª Delegacia.

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Por volta das 20h15min, a Brigada Militar é informada de um roubo de veículo no bairro Santo Antão. A proprietária de um mer-cado fechou o estabelecimento e embarcava em seu Toyota Corol-la quando foi surpreendida por dois indivíduos, um moreno e outro gordo de pele branca. Com um revólver, a dupla anunciou o roubo e fugiu com o veículo e a bolsa da viítima.

A ocorrência de terça-feira

Sábado, 9 de janeiro de 2016 31Segurança

Uma série de roubos, o con-fronto com a Brigada Mili-

tar (BM) e a prisão em flagran-te de três jovens moradores de Farroupilha no bairro Fe-navinho. A trama da noite de terça-feira, 5 de janeiro, é mais um exemplo das dificuldades enfrentadas pelos órgãos po-liciais. A audácia e a migração de bandidos são características deste momento de insegurança na sociedade gaúcha.

Além dos três detidos, outros dois suspeitos fugiram em um Focus de cor preta rumo ao Bar-racão. Pelo menos três roubos, de dois veículos e um a pedes-tre, foram relacionados ao ban-do. O fato dos três presos, que possuem diversos antecedentes criminais, serem moradores de outro município não surpreen-deu os policiais. “Sabemos que quadrilhas de Caxias do Sul e Farroupilha costumam atacar em nossa região. A proximi-dade faz com que estes indiví-duos circulem facilmente. (Esta migração) é algo que acontece em todo o estado e no país in-teiro”, relata o comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), major Álvaro Martinelli.

A interdição de celas do Pre-sídio Estadual de Bento Gon-çalves e a superlotação do sis-tema prisional são fatores que contribuem para a relação en-tre delinquentes e a migração

Confronto e prisões ocorreram próximo a um posto no Fenavinho

Roubos e troca de tiros

Prisão em flagrante de três moradores de Farroupilha é mais um exemplo das dificuldades enfrentadas pela Brigada Militar

Leonardo [email protected]

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da criminalidade. “Temos de-tentos que cumprem pena em outras casas prisionais da Ser-ra, o que acaba facilitando a in-teração entre eles (delinquen-tes de municípios diferentes) e formatando novas quadrilhas. Isto, com certeza, acontece”, lamenta o major.

Major explica“demora da viatura”

O comandante do 3º BPAT aproveitou o êxito desta res-posta policial para explicar uma reclamação constante da população, a demora para uma viatura chegar ao local do crime. “Isto ocorre porque empregamos todos nossos meios e recursos na captura destes criminosos, seja nas

buscas ou cerco policial. Este é o motivo da demora. Todas as informações que são neces-sárias, naquele momento, são perguntadas por quem atende o telefone. Caso não haja nin-guém ferido ou correndo risco, a nossa prioridade é o cerco e a captura destes criminosos”, explica o major Martinelli.

Por esta questão, o comando do 3º BPAT reitera a importân-cia da comunicação rápida de toda ocorrência com o máximo de detalhes possível. “Sabemos e orientamos para as pessoas tomarem cuidados para não provocar nenhuma reação de um criminoso. Porém, qual-quer detalhe ajuda. Já tivemos prisões feitas porque a vítima informou o calçado que o la-drão usava”, finaliza.

A audácia e migração da criminalidade

O Corolla possuía sistema de corta corrente e os bandidos não conseguiram ir muito longe. O veículo foi abandonado e os bandi-dos fugiram em direção ao bairro Santa Marta.

Mais tarde, às 22h10min, o roubo de um GM Vectra é informado na avenida Planalto. Uma guarnição da Brigada Militar encontrou o veículo na avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, no bairro Fenavinho, no momento que os suspeitos abandonavam o veículo e embarcavam em um Ford Focus de cor preta.

Foi realizada a abordagem no automóvel suspeito e os indiví-duos que estavam no banco de trás desembarcaram para fugir correndo. Foi dado comando para que os suspeitos deitassem no chão, porém os indivíduos resistiram e desacataram os policiais. Foi necessário o uso da força para a contenção.

Aproveitando a distração gerada pelos comparsas em fuga a pé, o motorista do Focus arrancou bruscamente, desviou da viatura e fugiu em direção ao Barracão. Ainda foi efetuado um disparo de arma de fogo por um dos tripulantes. O veículo cruzou o semáforo fechado em alta velocidade.

Com os detidos foi encontrado dois celulares, um deles pertencia a proprietária do mercado no Santo Antão. O casal proprietário do Vectra reconheceu dois dos abordados como autores do roubo. Na delegacia, a vítima do primeiro assalto reconheceu um dos presos.

O trio segue recolhido no sistema penitenciário. Dois dos acusa-dos, de 38 e 41 anos, possuem extensas fichas criminais, principal-mente com roubos. O terceiro, 33, possui apenas uma acusação de tráfico de drogas quando adolescente.

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Divisão de Acesso

Novas contratações reforçam Esportivo

Página 28

Perspectiva

Lideranças projetam o ano de 2016

Páginas 19 a 27

Migração da criminalidade preocupa Brigada Militar

A Edição www.jornalsemanario.com.br48 páginas

BENTO GONÇALVESSábado9 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3196

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Sábado

min 19º max 27º

Domingo

min 18º max 29º

Segunda

min 19º max 29º

Terça

min 18º max 29º

Fonte

: G

oogle

Primeiro Caderno ......................32 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .......................4 páginas

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